Calagem e adubação do feijão-vagem, feijão-fava (ou fava-italiana), feijão-de-lima e ervilha...

15
1 Calagem e adubação do feijão-vagem, feijão-fava (ou fava-italiana), feijão-de-lima e ervilha torta (ou ervilha-de-vagem)* Paulo Espíndola Trani ( 1 ) Francisco Antonio Passos ( 1 ) José Eduardo Pereira ( 2 ) José Braga Semis ( 3 ) ( 1 ) Instituto Agronômico, Centro de Horticultura, Campinas (SP). [email protected] ( 2 ) CATI Casa da Agricultura de Itatiba (SP). ( 3 ) CATI Casa da Agricultura de Jarinu (SP). * Campinas (SP), junho de 2015 INTRODUÇÃO Os feijões e as ervilhas são plantas herbáceas, pertencentes à família Fabaceae. O feijão-vagem (Phaseolus vulgaris), a espécie mais importante deste grupo de hortaliças, é uma forma diferenciada do feijoeiro comum, tendo como parte consumida, as vagens verdes de textura macia, sem fibra, com comprimento entre 15 e 18 cm. A porção terminal da haste define os dois hábitos de crescimento desta espécie de hortaliça: o primeiro é denominado determinado, anão, rasteiro ou arbustivo, cujas plantas atingem cerca de 50 cm de altura e tem seu florescimento e produção de vagens concentradas em um curto período de tempo. O segundo, de crescimento indeterminado, é o feijão-vagem trepador, que requer tutoramento de suas hastes e atinge cerca de 2,5 m de altura. Produz vagens por período mais prolongado e apresenta maior produtividade em relação ao feijão-vagem anão. O feijão-fava (ou fava-italiana) (Vicia faba), o feijão-de-lima (Phaseolus lunatus) e a ervilha torta (ou ervilha-de-vagem) (Pisum sativum) recebem adubação similar ao feijão-vagem. As quantidades recomendadas e a frequência de aplicação dos nutrientes variam conforme os resultados de análise química e granulométrica do solo, análise foliar, adubação anterior, exigência nutricional da cultivar, densidade populacional, clima da região, época de plantio, período de colheita e produtividade esperada.

Transcript of Calagem e adubação do feijão-vagem, feijão-fava (ou fava-italiana), feijão-de-lima e ervilha...

Page 1: Calagem e adubação do feijão-vagem, feijão-fava (ou fava-italiana), feijão-de-lima e ervilha torta (ou ervilha-de-vagem)

1

Calagem e adubação do feijão-vagem, feijão-fava (ou fava-italiana), feijão-de-lima e ervilha torta (ou ervilha-de-vagem)*

Paulo Espíndola Trani (1)

Francisco Antonio Passos (1)

José Eduardo Pereira (2)

José Braga Semis (3)

(1) Instituto Agronômico, Centro de Horticultura, Campinas (SP). [email protected]

(2) CATI – Casa da Agricultura de Itatiba (SP).

(3) CATI – Casa da Agricultura de Jarinu (SP).

* Campinas (SP), junho de 2015

INTRODUÇÃO

Os feijões e as ervilhas são plantas herbáceas, pertencentes à família Fabaceae. O

feijão-vagem (Phaseolus vulgaris), a espécie mais importante deste grupo de hortaliças, é

uma forma diferenciada do feijoeiro comum, tendo como parte consumida, as vagens verdes

de textura macia, sem fibra, com comprimento entre 15 e 18 cm. A porção terminal da haste

define os dois hábitos de crescimento desta espécie de hortaliça: o primeiro é denominado

determinado, anão, rasteiro ou arbustivo, cujas plantas atingem cerca de 50 cm de altura e

tem seu florescimento e produção de vagens concentradas em um curto período de tempo.

O segundo, de crescimento indeterminado, é o feijão-vagem trepador, que requer

tutoramento de suas hastes e atinge cerca de 2,5 m de altura. Produz vagens por período

mais prolongado e apresenta maior produtividade em relação ao feijão-vagem anão. O

feijão-fava (ou fava-italiana) (Vicia faba), o feijão-de-lima (Phaseolus lunatus) e a ervilha

torta (ou ervilha-de-vagem) (Pisum sativum) recebem adubação similar ao feijão-vagem. As

quantidades recomendadas e a frequência de aplicação dos nutrientes variam conforme os

resultados de análise química e granulométrica do solo, análise foliar, adubação anterior,

exigência nutricional da cultivar, densidade populacional, clima da região, época de plantio,

período de colheita e produtividade esperada.

