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CADEIA DO CRÉDITO - UMA FERRAMENTA GERENCIAL EFICAZ E FUNDAMENTAL PARA O SUCESSO E LONGEVIDADE DAS...
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UNIVERSIDADE DA AMAZNIA UNAMA
CENTRO DE ESTUDOS SOCIAIS APLICADOS - CESA
CURSO DE CINCIAS ECONMICAS
FRANCISCO CARLOS DA SILVA SOUZA
CADEIA DO CRDITO
UMA FERRAMENTA GERENCIAL EFICAZ E FUNDAMENTAL PARA O SUCESSO
E LONGEVIDADE DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
BELM - PA
2012
-
FRANCISCO CARLOS DA SILVA SOUZA
CADEIA DO CRDITO
UMA FERRAMENTA GERENCIAL EFICAZ E FUNDAMENTAL PARA O SUCESSO
E LONGEVIDADE DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
Monografia apresentada ao Centro de Estudos Sociais Aplicados, curso de Cincias Econmicas da Universidade da Amaznia, como requisito para a obteno do titulo de Bacharel em Cincias Econmica. Orientador: Professor Jos Stnio.
BELM - PA
2012
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FRANCISCO CARLOS DA SILVA SOUZA
CADEIA DO CRDITO
UMA FERRAMENTA GERENCIAL EFICAZ E FUNDAMENTAL PARA O SUCESSO
E LONGEVIDADE DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
Monografia apresentada ao Centro de Estudos Sociais Aplicados, curso de Cincias Econmicas da Universidade da Amaznia, como requisito para a obteno do titulo de Bacharel em Cincias Econmica. Orientador: Professor Jos Stnio.
Banca Examinadora:
________________________________ Professor Jos Stnio - Orientador
________________________________ Professor Roberto Alcntara
________________________________ Professor Mrio Jnior
Data: ___/ ___/ ___
Conceito: ________
BELM - PA
2012
-
Dedico este trabalho a memria de meus
pais, em especial a de minha me que teve
que trabalhar duro para ajudar a criar os
filhos, a minha irm Helena que jamais
mediu esforos para ajudar nos meus
estudos, aos demais irmos, a minha esposa
e filhas que sempre me deram fora para
que eu conclusse este trabalho.
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AGRADECIMENTOS
Agradeo primeiramente a Deus e a Nossa Senhora do Perptuo Socorro que
sempre iluminaram o meu caminho.
Aos meus amigos irmos de infncia que sempre me deram fora nos estudos.
Ao meu professor orientador Jos Stnio.
Ao meu professor coordenador Roberto Alcntara por ter me ajudado a concluir este
trabalho.
.
-
RESUMO
O presente trabalho objetiva sustentar as ideias sobre o CRDITO, por entender ser
de suma importncia, a pea chave para o sucesso das MPEs. No na sua forma
simples, mas sobre o CRDITO que no dia-a-dia e de vrias maneiras est
presente na vida das MPEs. Neste caso, se est fazendo meno ao Crdito
Bancrio, ao Crdito de Fornecedores e ao Crdito de Clientes que, em conjunto,
formam o que se pode denominar de CADEIA DO CRDITO. Mas para que
funcione o empreendedor precisa compreender que o relacionamento sinergtico,
comprometido, entre os agentes formadores da cadeia a mola mestra do processo
do crdito. O interessante que quando se analisa os indicadores apontados na
pesquisa realizada pelo SEBRAE, como os causadores da mortandade precoce das
MPEs, percebe-se que entre os principais falta de capital de giro (42%), falta de
clientes (25%), falta de crdito bancrio (14%), est presente uma das formas de
crdito acima mencionado. O que fortalece a ideia sobre a importncia da
ferramenta gerencial Cadeia do Crdito no dia-a-dia das MPEs que buscam o
sucesso e a longevidade.
Palavras-chave: Pessoas. Relacionamento. Cadeia do crdito.
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ABSTRACT
The present work intents to sustain the ideas about CREDIT, by understand to be of
great importance, the key piece to the success of MSEs. Not in your simple way but,
about the CREDIT that day to day and in many ways it is present in the lives of
MSEs. In this case, it is make mention to the bank credit, to the supplier credit, and
the clients credit that together structure what that be named CREDIT CHAIN. But, to
make it works, the enterprising needs to understand that the synergetic relationship
between forming agents of the chain is the master spring to the credit process. The
interesting thing is that when analyzing the indicators pointed in the research as the
cause of early mortality enterprise, perceives that among the main lack of working
capital (42%), lack of clients (25%), lack of banking credit (14%), is present one of
the credit ways above-mentioned. What strengthens the idea about the importance
of the management tool Credit Chain on a day-to-day of MSES that seek success
and longevity.
Keywords: Relationship. Credit chain. MSEs.
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LISTA DE ILUSTRAES
Quadro 1 - Causas das dificuldades e razes para o fechamento das micro
e pequenas empresas
10
Quadro 2 - Taxa de mortandade das MPEs por tempo de constituio 11
Quadro 3 - Salrio mnimo real - Brasil 1940-2006 (mdias anuais) 16
Quadro 4 - IPCA e IGP-DI (Variao anual - %) 17
Grfico 1 - Evoluo do nmero de estabelecimentos por porte 18
Grfico 2 - Evoluo do nmero de empregos por porte 19
Grfico 3 - Participao relativa das MPEs, na massa salarial e etc. 19
Figura 1 - Formatao genrica da cadeia do crdito 23
-
SUMRIO
1 INTRODUO 9
2 PROBLEMA 12
2.1 O ALTO NDICE DE MORTALIDADE PRECOCE DAS MPES 12
2.2 OBJETIVOS 13
2.1.1 Objetivo Geral 13
2.2.2 Objetivos Especficos 13
2.3 HIPTESE 13
2.4 DELIMITAO DO TRABALHO 13
3 MICROS E PEQUENAS EMPRESAS 14
3.1 ASPECTOS HISTRICOS 14
3.2 O DINAMISMO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS NO BRASIL 15
4 CADEIAS DE CRDITO 20
4.1 DA CADEIA PRODUTIVA CADEIA DO CRDITO 20
4.1.1 Cadeia produtiva 20
4.1.2 Cadeia de crdito 22
4.2 OPERACIONALIZAO E FUNCIONAMENTO DA CADEIA DE
CRDITO
27
5 VANTAGEM COMPETITIVA DA UTILIZAO DA
CADEIA DE CRDITO
29
6 METODOLOGIA 31
6.1 CARACTERIZAO DO ESTUDO 31
6.2 DESCRIO DO LOCAL DO ESTUDO 31
6.3 POPULAO ALVO 31
7 CRONOGRAMA 33
8 CONSIDERAES FINAIS 34
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 36
ANEXO 39
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9
1 INTRODUO
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE),
sobre as micro e pequenas empresas revelam que, elas somam 98% das empresas
formalizadas no Pas, geram 60% dos empregos formais e contribuem com cerca
de 21% do Produto Interno Bruto (PIB). Mas, contraditoriamente, tambm mostram
que, em torno de 60% dos empreendedores que realizam o sonho de ter o seu
prprio negcio, fecham as portas at o quarto ano de existncia. Esse
fechamento prematuro de empresas no pas tem sido uma das preocupaes do
Governo Federal e toda a sociedade organizada. Particularmente para as entidades
que desenvolvem programas de apoio ao segmento de pequeno porte. Como o
caso do Servio Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE).
