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ESTUDO COMPARATIVO UTILIZANDO O LED AZUL E O LASER INFRAVERMELHO ASSOCIADO AOS OLIGOELEMENTOS ZINCO E FERRO NO TRATAMENTO DA HIPERPIGMENTAÇÃO PERIORBITAL COMPARATIVE STUDY USING THE BLUE LED AND INFRARED LASER ASSOCIATED WITH ZINC AND IRON ELEMENTS IN THE TREATMENT OF PERIORBITAL HYPERPIGMENTATION Gabriela Cristina Ferreira- [email protected] Viviane Meira de Sales- [email protected] Tatiane Bueno Ferrari- [email protected] Prof. Cristiane Rissatto Jettar Lima- esté[email protected] Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium- Lins sp. RESUMO A hipercromias periorbitais são alterações na coloração da região orbicular dos olhos. Dentre os principais fatores causais estão à exposição solar e o estresse oxidativo. O LED azul atua na degradação dos cromóforos clareando as manchas e o LASER infravermelho na circulação sanguínea e linfática promovendo drenagem. Os oligoelementos zinco e ferro têm ação antioxidante para hiperpigmentação melânica e por hemossiderina. O objetivo desta pesquisa foi verificar os efeitos do LED azul e LASER infravermelho associado aos oligoelementos zinco e ferro no clareamento da hiperpigmentação periorbital. F oram selecionadas quinze voluntárias do gênero feminino com fototipos I e II avaliadas por meio de ficha de avaliação facial, randomizadas em três grupos, fototerapia, terapia ortomolecular e grupo fototerapia associado à terapia ortomolecular. A pesquisa foi efetuada na Clínica Corpo & Essência S. S. Ltda. de Lins/SP - BR. Foram executadas treze sessões com frequência de duas sessões semanais . Conclui- se que não houve clareamento total em nenhum dos três grupos. Palavras-chave: Hiperpigmentação periorbital. Oligoelementos. Fototerapia. 1

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ESTUDO COMPARATIVO UTILIZANDO O LED AZUL E O LASER INFRAVERMELHO ASSOCIADO AOS OLIGOELEMENTOS ZINCO E FERRO NO

TRATAMENTO DA HIPERPIGMENTAÇÃO PERIORBITAL

COMPARATIVE STUDY USING THE BLUE LED AND INFRARED LASER ASSOCIATED WITH ZINC AND IRON ELEMENTS IN THE TREATMENT OF

PERIORBITAL HYPERPIGMENTATION

Gabriela Cristina Ferreira- [email protected] Meira de Sales- [email protected]

Tatiane Bueno Ferrari- [email protected]. Cristiane Rissatto Jettar Lima- esté[email protected]

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium- Lins sp.

RESUMOA hipercromias periorbitais são alterações na coloração da região orbicular

dos olhos. Dentre os principais fatores causais estão à exposição solar e o estresse oxidativo. O LED azul atua na degradação dos cromóforos clareando as manchas e o LASER infravermelho na circulação sanguínea e linfática promovendo drenagem. Os oligoelementos zinco e ferro têm ação antioxidante para hiperpigmentação melânica e por hemossiderina. O objetivo desta pesquisa foi verificar os efeitos do LED azul e LASER infravermelho associado aos oligoelementos zinco e ferro no clareamento da hiperpigmentação periorbital. Foram selecionadas quinze voluntárias do gênero feminino com fototipos I e II avaliadas por meio de ficha de avaliação facial, randomizadas em três grupos, fototerapia, terapia ortomolecular e grupo fototerapia associado à terapia ortomolecular. A pesquisa foi efetuada na Clínica Corpo & Essência S. S. Ltda. de Lins/SP - BR. Foram executadas treze sessões com frequência de duas sessões semanais. Conclui- se que não houve clareamento total em nenhum dos três grupos.

Palavras-chave: Hiperpigmentação periorbital. Oligoelementos. Fototerapia.

