revista pedagógica 8ª série/9º ano do ensino Fundamental - Língua ...
Caderno Do Professor 8ª Série 9º Ano EF Volume 1
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7/25/2019 Caderno Do Professor 8 Srie 9 Ano EF Volume 1
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8aSRIE 9oANOENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS
Caderno do ProfessorVolume 1
HISTRIACincias Humanas
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MATERIAL DE APOIO AOCURRCULO DO ESTADO DE SO PAULO
CADERNO DO PROFESSOR
HISTRIA
ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS8aSRIE/9oANO
VOLUME 1
Nova edio
2014-2017
GOVERNO DO ESTADO DE SO PAULO
SECRETARIA DA EDUCAO
So Paulo
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Governo do Estado de So Paulo
Governador
Geraldo Alckmin
Vice-GovernadorGuilherme Afif Domingos
Secretrio da Educao
Herman Voorwald
Secretrio-Adjunto
Joo Cardoso Palma Filho
Chefe de Gabinete
Fernando Padula Novaes
Subsecretria de Articulao Regional
Rosania Morales Morroni
Coordenadora da Escola de Formao eAperfeioamento dos Professores EFAP
Silvia Andrade da Cunha Galletta
Coordenadora de Gesto daEducao Bsica
Maria Elizabete da Costa
Coordenadora de Gesto deRecursos Humanos
Cleide Bauab Eid Bochixio
Coordenadora de Informao,Monitoramento e Avaliao
Educacional
Ione Cristina Ribeiro de Assuno
Coordenadora de Infraestrutura eServios Escolares
Ana Leonor Sala Alonso
Coordenadora de Oramento eFinanas
Claudia Chiaroni Afuso
Presidente da Fundao para oDesenvolvimento da Educao FDE
Barjas Negri
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Senhoras e senhores docentes,
A Secretaria da Educao do Estado de So Paulo sente-se honrada em t-los como colabo-
radores nesta nova edio do Caderno do Professor, realizada a partir dos estudos e anlises que
permitiram consolidar a articulao do currculo proposto com aquele em ao nas salas de aula
de todo o Estado de So Paulo. Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com
os professores da rede de ensino tem sido basal para o aprofundamento analtico e crtico da abor-
dagem dos materiais de apoio ao currculo. Essa ao, efetivada por meio do programa Educao
Compromisso de So Paulo, de fundamental importncia para a Pasta, que despende, neste
programa, seus maiores esforos ao intensificar aes de avaliao e monitoramento da utilizao
dos diferentes materiais de apoio implementao do currculo e ao empregar o Cadernonas aes
de formao de professores e gestores da rede de ensino. Alm disso, firma seu dever com a buscapor uma educao paulista de qualidade ao promover estudos sobre os impactos gerados pelo uso
do material do So Paulo Faz Escola nos resultados da rede, por meio do Saresp e do Ideb.
Enfim, o Caderno do Professor,criado pelo programa So Paulo Faz Escola, apresenta orien-
taes didtico-pedaggicas e traz como base o contedo do Currculo Oficial do Estado de So
Paulo, que pode ser utilizado como complemento Matriz Curricular. Observem que as atividades
ora propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessrias,
dependendo do seu planejamento e da adequao da proposta de ensino deste material realidade
da sua escola e de seus alunos. O Cadernotem a proposio de apoi-los no planejamento de suas
aulas para que explorem em seus alunos as competncias e habilidades necessrias que comportam
a construo do saber e a apropriao dos contedos das disciplinas, alm de permitir uma avalia-
o constante, por parte dos docentes, das prticas metodolgicas em sala de aula, objetivando a
diversificao do ensino e a melhoria da qualidade do fazer pedaggico.
Revigoram-se assim os esforos desta Secretaria no sentido de apoi-los e mobiliz-los em seu
trabalho e esperamos que o Caderno, ora apresentado, contribua para valorizar o ofcio de ensinar
e elevar nossos discentes categoria de protagonistas de sua histria.
Contamos com nosso Magistrio para a efetiva, contnua e renovada implementao do currculo.
Bom trabalho!
Herman Voorwald
Secretrio da Educao do Estado de So Paulo
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Orientao sobre os contedos do volume 5
Situaes de Aprendizagem 8
Situao de Aprendizagem 1 Imperialismo e Neocolonialismo no sculo XIX 8
Situao de Aprendizagem 2 A Primeira Guerra Mundial 18
Situao de Aprendizagem 3 A Revoluo Russa e o stalinismo 27
Situao de Aprendizagem 4 A Repblica no Brasil 37
Situao de Aprendizagem 5 A propaganda no nazismo 48Situao de Aprendizagem 6 O impacto da Grande Depresso 55
Situao de Aprendizagem 7 Resistncia judaica 65
Situao de Aprendizagem 8 Pai dos pobres ou Me dos ricos? 71
Quadro de contedos do Ensino Fundamental - Anos Finais 78
SUMRIO
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Histria 8 srie/9 ano Volume 1
ORIENTAO SOBRE OS CONTEDOS DO VOLUMECaro(a) professor(a),
O objetivo deste Caderno auxili-lo nodesenvolvimento de oito temas importantesque caracterizaram o processo de expansodo capitalismo europeu, suas contradies ecrticas, na passagem do sculo XIX para o s-culo XX. Para cada tema, foi elaborada umaSituao de Aprendizagem principal, um con-
junto de questes para a avaliao e propostaspara recuperao, nas quais foram destacadosalguns dos aspectos mais significativos dasdiscusses historiogrficas contemporneas.
Considere a possibilidade de realizar alte-raes, no sentido de adequar as propostas sua experincia docente, ao seu atual grupo dealunos e s suas condies de trabalho.
Conhecimentos priorizados
Compreendemos que as transformaes de-
correntes do processo de expanso da indus-trializao nos pases capitalistas europeus, nasegunda metade do sculo XIX, so funda-mentais para a caracterizao do sculo XX,pois representaram mudanas profundas emtermos econmicos, sociais, polticos e ideol-gicos e cujos reflexos ainda podem ser sentidos.Trata-se da consolidao da ordem burguesacapitalista, ao mesmo tempo em que, no Imp-rio Russo, se instaurava um regime de cartersocialista e, no Brasil, consolidava-se a estrutu-
ra oligrquica em um capitalismo tardio.
Optamos por integrar os temas da Revo-luo Russa e o stalinismo: esse recorte, aoenfocar a sucesso de eventos na mesma re-gio, ajuda a entender a formao da Uniodas Repblicas Socialistas Soviticas. Almdisso, aproveita-se melhor o tempo destinados aulas de Histria, pois muitas vezes, para
ns, professores, a ideia de cumprir ou no oplanejamento um fator de tenso.
A anlise do perodo entreguerras des-taca, especialmente, a ascenso dos regimesnazifascistas, caracterizados pelo ultranacio-nalismo e pela intolerncia, bem como porsuas relaes com a crise ocorrida nos pasescapitalistas, em virtude dos efeitos da quebrada Bolsa de Valores de Nova Iorque e da con-sequente crise do modelo liberal clssico. Oestudo acerca da Segunda Guerra Mundialpossibilita a compreenso do fenmeno quetransformou as relaes internacionais, coma emergncia de novas potncias, e favorece adiscusso do prprio conceito de geopoltica.
Esses temas mantm pertinncia no mun-do do sculo XXI, sobretudo se considerar-mos, por exemplo, as recentes manifestaesde intolerncia e violncia de grupos neona-zistas; as mudanas verificadas no mundo da
produo e as oscilaes do mercado; e astenses internacionais que ainda se voltampara a questo do direito que os Estados tm soberania e o direito de interveno quandoa comunidade internacional v riscos para apaz mundial.
O Perodo Vargas deve ser analisado da tri-pla perspectiva das transformaes econmi-cas, sociais e polticas que ocorreram no Brasilno perodo entreguerras, da ruptura promo-
vida pela Revoluo de 1930 e dos diferentesmomentos que caracterizam essa fase: o go-verno provisrio, o governo constitucional e oEstado Novo.
Alm disso, como voc vai notar, grandeparte das Situaes de Aprendizagem aquisugeridas assenta-se na realizao de pesqui-sas pelos alunos, o que exige sua direta orien-
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tao. Sobre isso, importante lembrar-lhesque pesquisar no apenas copiar o verbetede uma enciclopdia, por exemplo; devemospartir para a atividade com objetivos claros eutilizar as fontes segundo esses critrios, eli-minando as informaes desnecessrias ourepetitivas. Voc deve, sempre, incentivar apesquisa em diferentes fontes de informaes,havendo algumas indicaes no item referen-te aos recursos para ampliar a perspectiva doprofessor e do aluno sobre os temas trabalha-dos.
Habilidades e competncias
As situaes propostas esto baseadasnas orientaes para a rea de Histria, es-tabelecidas pela Lei de Diretrizes e Bases daEducao (Lei no9.394/96) e nos ParmetrosCurriculares Nacionais, principalmente, noque se refere insero dos alunos na sua rea-lidade social, valorizando o direito de cidada-nia dos indivduos; ao reconhecimento de queo conhecimento histrico um conhecimentointerdisciplinar e ao estabelecimento de rela-es entre contedo e atitudes, que reconhe-
am os alunos como agentes na construo doprocesso histrico.
As competncias e habilidades gerais a serdesenvolvidas nas Situaes de Aprendizagemdeste Caderno foram extradas da matriz doEnemae so as seguintes:
I. dominar a norma culta da lngua portu-guesa e fazer uso das linguagens matem-tica, artstica e cientfica;
II. construir e aplicar conceitos das vriasreas do conhecimento para a compreen-so de fenmenos naturais, de processoshistrico-geogrficos, da produo tecno-lgica e das manifestaes artsticas;
III. selecionar, organizar, relacionar e inter-pretar dados e informaes, represen-tados de diferentes formas, para tomardecises e enfrentar situaes-problema;
IV. relacionar informaes, representadas dediferentes formas, e conhecimentos dispo-nveis em diferentes situaes, para cons-truir argumentao consistente;
V. recorrer aos conhecimentos desenvolvi-dos na escola para elaborao de propos-tas de interveno solidria na realidade,respeitando os valores humanos e consi-derando a diversidade sociocultural.
Alm dessas, nos quadros-resumo de cadaSituao de Aprendizagem proposta so de-talhadas as habilidades especficas que sepretende desenvolver na relao com os con-tedos priorizados.
Os textos estudados neste volume podemser trabalhados por meio de Situaes deAprendizagem que visam ao saber fazer,nas quais os alunos recorram a seus esquemas
de conhecimento para resolver situaes-pro-blema.
Metodologias e estratgias
Para tanto, enfatizamos a anlise cartogr-fica comparada, a pesquisa e a sistematizaode informaes, a elaborao de pequenas bio-grafias e a confeco de uma pgina de jornal.
Todas as Situaes de Aprendizagem esto
acompanhadas da identificao dos principaisconceitos trabalhados, das competncias e ha-bilidades priorizadas, das estratgias e dos re-cursos que podem ser utilizados, alm de umroteiro para a sua aplicao e de grades de ava-liao.
aDocumento bsico do Enem. Fonte: . Acesso em: 31 jul. 2013. Ascompetncias bsicas da rea enunciadas na Matriz de Referncias para o Enem 2009 encontram-se disponveis em: . Acesso em: 17 maio 2013.