O SEBRAE, no s preocupado com tal situao, mas por ser sua finalidade,
a prestao de servios de apoio s micro e pequenas empresas, fez no incio de
2004, atravs de parceria com a Fundao Universitria de Braslia (FUBRA), um
levantamento da situao junto a 26 Unidades da Federao e Distrito Federal. O
objetivo do SEBRAE com essa pesquisa era identificar as causas das elevadas
taxas de mortalidade das empresas. O resultado mostrou que a taxa de mortalidade
das empresas constitudas nos anos de 2000/2001/2002 giraram num intervalo de
49,4% a 59,9% para o Brasil. No Par, esse quadro praticamente no se altera,
apresentando ndice de mortalidade mdia em torno de 50% para os anos
pesquisados.
Para identificar as causas do elevado e prematuro fechamento dessas
empresas, fora realizado um trabalho de entrevista junto aos dirigentes
responsveis pelas mesmas. A maioria respondeu a pesquisa que consistia de
perguntas estimuladas, previamente listadas para suas escolhas, todas associadas
s dificuldades na conduo dos negcios. Ver Quadro 1.
-
10
Quadro 1 - Causas das dificuldades e razes para o fechamento das micro e
pequenas empresas
CAUSAS DAS DIFICULDADES E RAZES PARA O FECHAMENTO DAS
MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
Categorias
Ranking
Dificuldades/Razes
Percentual de
Empresrios que
Responderam
Falhas
Gerenciais
1 Falta de capital de giro 42%
3 Problemas Financeiros 21%
8 Ponto/Local Inadequado 8%
9 Falta de conhecimentos
Gerenciais
7%
Causas
Econmicas
Conjunturais
2 Falta de Clientes 25
4 Maus Pagadores 16
6 Recesso Econmica no
Pas
14
Logstica
Operacional
12 Instalaes Inadequadas 3
11 Falta de mo-de-obra
qualificada
5%
Polticas
Pblicas e
Arcabouo
legal
5 Falta de Crdito Bancrio 14
10 Problema com a
fiscalizao
6
13 Carga tributria elevada 1
7 Outra razo 14
Fonte: SEBRAE (2004).
-
11
De posse do resultado da pesquisa o SEBRAE, em conjunto com todos os
setores interessados tem tomado diversas aes visando modificar o quadro que se
apresenta sobre mortandade precoce das pequenas empresas. Entre essas aes,
cita-se a criao de cursos de capacitao direcionados no s aos pequenos
empreendedores com tambm, aos profissionais que do suporte a esse segmento
(contadores, consultores, etc.). O Governo Federal, o maior interessado no sucesso
e dinamismo desse segmento, tambm tem formulado e implantado polticas de
estmulo que passa pela criao da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas,
Super Simples, Microempreendedor Individual, Empresrio Individual de
Responsabilidade Limitada, Linhas de Crdito com juros baixo, etc. Modificar essa
realidade o grande desafio que se apresenta para todos os envolvidos.
Ao tomar conhecimento da importncia que as empresas de pequeno porte
tm para a economia do pas e por outro lado, os problemas que elas enfrentam
com relao mortandade precoce, despertaram o interesse de abordar sobre
esse segmento. Mais precisamente, sobre um item que aparece nas estatsticas
como um dos principais causadores do fechamento das mesmas, que a falta de
CRDITO.
Assim, o presente trabalho teve seu desenvolvimento estruturado com os
seguintes tpicos: Na primeira parte, faz-se uma abordagem do alto ndice de
mortandade precoce das MPEs, passando em seguida anlise dos aspectos
histricos e do dinamismo das micro e pequenas empresas no Brasil. Na segunda
parte, aborda-se sobre a ferramenta gerencial cadeia do crdito, seu uso como
diferencial competitivo e sua importncia para o sucesso e longevidade das MPEs.
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12
2 PROBLEMA
2.1 O ALTO NDICE DE MORTALIDADE PRECOCE DAS MICRO E PEQUENAS
EMPRESAS
Pelos resultados econmicos apresentados e os benefcios sociais que geram,
as MPEs se tornaram vitais para a economia do Pas. Contudo, o elevado ndice de
mortandade precoce desse segmento, como demonstra o resultado das pesquisas
efetuadas pelo SEBRAE/IBGE, tem tirado o sono do Governo Federal, que nos
ltimos anos, tem sim, formulado, polticas de estmulo para essas unidades
empresariais e do SEBRAE, mais ainda, por ser este rgo o responsvel direto
pelo estudo, solues de melhoria e implementao das mesmas, para as MPEs.
Isto porque, apesar da queda acentuada da taxa de mortalidade conforme indica os
nmeros do ltimo relatrio de pesquisa de dezembro/2012 efetuada pelo SEBRAE,
fica claro que ainda, h muito a se fazer para solucionar o problema. Mas,surge as
seguintes perguntas. Ser que todas as ferramentas disponibilizadas, pelo SEBRAE,
ou atravs de trabalhos acadmicos, palestras, seminrios, est chegando de fato
aos principais interessados, as MPEs? Ser que est sendo apreendida e aplicada
no dia-a-dia dessas empresas como suporte para o sucesso e longevidade das
mesmas? Ver Quadro 2
Quadro 2 - Taxa de mortandade por tempo de constituio
Anos de
existncia das
empresas
Anos de
constituio
formal das
empresas
Trinio
2000-2002
Taxa de
mortandade
(A)
Anos de
constituio
formal das
empresas
Trinio
2005-2003
Taxas de
mortandade
(B)
Variao da
taxa de
mortandade
(B-A)
Ate 2 anos 2002 49,4% 2005
22,0% - 27,4%
Ate 3 anos 2001 56,4% 2004 31,3% - 25,1%
Ate 4 anos 2000 59,9% 2003 35,9% - 24,0%
Fonte: SEBRAE (2007).
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13
2.2 OBJETIVOS
2.2.1 Objetivo Geral
Demonstrar a importncia do uso da ferramenta gerencial Cadeia do Crdito a
todos aqueles que esto frente de uma MPE, que buscam alcanar o sucesso e
longevidade. Mostrar as vantagens competitivas proporcionadas pelo uso desta
ferramenta.
2.2.2 Objetivos Especficos
Demonstrar que o uso da ferramenta gerencial Cadeia do Crdito uma
condio determinante para o sucesso e longevidade das MPEs e;
Mostrar as vantagens competitivas proporcionadas pelo uso da ferramenta
gerencial.