ABSTRACT

Periorbital hyperchromias are changes in the coloring of the orbicularis of the eyes. Among the main causal factors are sun exposure and oxidative stress. The blue LED acts on the degradation of chromophores by lightening the spots and the infrared LASER in the blood and lymphatic circulation promoting drainage. The zinc and iron trace elements have antioxidant action for melanic and hemosiderin hyperpigmentation. The objective of this research was to verify the effects of the blue LED and infrared LASER associated to the zinc and iron trace elements in the bleaching of periorbital hyperpigmentation. Fifteen female volunteers with phototypes I and II were evaluated using a facial evaluation card, randomized into three groups, phototherapy, orthomolecular therapy and phototherapy group associated with orthomolecular therapy. The research was carried out at Clínica Corpo & Essência S. S. Ltda. of Lins / SP - BR. Thirteen sessions were performed with frequency of two

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sessions per week. It was concluded that there was no whitening in any of the three groups.

Key words: Periorbital hyperpigmentation. Trace elements. Phototherapy.

INTRODUÇÃO

Souza et al. (2011), relatam que a hipercromia da região orbital, com seu

aspecto escurecido proporciona aparência de cansaço à face. O resultado do

tratamento da pele com olheira é na maioria das vezes gradual e dificilmente é

duradouro, visto que a fisiopatologia desse tipo de hiperpigmentação envolve

predisposição individual à pigmentação, além de fenômenos fisiológicos de

vasodilatação, que ocorrem naturalmente e de maneira contínua.

Há dois tipos de olheiras, a vascular e a melânica. Na hiperpigmentação

vascular a pálpebra é mais escura pela dilatação dos vasos. Já na melânica o fator

principal é a estimulação do melanócito, geralmente pela exposição solar. (SOUZA

et. al. 2011).

A fotoestética auxilia principalmente no aumento da microcirculação,

drenagem linfática, redução da ‘’bolsa’’ de gordura e aumento da síntese de

colágeno, além dos efeitos despigmentantes, antioxidantes, antiflamatório e

hidratante. (MANOEL; PAOLILLO; MENEZES, 2014).

Os antioxidantes são excelentes no combate às manchas, pois são capazes

de neutralizar os radicais livres formados na pele, em resposta à radiação solar,

além de atuarem na reação de formação da melanina, reduzindo-a, como o zinco e o

ferro. (PUPO, s. d).

O objetivo do experimento foi verificar a eficácia da Fototerapia associada a

Terapia Ortomolecular no tratamento da Hiperpigmentação Periorbital, e avaliar os

resultados do tratamento individualizado e ou quando associados.

A fototerapia por meio do Light Emitting Diode (LED) azul e do Light

amplification by stimulated emission of radiation (LASER) infravermelho associado à

terapia ortomolecular utilizando os oligoelementos zinco e ferro contribuem para o

clareamento da hiperpigmentação periorbital?

Como hipótese aventou-se que a associação da fototerapia por meio do LED

azul e do LASER infravermelho aos oligoelementos zinco e ferro promovesse

resultado mais eficaz no clareamento da hiperpigmentação periorbital.

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A fotoestética auxilia principalmente no aumento da microcirculação, drenagem linfática, redução da bolsa de gordura e aumento da síntese de colágeno, além dos efeitos despigmentantes, anti-inflamatório, antioxidante e hidratante. (MANOEL; PAOLILLO; MENEZES, 2014, p. 56).

1 HIPERPIGMENTAÇÃO PERIORBITAL

A hiperpigmentação periorbital ou olheiras é a diferença de cor entre a pele

palpebral e o restante da pele facial, proporcionando à face aspecto de cansaço e

envelhecimento. Sua prevalência é maior em indivíduos de pele, cabelos e olhos

mais escuros. Acomete indivíduos de qualquer idade independente do sexo, mas a

maior queixa se dá por parte das mulheres. (SOUZA et al., 2013).

1.1 Tipos de hiperpigmentação periorbital

1.1.1 Hiperpgmentação melânica

É mais frequente em pessoas adultas e morenas, consequente a exposição

solar excessiva e cumulativa, que aumenta a produção de melanina, diminui a

espessura da pele e amplia a dilatação dos vasos. Pode ser definida como máculas

pigmentares homogêneas, bilaterais, circulares que se dá pelo aumento da melanina

numa região mais pigmentada que o resto da face. (RIBEIRO, 2010)

1.1.2 Hiperpigmentação vascular

A olheira predominantemente vascular tem padrão de herança familiar.

