Caderno Colono e Motorista

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QUINTA, 25 DE JULHO DE 2013

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Caderno em homenagem ao Colono e Motorista

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quinta, 25 de julho de 2013

quinta, 25 DE julho DE 20132

• Anta gorda

Hoje

Festa do Colono e Motorista

Ginásio de Esportes São Carlos

• Nova bréscia

Hoje

Festa do Colono e Motorista

Ginásio poliesportivo

• Roca Sales

Domingo Festa do Colono e Motorista

Salão da Comunidade da Linha Marechal

Floriano Alta

• Teutônia

Hoje

Festa do Colono

STR de Teutônia

• Colinas

Hoje

Dia do Colono e Motorista

Rua General Osório

• Vale Verde

Amanhã

Baile do Colono e Motorista

Ginásio de Vale Verde

• Lagoa Bonita do Sul

31/07 Homenagem ao Colono e Motorista

Ginásio de Esporte Bonitão e Escola José

Luchese

Outras festas

COMEMORAÇÕES

Festejos homenageiam colonos e motoristas na região AgênciA nAkAo

A importância da atividade

de colonos e motoristas é

reconhecida não só com

o feriado em muitos mu-

nicípios da região, mas também

com festas e celebrações home-

nageando as duas categorias. Em

Santa Cruz do Sul, a 25ª Festa do

Motorista da Paróquia Ressurrei-

ção ocorreu na manhã do último

domingo, com a tradicional bên-

ção aos motoristas na carreata

que percorreu as principais vias

do município. A programação

seguiu com mateada, missa e um

almoço no pavilhão da paróquia.

À tarde, o local teve baile. Hoje, os

santa-cruzenses ainda saúdam os

colonos e motoristas com outros

eventos, como o promovido pela

Sociedade de Canto Cruzeiro do

Sul de Boa Vista.

Também no fim de semana

passado a Paróquia Santo Antônio

promoveu sua Festa dos Motoris-

tas, assim como a Comunidade de

Linha João Alves, com a Festa do

Colono e Motorista. Hoje é a vez

de a Comunidade de Boa Vista,

em Santa Cruz, realizar sua festa.

No município também ocorrem as

festividades na Comunidade Três

Mártires, de Cerro Alegre Baixo,

no domingo.

Em Candelária, as festividades

hoje são o ponto final da progra-

mação dos 88 anos do município,

que começaram no início do mês.

Um dos atrativos foi a Festa da Co-

lônia, no último fim de semana. O

evento gastronômico, que valoriza

a rica produção do interior, incluiu

apresentações artístico-culturais e

shows musicais, locais e regionais.

Uma feira de artesanato também

foi atração. Nesta quinta-feira, a

Festa e Baile do Dia do Colono e

Motorista começa às 10 horas, na

Vila Botucaraí.

Em Arroio do Tigre, na mi-

crorregião Centro-Serra do vale

do Rio Pardo, os festejos em ho-

menagem ao Colono e Motorista

iniciaram na noite de ontem, com

o baile de escolha das soberanas

do cinquentenário do município,

no ginásio Tigrão. Hoje haverá

uma programação o dia todo

com desfile e gincana. A parada

terá início às 9 horas, saindo do

Parque Municipal de Eventos

Prefeito Attílio Pasa, reunindo

caminhoneiros, carroceiros, trato-

res e máquinas agrícolas, além de

cavalarianos, com a participação

de autoridades.

À tarde haverá a tradicional

Gincaboi, com tarefas e brincadei-

ras que prometem divertir o públi-

co. A premiação da gincana será

em dinheiro e animais (ovelhas e

leitões). O proprietário da carroça

mais bela ganha um tablet. O boi

mais bonito recebe o Troféu Canga

de Ouro. Ainda haverá sorteio de

um GPS entre caminhoneiros.

EMPRESAS

Desde o início desta semana,

atividades relativas à data tam-

bém estão sendo desenvolvidas

por empresas. Em Santa Cruz, a

Gaúcho Diesel, concessionária

Mercedes-Benz, promove desde

segunda-feira a Semana do Moto-

rista, que se estende até amanhã.

