Cálculo do Conceito Enade 2014 Introdução - ufrgs.br · cálculo do Conceito Enade1 referente ao...
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Nota Técnica Daes/Inep nº 57/2015
Brasília, 27 de outubro de 2015.
Assunto: Cálculo do Conceito Enade 2014
I - Introdução
O objetivo desta Nota Técnica é apresentar a metodologia utilizada no
cálculo do Conceito Enade1 referente ao ano de 2014.
O Conceito Enade é calculado para cada unidade de observação,
constituída pelo conjunto de cursos que compõe uma área de avaliação específica
do Enade2, de uma mesma Instituição de Educação Superior (IES) em um
determinado município.
A partir de 2008, o Conceito Enade passou a considerar em seu cálculo
apenas o desempenho dos estudantes concluintes. Assim sendo, todos os cálculos
descritos a seguir consideram apenas os referidos estudantes, inscritos na condição
de regular, que compareceram ao exame, ou seja, os estudantes concluintes
participantes do Enade em 2014.
II - Padronização e Reescalonamento
1
O Conceito Enade, conforme estabelece a Portaria Normativa nº 40 de 12 de dezembro de 2007, em sua atual redação, é um indicador de qualidade da educação superior que avalia o desempenho dos estudantes a partir dos resultados obtidos no Enade.
2 É considerada área de avaliação, a área de abrangência ou enquadramento, ou seja, aquela em que o curso
foi enquadrado no Sistema Enade e para a qual foram estabelecidas diretrizes de avaliação.
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Todas as medidas originais, referentes ao Conceito Enade, são
padronizadas e reescalonadas para assumirem valores de 0 (zero) a 5 (cinco), na
forma de variáveis contínuas.
O processo de padronização e reescalonamento passa por duas
etapas: (a) cálculo do afastamento padronizado de cada unidade de observação,
fazendo-se uso das médias e dos desvios-padrões calculados por área de avaliação,
como mostram as equações de 1 a 8; e (b) transformação dos afastamentos
padronizados em notas padronizadas que também podem variar de 0 (zero) a 5
(cinco), como especificam as equações 9 e 10.
O passo inicial para o cálculo do Conceito Enade de uma unidade de
observação é a obtenção do desempenho médio de seus concluintes na Formação
Geral (FG) e no Componente Específico (CE). Para o cálculo do desempenho médio
da unidade de observação j, na Formação Geral, utiliza-se a equação seguinte.
N
FG
FG
N
i
ijk
jk
1 (1)
Onde:
jkFG é a nota bruta em Formação Geral da unidade de observação j
da área de avaliação k;
i jkFG é a nota bruta em Formação Geral do concluinte i da unidade de
observação j da área de avaliação k; e
N é o número de concluintes participantes da unidade de observação j
da área de avaliação k.
Para o cálculo do desempenho médio da unidade de observação j, no
Componente Específico, utiliza-se a seguinte equação:
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N
CE
CE
N
i
ijk
jk
1 (2)
Onde:
jkCE é a nota bruta em Componente Específico da unidade de
observação j da área de avaliação k;
i jkCE é a nota bruta em CE do concluinte i da unidade de observação j
da área de avaliação k; e
N é o número de concluintes participantes da unidade de observação j da
área de avaliação k.
O segundo passo é a obtenção da média nacional3 da área de avaliação k
em FG e CE. Para o cálculo da média nacional da área de avaliação k na Formação
Geral utiliza-se a equação subsequente.
T
FG
FG
T
j
jk
k
1 (3)
Onde:
kFG é a média em FG da área de avaliação k;
jkFG é a nota bruta em FG da unidade de observação j da área de
avaliação k; e
T é o número de unidades de observação da área de avaliação k.
3
As unidades de observação com desempenho médio igual a zero não são consideradas no cálculo das médias e desvios-padrão nacionais da área de avaliação.
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Para o cálculo da média nacional da área de avaliação k no Componente
Específico utiliza-se a equação 4.
T
CE
CE
T
j
jk
k
1
(4)
Onde:
kCE é a média em CE da área de avaliação k;
jkCE é a nota bruta em CE da unidade de observação j da área de
avaliação k; e
T é o número de unidades de observação da área de avaliação k.
Em seguida, calcula-se o desvio-padrão nacional de cada área de
avaliação k em FG e CE. Para o cálculo do desvio-padrão nacional da área de
avaliação k na Formação Geral utiliza-se equação subsequente.
1
1
2
T
FGFG
S
T
j
kjk
FGk
(5)
Onde:
kFGS é o desvio-padrão em FG da área de avaliação k;
jkFG é a nota bruta em FG da unidade de observação da área j de
avaliação k;
kFG é a média de FG da área de avaliação k; e
T é o número de unidades de observação da área de avaliação k.
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Para o cálculo do desvio-padrão nacional da área de avaliação k no
Componente Específico utiliza-se a equação seguinte.
1
1
2
T
CECE
S
T
j
kjk
CEk
(6)
Onde:
kCES é o desvio-Padrão em CE da área de avaliação k;
jkCE é a nota bruta em CE da unidade de observação j da área de
avaliação k;
kCE é a média em CE da área de avaliação k; e
T é o número de unidades de observação da área de avaliação k.
O próximo passo consiste em se calcular os afastamentos padronizados
em FG e CE de cada unidade de observação j. Para o cálculo do afastamento
padronizado na Formação Geral utiliza-se a equação subsequente.
k
j
FG
kjk
FGS
FGFGZ
(7)
Onde:
jFGZ é o afastamento padronizado em FG da unidade de observação j;
jkFG é a nota bruta em FG da unidade de observação j da área de
avaliação k;
kFG é a média em FG da área de avaliação k; e
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kFGS é o desvio-padrão em FG da área de avaliação k.
Para o cálculo do afastamento padronizado no Componente Específico
utiliza-se a seguinte equação:
k
j
CE
kjk
CES
CECEZ
(8)
Onde:
jCEZ é o afastamento padronizado em CE da unidade de observação j;
jkCE é a nota bruta em CE da unidade de observação da área j de
avaliação k;
kCE é a média em CE da área de avaliação k; e
kCES é o desvio-padrão em CE da área de avaliação k.
Para que todas as unidades de observação tenham suas notas de FG e
CE numa escala de 0 (zero) a 5 (cinco), efetua-se a interpolação linear4, obtendo-se,
assim, respectivamente, as Notas Padronizadas de FG e CE de cada unidade j. No
que se refere à Formação Geral, utiliza-se a equação subsequente.
minmax
min5
kk
kj
j
FGFG
FGFG
FGZZ
ZZNP (9)
Onde:
4
As unidades com afastamento padronizado menor que -3,0 e maior que +3,0 recebem nota padronizada igual a 0 (zero) e 5(cinco), respectivamente, e não são utilizadas como mínimo ou máximo no cálculo do Conceito Enade, por serem considerados discrepantes (outliers) em relação aos demais.
