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Caderno de Xadrez Orlando Salerno -Relatos de uma prática com o Jogo de Xadrez no currículo escolar. Edição Ampliada Varginha MG ∕ 2011 Orlando Salerno

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Caderno de Xadrez Orlando Salerno

-Relatos de uma prática com o Jogo de Xadrez no currículo escolar.

Edição Ampliada Varginha – MG ∕ 2011

Orlando Salerno

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Caderno de Xadrez -Relatos de uma prática com o Jogo de Xadrez no currículo escolar.

Edição Ampliada

Varginha – MG ∕ 2011

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CADERNO DE XADREZ

RELATOS DE UMA PRÁTICA COM O JOGO DE XADREZ

NO CURRICULO ESCOLAR

OFICINA TEÓRICO-PRÀTICA DE XADREZ NÌVEL PRINCIPIANTE

PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

PROJETO DESENVOLVIDO

NA ESCOLA ESTADUAL “CEL. GABRIEL PENHA DE PAIVA”

ENTRE OS ANOS DE 2003 – 2007 e 2010

-Esta Obra está registrada na Fundação Biblioteca Nacional – Ministério da Cultura BN/RJ no Escritório de Direitos Autorais - EDA: Certificado de Registro de Averbação Número 457.603 - Livro 860 - Folha 279.

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DEDICATÓRIA

“a Iasha e Lana”, pelo permanente fluir de amor e aprendizagem que há entre nós”. “a Marcela”, pela força do teu amor.

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AGRADECIMENTOS -Agradeço em primeiro lugar à Sra. Márcia Aparecida Resende,

Supervisora do Ensino Fundamental da Escola Estadual “Cel.Gabriel Penha de Paiva”, pela confiança e a oportunidade de desenvolver este trabalho com os alunos. -Agradeço à Sra. Diretora Célia Aparecida da Silva pela

aconchegante acolhida que me brindou em sua escola o que me fez sentir à vontade em todos os momentos do projeto. -Agradeço, de coração, a todos os professores que gentilmente

cederam as horas para poder oferecer aos seus alunos um outro conhecimento em horário curricular e muito especialmente ao professor de matemática: Eudardo “Kadú”

por termos realizado uma experiência simples, mas interessante: nos dias em que os alunos tinham duas horas seguidas de aula dividíamos a sala em dois grupos; um grupo ficava com ele na sala de aula e o outro ia comigo para outra sala onde tinha montada a Oficina de Xadrez. Na hora seguinte trocávamos os grupos: quem estava em matemática passava para xadrez e vice-versa. Com turmas de quatorze a dezoito alunos a aula se desenvolvia muito bem. Os alunos prestavam mais atenção, nossa dedicação como professor rendia mais e conseguíamos atendê-los mais individualmente obtendo melhores resultados. -Agradeço à professora Raquel por termos compartilhado, durante

a oficina valiosas impressões e opiniões em relação à educação. Por ela ter seguido de perto os efeitos do xadrez nos seus alunos e ter tido a gentileza, dentro da possibilidade que oferece nosso dia a dia corrido, de comentá-los comigo. Meu sincero agradecimento também por ela ter tido a humildade de ser aluna dos seus alunos nos momentos em que se dispôs a aprender a jogar orientada por um deles. -Agradeço muito especialmente a Lana Oliveira Salerno, minha filha

menor e grande companheira a idéia do jogo “Procurando o Rei” e a ilustração feita a mão livre colocada no anexo; a idéia deste jogo surgiu dela mesma durante nossas tardes-noites, em que sem televisor em casa, inventávamos algo para fazer. -E por fim, agradeço a Deus por ter tido a oportunidade de iniciar e

ver crescer este projeto que agora está prestes a virar um livro com o intuito de contribuir na formação dos nossos alunos.