Diariamente os clientes e demais

visitantes estão sendo recebidos

em um ambiente decorado, com

um café especial na sede da Gaú-

cho. Além disso, a programação

inclui demonstrações de produtos

das linhas de veículos comerciais,

peças e serviços, e test drives. O

mesmo ocorre na concessionária

Apomedil, de Lajeado, onde as

ações serão até sábado.

As comemorações do Dia do Colono

e Motorista celebrado no dia 25 de julho

tiveram início em 1924, em referência

ao começo do processo de imigração

europeia oficial para o Sul do Brasil. A

data simboliza a chegada da primeira

leva de imigrantes à Feitoria Real do

Linho Cânhamo, que, posteriormente,

constituiria a sede de São Leopoldo.

Foi o desencadeamento de um arrojado

projeto de colonização implementado

pelo governo imperial brasileiro, a

fim de povoar e incorporar as amplas

extensões de terra situadas ao Sul.

O 25 de julho também é Dia de São

Cristóvão, protetor dos motoristas e

viajantes. Assim, pela ligação e do

complemento do trabalho de colonos e

motoristas, convencionou-se estender

as comemorações a estas duas impor-

tantes categorias.

Origem da data

EXPEDIENTE

Informe Comercial - Caderno Especial Dia do Colono e Motoristaeste caderno circula encartado em Zero hora na tiragem regional dos Vales do Rio Pardo e taquariEditor colaborador: jansle appel junior MtB 15.066 - Diagramador colaborador: douglas Rafael da Silva - nakaoPara anunciar ou sugestões, ligue: Comercial Santa Cruz do Sul. Fone: 51 3715.7345

quinta, 25 de julho de 2013 3

O Dia do Colono e Motorista

em Venâncio Aires este

ano é diferente. Hoje, pela

primeira vez, é feriado na

Capital do Chimarrão. A definição

da data ocorreu no mês de abril,

quando a Câmara de Vereadores

aprovou a lei substituindo o feriado

de 11 de maio, aniversário do muni-

cípio, pelo 25 de julho.

A mudança teve base em uma

reivindicação do comércio venân-

cio-airense, encaminhada pelo Po-

der Executivo, considerando que o

11 de maio antecede o Dia das Mães,

data de aquecimento das vendas, e a

parada neste período, muitas vezes

com pessoas inclusive viajando,

acabava prejudicando os lojistas. Por

isso, houve a sugestão de substituir

pelo Dia do Colono e Motorista, que

já era feriado em outros municípios

vizinhos, como Santa Cruz do Sul e

Mato Leitão.

Com a alteração, as autoridades

também salientaram que o municí-

pio passa a dar o devido reconheci-

mento, valorização e homenagem

às duas categorias de trabalhadores,

consideradas tão importantes para o

desenvolvimento da região, além de

contemplar o desfile do Colono Imi-

grante e Motorista, um dos maiores

dos Vales.

E o feriado em 2013 terá uma

vasta programação, que se estenderá

até o domingo, por conta da 36ª Festa

Municipal do Colono. Hoje, por

exemplo, ocorre o baile regional da

melhor idade.

COMEMORAÇÕES

Em Venâncio Aires, feriado inédito e quatro dias de eventosAgênciA nAkAo

Hoje• 13h30 – Baile regional da melhor idade, com anima-ção do Musical Os DatainAmanhã• 20h – Gincana entre as comunidades• 21h – Show com a Banda Municipal SCS, de Santa Clara do SulSábado• 14h – Abertura oficial • 14h30 – Início do baile com a Banda Show Brás • 15h – Abertura do lonão com exposição agrocomer-cial e dos brinquedos infláveis • 17h – Tarefa da gincana • 23h – Balada jovem Áudio Som e Show Bar Domingo• 7h – Alvorada festiva, seguida pelo início da mateada • 10h – Gincana entre as comunidades • 11h – Carreiramento • 11h15min – Almoço colonial • 13h – Baile com a Banda Festa Show – pista 1 • 14h – Jeep cross, organizado pelo Jeep Clube de Forquetinha • 15h – Balada jovem com a Áudio Som