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Histria 8 srie/9 ano Volume 1
Os temas estudados neste volume podemser trabalhados por meio de Situaes deAprendizagem que enfatizam a resoluo desituaes-problema.
Privilegiamos a anlise de documentoshistoriogrficos escritos e iconogrficos. Paratanto, enfatizamos as habilidades que os alu-nos devero aprimorar nesse tipo de anlise:leitura, interpretao, observao, descrio,compreenso, sntese, associao, classifica-o, comparao, organizao, caracterizao,estabelecimento de relaes e concluso. Almdisso, deve ser considerado o contexto scio--histrico de produo dos textos e imagens,pois, inevitavelmente, eles carregam consigo asmarcas de seu produtor e de seu tempo, na me-dida em que so um recorte de um momentosingular e retratam as condies sociais, cul-turais, ideolgicas e econmicas que caracteri-zam quem os produziu.
A produo de textos tambm ser privile-giada, criando situaes de escrita orientadascom base em diferentes parmetros e desafios.
Avaliao
As propostas de avaliao, alm da correodo contedo, oferece um diagnstico amplo doprocesso de ensino-aprendizagem e um estmuloaos alunos para que, eles prprios, possam ana-lisar seu desempenho. A avaliao s se revestede significado se ela for capaz de proporcionaro aprimoramento das atividades pedaggicas,tanto por parte do professor quanto do aluno,devendo ser um momento de reflexo para am-bos e fazer parte do prprio processo de apren-dizagem.
Para auxili-lo na avaliao das Situaes deAprendizagem, as questes sugeridas, em suamaioria, esto inseridas na seo Voc Apren-deu? no Caderno do Aluno e voc poder utiliz--las para avaliar o processo de aprendizagem dosalunos, solicitando que respondam as questesem folha avulsa, justificando as alternativas es-colhidas, quando for o caso. Lembramos que asua experincia e conhecimento da sala e escolaonde atua fundamental para estabelecer seuscritrios e estratgias.
Bom trabalho!
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Esta Situao de Aprendizagem tem comoobjetivo compreender a histria da ocupaoe explorao europeias no continente africano,antes e depois da Conferncia de Berlim de 1885.
Com ela, voc pode buscar, principalmen-te, encaminhar as reflexes dos alunos para apercepo das relaes passado-presente e daspermanncias e rupturas na dinmica do pro-cesso histrico, e contribuir para que eles com-preendam o Imperialismo como componentedo processo de construo das desigualdadessocioeconmicas entre o mundo das potn-cias capitalistas e o mundo dos pases pobres.O objetivo ser atingido se eles conseguiremperceber a relao entre a expanso do capi-talismo e as diferentes formas de dominaoestabelecidas pelas potncias europeias, princi-palmente, nos continentes africano e asitico.
A Situao de Aprendizagem visa a incenti-var a prtica da leitura e anlise de mapas, fon-tes de informaes e dados; seus alunos podemperceber que os mapas so suportes documen-
tais diferenciados. Alm disso, os alunos vopoder construir uma argumentao consis-tente, fundamentada nas concluses obtidas.A leitura cartogrfica pode ser realizada an-tes das aulas sobre o Imperialismo, para quea observao e anlise dos mapas sejam partedo processo da construo do conceito.
Antes de abordar o tema Imperialismo, vocj deve ter caracterizado o processo de Revolu-o Industrial em suas mltiplas ocorrncias.Depois, sero abordados os conceitos funda-mentais relativos ao tema, como: Segunda Re-voluo Industrial, Capitalismo Monopolistae darwinismo social, enquanto elementos quepodem explicar o processo de apropriao doterritrio africano, observado nos mapas.
importante, durante a realizao desta
Situao de Aprendizagem, que o continenteno seja apresentado como um todo homog-neo. Para que isto no ocorra, valorize a diver-sidade de povos, lnguas e culturas. Se possvel,apresente tambm um mapa que revele isso.
SITUAO DE APRENDIZAGEM 1IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SCULO XIX
Contedos e temas: Segunda Revoluo Industrial; Imperialismo, Neocolonialismo; Capitalismo Finan-ceiro, Capitalismo Monopolista; Darwinismo Social; Conferncia de Berlim.
Competncias e habilidades: desenvolver a capacidade de leitura cartogrfica (anlise de mapas); de sis-tematizao (seleo, organizao e anlise de dados) e da exposio escrita.
Sugesto de estratgias:a anlise dos mapas e a sistematizao das informaes obtidas.
Sugesto de recursos:sero necessrios dois mapas para a anlise: o primeiro sobre as possesses euro-peias na frica at a metade do sculo XIX e o segundo sobre a colonizao da frica aps a Confe-rncia de Berlim.
Sugesto de avaliao:verificar a apreenso e sntese de conceitos e contedos pertinentes ao Imperialis-mo e a comparao e anlise de mapas.
SITUAES DE APRENDIZAGEM
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Histria 8 srie/9 ano Volume 1
Sondagem e sensibilizao
Figura 1 frica Poltico. IBGE. Atlas geogrfico escolar. 6. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2012. p. 45. Mapaoriginal. Adaptado (supresso de escala numrica).
frica Poltico
r ca - o co
Regiode Abyei
Saint-Louis
Ndola
Ki tue
Mbuj i May i
Cano
Omdurman
El Obeid
Kassala
Dese
Merka
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Asy ut
Ghardaia
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Lagos
Luder i tz
Bukavu
Cananga
KisanganiMbale
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Juba
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Muanza
DODOMA
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Caolak
Berbera
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Tombouctou
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Mar rakech
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Bi lma
Bouak
Nacuru
Mombassa
Bangas iM isurata
Sebha
Fianarantsoa
Blantyre
Kankan
Gondar
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Tamale
El -GizaSuez
As eb
Parakou
BoboDioulasso
Bambar i
Ab ec h
Moundou
As sua n
El Aain
Liv ingstone
BatnaOran
Tanger
Constant ina
Tamanrasset
Pointe-Noi re
D i redaua
Cumasi
Cabinda(Angola) Zanzibar
Ceuta(Esp)
Ogbomosho
Buchanan
Geroua
Malabo(GUIN EQUAT.)
HuamboBenguelaLobito
SafiCasablanca
WalvisBay
Johanesburgo
Lubumbashi
Matadi
Bulawayo
Alexandria
Ibad
Durban
Duala
Bata
Kindia
Dacar
Freetown
Bloemfontein(cap. jurdica)
Pretria
Cartum
Mbabane
Lom
CampalaSo Tom
Monrvia
Rabat
Maputo
Cairo
Banjul
Acra
Conacri
Bissau
Abidja
n
Kinshasa
Lusaca
Harare
Argel
Gaborone
Bangui
Brazaville
Mogadscio
Cidade do Cabo
(cap. legislativa)
Dar Es Salaam
Tnis
Quigali
Nouakchott
Windhoek
Niamei
Abuja
Maseru
Trpole
Antananarivo
Lilongue
Bamako
Nairbi
Port
oNovo
Ouagadougou
Bujumbura
Iaund
NdjamenaDjibuti
Asmara
Adis Abeba
Libreville
Luanda
Moroni
Vitria
QUNIA
ETIPIA
ERITRIA
S U D O
S U D OD O
S U L
EGITO
NGERMAURITNIA
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NIGRIASOMLIA
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CHADE
FRICADO SUL
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MADAGASCAR
MOAMBIQUE
BOTSUANA
ZMBIA
GABO
REP.CENTRO-AFRICANA
TUNSIA
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SUAZILNDIA
LESOTO
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RUANDA
TOGO
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GANACOSTA DOMARFIMLIBRIA
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CAMARES
ZIMBBUE
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(Zaire)
GUIN EQUAT.
SAARAOCIDENTAL(ESP e MAR)
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GUIN
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SO TOME PRNCIPE
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30 N
10 S
20 S
30 S
010 O 10 E 20 E 30 E 40 E 50 E
GREENWICH
EQUADOR
TRPICO DE CAPRICRNIO
TRPICO DE CNCER
Capital de pas
Cidade principal
fronteirainternacional
ferrovia
rodovia
rio
Praia
CABO VERDE
O C E A N O
A T L N T I C O
Cumasi
Parakou
Bobo Dioulasso
Tamba
Tamale
Kankan
Bouak
Korhogo
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Gao
Kayes
Tambacounda
Sokode
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PortoNovo
Ouagadougou
Bamako Niamei
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Conacri
Abidjan
Monrvia
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SENEGAL
GUINBISSAU
MALI
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NGER
MAURITNIA
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N
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Lago Volta
05 O10 O
5 N
10 N
15 N0 430 km
PROJEO CILNDRICAEQUIDISTANTE MERIDIANA
215
1
2
12
Cabo VerdePases da frica
2
Nota: A situao poltica da regio de Abyei, entre o Sudo e Sudo do Sul, ainda no est determinada.
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Na proposio da Situao de Aprendiza-gem desejvel que voc busque e valorize, pormeio de questes muito simples, aqueles co-nhecimentos prvios que os alunos detm so-bre o tema. Com o auxlio de um mapa-mndi,ou de um mapa do continente africano, loca-lize os pases citados nas perguntas a seguir,que esto presentes no Caderno do Aluno, noincio da Situao de Aprendizagem.
1. Quais so suas primeiras ideias quandovoc ouve falar no continente africano? muito importante, nesta discusso, que voc se preocupe
em problematizar as ideias dos alunos sobre o continente
africano, de modo que ele no seja apresentado como um
todo homogneo, mas que seja valorizada a diversidade de
povos, lnguas e culturas.
2. Voc sabe qual idioma falado em Angolae em Moambique?Portugus, o idioma do pas que colonizou a regio a partir
do sculo XVI.
3. Na frica do Sul, uma das lnguas oficiais o ingls, outra o zulu. Por qu?Alm das lnguas das populaes nativas, como o zulu, tam-
bm so utilizados o idioma dos colonizadores ingleses e o
dos beres, o africnder, de origem holandesa.
4. No Senegal, alm das lnguas nativas,como o ulofe, fala-se o francs, que oidioma oficial. Por qu?Porque houve colonizao francesa no Senegal.
5. Procure lembrar-se ou pesquise uma not-cia recente sobre algum pas africano e re-gistre no espao a seguir.D relevo s notcias que evidenciam a riqueza e a diversidadecultural da frica, evitando que as discusses abordem apenas
os problemas encontrados em diferentes pases desse con-
tinente, como pobreza, instabilidade poltica e guerras civis.
As perguntas e as respostas devem servircomo motivadoras para suscitar a curiosida-de dos alunos. Permita que eles se expressem,inclusive propondo questes pertinentes ao
tema, para as quais eles, eventualmente, notenham respostas.
1
a
etapaAps a Sondagem e sensibilizao, apre-
sente a proposta de trabalho aos alunos.