2.3 HIPTESE
O uso efetivo da ferramenta gerencial Cadeia do Crdito potencializa o
sucesso e longevidade das MPEs.
2.4 DELIMITAO DO TRABALHO
O presente trabalho sobre a ferramenta gerencial Cadeia do Crdito centra sua
anlise no universo das MPEs, do segmento comrcio e servio, por duas razes.
Primeiro por representarem, em conjunto, em torno de 84% das empresas que
encerram suas atividades precocemente. Segundo, por ser nas empresas
pertencentes a esses ramos de atividades que se pode melhor avaliar os benefcios
do uso da ferramenta gerencial Cadeia do Crdito em face da acirrada
competitividade.
-
14
3 MICROS E PEQUENAS EMPRESAS
3.1 ASPECTOS HISTRICOS
Shopping Center, mini shopping, abrigando centenas de pequenos
comerciantes, lojas de convenincias e outras milhares de micro e pequenas
empresas espalhadas por todas as cidades do pas, operando dentro de um
mercado dinmico, muito competitivo, dispondo de ferramenta tecnolgica -
comrcio eletrnico - para vender o seu produto/servio a um comprador cada vez
mais exigente e sabedor de seus direitos como consumidor. o que se observa
hoje na economia. Mas nem sempre foi assim.
Para conhecer mais sobre esse segmento, sua origem e evoluo, e preciso
retroagir no tempo, at o entardecer do Perodo feudal, em plena a idade mdia.
Naquele perodo no existia o comrcio como ocorre nos dias de hoje. Havia sim,
uma economia de consumo, de auto-suficincia. Do alimento ao vesturio, tudo era
produzido no feudo. Assim, o estado feudal era praticamente completo em si
fabricava o que necessitava e consumia seus produtos.
Aps o sculo X o comrcio comea evoluir a passos largos. Toda a velha
estrutura da Europa ocidental se ver transformada. O aumento da populao, as
cruzadas, a expanso de sua fronteira agrcola, a descoberta do caminho martimo
para as ndias, a descoberta do continente americano e suas minas de ouro e prata,
a derrubada da crena da igreja catlica sobre a usura e principalmente, a
introduo de uma economia monetria - o surgimento da moeda como instrumento
de troca, medida de valor e reserva de valor- deram novo mpeto ao comrcio.
Dentro deste contexto entra em cena o comerciante/mercador que lembra os
comerciantes informais ou vendedores ambulantes de hoje. Unidos, organizavam,
de cidade em cidade, grandes feiras, onde se realizavam o comrcio de uma
enorme variedade de produtos. Essas feiras duravam o ano inteiro. Para apoi-los,
estavam os banqueiros da poca, que nos dias finais de feira, faziam emprstimos,
recebiam dvidas, intermediavam a troca de uma variedade de moedas.
O desenvolvimento do comrcio, o progresso das cidades e o uso do dinheiro
proporcionaram aos camponeses/arteses a oportunidade, que tanto esperavam, de
melhores condies de vida. Assim, como os comerciantes/burgueses, tambm
-
15
queriam ter os seus prprios negcios, viver dos seus prprios ofcios. Queriam se
libertar do jugo do Senhor Feudal.
E assim o fizeram. Logo, o aougueiro, o padeiro e o fabricante de velas
foram ento para a cidade. Dedicaram-se ao negcio de carnes, padaria e
fabricao de velas, no para satisfazer suas necessidades, mas sim para atender a
crescente demanda daqueles que viviam nas cidades. Desde modo, pode-se
afirmar, considerando essa dinmica, que a micro e pequena empresa de hoje, teve
sua origem na pequena indstria artesanal iniciada no entardecer da idade mdia.
3.2 O DINAMISM0 DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS NO BRASIL
A origem do dinamismo verificado no segmento das MPEs est na mudana
de paradigma ocorrido na estrutura de produo da indstria brasileira, no programa
de privatizao das empresas estatais, no aviltamento da renda ocorrido naquele
perodo (QUADRO 3) e no crescimento da PEA, provocado pelo aumento das
pessoas em idade de trabalho e tambm pelo ingresso, cada vez maior, das
mulheres em atividades, que antes eram ocupadas exclusivamente por homens.
Essas mudanas verificadas a partir da segunda metade dos anos 80 e que se
prorrogou ao longo dos anos 90, foram originadas pelo fenmeno da globalizao, a
abertura de mercado ocorridas no governo Collor (1990-1992), continuado com a
implantao do Plano Real pelo governo FHC (de 1995 a 1998 e de 1999 a 2002).
Envolto num discurso pragmtico de que para sobreviverem, as empresas
deveriam, com a mxima urgncia, modificar o seu modo de produzir e isso exigia
modernizao e automao do processo produtivo, inicia-se a nova fase da
evoluo do modo de produo capitalista. A ordem era produzir mais, com
menores custos, para obter maiores lucros, em outras palavras aumentar a taxa da
mais-valia. Assim, sem se importar com o caos social que tais medidas iriam
provocar no mercado de trabalho, por conta de milhares de empregos ceifados, o
pas ingressa de vez no clube das economias globalizadas.
-
16
Quadro 3 - Salrio mnimo real - Brasil 1940-2006 (mdias anuais)
Ano
Salrio Mnimo (1)
ndice: Julho
Perodo 1940=100
Ano
Salrio Mnimo Perodo
1940-100
ndice Julho
Perodo 1940-100
1940 931,55(2) 98,02 1997 240,59 25,32
1960 953,19 100,30 1998 252,28 26,55
1980 587,11 61,78 1999 253,31 26,65
1990 276,44 29,09 2000 260,53 27,41
1991 288,72 30,38 2001 281,99 29,67
1992 247,77 26,07 2002 287,75 30,28
1993 279,55 29,37 2003 291,80 30,70
1994 235,59 24,79 2004 302,69 31,85
1995 233,11 24,53 2005 326,01 34,30
1996 236,85 24,92 2006 376,75 39,64
Fonte: SEBRAE/DIEESE (2011). Notas: (1) Em R$ de fevereiro 2007, referente capital paulista; (2) Em 1940, o salrio mdio correspondente ao segundo semestre.
Obs: a) Para o clculo do salrio mnimo real, foram encadeadas as seguintes sries: o ndice de custo de vida da prefeitura do municpio de So Paulo, para o perodo de julho de 1940 at janeiro 1959; de fevereiro de 1959 a dezembro 1970, o ICV-DIEESE; a partir de janeiro de 1971, o ICV-DIEESE b) Os ndices do salrio de do custo de vida tm como base seus valores reais iniciais, julho de 1940 = 1000 c) Inclui abonos legais e, desde 1962, 13 salrio.
reboque das transformaes que estavam se processando na estrutura
produtiva do pas, seguindo a cartilha do Consenso de Washington, foi implantado
em julho/1994 o Plano Real, cujo objetivo principal era eliminar o problema da
inflao galopante que assolava o pas. Apontada por estudiosos no assunto como
uma das principais causa da inrcia da economia brasileira. Mas para alcanar esse
objetivo o governo FHC, segundo sua equipe econmica, de formao neoliberal,
deveria atacar na raiz do problema e isso passava pela diminuio da presena do
estado na economia. Em outras palavras, o governo deveria privatizar dezenas de
empresas estatais, o que foi feito. Desta forma foi eliminado um dos entraves ao
progresso sustentvel da economia.