Programação

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A sAntA-crUzense brUnA AssmAnn, 23, tem nA conDUÇÃo De cAminhões pesADos UmA De sUAs pAixões

ESPECIAL

Pense na figura de um cami-

nhoneiro. Inevitavelmente,

vem à cabeça aquele velho

estereótipo: graxa, barba,

boné, barriga saliente e outras carac-

terísticas pouco abonadoras. Agora

troque tudo isso por longos cabelos

loiros, perfume, maquiagem, roupas

delicadas e outros toques de femini-

lidade. O mundo dos pesos-pesados

das estradas, cada vez mais, deixa

de ser um território bruto. E a santa-

-cruzense Bruna Assmann, 23 anos,

é o exemplo de que as mulheres

estão demarcando seu espaço atrás

do volante.

Bruna mostra com orgulho a

Carteira Nacional de Habilitação

com a categoria E, que permite a

direção de veículos de carga articu-

lados com reboque ou semireboque.

Ou seja, os maiores caminhões

possíveis. Para isso, teve que antes

estar habilitada durante um ano na

categoria C e aguardar até completar

21 anos – idade mínima para obter

esta classe. Mas valeu a pena. Hoje

não há extrapesado que a intimide.

A paixão da menina pelo cami-

nhão veio de berço. Os dois avós

eram caminhoneiros. O pai, com 35

anos de experiência na direção de

veículos pesados, é proprietário de

uma transportadora há 23, mesma

idade dela. “Cresci no meio. Todo

o meu ensinamento e o gosto pelos

caminhões foram passados por ele e

pelo meu irmão, que dirigia já com

21 anos, como eu”, revela. A menina

lembra com carinho do irmão, fale-

cido há quatro anos. “Ele sempre me

ensinou e sempre incentivou muito

também.”

O hobby ocupa boa parte do

tempo da santa-cruzense, que não

só dirige, como há oito anos também

acompanha provas de automobilis-

mo, em especial da Fórmula Truck,

com a família. Já foram até Buenos

Aires, na Argentina, para assistir à

prova. “Meu pai não gosto de futebol

e nunca nos levou a um estádio. Mas

sempre aos autódromos”, se orgulha.

Há seis meses, a paixão também

passou a fazer parte de sua rotina

de trabalho. Bruna é assistente de

vendas da Gaúcho Diesel, conces-

sionária Mercedes-Benz de veícu-

los comerciais em Santa Cruz do

Sul. Com frequência é ela que leva

caminhões novos até a Apomedil,

concessionária do grupo em Lajeado,

além de levar veículos até comprado-

res. Também realiza test drives para

apresentar os produtos da monta-

dora a clientes. “Poder trabalhar na

empresa, para mim, foi unir o útil ao

agradável”, diz ela.

CUIDADO

Apesar de o gosto pela direção ter

despertado na garota naturalmente,

sem causar surpresa à família, o pai

sempre foi cuidadoso. “Nunca quis

que eu viajasse sozinha, por causa

dos perigos da estrada e da vida do

caminhoneiro, como ter que dormir

em posto, ou amarrar e desamarrar

carga”, conta. Mas ela já fez rotas até

Porto Alegre, por exemplo. E uma

mais longa, até Lages, em Santa Ca-

tarina. Geralmente, o pai faz o rotei-

ro de ida e ela, de volta. “A gente até

brinca para ver quem faz a melhor

média com o caminhão”, concluiu a

menina caminhoneira.

De bruto, só o caminhão JAnsLe AppeL JUnior

Admiração no lugar do preconceitoMesmo que a boleia ainda seja

um território essencialmente mascu-

lino, o preconceito com as mulheres

já não é mais uma realidade. Ou,

pelo menos, a presença feminina

no comando do volante dos pesos-

-pesados das estradas é aceita com

mais naturalidade. “Acho que não

tem mais preconceito. Na verdade,

todo mundo fica admirado e elogia.

E chama bastante atenção”, diz.

Com uma presença cada vez mais

comum na condução de caminhões e

ônibus, as mulheres recebem elogios

pela forma como administram a di-

reção. “A mulher é mais cuidadosa,

mais paciente”, afirma. Para as trans-

portadoras e outras empresas que

investem na mão de obra feminina

para a função de motorista, o resul-

tado se reflete até na redução dos

custos de manutenção dos veículos.

