Cap 7 plantas sem sementes criptógamas

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7.1 O reino Vegetal O. \eprrJ . ,Jo .er,.. Jr.orÍ^'.- lo o... Ire | /â ' e.. qrh d er(Ì,l..J,g:r.|U-Jp.e.cr :,. o r. no cor'. itL ido pi,r le. oo. r .ir.io. d., dr,e- cl r:rl nenre.à,,.ônh(r:J,,. nnr,dJ l'0Inil espécìesvegeiais, que ìncìÌìcm desde ptantas ÍnLi o ..nple. con., ,,, m r,",\. Jre :rqrh t:,. ae o g",ri,,Jr.,, co.poràl .ornpt.,,,. como I J- A d \er5 odJp de rdÍr,, ho e d. !-ln" aJ ph1rd.. rene.e o. u erc1t.\.Jmtnno\c\o-ul-rJ\ de cadâgrupoe suaadâpLação aosmais dìversos ,'mb.e,rp.. tn,hnr J n.r1| . Jr.,-pecre, d, pLanlâs rrva em rerra fìÍnre. exlíeìn espécie\ adaptâd;Ìs à vid! aquáúca. (Fig. 7.1) A. plrnrr. Je5enpcrl Jrn I m f:,pet .r.ndr mel Jl no n,, rdo.i\,r. poir.o,-ilr,em: f,,q ri 'ie Jìin. r r: çio. d irerÌ o I InJ,-eJ. de p,j ri crmente todos os aniììais reÍc\tres. Atém di!- ro. i .or.Lridcde. \ererJr. Je.ern rfdm : exrstência dos dileÌsos ripos de habiúr de ter ra firme. aosquaìs esrãoadaprâdas as especjes A e\oÌução das sociedadcshumanâs está fortemente ligadâ ì donesricâção e u1ìÌização clâsplant.ì!. Cenlenas de espéciessão usadas drretamente na alìmenração bumanâ.enqünto ortras tomecem mâtéÌia-pÌima para os majs diveÌlos firs (mâdeira!. tìbrâs para recidos, pâpéis etc.). As plânras rambém são Ììsâdns. desdetempos remotos, na làbÌicação íle medi- Orig€m e eyolução dasplantas Oscienlisras supõen que. hápouco mâis de 500milhõc! deanos. um grupo dcpriÌÌìiÌivrs al- gas veÌdes iniciou â colonização do anìbjcnte de terÌafimre. originândo â! prlmeiras plântas teÌ- Fisuro 7.1 As poirÕs sõo "çà.i*,.,iar.t* hclosiniêiizonles ê *lõo odoprodosoos mols divenos :} !

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Reino Vegetal - Plantas sem sementes: Criptogamas

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7.1 O reino Vegetal

O. \eprrJ . ,Jo .er , . . Jr .or Í^ ' . - lo o. . . I re| /â

' e. . qrh d er( Ì , l . .J ,g:r . |U-Jp.e.cr : , . o

r . no cor ' . i tL ido pi , r le. oo. r . i r . io. d. , dr ,e-

c l r : r l nenre.à, , .ônh(r :J, , . nnr,dJ l '0Ini lespécìes vegeiais, que ìncìÌìcm desde ptantasÍnLi o . .nple. con., , , , m r ," , \ . Jre : rqrh t : , . aeo g",r i , ,Jr . , , co.poràl .ornpt. , , , . como I J-

A d \er5 odJp de rdÍr , , ho e d. ! - ln" aJph1rd. . rene.e o. u erc1t. \ .Jmtnno\c\o-ul-rJ\de cadâgrupo e suaadâpLação aos mais dìversos, 'mb.e,rp. . tn,hnr J n.r1 | . Jr . , -pecre, d,pLanlâs rrva em rerra fìÍnre. exlíeìn espécie\adaptâd;Ìs à vid! aquáúca. (Fig. 7.1)

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crmente todos os aniììais reÍc\tres. Atém di!-ro. i .or .Lr idcde. \ererJr. Je.ern r fdm :exrstência dos dileÌsos ripos de habiúr de terra firme. aos quaìs esrão adaprâdas as especjes

A e\oÌução das sociedadcs humanâs estáfortemente ligadâ ì donesricâção e u1ìÌizaçãoclâs plant.ì!. Cenlenas de espécies são usadasdrretamente na alìmenração bumanâ. enqüntoortras tomecem mâtéÌia-pÌima para os majsdiveÌlos firs (mâdeira!. tìbrâs para recidos,pâpéis etc.). As plânras rambém são Ììsâdns.desde tempos remotos, na làbÌicação íle medi-

Orig€m e eyolução das plantas

Os cienlisras supõen que. há pouco mâis de500 milhõc! de anos. um grupo dc priÌÌìiÌivrs al-gas veÌdes iniciou â colonização do anìbjcnte deterÌa fimre. originândo â! prlmeiras plântas teÌ-

Fisuro 7.1 As poirÕs sõo "çà.i*,.,iar.t*hclosiniêiizonles ê *lõo odoprodosoos mols divenos

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A teÍa fìIme oferecia vantagens em ÌeÌaçãoao âmbiente aquático: luz solar nais abundântê,maior circulação de gases e menor tuÌbuÌência.Além disso. haviâ menos competidoÍes do queno ambiente pÍovavelmente super?ovoado dosmaÌes rasos onde as algas viviaÌn.