Page 2: Calagem e adubação do feijão-vagem, feijão-fava (ou fava-italiana), feijão-de-lima e ervilha torta (ou ervilha-de-vagem)

2

1. Espaçamentos

a) 1,0 a 1,1 m x 0,5 a 0,7 m para feijão-vagem trepador e 0,5 x 0,2 m para as cultivares

anãs;

b) 1,0 x 0,5 m para feijão-fava (ou fava-italiana, ou feijão corado);

c) 1,0 x 0,5 m para feijão-de-lima trepador e 0,5 x 0,5 m para as cultivares anãs;

d) 1,0 x 0,2 m para ervilha torta (ervilha-de-vagem).

2. Ciclo

a) feijão-vagem trepador, cultivo de verão: ciclo de 60 a 100 dias, início das colheitas

aos 40 a 70 dias após a emergência das plantas, com duração de 20 a 30 dias;

b) feijão-vagem trepador, cultivo de inverno: ciclo de 80 a 140 dias, início das colheitas

aos 50 a 90 dias, com duração de 30 a 50 dias;

c) feijão-vagem trepador, cultivo de meia-estação: ciclo de 75 a 105 dias, início das

colheitas aos 50 a 70 dias com duração de 25 a 35 dias;

d) feijão-vagem anão: ciclo de 50 a 60 dias e uma única colheita, adequando-se à

colheita mecânica;

e) feijão-de-lima trepador: ciclo de 105 a 120 dias e início das colheitas aos 75 a 90

dias;

f) feijão-de-lima anão: ciclo de 95 a 105 dias e início das colheitas aos 65 a 75 dias;

g) feijão-fava: ciclo de 150 dias e início das colheitas aos 120 dias;

h) ervilha torta: ciclo de 80 a 85 dias, início das colheitas aos 65 a 70 dias e duração de

15 dias.

Page 3: Calagem e adubação do feijão-vagem, feijão-fava (ou fava-italiana), feijão-de-lima e ervilha torta (ou ervilha-de-vagem)

3

3. Irrigação

Com relação à irrigação das culturas em geral, deve-se levar em consideração os

seguintes fatores: período de cultivo no ano, ciclo da cultura, tipo de solo, declividade do

terreno, capacidade de drenagem e/ou retenção de água e insolação diária. Normalmente, o

produtor rural se baseia nas condições de temperatura e de precipitação, bem como, nas

condições do seu solo para essa prática agronômica.

O feijão-vagem exige de 200 a 300 mm de água durante o ciclo. É muito crítico o

período entre a semeadura e a floração plena, exigindo 110 a 180 mm de água.

Normalmente, a reposição da água evapotranspirada para o feijão-vagem, demais feijões e

ervilha torta nas regiões produtoras é feita a cada 2 a 3 dias, com maior frequência de

aplicação no cultivo de verão, onde ocorrem temperaturas mais elevadas. Recomenda-se a

utilização de equipamentos para monitorar a umidade do solo, como os tensiômetros, de

fácil aquisição e uso.

Os sistemas de irrigação que podem ser utilizados nos cultivos de hortaliças em geral,

inclusive os feijões e a ervilha-de-vagem são:

a) irrigação por sulcos: é o sistema de irrigação por superfície que aplica a água

para as plantas através de pequenos canais ou sulcos paralelos às linhas de plantio, por

onde se desloca ao longo do declive. A água se infiltra no fundo e nas laterais do sulco,

movimentando-se vertical e horizontalmente no perfil do solo, proporcionando assim, a

umidade necessária para o desenvolvimento das plantas. Entre os benefícios ou vantagens

da irrigação por sulcos menciona-se que a operação do mesmo é realizada sem gasto de

energia durante o processo de irrigação. Este sistema de irrigação não é afetado pela

qualidade física e biológica da água e também pode ser operado na presença de vento, que

afetaria o sistema de aspersão, por exemplo. Uma limitação da irrigação por sulcos consiste

na dificuldade do tráfego de equipamentos e tratores sobre os mesmos. Pode ainda ocorrer

dificuldades na automatização desse sistema, principalmente com relação à aplicação da

mesma vazão de água em cada sulco. O alto custo inicial de implantação do sistema quanto