ArQ

UiV

o p

esso

AL

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Já se passaram mais de 20 anos

desde que Paulo Jackisch, 42

anos, iniciou sua trajetória

de transportador no setor

fumageiro. Seguindo os passos do

pai, ele encontrou nesta carreira a

realização pessoal e profissional.

“Eu escolhi esta profissão e não

troco por nada. Acho que não sa-

beria fazer outra coisa”, assegura

ele. Hoje, ele faz parte dos 110

transportadores credenciados pela

JTI para o transporte de tabaco na

Região Sul do Brasil.

Em mais de duas décadas de estra-

da, ligado à JTI desde a época da Kan-

nenberg, em Sinimbu, acompanhou

várias mudanças do setor de tabaco.

“Hoje temos muitas exigências, mas

que contribuem para mais segurança

do transporte. É preciso que tudo

esteja impecável, desde pneus, local,

limpeza, para ser um transportador

credenciado”, destaca ele.

A tecnologia, segundo ele, tam-

bém teve um papel determinante na

melhoria do trabalho e no relacio-

namento entre transportador, pro-

dutor e orientador agrícola. “Hoje

a comunicação é muito mais fácil e

rápida e resolvemos muita coisa por

celular. Trabalhamos em equipe e

os resultados são muito bons, pois

a gente consegue se organizar e

atender bem a empresa.”

Ao iniciar na profissão, buscou

qualificação com o Curso para

Transporte de Cargas Perigosas.

“A cada cinco anos, participo dos

cursos de reciclagem para sempre

estar atualizado e em condições

prestar um bom serviço”, completa

o Jackisch.

Natural de Sinimbu, é casado

com Andrea e pai de dois filhos,

Jackson, 10 anos, e Bianca, 9. Mo-

rador da localidade de Mato Alto,

interior de Vera Cruz, Jackisch

trabalha em média oito meses para

a JTI, de janeiro a agosto. “Estou no

meio de campo entre a empresa e os

produtores e sempre busco atender

às expectativas dos dois lados”,

garante. As cargas transportadas,

de 15 mil quilos, em média, são

oriundas de produtores integrados

da empresa em Vera Cruz, Vale do

Sol e Rio Pardo.

ESPECIAL

Seguindo os passos do pai FoUr comUnicAÇÃo

pAULo JAckisch, 42, Diz QUe nÃo trocAriA por nADA A proFissÃo QUe escoLheU

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PEQUENA PROPRIEDADE

A família Dupont, moradora da

localidade de João Rodrigues,

interior de Rio Pardo (RS),

abriu a sua propriedade, na

manhã de terça-feira, 16 de julho, para

apresentar os resultados práticos do

Programa Propriedade Sustentável/

Produtor 10, desenvolvido pela Sou-

za Cruz em parceria com diversas

entidades, como a Federação dos

Trabalhadores na Agricultura de

Santa Catarina, Empresa de Pesqui-

sa Agropecuária e Extensão Rural

de Santa Catarina, Federação dos

Trabalhadores na Agricultura do Rio

Grande do Sul (Fetag-RS) e Federação

dos Trabalhadores na Agricultura do

Estado do Paraná.

Ao todo, 240 propriedades dos três

Estados do Sul do Brasil participam

do programa focado em oferecer aos

produtores rurais integrados ferra-

mentas para aprimorar os sistemas

produtivos e a gestão das proprieda-

des, com ênfase no desenvolvimento

sustentável, planejamento de ativi-

dades, gestão financeira e respeito às

questões socioambientais.

Conforme o gerente de Assuntos

Corporativos da Souza Cruz, Carlos

Palma, durante os cinco primeiros

anos do programa (2007-2012) foram

avaliados diferentes arranjos produ-

tivos nas propriedades participantes.

O Programa desenvolve estudos que

comparam as melhores alternativas

de produção em cada propriedade,

em função dos recursos disponíveis

para o produtor e sua aptidão.

