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Centro Educacional SESI 087-Santos CAMPO X CIDADE

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Centro Educacional SESI 087-Santos

CAMPO X CIDADE

Alisson Trindade – Nº: 01 e Kevin Lima – Nº: 19Prof.ª: Cléia PoppeMatéria: Geografia7ºAno “A”

2013 / Setembro

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SúmarioIntrodução..........................................................3

Importância.........................................................5

Importância do Campo......................7

Importância do Campo.................8

A zona rural e urbana.......................................9

A diferença entre o campo e a cidade..............17

Êxodo Rural......................................................23

Reforma Agraria...............................................25

Os problemas do campo e da cidade...............28

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IntroduçãoHá muitas diferenças entre a vida na cidade e a vida

no campo. Na cidade, também chamada de Zona Urbana, as pessoas moram em casas e apartamentos localizados em ruas, avenidas e praças. Essas pessoas trabalham em lojas, bancos, hospitais, escolas, fábricas, etc. As famílias das cidades geralmente contam com os serviços de: eletricidade; água e esgoto tratados; transportes coletivos, como ônibus, trens, metrô; comunicação (jornais, revistas, rádio, televisão, correio, etc.); saúde (médicos, hospitais, dentistas, etc.); bancos e um comércio muito variado. Nas cidades, as casas ou os apartamentos são construídos bem próximos uns dos outros.

Já no campo, também chamado de Zona Rural, as pessoas vivem numa região mais afastada da cidade. Elas moram em sítios, chácaras, fazendas, granjas, etc. A maioria das pessoas que vivem na comunidade rural trabalha cuidando da lavoura e do gado. As que cuidam da lavoura são chamadas de agricultores ou lavradores. As pessoas que criam animais, como bois, cavalos, cabras e porcos, são chamadas de pecuaristas. As zonas rurais costumam conter também indústrias rurais, como por exemplo, as usinas de cana-de-açúcar; além disso, ali se desenvolvem também atividades artesanais e comerciais. No entanto, as atividades agrícolas são as que mais caracterizam o mundo rural e o diferenciam nitidamente da cidade.

Além de tudo isso, o CENSO, que aponta a existência de 190 milhões de brasileiros, 85% em áreas urbanas, está ajudando o governo a preparar um plano de combate à pobreza extrema que foi anunciado no dia 1º de junho de 2011. A partir dele, foi possível definir o que seria pobreza extrema e identificar quem são e como vivem os brasileiros mergulhados nela. A conclusão é de que se trata de alguém com renda mensal máxima de R$ 70 reais e de que há 16,2 milhões de pessoas nesta situação. São eles o alvo do futuro programa.

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Os miseráveis espalham-se de forma parecida entre a zona urbana e a rural. São 8,6 milhões na primeira e 7,5 milhões, na segunda. Mas há indícios de que o pobre camponês parece sofrer mais, porque a infraestrutura rural é bem pior e o peso da miséria na população rural, também. Falta luz para cerca de 15% dos miseráveis camponeses e para cerca de 2% dos urbanos. Falta água para 75% e 20%, respectivamente. Esgoto é uma realidade para uns 10% dos pobres do campo e uns 45% dos urbanos. Nas cidades, encontra-se um miserável a cada vinte pessoas. No campo, um a cada quatro.

Diferenças a parte uma zona não se completa sem a outra. As duas precisam sempre estar lado a lado, juntas, jamais uma distante da outra. A partir desta introdução você descobrirá mais sobre as zonas rurais e urbanas.

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ImportânciaA relação do campo e a cidade mostra hoje, que a

cidade tem-se mostrado o elemento dominante no panorama brasileiro. A subordinação do campo à cidade é uma característica recente de nosso quadro socioeconômico, transformado nos últimos anos, mais especificamente nos recentes 40 anos que sucederam a 2ª Guerra Mundial, com o inicio da industrialização. O fenômeno da industrialização brasileira liga-se, como uma extensão do que acontece no restante do mundo, ao processo de urbanização.