No existem dvidas quanto ao sucesso do Plano Real, principalmente com
relao ao combate inflao, que reduziu drasticamente a taxa anualizada de
-
17
916,43% em 1994 para 22,41%, em 1995(ver quadro 04), seguindo uma trajetria de
queda. Assim como tambm, no existe dvidas sobre os efeitos colaterais danosos
provocados pelo plano, atingindo em cheio a classe trabalhadora com a perda de
milhares de postos de trabalho.
Quadro 4 - IPCA e IGP-DI (Variao anual - %)
ANO
IPCA
IGP-DI
ANO
IPCA
IGP-DI
1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995
89,28 95,65 104,80 164,00 215,28 242,25 79,66 363,41 980,22 1.972,91 1.620,97 472,69 1.119,09 2.477,15 916,43
22,41
110,25 95,20 99,71 210,98 223,81 235,13
65,04 415,87 1.037,53 1.782,85 1.476,71 480,17 1.157,84 2.708,39
909,67 14,77
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
9,56 5,22 1.66 8,94 5,97 7,67 12,53 9,30 7,60 5,69 3,14 4,46 5,90 4,31 5,91 6,50
9,33 7,48 1,71 19,99
9,80 10,40 26.41 7,67 12.14 1,22 3,79 7,89 9,11 -1,43 11,30 5,00
Fontes: IBGE e FGV (1995). IPCA - ndice Nacional de Preos ao Consumidor Amplo IGP-DI - ndice Geral Preos Disponibilidade Interna
Abandonados a prpria sorte e sem perspectivas de recomposio de suas
rendas, em curto prazo, seja por falta de emprego nas empresas pblicas, seja pelo
baixo salrio pago na iniciativa privada, muitos daqueles trabalhadores foram
obrigados a buscar alternativas de ganhos para fazer frente ao seu oramento
familiar. Assim, forosamente, foram impelidos a trabalharem por conta prpria.
Montar os seus prprios negcios, nos mais variados tipos dos ramos de atividade.
Muitos daqueles aventureiros se tornaram grandes empreendedores e foram sem
dvida, os precursores do sucesso e importncia que essas MPEs representam
hoje, para a economia do pas.
Contudo, aqueles pequenos negcios, geradores de emprego e renda, cuja
participao no desenvolvimento econmico e social do pas era inegvel, mesmo
operando margem da legalidade, mais j considerado um segmento estratgico
para a economia do pas, s passou a ter sua importncia reconhecida de fato e de
-
18
direito a partir de 05/10/1999, com criao da Lei 9841, que instituiu o Estatuto da
Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, dispondo sobre o tratamento
jurdico diferenciado e simplificado, esta revogada pela Lei Complementar n 123,
de 14 de dezembro de 2006 que estabeleceu normas gerais relativas ao tratamento
diferenciado e favorecido a ser dado s MPE's nos termos dos artigos 146, 170 e
179 da Constituio Federal.
Desde ento, incentivados por vrias medidas de estmulo e proteo, no s
por parte do governo federal como tambm por outros rgos no governamentais,
especificamente o SEBRAE, o segmento das MPEs nunca mais parou de crescer e
de se modernizar. Segundo dados colhidos junto ao SEBRAE, entre 2000 e 2010
verificou-se um aumento expressivo do nmero de estabelecimentos das MPEs e
do emprego gerado por estes estabelecimentos. Em 2010, as MPEs responderam
por 99% das empresas, mais da metade dos empregos formais de
estabelecimentos privados no-agrcolas do pas e por parte expressiva da massa
de salrios paga aos trabalhadores desses estabelecimentos. Enfim, para melhor
clareza e confirmao do dinamismo apresentado por este segmento e de sua
participao expressiva na estrutura produtiva do pas na ltima dcada
transcrevemos abaixo uma srie de grficos constante do ANURIO DO
TRABALHO NA MICRO E PEQUENA EMPRESA 2010-2011, publicado sob a
coordenao do SEBRAE.
-
19
-
20
4 CADEIA DO CRDITO
4.1 DA CADEIA PRODUTIVA CADEIA DO CRDITO
4.1.1 Cadeia produtiva
Antes de se falar da construo da ferramenta gerencial cadeia do crdito e
dos benefcios que seu uso pode gerar para MPEs importante para o
desenvolvimento do conceito desta ferramenta, que se coloque como foi moldada a
ideia. Logo, a ferramenta foi elaborada a partir do funcionamento de uma cadeia
produtiva cuja dinmica no s objetiva gerar renda para os agentes envolvidos em
cada parte do processo produtivo, como tambm, d sustentabilidade a atividade
desenvolvida, desde a extrao ou coleta da matria prima at o produto final,
pronto para o mercado. Tambm, torna-se imprescindvel que se tenha uma
compreenso sobre significado conceitual de cadeia produtiva.
Assim, entende-se por cadeia produtiva como sendo:
Cadeia produtiva um conjunto de etapas consecutivas, ao longo das quais os diversos insumos sofrem algum tipo de transformao, at a constituio de um produto final (bem ou servio) e sua colocao no mercado. Trata-se, portanto, de uma sucesso de operaes (ou de estgios tcnicos de produo e de distribuio) integradas, realizadas por diversas unidades interligadas como uma corrente, desde a extrao e manuseio da materia-prima at a distribuio do produto. (CADEIA, 2013, no paginado).
Segundo Jean-Paul Rodrigue (2013),
Uma cadeia produtiva uma rede de atividades de produo, comrcio e servios funcionalmente integrada, cobrindo todos os estgios de umacadeia de suprimento, desde a transformao de matrias-primas, passando pelos estgios intermedirios de produo, at a entrega do produto acabado, ao mercado. A cadeia concebida como uma srie de ns, ligados por vrios tipos de transaes - como venda e transferncia intra-firma. Cada n, dentro da cadeia produtiva de uma mercadoria, envolve a aquisio ou a organizao de insumos visando a adio de valor ao produto em questo. (RODRIGUE, 2013, p.153)
Segundo a literatura existente sobre o tema consenso entre os estudiosos
do modelo produtivo que tanto no Brasil quanto em nvel internacional, j h certa
unanimidade em que as anlises tradicionais, em especial as que se pautam na
ideia de setores (primrio, secundrio e tercirio), no mais do conta da
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21
complexidade de relaes que envolvem a produo de certos produtos finais,
particularmente os alimentares. Detalhando a compreenso de cadeia de produo,
pode-se dizer que ela se constitui em:
Uma sucesso de operaes de transformao dissociveis, capazes de ser separadas e ligadas entre si por um encadeamento tcnico... e tambm um conjunto de relaes comerciais e financeiras que estabelecem, entre os estados de transformao, um fluxo de troca, situado de montante a jusante, entre fornecedores e clientes. (BATALHA, 1997, p. 24).