Costuma aparecer mais precocemente, ainda na infância ou na adolescência. O

diagnóstico é feito tracionando-se a pálpebra inferior para melhor visualização, na

olheira vascular não há mudança de cor da pele, a pálpebra é mais escura devido à

visualização dos vasos dilatados por transparência. (SOUZA et al., 2013)

1.2 Causas da Hiperpigmentação periorbital

A hiperpigmentação periorbital apresenta causa multifatorial envolvendo

fatores intrínsecos determinados pela genética do indivíduo e fatores extrínsecos

tais como: exposição solar, tabagismo, etilismo e privação de sono. Outras causas

que podem ser citadas para o aparecimento das olheiras são a hiperpigmentação

pós-inflamatória secundária à dermatite atópica e de contato, uso de medicamentos

(anticoncepcionais, quimioterápicos, antipsicóticos e alguns colírios), presença de

flacidez palpebral (envelhecimento) e de doenças que causam retenção hídrica e

edema palpebral (tireoidopatias, nefropatias, cardiopatias e pneumopatias), que

ocasionam aspecto inestético a área periocular. (SOUZA et al., 2013; FRANÇA,

2016)

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2 TRATAMENTO

2.1 Fototerapia

A Fototerapia modifica a atividade celular usando fonte de luz sem efeito

térmico. O uso de LASER e LED melhoram a aparência da pele foto envelhecida,

acne e as alterações pigmentares.

A interação dos efeitos da luz com os tecidos biológicos, através de eventos

fotoquímicos e fotofísicos, são relacionados às mitocôndrias celulares que sofrem

modificações estruturais e metabólicas, a luz penetra nos tecidos e é absorvida

pelos fotoaceptores celulares denominados cromóforos. Os cromofóros são

organelas celulares presentes na derme e epiderme; como

a melanina, citocromo, porfirinas e hemoglobina. Ao absorver a luz seu metabolismo

é estimulado, induzindo assim reações químicas. Assim, as mitocôndrias que

regulam o metabolismo celular são fotoativadas para estimular ou regular os

processos fisiológicos. (MANOEL; PAOLILLO; MENESES, 2014; MEZAROBA,

2015).Laser e Led apresentam propriedades que os diferenciam. O laser produz um feixe de luz monocromático (mesmo comprimento de onda eletromagnética com pouca dispersão do calor), altamente colimado (paralelo) e com sincronização da radiação com ondas eletromagnéticas que apresentam coerência temporal e espacial, no qual os picos e vales das ondas se coincidem. Diferentemente do laser, a luz originada do Led não é coerente, nem colimada e atua numa banda mais ampla de comprimento de onda, mas produzem uma banda de espectro eletromagnético próxima do laser. (MANOEL; PAOLILLO; MENEZES, 2014, p. 19).

Ambos atendem as diversidades na área da estética: acne, alopecia, gordura

localizada, drenagem, estria, celulite, pré/pós-operatório, anti-glicação, olheiras,

micropigmentação, hidratação, clareamento, rejuvenescimento. (MANOEL;

PAOLILLO; MENEZES, 2014; MEZAROBA, 2015).

2.1.1 LED Azul

LED é um diodo semicondutor que quando energizado emite luz visível,

formado pela união de um semicondutor do tipo P (Positivo) e um semicondutor do

tipo N (Negativo), originando uma junção PN. A luz não é monocromática (como no

laser), mas consiste de uma banda espectral relativamente estreita e é produzida

pelas interações energéticas do elétron. A emissão de luz pela aplicação de uma

fonte elétrica de energia é um processo chamado eletroluminescência. Em qualquer

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junção P-N polarizada diretamente, dentro da estrutura, ocorrem recombinações de

lacunas e elétrons, essa recombinação exige que a energia presente nesse elétron,

que até então era livre, seja liberada, o que ocorre na forma de calor ou fótons de

luz. As porfirinas liberam um oxigênio reativo armazenando água em seu interior,

pois reage com íons da membrana citoplasmática, ao acumular água, o tecido

cutâneo aumenta sua capacidade de refletir luz, que clinicamente gera um efeito de

clareamento e iluminação. (SOUZA, 2010; FROES, 2013).