Traçado o quadro de mudanças em nossa recente história econômica, devemos lembrar que o campo não foi banido de nosso contexto econômico. A zona rural, agora subordinada aos interesses urbanos, orienta sua produção para a satisfação direta ou indireta da cidade, que investe no campo maciçamente, reproduzindo ainda mais essa situação de dependência. São atribuições do campo frente à configuração do Brasil urbano-industrial:

• Produção de itens para a exportação;

• Produção de matérias-primas para o setor industrial;

• Produção de alimentos para o grande contingente populacional das cidades.

a) A produção de gêneros para exportação gera capitais que revertem na ampliação dessa produção ao mesmo tempo em que gera divisas empregadas no suprimento das necessidades financeiras do capital urbano e industrial.

b) A produção de matérias-primas consumidas pelas indústrias, além de combustíveis, no caso brasileiro o etanol, reduz a dependência de nossa economia em relação ao combustível importado. A evasão de divisas em

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virtude da importação do petróleo onerava a nossa balança comercial, o que desviava recursos que seriam investidos na infraestrutura de produção no campo e, principalmente, nas cidades.

c) A produção de alimentos é um segmento importante, mas as culturas alimentares pouco ou nenhum amparo têm do Estado, apesar de este ser beneficiado pela exportação de gêneros.

Mais ainda, o capital comercial urbano é sobremaneira beneficiado com a importação de alimento de consumo obrigatório, e que, portanto, asseguram a reprodução do capital investido.

Em suma, a modernização de nossa economia subordinou o campo à cidade.

Mais ainda, modificou a orientação da produção rural, mantendo a estrutura fundiária arcaica e constituindo o campo em um mercado de consumo de itens como máquinas e tecnologia, cujo capital reverte para as cidades.

Até o final do século passado, as cidades brasileiras constituíram-se em meros centros comerciais e portuários que tinham como função principal a exportação dos produtos agrícolas para o mercado internacional. No entanto, neste século, com o inicio da atividade industrial, as cidades brasileiras passam a ter nova função: são agora o centro produtor de capitais, o lugar da acumulação de mão-de-obra, o lugar da distribuição das mercadorias produzidas pelas indústrias. Assim, necessitam de uma infraestrutura que as capacite para atender essas novas funções: crescem os meios de transporte, investe-se na produção de energia, constroem-se moradias, criam-se sistemas de saneamento básicos, constroem-se hospitais, escolas etc. É claro que todo esse desenvolvimento gera grande quantidade de empregos, o que atrai população para a região. A maioria da população rural carente que vem para a cidade sai de áreas, com vários problemas estruturais, como: (concentração de terras, precárias condições de vida, baixa remuneração, falta de empregos).

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E assim a cidade cresce, sua área aumenta, seus serviços tentam se expandir para atender as necessidades dessa população.

No Brasil, esse processo foi extremamente acelerado: entre 1940 e 1980, mais da metade da população abandona o campo (somente 1/3 dela, atualmente, lá permanece) e vem se concentrar nas grandes cidades, sobretudo nas nove maiores metrópoles (1/3 da população). A Grande São Paulo, sozinha, absorve 11% do total demográfico, concentrado em uma área de cerca de1% da área do País. Assim, vários problemas sociais decorrentes da ocupação desordenada são visíveis hoje em São Paulo: a carência de moradias, de transportes, de empregos, de saneamento básico, de atendimento médico-hospitalar, a poluição ambiental, fazem parte do dia a dia da cidade. O espaço urbano de São Paulo convive com a ocupação desordenada e com problemas sérios de poluição ambiental. No início do processo de metropolização, a rodovia funcionou como eixo regulador da ocupação, já que as indústrias se instalaram ao longo dela, o que favorecia o surgimento de loteamentos nas suas proximidades. A expansão de loteamentos espacialmente isolados da cidade intensificou-se com a especulação imobiliária, por meio da valorização dos terrenos na área central, da falta de lotes disponíveis e do aumento dos impostos territoriais, levando os moradores a se estabelecerem em áreas mais afastadas – os subúrbios -, geralmente no entorno de ferrovias e rodovias.

O processo de industrialização, iniciado no Brasil do pós-guerra, relaciona-se, em escala global, com a consolidação do capitalismo financeiro. A implantação de unidades de produção de empresas estrangeiras (as multinacionais)– no Brasil foi possível porque o Estado ter passou a atuar na economia, assegurando a reprodução do capital, implantando, implementando ou simplesmente mantendo a infraestrutura de produção já existente, ação esta que constituía tônica da nova fase do capitalismo, a fase financeira.