Page 4: Calagem e adubação do feijão-vagem, feijão-fava (ou fava-italiana), feijão-de-lima e ervilha torta (ou ervilha-de-vagem)

4

à construção dos sulcos e ao uso mais intensivo de mão de obra necessário ao manejo da

irrigação constituem-se também em limitações desse sistema de irrigação por superfície.

b) aspersão tradicional: é o principal sistema de irrigação empregado na cultura do

feijão-vagem em Itatiba e Jarinu, principais municípios produtores do Estado de São Paulo

(Figura 1). A aspersão é o método de irrigação que aplica água simulando a chuva, ou seja, a

água é aplicada sobre as plantas e a superfície do solo na forma de gotas. As principais

vantagens são a durabilidade do equipamento (normalmente canos de PVC) e a facilidade de

deslocamento e instalação em outros locais da propriedade. Como limitação, o sistema de

aspersão favorece a incidência de algumas doenças da parte aérea e pode, inclusive, levar a

perdas de água por evaporação, principalmente em dias quentes e pela ação do vento.

Figura 1. Sistema de irrigação com uso de aspersores em lavoura adulta de feijão-vagem. Jarinu (SP), 2014. Foto: José Braga Semis.

Page 5: Calagem e adubação do feijão-vagem, feijão-fava (ou fava-italiana), feijão-de-lima e ervilha torta (ou ervilha-de-vagem)

5

c) gotejamento: este sistema se caracteriza por aplicar pequenos volumes de água, na

forma de gotas, com alta frequência, em regiões próximas às raízes das plantas, molhando

uma fração da superfície do solo, reduzindo as perdas e apresentando altos valores de

eficiência de aplicação de água, quando comparado aos sistemas de aspersão e sulcos. Uma

limitação do gotejamento é o tratamento inadequado da água de irrigação, que pode causar

problemas de obstrução dos emissores e outras consequências operacionais, como o aumento

do tempo para limpeza do equipamento e para substituição dos gotejadores, ocasionando

maiores custos de manutenção e de operação da irrigação. Outra limitação é a menor

durabilidade dos equipamentos de gotejo em relação ao sistema de aspersão.

d) microaspersão: o sistema de irrigação por microaspersão apresenta os mesmos

componentes do gotejamento, com exceção dos emissores utilizados. Os microaspersores

apresentam vazões superiores aos gotejadores e molham áreas maiores do solo na forma

circular. Uma das vantagens da microaspersão é a facilidade de distribuição da água na

superfície do solo. Comparado ao sistema de gotejamento oferece menos riscos de

entupimento. Normalmente, exige mínima filtração e menos manutenção que os outros

sistemas. Como limitação da microaspersão cita-se a possibilidade da incidência de doenças

da parte aérea, pois permite o molhamento de parte do caule da planta, e mesmo das folhas.

Este sistema pode também ser vulnerável a ventos fortes e altas taxas de evaporação.

4. Calagem

Aplicar o calcário com antecedência de 30 a 90 dias, conforme o PRNT (Poder Relativo

de Neutralização Total), antes da semeadura, visando elevar a saturação por bases a 80% e o

teor de magnésio a um mínimo de 9 mmolc dm-3. Incorporar o corretivo de acidez desde a

superfície do solo até 30 cm de profundidade.

Page 6: Calagem e adubação do feijão-vagem, feijão-fava (ou fava-italiana), feijão-de-lima e ervilha torta (ou ervilha-de-vagem)

6

5. Adubação orgânica

Entre 30 e 40 dias antes do plantio, incorporar ao solo de 10 a 20 t ha-1 de esterco

bovino bem curtido ou composto orgânico (Figura 2), ou 1/4 a 1/5 dessas quantidades de

esterco de frango, galinha, suínos, ovinos, caprinos, equinos, ou ainda 1/10 dessas

quantidades de torta de mamona pré-fermentada. No cálculo da quantidade do fertilizante

orgânico a ser aplicado, deve ser levado em consideração a sua concentração em nitrogênio

e o aspecto econômico.

Figura 2. À esquerda, produção de composto orgânico no campo. Saltinho (SP), 2000. À direita, húmus embalado pronto para a aplicação. Santa Cruz do Rio Pardo (SP), 2002. Fotos:

Jairo Hanasiro e Reginaldo B. Bassetto, respectivamente.