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jFGNP é a nota padronizada em FG da unidade de observação j;
jFGZ é o afastamento padronizado em FG da unidade de observação j;
minkFGZ é o afastamento padronizado mínimo em FG da área de
avaliação k; e
maxFGkZ é o afastamento padronizado máximo em FG da área de
avaliação k.
Para a obtenção da nota padronizada da unidade de observação j
referente ao Componente Específico utiliza-se a equação subsequente.
minmax
min5
kk
kj
j
CECE
CECE
CEZZ
ZZNP (10)
Onde:
jCENP é a nota padronizada em CE da unidade de observação j;
jCEZ é o afastamento padronizado em CE da unidade de observação j;
minkCEZ é o afastamento padronizado mínimo em CE da área de
avaliação k; e
maxkCEZ é o afastamento padronizado máximo em CE da área de
avaliação k.
III - Fórmula do Conceito Enade
A Nota dos Concluintes no Enade da unidade de observação j (NCj) é a
média ponderada das notas padronizadas da respectiva unidade de observação em
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FG e CE, sendo 25% o peso da Formação Geral e 75% o peso do Componente
Específico da nota final, como mostra a equação 11.
jj CEFGj NPNPNC 75,025,0 (11)
Onde:
jNC é a nota dos concluintes no Enade da unidade de observação j;
jFGNP é a nota padronizada em FG da unidade de observação j; e
jCENP é a nota padronizada em CE da unidade de observação j.
O Conceito Enade é uma variável discreta que assume valores de 1 a 5,
resultante da conversão da Nota dos Concluintes no Enade da unidade de
observação j (NCj), realizada conforme definido na Tabela 1.
TABELA 1 – Parâmetros de conversão do NCj em Conceito Enade
Conceito Enade
(Faixa)
NCj
(Valor Contínuo)
1 0 ≤ NCj < 0,945
2 0,945 ≤ NCj < 1,945
3 1,945 ≤ NCj < 2,945
4 2,945 ≤ NCj < 3,945
5 3,945 ≤ NCj ≤ 5
Fonte: Inep/Daes
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As unidades de observação com menos de 2 (dois) concluintes participantes
no Exame não obtêm o Conceito Enade, ficando “Sem Conceito (SC)”. Isso ocorre
para preservar a identidade do estudante, de acordo com o exposto no § 9º do artigo
5º da Lei nº 10.861, de 14 de abril de 20045.
Marcelo Pardellas Cazzola
Coordenador de Instrumentos e Medidas Educacionais
Stela Maria Meneghel
Coordenadora Geral de Controle de Qualidade da Educação Superior
De acordo,
Claudia Maffini Griboski
Diretora de Avaliação da Educação Superior
5
O texto oficial está assim enunciado: “Na divulgação dos resultados da avaliação é vedada a identificação nominal do resultado individual obtido pelo aluno examinado, que será a ele exclusivamente fornecido em documento específico, emitido pelo INEP”.
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Anexo I – Áreas de Avaliação do Enade em 2014
CÓDIGO ÁREA DE ENQUADRAMENTO
21 ARQUITETURA E URBANISMO
72 TECNOLOGIA EM ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS
73 TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
76 TECNOLOGIA EM GESTÃO DA PRODUÇÃO INDUSTRIAL
79 TECNOLOGIA EM REDES DE COMPUTADORES
701 MATEMÁTICA (BACHARELADO)
702 MATEMÁTICA (LICENCIATURA)
903 LETRAS-PORTUGUÊS (BACHARELADO)
904 LETRAS-PORTUGUÊS (LICENCIATURA)
905 LETRAS-PORTUGUÊS E INGLÊS (LICENCIATURA)
906 LETRAS-PORTUGUÊS E ESPANHOL (LICENCIATURA)
1401 FÍSICA (BACHARELADO)
1402 FÍSICA (LICENCIATURA)
1501 QUÍMICA (BACHARELADO)
1502 QUÍMICA (LICENCIATURA)
1601 CIÊNCIAS BIOLÓGICAS (BACHARELADO)
1602 CIÊNCIAS BIOLÓGICAS (LICENCIATURA)
2001 PEDAGOGIA (LICENCIATURA)
2401 HISTÓRIA (BACHARELADO)
2402 HISTÓRIA (LICENCIATURA)
2501 ARTES VISUAIS (LICENCIATURA)
3001 GEOGRAFIA (BACHARELADO)
3002 GEOGRAFIA (LICENCIATURA)
3201 FILOSOFIA (BACHARELADO)
3202 FILOSOFIA (LICENCIATURA)
3502 EDUCAÇÃO FÍSICA (LICENCIATURA)
4004 CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO (BACHARELADO)
4005 CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO (LICENCIATURA)
4006 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
4301 MÚSICA (LICENCIATURA)
5401 CIÊNCIAS SOCIAIS (BACHARELADO)
5402 CIÊNCIAS SOCIAIS (LICENCIATURA)
5710 ENGENHARIA CIVIL
5806 ENGENHARIA ELÉTRICA
5809 ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO
5814 ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO
5902 ENGENHARIA MECÂNICA
6008 ENGENHARIA QUÍMICA
6009 ENGENHARIA DE ALIMENTOS
6208 ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
6306 ENGENHARIA
6307 ENGENHARIA AMBIENTAL
6405 ENGENHARIA FLORESTAL
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Nota Técnica Daes/Inep nº 58/2015
Brasília, 27 de outubro de 2015.
Assunto: Cálculo do Conceito Preliminar de Curso 2014
I - Introdução
O objetivo desta Nota Técnica é apresentar a metodologia de cálculo
do Conceito Preliminar de Curso (CPC), indicador de qualidade1 que combina, em
uma única medida, diferentes aspectos relativos aos cursos de graduação.
O CPC é constituído de oito componentes, agrupados em três
dimensões que se destinam a avaliar a qualidade dos cursos de graduação: (a)
desempenho dos estudantes, (b) corpo docente e (c) condições oferecidas para o
desenvolvimento do processo formativo.
O CPC é calculado para cada unidade de observação, constituída pelo
conjunto de cursos que compõe uma área de avaliação específica do Enade2, de
uma mesma Instituição de Educação Superior (IES) em um determinado município.
O cálculo do CPC em 2014 foi realizado para cursos avaliados no
referido ano, enquadrados pelas Instituições de Educação Superior em uma das
áreas de avaliação elencadas (Anexo I) no artigo 1º da Portaria Normativa do MEC
nº 8, de 14 de março de 2014, de acordo com a metodologia explicitada nesta Nota
Técnica.
1
Conforme Portaria Normativa MEC nº 40/2007 em sua atual redação.
2 É considerada área de avaliação, a área de abrangência ou enquadramento, ou seja, aquela em que o curso
foi enquadrado no Sistema Enade e para a qual foram estabelecidas diretrizes de avaliação.
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II - Padronização e Reescalonamento
Todas as medidas originais, referentes aos componentes do CPC, são
padronizadas e reescalonadas para assumirem valores de 0 (zero) a 5 (cinco), na
forma de variáveis contínuas.