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Importância do campo

A zona rural é de fundamental importância para nossas vidas, pois nela são desenvolvidas as atividades agropecuárias, como o cultivo de vários alimentos (arroz, feijão, frutas, legumes, etc.) e a criação de animais (bois, vacas, porcos, entre outros). Outra característica econômica da zona rural é o ecoturismo, também chamado de turismo rural. Essa é uma atividade realizada de forma consciente e ecologicamente correta, que segue os princípios elementares de desenvolvimento sustentável.

Muitas pessoas buscam sair da rotina estressante da zona urbana, e encontram na zona rural uma forma de descanso. Entre as atividades realizadas no campo estão: trilhas ecológicas, cavalgadas, banhos em cachoeiras, etc. A zona rural também tem as importantes funções de preservar a biodiversidade de um determinado local, garantir a qualidade da água e manter as terras indígenas. Nesse sentido, as Unidades de Conservação foram criadas com o intuito de preservar o patrimônio ambiental e cultural do país.

Importância da cidade

A zona urbana é de fundamental importância para nossas vidas, pois nela são desenvolvidas as economias, logísticas e o avanço do país. Algumas características básicas de uma zona urbana são: edificações contínuas, habitações, meio-fio, calçadas, rede de iluminação,

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serviços de saúde, educação, saneamento ambiental, lazer, entre outros.

Na cidade encontramos de tudo e o mundo ali nos pertence. Ao nosso alcance está o comércio global, os empregos variados, as mil e uma formas de prazer, a sorte e a ambição. Mas na sombra vivem os contrastes sociais e económicos, a poluição, e o crime e a violência que dançam juntos na corda-bamba. Além disso o caos está sempre a vaguear pela cidade, ansioso de dar um ar da sua graça.

Sendo assim, a população urbana tem mais facilidade de acesso a hospitais, escolas, tratamento de esgoto, água encanada e lazer. Outro elemento que atrai milhares de pessoas para as cidades é o processo de industrialização e a mecanização das atividades rurais, desencadeando o êxodo rural (migração do campo para a cidade). No entanto, a expansão urbana sem o devido planejamento tem gerado uma série de problemas sociais e ambientais. A ocupação de lugares indevidos para a moradia é um deles, pois casas são construídas em encostas de morros, áreas próximas a rios, etc.

Outro ponto negativo é a grande produção de lixo e o destino inadequado desses resíduos. Lixões são formados a céu aberto, fato que provoca a poluição do solo, da atmosfera, da água subterrânea, além de gerar muitas doenças.

Os congestionamentos no trânsito, a violência, moradias em locais inadequados, desigualdade social e população em situação de rua são outros problemas comuns nos grandes centros urbanos brasileiros.

A zona rural

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Reprodução/Portal Nayn Neto

Uma casa feita a base de taipa – barro e cascalho – demonstra como é vida dos que moram nestas zonas e não tem uma renda fixa. Está casa ainda recebe energia, porém não é característica das outras. Pobreza ou não, falta a ajuda do município, uma vez que estas casas atraem besouros, escorpiões e barbeiros. Segundo a fonte, Portal Nayn Neto, o dono desta casa tem renda a baixa do salário mínimo e mal consegue sustentar sua família, além disso a família vive sem um auxilio do governo. Também é possível ver um bebe, que segundo ao portal, estava desnutrido na época da retirada da foto.

Reprodução/G1

Esta foto mostra o trabalho rural, feito a mão. Mais precisamente a limpeza do terreno que esta sendo

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preparado para o plantio. A foto foi retirada logo após um período de seca.

Reprodução/Anda

A manchete era “Fio de energia se rompe e mata 12 cabeças de gado”. Esta vem retratando que o campo esta passando por mudanças a ponto de um fio de energia romper e matar 12 bois.

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Reprodução/EBC

A foto mostra o agricultor, levando os bois ao seu cercado. Uma característica fundamental das zonas rurais, o uso da pecuária como economia.

A zona urbana

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Reprodução/UOL

Dia 26 de julho de 2013, o maior congestionamento da história de São Paulo, mais de 300km de filas. Uma das maiores características das zonas urbanas, o transito e o caos destas zonas.

Reprodução/Olhares

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Sem duvida a maior característica das zonas urbanas e da economia brasileira, as indústrias. Neste momento a indústria não está em funcionamento. É possível ver 6 complexos de indústrias.

Reprodução/VEJA

O conjunto de favelas de Heliópolis, em São Paulo. Mostra-se nesta imagem a expansão das periferias pelo

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Brasil, que é mais uma das coisas que estão muito presentes no conjunto urbano.