6. Adubação mineral de plantio

Aplicar nos sulcos de plantio, de 7 a 10 dias antes da semeadura, conforme a análise

do solo, as quantidades de nutrientes apresentadas na tabela 1.

Page 7: Calagem e adubação do feijão-vagem, feijão-fava (ou fava-italiana), feijão-de-lima e ervilha torta (ou ervilha-de-vagem)

7

Tabela 1. Adubação mineral de plantio para feijão-vagem, feijão-fava, feijão-de-lima e ervilha torta, conforme a análise do solo

Nitrogênio P (resina), mg dm-3

K+ trocável, mmolc dm

-3

0-25 26-60 61-120 >120 0-1,5 1,6-3,0 3,1-6,0 >6,0

N, kg ha-1

------------ P2O5, kg ha-1

---------- ----------- K2O, kg ha-1

------------

20 a 40 320 240 120 80 120 90 60 40

B, mg dm-3

Cu, mg dm-3

Zn, mg dm -3

0-0,30 0,31-0,60 >0,60 0-0,2 0,3-0,8 >0,8 0-0,5 0,6-1,2 >1,2

------- B, kg ha-1

-------- ------- Cu, kg ha-1

-------- -------- Zn, kg ha-1

--------

1,0 0,5 0 2 1 0 3 1,5 0,5

Aplicar 20 a 30 kg ha-1

de S junto com o NPK de plantio e, em solos deficientes, 1 a 2 kg ha-1

de Mn.

Figura 3. Aspecto de plantas jovens de feijão-vagem, mostrando bom desenvolvimento em local que recebeu adequada adubação de plantio, conforme a análise do solo. Jarinu (SP), 2014. Foto: José Braga Semis.

Page 8: Calagem e adubação do feijão-vagem, feijão-fava (ou fava-italiana), feijão-de-lima e ervilha torta (ou ervilha-de-vagem)

8

7. Adubação mineral de cobertura

Aplicar 90 a 120 kg ha-1 de N; 20 a 40 kg ha-1 de P2O5 e 30 a 60 kg ha-1 de K2O,

parcelando estas quantidades aos 20, 35 e 50 dias após a emergência das plantas nas

culturas de inverno e meia-estação. Quando o cultivo for realizado no verão (época de

temperaturas mais elevadas), parcelar as coberturas em duas aplicações, aos 20 e 40 dias

após a emergência das plantas. As mesmas quantidades de nutrientes em cobertura

indicadas para o feijão-vagem podem ser utilizadas para o feijão-fava; feijão-de-lima e

ervilha torta, com os devidos ajustes, de acordo com o ciclo e as produtividades esperadas

dessas espécies de hortaliças.

Figura 4. Plantas de feijão-vagem aos 20 dias após a emergência, período indicado para a primeira cobertura com fertilizantes. Jarinu (SP), 2014. Foto: José Braga Semis.

Page 9: Calagem e adubação do feijão-vagem, feijão-fava (ou fava-italiana), feijão-de-lima e ervilha torta (ou ervilha-de-vagem)

9

Figura 5. Aspecto de lavoura de feijão-vagem, após a terceira cobertura com fertilizantes. Jarinu (SP), 2014. Foto: José Braga Semis.

8. Adubação foliar

Efetuar uma pulverização para a cultura de verão e duas pulverizações para as

culturas de inverno e de meia-estação, com cloreto de cálcio a 0,2% (200 g em 100 L de

água), sulfato de magnésio heptaidratado a 0,2% (200 g em 100 L de água), molibdato de

sódio ou de amônio a 0,05% (50 g em 100 L de água) e ácido bórico a 0,1% (100 g em

100 L de água), antes da floração. Repetir este procedimento no período de formação das

vagens. No comércio existem produtos que contém tais nutrientes em formas compatíveis,

devendo ser observados os rótulos dos produtos.

9. Monitoramento nutricional - diagnose foliar

A amostragem deve ser realizada coletando-se folhas de plantas em talhões

Page 10: Calagem e adubação do feijão-vagem, feijão-fava (ou fava-italiana), feijão-de-lima e ervilha torta (ou ervilha-de-vagem)

10

homogêneos. Para o feijão-vagem, coletar a quarta folha a partir da ponta, no período entre

o florescimento e o início da formação das vagens, de 30 plantas. Para a ervilha torta,

coletar o folíolo recém-desenvolvido, no florescimento, de 50 plantas. A interpretação da

análise foliar do feijão-vagem e da ervilha torta encontra-se nas tabelas 2 e 3, a seguir.