A conquista do âmbiente terrestre foi umgrande desâÍio pâra os âncestrâis das pÌantas emÍazão da relativa escâssez de água, tanto no soloquânto nâ âtmosfeÍâ. A âdaptâção das pÌantas aoambienle ierÌestre exigiu o aparecimento de diveÍsâscârâcteústicâsadaptatìvasdiretamentere-Ìacionadâs à obtenção e economia de água. En-tre essas, podem se cúari

a) o desenvolv;mento de rizóides e râízes,esÍutuÌas especìalizadas na absorção de água do

b) o desenvolvimento de revestimentos im.permeáv€is, que diminuern a perda de águâ po;

cJ o de,envol\imenro de sislemas conduto-res. especrali/ados no tÍânsporxe de águâ e derâi, âbsonidos por riloides e Íarles a loda( aspaÍes da pÌanta;

d) o desenvolvimenro de novos úpos de re-produção seruâda. em que não hou\ esse neceÈsrdade de os gamelas mas,ulino' nadarem em di-reção ao gâmetâ feminino. (Fìg. 7.2)

Enrrerânro nem roda. as planras lerreslrespossuem simultâneâmente todas essas adapta.çdes. Como \eremo' J segü,Í. oc drveÍ\o\ gÍu-pos de pÌantas atuars apÌesentâm diferentes es-t Ídregrâç e\olur i rrs de ddâprd!âo â vidâ no dm-

Polinizoçõo pelo ventoReveslìmenljosimpeÍmeoveis

Pêlo obsorvente

Sistemos de honsporl,ede seìvo

Absorcòo de óouo

Figurc 7.2 A conquiio do ombiênl,o l,oírerlre exigiu d6 onceshois dos pÌon|os o oporec'mênto de lmo séíe deidos coroclêrÍslicas ligados ò obrênçõô e economio de óguo eô rcprcduçõo.

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As briófitâs, por exemplo, cujos rcp€sentân-tes rnâis conhecidos são os musgos, úo desenvoÌ-veram sistemas condutoÍes de água, e sêus gâmerâsmascuÌinos dependem da existência de água líqü-d.r para nâdar ale o gameÌâ iemiruno. Conseqüenle-mente vivem resiritas a ambientes de âÌta umidade,como barrancos ou o interior de florestâs.

Já as pieÌidófitas, cujos representânres mâjscoühecidos são as avencas e sâmambaias, desenvolveram sistemas condutoresj mas seus gâmetas rnasculinos pÍecisam nadâÌ para fecundar os

As gmnospe.mas, Ìepresentadas peÌos pinheiros. e as atrgiosperÍnas. que são as plântascom floÌes. desenvoÌveram sisremas conduroreseljcìentes e superarâm totalmenre â dependênciade água para â fecundação, adâptândo-se êosmais difercntes ambientes tenesrres.

7,2 A classificação das plantas

CÍìptógamas e fâncÌóglnìas

Em fins do século XIX o reino Vegetal foidividido em dois gÌandes gruposr cripíógamase tanerógâmas. Essâ divisão leva em conta, firn-damentalmente, aspectos reproduúvos. Trata-sede uma classificâção infomal, pojs "cripróga-

Ìna' e 'Tanerógâma' não repÌesentam caregoriâstâxonômicas fomais. corno filo ou classe.

O terÌno "faneúgaÍìâ" (do g|ego phanercs,visível, evidente, e gamo' casamento) significâ"óÌgãos reprodutivos evidentes,'. Nesse grupo sãoincluídas todas âs plantas que fomam sementes.

O telmo "criptógânt' (do grego lüipros, es-condido, e gamos, câsamento) significâ ..órgãos

reprodütivos escondjdos, não-evidentes,.. AspÌântas criptógamas são aquelas que não têm flo-

Criplóganas âlasculârcs e rasculares

As criptógamâs podêm ou não apresentarvasos condutoÌes de seìva. Musgos e bepáticassão exemplos de cíiprógâmas avasculâres (doprefixo grego a, não, e do ìârim vascutüÌr, vaso),ou seja, sem vasos condurores de seiva. Já as sa-mambâias, avencas, licopódios e seÌaginelas sãoexeÌnplos de criptógamâs vâscuÌares, ou sejâ,dotadas de vasos condurores.

No sìstemâ de classifïcâção adorado nesreÌir:ro, o grüpo das criptógamâs englobâ cinco di-visões do Íeino VegelâI. Apenas uma deÌas com-preende as criptógarÌÌas avascuÌares, enquanro asoutras são constituídas por cripúigamâs vascuÌa-res. (Tab.7.1)

lobelo 7.1 Clo$iÍicoçôo di reino Vesetdl odobdo neste livro.

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C ptó90mo3 ow*ulorcs{pbnlos Em s enler e sâln sistemo .onduiorl

Divkôo Sryophyto (brióÍiios, hêpóticos e onócercr;23.500 êspéciêsl

Criplôgomos w5.ulorc3{plon|os !êm sdeniê, ê coÌn risiemo (onduioíl

Dviúo Pterophy'o {ptedoÍi.os ou fliciros; l2 mile5p€ci€s)DiÌiúo Lycopbiô (iicopódios e seloginelos; n,lespé.ieslDivisòo Ádrópliyro {cô;olinhos; AO eìoecieiìDiviiõo Psilophyto {piiloÍitos, 8 especiet

. fqnéógomo!' ou esp€Ìmot'áfftosÍplonbs colÍ 3Ètem (onduìor ê coD smdies)

cimnospêrmos (plon|os 3êm Íruics)Divisòo Conyhrophylo {conibrcij 550 e5pàcie5lDivkõo C,codophyb í.ico5; ì00 esp*iêslDiviido Gnetophy'o (gnêtòfiro5; 70 esp*ieslDivl5ôo Ginlsoph/o lsincófitosj i especie)

Ansiospermos {plôntos @m Fvtcs)Divisòo Airhôph)Ìo lonsiospêmot

Clo$e Dko'yledoFes ldicôrilêdônesi 23ó.500 ôspéc,eslClo$e Mondotledones (monocoriledôneosr 48.500 ospácied

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7,3 Criptógamas avasculares:briófitas

Características geraise diversidâde dâs brióÍitas

As briófitàs, coÌÌìo as derÌìais plântâs, são se-res tipicamente reÌÌesí-es. Exktem, no entânto, âÌ-gumas poucas espécies de íguadoce, mas não se.oÌhece nenhuìna briótìta que vìva no mar.