A primeira etapa sucede a Sondagem e sen-sibilizao. Voc partiu dos conhecimentos ouideias que os alunos tm sobre a frica atual.Agora, sugerimos que voc apresente classedois mapas do continente, dos sculos XIX eXX. Seu estudo colabora no entendimento dapartilha e da Primeira Grande Guerra.
Voc deve incentivar a observao para umaleitura cartogrfica eficiente. Ajude-os a verifi-car a posio do continente africano em rela-o Europa e sia, identifique com eles osmares e oceanos que banham as terras africa-nas e solicite que indiquem onde est posicio-nado o continente americano, que no aparecenos mapas. Indague eles onde ficam a costaoriental e a ocidental, a poro meridional ea setentrional da frica. Se possvel, propo-
nha que esta primeira anlise seja feita como professor de Geografia, que tambm podecomparar esses mapas com o mapa fsico docontinente africano e com o atual mapa polti-co, se for pertinente em relao a seus objetivos.
Para a anlise comparativa dos mapashistricos, a seguir, tambm inseridos no Ca-derno do Aluno, voc poder propor uma dis-cusso com toda a classe.
Favorea a participao de todos os alunospropondo questes coletivas, mas individual-mente tambm, para conseguir a participaodaqueles que tm maior dificuldade em se ex-por; solicite que esses alunos expliquem, com-pletem ou mesmo corrijam o que outro afirmou.
Depois de estabelecidas as conclu-ses oralmente, solicite que os alu-
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Histria 8 srie/9 ano Volume 1
Mapa 1 A ocupao da frica por volta de 1830
Figura 2 Mapa 1 A ocupao da frica por volta de 1830. HERNANDEZ, Leila MariaGonalves Leite. A frica na sala de aula: visita histria contempornea. 2. ed. rev. So Paulo: SeloNegro, 2008. p. 52. Mapa original (sem escala; sem orientao de norte geogrfico; mantida a grafia).
nos registrem suas concluses na seoLeitura e anlise de mapas, no Caderno doAluno. Indique eles que as respostas devem
ser redigidas completas, ou seja, retomem aproposio na resposta, como um pequenotexto explicativo.
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Mapa 2 frica em 1902
Figura 3 Mapa 2 frica em 1902. HERNANDEZ, Leila Maria Gonalves Leite. A frica nasala de aula: visita histria contempornea. 2. ed. rev. So Paulo: Selo Negro, 2008. p. 68. Mapaoriginal (sem escala; sem orientao de norte geogrfico; mantida a grafia).
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Histria 8 srie/9 ano Volume 1
1. Qual o ttulo de cada um dos mapas?Mapa 1: A ocupao da frica por volta de 1830
Mapa 2: frica em 1902
2. A qual sculo cada um dos mapas histri-cos se refere?Mapa 1: refere-se primeira metade do sculo XIX, quando
lentamente a Inglaterra iniciou a criao de colnias da Co-
roa, seguida pela Frana.
Mapa 2: refere-se ao incio do sculo XX, momento de va-
lorizao do continente africano pela extrao de ouro e
diamante; a ocupao tornou-se intensiva, iniciando a colo-
nizao moderna de explorao (Neocolonialismo).
3. Que informaes podemos obter com aanlise das legendas?Mapa 1: a legenda indica possesses de pases europeus so-
bre reas do continente africano.
Mapa 2: a legenda indica a partilha do continente africano
entre potncias europeias e a existncia de poucos territrios
independentes.
4. No prprio mapa, existem smbolos ou no-mes que tambm trazem informaes so-bre a presena europeia? Quais so?Mapa 1: sim, no mapa h nomes, legendas e convenes que
identificam as regies ocupadas.
Mapa 2: sim, no mapa h os nomes, legendas e convenes
das colnias europeias na frica.
5. Que mudanas voc pode observar entre osdois mapas?A mudana mais evidente est no fato de que, por volta de
1830, os pases europeus concentravam suas possesses nas
faixas costeiras da frica, enquanto, no incio do sculo XX,
praticamente todo o continente j havia sido partilhado en-
tre os pases europeus. Como se pode ver no segundo mapa,
alm de Inglaterra, Frana, Espanha e Portugal, tambm aItlia, a Alemanha e a Blgica apoderaram-se de territrios
na frica.
6. Comparando os dois mapas, que perma-nncias voc pode observar?Percebe-se, nos dois mapas, o interesse europeu na explora-
o do territrio africano.
2aetapa
Voc pode propor uma pesquisa sobre os ob-jetivos gerais da Conferncia de Berlim, de 1885.Comece explicando que os pases retardatrios naindustrializao, como Alemanha e Itlia, que-riam assegurar sua fatia no territrio africano.Ajude os alunos a localizar a Ata da confernciae nela os artigos que expressem esse objetivo.
Avaliao da Situao deAprendizagem
O resultado da avaliao deve ser umdiagnstico completo do processo de ensino--aprendizagem e um estmulo aos alunos paraque eles possam analisar o prprio desempe-nho. A avaliao s se reveste de significado seela for capaz de proporcionar o aprimoramen-to das atividades pedaggicas, tanto por par-te do professor quanto do aluno, devendo serum momento de reflexo para ambos e fazerparte do prprio processo de aprendizagem.
Com base em suas observaes, voc podeverificar:
1. O aluno desenvolveu satisfatoriamente a ha-bilidade de comparar e analisar os mapas?
2. A elaborao das respostas contemplouaspectos fundamentais do tema e seus con-ceitos, retratando as discusses realizadascoletivamente?
3. As respostas indicam que a habilidade desntese foi desenvolvida?
4. O movimento metodolgico proposto anlise de permanncias e rupturas foicompreendido e registrado nas respostas?
Para responder a essas questes, voc podeelaborar uma planilha, contendo seus concei-tos de avaliao.
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Proposta de questes para avaliao
As questes a seguir esto na seoVoc aprendeu? do Caderno doAluno.
1. O poeta britnico Rudyard Kipling, em1899, publicou um poema intitulado O
fardo do homem branco, sobre a con-quista dos Estados Unidos da Amricasobre as Filipinas. Apesar de seu poemaalertar para os perigos e os custos envol-vidos na ao de conquista, tornava-a,ao mesmo tempo, um nobre empreendi-mento, sob o ponto de vista da missocivilizatria da raa branca. Leia a suaprimeira estrofe:
2. Leia o artigo a seguir, que faz parte da AtaGeral da Conferncia de Berlim, de 27 de fe-vereiro de 1885.
Captulo II Declarao relativa ao trfi-co de escravos
Artigo 9. Em conformidade com osdireitos dos indivduos, tais como so re-conhecidos pelas potncias signatrias,sendo proibido o trfico de escravos edevendo as operaes que, na terra ouno mar, forneam escravos para o trficoser igualmente consideradas proibidas,as potncias que exercem ou exercerodireitos de soberania, ou uma influncianos territrios que formam a bacia con-vencional do Congo, declaram que essesterritrios no podero servir nem comomercado nem como via de trnsito parao trfico de escravos, de qualquer raa.Cada uma dessas potncias se compro-mete a empregar todos os meios em seupoder para colocar um termo a esse co-mrcio e punir seus responsveis.
Ata Geral da Conferncia de Berlim de 1885.
Disponvel em: . Acesso em: 20 maio 2013.
Traduo Clia Gambini.
O fardo do homem branco
Tomai o fardo do Homem BrancoEnvia o melhor da tua raaVo, obriguem seus filhos ao exlioPara servirem s necessidades dos seus cativosPara esperar, com pesados arreios,
Com agitadores e selvagensSeus recm-cativos povos entristecidos,Metade demnio, metade criana.
KIPLING, Rudyard. The white mans burden.
Disponvel em: .
Acesso em: 20 maio 2013. Traduo Eloisa Pires.
Conforme o que voc j estudou sobre o
Imperialismo, no que consistia a missocivilizatria da raa branca?Espera-se que os alunos respondam que, por se considera-
rem superiores, os europeus e os estadunidenses entendiam
que era sua misso civilizar povos que eles consideravam
biolgica e culturalmente inferiores, como os africanos e os
asiticos. Esse foi o pretexto usado para estender seu domnio
econmico e poltico por todo o mundo.
Segundoesse artigo, qual foi a posio daspotncias que participaram da Confernciade Berlim no que se refere escravido? Oque poderia explicar esse posicionamento?Os alunos provavelmente vo perceber que o artigo 9 daConferncia de Berlim defende o fim do trfico negreiro,
especificamente com base no princpio dos direitos dos in-
divduos. Contudo, de acordo com os estudos j realizados
sobre o Imperialismo, importante que eles reconheam
o interesse das potncias na manuteno da mo de obra
africana no prprio continente, no qual, por meio das prti-
cas neocolonialistas, eles estavam estabelecendo negcios.
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3. As afirmaes a seguir so referentes aoImperialismo. Leia-as e assinale a alterna-tiva correta.
I. A necessidade de novos mercados con-sumidores para seus produtos levou aspotncias industrializadas expansoimperialista, durante o sculo XIX.
II. A expanso imperialista do sculoXIX ocorreu, basicamente, em virtudedo esgotamento das minas de metaispreciosos na Europa.
III. As potncias industrializadas necessita-vam de novas reas nas quais pudessemaplicar o capital excedente gerado pela ex-panso capitalista, durante o sculo XIX.
Esto corretas:
a) todas as afirmaes.
b) apenas I e II.
c) apenas I e III.
d) apenas II e III.
e) nenhuma das afirmaes correta.O aluno deve ser capaz de discernir, entre as proposies,
aquelas que definem algumas das causas para a ocorrncia da
expanso imperialista, no sculo XIX, e do Neocolonialismo.
4. Cecil John Rhodes (1853-1902) foi um ingls,homem de negcios e o fundador da Rod-sia, atuais Zimbbue, Zmbia e Malau, na
frica. Ele sonhava construir uma estradade ferro que faria a ligao entre o Cairo, noEgito, e a Cidade do Cabo, na frica do Sul.A ele so atribudas as seguintes frases:
O mundo j est totalmente loteado, e o pe-dao que sobrou est sendo dividido, conquista-
do e colonizado. [...] Eu conquistaria os planetas,se pudesse; sempre penso nisso. Entristece-mev-los to claros e ainda to distantes.
Cecil Rhodes. Apud: The Last Will and Testament of Cecil
John Rhodes. Organizado por W.T. Stead, London Review
of Reviews Office 1902. Disponvel em: . Acesso em: 18 jul. 2013.
Traduo Eloisa Pires.
Segundo suas ideias, e observando-se o pe-rodo no qual Rhodes viveu, pode-se dizerque ele:
a) foi um dos pioneiros na corrida espa-cial inglesa.
b) foi um dos lderes da resistncia africa-na ao capitalismo ingls.
c) foi um dos missionrios protestantes nocontinente africano.
d) foi um dos agentes do Imperialismo in-
gls no continente africano.
e) foi um dos crticos do Imperialismo in-gls no continente africano.
O aluno deve ser capaz de perceber, por meio de informa-
es da proposio, que o ingls Cecil Rhodes participou do
processo de expanso imperialista durante o sculo XIX.