Tabela 2. Teores adequados de macro e micronutrientes em folhas de feijão-vagem

N P K Ca Mg S

--------------------------------------------------g kg-1

-----------------------------------------------

40– 60 3 – 7 25 – 40 15 – 30 3 – 8 2 – 5

B Cu Fe Mn Mo Zn

-------------------------------------------------mg kg-1

----------------------------------------------

20 – 60 10 – 30 50 – 300 50 – 300 0,4 – 0,8 30 – 100

Tabela 3. Teores adequados de macro e micronutrientes em folhas de ervilha torta

N P K Ca Mg S

--------------------------------------------------g kg-1

-----------------------------------------------

40– 60 3 – 8 20 – 35 12 – 20 3 – 7 -

B Cu Fe Mn Mo Zn

-------------------------------------------------mg kg-1

----------------------------------------------

25 – 60 7 – 25 50 – 300 30 – 400 0,6 – 1,0 25 – 100

10. Produtividade

a) feijão-vagem trepador (cultivo de verão): 15 a 20 t ha-1;

b) feijão-vagem trepador (cultivos de inverno e meia-estação): 20 a 25 t ha-1;

c) feijão-vagem anão: 12 a 15 t ha-1;

Page 11: Calagem e adubação do feijão-vagem, feijão-fava (ou fava-italiana), feijão-de-lima e ervilha torta (ou ervilha-de-vagem)

11

d) feijão-de-lima: 3 a 5 t ha-1 de vagens, correspondendo a 2,5 a 4 t ha-1 de grãos

verdes (imaturos);

e) feijão-fava: 17 t ha-1 de vagens e 6 t ha-1 de grãos verdes (imaturos);

f) ervilha torta: 9 a 13 t ha-1 de vagens.

Figura 6. Plantas de feijão-vagem mostrando boa produtividade e qualidade de vagens. Jarinu (SP), 2014. Foto: José Braga Semis.

Page 12: Calagem e adubação do feijão-vagem, feijão-fava (ou fava-italiana), feijão-de-lima e ervilha torta (ou ervilha-de-vagem)

12

Figura 7. O produtor rural Divaldo Aparecido realizou as boas práticas agronômicas em sua lavoura, garantindo uma produção sustentável de feijão-vagem. Jarinu (SP), 2014. Foto: José

Braga Semis.

Figura 8. Feijão-vagem pronto para comercialização, mostrando boa uniformidade e sanidade. Campinas, 2015. Foto: Paulo Espíndola Trani.

Page 13: Calagem e adubação do feijão-vagem, feijão-fava (ou fava-italiana), feijão-de-lima e ervilha torta (ou ervilha-de-vagem)

13

11. Outras recomendações

a) no sistema orgânico de produção destas hortaliças, devem ser utilizadas fontes de

nutrientes parcialmente solúveis, tais como: torta de mamona, termofosfato e farinha de

ossos, além do sulfato de potássio de baixo índice salino;

b) diminuir em 2/3 a adubação de plantio se os feijões e a ervilha torta sucederem

outras culturas normalmente bem adubadas, como a do tomate e da batata, mantendo-se a

mesma adubação de cobertura;

c) o uso de inoculantes com bactérias nitrofixadoras reduz o consumo de fertilizantes

nitrogenados.

12. Bibliografia

ATHANAZIO, J.C. Adubação de Feijão-Vagem. In. NUTRIÇÃO E ADUBAÇÃO DE

HORTALIÇAS, p.213-218. Anais... FERREIRA, M.E.; CASTELLANE, P.D.; CRUZ, M.C.P.

(Eds.). Piracicaba: POTAFÓS, 1993, 480p.

BARZAN, R.R.; FURLAN, F.F.; MARTINI, G.A.; SAMPAIO, M.D.L.Y.; FIRMANO, R.F.;

FREGONEZI, G.A.F.; TAKAHASHI, L.S.A. In: CONAFE-Congresso Nacional de Pesquisa de

Feijão, 11, 2014, Londrina. Extração de Nitrogênio do Feijão-Vagem de Crescimento

Determinado ‘Alessa’ na Safra da Seca. Disponível em:

www.conafe2014.com.br/_apps/trabalhos/154/154_2.rtf.