O processo de padronização e reescalonamento passa por duas
etapas: (a) cálculo do afastamento padronizado de cada unidade de observação,
fazendo-se uso das médias e dos desvios-padrões calculados por área de avaliação,
como mostram as equações 1, 2 e 3; e (b) transformação dos afastamentos
padronizados em notas padronizadas que também podem variar de 0 (zero) a 5
(cinco), como especifica a equação 4.
Para o cálculo das médias, utilizou-se a seguinte equação:
T
X
X
T
j
jk
k
∑1
(1)
Onde:
kX é a média do componente “X” da área de avaliação k;
jkX é a nota bruta do componente “X” da unidade de observação j da
área de avaliação k; e
T é o número de unidades da área k.
Para o cálculo dos desvios-padrões, adotou-se:
1
)-(1
2
-
∑
T
XX
S
T
j
kjk
Xk
(2)
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Onde:
kXS é o desvio-padrão do componente “X” da área k;
jkX é a nota bruta do componente “X” da unidade de observação j da
área de avaliação k;
kX é a média do componente “X” da área de avaliação k; e
T é o número de unidades de observação da área de avaliação k.
Para o cálculo dos afastamentos padronizados, fez-se uso da seguinte
equação:
k
j
X
kjk
XS
XXZ
- (3)
Onde:
jXZ é o afastamento padronizado do componente “X” da unidade de
observação j;
jkX é a nota bruta do componente “X” da unidade de observação j da
área de avaliação k;
kX é a média do componente “X” da área de avaliação k; e
kXS é o desvio-padrão do componente “X” da área de avaliação k.
Em seguida, aplica-se a interpolação linear, expressa na equação 4,
para transformar os valores dos afastamentos padronizados de cada componente do
CPC para a escala de 0 (zero) a 5 (cinco)3.
3 As unidades com afastamento padronizado menor que -3,0 e maior que +3,0 recebem nota padronizada igual
a 0 (zero) e 5(cinco), respectivamente, e não são utilizadas como mínimo ou máximo no cálculo do CPC, por serem considerados discrepantes (outliers) em relação aos demais.
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minmax
min5
kk
kj
j
XX
XX
XZZ
ZZNP
-
- (4)
Onde:
jXNP é a nota padronizada do componente “X” da unidade de
observação j;
jXZ é o afastamento padronizado do componente “X” da unidade de
observação j;
minkXZ é o afastamento padronizado mínimo do componente “X” da
área de avaliação k; e
maxkXZ é o afastamento padronizado máximo do componente “X” da
área de avaliação k.
III - Componentes do Conceito Preliminar de Curso
A composição e o cálculo do CPC abarcam 8 (oito) componentes,
agrupados nessas três dimensões de avaliação da qualidade dos cursos de
graduação:
a) Desempenho dos Estudantes: mensurado a partir das notas dos
estudantes concluintes no Enade e dos valores do Indicador da Diferença entre os
Desempenhos Observado e Esperado (IDD);
b) Corpo Docente: baseado em informações obtidas a partir do Censo
da Educação Superior sobre a titulação e o regime de trabalho dos docentes
vinculados aos cursos avaliados; e
c) Percepção Discente sobre as Condições do Processo Formativo:
obtida por meio do levantamento de informações relativas à organização didático-
pedagógica, à infraestrutura e instalações físicas e às oportunidades de ampliação
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da formação acadêmica e profissional, a partir das respostas obtidas com a
aplicação do Questionário Socioeconômico do Enade.
1. Desempenho dos Estudantes
A dimensão Desempenho dos Estudantes é constituída pelos
componentes: Nota dos Concluintes no Enade (NCj) e Nota do Indicador da
Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (NIDDj). Esses são
obtidos, cada qual, segundo metodologia própria, conforme indicado nos subtópicos
seguintes.
1. 1. Nota dos Concluintes no Enade (NCj)
A Nota dos Concluintes no Enade de cada unidade de observação j
referente a 2014 é a Nota Enade de 2014 da unidade de observação
correspondente, sendo esse insumo calculado conforme descrito na Nota Técnica
do Inep nº 57, de 27 de outubro de 2015. Destaca-se que a Nota Enade já havia sido
padronizada e transformada para a escala de 0 (zero) a 5 (cinco), portanto não se
fez necessário aplicar o procedimento descrito no item “II” desta Nota Técnica para a
obtenção do componente NCj.
1. 2. Nota do Indicador da Diferença entre os Desempenhos Observado e
Esperado (NIDDj)
Um dos aspectos importantes na avaliação da qualidade de um curso
de graduação está na mensuração de sua efetiva contribuição para o
desenvolvimento de competências, habilidades e conhecimento dos estudantes, o
que tem sido chamado de valor agregado pelo processo formativo oferecido pelo
curso de graduação.
Tendo-se em vista que o desempenho dos estudantes concluintes no
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Enade não pode ser explicado exclusivamente pela qualidade das condições de
oferta dos processos formativos, torna-se importante destacar outro fator
interveniente: o perfil dos estudantes concluintes ao ingressarem no curso referente
ao Enade realizado.
Nesse sentido, o Indicador da Diferença entre os Desempenhos
Observado e Esperado (IDD) busca aferir aquilo que diz respeito especificamente ao
valor agregado pelo curso ao desenvolvimento dos estudantes concluintes,
considerando seus desempenhos no Enade e suas características de
desenvolvimento ao ingressar no curso de graduação avaliado.
Conceitualmente, os fatores que determinam o desempenho dos
concluintes de cursos de graduação podem estar relacionados a:
a) características de desenvolvimento do estudante concluinte ao
ingressar na Educação Superior;
b) qualidade das condições do processo formativo oferecido pelos
cursos4; e
c) outros elementos que afetam o desempenho do estudante
concluinte, captados por um termo de erro.
Assim sendo, o desempenho de cada estudante concluinte no Enade
poderia ser decomposto em função dos referidos três aspectos, como mostra a
equação 5.
QIC (5)
Onde:
C é o desempenho observado do estudante concluinte;
I é a parte do desempenho do estudante concluinte, decorrente de
suas características quando ingressante no curso;
4 Para efeito do cálculo do IDD referente a 2014 os cursos foram agregados em unidades de observação.
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Q é a parte do desempenho do estudante concluinte decorrente da
qualidade das condições de oferta do processo formativo do curso; e
é o termo de erro, com a hipótese usual de que 0, QIE .
Partindo-se dos fatores que determinam o desempenho dos
concluintes, o IDD poderia ser expresso pela seguinte equação:
ICIDD
(6)
Onde:
IDD é a estimativa da parte do desempenho do estudante concluinte
decorrente da qualidade das condições de oferta do processo formativo do curso;
C é o desempenho observado do estudante concluinte; e
I
é a estimativa da parte do desempenho do estudante concluinte,
decorrente de suas características quando ingressante no curso.
Para a estimativa do termo I é necessária uma medida relativa às
características do estudante concluinte quando de seu ingresso no curso de
graduação. A obtenção dessa medida, referente ao próprio estudante concluinte,
tornou-se viável a partir do Enade 2014, quando se atingiu um percentual de
recuperação de dados de desempenho destes estudantes nas bases de dados do
Enem, que permitiu a testagem de possíveis variáveis explicativas do seu
desempenho no Enade5.