A cadeia de produo um conjunto de aes econmicas que presidem a
valorao dos meios de produo e asseguram a articulao das operaes.
De modo geral, uma cadeia de produo agroindustrial pode ser segmentada, de
jusante (produto final) a montante (matria-prima), em quatro macros segmentos ou
mercados. Em muitos casos prticos, os limites dessa viso no so facilmente
identificveis. Alm disso, essa diviso pode variar muito, segundo o tipo de produto
e o objetivo da anlise, conforme descreve Batalha (1997):
A existncia destes mercados permite a articulao dos vrios macros segmentos, bem como das etapas intermedirias de produo que os compem. Dentro de uma cadeia de produo agroindustrial tpica podem ser visualizados no mnimo quatro mercados com diferentes caractersticas: mercado entre os produtores de insumos e os produtores rurais, mercado entre produtores rurais e agroindstria, mercado entre agroindstria e distribuidores e finalmente, mercado entre distribuidores e consumidores finais. O estudo das caractersticas destes mercados representa uma ferramenta poderosa para compreender a dinmica de funcionamento da CPA. (BATALHA, 1997, p. 27).
O fato que, na economia globalizada de hoje, onde, as inovaes
tecnolgicas, no s ditam o ritmo, como tambm, modificam a maneira de produo
de bens econmicos, numa rapidez, capaz de assustar os mais pragmticos tericos
do modo de produo capitalista, as empresas, cada vez mais, tm buscado
estratgias para se manterem vivas, competitivas em um mercado, que a cada dia,
se apresenta muito concorrencial, principalmente no universo das MPEs. Entre as
estratgias utilizadas est a associao com outras empresas do mesmo segmento
ou pertencentes s cadeias produtivas relacionadas com suas atividades. Dessa
forma, se tornam mais produtivas, uma vez que, associadas, conseguem produzir
com qualidade, mais e a menores custos. Essas estratgias, at por contar, em
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22
muita das vezes, com a parceria dos governos locais, tm potencializado o resultado
de tais empresas.
4.1.2 Cadeia do crdito
Da linha de raciocnio exposto acima, sobre cadeia produtiva, parte-se para
anlise conceitual de cadeia do crdito, cuja rea de atuao est particularizada na
comercializao e na prestao de servios, etapa final de um processo produtivo
tradicional, afeto ao mercado da MPEs. Portando, o pleno entendimento de que a
cadeia constituda por todos os agentes com os quais, as MPEs interagem
diretamente fundamental para o efetivo uso da ferramenta. Assim, conceitua-se
cadeia do crdito como uma ferramenta gerencial moldada no relacionamento
prximo, consistente, de interdependncia, firmado no comprometimento de todos
os agentes participantes da cadeia (empresa, banco, fornecedor, governo, capital
humano, cliente). O seu uso tem por finalidade ajudar o dirigente/proprietrio a gerir
com competncia ao seu negcio buscando atingir os objetivos afeto a qualquer
empreendimento comercial que a de gerar lucro, criar valor para o consumidor de
seus produtos e servios, alcanar o sucesso e se manter longevo no mercado. No
entanto, essa ferramenta, para funcionar efetivamente, precisa que o
relacionamento, condicionado a uma srie de atitudes recprocas, se processe de
forma sinergtica com foco no atingimento de resultados concretos.
A partir do momento que esse relacionamento sinrgico se efetiva, entra em
funcionamento a cadeia virtuosa do crdito, que pode ser traduzida em vantagem
competitiva para as micro e pequenas empresas, pelos inmeros benefcios que
alavanca, o resultado do uso correto desta ferramenta gerencial. De onde se chega
que, o relacionamento sinergtico entre os agentes formadores da cadeia a mola
mestra do processo do crdito em sua forma ampla. Que, sustentada na
credibilidade, a partir de seu uso eficaz, cria as condies objetivas, para
potencializar o sucesso, cuja efetividade, a competitividade se processar na forma
do lucro monetrio, do retorno positivo do capital investido.
Na analise da Cadeia do Crdito considera-se apenas aquelas relaes
diretas com as MPEs, por entender ser o universo de relacionamento que realmente
pode impactar positivamente ou negativamente a cadeia junto ao consumidor final.
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23
Diante destas consideraes, pode-se formatar genericamente a cadeia, conforme
representado na Figura 1, onde se identifica os sete grandes grupos de agentes da
cadeia: as MPEs, os fornecedores, os bancos, o governo, o SEBRAE, Capital
humano e os clientes/consumidores finais de produtos e servios.
Figura 1 - Formatao Genrica da Cadeia do Crdito
Cadeia do Crdito
Fonte: Do autor.
MPEs
Bancos
Fornecedores
Clientes
Recursos
Tecnolgicos
Gerncia
Capital
Humano
Governo
SEBRAE
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24
As MPEs atuam convergindo todos os esforos dos demais agentes da
cadeia para a realizao suas vendas ou prestaes de servios com custo e
qualidade competitivos, que atenda as expectativas do consumidor final.
Finalmente, colocamos que o relacionamento com cada um dos agentes
participantes da cadeia do crdito de suma importncia para o sucesso do uso da
ferramenta gerencial e deve ocorrer da seguinte forma:
a) MPEs/Fornecedores Os fornecedores, por serem os responsveis pelo
suprimento das mercadorias que sero destinados a venda ou a prestao de
servios aos consumidores finais pelas MPEs so considerados como peas vitais
para o funcionamento efetivo da cadeia do crdito. Por esta razo, imperativo,
para que as MPEs busquem o sucesso e a longevidade atravs do uso da
ferramenta gerencial, que o processo de escolha com relao a esses agentes siga
critrios baseados em comprometimento, em atitudes recprocas. O que passa, do
lado dos fornecedores, pelo cumprimento do prazo de entrega, mercadoria de
qualidade, preos atraentes, etc, do lado das MPEs pelo cumprimento do prazo de
pagamento das mercadorias adquiridas e a fidelizao desses parceiros comerciais.