As brìó1itâs apÌ€sentaÌn esÍulul.âs especialì-zadas na absorção de águâ e sâìs do solo, os ri-zóides, inâs não possuen tecidos co.dutucs inteÌnos câpucs de distribun coìn r.ìpidez r águâ eos sâìs rbsorvido!. Por isso as briófitas são fl{nns de pcqueDopoÌ1e pelas quÂis a água se distribui. dÌfiìndnrdo sc céhrlâ â cóìul.ì.

As lÌi(ífità\ nrais populanÌente conhe.idns !àoos musgos. orga smos que viveÌrì eìn locajs úmi

do! e srìbr€ados. onde lbnÌânr cventualnrenierveludd)s tqretcs ve.des sobÌe pcdras. tron.o! ehÍflncos. Ap€sâr de â maìoriâ dos nrusgos !ivc.enl regjões tÌopicais, eÌistenì espécies adâptâd.ìs âÍegiões tempendas e ató nìesnìo às Ìegiões ííicâs,oDde flzim pâÍe dâ lundm. un1 ripo dc foìrÌì.\aìovegetal típico do Pób NoÍe. (Fig.7.3)

tLrLr. r : i f . . ,

Ash€páticàs (do grcgo reprtos, fígado) sioassiìn ch{Ìnadrspo.que a lbÍlÌàdc scu tab leìnbra rm fígado. Ehs vivern geÌâlmcitc no! nresmos ambìenles que os nÌxsgos. B.iófilas meDosconhecidas. que ÌeÌnbnÌrÌ hcpáticas. são os an-tóceros. (Fig. 7.'l)

Reprodução nas brióÍitas

Reprodução âsseIuâdâ

AÌguma! espécie! de ÌìeÌríLicas apreseDlamreproduçio assexundê. Na hcpática M:ucÍrndr.

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Figuro 7.3 Musgos sõo brióliÌos que crercem eÍ€tos.Seu corpo é chomodoto o esecompõê de um côu i.u o,de Ílloides e de rizóldês. {A} Ambieniê tÍpico dosmlsgos. Noie os rochos ioio mênl€ recoberios poreles.(BJMussosem visôo mols próximo. Àdireiio, deserhosde plontos 6mirino e moscllino de um musso.

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Fisurc 7.4 No 6io, hepóticqsvisb5decimo EsÒs b óffltsíescem prc5irodoJ', irto é, sêu tolo crèscê poro elomenteoo solo, aprerentcndo Íizóidès no 6cê ìnÍêrior No desenhoò dnel|o, ocimÕ {AJ,lo ôs fêminÌnoêmo<u ino do hepótco,ldr.hdniid. Aboixo {Bl, |dlosde onlóceros, quelembromto ôs dêhepólicÒs ë vivem nos mesmos ombienles que elos.

por exemplo. na fÂce supeior do 1âlo, existemestìuturas chamâdas concepLÁc os, no inleriordâs quais sc ioÌmâm os propágulos. pequenÀ,eÍrutums ìÌulticeìulffes que se desprenden daplanta-mãe e or iginanr Dovos indivíduos.(Fi-q.7.5)

Rcprodução sexuàdà

A rüriÌrur,i gr rçacr

As briófitas aFesentam alternância de gêrâ-

ções. A gerâção duradoura. isto é, aquela quevive mâis tempo e é mais desenvoÌvida. é a gera

ção hâplóide. gametofrtica (lbrmè gametas). Agerâção diplóide, esporofitica (forma esporot.cÍesce sobÌe â gâÌnetolïtica e dela depende.

Muilâs briófúâs, como o musgo PoÌyrÌcrÍ'rle â hepáticâ Mâìcnânâa, possuem sexos separados, mâs existem briófitâs herÌnâtìodìÌas, em queo tâÌo produz tanio oosferâs (gâmetas tènìininos)quanto anrerozóides (gâmetâs ÌmscuÌinos).

Ui.ìo Je uda de urì ìrj3.

O musgo Po/JrricÌìüm, comumente encontíâdo ôm bÀmücos úmidos, é dióico. ìsto é. pos'sni os sexos separados, hÊvendo pÌântâs gameto-fíticas ìnasculinas e femininâs.

Fisuro 7.5 Algomos hepói icos se reproduzemos5quodômênl,e por meio de propôgulos, estruturosmuhicelulores dorcfflodos, do Íormo ochorodo, que sefôrmdm no inlèrior de concepló.ú os prêsenres nosuperÍicie do toìo. Õs propágulos se desprendem epodem sertronspoaodos pelos chuvosou por respingosde águo oÉ uín Locol com luz e umidode odequodos,onde se dessnvolvem e dao orisem o novos |olo5.

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O musgo masculino forma, no ápice, umâraça toÌhosa que contém estÌulurâs ovóides denominada-s ânteídios, no interior dos quâis se for-mâm centenas de gametas mâsculinos, os anteÌo-zóides. dotados de dois flagelos, parâ a naÌação.

O musgo feminino fbÌma, também no ápice,uma Ìaça foÌhosâ que contém estrutuas em foÌInâ de gânâfâ, denominadas ârquegônios. NoinÌerior de câda arquegônio forma-se um únicogametâ feÍinino. a oosferâ. (Fig.7.6)

Durânte urna chuva ou garoa acuÌnula-seágua nâs taças folhosas dos ápices das plantêsmasculinâs. Nessas condições os anÌerídios libe-râm seus ênterozóides flagelados. Os pingos queâtingem ês taças mascuÌinas esboÍifâm águâcom anteÌozóides, que assim âiingern os ápicesdas plartas femìninas.

Uma vez na taça folhosâ do musgo femini-no, os anterozóides nadam ativâmente em dire-ção aos arquegônios, gÌaças às onduÌâções deseus flagelos. Müitos conseguem penetrá lo, Ínâsapenâs üm fecundâ â oosfêrà. originando se ozigoto-

O zigoto se desenvolve no ápice da planta1èmininâ, foÌÌândo uma plantinha constituída

por células diplóides, o €sporófito. Quando ma-duro, o esporófito foÌma umâ cápsula na sua ex-hemidâde, no interior da quâÌ existem célulasque sofÌem meiose e dão origem â €sporos.