Dado esse novo contexto, tornou-se possível realizar comparações
entre medidas de desempenho dos estudantes concluintes obtidas por meio do
Enade e do Enem. A medida de desempenho obtida a partir do Enem6 ainda se
configura como uma proxy das condições de desenvolvimento do estudante quando
5
Essa informação foi extraída da Nota Técnica Daes nº 51/2015.
6 Foram consideradas as notas obtidas em escala TRI (Teoria de Resposta ao Item) referentes às quatro áreas
avaliadas pelo Enem: ciências da natureza, ciências humanas, linguagens e códigos e matemática e suas tecnologias.
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de seu ingresso na graduação, mas agora como uma medida de melhor qualidade
para a estimação do IDD, tendo em vista essa ser referente ao próprio estudante
concluinte.
Com isso, deixou-se de utilizar a forma de estimação feita a partir de
médias das medidas de desempenho dos ingressantes e dos concluintes por
unidade de observação e passou-se a realizá-la levando em consideração a
característica hierárquica dos dados em que o primeiro nível corresponde ao
estudante e o segundo à unidade de observação.
Nesse processo foi utilizado o modelo de regressão linear multinível ou
hierárquico, do tipo paramétrico para dados agrupados, com o uso de parâmetros de
efeitos fixos e efeitos aleatórios. Esse modelo descreve a relação entre uma variável
dependente contínua e variáveis independentes ou explicativas (covariáveis),
fazendo uso de parâmetros de efeitos fixos associados a uma ou mais covariáveis e
de efeitos aleatórios a um ou mais fatores aleatórios.
Os testes realizados para a definição da metodologia de cálculo do IDD
em 2014 apontaram para a utilização das 4 (quatro) notas do estudante no Enem
como variáveis explicativas do modelo, com efeito fixo em seus parâmetros; e com
efeito aleatório no intercepto, variando para cada unidade de observação.
Diante disso, buscou-se localizar na base de dados do Enem as notas
dos estudantes concluintes com valor atribuído às 4 (quatro) provas do Exame,
limitando-se a busca aos 3 (três) anos anteriores ao ingressarem no curso avaliado
e no referido ano.
Tendo sido localizados mais de uma participação no Enem para parte
dos estudantes concluintes, foram definidos os seguintes critérios de seleção dos
dados7 a serem utilizados no cálculo do IDD, sequenciados da mesma forma como
são apresentados:
1º) Dentre os dados do estudante referentes aos 3 (três) anos
7 Conforme exposto na Nota Técnica Daes nº 51/2015, foram testados outros critérios para seleção dos dados obtidos a partir da base de dados do Enem. Entretanto, os critérios adotados para selecionar os dados a serem utilizados no cálculo do IDD referente a 2014 deixaram o modelo de regressão utilizado melhor ajustado.
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anteriores ao seu ingresso no curso de graduação avaliado no Enade, foram
selecionados aqueles referentes ao ano mais próximo ao seu ingresso no curso.
2º) Não sendo localizados dados de participação do estudante no
Enem nos três anos anteriores ao seu ingresso no curso de graduação em questão,
foram selecionados os dados referentes ao ano do ingresso.
Selecionados os dados referentes aos estudantes elegíveis para o
cálculo do IDD, buscou-se identificar as unidades de observação que atendessem às
seguintes condições para ter esse indicador calculado:
1) Ter o mínimo de 2 (dois) estudantes concluintes participantes do
Enade com dados recuperados da base de dados do Enem.
2) Ter atingido 20% (vinte por cento) do total de estudantes
concluintes participantes do Enade com dados recuperados da base de dados do
Enem.
No cálculo do IDD, o modelo de regressão multinível foi especificado
em dois níveis: (1) o estudante, identificado pelo subscrito i; e (2) a unidade de
observação, identificada pelo subscrito j. Para todas as etapas do processo de
cálculo do IDD, as regressões e as estimativas de seus parâmetros ocorreram por
área de avaliação do Enade.
O primeiro passo no processo de cálculo do IDD foi estimar os
parâmetros do modelo de regressão utilizado para cada área de avaliação do
Enade8, conforme especificado nas equações 7 e 8, que caracterizam o modelo de
regressão multinível para a variável de medida de desempenho obtida a partir do
Enade.
A equação 7 expressa o primeiro nível da regressão, relativa ao
estudante, onde foram considerados o intercepto referente ao curso e as medidas de
desempenho do estudante no Enem.
8 Para estimar os parâmetros foram utilizados os dados dos estudantes concluintes das unidades de
observação que atenderam as condições de cálculo do IDD.
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ijijijijijjij MTLCCHCNC 43210 (7)
Onde:
i jC é medida de desempenho do estudante concluinte i no Enade,
ponderada das notas no componente específico (75%) e na formação geral (25%),
da unidade de observação j;
i jCN é a medida de desempenho do estudante concluinte i da unidade
de observação j na prova do Enem de ciências naturais e suas tecnologia;
i jCH é a medida de desempenho do estudante concluinte i da unidade
de observação j na prova do Enem de ciências humanas e suas tecnologia;
i jLC é a medida de desempenho do estudante concluinte i da unidade
de observação j na prova do Enem de linguagens e códigos e suas tecnologia;
i jMT é a medida de desempenho do estudante concluinte i da unidade
de observação j na prova do Enem de matemática e suas tecnologia; e
i j é o efeito aleatório associado ao estudante concluinte i, da unidade
de observação j.
Já a equação 8 expressa o segundo nível da regressão, relativo à
unidade de observação.
jj u0000 (8)
Onde:
00 representa a média ou valor do intercepto geral, que é constante
entre as unidades de observação; e
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ju0 é o efeito aleatório associado à unidade de observação j.
O modelo de regressão apresentado nas equações 7 e 8 é estimado
duas vezes. Na primeira, estima-se a regressão, computa-se o resíduo e, então,
calcula-se o resíduo padronizado. A partir do resíduo padronizado são identificados
os estudantes com resíduos considerados discrepantes (outliers), ou seja, aqueles
que apresentaram o resíduo padronizado com valor absoluto maior que 3. Na
segunda estimativa, desconsiderando-se estudantes outliers, são obtidos os
parâmetros definitivos que serão utilizados no cálculo de i jI
, necessário ao cálculo
do IDD.
Obtidos os parâmetros da regressão, calcula-se i jI
para cada
estudante concluinte, como mostra a equação 9.
ijijijijjij MTLCCHCNI 43210ˆ (9)
Onde:
i jI
é estimativa da parte do desempenho do estudante concluinte i da
unidade de observação j no Enade, decorrente de suas características quando
ingressante no curso;
i jCN é a medida de desempenho do estudante concluinte i da unidade
de observação j na prova do Enem de ciências naturais e suas tecnologia;
i jCH é a medida de desempenho do estudante concluinte i da unidade
de observação j na prova do Enem de ciências humanas e suas tecnologia;
i jLC é a medida de desempenho do estudante concluinte i da unidade
de observação j na prova do Enem de linguagens e códigos e suas tecnologia; e
i jMT é a medida de desempenho do estudante concluinte i da unidade
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de observação j na prova do Enem de matemática e suas tecnologia.