Esse comportamento mtuo alavanca um relacionamento virtuoso, passando a ser
um dos pilares de sustentao da ferramenta gerencial cadeia do crdito. A falta de
crdito de fornecedores uma das causas da mortandade precoce das MPEs.
b) MPEs/Bancos preciso que o relacionamento a ser construdo junto a esse
agente se traduza efetivamente em crdito disponvel de forma a atender, uma
eventual necessidade de capital de giro, seja por descasamento entre o seu fluxo de
caixa e os compromissos a pagar, seja por eventual retrao do comrcio. E
tambm, de investimento em fase do dinamismo do mercado que exige que as
MPEs se atualizem para se manterem competitivas. Por outro lado, importante
no esquecer que o Banco, na condio de emprestador, tem interesse no cliente
vivo, em franca atividade, fator determinante para o retorno dos capitais
emprestados na data pactuada, que constitui o objeto maior de sua misso como
emprestador. Na verdade o Banco no s deseja que seus emprstimos e
financiamentos sejam honrados, religiosamente, dentro dos prazos, como tambm,
que sejam consumidos os demais itens de sua cesta de produtos, cujo retorno so
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25
ofertas de linhas de crdito a juros baixo. Portando, o relacionamento virtuoso, do
tipo ganha/ganha, com esse agente est condicionado ao cumprimento de uma
srie de atitudes recprocas. O resultado efetivo desse relacionamento se traduz em
ganho de competividade para as MPEs, uma vez que, permite empresa planejar
melhor suas estratgias tanto de compra, como de venda de seus produtos e
servios. A falta de crdito bancrio uma das maiores causas da mortandade
precoce das MPEs.
c) MPEs/Governo Por conta do dinamismo e importncia representados pelo
segmento das MPEs para a economia do Pas, o governo federal tm criado vrias
medidas de estmulo e proteo para este segmento que vai deste a concesso de
benefcios fiscais ordenao de compras governamentais, atravs dos rgos
federais, estaduais e municipais tendo como fornecedores exclusivos as empresas
pertencentes a este segmento. Tais medidas implantadas pelo o governo tm por
objetivo potencializar ainda mais esse segmento em face de sua importncia para o
crescimento econmico do pas. No entanto, para ter acesso s medidas de
incentivo necessrio que o relacionamento junto esfera governamental seja
eficiente. A condio para que isso acontea passa pelo cumprimento das
obrigaes fiscais por parte das MPEs junto aos rgos competentes. Portanto,
para que o relacionamento com esse agente seja virtuoso e se transforme em mais
um ganho de competividade, contribuindo para potencializar sucesso das MPEs
preciso que as mesmas se apresentem estruturadas, capazes de atender as
demandas de forma eficaz, unidas ou isoladamente.
d) MPEs/Capital humano No mundo de hoje, muito disputado, onde mquinas,
equipamentos, recursos tecnolgicos e estratgias de vendas esto disposio ou
so utilizados por todos no processo produtivo de uma mercadoria ou da prestao
de um servio, o fator humano aparece como um diferencial da luta por um mercado
consumidor.
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26
No inicio da dcada de 90, os executivos pareciam alheios a essa realidade, quando procuravam encontrar o caminho da prosperidade ou da sobrevivncia - por meio do enxugamento das estruturas. As empresas consideravam custos os trabalhadores e tratavam as pessoas da mesma forma que tratavam outros custos, isto , praticando a reduo. Com o avanar dos anos, as organizaes acordaram para o fato de que o capital humano a capacidade, o comportamento e a energia dos trabalhadores no poderia ser desconsiderado quando os gerentes, de todos os modos, procuravam conseguir vantagem competitiva. Na verdade considerar pessoas como ativo, em vez de custo, eleva-lhes o status e significa o reconhecimento de seu valor para o sucesso organizacional. (Davenport, 1999, p. 9 e 10)
Logo, o sucesso do uso da ferramenta gerencial cadeia do crdito por parte
das MPEs passa pelo nvel de competncia de seu corpo funcional, capital humano
e quanto esto motivados e identificados com os objetivos da empresa. Hoje, no
s as MPEs como as demais organizaes vivas no mercado precisam cuidar da
qualidade do seu capital humano, capacitando-os, mantendo-os satisfeitos. Em
contra partida melhor ser a satisfao do cliente devido qualidade dos produtos e
servios oferecidos e do atendimento prestado. Portanto, o investimento em capital
humano potencializa a produtividade dos negcios das MPEs.
e) MPEs/Clientes na relao com esses agentes que as MPEs buscam
realizar o seu objeto social. Mas, para alcanarem seus objetivos de rentabilidade e
sucesso de suas atividades comerciais devem direcionar o foco, exclusivamente,
para a prestao de um atendimento de qualidade, firmado no comprometimento,
na confiana, na transparncia, e mais importante ainda, na competncia do seu
capital humano. Alm de construir um relacionamento sinrgico com os clientes, as
MPEs precisam se mostrar capazes de atender suas necessidades de consumo,
proporcionando-lhes uma sensao de satisfao, prazer e encantamento. E por
conta da percepo de ter feito um bom negcio, na compra de um bem ou na
contratao de um servio a empresa se torna diferenciada, exclusiva aos olhos do
cliente. Surge ento, um vnculo de fidelidade. O cliente no s retorna como
tambm, propaga de forma positiva o atendimento recebido pela a empresa.
Para serem produtivas e eficazes em suas atividades, no basta s MPEs
ofertarem produtos ou servios de qualidade a preos competitivos, terem
disposio recursos tecnolgicos atualizados e estratgias de vendas preciso
investir de forma permanente no relacionamento com o cliente, o que requer
pessoas treinadas, comprometidas com as metas a serem atingidas, motivadas no
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27
s pela remunerao que recebem mais por se enxergarem parte importante da
empresa.
O relacionamento com esse agente finaliza o processo da formatao da
ferramenta gerencial cadeia do crdito como instrumento capaz de potencializar a
produtividade das MPEs fazendo com que alcancem o sucesso e longevidade.
Ter crdito de algum implica em se mostrar confivel, transparente,
competente, conhecedor daquilo que faz, capaz de honrar os compromissos
assumidos dentro do prazo. No universo das micro e pequenas empresas compete
ao seu capital humano (dirigentes, funcionrios) a misso de criar as condies
favorveis que lhes credencie obteno do crdito junto aos agentes participantes
da cadeia.
4.2 OPERACIONALIZAO E FUNCIONAMENTO
A ferramenta gerencial Cadeia do Crdito, tem no seu uso eficiente, a chave
do sucesso e longevidade das MPEs. Para se tornar eficaz preciso que o conjunto
de relacionamento, ancorado na credibilidade que lhe deu origem, se transforme em
compromisso efetivo de todos os agentes participantes da cadeia. O que passa por
uma gesto competente do uso desta ferramenta. necessrio que se ponha em
operao cada engrenagem desta ferramenta. Assim, vejamos como se deve
proceder com cada agente para se construir um relacionamento virtuoso. Nesta fase
inicial, de apresentao, pra comear preciso entender que cada participante da
cadeia tem sua particularidade, uma demanda especfica. Portanto, com cada um
deve ser utilizada uma abordagem relacional diferente, singular. O que requer
bastante ateno e prudncia, por parte do empresrio, no s com relao a essa
particularidade, mas como tambm, para superar as barreiras que surgem de forma
automtica contra essa aproximao. O que natural em face de no se saber com
quem se est interagindo neste primeiro momento. O empresrio precisa ter clareza
daquilo que ele espera de cada um dos agentes, assim como tambm, daquilo que
eles esperam dele. Mas como e onde buscar essas informaes? Conversando
diretamente com cada participante, atravs de informaes junto a terceiros, de sua
prpria experincia, de sua percepo, atravs do auxlio do SEBRAE, em fim,
existem uma srie de caminhos para se conseguir tais informaes. preciso
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28
construir um canal de proximidade, abrir portas, avanar no relacionamento
comercial.