Proposta de Situao deRecuperao
Depois da realizao das atividades regulares aulas, exerccios, a atividade proposta neste Ca-derno e a avaliao , voc poder identificar en-tre seus alunos alguns que no tenham alcanadoseus objetivos, tanto no que concerne apreen-so dos contedos quanto no desenvolvimentodas habilidades e competncias contempladas.
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Nesse caso, podemos utilizar diferentes es-tratgias para obter resultados que indiquemprogresso no processo de ensino-aprendiza-gem, inclusive para esses alunos que apresen-tam maiores dificuldades.
A compreenso do tema Imperialismo essencial para a continuao dos estudos his-tricos, pois pr-requisito para outros temas,como a Primeira Guerra Mundial e o proces-so de descolonizao.
O mais importante que o aluno consi-ga identificar as relaes entre a SegundaRevoluo Industrial e o processo de Im-perialismo na sia, na frica e na AmricaLatina, o que resultou em um dos focos detenses que conduziu Primeira GuerraMundial.
Em relao s habilidades e competncias, recomendvel que voc consiga identificaras dificuldades e os progressos de seus alunosindividualmente, cada qual realizando suasconquistas, a partir do prprio estgio antesdo incio da atividade, pois evidente que ha-
ver outros temas para o aperfeioamento detodas elas.
Proposta 1
Uma possibilidade para a retomada doscontedos referentes ao tema Imperialismo a elaborao de um quadro comparativo entreo Colonialismo da Idade Moderna e o Neoco-lonialismo da Idade Contempornea.
Voc pode definir itens de comparao,como: perodo, reas colonizadas, pases co-lonizadores e causas da colonizao. O qua-dro comparativo pode ser o seu instrumentode avaliao, pois organiza as informaes efavorece a verificao da apreenso do con-tedo conceitual.
Proposta 2
Uma pesquisa sobre os diversosmovimentos de resistncia organi-zados pelos povos que sofreram a
ao imperialista das potncias industriais outra possibilidade que pode favorecer o pro-cesso de recuperao; voc pode optar pelaproduo individual ou, eventualmente, emdupla, a atividade tambm est proposta naseo Lio de casa, no Caderno do Aluno.Nessa pesquisa devem constar: o nome, adata, o local, as causas, a liderana, os princi-pais acontecimentos e o desfecho da revolta.
Os movimentos revoltosos podem ser: AGuerra do pio, a Revolta dos Cipaios, a Re-volta dos Boxers e as Guerras dos Bers, con-forme a indicao presente na seo Lio decasa, no Caderno do Aluno.
A pesquisa poder ser o seu instrumentode avaliao da recuperao, porque, alm deverificar a apreenso do contedo e a constru-o e a aplicao dos conceitos relativos aotema Imperialismo, as capacidades de selecio-
nar, organizar e relacionar informaes tam-bm podero ser avaliadas na construo deuma argumentao consistente.
Guerra do pio (1839-1842) Mercadores ingleses vendiam
aos chineses o pio (entorpecente extrado da papoula), culti-
vado na ndia. Esse comrcio foi proibido pelo governo chins,
que passou a combater o trfico energicamente, mas essa proi-
bio feria os interesses comerciais ingleses. O assassinato de
um chins por marinheiros ingleses embriagados fez com que
o comissrio imperial de Canto ordenasse a expulso de todos
os ingleses da cidade; em resposta, em 1839, Canto foi bom-
bardeada pelos ingleses e isso deu incio guerra; militarmentemenos preparados, os chineses foram definitivamente derro-
tados em 1842, quando assinaram o Tratado de Nanquim, que
provocou a abertura de cinco portos chineses ao comrcio
ingls. A China ainda pagou indenizaes e cedeu Inglaterra
a ilha de Hong Kong, que ficou sob o domnio ingls at 30 de
junho de 1997, e voltou a ser chinesa a partir de 1ode julho.
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Revolta dos Cipaios (1857-1858) Rebelio ocorrida na n-
dia, iniciada por soldados nacionalistas hindus. Eles deseja-
vam encerrar a dominao britnica no pas e chegaram a
assumir o controle da cidade de Dlhi. O Exrcito britnico,
valendo-se de canhes e metralhadoras, conseguiu sufocar
a revolta e as autoridades britnicas passaram a exercer do-
mnio direto da Coroa britnica sobre o governo indiano e
impuseram vrias reformas administrativas.
Revolta dos Boxers (1899-1900) Movimento popular ocor-
rido na China, liderado pela sociedade secreta dos Punhos
Harmoniosos e Justiceiros, que se opunha presena es-
trangeira no pas. Os boxers destruram linhas telefnicas e
vias frreas e tambm atacaram misses crists e estabeleci-
mentos estrangeiros; isso provocou a morte de cerca de 230
estrangeiros e milhares de chineses cristos. Foi organizada
uma fora internacional composta de soldados russos, esta-
dunidenses, britnicos, franceses, japoneses e alemes que
assumiu o controle do pas. O governo imperial aceitou pagar
indenizaes de guerra, liquidar as sociedades secretas, exe-
cutar os principais lderes rebeldes e foi proibido de importar
armas, o que levou ao aumento da interferncia estrangeira
na China e diminuio da autoridade da dinastia Qing.
Guerra dos Bers (1899-1902) Conflito entre descendentes
de primeiros colonizadores, holandeses principalmente, e
neocolonizadores ingleses, que disputavam no Sul do con-
tinente africano territrios ricos em ouro e diamantes. Fa-
zendas dos bers foram destrudas, milhares de civis foram
deslocados pelas foras inglesas para campos de prisioneiros.
Terminou com a assinatura de um tratado que determinou o
pagamento de indenizaes pela Inglaterra.
Recursos para ampliar a perspectivado professor e do aluno para acompreenso do tema
Livros
BRUIT, Hctor H. O Imperialismo. 2. ed.So Paulo: Atual, 2013. (Discutindo a His-tria). O autor realiza um estudo sobre comose deu a partilha da frica e da sia pelaspotncias europeias e sobre a independnciadas naes latino-americanas no contextodo Imperialismo.
CATANI, Afrnio M. O que Imperialismo?9. ed. So Paulo: Brasiliense, 2004. (PrimeirosPassos). Sntese dos aspectos essenciais doprocesso imperialista, a partir da anlise deobras clssicas sobre o tema.
CONRAD, Joseph. O corao das trevas.Porto Alegre: L&PM, 1997. (Pocket L&PM).Obra literria publicada em 1902, narra a his-tria de um europeu que viveu no Congo.
FERRO, Marc. Histria das colonizaes: dasconquistas s independncias. Sculo XIII aXX. So Paulo: Companhia das Letras, 2006.Ensaio abrangente sobre os processos colo-niais nas Idades Moderna e Contempornea.
HERNANDEZ, Leila M. G. L. Africa nasala de aula: visita histria contempornea.2. ed. So Paulo: Selo Negro, 2008. Anlisede questes relativas ao ensino de Histria dafrica nas escolas brasileiras.
MESGRAVIS, Laima. A colonizao dafrica e da sia:a expanso do Imperialismoeuropeu no sculo XIX. So Paulo: Atual,
1994. (Histria Geral em Documentos). Pormeio de documentos, como dirios de mis-sionrios, fotos, tratados e cartas, a autorarealiza um panorama da ocupao da fricae da sia pelas potncias europeias no sculoXIX.
Sites
Educaterra. Disponvel em: . Acesso em: 20 maio 2013. Resumo di-dtico sobre o interesse europeu na China.
Eduquenet. Disponvel em: . Aces-so em: 20 maio 2013. Site com informaessobre o Imperialismo na sia.
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Filmes
A Guerra do pio (Yapian zhanzheng). Dire-o: Xie Jin. China, 1997. 153 min. 14 anos.Relata a histria deste evento, mostrando asuperioridade tecnolgica inglesa como umimportante fator para a derrota chinesa.
Entre dois amores (Out of Africa). Direo:Sydney Pollack. EUA, 1985. 160 min. Sem classi-ficao etria. Histria ambientada nos anos de1920, sobre europeus que foram viver no Congo.
Montanhas da Lua(Mountains of the Moon).Direo: Bob Rafelson. EUA, 1990. 136 min.Sem classificao etria. Conta a histria deexploradores em busca da nascente do RioNilo, na frica.
Passagem para ndia(A passage to India). Di-reo: David Lean. Inglaterra, 1984. 164 min.Livre. Relata o choque de culturas entre ingle-ses e indianos na poca do Neocolonialismo.
SITUAO DE APRENDIZAGEM 2A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
Esta Situao de Aprendizagem visa rea-lizao de uma pesquisa sobre os avanos tec-nolgicos da indstria blica antes e durantea Grande Guerra, alm da elaborao de umgrfico que representa as perdas humanas dealgumas das principais potncias envolvidasno conflito. Assim, no se trata de fazer ape-nas um elogio ao desenvolvimento tecnolgi-
co, mas sim de conduzir os alunos reflexode que esse conhecimento foi aplicado desres-peitando valores fundamentais para a huma-nidade, como a prpria vida.
Todos os pases envolvidos na PrimeiraGuerra Mundial utilizaram aparatos blicos querefletiam o grande salto tecnolgico resultanteda Segunda Revoluo Industrial. Meios de co-municao e de transporte, carros de combate,artilharia pesada, explosivos e armas qumicas
foram criados ou aperfeioados com o objetivode matar o inimigo e produziram algo entre 15 e20 milhes de mortos, em quatro anos de guerra.
Com esta Situao de Aprendizagem, vocpode buscar, principalmente, encaminhar asreflexes dos alunos para a percepo das re-laes passado-presente e das permannciase rupturas na dinmica do processo histri-
co, bem como contribuir para que eles com-preendam a importncia da Primeira GrandeGuerra como o evento que, segundo muitoshistoriadores, inaugurou o sculo XX e foi ame de todas as guerras posteriores.
A Situao de Aprendizagem tambm visaa incentivar a prtica do trabalho em grupo, a
realizao de pesquisa em fontes diversas, a siste-matizao de informaes, dados e conceitos e aelaborao de um grfico a partir de uma tabela.
Durante as aulas sobre a Primeira GuerraMundial, voc j deve ter abordado conceitosfundamentais referentes ao conflito, como: pazarmada, Imperialismo, nacionalismo, polticade alianas, guerra de trincheiras, guerra de ex-termnio e Tratado de Versalhes. Assim, para arealizao da atividade, deve ser assegurado que
os alunos j conheam os conceitos relativos Primeira Grande Guerra e sejam capazes deidentificar os elementos que compem suas cau-sas, caractersticas e consequncias.
Alm disso, importante que os alunos con-sigam articular a Primeira Guerra Mundial aocontexto da Segunda Revoluo Industrial, aoCapitalismo Monopolista e ao Imperialismo.
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Contedos e temas: paz armada; corrida armamentista; guerra de trincheiras; guerra de extermnio;revoluo tecno-cientfica e indstria blica.