O IDD bruto foi calculado para cada estudante i da unidade de
observação j como exposto na equação 10.
i ji ji j ICIDD
(10)
Onde:
i jIDD é o IDD do estudante i da unidade de observação j;
i jC é medida de desempenho do estudante concluinte i no Enade,
ponderada das notas no componente específico (75%) e na formação geral (25%),
da unidade de observação j; e
i jI
é estimativa da parte do desempenho do estudante concluinte i da
unidade de observação j no Enade, decorrente de suas características quando
ingressante no curso.
Calculado o i jIDD de cada estudante concluinte, foi necessário fazer o
cálculo o jIDD das unidades de observação que atenderam às condições indicadas
anteriormente. Para tanto, calculou-se a média dos i jIDD conforme indica a
equação seguinte.
n
IDD
IDD
n
i
ij
j
∑1 (11)
Onde:
jIDD é a média dos i jIDD dos estudantes concluintes da unidade de
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observação j;
i jIDD é o IDD do estudante i da unidade de observação j; e
n é a quantidade de estudantes concluintes com i jIDD calculado da
unidade de observação j.
Assim como para as demais variáveis utilizadas no cálculo do CPC,
uma vez calculado o jIDD bruto, procedeu-se com a padronização e
reescalonamento descrito no item II deste documento para se obter a Nota
Padronizada do IDD (NIDDj).
Quando a unidade de observação não apresentou os critérios mínimos
para obtenção do IDD, a Nota Padronizada do IDD recebeu o mesmo valor da NCi
(Nota dos Concluintes no Enade) para o cálculo do CPC.
2. Corpo docente
A dimensão Corpo Docente é constituída pelos componentes: Nota de
Proporção de Mestres (NMj), Nota de Proporção de Doutores (NDj) e Nota de
Regime de Trabalho (NRj). Esses componentes são obtidos, cada qual, segundo
metodologia própria, conforme indicado nos subtópicos seguintes.
2. 1. Nota de Proporção de Mestres (NMj)
Para se obter a nota relativa à proporção de professores mestres da
unidade j, inicialmente, calcula-se a proporção de docentes com titulação igual ou
superior a mestre – ou seja, titulação obtida ou validada por programa de pós-
graduação stricto sensu reconhecido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de
Pessoal de Nível Superior (Capes) – conforme mostra a equação 12. Em seguida,
essa medida é padronizada conforme o procedimento descrito no item 2 deste
documento.
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j
j
jT
MPM (12)
Onde:
jPM é a proporção de docentes da unidade de observação j com
titulação igual ou superior a mestre;
jM é o número de docentes da unidade de observação j com titulação
igual ou superior a mestre; e
jT é o número total de docentes vinculados à unidade de observação j.
As unidades que não possuem docentes com a referida titulação, terão
a Nota de Professores Mestres computada como 0 (zero) para o cálculo do CPC.
2. 2. Nota de Proporção de Doutores (NDj)
Para se obter a nota relativa à proporção de professores doutores da
unidade j, inicialmente, calcula-se a proporção de docentes com título de doutor
obtido ou validado por programa de pós-graduação stricto sensu reconhecido pela
Capes, conforme mostra a equação 13. Em seguida, essa medida é padronizada
conforme o procedimento descrito no item 2 desta nota técnica.
j
j
jT
DPD (13)
Onde:
jPD é a proporção de docentes da unidade de observação j com título
de doutor;
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jD é o número de docentes da unidade de observação j com título de
doutor; e
jT é o número total de docentes vinculados à unidade j.
As unidades que não possuem docentes com a referida titulação, terão
a Nota de Proporção de Doutores computada como 0 (zero) para o cálculo do CPC.
2. 3. Nota de Regime de Trabalho (NRj)
Para se obter a nota relativa à proporção de professores com regime
de trabalho parcial ou integral da unidade j, inicialmente, calcula-se a proporção de
docentes com regime de trabalho parcial ou integral conforme mostra a equação 13.
Em seguida, essa medida é padronizada conforme o procedimento descrito no item
2 deste documento.
j
j
jT
RPR (14)
Onde:
jPR é a proporção de docentes da unidade de observação j com
regime de trabalho pacial ou integral;
jR é o número de docentes da unidade de observação j com regime de
trabalho pacial ou integral; e
jT é o número total de docentes vinculados à unidade de observação j.
As unidades que não possuem docentes com os referidos regimes de
trabalho, terão a Nota de Regime de Trabalho computada como 0 (zero) para o
cálculo do CPC.
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3. Percepção Discente sobre as Condições do Processo Formativo
A dimensão Percepção Discente sobre as Condições do Processo
Formativo é constituída pelos componentes: Nota referente à organização didático-
pedagógica (NOj), Nota referente à infraestrutura e instalações físicas (NFj) e Nota
referente às oportunidades de ampliação da formação acadêmica e profissional
(NAj). As formas de cálculo dos componentes seguem metodologias próprias e
utilizam os itens de 27 a 689 do Questionário Socioeconômico do Enade de 2014.
Esses itens são os que tratam da percepção dos estudantes sobre
diversos aspectos relativos aos cursos e às instituições. Caracterizam-se como
variáveis ordinais e estão em escala likert. As respostas possíveis a todos esses
itens seguem o padrão abaixo:
1 (Discordo Totalmente)
2
3
4
5
6 (Concordo Totalmente)
(Não sei responder / Não se aplica)
Em 2014, realizou-se nova análise fatorial pelo método de
componentes principais com rotação varimax e por meio do uso de matriz de
correlações policóricas. Houve variação na composição dos fatores em relação ao
ano anterior, dois itens migraram do fator 2 (infraestrutura e instalações físicas) para
o fator 1 (organização didático-pedagógica); outros dois itens migraram do fator 1
para o fator 2 e um item migrou do fator 2 para o fator 3 (oportunidades de
ampliação da formação acadêmica e profissional). Dessa forma, a organização final
dos itens do Questionário Socioeconômico de 2014 nas três dimensões sofreu
algumas modificações e resultou na disposição apresentada nos subtópicos a
9 O Questionário Socioeconômico aplicado no Enade 2014 sofreu uma pequena alteração em relação ao de
2013, com a inclusão de um item na primeira parte, que trata do perfil socioeconômico do estudante, o que levou à renumeração dos itens do tipo likert constantes da segunda parte, que são utilizados no cálculo do CPC.
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seguir10.
3. 1. Nota referente à organização didático-pedagógica (NOj)
Para calcular o componente Nota referente à organização didático-
pedagógica (NOj), incialmente, obtém-se a média das respostas dos itens 27, 28, 29,
30, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 42, 47, 48, 49, 50, 51, 55, 57 e 66 do
Questionário Socioeconômico para cada estudante i da unidade de observação j (
ijQO ).