Neste contexto, a produção de ta-

baco é uma destas alternativas, aliada

a outras culturas, como por exemplo,

cebola, feijão, milho, soja e produção

de bovinos de corte e de leite. “Com

base em indicadores que apontam

o custo de produção, a margem de

lucro, a renda bruta e a utilização

da área é possível planejar e buscar

as melhores alternativas para cada

propriedade e para cada região”, sa-

lientou. De acordo com Palma, a visão

da propriedade passa a ser de uma

unidade produtiva como um todo.

IMPORTÂNCIA

Já o vice-presidente da Fetag-RS,

Carlos Joel da Silva, destacou a im-

portância do Programa Propriedade

Sustentável para a melhoria da qua-

lidade de vida no campo, bem como

para a permanência dos jovens no

meio rural. Um rápido passeio pela

propriedade da família Dupont já

mostra por que a área, de 18 hectares,

tem sido modelo de gestão, organiza-

ção e diversificação. Além do cultivo

do tabaco, em 4,8 hectares, a família

ainda investe na criação de suínos e

gado, bem como no cultivo de milho,

que este ano produziu 100 sacas por

hectare, num total de 600 sacas para

comercialização.

Adeptos da rotação de culturas, a

palhada já está pronta para receber a

próxima safra, cujas mudas estão em

desenvolvimento no sistema float. In-

tegrada à Souza Cruz há 25 anos, com

a produção de mais de 15 mil quilos

de tabaco por safra, a família Dupont

também investe em novas tecnologias

- como a irrigação por gotejamento - e

no uso de práticas sustentáveis, como

a adequação à NR31, com a constru-

ção de novo depósito de agrotóxicos,

e preservação da mata nativa.

Família Dupont é exemplo de gestão e diversificaçãoFoUr comUnicAÇÃo

JUn

io n

Un

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FAmíLiA inVeste no Uso De práticAs sUstentáVeis

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NOVAS GERAÇÕES DO CAMPO

O êxodo rural é uma das preo-

cupações do campo. Em busca

de oportunidades na cidade,

sobretudo as novas gerações

estão, cada vez mais, abrindo mão do

trabalho agrícola e gerando a descon-

tinuidade da atividade em diversas fa-

mílias. O cenário preocupa autoridades

do setor, que projetam frequentes ações

para evitar esta debandada. Em Santa

Cruz do Sul, uma escola vem sendo

apontada como uma das principais

ferramentas para a manutenção do

jovem no campo.

Em funcionamento desde 2009, a

Escola Família Agrícola de Santa Cruz

do Sul (Efasc) atua na educação de

Ensino Médio e Técnico em Agricul-

tura. É o primeiro curso técnico que

utiliza a metodologia da pedagogia da

alternância no Rio Grande do Sul e pre-

tende proporcionar aos jovens filhos de

agricultores do Vale do Rio Pardo uma

educação com um efetivo acesso às

conquistas científicas e tecnológicas da

sociedade, bem como a compreensão

global do processo produtivo.

Pela pedagogia da alternância

da Efasc, os alunos permanecem

uma semana na escola, em regime

de internato, e a semana seguinte

com a família, aplicando na prática

os conhecimentos adquiridos. O

curso tem duração de três anos e

meio e o estudante sai de lá com um

diploma de técnico em Agricultura.

A metodologia é apontada como uma

solução de combate ao êxodo rural de

jovens, já que os estudantes podem

permanecer ajudando na proprie-

dade da família e ainda conseguem

aplicar os conhecimentos adquiridos

na escola.

Atualmente, a Efasc desenvolve

suas atividades junto ao campus

central da Unisc e acolhe os mais de

100 estudantes, de 12 municípios,

durante o regime de internato no

Seminário São João Batista. Até 2014,

porém, a intenção é levar toda a

estrutura para uma área doada pela

Prefeitura na Granja Municipal de

Santa Cruz do Sul.

Hoje, os custos para a formação

são arcados pelas famílias, com uma

contribuição voluntária mensal, e o

restante dos recursos são providos

pela concessão de bolsas de estudos

por empresas e entidades parceiras.