À medida que a região escolhida recebe a incidência da luz azul é estimulada

à produção de radicais livres, a partir de compostos melânicos. O oxigênio reativo

tem afinidade pelo hidrogênio presente na água, assim, o oxigênio livre reage com o

hidrogênio da água produzindo hidrólise e consequentemente formação de íons

livres que vão se aderir à parede da membrana citoplasmática dos tecidos.

Esses íons livres, vão se conjugar às moléculas de oxigênio e estimular a

presença da água na região, alterando a tensão superficial da pele, com efeito

estético de expansão dos tecidos. A expansão dos tecidos pela presença de água

ajuda a combater a aglutinação de pigmentos com capacidade de absorver luz, já

que os compostos carbônicos estarão mais espaçados, favorecendo a reflexão da

luz e potencializando o efeito estético de clareamento. (SOUZA, 2010; FROES,

2013).

2.1.2 LASER Infravermelho

O LASER infravermelho atua na olheira provocando uma melhora na

eliminação das toxinas, ativação do sistema linfático com melhor oxigenação dos

tecidos e aumento da microcirculação periférica.

O LASER apresenta amplo espectro de absorção, por isso a melanina é um

alvo para ele, pois qualquer laser que produz luz visível ou infravermelha pode atuar

removendo pigmentos em algum grau. (KEDE; SABATOVICH, 2009).

O pigmento epidérmico é mais fácil de ser removido, pois tem uma

proximidade maior com a superfície, e o pigmento dérmico é mais difícil de ser

removido devido a sua profundidade.

A energia é absorvida pelos cromóforos e a luz se converte em energia

térmica, mecânica ou química, rompendo o tecido alvo. A energia luminosa é

transformada e após isso o cromóforo e partes do tecido adjacentes são rompidos

por fragmentação, coagulação, vaporização e/ou foto- oxidação. A interação do laser

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com o tecido causa um dano dérmico, e dessa forma provoca um remodelamento,

sendo proporcional ao grau de calor gerado no tecido-alvo e á duração da

exposição. A remodelação dérmica tem como resultado a substituição de colágeno e

elastina danificados por colágeno e elastina novos, mais compactos e organizados,

o que promove uma melhora do aspecto das rugas e consequentemente das

olheiras, pois ocorre um aumento da espessura dérmica devido à reorganização do

colágeno. O LASER Infravermelho aumenta a oxigenação dos tecidos, melhora a

drenagem linfática da face e tem efeito anti-inflamatório. (SOUZA, 2010; OLIVEIRA;

PAIVA, 2015; KEDE; SABATOVICH, 2009; DUARTE, s. d.).

2.2 Terapia Ortomolecular.

A Terapia Ortomolecular é considerada uma inovação nos tratamentos de

beleza, apresenta o que há de mais moderno na área proporcionando uma terapia

antioxidante, que visa o restabelecimento da pele e suas funções, pela aplicação

dos oligoelementos minerais, tópicos e ionizáveis, proporcionando a neutralização

dos radicais livres presentes no corpo humano. Como consequência há melhora do

viço da pele, do metabolismo celular sobre o tecido, evitando o aparecimento de

rugas, manchas e flacidez cutânea. O tratamento é feito interna e externamente, já

que a pele é um grande órgão de absorção e é indicado para os tratamentos de

hiperpigmentação, rejuvenescimento, gordura localizada, obesidade, acne, celulite,

flacidez, estrias proporcionando ao profissional um diferencial no mercado. O uso de

produtos cosméticos ortomoleculares promove um resultado rápido e eficiente, pois,

por se tratar de ativos compatíveis com o que se tem no organismo, a aceitação

deles pelo mesmo será muito maior que um cosmético comum. (CARRASCO, 2017;

CARDOSO, 2011; SOUZA, 2017).