Varginha, 15 de fevereiro de 2008

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MENÇÃO ESPECIAL

A Igor Pereira Andrade, jovem estudante e aluno do projeto de

xadrez que apesar da corta idade demonstra um gosto “in nato” pelo jogo e uma dedicação fora do comum. Conheci Igor aos 6 anos quando ele pediu para sua mãe que lhe procurasse um professor particular de xadrez porque queria saber mais do jogo. Igor, ademais de ser aluno é também instrutor de xadrez no Instituto Pro Vida da cidade de Varginha. Ele ministra aulas voluntárias por iniciativa própria para corresponder à filosofia de solidariedade da Instituição todas às segundas feiras a uma turma de 6 alunos cujas idades oscilam entre 7 e 60 anos. Recentemente, no dia 18 de maio de 2009 comemorou um ano de trabalho. Também ministra aulas para dois alunos particulares. Ele tem tão só 10 anos! Faço questão de mencionar seu nome neste trabalho porque comecei ministrando aulas para Igor ao mesmo tempo em que comecei a Oficina na Escola Estadual Cnel. Gabriel Penha de Paiva, ou seja, ele participou desde o começo deste trabalho. Outro motivo que me leva a fazer esta menção é a disciplina, a seriedade e o gosto que ele tem tanto para aprender como para ensinar este interessante jogo. Parabéns Igor!!!

Varginha, 13 de junho de 2009

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AGRADECIMENTO ESPECIAL A ALUNOS -À primeira turma de Alunos.

1. Allan Kardec de Carvalho 13. Mateus Batista

2. Cleiton Donizeti de Lima 14. Michel A. Honório

3. Filipe de Paula Martins 15. Paulo H. Moraes

4. Filipe de Souza Moura 16. Paulo V. M. de Souza

5. Gabriel Antonio Longhi Silva 17. Ronaldo C. A. Eduardo

6. Geizebel Tais Emiliano 18. Sabrina Batista

7. Gledson da Silva 19. Táviner do Sacramento

8. Hudson Marcelo Pereira 20. Tiago Q. Vicente

9. John H. Sigiani Silva 21. Vanessa de O. Rosa

10. Jonathan E. Porfírio 22. Wesley Nobre

11. Josiel Júlio Onório 23. Wesley Souza Silva

12. Júlio Rodrigues Ribeiro 24. Bruna Destefani

- À turma dos Primeiros Monitores

1. Karolina Gabriele Natali Silva 2. Raira Campos de Barros 3. Talita 4. Otavio Demetrio N. Varela 5. Allan Kardec Batista de Carvalho

6 Cleiton Donizeti. de Lima

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PRÓLOGO Caro Professor, Cara Professora, A escola é uma das instituições mais conservadoras do mundo. Enquanto tudo na sociedade se transforma, ela continua insistindo num modelo de transmissão e reprodução de informações fragmentadas que funcionava muito bem em séculos passados. Hoje, os problemas da escola são cada vez mais desafiadores porque estão contemporaneizados à evolução da sociedade pós moderna. No entanto, o que se percebe é que as soluções buscadas não abrangem a dimensão dos problemas, porque filosoficamente se assentam em paradigmas já superados. Em meio a esse dilema nos situamos como educadores que, além da responsabilidade de continuar a escrever a história da escola, temos o desafio de encontrar formas de reinventá-la. E isso não tem sido nada fácil para nós. Sofremos intensamente as angústias do cotidiano escolar; tornamos-nos estressados e debilitados mental e fisicamente. Enquanto isso nossos alunos projetam suas inseguranças em atos de indisciplina ou de violência, diante dos quais não sabemos como agir. Todos nós concordamos que é preciso buscar alternativas para a construção de um novo paradigma de escola e ensino, porque o que temos aí está falido. Mas, como fazê-lo? Talvez tenhamos que nos despir de nossas supostas verdades, desconstruindo conceitos e quebrando os muros que nos segregam para, assim, pensarmos e vivermos holisticamente a realidade. Isso nos fará sofrer? Sem dúvida. . . Ficaremos em desconforto? Certamente. Mas parece que não temos opções tão confortáveis: ou continuamos a sofrer as conseqüências de um modelo fracassado, lutando incansavelmente e, muitas vezes, em vão, ou enfrentamos o desconforto e a insegurança da mudança, marcando nossa passagem pela história como educadores que procuram viver o seu tempo e contribuir para a reconstrução da instituição escola no contexto do século XXI. Mesmo que não

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seja possível colher as flores dessa semeadura, ainda assim poder-se-á dizer que valeu a pena tentar. Não sei se estamos acertando, mas tenho certeza de que tentamos fazer uma escola diferente. . . E, se os alunos se sentiram motivados temos uma forte indicação de que esta pode ser uma possibilidade. Obrigado professor, obrigado professora! Porque você se permitiu compartilhar deste sonho. Porque você demonstrou sua competência e contribuiu de forma significativa para esta vitória. Um obrigado especial, porque você sonhou junto e acreditou! Você está disseminando a utopia. . .Está fazendo a diferença! Pois, como disse nosso mestre Paulo Freire, “ai de nós educadores se não sonharmos sonhos possíveis”!