Os esporos se Ìibetam dacápsulae são carregados peÌo vento, espalhando se no solo. so-bre troncos de árvores vivâs ou morÌas e nos baÌ-Ìancos. Em condìções adequadas de unidade, oesporo germina, originando um filamento muÌti-ceÌular chamado protonemâ (do grego pro.os.primeiro, primitivo, e remâtor fio). Do protone-ma surgirão novas plantìnhas haplóides de mus-go, que. na maturidade, Íeiniciarão o cìclo.(Fis. 7.7)

7.4 Criptógamasvasculares

As criptógamâs vâscuiares são reunidas emquatro grupos distintos que. na cÌassificação adotâdâ neíe Ìivro. coÍespondem às divisões Prerophytâ. Lycophytâ, Artrophytâ e Psilophyra.Nosso estudo se restÌìngiÌá à divisão Pterophyra.o grupo mais impoÌtante. corn mâior número de

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Anteridio Àquêgônjo

Figurc 7.ó órgõos rêprôdutircs de um musso. No ôpice dq plonto mosculìno ocqlizom-sê ôs ônrêridiôs, ,ìueconlêm oniercaìdes bifrôgêlodos. No ópice do plont Íeminino locolizom seos orquegônios, codo um com uno

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Zigoto(2n)

Fisurd 7.7 Ciclo reprcdulivo de um musgo.

Características geraise diversidade das pteridóÍitas

As pteridófitâs ou pterófilas (do grego pÍe-râs, âsa) são assim chamâdâs por apresentàrem

folhÁ recoÍâdâs. que lembram penas ox âsâs.Os Ìepresentânles mais conhecidos desse gruposão âs sâmâmbâiâs e as âvencas. A maiodâ dâspteridó1ì1âs habitâ âs regiões tropicais, mas âlgumâs €spécies vrvem em regiões remperâdâs ernesmo semideséÍicas. (Fis. 7.8)

Figuro 7.8 Â môiorÌo dos pleridófitos tem pequeno ehdio porle, mds olgumos sp{ies podem otirgirmokde 20 m de olturd. (À)os Íêi,s, srondes somomboio'orboresceites, possuem Íiron.os" formodos porr izomos sècos e enheloçodos, em oÌ io grou decompocloçõo, dê ondê se obtem o xdxim (B) Avêncossõo pter idóÍ i los mui lo ut i l izodos como ploniosornômentais. (Cl Muiros somohboio, hobitom ojmêsnôs ombientes que liquens e musgos, neste coso, oironco de umo óryore do ÍÌoresto.

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O gÌüpo das pteridótìtas foi. no passado.nars diversificrdo e exuberante do que é atualmente. As gÌândes florestas de 300 nilhões dcâDos atrás eram lormadls principaÌÍìente porpteridófitas. (Fig. 7.9)

i . r ' !x ì 7r ì i i ! r0Ì l ,0rr l d i . lJrüiJ( l l i lN

As pteridófìÌas âprcsentam râiz, caulc e fo-lhâs, emborn essa organìz.ìção nelÌ scnrprc seja.pe.ccptílel à priìnejra \dstâ. Ern müiLâs s{ììambâiâs as folhas parecem cnìergìr dii:rânreDre dosolo. porque o câuÌe cresce beÌnjtrnÌo à superfÌ-cie ou se locâlìza algun! centímet.os sob a terrâ.Esse tipo de câule, qtre crescc firalelèrnenre aosoÌo, é chamado rizomâ O Ìiroìn{ nào é excÌusividade das preridófïrs. podendo ser ranìbémencontrado em algumâs plantas â.grcspernas.

A raiz é â paÌle do coryo da planra responsÍveÌpelaabsoÍçno dc água e sâis ÌniÌìerais do solo.As 1oÌhâs são os (i.gãos oÍdeocoffe âfotossíntese! pr)ccsr) cìì que são produzìdas moléculnsoÍgânicas. O caule é respons/LveÌ peìo tÍâDsporrede substÂncìas. tânto daraizpara as tblhâs quânto no senlido iúrcrso. (Fìg. 7.10)

\h\ . .nr Ì1( [ f \

As ptendófitàs Ì)ossuem conduÌos miüoscópicos quc se estendeÌn das râízes aré âs foÌhâs:osvâsos condutores. Há vasos que conduzem íguâ

figuro 7.9 05 €ginÒs Íósseis indicom que os primeirosfi iplógÕmo5 vosc!ldrês su€nom hó oproximodomente400 milhões de onos, o porriÍ de primiiivos plqntosieÍèslÍes semelhonies òs brióÍitos. Hó cerco de 300milhões de onos, os plêridófitos formorqm imensosforestos, que forom soterodos e originorom qrondesreseivos de coNõo, hoiêexptorodos peto homem.

Figuro 7. I 0 As somomboìos sõo plon|os vosculores, ish) é, doiodds de vosôs condutores de seivq. O co! e é dolipo rizomo, eqs Ío hos sõo séro mente divididos em Íolíolos.

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e sxis miÌìerais daÍlliz até âs folhasisàoos vasoslenhosos ou xilemáticos. Uìn ouÍo sistenra devâsos conduz soÌuções de.ìçúcNÌcs e ouÍas subs,lânciâs orgânicas das tìÌhâs até o câtrÌc c.âízes:.Jo o. ì rso\ I 'btr ianos ou noemál ico!(FÌs. 7.1l )

Fìguro 7.ìl Represenlqçõo esquemóll.o do sislemcconduidde seivo de lmo plonio .roqueóÍih. Em oz!1,

"os6 lenhô\o\ oJ ,'lemotrcos, em '"rm-lho. 'o,o,

iberionos ôu f loemóiicos.

Reprodução nas pteridófitas

Reprodrção âssexuâdâ

Aigumas pÌeridólÌas aprescntam feprodu-ção assexuada por uìì proces$ de brotamento.O rizomâ vai crcsccndo e, de espaços eln espâços. lor'ÌÌâ pont()s regemrjvo! denominâdos es-tolões ou estolhos. onde brotaÌn foÌhas e râízes.A frâgmenlxção ou decomposição dorizomânrsregiões entre esses ponÌos vcgetarivos isola âsnovâs plâniâs. (Fig. 7.12)

Reprodução sexuâda

As p|eridófìtlìs âpfesentâm alternância degerações. A geração dn|adouÍ,ì. âo contrárìo dasbrióf1tas. é a dÌpÌóide, que é esporofíticâ.