Reprodução/ANF

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Um dos maiores males das zonas urbanas, os lixões que ainda funcionam pelo país inteiro. Que além de retirarem boa parte da população próxima a área do lixão, estraga o solo e polui o ar destas áreas.

A diferença entre o campo e a cidade.

A definição de zona urbana varia consoante o país. De uma forma geral, é considerada urbana qualquer zona que apresentar uma população igual ou superior a 2000 habitantes. A atualização dos modelos de crescimento urbano tem feito com que a densidade da população, a extensão geográfica e o desenvolvimento de infraestruturas se combinem para ser pilares na delimitação deste tipo de zonas.

Embora seja difícil generalizar, as zonas urbanas costumam apresentar um maior preço em termos de superfície (o custo de vida é mais caro, nomeadamente os próprios terrenos e alugueres) e uma menor presença de emprego no setor primário comparando com as zonas rurais. Por outro lado, as zonas urbanas oferecem uma maior gama de recursos para a sobrevivência das pessoas.

As zonas urbanas como as cidades caracterizam-se pelo desenvolvimento do seu sector secundário (industrial) e terciário (serviços). Se, por um lado, os produtos e os serviços da cidade têm influência no comportamento do campo, já este, por sua vez, abastece as regiões urbanas com mercadorias agrícolas e pecuárias.

Em geral, o espaço urbano excede os próprios limites da cidade,

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já que se formam grandes áreas metropolitanas periféricas agrupadas em seu redor.

Convém destacar que a taxa de urbanização é o índice demográfico que expressa a relação percentual entre a população urbana (os habitantes das cidades) e a população total de um país. Quanto maior o valor, maior é o nível de desenvolvimento.

Desde a Revolução industrial, a população urbana tem experimentado um crescimento constante. De acordo com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) em 2008, a população mundial terá sido de 50% em população rural e de 50% em população urbana, ano a partir do qual se tem vindo a registar uma ocupação cada vez maior das cidades.

Definição de Zona Urbana no Brasil

Zona urbana é a área de um município caracterizada pela edificação contínua e a existência de equipamentos sociais destinados ás funções urbanas básicas, como habitação, trabalho, recreação e circulação.

No Brasil, a Lei Nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 define zona urbana deve observar o requisito mínimo da existência de melhoramentos em pelo menos dois dos incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público:

I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais;II - abastecimento de água;III - sistema de esgotos sanitários;IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar;V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de três quilômetros do local considerado.A legislação municipal pode ainda considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados à habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas definidas nesses termos.

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Pontos negativos da Zona Urbana

Um dos pontos negativos é a grande produção de lixo e o destino inadequado desses resíduos. Lixões são formados a céu aberto, fato que provoca a poluição do solo, da atmosfera, da água subterrânea, além de gerar muitas doenças.

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Os congestionamentos no trânsito, a violência, moradias em locais inadequados, desigualdade social e população em situação de rua são outros problemas comuns nos grandes centros urbanos brasileiros. 

ZONA RURAL:

Zona rural é uma região que não integra o perímetro

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urbano, ou seja, é uma área do município não classificada como zona urbana ou zona de expansão urbana.

Definição:

Por oposição a zona urbana, definem-se as zonas rurais (ou

o meio rural, ou campo) como as regiões no município não classificadas como zona urbana ou zona de Expansão Urbana, não urbanizáveis ou destinadas à limitação do crescimento urbano, utilizadas em atividades agropecuárias, agroindustriais, extrativismo, silvicultura, e conservação ambiental.

A zona rural é de fundamental importância para nossas vidas, pois nela são desenvolvidas as atividades agropecuárias, como o cultivo de vários alimentos (arroz, feijão, frutas, legumes, etc.) e a criação de animais (bois, vacas, porcos, entre outros).

Embora tradicionalmente estas áreas tenham sido primariamente utilizadas para a agricultura ou pecuária, atualmente grandes superfícies podem estar protegidas como uma área de conservação (de flora, fauna ou outros recursos naturais), terras indígenas, reservas extrativistas

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e ter outra importância económica, por exemplo, através do turismo rural ou ecoturismo.

Outra característica econômica da zona rural é o ecoturismo, também chamado de turismo rural. Essa é uma atividade realizada de forma consciente e ecologicamente correta, que segue os princípios elementares de desenvolvimento sustentável.