Competncias e habilidades: trabalhar em equipe (posturas de colaborao, de solidariedade, de tolern-cia e de respeito a si prprios e aos outros); pesquisar (a autonomia na busca de dados e informaespertinentes ao tema definido e contato com diferentes fontes de informaes); sistematizar (desenvolvi-mento da capacidade de leitura, seleo, organizao, anlise e esquematizao de dados e elaboraode grficos).
Sugesto de estratgias: aulas expositivas, trabalho em grupo, realizao da pesquisa, elaborao decartaz e de grfico, coleta e sistematizao das informaes.
Sugesto de recursos: enciclopdias, almanaques e livros didticos e paradidticos, mdias eletrnicas erevistas voltadas para os temas histricos. Materiais como cartolina e canetas coloridas ou lpis de cor.
Sugesto de avaliao: considerar o processo de pesquisa e os produtos finais como o grfico e o cartaz.
Sondagem e sensibilizao
Para dar incio Situao de Aprendiza-gem, voc pode conversar com seus alunossobre o tema guerra. Para tanto, informea seus alunos que aqueles que viveram du-rante a Primeira Guerra Mundial ouviramo sloganuma guerra para acabar com to-das as guerras, dito pelo ento presidente
dos Estados Unidos da Amrica, WoodrowWilson.
Artigo 1
Os propsitos das Naes Unidas so:1. Manter a paz e a segurana internacionais e, para esse fim: tomar, coletivamente, medidas efeti-
vas para evitar ameaas paz e reprimir os atos de agresso ou outra qualquer ruptura da paz e chegar,por meios pacficos e de conformidade com os princpios da justia e do direito internacional, a umajuste ou soluo das controvrsias ou situaes que possam levar a uma perturbao da paz;
2. Desenvolver relaes amistosas entre as naes, baseadas no respeito ao princpio de igualdade
de direitos e de autodeterminao dos povos, e tomar outras medidas apropriadas ao fortalecimentoda paz universal;
3. Conseguir uma cooperao internacional para resolver os problemas internacionais de cartereconmico, social, cultural ou humanitrio, e para promover e estimular o respeito aos direitos huma-nos e s liberdades fundamentais para todos, sem distino de raa, sexo, lngua ou religio; e
4. Ser um centro destinado a harmonizar a ao das naes para a consecuo desses objetivos comuns.
Unicrio. Disponvel em: . Acesso em: 26 ago. 2013.
Aps 21 anos do trmino da Grande Guer-ra, em 1939, estourava a Segunda GuerraMundial, e o ento primeiro-ministro inglsWinston Churchill disse: Essa guerra , defato, uma continuao da anterior.
Em 26 de junho de 1945, no final da Segun-da Guerra Mundial, a Carta da Organizaodas Naes Unidas foi assinada por 50 pases;
hoje eles somam mais de 190. Leia para seusalunos o primeiro artigo da Carta:
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Voc pode suscitar o debate a partirdo texto, das imagens e das questes aseguir, tambm inseridos no Caderno
do Aluno, na seo Leitura e anlise de textos.
1. O presidente dos EUA, Woodrow Wilson,acertou na sua previso?No, pois, passados 21 anos do fim da Primeira Guerra, co-
meou a Segunda Guerra Mundial.
2. O primeiro-ministro ingls, Winston Chur-chill, teve razo ao associar a SegundaGuerra Primeira? Por qu?Sim, pois h causas para a Segunda Guerra que remetem Pri-
meira Guerra. O Tratado de Versalhes, imposto pelos vencedo-
res da Primeira Guerra Mundial, responsabilizou a Alemanha e
os seus Aliados pela guerra e pode ser visto como uma causa in-
direta para o incio da Segunda Guerra Mundial, na medida em
que obrigou a Alemanha ao pagamento de 132 bilhes de mar-
cos, o que reverberou na inflao e fomentou o sentimento de
humilhao nos cidados alemes. A busca pela recuperao
da economia e o sentimento de revanche por causa das humi-
lhaes da derrota levaram pretenso de expanso territorial e
econmica para tornar-se uma grande potncia mundial.
3. Os pases signatrios da Carta da ONU es-
to conseguindo cumprir seus propsitosde manter a paz e a segurana internacio-nais? Explique.No h uma situao de guerra generalizada, mas conflitos
locais que no permitem afirmar que a paz e a segurana
internacionais estejam sendo plenamente mantidas.
4. O fato de no ter ocorrido uma TerceiraGuerra Mundial significa que o mundoest em paz? Justifique.Com o fim da Guerra Fria e a desintegrao da Unio So-
vitica, multiplicam-se os conflitos internos ou regionaisdesde a ltima dcada do sculo XX: questes tnicas e re-
ligiosas, guerras civis no continente africano, interveno
militar estadunidense em zonas de conflitos, a questo pa-
lestina, a ameaa de guerra nuclear entre as duas Coreias,
entre outros.
Depois de ouvidas as ideias dos alunos, expli-cite que seu objetivo, com a Situao de Apren-dizagem, compreender que a Primeira Guerrateve no desenvolvimento tecnolgico uma desuas principais caractersticas e que, justamentepor isso, a humanidade aumentou consideravel-mente seu potencial de matar, o que provocou,durante todo o sculo XX e mesmo nesta primei-ra dcada do sculo XXI, resultados funestos.
Note-se que grande parte da tecnologiautilizada na Grande Guerra foi aperfeioadae ainda utilizada atualmente; podemos con-siderar aquele o evento fundador da guerracontempornea, na qual a grande protagonis-ta a tecnologia.
Aps esta discusso inicial, apre-sente a proposta de trabalho aosalunos, inserida na seo Pesquisa
em grupo, no Caderno do Aluno, dividida em12 Temas e organizada em 4 Etapas:
1. Pesquisa sobre aparatos blicos;
2. Produo de grfico;
3. Produo do cartaz;
4. Concluses sobre o assunto, que podem serregistradas no Caderno do Aluno.
Lembre que os alunos dessa faixa etria soespecialmente curiosos em relao a inventose inventores, tecnologia blica e batalhas. EstaSituao de Aprendizagem visa a aproveitaresse interesse para a realizao de uma anlise
crtica sobre o desenvolvimento tecnolgico,seus aspectos positivos e negativos.
Voc pode realizar a diviso da classeem trios, segundo o critrio que considerarmais conveniente naquele momento.
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H algumas opes: permita que os alu-nos se agrupem de acordo com sua prpriavontade ou estabelea voc mesmo os gru-pos de trabalho, seja por meio de critriospreestabelecidos, como agrupar os alunoscom maior grau de dificuldade com aque-les que demonstram maior desenvoltura emrelao disciplina, para estimular a trocaentre eles, ou ainda por sorteio.
Contudo, o nmero de grupos, ou mesmode integrantes por grupo, vai depender dotamanho da classe. Se necessrio, repita ouaglutine os temas.
Escreva os temas a seguir na lousa e dis-tribua-os entre os grupos:
Tema 1: canho de longo alcance;Tema 2: morteiro;Tema 3: fuzil;Tema 4: metralhadora;Tema 5: tanque de guerra;Tema 6: submarino;Tema 7: encouraado ou couraado;
Tema 8: avio;Tema 9: balo dirigvel;Tema 10: gases txicos;Tema 11: granada de mo;Tema 12: lana-chamas.
1aetapa
Os grupos de trabalho devem realizara pesquisa sobre os aparatos blicos paraconseguir informaes, como: sua origem,
caractersticas de funcionamento, utilizaodurante a Primeira Guerra e, inclusive, pelomenos uma imagem para ilustrar o texto.Escreva essas questes na lousa para orien-tar o exerccio da objetividade e da sntesena pesquisa.
Voc deve incentivar a pesquisa em diferen-tes fontes de informaes, havendo algumasindicaes no item referente aos recursos paraampliar a perspectiva do professor e do alunopara a compreenso do tema; sugira algumasdas fontes listadas, mas insista que muito pro-veitoso que a partir de palavras-chave comoPrimeira Guerra Mundial, Grande Guerra, ar-mas na Primeira Guerra, armamentos na Pri-meira Guerra, tecnologia na Primeira Guerra,ou mesmo o nome de cada um dos armamen-tos, entre outros eles busquem, em bibliote-cas e na internet, outras fontes de pesquisa.Alerte-os que uma boa pesquisa pressupevariadas fontes e que os dados obtidos devemser conferidos entre si; muitas vezes, no se en-contram todos em uma nica fonte, por isso necessrio junt-los e organiz-los.
Alm disso, no deixe de mencionar que, ape-sar de a internet ser um poderoso instrumentopara a obteno de referncias sobre os mais va-riados temas, nem todos os sites so confiveis.Como agir ento? Indique que eles procuremsites de instituies como universidades, centrosde pesquisa e enciclopdias virtuais, tomando
sempre a precauo de confrontar as informa-es entre si e s utilizar aquelas sobre as quaisconseguirem a confirmao em mais de um local.
interessante orientar os alunos para queconsiderem que a pesquisa e a organizaodas informaes so tarefas comuns a todos,pois so habilidades fundamentais para o de-senvolvimento das principais competnciasrelativas Histria.
2aetapaAnalise com os alunos os dados do quadro
que vir a seguir e solicite que produzam umgrfico de barras, que tambm far parte docartaz:
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Nmero de mortos, em alguns pases na Primeira Guerra Mundial (1914-1918)
Alemanha Imprio Russo Frana Imprio BritnicoImprio Otomano
(Turquia)
1 773 700 1 700 000 1 357 800 908 371 325 000
Quadro 1 Nmero de mortos na Primeira Guerra Mundial (1914-1918). Disponvel em: . Acesso em: 20 maio 2013 (adaptado).
O grfico pode ser produzido manualmen-te, em folhas quadriculadas, ou por meio deeditores eletrnicos. Voc pode auxili-lostomando como exemplo o grfico que constaanteriormente. Instrua os alunos para que noeixo Y conste o nmero de mortos e no eixoX, os pases mencionados. Caso voc perce-
ba que seus alunos no esto familiarizadoscom a produo de grficos, pode ser interes-sante solicitar a colaborao do professor deMatemtica, aproveitando esta atividade parainstrumentalizar os alunos no uso de umadas linguagens matemticas, uma importantecompetncia a ser considerada no processo deensino e de aprendizagem.
Estabelea uma data para que os alunostragam sua pesquisa e o grfico pronto para asala de aula para a montagem do cartaz.
3aetapa
Este o momento da montagem dos carta-
zes. Estabelea alguns critrios bsicos para asua composio visual:
f deve constar um ttulo, no topo do cartaz;f no canto inferior direito, devem constar osnomes e nmeros dos componentes do grupo;
f deve haver um texto explicativo e pelo me-nos uma ilustrao no centro do cartaz;
Figura 4 Nmero de mortos na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), alguns pases. Fonte:
. Acesso em: 20 maio 2013 (adaptado).
1773700
Nmero de mortos na Primeira Guerra Mundial
(1914-1918), alguns pases
1800000
1600000
1400000
1200000
1000000
800000
600000
400000
200000
0Alemanha Imprio Russo Frana Imprio
Britnico
Imprio
Otomano
(Turquia)
1700000
1
357
800
908371
325000
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explique que o texto esquematizado, cominformaes curtas, mais adequado paraum cartaz;
f no canto inferior esquerdo, os alunos de-vem colar o grfico de barras produzido apartir da tabela dada;
f lembre-os de que o capricho na apresenta-o visual um ponto fundamental para aelaborao de um bom cartaz.