2.2.1 Oligoelemento Zinco

O zinco é um co fator essencial de enzimas envolvidas na síntese de

proteínas, divisão celular e metabolismo de lipídeos e carboidratos que se faz

importante no sistema imune. É um antioxidante, antienvelhecimento, cicatrizante,

regula o sebo, e é anti-inflamatório desenvolvendo um papel fundamental para a

oxigenação celular e reconstrução da membrana celular, ele também faz a proteção

do DNA e ao mesmo tempo garante a integridade molecular celular e do cabelo. O

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nutriente zinco é de grande importância para o funcionamento do sistema

antioxidante, esse sistema de defesa celular neutraliza a proliferação e proteção da

membrana celular da ação lesiva das espécies reativas de oxigênio podendo ser

intra ou extracelulares, enzimáticos ou não enzimáticos. Ele exerce função também

na defesa do organismo influenciando na proliferação e maturação das células de

defesa, assim os indivíduos que mostram deficiência ficam suscetíveis a infecções.

(CRUZ; SOARES, 2011; OLIGOELEMENTOS, 2012).

2.2.2 Oligoelemento Ferro

O ferro desempenha uma função como uma proteína para assim formar a

hemoglobina, ou seja, o pigmento dos glóbulos vermelhos. Ele é proveniente da

degradação absorvido nos alimentos, assim como as reservas teciduais. Sua

utilização catalisa e normaliza as inibições do seu metabolismo enzimático. Tem

também função antioxidante, previne o envelhecimento cutâneo e é essencial como

antianêmico nos glóbulos vermelhos. O ferro ajuda a metabolizar proteínas e a

produção de hemoglobina e enzimas, auxilia a mente a se desenvolver de forma

saudável, pois o oxigênio chega ao cérebro graças ao ferro. É ele que dá a cor e o

tom mais escuro ao sangue. A ingestão de ferro adequada pode reduzir os sintomas

pré-menstruais, como tonturas, alterações de humor, hipertensão, além de ser

importantíssimo para o sistema imunológico. A sua falta pode causar queda dos

cabelos, deixar o fio mais fino, seco, além de ser elemento útil para as unhas e pele,

ajudando no bom funcionamento de antioxidantes que ativam as vitaminas do

complexo B. (FERRARI, 2017; FERRO, 2015).

3 CASUÍSTICA E MÉTODOS

3.1 Desenho do estudo 

O projeto foi submetido na Plataforma Brasil do Ministério da Saúde,

atendendo a Resolução 466 de 12/12/12 e aprovado pelo Comitê de Ética no

Unisalesiano, sob número de parecer 67804217.6.0000.5379 e data de relatoria em

07/04/2017.

Para demonstrar os efeitos da fototerapia e dos oligoelementos na

hiperpigmentação periorbital foi realizada uma pesquisa no período de agosto a

outubro de 2017 com caráter experimental comparativo, com abordagem qualitativa

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na Clínica Corpo & Essência S.S Ltda - Lins/SP, em uma sala de atendimento

climatizada, adequadamente iluminada e limpa. Foram recrutadas 9 voluntárias, com

idade entre 20 a 25 anos, com fototipo I e II por meio de divulgação em redes

sociais, convite pessoal e divulgação nas salas de aula do UniSALESIANO Lins.

Após o preenchimento do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) as

voluntárias foram randomizadas em três grupos e a periodicidade dos atendimentos

foi de 2 sessões semanais. Foi realizado a anamnese facial de cada participante e

coleta de imagens pré e pós-tratamento.

3.1.1 Critérios de inclusão e exclusão 

Como critérios de inclusão foram eleitas voluntárias do gênero feminino na

faixa etária entre 20 a 25 anos apresentando Hiperpigmentação Periorbital (HP).

OS critérios de exclusão para fototerapia foram:, câncer no local a ser tratado,

gestação, glaucoma, marca-passo, albinismo, dermatoses fotossensíveis, uso de

medicamentos fotossensíveis, inflamação local. Já para terapia ortomolecular não

existe nenhuma contra indicação.