Muitas pessoas buscam sair da rotina estressante da zona urbana, e encontram na zona rural uma forma de descanso. Entre as atividades realizadas no campo estão: trilhas ecológicas, cavalgadas, banhos em cachoeiras, etc.

A zona rural também tem as importantes funções de preservar a biodiversidade de um determinado local, garantir a qualidade da água e manter as terras indígenas. Nesse sentido, as Unidades de Conservação foram criadas com o intuito de preservar o patrimônio ambiental e cultural do país.

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Diferenças entre Zona urbana e Zona Rural

Há pessoas que moram na cidade, outras que moram no campo.As pessoas que moram na cidade formam a comunidade urbana e as pessoas que vivem no campo formam a comunidade rural.

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Na comunidade urbana, há muitas coisas em comum, por exemplo alguns serviços como eletricidade, água e esgoto tratados, transportes coletivos, comunicação, rede de bancos e um comércio muito variado.Nas cidades, as casas ou apartamentos são construídos bem junto uns dos outros.

A zona rural, também chamada de campo, é a região que fica fora da cidade.As pessoas vivem no campo em sítios, chácaras, fazendas, etc.As casas da zona rural não são construídas perto uma das outras. A maioria das pessoas que vivem na comunidade rural trabalham cuidando da lavoura e do gado.As que cuidam da lavoura são chamadas de agricultores ou lavradores. Elas trabalham na terra, plantam, colhem e vendem os produtos. Quem cria os animais como bois, cavalos, cabras, porcos, aves são chamadas pecuaristas.

As formas de diversão e distração das pessoas variam muito de um lugar par o outro. É muito importante que todas as pessoas procurem se divertir e distrair para poder manter a saúde mental e física.Nas cidades há formas para as pessoas se distraírem: cinemas, teatro, zoológico, parques, televisão, etc.No campo, onde a vida é mais simples e não existem muitas escolhas para diversão, as pessoas se divertem pescando, andando a cavalo, tomando banho de rio, cachoeira, frequentando rodeios, bailes, etc.Na cidade ou no campo as pessoas podem se distrair lendo bons livros, fazendo passeios a pé, conversando.

O Êxodo Rural

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Reprodução

O Êxodo rural pode ser caracterizado como a migração de habitantes de uma determinada região para outra do país, em sua maioria em busca de melhores condições de vida, trabalho e serviços como saúde, escola e transporte. Esse fenômeno, que está presente em todo o mundo, também pode se dar a partir da fuga dos retirantes de desastres naturais como seca, enchentes, furacões etc.

Causas do êxodo ruralAs causas do êxodo rural são diversas, dentre elas

temos a mecanização no processo de agricultura. Com o crescimento econômico de determinadas regiões, os campos modernizam-se e as atividades manuais passam a ser mecanizadas, substituindo a mão de obra por máquinas. O trabalhador rural, em desvantagem perante a modernização do campo, sem trabalho e sustento para a família, vê-se obrigado a migrar para a cidade em busca de emprego e melhores condições de vida.

A capitalização também é um fator determinante para essa transição do campo/cidade. As cidades industrializam-se e com as novas fábricas e empresas aumenta a oferta de trabalho, atraindo os moradores do campo que buscam melhoria de vida e melhores empregos. Contudo, a oferta torna-se escassa devido à quantidade de migrantes que vão surgindo e grande parte dessa população, que se desloca para os centros urbanos, não têm a qualificação adequada para as vagas oferecidas.

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O contingente de migrantes no Brasil teve seu ápice na década de 60, no governo de JK (Juscelino Kubitscheck), com a abertura econômica para capital internacional e a instalação de grandes multinacionais e montadoras na região Sudeste do país, a qual recebeu grande investimento do governo. Muitos trabalhadores do Norte e Nordeste também migraram em peso para a região central do Brasil na época da construção de Brasília, em busca de empregos na área da construção civil.

Consequências

As consequências desse processo de migração em massa são inúmeras. Como o número de trabalhadores superava o número de vagas de emprego ofertadas, muitos acabaram instalando-se nas regiões periféricas das cidades, lugares carentes de serviços essenciais como saneamento, saúde, escola e transporte.