Concluda a fase inicial, parte-se para d consistncia a esse relacionamento.
O que exige, do titular da empresa, o emprego de aes afirmativas. Ele precisa se
mostrar transparente, confivel, conhecedor daquilo que faz. Cumpridor dos seus
deveres. Essas atitudes positivas no s criam um efeito contagiante em cada
participante da cadeia como tambm emitem mensagem, orientando sobre o retorno
das aes recebidas na mesma medida, construindo dessa forma uma relao
sinrgica, de interdependncia. Deste modo, o uso da ferramenta no deve ser visto
como uma forma de criao de valor apenas para as MPEs, mas abrangendo
tambm, todos os agentes participantes da cadeia, incluindo-se a, particularmente,
o cliente, consumidor dos produtos ou servios finais.
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5 A VANTAGEM COMPETITIVA DA UTILIZAO DA CADEIA DO CRDITO
PARA AS MPEs
Por que empresas, desses segmentos, que oferecem os mesmos produtos e
servios, na mesma praa, dirigidas por pessoas que possuem conhecimento na
rea de atuao, apresentam resultados comerciais, na maioria das vezes,
totalmente diferentes umas das outras. Situao esta, muito comum aos olhos de
todos aqueles ligados a esse universo. Certamente, se algum perguntasse o
porqu dessas performances to desiguais. De pronto a resposta seria, tirada da
sabedoria popular, o fulano tem o dom do comrcio, o ciclano no nasceu para o
comrcio. Avanando nesta linha de pensamento, ao efetuar-se nova pergunta do
tipo, o que leva um cliente a deixar de comprar um produto ou contratar um servio
da empresa X, para adquirir o mesmo produto ou contratar o mesmo servio na
empresa Y, pelo mesmo preo ofertado por ambas as empresas. Neste caso, j fica
mais difcil de responder de imediato. Provavelmente, j seriam vrias respostas
tentando explicar os motivos da escolha da empresa Y em detrimento da empresa X.
Por ora, esses questionamentos levantados sobre a preferncia do
consumidor no seu processo de escolha de onde comprar ou adquirir um
determinado produto ou servio, no sero respondidos. Espera-se que com o
desenvolvimento deste capitulo se possa ir alm do que ensina tais ditos populares.
Explicar o que pode influenciar uma deciso de consumo.
Antes de se abordar sobre o uso da ferramenta cadeia do crdito, enquanto
sistema virtuoso, capaz de criar as condies objetivas, concretas para um
gerenciamento eficiente com ganho de produtividade, de lucratividade para as
MPEs, constituindo desde modo, em um diferencial competitivo disposio das
mesmas. Torna-se importante, para uma compreenso melhor do assunto, que se
conhea o significado do termo. Segundo a literatura pesquisada, diferencial
competitivo ou vantagem competitiva
uma ou um conjunto de caractersticas que permitem a uma empresa, diferenciar-se por entregar mais valor aos seus clientes, em comparao aos seus concorrentes e sob o ponto de vista dos clientes. H duas maneiras de se ter uma Vantagem Competitiva: ser nico (a melhor) ou ser diferente (a mais comum). (KOTLER, 1998, p. 63)
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30
Vantagem competitiva a habilidade de uma empresa trabalhar de uma ou mais maneiras que os concorrentes no podem ou no iro acompanhar. As empresas esforam-se, para desenvolver vantagens competitivas sustentveis. Aquela bem sucedida em entregar o valor alto e satisfao aos consumidores, que leva repetio de compra e, assim alta rentabilidade da empresa. (KOTLER, 1998, p. 63)
As micro e pequenas empresas, parte ativa e passiva de um mercado muito
competitivo, atomizado, dinmico, em sua maioria, precisam a cada dia matar um
leo para manterem-se vivas, alcanarem o sucesso, a to almejada longevidade.
Em face dessa dura realidade enfrentada por essas unidades comerciais,
importantes para o sucesso da economia do pas, foi formatada a ferramenta
gerencial Cadeia do Crdito, no s capaz de potencializar o crdito, a
produtividade, em funo dos benefcios proporcionados pelo relacionamento
sinrgico constitudo com cada agente participante da cadeia, como tambm, de
tornar-se um diferencial competitivo a ser utilizado pelas mesmas. Entretanto, na
corrida da conquista de cliente, com foco no resultado, o uso desta ferramenta como
diferencial competitivo s se concretiza efetivamente, ou seja, gera produtividade,
rentabilidade, sucesso, para as MPEs, a partir do momento, que ao consumir
produtos ou servios, os clientes tenham suas necessidades atendidas de forma
plena, o que passa pela sensao de satisfao, prazer, encantamento por conta do
atendimento de qualidade recebido, fruto de treinamento e investimento em capital
humano.
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6 METODOLOGIA
6.1 CARACTERIZAO DO ESTUDO
O referencial metodolgico escolhido para o presente estudo foi o qualitativo,
caracterizado pelo mtodo descritivo com o objetivo de informar.
6.2 DESCRIO DO LOCAL DE ESTUDO
Este estudo foi desenvolvido em pesquisa bibliogrfica da literatura existente
sobre as micro e pequenas empresas (artigos, livros, trabalhos de monografias);
trabalho de pesquisa junto ao SEBRAE; IBGE; DIEESE; Instituies Financeiras e
da experincia vivenciada por mais de duas dcadas de trabalho na carteira de
crdito do Banco do Brasil, onde adquiri informaes que muito me ajudaram no
desenvolvimento deste trabalho.
Para que os objetivos da pesquisa fossem atingidos, o trabalho norteou-se nas
seguintes fontes de pesquisa:
a) Primeiro foi colhido o maior nmero de informaes sobre a literatura que
abrange o tema do trabalho. Essa gama de informaes serviu de base terica para
o desenvolvimento do trabalho.
b) Segundo atravs de pesquisa junto aos rgos acima mencionados buscou-se
informaes, visando atualizar os dados estatsticos com relao mortandade
precoce das micro e pequenas empresas, sobre o seu dinamismo e sobre a
importncia que representam para a economia do pas.
c) Por ltimo e mais importante, buscou-se, a partir da experincia de mais de
duas dcadas de trabalho na carteira de crdito do Banco do Brasil, direcionada s
MPEs, ancorada em uma extensa leitura da literatura relacionada ao universo das
mesmas, formatar uma ferramenta gerencial, chamada de cadeia do crdito, cujo
objetivo funcionar como um diferencial competitivo capaz de potencializar o
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32
sucesso e longevidade para essas unidades empresariais quando utilizada de forma
correta.