Com esse procedimento obtém-se a NO de cada estudante i da
unidade j – nota do componente (NOj) por estudante. Destaca-se que os itens com
resposta “(Não sei responder / Não se aplica)” são excluídos do cálculo das médias
das respostas por estudante e, consequentemente, por unidade de observação.
Em seguida, calcula-se a média das notas do componente geradas
para cada estudante i da unidade de observação j, obtendo-se, assim, a Nota
referente à organização didático-pedagógica da unidade de observação j, em sua
forma bruta, conforme mostra a equação 15.
N
QO
DO
N
i
ji
j
1 (15)
Onde:
jDO é a nota bruta relativas à organização didático-pedagógica da
unidade de observação j;
10 O histórico das mudanças ocorridas no questionário do estudante no período de 2004 a 2014 e dos impactos
no cálculo do CPC é objeto da Nota Técnica Daes/Inep nº 55, de 22 de outubro de 2015.
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jiQO é a média das respostas dos itens relativos à organização
didático-pedagógica de cada estudante i da unidade de observação j; e
N é o número de estudantes da unidade de observação j que
responderam ao menos 1 (um) item relativo à organização didático-pedagógica.
Essa medida é padronizada e transformada, conforme procedimento
descrito no item 2 deste documento, para dar origem à Nota referente à organização
didático-pedagógica (NO) da unidade j. Caso nenhum estudante tenha respondido
ao menos 1 (um) item relativo a esse componente, a unidade de observação terá a
NOj computada como 0 (zero) para o cálculo do CPC.
3. 2. Nota referente à infraestrutura e instalações físicas (NFj)
Para calcular o componente Nota referente à infraestrutura e
instalações físicas (NFj), incialmente, obtém-se a média das respostas dos itens 41,
54, 56, 58, 59, 60, 61, 62, 63, 64, 65 e 68 do Questionário Socioeconômico para
cada estudante i da unidade de observação j (ji
QF ), excluindo-se os itens com
resposta “(Não sei responder / Não se aplica)”. Com esse procedimento obtém-se a
NF de cada estudante i da unidade j – nota do componente (NFj) por estudante.
Em seguida, calcula-se a média das notas do componente geradas
para cada estudante i da unidade de observação j, obtendo-se, assim, a Nota
referente à infraestrutura e instalações físicas da unidade de observação j, em sua
forma bruta, conforme exposto na equação 16.
N
QF
DF
N
i
ji
j
1 (16)
Onde:
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jDF é a nota bruta à infraestrutura e instalações físicas da unidade de
observação j;
jiQF é a média das respostas dos itens relativos à infraestrutura e
instalações físicas do estudante i da unidade de observação j; e
N é o número de estudantes da unidade de observação j que
responderam ao menos 1 (um) item relativo à infraestrutura e instalações físicas.
Essa medida é padronizada e transformada, conforme procedimento
descrito no item 2 deste documento, para dar origem à Nota referente à
infraestrutura e instalações físicas (NF) da unidade j. Caso nenhum estudante tenha
respondido ao menos 1 (um) item relativo a esse componente, a unidade de
observação terá a NFj computada como 0 (zero) para o cálculo do CPC.
3. 3. Nota referente às oportunidades de ampliação da formação acadêmica e
profissional (NAj)
Para calcular o componente Nota referente às oportunidades de
ampliação da formação acadêmica e profissional (NAj), obtém-se, excluindo-se os
itens com resposta “(Não sei responder / Não se aplica)”, a média das respostas dos
itens 43, 44, 45, 46, 52, 53 e 67 do Questionário Socioeconômico para cada
estudante i da unidade de observação j (ji
QA ). Com esse procedimento obtém-se a
NA de cada estudante i da unidade j – nota do componente (NAj) por estudante.
Em seguida, calcula-se a média das notas do componente geradas
para cada estudante i da unidade de observação j, obtendo-se, assim, a Nota
referente às oportunidades de ampliação da formação acadêmica e profissional da
unidade de observação j, em sua forma bruta, conforme exposto na equação 17.
N
QA
DA
N
i
ji
j
1 (17)
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Onde:
jDA é a nota bruta às oportunidades de ampliação da formação
acadêmica e profissional da unidade j;
jiQA é a média das respostas dos itens relativos às oportunidades de
ampliação da formação acadêmica e profissional do estudante i da unidade j; e
N é o número de estudantes da unidade j que responderam ao menos
1 (um) item relativo às oportunidades de ampliação da formação acadêmica e
profissional.
Essa medida é padronizada e transformada, conforme procedimento
descrito no item “2”, para dar origem à Nota referente às oportunidades de
ampliação da formação acadêmica e profissional (NA) da unidade j. Caso nenhum
estudante tenha respondido ao menos 1 (um) item relativo a esse componente, a
unidade de observação terá a NAj computada como 0 (zero) para o cálculo do CPC.
IV - Fórmula do Conceito Preliminar de Curso
A composição e a forma de cálculo do CPC de 2014, com os
respectivos pesos dos componentes, é apresentada na fórmula 20.
jjjj
jjjjj
NA,NF,NO,NR,
ND,NM,NIDD,NC,NCPC
025005007500750
150075035020
(20)
Onde:
jNCPC é a Nota contínua do Conceito Preliminar de Curso da unidade
de observação j;
jNC é a Nota dos Concluintes no Enade da unidade de observação j;
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jNIDD é a Nota do Indicador da Diferença entre os Desempenhos
Observado e Esperado da unidade de observação j;
jNM é a Nota de Proporção de Mestres da unidade de observação j;
jND é a Nota de Proporção de Doutores da unidade de observação j;
jNR é a Nota de Regime de Trabalho da unidade de observação j;
jNO é a Nota referente à organização didático-pedagógica da unidade
de observação j;
jNF é a Nota referente à infraestrutura e instalações físicas da unidade
de observação j; e
jNA é a Nota referente às oportunidades de ampliação da formação
acadêmica e profissional unidade de observação j.
O QUADRO 1 a seguir mostra a composição geral do CPC, com seus
componentes e respectivos pesos, divididos por dimensão.
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QUADRO 1 – Composição do CPC e pesos das suas dimensões e componentes
DIMENSÃO COMPONENTES PESOS
Desempenho dos
Estudantes
Nota dos Concluintes no Enade (NC) 20,0%
55,0% Nota do Indicador da Diferença entre os
Desempenhos Observado e Esperado (NIDD) 35,0%
Corpo Docente
Nota de Proporção de Mestres (NM) 7,5%
30,0% Nota de Proporção de Doutores (ND) 15,0%
Nota de Regime de Trabalho (NR) 7,5%
Percepção Discente
sobre as Condições
do Processo
Formativo
Nota referente à organização didático-
pedagógica (NO) 7,5%
15,0% Nota referente à infraestrutura e instalações
físicas (NF) 5,0%
Nota referente às oportunidades de ampliação
da formação acadêmica e profissional (NA) 2,5%
Fonte: Inep/Daes
A Nota Contínua do Conceito Preliminar de Curso (NCPC), calculada para
cada unidade de observação, é uma variável contínua que pode assumir valores de
0 (zero) a 5 (cinco). A NCPC, convertida em faixa segundo os critérios expostos na
“TABELA 1”, é transformada no Conceito Preliminar de Curso propriamente dito, que
é uma variável discreta definida de 1 (um) a 5 (cinco)11.