A mâioúâ dar espécie! de pteridófltâs, rìoâtingn a maturidade sexual. desenvolve csh.ütuüs chaÌnadas soros. locâlizâdas nâ fâcc inferiorde suas folhas. Nos sor)s ficaÌÌì âbrigâdos os es"poúngios. dentfo dos quais hí céÌulâs que sotrenr ìnenrse e origìnam os esporos. (Fig.7.13)

Ao cairsobre um localúIlìido, um esporo sedesenvolve eln uma pì,ìÌtinha hâplóide. achata,da e emtormade corâção (cordiforme). denomi-nada prótâlo. Oprótâlo é un gametófÌto herna-frodiiâ que apreseDta esüütmas Ìeprodudvâs

- \

rigu.o 7.12 Em muiios somomboios o formoçõo de brobs nos rizomds orlgiio novos ÌndivÍduos Esre ripo oereproduçõo osexuodo é comum êm esp*ies quevivêm em sromados, bdrorcos €cos ê ore êm ro.hÕduros dochõo ê dè poredes No Íolo, NepÁro/éprts ddirdrd, .uios rizomos Íormom nodulos, ricos em óguÒ, com semosq!e originÕm novqs somqmboÌos.

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Esporôngios

{membrcno que .eób.e o rcro}

riguro 7.I3 No Ído ô.imo, Íoce inferior dq Ío hq deumq 5omomboio hostrondo os sorÕs, qle contêmdêzenqs de esporônsios. A direilo, ocimo, desenho deum sorc corlodo mosirdido os esporôns,ios {deiolheoo lÒdo). Etes sôo doiodos de um reÍorço, ô onnuius,formodo pôr cê uos sensíveis ò umidode. Auondo oor seco, o reÍorço dos esporôns ios modurc5 5e esiico eoore, orremêsÒndo rÕnge os esporos.

masculinâs, os ânterídios. e fenrinìnas. os âr-quegônios. Nos üterídios forÌnam-se os ante-rozóides, e erÌ câila rr.Ìuegônìo fonna se uÌnaoosfcra. (Fìg.7.14)

E5poros

Quândo mâduÍos. os anterídios libeÌtor osânlcrozóidcs. Após umachuvâ ou garoa, eles nadan1 sobÍe â superfície uìrìedecìda {lo praÍak) {téo aÍquegônio. onde um deles fècundâ â oosicrr

-

liguro 7.14 Acimo, foro de prórq-os dê somomboio, que roromenteulhopo$om I cm de diômetro.O desenho mostro o ocoÌizoçõodos orqlesônios e onrerídios no

118

Page 11: Cap 7 plantas sem sementes criptógamas

O zigoto se desenvoìve no iúenor do ârquegô-nio, originando ulnâ plâIttinhâ diplóide. o €spoúIito,

que daÉ origem a urÌÌapteridófita adút - Estafomaú €spoÍos haplóider. r€petindo o ciclo. (Fig. 7.15)

(2"ì

.E,p"'qlq

tisurc 7.15 Ciclo rep@dutivo de umo somomboio.

Um grupo de plantas nilidamente aparentado com as pleridófilas é odas licopodíneas, que constituem a divisAo Lycophyta. Essâ divisâo com-preênde atualmente cerca de 1.000 espécies de plântas de pequeno porte,que não produzem semenles (criplógamas) e que sâo doladas de sislemacondulor (vasculaÍes).

Os rêprêsentânles mais conhecidos das licopodíneas são o Lycopo-diun e a Sellaginella. lacilmente enconlrados em floreslas de pinhêiÍos.

O ciclo de reproduÇão das licopodíneas apresênta características quepodem seí consideradas avançadas em rêlaçáo às pteÍidóíitas. As licopo-díneas represenlam exemplos vivos da provável Íansição evolutiva queoÍg nou as fanerógamas, a partjr de grupos pÍimitivos de criptógamas.

A Sellaginella é uma planla diplólde, que parece um musgo muilo de-senvolvido. Na matuÍidade sexualessâ planlaíorma, nas exlrsmidadês dosramos, pequenâs "espìgas" chamadas êstróbilos, onds se desenvolvemdois lipos de esporângio: megasporângios, íeÍnininos, e microsporân-gios, masc(] l inos. (Fig. 'Q7.1 -1)

Cido

119

Page 12: Cap 7 plantas sem sementes criptógamas

.;2

x:1

F;guro07. l . l As i ,opodn4spe' ìencê-odi \ iúoLy(ôplyt êoerJdodesLorcpbduçôoroshôosposre,5(ominhos evollii!ôs rÍihodos pelos oncèíro,s dos poiios hodsnos. la)4,copodtuhe {B) se//derhêl/d, ombos.ôm estrôbilo5, qle sõo seus ôrsõos reprodutivos. O desenho mosrro um estróbilo de Selloainello

""-mesospôrônsios (Íemininot ê mi.rôsporônsios (mosculirosl. -

Í!leiose no megasporângioNo inler iof de cada Ínegâsporângio existem várias cétulâs pÌedesl ina-

das a soÍrer meiose, Enlrelanto apenas unìa se desenvo ve, crescê e soÍremeiosê, or iginando quaÍo esporos hapló des denoÍninados megásporos.

Cada megásporo se desenvolve deniro do próprio esporâng o e origÌnaum pequeno sef hâpióide: o prótâlo Íeminino ou megaprótato. O megaprólâlo Íoíma arquegôn os peq!enos, cada um deles conl uma ooslêra.