Professora Márcia Aparecida Resende

Especialista de Educação Básica

Escola Estadual “Cel.Gabriel Penha de Paiva” Julho de 2004

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SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ………………………………………….. 11 CAMPO X : OFICINA DE XADREZ ………….…………. 16

CAMPO G: OFICINA DE GEOMETRIA …………….…. 31 CAMPO M: OFICINA DE MATEMATICA ……………... 89 ANOTAÇÕES DOS ALUNOS …………………………….. 95 RELATORIOS DAS OFICINAS …………………………… 101

TRABALHOS DOS ALUNOS ……………………………... 109 ARTIGOS …………………………………………………….. 112 DADOS DO AUTOR E DA ESCOLA ……………………... 134 BIBLIOGRAFIA ……………………………………………… 135

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APRESENTAÇÃO

Brasão do Livro -Onde se resume num Brasão os campos, as etapas e as atividades do livro – projeto: Caderno de Xadrez. a) Justificativa Optou-se por fazer do -Brasão- uma função da memória para expor e ter tudo o referido ao [ projeto de xadrez ] num único lugar e que possa ser contemplado de uma vez só. Escolheu-se o -Brasão- para esta função por ser este veículo de expressão altamente representativo e simbólico devido a que outrora, na Idade Media expressava com claridade os atributos e as atividades de cada feudo. Com as devidas adaptações a nossa época e em especial a este projeto se apresenta a síntese de todo o exposto no -Brasão do Livro-. Os campos do Brasão expressam e representam fielmente as áreas em que o [ projeto de xadrez ] atua. Os símbolos nos campos expressam as atividades especificas e inerentes a cada campo representadas com caracteres extraídos das próprias atividades. Desta maneira se tem sintetizado nas suas concepções fundamentais todo o [ projeto de xadrez ] num só local. b) Brasão do Livro. -Os Campos representam as áreas gerais de abrangência. -O Brasão tem três ( 3 ) Campos: Campo X: campo da aprendizagem do jogo de xadrez; este campo tem por sua vez dois ( 2 ) sub-campos: ( x1 ) que é o da aprendizagem individual do jogo e o sub-campo ( x2 ) que é o da socialização possível de se fazer com o jogo de xadrez. Campo M: campo da matemática. Campo G; campo da geometria.

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-Os Símbolos representam as atividades específicas inerentes a cada campo e, ou sub-campo que levam aos objetivos específicos de cada atividade e ao objetivo geral. -O Brasão tem três ( 3 ) Torres: Torre da esquerda: contém o número do Brasão, nela se expressa o número de evoluções do Brasão que reflete a própria evolução do projeto expressada através das mudanças dos campos e dos símbolos das atividades de Brasão para Brasão. Torre do centro: especifica o projeto ao qual pertence o Brasão, neste caso ao [ projeto de xadrez ]. Torre da direita: registra a data; mês e ano do Brasão.

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Referencias do Brasão:

-Campos: X = campo do jogo de xadrez. M = campo da matemática. G = campo da geometria. -Atividades do Campo X:

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-Atividades Campo M:

-Atividades Campo G:

-Fundo do Brasão:

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Educação pelo Movimento

PRINCÍPIO

“Educação pelo movimento.” “Educação pelo ato.”

DIZERES “Todo espaço é lugar e toda atividade, função de

conhecimento.” “Quando se aprende com gosto, cabeça e coração vão junto.”

AFORISMO “Quem não trabalha a prata da casa recebe em castigo o

vermelho do porão.”

PROVÉRBIOS

“O conhecimento passa pelas mãos antes de chegar à cabeça.” “O conhecimento é criado pela imaginação.”

POEMA corpo mente e mãos “de cabeça no jogo” jogando e jogando jogando até cansar cansado descansa

descansa sabendo algo mais do jogo depois descansado continua

se quiser