Evidentemente, como se trata de umapesquisa, as informaes podem ser mui-to variadas. Contudo, seguem alguns dadosbsicos a respeito de cada um dos materiaisblicos listados.
Tema 1: canho de longo alcanceO canho existe desde o sculo XIII, mas
adquiriu, na Primeira Guerra, mais longo al-cance e preciso; causou mais mortes do quequalquer outro armamento. Destacou-se oalemo Grande Bertha, capaz de bombar-dear o alvo a 120 quilmetros de distncia;com ele, os alemes bombardearam Paris.
Tema 2: morteiro
O morteiro era uma espcie de canho decurto alcance, que lanava projteis com gran-des ngulos de elevao. Foi desenvolvido naPrimeira Guerra Mundial, especialmente paraser usado nas trincheiras.
Tema 3: fuzilO fuzil uma arma de fogo porttil, de
cano longo, que dispara projteis giratrios;foi a arma de fogo padro do exrcito esta-dunidense na Primeira Guerra Mundial, pois
disparava com maior alcance e preciso.
Tema 4: metralhadoraCriada em 1890, nos EUA, uma arma de
fogo automtica que em pouco tempo disparanumerosos projteis; era colocada nos avies,nos tanques de guerra e camuflada nas trin-cheiras.
Tema 5: tanque de guerraCom projeto ingls, o tanque considera-
do um dos fatores decisivos para a vitria daEntente na Primeira Guerra; um veculo decombate blindado, dotado de armamentos,que desequilibrou a guerra de trincheiras.
Tema 6: submarinoNo sculo XVIII, na guerra de indepen-
dncia dos EUA, foi construdo o primeirosubmarino com objetivos militares. Porm,no incio do sculo XX, os alemes os tor-naram muito mais eficientes: movidos aleo diesele com periscpios muito precisos.Na Primeira Guerra, eram utilizados paraafundar os navios da Entente, que desen-volveu sonares para detect-los e projteispara serem lanados de forma a atingi-losno fundo do mar.
Tema 7: encouraado ou couraadoProjeto ingls de 1906, o encouraado era
um navio de guerra de grande tonelagem, blin-dado e armado com artilharia pesada, princi-palmente canhes de longo alcance.
Tema 8: avioA inveno de Santos Dumont foi utiliza-
da no incio da guerra, para orientar os tirosda artilharia, em misses de reconhecimento,tomada de fotografias e identificao de alvos.Depois, surgiram os avies de perseguio,chamados avies de caa, dotados de metra-lhadoras no nariz, que tinham as cabinesabertas.
Tema 9: balo dirigvel
Balo gigantesco, de at 150 metros decomprimento, foi usado sobretudo pelos ale-mes e produzido pelo Conde Ferdinandvon Zeppelin; efetuou os primeiros ataquesde bombardeios sobre Londres, entre 1915 e1917. A altitude em que voavam no permi-tia que avies aliados pudessem atingi-los.Porm, o desenvolvimento de projteis de
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metralhadora revestidos de fsforo incendi-rio inviabilizou os zepelins, que continhamgs hidrognio, altamente inflamvel.
Tema 10: gases txicosOs alemes inauguraram, em 1915, o uso
de gases txicos, lanando sobre Ypres, naBlgica, o gs cloro, asfixiante; depois, tam-bm foi utilizado o gs mostarda, que ataca asvias respiratrias e provoca bolhas e queima-duras na pele, alm de cegueira temporria;se aspirado em grande quantidade, tambmprovoca asfixia. At o fim da guerra, os doislados usaram gases txicos e foram desenvol-vidas mscaras contra gases.
Tema 11: granada de moA granada de mo um artefato com c-
mara interna que leva uma carga explosiva;um pino de segurana retirado da granadaantes que ela seja lanada, acionando um dis-positivo que dispara uma espoleta. Foi umadas armas mais revolucionrias da PrimeiraGuerra Mundial, dando aos soldados a pos-sibilidade de atingir um inimigo abrigado emtrincheiras. A granada Mills foi introduzida
em 1915, e 68 milhes de unidades foram pro-duzidas na Primeira Guerra.
Tema 12: lana-chamas um aparelho projetado para lanar uma
chama longa e controlvel; foi utilizado pri-meiramente pelos alemes. O fogo causadopor uma reao qumica entre duas ou maissubstncias, em geral o oxignio do ar e al-gum tipo de combustvel, como gasolina, porexemplo.
4aetapa
Para concluso do trabalho, aps a apre-sentao dos cartazes pelos grupos voc podesolicitar aos alunos o registro de suas con-sideraes a respeito das questes a seguir,conforme a Etapa 4 Concluses sobre o as-sunto, presente no Caderno do Aluno.
1. O nmero de mortos da Primeira Guerra,comparado s mortes em conflitos anterio-res Revoluo Industrial, deve ser maiorou menor? Justifique.Houve mais mortos na Primeira Guerra Mundial em razo do
amplo desenvolvimento da indstria blica, sobretudo du-
rante a Segunda Revoluo Industrial.
2. Voc acredita que o nmero de mortos naPrimeira Guerra Mundial foi maior ou me-nor do que na Segunda Guerra Mundial?O que deve ter ocorrido? Por qu?Houve muito mais mortos na Segunda Guerra Mundial, pois
a tecnologia blica usada era mais desenvolvida do que a da
Primeira Guerra Mundial e, tambm, porque o conflito en-
volveu um contingente maior de pessoas, levando morte
mais de 20 milhes de pessoas apenas na Unio Sovitica.
Avaliao da Situao deAprendizagem
A avaliao deve ser capaz de proporcionaro aprimoramento das atividades pedaggicas,tanto por parte do professor quanto do aluno.Ela exige a observao das vrias etapas do
trabalho e da atuao dos alunos, no s indi-vidualmente, mas tambm em grupo.
Alguns aspectos em especial podem ser ob-servados:
1. A pesquisa realizada contemplou diversasfontes e atendeu aos objetivos temticos?
2. A habilidade de sntese foi contemplada naorganizao das informaes pesquisadas?
3. A apresentao das informaes no cartaze a sua esttica mostraram-se adequadas?
4. A produo do grfico atendeu s expecta-tivas de aprendizagem?
5. Houve a participao equilibrada entre osmembros do grupo?
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Para registrar suas avaliaes, voc podeelaborar uma planilha contendo seus concei-tos de avaliao.
Proposta de questes para avaliao
As questes a seguir encontram-sena seo Voc aprendeu? do Cader-no do Aluno.
1. Segundo Lenin, o principal lder da Revo-luo Russa, a Primeira Guerra Mundialfoi apenas um choque entre imperialis-mos. O que ele quis dizer com isso?O aluno deve perceber que Lenin considerava que a causa da Pri-
meira Guerra Mundial foi a disputa imperialista entre as potncias
europeias, ou seja, o conflito ocorreu em funo do choque de
interesses econmicos e polticos entre esses pases poderosos.
2. A Pennsula Balcnica j foi chamada deo barril de plvora da Europa. O que
justificaria essa caracterizao?Diante da afirmao, o aluno deve identificar que o estopim
para a Primeira Guerra Mundial foi o chamado crime de Sa-
rajevo, quando o arquiduque Francisco Ferdinando, herdei-
ro do trono austro-hngaro, e sua esposa foram assassinados
por um jovem nacionalista srvio, no dia 28 de junho de 1914.
Esse crime foi o pretexto para que fosse acionada a poltica
de alianas na Europa. Em seguida, outros pases do mundo
entraram em guerra.
3. As afirmaes a seguir so referentes parti-cipao dos EUA na Primeira Guerra Mun-dial. Leia-as e assinale a alternativa correta.
I. Os EUA participaram da GrandeGuerra, pois tinham interesse em
se apropriar de colnias alems nafrica.
II. A entrada dos EUA na guerra dese-quilibrou as foras, dando um impulsodecisivo para a Entente.
III. Os EUA temiam que uma derrota daEntente prejudicasse seus interesses
econmicos, por causa das dvidas daFrana e da Inglaterra que, nesse caso,dificilmente seriam quitadas.
Esto corretas:
a) todas as afirmaes.
b) apenas I e II.
c) apenas I e III.
d) II e III.
e) Nenhuma das afirmaes correta.A posio de neutralidade assumida pelos EUA durante a
maior parte do tempo da Primeira Guerra possibilitou que
eles se tornassem o grande credor dos pases em guerra. Seu
interesse era garantir que esses pases tivessem condies de
honrar as dvidas. Sua entrada no conflito foi decisiva para a
Entente. Nesta perspectiva, esperamos que o aluno reconhe-
a como corretos os itens II e III.
4. Sobre o Tratado de Versalhes, podemosafirmar que:
a) ele no conseguiu pr fim ao conflitomilitar na Primeira Guerra, definitiva-mente encerrada apenas no Tratado deSvres.
b) ele impunha punies aos dois blocosrivais no conflito, como forma de divi-dir os custos da guerra.
c) ele conseguiu trazer paz Europa, poisrepresentou um consenso entre as gran-
des potncias.
d) ele refletia os genunos desejos do na-cionalismo alemo, generalizado desdea unificao, no sculo XIX.
e) ele condenou a Alemanha a pesadas in-denizaes e severas punies, como odesarmamento e a perda de colnias.
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O aluno deve ser capaz de perceber que o Tratado de Ver-
salhes punia a Alemanha, considerada culpada pela guerra,
condenando-a ao pagamento de indenizaes aos ven-
cedores.
5. A Primeira Guerra Mundial conhecidacomo a guerra das trincheiras. Trinchei-ras eram:
a) canhes de longo alcance, especialmen-te criados pelos alemes para esse con-flito blico.
b) formaes militares que indicavam apresena da cavalaria frente da infan-taria.
c) longas valetas cavadas na terra, pro-tegidas por toras de madeira e aramefarpado.
d) um tipo de metralhadora, instalada,principalmente, nas asas dos avies.
e) o nome pelo qual ficaram conhecidas asgranadas de mo, que eram acionadas
por um pino.O aluno deve ser capaz de identificar entre as proposies
aquela que descreve uma trincheira, uma ttica blica fun-
damental nesse conflito.
Propostas de Situaes deRecuperao
Voc poder perceber que alguns de seusalunos no alcanaram os objetivos plane-
jados; por isso, devemos elaborar diferentesestratgias para tentar obter melhores resul-tados entre eles.
A compreenso do tema da Primeira Guer-ra Mundial essencial para a continuao dosestudos histricos, pois pr-requisito para acaracterizao dos principais processos polti-cos do sculo XX.
importante que voc procure identificaras dificuldades de cada aluno, e valorize asconquistas tambm individualmente, sobretu-do entre os alunos em recuperao.