Mêiose no micíospoíângioCâda m crosporâng o contém diversâs células que sofÍem meiose e oÍ -

ginam os micrósporos- Os micróspoÍos se desenvotvem deniro do pÍópÍiomicrospoÍârgio e cada urn de es ongina um reduzido prótâlo mascut ino, omicroprótalo. O microprótalo conìém um ou dois anterídêos, no nier loÍdos ouàis se'orïdrì anterozóidês l làge àoos.

lsosporia yersus heterosporiaEnquanlo as pteÍ dóÍtas formam um únlco i ipo de êspoÍo, sendo por

sso chamadas isosporadâs, as I copodíneas Íormam dois tipos de esporomegásporos e micrósporos , sendo por isso chaÍnadas heleíospo-

Nas pleridóÍilas o prólalo é hermaÍÍodita. Nas llcopodíneas o megásporo orig na o megaprólalo, Íeminino, e o micróspofo origlna o micÍopróta-

Desênvolvimento dos prótalos sobre o esporóíitoO desenvolv mento do megapróìalo e do micropÍólato ocorÍe denlro do

êsporângio, sobre a p anta esporoíítica da sê agine a.

120

Page 13: Cap 7 plantas sem sementes criptógamas

A Íecundação da oosÍeÍa pelo anierozóide ocofie no próprio eslróbilo,o que facl l Ì ia a etuação dos anleÍozóides, que precisam nadar apenas cLrl-las d stânc as deniro do êsríóbilo parê atingir seu objetivo. O zigolo se de-senvolve em um peqìreno esporÓÍiro, que eslá mergulhado nos tecidos domegapróta o, e só enlão o mêgapróialo se I beíla do eslróbÌlo e cai ao soto.

Após !m cuílo inÌeÍvalo de repouso, em qLre o megâpróta o desenvotvepequênos r izóides, o esporófto inic ia sêu desenvovimenlo. Atê enião etehavia sido nulr ido pelos iecidos do megapróÌa o. Logo, à medìda que o mê-gaprólalo degenera, o espoÍóÍiio iorna-sê independente, Íechando-se, as-sim, o c clo de vida. (Fig. Q7.1,2)

{nJ

12^l

12.)

Fisu.o Q7. I -2 Ciclo reprodutivo de Seliogine/lo.

7,5 Comparação entre ciclosde vida de pteridófitase briófitas

I òr , lL, : r furr üN i . i .1, t L. l

Briófitâs e pteridófitas apÌesenlam cicÌo devida dipÌobionte, con alternância de geraçõeshêpìóides e dìplóidcs. Esses dois grupos de pÌao-trs diferem, porém, quânto à fase prcdominantedo cicÌo, que é hâplóide nas briófìtas e dìplóidenás pterìdófìtas.

Nas b,iófitas a lasc pndominânte é o gaìnetófito. O esporófito. nesse grupo, é umâ planrìnha pequena e ircipiente. loflnada por um pé.uma haste e umà cápsula, que cresce sobÌe aplaììta gametofítica. Apesar de possuir cbrofÌlae fazer fotossínrese, o esporófìto dâs briófitas é.em grande paúe. nuÌÌido peÌo gâmelóíìto.

Nas pleÌidótìtâs â fase FedoÍninânte é o es-porófito. O gametófiÌo, nesse g po, ó urìâ plantinhapequenae de vidâcuta, oprótâÌo- Oesporófito das pteridófitas nmbém depende do gatnetófito. Ìnas apenas nas fases inìciâis dc seu de

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Page 14: Cap 7 plantas sem sementes criptógamas

senvoÌviÌÌento. Logo o jovem esporófiro desenvolve râízes. que peÌfurâm o prótalo e se fixâmno soÌo. Dâíem diante. o esporófito se desenvol-ve ìndependentemente e o gâmetófito degenera.Gig.7.16)

DeJ)eJì{lincjr lu Ígua prfa i repÌoilúçiio

Tanto brntfitas como pteridófitas formamanterozóides flâgelados, quÈ precisam nadar pârâfecundar a oosfera. Nos musgos os anterozóides

METOSË

dependen de respirgos de chuvâs, garoas e orvalhos pâÌâstingir a pÌânta feÌninina. onde se didgern aos âÌquesônios.

Nâs sâmambaias o prótêlo é hermafÌodirâ, oque fàcilitâ â târefa dos ânterozóides. ApesaÌ disso eles tênÌ de nadaÌ nâ superfície umedecidâ dopÌótÀÌo até os arquegônios.

Em ambos os casos há dependência de áSuâÌíquida paÍâ â fecundaçÃo, o que Ìevâ â maioriâdas brìófiÌas e ptendófìrâs a hêbirâr regìões tro-picais. no inÌerìor de florestâs úmidâs.

Íisuro 7. | ó Comporoçõo entre os ciclos de vido de brioÍiros e pteidoÍiros Nos bnofi,as o oeroçao esooroÍrncoè ir c o - ,te e o rmeite d-perdel|e do 9e' ô( óo go-erol trco. Nos pterioot to, Õ . iaoçô" .e i,e.t". . p, edomr ,oé do geroçõo esporofílico, quê depende do somdófiroopenos nos primeiros Íoses do vido

BRIóFITAS

Diagnose das briófitas P antas sem semenles (cripiógamâs) e sem sistema condutoÍ (avascu-laíes), PooeF ap.ese,ì lar la lo êÍeto ( Ìusgos/ o- prostrêdo (, lepa. iLas ê anróce,os).Ondê êncontrar br ióÍ i tas? As br iót i tâs são Íaci lmente enconÍadas em tocais umidos. vivêndono solo, sobÍe tÍoncos de árvores, em baíâncos, ern rochas elc. Há por]cas esDécies aouáÌi_cas, de águâ doce. São exemplos de brófilas lerreslrês: potttnchum \musgo) e Marchdntia(hepát ica).ClassiÍicação As brióÍiias constituem a drvisão Bryophytâ do reino Vegetat.Reprodução Assexuâdâ e sexuada. Algumas hepáUcas se repÍoduzern assexuadamente porme o de pÍopágulos. Nâ reproduçáo sexuada, há atteÍnância cte gêÍações. A geração haptóide(gamêtoííuca) é a Íase duíâdoura, predom nando sobre a geração diptótde lesporóiltica).