Esse crescimento desenfreado da população urbana causou o inchaço das cidades, deixando os trabalhadores amontoados nos morros, cortiços e com isso deu-se o surgimento de inúmeras favelas em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte entre outras. O grande salto no número de habitantes nas áreas carentes fez aumentar a violência e, desempregados, muitos viram como opção o trabalho informal (como vendedores ambulantes). A falta de planejamento urbano junto com o êxodo rural também teve como consequência o aumento de doenças e miséria dentre as classes mais pobres.

Na construção de Brasília não foi diferente; um número extremamente alto de migrantes deslocou-se para a região central do país e instalou-se pelos arredores da capital federal, fazendo surgir cidades que estavam fora do planejamento urbano, hoje chamadas de cidades-satélites.

Os problemas causados pelo crescimento desenfreado e falta de estrutura urbana para receber tal contingente de migrantes são vistos até os dias de hoje, na

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desigualdade social, violência e cidades com um grande número de favelas.

O êxodo rural, embora em menor percentual, ainda é praticado nos dias atuais e vem transformando a geografia do país. Ações governamentais como incentivo aos trabalhadores rurais, subsídios e melhor planejamento urbano podem ajudar a diminuir esse contingente de migrantes e a manter o homem do campo no campo, para que este não venha a se tornar mais um no percentual geográfico das grandes cidades.

Reforma AgrariaPara tornar mais justa a distribuição das terras no

País, o Estado adota uma série de medidas legais para modificar o uso e a posse de grandes áreas. Este é o princípio da reforma agrária.

O Brasil tem combatido a concentração de terra por meio da aquisição de áreas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), órgão responsável pela formulação e execução da política agrária no País. Aquisição esta feita por meio de desapropriação, compra direta ou por doações do Estado, como a destinação de terras públicas.

A preocupação em relação à reforma agrária no Brasil teve início em 1945, ano da criação das Ligas Camponesas, a associação de trabalhadores rurais que reivindicavam direitos sobre a terra. Apesar da elaboração de vários projetos de lei sobre o tema, o Congresso Nacional não aprovou nenhum.

Modelo de assentamentos adotado no Brasil conta com estímulos à produção de alimentos

O assunto voltou à pauta do debate público no fim dos anos 1950 e início dos 1960. O presidente João Goulart (1961-1964) incluiu mudanças na legislação agrária nas

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Reformas de Base – o conjunto de mudanças estruturais proposto pelo Executivo.

Com o objetivo de executar a reforma agrária, o governo criou em 1962 a Superintendência de Política Agrária. No ano seguinte, aprovou o Estatuto do Trabalhador Rural, que regulamentou as relações trabalhistas no campo.

Poucos dias antes do golpe militar, em 1964, João Goulart assinou um decreto que previa a desapropriação de terras localizadas em faixas de 10 km das rodovias, ferrovias e açudes federais para a reforma agrária. O golpe veio e o decreto deixou de valer.

Com os militares no poder, foi sancionado no final de 1964 o Estatuto da Terra, que deu seguimento à reforma agrária.

Considerando todo o período dos governos militares e os presidentes eleitos indiretamente (entre 1964 e 1985), foram assentadas 77.465 famílias, a grande maioria por meio de projetos de colonização, programas de desenvolvimento regional que visava a ocupação de áreas de baixa densidade demográfica. Neste meio tempo, em 1970, foi criado o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

No total, entre 1964 e 1994, foram 58.317 famílias assentadas. Em 1995, houve mudança na metodologia do Incra na compilação de dados sobre os assentados. 

Assentamentos com infraestrutura

No passado, o Estado apenas distribuía a terra e destinava poucos recursos para que os agricultores viabilizassem economicamente suas propriedades, o que levou ao fracasso de diversos assentamentos. Além disso, as terras distribuídas estavam localizadas em áreas marginais e de solo pobre.

O modelo de assentamentos adotado atualmente no Brasil conta com estímulos à produção de alimentos e métodos sustentáveis na produção.

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Para melhorar a qualidade de vida do assentamento e estimular os agricultores a não abandonar as próprias propriedades, as políticas públicas no campo passaram a incluir também obras de infraestrutura, como a implantação de redes de água e energia elétrica e a melhoria e construção de estradas (que facilitam o escoamento da produção), além de novos centros comunitários, galpões, pontes e quadras de esporte.

Há ainda o acompanhamento e orientação produtiva, social e ambiental nos assentamentos por milhares de profissionais contratados especificamente para isso.