CAMARGO, A.M.M.M.P.; CAMARGO, F.P. Acomodação da Produção Olerícola no Brasil e

em São Paulo, 1990-2010: Análise Prospectiva e Tendências-2015. São Paulo: Instituto de

Economia Agrícola. 2011 (não publicado)

Page 14: Calagem e adubação do feijão-vagem, feijão-fava (ou fava-italiana), feijão-de-lima e ervilha torta (ou ervilha-de-vagem)

14

CAMARGO, L.S. As hortaliças e seu cultivo, 2.ed. Campinas: Fundação Cargill, 1984. 448p.

CARVALHO, M.G. Produção de feijão-fava em função de diferentes doses de adubação

orgânica e mineral. Dissertação. 2012. 60f. (Mestrado em Agronomia), Universidade Federal

do Piauí, Teresina, 2012.

PASSOS, F.A.; TRANI, P.E. Ervilha-de-vagem (ervilha torta) (Pisum sativum L.) In: FAHL,

J.I.; CAMARGO, M.B.P.; PIZZINATO, M.A.; BETTI, J.A.; MELO, A.M.T.; De MARIA,

I.C.;FURLANI, A.M.C. (Eds.). Instruções agrícolas para as principais culturas econômicas.

6.ed. Campinas: Instituto Agronômico. 1998. p.207-208. (Boletim 200)

PASSOS, F.A.; TRANI, P.E. Feijão-de-lima (Phaseolus lunatus L.) In: FAHL, J.I.; CAMARGO,

M.B.P.; PIZZINATO, M.A.; BETTI, J.A.; MELO, A.M.T.; De MARIA, I.C.; FURLANI, A.M.C.

(Eds.). Instruções agrícolas para as principais culturas econômicas. 6.ed. Campinas: Instituto

Agronômico. 1998. p.209. (Boletim 200)

PASSOS, F.A.; TRANI, P.E. Feijão-fava ou Fava-italiana (Vicia faba L.) In: FAHL, J.I.;

CAMARGO, M.B.P.; PIZZINATO, M.A.; BETTI, J.A.; MELO, A.M.T.; De MARIA, I.C.;

FURLANI, A.M.C. (Eds.). Instruções agrícolas para as principais culturas econômicas. 6.ed.

Campinas: Instituto Agronômico. 1998. p.210. (Boletim 200)

PASSOS, F.A.; TRANI, P.E. Feijão-vagem (Phaseolus vulgaris L.) In: FAHL, J.I.; CAMARGO,

M.B.P.; PIZZINATO, M.A.; BETTI, J.A.; MELO, A.M.T.; De MARIA, I.C.; FURLANI, A.M.C.

(Eds.). Instruções agrícolas para as principais culturas econômicas. 6.ed. Campinas: Instituto

Agronômico. 1998. p.211-212. (Boletim 200)

PEREIRA, J.E.; SEMIS, J.B. Levantamento Técnico da Cultura do Feijão-Vagem. CATI,

Casa da Agricultura de Itatiba e Casa da Agricultura de Jarinu. 2014, 3p. (não publicado)

Page 15: Calagem e adubação do feijão-vagem, feijão-fava (ou fava-italiana), feijão-de-lima e ervilha torta (ou ervilha-de-vagem)

15

SANTOS, M.S.A.; HAAG, H.P.; SARRUGE, J.R. Nutrição Mineral de Hortaliças: Absorção de

Macro e Micronutrientes pela Ervilha (Pisum sativum L.). Anais da E.S.A. Luiz de Queiróz,

Piracicaba, v.29, 1972, p.127-151.

TESTZLAF, R. Irrigação: métodos, sistemas e aplicações. Campinas, FEAGRI- Faculdade

de Engenharia Agrícola, UNICAMP, 2011. 203p.

TRANI, P.E.; PASSOS, F.A.; MELO A.M.T.; TIVELLI, S.W.; BOVI, O.A.; PIMENTEL, E.C.

Hortaliças e Plantas Medicinais: Manual Prático. 2.ed. rev. atual. Campinas: Instituto

Agronômico. 2010. 72p. (Série Tecnologia APTA, Boletim Técnico IAC, 199)

TRANI, P.E.; TRANI, A.L. Fertilizantes: cálculo de fórmulas comerciais. Campinas: Instituto

Agronômico, Série Tecnologia APTA, 2011. 29p. (Boletim Técnico IAC, 208)