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Page 15: Cap 7 plantas sem sementes criptógamas

PTERIDOFITAS

Diagnose das ptêridóÍilas Plantas sem sementes (cipìógamas), dotadâs dê vasos conduto-res de sêiva (vasculares ou traqueóÍitas). Corpo organizado em raiz, caule (rizoma) e fothas.Onde encontrar pteridófitas? ÀIuitas pteíidóíilas vivêm em ambientes úmidos, semethanl€saos das brióÍitas, mas aigurnas podem habitar rcgiõês rêlativamente sêcas. Samambaiâs êavencas são muilo usadas como plantas ornamentais. Há poucas êspéciês aquáticas, de águadoce. São exêmpfos de pìeridóíilas te rreslres: D/yoplêlts dênlaia (samambaia), Acliantum (aven-cat e Cyalhea (lelo attorescente ou samamba'açu).Classificação As pleridófilas constiluem a divisão P1êrophyta do reino Vêgetat. A ctasse maisrepresentaliva d€ssa divisão é a Filicinae, que reúne sâmambâias e avencas.Beprodução Assexuada e s€xuada. Algumas samambaias se repÍoduzem âssexuadamentepoÍ meio de eslolões {brotos do Íizoma). Na repfodução sexuada, há alternância de ge|ações.A geração diplóide (esporoÍÍtica) é a lasê duradoura, predominando sobre a geração haptóide(gametoÍítica).

Texto troduzido e odoptodo do livro 8io/og1de CloudeA. Vìllee e ou-rros,2" ed., Sounders Collese publishins, FilodêlÍio, EUA, 1999.

A sociedade industrial dêpênde de energia obtida a parlir dê combusÌÍvêis íósseis.Dêntre eles, um dos mais importantês é o cârvão mineral, que, no hemisfé o noÍte, eusado pâra a oblenção de eletricidâdê de uso residencial. O carvãotambém é emprêgâdona siderurgia, para a conÍecção dê máquinas e de outros itens constituídos dê âço outerÍo. Apesar de o carvâo sêr extraído da terra, como os mineÍais, ele não é um mineralcomo o ouro ou o alumínio: o carvão é orgânico, tendo-se formâdo a pârtir de restos deplantas antigas.

A maior partê do cârvão utilizado atualmente se formou a partir de restos de primiti-vas plantas leÍêsÌres, pârticularmente das que viveram no pêíodo CarboníÍero, há aproxj-madamente 300 milhõês de anos. Cinco grupos principais dê plantas cont buíram para aformação do catuão. Três deles eram plantas vasculares sem sêmenies: licopódios, equFsetos e samâmbâias. Os ouÍos dois grupos foram as ple dospermas, iá extintas, e asgimnospêÍmas primitivas.

E difícil imaginar que licopódios, equisêtos e samambaias, plantâs pequenas ê relativamenle raras nos dias de hoje, liveram tanta importância nâ foÍmação dos grandes depó-sitos de carvão do planeta. Não se pode esquecer, porém, quê, no período Carbonílero,essas plantas tinhâm grande porte e Íormavam erlênsas tlorestas, em divêrsas regiões daTeÍa.

Durantê o período Carbonífero o cljma êra ligêiramêntê quentê e âs plantas podiamcrescêrdurante o ano lodo, graças às condiçõês climáticas Íâvoráveís. Asfloreslas oòupa-vam árêas cosleiras baixas, que eram periodicamente inundadas. Quândo o nível do maÍbaixava, as plantas novamente sê estabêleciam. Os restos de plantâs submergiam nolerreno pantanoso, o que impedia que fossem dêcompostos completamênte. A condiçàoanaoróbica das águâs desses primitivos pânlanos êvitou a prolileração dê fungos e debâctérias decomposiÌorês. Camadas de sedimento cobriram os restos de plantas semide-composlos. Com o tempo, a prossâo e o calor converteram o material vegetâl acumuladoem carvão, e as camadas de sedimentos, em rochas sêdimêntares.

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À,4ais tarde, movimentos geológicos elevaram as camadas de carvão e de rochassedimentares. A prova disso é que se pode encontÍar carvão no alto das montanhas Apa-laches, nos Estados Unidos. Os diferenles tipos de carvão, como o linhito e o antraclto, porexemp o, foTmaram-se como resultado dê difêrentes ìemperaturas ê pressões às quais'oÍdrì sübmetidos os Íeslos veqelais.

o Au.",d"d*u

FICHA ìORrcENr E cl,ÀssrFrcÁçÁo Dos YEGETATS

1. CarâcÌerize resumidanìente o Ìeino VegelÍl.

2. Quardo surgiÌanì as primeiras plantâs leÍeíres? Que supostas vantâgens a tenâ fiÌmcâpresentâva em relação ro âmbicnte âquático habitado pelas rlgâsÌ

3, ApoDte ecomente brcvcrÌc'tc âs câracteísticâs desenvolvidas pclas plantâs em 1ìnçãode sua adaptação êo ambiente teÍcstre.

4. Sobre as pÌantas criptógâmas. rcspondâ:r) Porquc íecebem esse none?b) O que sao cripÌógânl:Ìs âvâscuÌares e vascularcs? Dê excmpÌos.c) Que div;sões conìpõeÌn o sÌupo (nrtuÌmal) das criptósrmâs?

Ì .

2.

.t.

4.

O que representaÌn os Ìizóides prescntcs nâs brióÍitâs?

CarâcÌerize. em poucas pÂlavms, müsgos e hepáhcas.

ExpÌique resumidamente a repÌodução âsscxuâdâ por propágulos.

Esquerìatize, daÌnaneim nÌais simplificâdâ possíveÌ. ociclo reprodutilo de un1 n1usgo.Por que esse ciclo é denoììinado âllemânÌe?

ii -r,i

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Page 17: Cap 7 plantas sem sementes criptógamas

A. TESTES

Bloco 1. Briófftâs

r. (Cesesp PE) Vegetal terestre, sem tecidos vas-culdes, que exibe met.gênesè com lbrmação dèesporcs na tiìle ãssexuada de seü cicÌo bioÌógico,é classificado como:

e) aúgiosperma.