Também para assegurar aos assentados os meios necessários para instalação e desenvolvimento no campo, o Incra disponibiliza o Crédito Instalação, uma forma de concessão de crédito para suprir as necessidades básicas, fortalecer as atividades produtivas, desenvolver os projetos, auxiliar na construção de  suas unidades habitacionais.

Pequenos produtores

O Incra estimula os pequenos proprietários dos assentamentos a produzirem alimentos para mercados específicos, com maior valor agregado. Existem diversos exemplos de projetos agrários bem sucedidos com a adoção desse modelo. 

Em um assentamento no Sudoeste do Paraná, por exemplo, há uma produção de soja orgânica, que está sendo exportada para o Japão. Em outro assentamento, no Noroeste de Santa Catarina, as vacas leiteiras são alimentadas somente com pasto e sais minerais, sem o uso de rações, o que resulta num leite mais saudável, atendendo a parcela de consumidores cada vez mais exigentes.

O Incra tem investido em parceira com universidades e entidades de pesquisa, na formação de técnicos qualificados para prestar assistência a assentamentos como esses, baseados em modelos sustentáveis.

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Os problemas do campo e da cidade

No campo:

Os problemas no campo brasileiro se arrastam há centenas de anos. A distribuição desigual de terras desencadeia uma série de conflitos no meio rural. Essa questão teve início durante a década de 1530, com a criação das capitanias hereditárias e o sistema de sesmarias, no qual a Coroa portuguesa distribuía terrenos para quem tivesse condições para produzir, desde que fosse pago um sexto da produção para a Coroa.

Com isso, poucas pessoas adquiriram grandes extensões de terra, estabelecendo diversos latifúndios no país. Algumas famílias concentraram grandes propriedades rurais, e os camponeses passaram a trabalhar como empregados para os detentores de terra. Contudo, a violência no campo se intensificou com a independência do Brasil, em 1822, quando a demarcação de imóveis rurais ocorreu através da lei do mais forte, provocando vários assassinatos. Outro artifício muito utilizado e que desencadeia uma série de conflitos é a grilagem. Esse método é destinado à falsificação de documentos de posse da terra, em que os grileiros colocam documentos falsos em caixas fechadas com grilos até que os papéis fiquem com aparência de envelhecidos. Posteriormente, o imóvel é vendido por meio desse documento falso, ocasionando a expulsão do proprietário, que normalmente é um pequeno agricultor.

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Além desses fatores que beneficiam os grandes detentores de terra, outro problema é a atual organização da produção agrícola. A mecanização e a utilização massiva de tecnologia no campo têm forçado os pequenos produtores a venderem suas propriedades e trabalharem como empregados ou migrarem para as cidades, visto que muitos deles não conseguem mecanizar sua produção, fato que resulta no baixo rendimento, o que os coloca em desvantagem no mercado. Diante desse cenário de concentração fundiária, vários movimentos sociais foram criados com o intuito de reverter esse quadro. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), por exemplo, reivindica a realização da reforma agrária, ocupando latifúndios como forma de pressionar o governo. No entanto, essas ocupações nem sempre são solucionadas de forma pacífica, desencadeando conflitos no campo.

Outros problemas no campo são a utilização de mão de obra infantil e a exploração do trabalhador. Apesar da abolição da escravatura ter ocorrido em 1888, o Brasil ainda registra denúncias de trabalho escravo. Proprietários de algumas fazendas contratam funcionários, que são obrigados a custear a viagem, alimentação, estadia, etc. Sendo assim, o trabalhador, antes mesmo de iniciar as atividades, já está endividado, sendo obrigado a trabalhar para quitar todo o “investimento” do patrão.

Portanto, é necessário que políticas públicas sejam desenvolvidas para solucionar esses problemas, de forma a reduzir a desigualdade no campo, fiscalizar as condições de trabalho, além de oferecer subsídios para os pequenos produtores rurais.

Na cidade:

O processo de urbanização do Brasil, fruto de uma industrialização tardia, realizada num país subdesenvolvido, trouxe uma série de problemas. Esses problemas urbanos normalmente estão relacionados com o tipo de desenvolvimento que vem ocorrendo no país por

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várias décadas, do qual, por um lado, aumenta a riqueza de uma minoria e, por outro, agrava-se o problema da maioria dos habitantes.