Para minimizar os riscos faz-se necessário o uso adequado de óculos de

proteção para a voluntária e pesquisadora e teste de alergia realizado aplicando o

ativo próximo ao local a ser tratado com o auxílio de uma haste flexível.

3.1.2 Procedimento experimental 

Utilizou-se no presente estudo a ficha de avaliação facial com o intuito de

avaliar aspectos da pele, a hiperpigmentação periorbital e a qualidade de vida das

participantes. O procedimento foi realizado com periodicidade de 2 sessões

semanais para os três grupos, num total de 15 sessões.

Os materiais utilizados foram: Sabonete facial multiperfeição Bioage,

esfoliante Pola rennon, loção tônica bambu brasil Bioage, oligoelementos zinco e

ferro Dns, protetor solar Bioage FPS 30 UVA+UVB, luvas, máscara, touca, lençol,

algodão, gaze, hastes flexíveis, cubeta, espátula, maca, óculos de proteção

(profissional e cliente), LED Azul e LASER infravermelho - equipamento MMOptics,

modelo delta.

Os procedimentos realizados em cada grupo foram:

a) Grupo fototerapia e Terapia Ortomolecular: Higienização; Abrasão física;

Aplicação do LED azul por 1 minuto com dose de 8 Joules; Aplicação do

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LASER infravermelho a 2 joules; Tonificação; Oligoelementos (Zinco e Ferro);

Proteção solar.

b) Grupo fototerapia: Higienização; Abrasão física; LED azul por 1 minuto com

dose de 8 joules; LASER infravermelho a 2 joules; Tonificação; Proteção

solar.

c) Grupo terapia Ortomolecular: Higienização; Abrasão física; Tonificação;

Oligoelementos (Zinco e Ferro); Proteção solar.

4 RESULTADOS

Grupo Fototerapia associada à Terapia Ortomolecular.Voluntária 1- Antes Voluntária 1- Depois

Voluntária 2- Antes Voluntária 2- Depois

Voluntária 3- Antes Voluntária 3- Depois

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Grupo Fototerapia

Voluntária 1- Antes Voluntária 1- Depois

Voluntária 2- Antes Voluntária 2- Depois

Voluntária 3- Antes Voluntária 3- Depois

Grupo Terapia Ortomolecular

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Voluntária 1- Antes Voluntária 1- Depois

Voluntária 2- Antes Voluntária 2- Depois

Voluntária 3- Antes Voluntária 3- Depois

Como resultado não foi observado melhora no clareamento da

hiperpigmentação periorbital em nenhum dos três grupos, e, portanto a hipótese

inicial não foi comprovada. No entanto observou-se que no Grupo Fototerapia

associada a Terapia Ortomolecular as voluntárias 1 e 2 mostraram resultado melhor

que a voluntária 3. No Grupo Fototerapia a voluntaria 2 obteve o melhor resultado

em relação as voluntária 1 e 3 e no Grupo Terapia Ortomolecular as voluntárias 1 e

2 apresentaram melhor resultado.

Houveram como intercorrências, e que provavelmente comprometeram a

análise dos resultados, a qualidade das imagens pelas diferenças de parâmetros pré

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e pós e faltas de algumas voluntárias durante o procedimento, além do tempo de

aplicação do LED azul e sua irradiância.

5 DISCUSSÃOO objetivo da pesquisa foi comprovar que o led azul e o laser infravermelho

associado aos oligoelementos zinco e ferro apresentasse maior eficácia no

clareamento da hiperpigmentação periorbital quando comparados aos recursos

utilizados separadamente.

Para Menezes (2017), a luz emitida pelo pelo LED azul é absorvida na pele

pelos cromóforos hemoglobina e melanina, responsáveis pelo aumento de

pigmentação e portanto a mais indicada para a degradação dos pigmentos melanina

e hemossiderina acumulados no tecido. A autora afirma que o equipamento marca

MMOptics, modelo Vênus, utilizado nesse experimento tem potência de 1250 MW, e

dose de irradiância de 4 Joules para o LED azul quando aplicado pontualmente por

30 segundos. Afirma ainda que a dose do LED azul indicada com segurança para os

fototipos de I a III é de no máximo 5 Joules, pois quando administrado sem a

associação do Laser vermelho, pelo seu efeito anti-inflamatório, oxigenante e

nutritivo que age consequentemente neutralizando a formação de radicais livres,

pode provocar o aumento de substâncias tóxicas e de radicais livres circulantes.