2. (F. C. Chagâs-SP) ConsideÍúdo-se a série filo-genética vegelâÌj as prìmeiras plantâs â apEse.,td vasos lenhosos são asi

b) briófitas.

3. (F. C. Chagas-BA) Os nusgos que c.escem rcs

a) g'ìnetófitos de briólÍas.b) gãmetófitos de pleridófiras.c) esporófitos de briólìras.d) espoúliros de pteridófirâs.el âssociações de âlgas e fungos.

'125

Page 18: Cap 7 plantas sem sementes criptógamas

4, (UFAL) Nos nussos. o qporófito vive:a) cono epífita de árc.b) sobre o gmetófito-c) em simbiose com oulras llnìtâs.d) sobre roctìás ou sobre o solo.e) colno pârâlitâ de ouÌras !Ìantâs.

5. (UCMG) Nos nussos. uma divisão meiótica d-

d) óvulos.

Bloco 2. PÍeridóÊtâs

6. (Mdk€trziÈSP) Uma sanaÌbaia corresponde e:a) sporóÍito dât pteridófiÌas. 'b) gameltfito dâs briófitas.c) esldífito dâs espermatófitas.d) SmetóÍito dd fimerógamas.e) esporófito dd briófitâs.

7. (Cesgratrio) As sâÍnâmbaid. .levido a c€Ìtâs púliculdidades de eu ciclo r€produtivo, proliferm

b) !o3 solos se.os.c) nas águâs oceânicas.d) nos lruSuezârs.e) nos soÌos únidos.

E. (f. Zooc Lesre-sP) \r' 'Mmbéia. câda e'porohapÌóide dá otigem a m:

b) gme!ófito.

9. (Vunesp) Em um pteridófiÌo. a geração esporofiÌica é rcpresentnda por:a) 6poros e espoaügios.D) €sPorosi âpeúas.c) 6iz. caule e folhas.

e) rizóide, cauÌóide e filóide.

r0, @CMG) [Ìót io é:â) gâmetângio de pteridóftos.b) gametófito de pteridófitos.c) sporânsio d€ bdófilos.d) gameófilo de bíófitos.e) espoófito de bÌióntos.

126

11. (Mackeui€-SP) O deseúoÉp@sent úmÀ folha de sa-manbárì. A estrutura indi-cadâ lela seta é chmda

Qual a altÊmâtivâ que com-lletã coretameíte âs lâcu-

d) esporangióforo. esporc*

12. (Vunesp) A conquista do mbiente Ìerrestre noeino Vegetai foi possibiìiradà pelo apeecìmenlo

â) fase gmelofíúcâ predominante em Élação àesporofíticâ.

b) fase €sporofitica predominante em relação à

c) sist€mâ de condução diferenciado.d) cutícula plüiestratificada.e) estômaros com mecúismos adaptaüvos a am-

bientes com estrese hídrico.

Bloco 3. Compsrações entre bÌiófitase pt€ridófitas

13. (Mogi SP) No quadÍo seguinte você encontreácúaclerísticas de briófitâs e ptendófitd. Asina-le a altemativa emdz:

m

â)L b)IL c) I Ì Ì . d) Iv. e)V.

14. (PUC-SP) coNideÌândo as segúntes cúacleds

I. AÌtemârcia de gerâções com o esFüófiÌo prc-domiíanle sobre o gmetófito.

tr- Prcsença de lecidos de @ndução.III. Ocorência de meiose €spórica.Um musgo (briófita) e uma sMbaia (ptendó'fita) apresetrtam em comm:a)Ietr-b) II e III. e) apenas lll.

Page 19: Cap 7 plantas sem sementes criptógamas

B. QUESTÕES DISCURSIVÀS

15. (Fuvest-SP) Esquematize o ciclo de viila de um

16. (FuvesrsD As céluÌas do gametófito de umÀbriófita, dê ciclo nomaÌ. têm 30 cromosso-nos. Quantos serão encontra-dos no esporo, na haste, !a cápsula e no ante-

r7. (Mogi SP) Qual o enfÕqúe dado quúdo se defineìn as pteridófitas como "planLa! crillóEamas

lE. (Füvest SP) Esquehalize o ciclo de vida deumasamambala, indicÀndo â suâ haplólase.

r9. (PUC SP) Considêre as seguintes etâlas do ciciod€ vida de

'lm planta que apresenta altemâncÌa

c.!44!!' !g!9!9, seÌação haplóí,te,esPoto, sencio diDloìde- zipoto

e recündrçdo

EÌab@ um esqueÍna, mostÌândo o ciclo de vidadesa pleta e colocddo ãs etâpâ! âciÍÌâ ciraddem ord€m Ìógica de oconência.

2.0. (Mogi-SP) Compamú os esporófitos de um musgo(bnóìta) e uma smbâia (pteddófita), qüâis as di-ferençd nn hftntais que você pode 6sinaÌar?

21. (Furest SP) No que difeen bíóiì1as e pterìdófìtas quanto ao deslocmento dr águâ no interiof

l. Analise detalhadmente ôs ciclos do vida do musgo Poryr,t Ììum e da sâmmbâia. A seguiÍ, reÈpondâ às seguintes questões:

a) Que semelhdças pôden ser reconhecidd entre os dois ciclos de vi.la?

b) O cjclo de vida dâ smmbaiâ é um ciclo devida allemânre. ilto é, aprcsenta aiternância deSeraçõesÌ Dscurã e justifique.

c) Quais d dìferenças mais mdcarles enh6 os ciclos de vida do ftusgo Pot'lrcáüD è dâ sa-

Aìalise, de forma comlmtivâ, â É]dção de dependência entre gametófito e esporófiro no cicÌode vìda das briófitãs e pteridófitas.

Expìique lof que as bíótìtas e as pteridófnâi de-pendem dâ água en seus cÌclos de reprodução.

2.

3.

127