O programa Crescer Legal, ação

conjunta entre o SindiTabaco, em-

presas associadas e Associação dos

Fumicultores do Brasil (Afubra), é

um dos parceiros, por meio de con-

vênio firmado.

Escola agrícola de Santa Cruz é esperança para reduzir o êxodo rural AgênciA nAkAo

AprenDizADo nA escoLA é ApLicADo nAs proprieDADes

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Diante de uma nova safra de

acentuados prejuízos – a ter-

ceira consecutiva –, o quadro

social da Associação dos Fu-

micultores do Brasil (Afubra) aprovou

uma elevação nas contribuições que

incidem sobre o sistema mutualista.

Diante disso, as taxas de inscrições

para o auxílio danos em lavouras para

a safra 2013/14 vão variar entre 3,6% e

6,0%. No período anterior, os percen-

tuais se situavam entre 3,1% e 5,2%.

Para o presidente Benício Albano

Werner, a deliberação, tomada du-

rante a assembleia ordinária anual da

entidade, ocorrida no sábado, dia 13

de julho, no teatro do Colégio Mauá,

em Santa Cruz do Sul, busca repor

o fundo de reserva, mecanismo que

garante o pagamento de todos os au-

xílios oferecidos pela entidade. “Nesta

última safra, foram disponibilizados

R$ 103,6 milhões para pagamento de

auxílios destinados a cobrir prejuízos

causados por granizo, danos em es-

tufas e auxílios-funerais, recorde na

história da Afubra”, destaca.

O dirigente complementa dizendo

que, contabilizados os auxílios e as

despesas, os números superaram a

receita vinda das contribuições. “O

aumento da taxa sobre danos em la-

vouras, ocorrido no ano passado, não

foi suficiente. Isso obrigou, mais uma

vez, a entidade a recorrer ao fundo de

reserva”. Com a deliberação dos asso-

ciados, o percentual de contribuição,

válido para inscrição das lavouras de

tabaco safra 2013/14, fica em 6,0% para

o auxílio sobre danos provocados pelo

granizo. Para quem tem direito às

bonificações de 10%, 20%, 30% e 40%,

as taxas são de 5,4%, 4,8%, 4,2% e 3,6%,

respectivamente.

PRODUÇÃO DE TABACO AFUBRA

Prejuízos forçam elevação das contribuições do sistema mutualistaAssessoriA De comUnicAÇÃo AFUbrA

FoUr comUnicAÇÃo

Desde 2005, os produtores

rurais de todo o Brasil devem

implantar, na sua atividade,

normas de higiene e seguran-

ça do trabalho que foram estabelecidas

na NR 31, a Norma Regulamentadora

de Segurança e Saúde na Agricultura,

Pecuária, Silvicultura, Exploração

Florestal e Aquicultura. Sendo assim,

todas as atividades agropecuárias, en-

tre elas o cultivo do tabaco, devem estar

adequadas às condições de trabalho de

acordo com esta norma.

Para levar ao conhecimento do

agricultor esclarecimentos e orienta-

ções sobre a NR 31, a Alliance One

desenvolveu o programa “Boas práti-

cas nas relações de trabalho agrícola”,

recomendando a promoção do serviço

digno e de qualidade, extensivo aos

trabalhadores contratados pelos pro-

dutores integrados. Por intermédio de

seus orientadores agrícolas, a iniciativa

está sendo desenvolvida com base em

sete princípios: trabalho infantil, remu-

neração e horários de trabalho, forma

de tratamento, trabalho livre, ambiente

seguro de trabalho, liberdade de as-

sociação e conformidade com as leis.

“Desta forma, a empresa objetiva

erradicar a presença de menores de 18

anos no cultivo e alcançar condições

de trabalho seguras e justas em todas

as propriedades rurais que fornecem

tabaco para a nossa empresa”, ressalta

o diretor de Produção de Tabaco da

Alliance One, Ricardo Jackisch. Para

combater o trabalho de crianças e

adolescentes, a empresa também in-

veste em projetos de jornada escolar

ampliada nas comunidades onde atua.

Alliance One incentiva boas práticas de trabalho agrícola

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coLheitA exige cUiDADos