Proposta 1
Para a retomada dos contedos referen-tes ao tema da Primeira Guerra Mundial,voc pode sugerir a elaborao de um qua-dro sintico das trs fases da guerra: a guer-ra de movimento (19141915); a guerra deposio ou trincheiras (19151917) e a fasefinal (19171918). Os alunos devem desta-car as principais caractersticas de cada umadessas fases.
Proposta 2
Fazer uma linha do tempo da PrimeiraGuerra Mundial pode ser outra possibilidadede recuperao. Voc pode optar pela produ-o individual ou em duplas.
Instrua os alunos a selecionar os principaiseventos e a elaborar uma pequena explicao
a cada um deles, para a produo da linha dotempo.
Recursos para ampliar a perspectivado professor e do aluno para acompreenso do tema
Livros
BRENER, Jayme. A Primeira Guerra Mundial.2. ed. So Paulo: tica, 2002. (Retrospectiva do
Sculo XX). Anlise sobre os interesses que cau-saram a Primeira Guerra e suas relaes com aecloso da Segunda Guerra Mundial.
HEMINGWAY, Ernest. Adeus s armas. Riode Janeiro: Bertrand Brasil, 2002. Romanceambientado na Primeira Guerra Mundial en-tre norte-americano voluntrio e enfermeirainglesa.
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Histria 8 srie/9 ano Volume 1
HENIG, Ruth. As origens da Primeira GuerraMundial. So Paulo: tica, 1991. (Princpios).Abordagem sucinta e abrangente sobre a Pri-meira Guerra.
HILLS, Ken. A Primeira Guerra Mundial. 7.ed. So Paulo: tica, 1997. (Guerras que Mu-daram o Mundo). Anlise sobre a PrimeiraGuerra, com destaque para os avanos tecno-lgicos.
ISNENGHI, Mrio. Histria da PrimeiraGuerra Mundial. So Paulo: tica, 1995. An-lise sobre as implicaes da Primeira GuerraMundial.
JANOTTI, Maria de Lourdes. A PrimeiraGrande Guerra. 2. ed. So Paulo: Atual, 1993.(Histria Geral em Documentos). Mediantea anlise de documentos, a autora aborda osproblemas polticos, sociais e econmicos dospases europeus no incio do sculo XX e aPrimeira Guerra Mundial.
KEEGAN, John. Histria ilustrada da Primei-ra Guerra Mundial. Rio de Janeiro: Ediouro,
2003. (Histria Ilustrada). Histria da Primei-ra Guerra por meio de fotografias.
MAGNOLI, Demtrio (Org.). Histria dasGuerras. 5. ed. So Paulo: Contexto, 2011.Srie de artigos sobre os principais conflitosblicos da histria da humanidade.
RODRIGUES, Luiz C. B. A Primeira GuerraMundial. 20. ed. So Paulo: Atual, 2001. (Dis-cutindo a Histria). Anlise detalhada sobreas causas e consequncias da Primeira GuerraMundial.
Sites
Educaterra. Disponvel em: . Acesso em: 20 maio 2013. Apresentaartigos sobre a Primeira Grande Guerra.
Grandes Guerras. Disponvel em: . Acesso em: 20maio 2013. Sitesobre os grandes conflitos dosculo XX.
Filmes
Gallipoli (Gallipoli). Direo: Peter Weir. EUA,1981. 112 min. 12 anos. Jovens australianos con-vocados a lutar contra os turcos em Gallipoli.
No amor e na guerra (In love and war).Dire-o: Richard Attenborough. EUA, 1996. 113
min. 12 anos. Romance inspirado no livroAdeus s armas.
O retorno do soldado (The return of the soldier).Direo: Alan Bridges. Inglaterra, 1982. 99 min.12 anos. Histria de soldado que volta ferido daguerra.
SITUAO DE APRENDIZAGEM 3A REVOLUO RUSSA E O STALINISMO
Esta Situao de Aprendizagem visa compreenso do processo da Revoluo Rus-sa, por meio do conhecimento da participaode importantes personagens o czar NicolauII, Lenin, Trotsky e Stalin mediante a elabo-rao de pequenas biografias histricas, quepodem ser teis para ilustrar a sua aula expo-
sitiva sobre o processo revolucionrio, com aparticipao oral dos alunos.
Evidentemente, compreendemos que sosujeitos histricos todos aqueles que fazem ahistria e que so as inter-relaes entre as iden-tidades sociais e as pessoais que a constroem.
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Ao indicar que os alunos produzam pequenasbiografias de quatro pessoas importantes noprocesso da Revoluo Russa, cuide para quefique claro que sua inteno no sugerir que ahistria seja feita apenas por grandes persona-gens que, sozinhos, determinaram o rumo dosacontecimentos, mas revelar que essas figurasde destaque tambm fizeram parte do processo.Dar a conhecer esses personagens no significaque a trama histrica esteja baseada apenas nasaes dos indivduos, mas sim na complexidadedo confronto das relaes sociais ao longo dotempo.
Considerando que j foram tratados, na7asrie/8oano do Ensino Fundamental, ostemas relativos s principais doutrinas eideologias do sculo XIX, interessante re-tomar os conceitos de socialismo e comunis-mo. Alm disso, importante que os alunosconsigam articular o processo de RevoluoRussa s diferentes propostas revolucion-
rias em disputa aps a derrubada do czar,para que eles possam compreender as lutasinternas que dividiam os revolucionrios;da decorre a importncia das biografiashistricas.
Com esta Situao de Aprendizagem, vocpode incentivar que seus alunos conheamo processo da Revoluo Russa, o primeiromovimento revolucionrio operrio vitoriosoe duradouro da histria, bem como seus des-dobramentos, principalmente pela discussosobre a nova organizao poltica, econmicae social instituda na Unio das RepblicasSocialistas Soviticas e suas relaes com osprojetos socialistas.
Apesar de muitos livros didticos trataremdesses dois temas a Revoluo Russa e o sta-linismo em captulos diferentes, uni-los podesignificar melhor aproveitamento do tempodas aulas.
Contedos e temas:czarismo; proletariado; soviete; revoluo; socialismo; comunismo e marxismo.
Competncias e habilidades: desenvolverautonomia na busca de informaes por meio de prticas depesquisa; sistematizar (desenvolvimento da capacidade de leitura, seleo, organizao e esquematiza-o de dados), interpretar e relacionar informaes e realizar anlises problematizadoras.
Sugesto de estratgias: pesquisa, coleta e seleo de informaes, produo de biografias.
Sugesto de recursos: livros didticos e paradidticos, mdias eletrnicas.
Sugesto de avaliao: a pesquisa e a seleo de informaes, participao individual do aluno no pro-cesso e a verificao dos temas relacionados Revoluo Russa e ao stalinismo.
Sondagem e sensibilizao
Converse com seus alunos sobre comoeles definiriam o termo Revoluo. No Ca-derno do Aluno so propostas as seguintesperguntas motivadoras, na seo Para co-meo de conversa.
1. O que necessrio para que um evento, ouum processo, seja definido como uma revo-luo? bastante provvel que os alunos consigam associar a
ideia de revoluo a transformaes de carter profun-
do, seja na estrutura socioeconmica, seja na estrutura
poltica.
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2. Em que outros momentos da disciplina deHistria voc j usou o termo revoluopara definir algo?Procure auxiliar os alunos nessa discusso, levando-os a
lembrar-se de outros processos j estudados que tam-
bm foram chamados de revoluo; provavelmente, eles
vo se recordar da Revoluo Americana e da Revoluo
Francesa.
3. H diferenas entre uma revolta e uma re-voluo? Quais?Para auxiliar o debate, sempre proveitoso sugerir aos alunos
que busquem exemplos histricos conhecidos, ou seja, que
eles consigam listar movimentos revoltosos e os comparar
aos movimentos revolucionrios lembrados na questo ante-
rior, para, ento, estabelecer suas semelhanas e diferenas.
Por revoluo entende-se uma mudana profunda na estru-
tura poltica de um Estado/pas, com repercusses na eco-
nomia e na sociedade. Exemplos histricos so a Revoluo
Francesa e a Revoluo Cubana.
4. O que socialismo? E o comunismo?Aqui, necessrio retomar os conceitos de socialismo e co-
munismo, j trabalhados quando foram estudadas as ideo-
logias do sculo XIX. O socialismo surgiu como uma crtica
dos movimentos polticos da classe trabalhadora e dos inte-
lectuais ao capitalismo. Essa doutrina poltica e econmica
tem como principal caracterstica a propriedade pblica ou
coletiva dos meios de produo e seria uma fase de tran-
sio do capitalismo para o comunismo. Este, por sua vez,
propunha uma sociedade sem classes, baseada na proprie-
dade comum. Se possvel, relembre tambm com os alu-
nos o tema do anarquismo, suas semelhanas e diferenas
em relao ao socialismo e ao comunismo. O pensamento
anarquista surgiu diante das contradies e injustias do sis-
tema capitalista que j se mostravam visveis no sculo XVIII.
Para os anarquistas, a sociedade livre e justa seria desprovida
de Estado e a produo e as riquezas seriam gerenciadaspor cooperativas.
5. Quando uma revoluo socialista, quaisso seus possveis efeitos?Nesta questo, pode-se levar a classe a retomar seus conhe-
cimentos sobre a Unio das Repblicas Socialistas Soviticas
(URSS) e Cuba, mais uma vez utilizando o recurso de exem-
plos ilustrativos para a apreenso dos conceitos. Um dos
efeitos esperados a maior igualdade social e econmica.
6. Que pases, hoje em dia, so consideradossocialistas?Nesta discusso, a questo pode ser ampliada, sobretudo
se voc mencionar a China. O pas tem seu desenvolvi-
mento econmico apoiado pela iniciativa privada, base do
sistema capitalista, mas ainda fiel a alguns princpios so-
cialistas, como o planejamento e a participao dos traba-
lhadores na administrao de algumas empresas. Podem
ainda ser mencionados Cuba, Vietn e Coreia do Norte.
Pode ser interessante sistematizar na lou-sa as respostas dos alunos, para que, depoisde explorado o tema da Revoluo Russa,voc possa retomar com eles esses registrose averiguar se houve, ou no, mudanas naconcepo do termo.
1ae 2aetapas
Informe a eles que vocs vo estudar aRevoluo Russa comeando pela pesquisade personagens importantes desse momentohistrico:
f Czar Nicolau II;f Lenin;f Leon Trotsky;f Josef Stalin.
Cada aluno deve ficar responsvel porapenas uma biografia; assim, os quatro bio-grafados devem ser distribudos de maneiraequilibrada entre os alunos da classe; sugiraalgumas das fontes listadas, mas insista que
muito proveitoso que a partir de palavras-cha-ve como o nome do biografado ou revoluorussa eles busquem os dados solicitados emlivros, revistas etc. Valorize a importncia dapesquisa, incentive-os a buscar as informaessobre o biografado, de maneira que eles pos-sam participar ativamente da discusso, poisessa a etapa mais importante do trabalho.