Um desses problemas é a moradia. Enquanto em algumas áreas das grandes cidades brasileiras surgem ou crescem novos bairros ricos com, com residências moderníssimas, em outras, ou as vezes, até nas vizinhanças, multiplicam-se as favelas, cortiços e demais habitações precárias.

Mas o tipo de habitação popular que vem crescendo nos últimos anos, nos grandes centros urbanos do país, é a casa própria da periferia. Trata-se de uma casinha que o trabalhador constrói, ele mesmo, com a ajuda de familiares e amigos, sob a forma de mutirão, geralmente nos fins de semana e feriados, num lote de terra que adquire na periferia da cidade. A construção leva vários anos e o material vai sendo adquirido aos poucos.

Ocorre, porém, que, ao residir na periferia da grande cidade, o trabalhador e sua família terão de gastar mais em transporte para o serviço, além de perder várias horas por dia dentro de ônibus ou trens. E o transporte coletivo (ônibus, trens, metrôs) é um dos grandes problemas das metrópoles brasileiras, com carência e precariedade das linhas de ônibus e trens, com atraso na expansão das linhas de metrôs nas cidades onde esse transporte existe, sem contar o assédio sexual e roubos que ocorrem nos vagões ou nos ônibus lotados, nos quais vão pessoas penduradas nas portas, janelas ou até mesmo em cima dos mesmos, representando um grande perigo de acidentes.

Outro problema importante nas grandes cidades brasileiras é a infraestrutura urbana: água encanada, pavimentação de ruas, iluminação e eletricidade, transportes, rede de esgotos etc. Apesar de a cada ano aumentar a área abrangida por esses serviços, o rápido crescimento das cidades torna-os sempre insuficientes. E a ampliação dessa infraestrutura não tem conseguido acompanhar o ritmo de crescimento das áreas urbanas dessas metrópoles. Assim, na Grande São Paulo, por

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exemplo, apenas 50 % dos domicílios são servidos por rede de esgotos e 65 % pela de água encanada.

Essa insuficiência dos recursos aplicados na expansão da infraestrutura urbana decorre não apenas da rápida expansão das cidades como também da existência de terrenos baldios ou espaços ociosos em seu interior. É comum empresas imobiliárias, ao realizarem um loteamento na periferia, onde ainda não existem serviços de infraestrutura, deixarem, entre as áreas que estão vendendo e o bairro mais próximo, um espaço de terras sem lotear. Com o crescimento da área loteada, ocorrerão reivindicações para que o local provido de infraestrutura. E, quando isso ocorrer, tais serviços terão que passar pelo espaço ocioso. Aí é que esse espaço poderá ser vendido ou loteado, mas agora por um preço bastante superior.

Esse procedimento acaba prejudicando a maioria da população, pois leva a população trabalhadora da periferia para locais cada vez mais distantes do centro da cidade. Esses espaços vazios ou ociosos abrangem atualmente cerca de 40 % da área urbana da cidade de São Paulo.

Outro problema comum nas grandes cidades é a violência urbana. Os acidentes de transito, com milhares de feridos e mortos a cada ano. O abuso do motorista e o desrespeito ao pedestre são de fato algo comum. A violência policial, especialmente sobre a população mais pobre, é também muito frequente. E o número de assaltos, estupros e assassinatos cresce cada vez mais. Surgiu nos últimos anos, nas grandes metrópoles até uma figura nova de assaltante: o trombadinha, delinquente juvenil, fruto do crescimento do desemprego e do declínio dos salários reais, isto é, da inflação sempre superior aos aumentos salariais; como decorrência desses fatos, agravados ainda pela falta de assistência social às famílias pobres, às mães solteiras, às vitimas de estupro ou da violência do marido, do pai, etc., multiplicam-se pelas ruas os menores abandonados, a partir dos quais surgirão os trombadinhas ou delinquentes juvenis.

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BibliografiaRede Brasil Atual (http://www.redebrasilatual.com.br)

Brasil Rural (http://www.brasil.gov.br/sobre/cidadania/brasil-rural)

Estudo Pratico (http://www.estudopratico.com.br)

Veja (http://www.veja.abril.com.br)

G1 (http://www.g1.com.br)

Superinteressante (http://www.super.abril.com.br)

Mundo Estranho (http://www.mundoestranho.abril.com.br)

National Geographic Brasil (http://viajeaqui.abril.com.br/national-geographic)

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