Essa nota é calculada para as unidades de observação que possuam no
mínimo 2 (dois) estudantes concluintes participantes no Enade. Com isso, as
unidades de observação que não atendam a esse critério ficam na condição de
“Sem Conceito (SC)”.
11
As unidades de observação com NCPC maior ou igual a 3,945 obterão o valor máximo do CPC (faixa igual a 5) somente se tiverem nota maior que 0,945 em todos os componentes. Caso contrário, mesmo obtendo NCPC maior ou igual a 3,945, a unidade de observação terá CPC igual a 4 (quatro).
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TABELA 1 – Parâmetros de conversão do NCPCj em CPC
CPC
(Faixa)
NCPCj
(Valor Contínuo)
1 0 ≤ NCj < 0,945
2 0,945 ≤ NCj < 1,945
3 1,945 ≤ NCj < 2,945
4 2,945 ≤ NCj < 3,945
5 3,945 ≤ NCj ≤ 5
Fonte: Inep/Daes
Marcelo Pardellas Cazzola
Coordenador de Instrumentos e Medidas Educacionais
Stela Maria Meneghel
Coordenadora Geral de Controle de Qualidade da Educação Superior
De acordo,
Claudia Maffini Griboski
Diretora de Avaliação da Educação Superior
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Anexo I – Áreas de Avaliação do Enade em 2014
CÓDIGO ÁREA DE ENQUADRAMENTO
21 ARQUITETURA E URBANISMO
72 TECNOLOGIA EM ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS
73 TECNOLOGIA EM AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
76 TECNOLOGIA EM GESTÃO DA PRODUÇÃO INDUSTRIAL
79 TECNOLOGIA EM REDES DE COMPUTADORES
701 MATEMÁTICA (BACHARELADO)
702 MATEMÁTICA (LICENCIATURA)
903 LETRAS-PORTUGUÊS (BACHARELADO)
904 LETRAS-PORTUGUÊS (LICENCIATURA)
905 LETRAS-PORTUGUÊS E INGLÊS (LICENCIATURA)
906 LETRAS-PORTUGUÊS E ESPANHOL (LICENCIATURA)
1401 FÍSICA (BACHARELADO)
1402 FÍSICA (LICENCIATURA)
1501 QUÍMICA (BACHARELADO)
1502 QUÍMICA (LICENCIATURA)
1601 CIÊNCIAS BIOLÓGICAS (BACHARELADO)
1602 CIÊNCIAS BIOLÓGICAS (LICENCIATURA)
2001 PEDAGOGIA (LICENCIATURA)
2401 HISTÓRIA (BACHARELADO)
2402 HISTÓRIA (LICENCIATURA)
2501 ARTES VISUAIS (LICENCIATURA)
3001 GEOGRAFIA (BACHARELADO)
3002 GEOGRAFIA (LICENCIATURA)
3201 FILOSOFIA (BACHARELADO)
3202 FILOSOFIA (LICENCIATURA)
3502 EDUCAÇÃO FÍSICA (LICENCIATURA)
4004 CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO (BACHARELADO)
4005 CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO (LICENCIATURA)
4006 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
4301 MÚSICA (LICENCIATURA)
5401 CIÊNCIAS SOCIAIS (BACHARELADO)
5402 CIÊNCIAS SOCIAIS (LICENCIATURA)
5710 ENGENHARIA CIVIL
5806 ENGENHARIA ELÉTRICA
5809 ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO
5814 ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO
5902 ENGENHARIA MECÂNICA
6008 ENGENHARIA QUÍMICA
6009 ENGENHARIA DE ALIMENTOS
6208 ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
6306 ENGENHARIA
6307 ENGENHARIA AMBIENTAL
6405 ENGENHARIA FLORESTAL
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Nota Técnica Daes/Inep nº 59/2015
Brasília, 27 de outubro de 2015.
Assunto: Cálculo do Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição 2014
I - Introdução
O objetivo desta Nota Técnica é apresentar a metodologia utilizada no
cálculo do Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição1 (IGC) referente ao ano
de 2014.
O IGC é uma média ponderada envolvendo as notas contínuas de
Conceitos Preliminares de Curso (NCPC) dos cursos de graduação e os conceitos
Capes2 de programas de pós-graduação stricto sensu da Instituição de Educação
Superior (IES). A ponderação é feita a partir dos estudantes nos referidos níveis de
ensino.
O cálculo do IGC de 2014 considerou: (a) a média dos NCPC
referentes às unidades de observação avaliadas no triênio 2012-2013-2014,
ponderada pelas quantidades de matrículas3 nas referidas unidades, obtidas nos
Censos da Educação Superior de 2012, 2013 e 2014, de acordo com os anos de
atribuição dos CPC; e (b) as médias dos conceitos dos programas de Mestrado e
Doutorado atribuídos pela Capes na Avaliação Trienal 2013 dos programas
1 O IGC, conforme estabelece a Portaria Normativa nº 40 de 12 de dezembro de 2007, em sua atual redação, é
um indicador de qualidade da educação superior que avalia as instituições de educação superior. Ele foi instituído pela Portaria Normativa nº 12, de 05 de setembro de 2008.
2 Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.
3 As quantidades de matrículas dos cursos de graduação expressam a soma dos estudantes cursando ou
formados no ano de referência do CPC.
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reconhecidos e na avaliação dos novos programas recomendados após a Avaliação
Trienal, ponderadas pelas quantidades de matrículas4 em cada programa, referentes
ao ano de 2014.
Nas hipóteses de unificação de mantidas e transferência de mantença
são considerados, para efeito de cálculo, as alterações ocorridas até a data de
referência, considerada essa como a data final de inscrição de estudantes no Enade
(29/08/2014), conforme o parágrafo sétimo do artigo 33-B da Portaria Normativa do
MEC nº 40/2007, reeditada e republicada em 2010.
O IGC, portanto, é calculado por IES a partir das médias das notas da
graduação e dos conceitos da pós-graduação stricto sensu, conforme apresentado a
seguir. Nas Instituições sem cursos ou programas de pós-graduação stricto sensu
avaliados pela Capes, o IGC é resultante da média ponderada dos cursos de
graduação.
II - Nota Média da Graduação (GIES)
A nota média da graduação de uma IES é a média ponderada as notas
contínuas de Conceitos Preliminares de Curso (NCPC) pela quantidade de
matrículas nas respectivas unidades de observação, como exposto na equação 1.
n
j
jjIES NCPCG1
(1)
Onde:
IESG é a nota média da graduação da IES;
4
As quantidades de matrículas dos programas de Mestrado e Doutorado de graduação expressam as somas dos estudantes matriculados e titulados em cada programa no ano de 2014.