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Voc pode estabelecer algumasquestes bsicas sobre cada umdos personagens, para orientar a
atividade de pesquisa, de acordo com o Ca-derno do Aluno, na seo Pesquisa individual:
1. Nome completo;
2. Data e local de nascimento e morte;
3. Histria familiar;
4. Trajetria de vida;
5. Participao na Revoluo Russa;
6. Data, local e causa da morte;
7. Fontes de pesquisa.
Escreva estas questes na lousa, paraorientar o exerccio da objetividade e da sn-tese na pesquisa.
Porm, apesar de indicar essas questesfundamentais, que devem compor uma bio-
grafia histrica, sugira que eles tambm bus-quem outras informaes e curiosidades.
Voc pode estabelecer que a pequena bio-grafia histrica deva constar do Caderno doAluno e combine uma data para a apresenta-o dessa pesquisa. Essa data deve coincidircom as datas planejadas por voc para trataro tema da Revoluo Russa.
Durante as aulas expositivas, nas quais
voc deve valorizar as informaes trazidaspelos alunos, muito importante que sejaconduzida uma anlise problematizadora, demaneira que os alunos consigam inserir essesquatro personagens na dinmica social russa,por meio de seu papel no processo revolucio-nrio. A atividade no pode se esgotar com asntese das informaes pesquisadas, ela deveapenas servir de subsdios para a anlise.
Assim, Nicolau II deve ser visto no ape-nas em sua individualidade, mas tambmcomo aquele que ocupava uma posio fun-damental no Estado russo czarista. J emLenin, deve-se destacar sua formao tericano marxismo, sua concepo de revoluosocialista, a liderana que exerceu no grupobolchevique e na instaurao do socialismona Rssia. Para contextualizar Trotsky, deve--se mencionar sua ruptura com o pensamentoleninista no Segundo Congresso do PartidoOperrio Social-Democrata Russo, em 1903,sua adeso causa bolchevique, em 1917, a li-derana no Exrcito Vermelho e sua propostarevolucionria derrotada por Stalin. A anlisedo stalinismo necessariamente passa pelo co-nhecimento de seu lder: a adeso ao partidobolchevique, sua ascenso poltica e seu papelna construo do socialismo sovitico.
Para finalizar a atividade, sugerimosque apresente aos alunos a possibilidade demostrar aos colegas as concluses s quaischegaram com a pesquisa.
Subsdios para a pesquisa
Seguem algumas referncias a respeito decada um dos biografados:
Czar Nicolau II
Figura 5 Czar Nicolau II, da Rssia.
TopFoto/Keystone
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do movimento revolucionrio vitorioso,abdicou do trono russo. Nicolau II e suafamlia foram presos e enviados Sib-ria e depois para Ekaterimburgo, na re-gio dos Montes Urais.
6. Data, local e causa da morte: Nicolau IIe sua famlia foram executados, em 17 de
julho de 1918, em Ekaterimburgo, sob or-dens do governo revolucionrio.
Lenin
1. Nome completo: Vladimir Ilitch Ulianov.
2. Data e local de nascimento: 22 de abril de1870, em Simbirski, atual Ulianovsk, naRssia.
3. Histria familiar: de famlia abastada, seupai foi um alto funcionrio pblico liberal,mas seu irmo mais velho foi assassinadodepois de participar de um atentado terro-rista contra o czar Alexandre III, quandoLenin tinha 17 anos.
4. Trajetria de vida: Lenin foi um estudan-te considerado muito competente, estudouDireito na Universidade de Kazan e, me-nos de um ano depois da morte do irmo,ingressou em um grupo marxista. Em 1893,conheceu, em Moscou, diversos grupos deintelectuais com os quais discutia ideias re-volucionrias; por isso, foi preso em 1895,condenado e deportado para a Sibria, em1897, onde permaneceu por trs anos. L,conheceu Ndia Krupskaia, sua esposa.
Depois de cumprida a pena, exilou-se naSua, onde passou a editar um jornal detendncia marxista, Iskra(Centelha); maistarde, em Paris, tambm editaria o jornalPravda (Verdade). Lenin escreveu diversoslivros nos quais defendeu as ideias revo-lucionrias do marxismo e se tornou umimportante lder poltico. Em 1903, noSegundo Congresso do Partido Operrio
1. Nome completo: Nicolai AleksandrovitchRomanov.
2. Data e local de nascimento: 18 de maio de1868, no Palcio de Catarina, a 25 quil-metros de So Petersburgo.
3. Histria familiar: filho do imperador Ale-xandre III, que governou o Imprio Russoentre 1881 e 1894, e da imperatriz Maria,dinamarquesa.
4. Trajetria de vida: Nicolau II recebeuuma esmerada educao, compatvelcom sua posio de prncipe-herdeiro dotrono russo; comunicava-se muito bemem ingls e tambm em francs e ale-mo. Era bom atirador e cavaleiro. Nodemonstrava muita inclinao vida po-ltica, mas dizia apreciar a vida militar;ostentava o ttulo de coronel. Casou-secom Alexandra de Hesse, com a qualteve cinco filhos, quatro meninas e ummenino. Assumiu o trono russo depoisda morte de seu pai, em 1894, e foi o l-timo czar, reinando at 1917.
5. Participao na Revoluo Russa: Nico-lau II chefiou um regime autocrtico eaps a derrota na Guerra Russo-Japonesa,em 1905, teve de enfrentar a Revoluode 1905, depois da qual foi convocadoum Parlamento (Duma) para redigiruma Constituio, que limitaria os po-deres do czarismo; a Duma foi dissol-vida em 1907 e o regime autoritrio foirestaurado. Na Primeira Guerra Mun-
dial, pensando em anexar territrios naPennsula Balcnica e assim atingir omar Mediterrneo, lutou pessoalmentecontra o exrcito alemo; os russos so-freram humilhantes derrotas; isso agra-vou ainda mais a insatisfao do povoem relao ao regime czarista, j forte-mente abalado por grave crise econ-mica. Em 15 de maro de 1917, diante
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Social-Democrata Russo, apoiou a ideia dese constituir um partido centralizado e di-rigido por intelectuais com formao te-rica marxista, que conduzissem os traba-lhadores na luta revolucionria; ocorreu,ento, a diviso do Partido em dois grupos,os bolcheviques, liderados por Lenin, e osmencheviques.
5. Participao na Revoluo Russa: quandoeclodiu a Revoluo de maro de 1917, Le-nin estava na Sua; ele retornou no ms se-guinte e passou a fazer oposio ao recm--instaurado governo menchevique. Em no-vembro, liderou os bolcheviques, que der-rubaram os mencheviques e instituram umnovo governo, o Conselho de Comissriosdo Povo, presidido por ele. Essa revoluoassumiu um carter socialista, com o de-creto de uma reforma agrria, nacionali-zao dos bancos, entrega do controle dasfbricas aos operrios e retirada da Rssiada Grande Guerra. Em 1921, com o fim daguerra civil, que se seguiu Revoluo, Le-nin implementou a Nova Poltica Econmi-ca (NEP), que restabelecia parcialmente o
capitalismo, para tentar reconstruir o pas.No final de 1922, proclamou a Unio dasRepblicas Socialistas Soviticas (URSS).
6. Data, local e causa da morte: Lenin morreuem 21 de janeiro de 1924, em Gorki, per-to de Moscou, acometido por hemiplegia,uma paralisia parcial do corpo, provocadapor uma doena cerebral.
Leon Trotsky
1. Nome completo: Lev Davidovitch Brons-tein.
2. Data e local de nascimento: 7 de novembrode 1879, em Ianovka, na Ucrnia.
3. Histria familiar: seus pais eram fazendei-ros; sua famlia era de origem judaica, masno religiosos.
4. Trajetria de vida: aos nove anos, Trotskyfoi estudar em Odessa. Aos 17 anos, teveseus primeiros contatos com as ideias domarxismo, comeando a participar de mo-vimentos contra o regime czarista. Perse-guido, em 1898, foi preso e deportado paraa Sibria. Casou-se com Alexandra Soko-lovskaia, com quem teve duas filhas. Con-
seguiu fugir da Sibria e foi para Londres,onde conheceu Lenin, com quem rompeuem 1903, por no concordar com suas di-retrizes no Segundo Congresso do PartidoOperrio Social-Democrata Russo. Trotskyparticipou da Revoluo de 1905 e, devido derrota, exilou-se novamente. Separou-seda primeira esposa e casou-se com NatliaSedova, com quem teve dois filhos.
5. Participao na Revoluo Russa: em
1917, Trotsky filiou-se aos bolcheviques e,em novembro, liderou a tomada do Palciodo Governo, em Petrogrado. Foi o criadordo Exrcito Vermelho, que venceu a guerracivil em 1921, garantindo a sobrevivnciada revoluo. Com a morte de Lenin, dis-putou o poder com Stalin e foi derrotado;perseguido, foi expulso do partido comu-nista e exilou-se em vrios pases; nesse pe-Figura 6 Lenin, nascido Vladimir Ilitch Ulianov.
Bettmann/Corbis/Latinstock
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rodo, escreveu diversos livros, divulgandosuas ideias, entre elas, a teoria que defen-dia que a revoluo socialista deveria serestendida a outros pases, para garantir suasobrevivncia na URSS.
Figura 7 Leon Trotsky.
Bettmann/Corbis/Latinstock
6. Data, local e causa da morte: Trotsky foi
assassinado em 20 de agosto de 1940, naCidade do Mxico, provavelmente a man-do de Stalin.
Josef Stalin
1. Nome completo: Josef VissarionovichDjugashvili.
2. Data e local de nascimento: 18 de dezem-bro de 1878, em Gori, na Gergia.
3. Histria familiar: seu pai era sapateiro esua me, lavadeira.
4. Trajetria de vida: Stalin teve uma infn-cia pobre e difcil, tendo o rosto marcadopela varola; chegou a estudar em um semi-nrio, pois sua me gostaria que ele tivessese tornado padre, mas em 1899 ingressou
no Partido Social-Democrata, entre 1905 e1917, foi membro do Partido Bolchevique.Esteve preso algumas vezes, pela polcia doczar, nesse perodo. Em 1904, casou-se comEkaterina Svanidze, com quem teve um fi-lho; ela morreu de tifo, em 1907. Em 1919,casou-se com Nadia Alliluyeva, que se suici-dou em 1932; com a segunda esposa, teveuma filha e um filho. Sua terceira esposa foiRosa Kaganovich; eles se casaram em 1934e se divorciaram em 1938.
5. Participao na Revoluo Russa: em 1917,Stalin era um dos editores do jornal Pra-vda (Verdade), e aliou-se a Lenin na lutarevolucionria; foi nomeado Comissriodas Nacionalidades e, em 1922, Secretrio--Geral do Comit Central do Partido Co-munista. Com a doena e morte de Lenin,tornou-se a principal figura poltica sovi-tica e governou a URSS at 1953, quan-do morreu. Stalin tornou-se um ditador eeliminou seus opositores, condenando-osaos campos de trabalho forado ou mor-te; promoveu o crescimento econmico daURSS, por meio dos Planos Quinquenais,
que privilegiavam as indstrias de base e acoletivizao da agricultura.
6. Data, local e causa da morte: Stalin mor-reu no dia 5 de ma