Nesse experimento utilizou-se a aplicação pontual do LED azul por 60 segundos,

conferindo uma dose de irradiância de 8 Joules.

Para Manoel, Paolillo e Menezes (2014), o Laser infravermelho atua

incrementando a drenagem linfática, e quando interage com as aquaporinas,

proteína presente na membrana celular, aumenta o transporte de água dérmico-

epidérmico promovendo a hidratação nas camadas da pele. Em uma dose de

irradiância de 5 Joules, segundo as autoras supracitadas, inibe o processo

inflamatório para a Hiperpigmentação periorbital vascular. Nesse estudo a dose de

irradiância do Laser infravermelho foi de 2 Joules pontual.

Menezes (2017) relata ainda que o tratamento de olheiras deve ser

monitorado e controlado em todos os seus fatores determinantes, controle de

pigmentação na degradação de cromóforos melânicos e derivados de

hemossiderina, na redução de mecanismo pós-inflamatório bem como na redução

de radicais livres em excesso e na congestão vascular.

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O estresse do dia a dia, os maus hábitos alimentares e o metabolismo podem

ser grandes causadores da hiperpigmentação periorbiral, por esse motivo se faz

importante equilibrar as funções do organismo, para isso, o controle dos hábitos

diários e metabólicos são de fundamental importância. A administração dos

oligoelementos de forma oral associados a tópica, poderia ter contribuído para a

obtenção de resultado mais significativo pois segundo Sequeira (2012), a terapia

ortomolecular ou oligoterapia tem como objetivo principal equilibrar as funções do

sistema com os minerais e vitaminas. Na ausência de minerais, fica aberta a porta

para ansiedade, nervosismo, stress, depressão entre outras disfunções podendo

levar a graves estados patológicos. Esta ausência proporciona também sintomas

desconfortáveis ao organismo, os quais não são detectáveis em exames

convencionais da medicina ortodoxa, mas o indivíduo sente que há algo que está em

desarmonia. Para Breda (2017), os oligoelementos são elementos minerais

presentes no corpo em quantidades muito pequenas, mas são essenciais para

reações bioquímicas, agindo como catalizadores enzimáticos e equilibrando reações

fisiológicas do organismo.

Sugere-se então que para a obtenção de resultados mais significativos as

voluntárias realizassem um número maior de sessões, que a irradiância da luz

obedecesse aos parâmetros estabelecidos a fim de ter evitado o possível estresse

oxidativo, a eleição da administração oral dos oligoelementos, bem como disciplina

com os cuidados diários com a pele e mudanças de hábitos.

CONCLUSÃOO presente estudo foi de fundamental importância para a estética, pois a

hiperpigmentação periorbital é uma disfunção que apresenta causas multifatoriais,

podem acometer várias faixas etárias, ambos os sexos, porém incomodam

principalmente as mulheres comprometendo sua autoestima.

Diante da análise dos resultados pelos registros fotográficos pré e pós

tratamento, conclui-se que não houve resultado neste estudo em que se aventou

como hipótese que o uso da fototerapia associada à terapia ortomolecular em

relação aos procedimentos realizados separadamente denotasse melhor eficácia no

clareamento da hiperpigmentação periorbital.

Observa-se a importância da orientação das voluntárias para maior disciplina

com os cuidados home care, administração oral dos oligoelementos, maior

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conhecimento acerca dos parâmetros da aplicação da luz com relação à irradiância

e dosagem para os fototipos escolhidos para esse experimento, sendo assim talvez

a obtenção de um resultado significante no clareamento das olheiras.

REFERÊNCIAS

BREDA, F. Oligoterapia. Portal São Francisco, 2017. Disponível em:< http://www.portalsaofrancisco.com.br/bem-estar/oligoterapia > Acesso em: 31 outubro 2017.

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