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jNCPC é a NCPC da unidade de observação j da IES; e
j é a razão entre o número de matriculados na unidade de
observação j nos respectivos anos de cálculo do NCPC e o total de matriculados das
unidades de observação da IES para os quais foi possível calcular o CPC de 2012 a
2014.
n é o total de unidades de observação da IES.
III - Nota Média de Mestrado (MIES)
A nota média de Mestrado de uma IES é a média ponderada das notas
de Mestrado para fins de cálculo do IGC, obtidas a partir das conversões dos
conceitos atribuídos pela Capes aos programas de Mestrado, como exposto na
equação 2.
m
j
jjIES MM1
(2)
Onde:
IESM é a nota média de Mestrado da IES;
jM é a nota do programa de Mestrado j da IES;
j é a proporção de matrículas no programa de Mestrado j da IES; e
m é o total de programas de Mestrado da IES.
As conversões dos conceitos atribuídos pela Capes aos programas de
Mestrado são feitas conforme Tabela 1, considerando apenas programas com
conceito Capes maior ou igual a 3.
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TABELA 1 – Conversão de conceitos dos programas de Mestrado atribuídos
pela Capes em notas de Mestrado para fins de cálculo do IGC
Conceito de Mestrado
Capes
Nota de Mestrado
para fins cálculo do
IGC
3 4
4 4,5
5 5
6 5
7 5
Fonte: Inep/Daes
IV – Nota Média de Doutorado (DIES)
A nota média de Doutorado de uma IES é a média ponderada das
notas de Doutorado para fins de cálculo do IGC, obtidas a partir das conversões dos
conceitos atribuídos pela Capes aos programas de Doutorado, como exposto na
equação 3.
h
j
jjIES DD1
(3)
Onde:
IESD é a nota média de Doutorado da IES;
jD é a nota do programa de Doutorado j da IES;
j é a proporção de matrículas no programa de Doutorado j da IES; e
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h é o total de programas de Doutorado da IES.
As conversões das notas Capes dos programas de Doutorado são
feitas conforme Tabela 2, considerando apenas programas com conceito Capes
maior ou igual a 3.
TABELA 2 – Conversão de conceitos dos programas de Doutorado atribuídos
pela Capes em notas de Doutorado para fins de cálculo do IGC
Conceito de
Doutorado Capes
Nota de Doutorado
para fins cálculo do
IGC
3 4
4 4,5
5 5
6 5
7 5
Fonte: Inep/Daes
A partir de 2014, os conceitos 5, 6 e 7 dos programas de pós-
graduação stricto sensu atribuídos pela Capes equivalem à nota 5 da escala dos
indicadores produzidos pelo Inep, unificando os critérios de conversão dos conceitos
dos programas de Doutorado ao de Mestrado. Esta mudança foi feita com o intuito
de melhor compatibilizar a escala da Capes com a escala do IGC.
IV - Medidas relativas às matrículas nos programas de pós-graduação
stricto sensu
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O próximo passo para obtenção do IGC é o cálculo das medidas
relativas às matrículas nos programas de pós-graduação stricto sensu. Essas
medidas são resultantes da transformação do número de matrículas informado pela
Capes, tomando em consideração os conceitos dos programas de Mestrado e
Doutorado, segundo critérios definidos pelo Inep.
Para os programas de Mestrado, a transformação é feita conforme a
Tabela 3.
TABELA 3 – Transformação da quantidade de matrículas de programas
de Mestrado para fins de cálculo do IGC
Conceito de Mestrado
Capes
Medida referente a matrículas no
Mestrado para fins de cálculo do
IGC
3 1
4 2
5 3
6 3
7 3
Fonte: Inep/Daes
Para os programas de Doutorado, a transformação ocorre de acordo com
a Tabela 4.
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TABELA 4 – Transformação da quantidade de matrículas de programas
de Doutorado para fins de cálculo do IGC
Conceito de
Doutorado Capes
Medida referente a matrículas no
Doutorado para fins de cálculo do
IGC
3 1
4 2
5 3
6 4
7 5
Fonte: Inep/Daes
V – Fórmula de Cálculo
Para o cálculo final do IGC, é necessário se obter as proporções
referentes às matrículas nos cursos de graduação e nos programas de Mestrado e
Doutorado, como mostrado nas equações 4, 5 e 6.
DMG
G
TTT
T
(4)
Onde:
é a proporção de matrículas na graduação;
GT é o total de matriculados das unidades de observação da IES para
as quais foi possível calcular o CPC de 2012 a 2014;
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MT é a medida relativa às matrículas nos programas de mestrandos da
IES; e
DT é a medida relativa às matrículas nos programas de Doutorado da
IES.
DMG
M
TTT
T
(5)
Onde:
é a proporção relativa às matrículas nos programas de Mestrado da
IES;
GT é o total de matriculados das unidades de observação da IES para
as quais foi possível calcular o CPC de 2012 a 2014;
MT é a medida relativa às matrículas nos programas de mestrandos da
IES; e
DT é a medida relativa às matrículas nos programas de Doutorado da
IES.
DMG
D
TTT
T
(6)
Onde:
é a proporção relativa às matrículas nos programas de Doutorado da
IES;
GT é o total de matriculados das unidades de observação da IES para
as quais foi possível calcular o CPC de 2012 a 2014;
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MT é a medida relativa às matrículas nos programas de mestrandos da
IES; e
DT é a medida relativa às matrículas nos programas de Doutorado da
IES.
Por fim, a nota contínua do Índice Geral de Cursos Avaliados da
Instituição (IGC contínuo) é calculado conforme a equação 7.
IESIESIESIES DMGIGC (7)
Onde:
IESIGC é o Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição;
é a proporção de matrículas na graduação;
IESG é a nota média da graduação da IES;
é a proporção relativa às matrículas nos programas de Mestrado da
IES;
IESM é a nota média de Mestrado da IES;
é a proporção relativa às matrículas nos programas de Doutorado da
IES; e
IESD é a nota média de Doutorado da IES.
O resultado do IGC obtido por meio da equação 7 é uma variável
contínua no intervalo entre 0 (zero) e 5 (cinco). Para transformar esta variável
contínua em faixas, segue-se a Tabela 5.
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TABELA 5 – Parâmetros de conversão do valor contínuo do IGC em faixa
IGC
(Faixa)
IGC
(Valor Contínuo)
1 0 ≤ NCj < 0,945
2 0,945 ≤ NCj < 1,945
3 1,945 ≤ NCj < 2,945
4 2,945 ≤ NCj < 3,945
5 3,945 ≤ NCj ≤ 5
Fonte: Inep/Daes
Marcelo Pardellas Cazzola
Coordenador de Instrumentos e Medidas Educacionais
Stela Maria Meneghel
Coordenadora Geral de Controle de Qualidade da Educação Superior
De acordo,
Claudia Maffini Griboski
Diretora de Avaliação da Educação Superior