6.3 POPULAO ALVO
Este trabalho tem como pblico alvo s micro e pequenas empresas dos
setores do comrcio e servios, no s pelo seu dinamismo e sua importncia para
a economia do pas, mais tambm, pelo elevado ndice de mortandade precoce
observada para esse segmento conforme informaes colhidas junto ao SEBRAE.
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33
7 CRONOGRAMA
Atividades
Perodo 2012
Perodo 2012
Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
Escolha do tema X
Pesquisa biogrfica X
Levantamento de
dados
X
Elaborao do
projeto
X
Justificativa X
Metodologia X
Entrega do projeto X
Defesa X
Coleta de dados X
Elaborao da
Monografia
X
Entrega da
Monografia
X
Defesa X
Fonte: Do autor.
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8 CONSIDERAES FINAIS
Antes de passar para as consideraes finais sobre Cadeia do Crdito, Uma
Ferramenta Gerencial Eficaz e Fundamental para o Sucesso e Longevidade das
Micro e Pequenas Empresas, abre-se um parntese para fazer um alerta, sobre a
situao vivenciada pelos micro empreendedores individuais com relao s
dificuldades, internas e externas, enfrentadas para se manterem operando no
mercado aps deixarem a informalidade. Internas, por conta das dificuldades dos
trabalhadores informais, agora formalizados, de se enxergarem como micro
empreendedores, peas importantes de um mercado organizado, com direitos e
deveres a cumprir. Externas, por conta, principalmente, das dificuldades de acesso
ao crdito disponibilizado pelo governo, atravs das instituies financeiras oficiais
para fomento do setor, seja por falta de documentao, por restries, por pouco
tempo de cadastro, por falta de garantias etc. O fato que, por conta de tais
barreiras, muitos esto abandonando os seus sonhos de se tornarem
empreendedores individuais e voltando a trabalhar na informalidade, ou ainda,
muitos nem desengavetaram os seus sonhos.
Voltando anlise do trabalho coloca-se que, a Ferramenta Gerencial Cadeia
do Crdito, idealizada a partir das observaes do comportamento de dezenas de
micro e pequenas empresas ao longo de mais de quinze anos de trabalho junto
carteira de crdito do Banco do Brasil s teve sua formatao concretizada e
passada para a forma escrita, aps o convencimento de sua aplicabilidade. Este,
oriundo do embasamento adquirido de extensas leituras relacionadas no s com o
universo destas unidades empresarias como tambm de outras reas do
conhecimento humano, afeto ao comportamento das pessoas, por entender que, as
empresas so constitudas por pessoas e para as pessoas. Entre essas leituras,
est uma na rea da neurocincia, sobre inteligncia social, crucial para o
fechamento da ideia.
Com relao ferramenta gerencial conclui-se que, num ambiente dinmico,
muito competitivo no basta para as micro e pequenas empresas, que tem por
objetivo potencializar o sucesso, ofertarem produtos e servios de qualidade, serem
atenciosas, tratarem bem os seus clientes. preciso ir alm, tornar-se diferente,
singular aos olhos dos clientes, criar valor para os consumidores de seus produtos e
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35
servios. Isto passa pelo gerenciamento competente do uso da ferramenta gerencial
cadeia do crdito.
Finalmente, espera-se que esse trabalho possa servir de apoio para os micros
e pequenos empreendedores. Que todos aqueles que trabalhem nesse segmento
conheam as vantagem do uso ferramenta gerencial cadeia do crdito. Que esta
ferramenta gerencial seja apreendida e utilizada como um diferencial competitivo por
todos queles que lutam no dia-a-dia na busca do sucesso e longevidade de suas
empresas.
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36
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-
39
ANEXO - Resumo sobre as Linhas de Crdito e Produtos Direcionados as
Micro e Pequenas Empresas, Banco do Brasil e Caixa Econmica
BANCO DO BRASIL S.A.
BB Giro Rpido
Conceito - linha de crdito para financiamento de capital de giro, contendo numa
mesma operao dois subcrditos, crdito rotativo e crdito fixo.
Finalidade - Reforo de Capital de Giro das empresas para suprimento de eventual
necessidade financeira, de forma automatizada e massificada.
Pblico Alvo - Microempreendedor Individual, Empresrio Individual, Empresa
Individual de Responsabilidade Limitada (Eireli) e Micro e Pequenas Empresas com
faturamento anual de at R 5 milhes, classificadas como de risco A, B ou C.
Caractersticas da Operao:
Subcrditos:
Crdito Rotativo Abertura de crdito rotativo em conta corrente, com
caractersticas semelhantes ao Cheque Ouro Empresarial;
Crdito Fixo - Capital de giro para pagamento em parcelas mensais e sucessivas.
Pode ser utilizado parcial ou integralmente, com possibilidade de reutilizao das
parcelas pagas.
Limite da linha: Piso- R$ 1 mil, sendo R$ 800 para o crdito fixo e R$ 200 para o
crdito Rotativo; Teto - R$ 120 mil, sendo R$ 100 mil para o crdito fixo e R$ 20 mil
para o crdito rotativo.
Prazo: 24 parcelas mensais e sucessivas, renovvel por iguais perodos
Encargos Financeiros: Divulgados Periodicamente
Garantias: Mnima exigida fiana dos Scios ou de terceiros
Antecipao de Credito ao Logista (ACL)
Permite antecipar o valor liquido de vendas realizadas com cartes, transacionadas
por meio da credenciadora Cielo.
Tem por finalidade apoiar financeiramente o lojista por meio de reforo de capital de
giro.
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destinada a pessoa jurdica ou pessoa fsica, que desenvolva atividade comercial
ou de prestao de servios, afiliada Cielo, com autorizao de manuteno de
domicilio bancrio no Banco do Brasil e limite de crdito vigente.
Prazo: 12 meses, renovveis por iguais perodos
Encargos Financeiros: divulgados periodicamente
CARTAO DE CRDITO BNDES
Finalidade Financiar a aquisio de mquinas, equipamentos, bens de produo,
bens de capital e outros que a critrio do BNDES, estejam relacionados no Portal
Carto BNDES.
Publico Alvo Micro, Pequenas e Mdias Empresas, inclusive cooperativas, de
controle nacional, com faturamento bruto anual realizado de at R$ 90 milhes,
desde que atendam algumas condicionantes Risco de Crdito versus Tempo de
Atividade.
Prazo da Operao entre 3 e 48 meses
Itens Financiveis Quaisquer itens disponveis para compra no Portal Carto
BNDES, tais como mquinas, equipamentos, equipamentos de informtica, veculos
leves, insumos dos setores txtil, coureiro-caladista, moveleiro, resinas
termoplsticas e farinha de trigo, dentre outros
Limites -Piso 1.000,00 Teto 1.000.000,00
Modalidade de Compra:
- compra direta realizada on-line pelo cliente no Portal www.cartaobndes.gov.br;
-compra indireta- realizada mediante contato entre empresas e o fornecedor,
finalizada pelo fornecedor, impostando no Portal Carto BNDES o nmero do carto
da empresa.
Forma de Pagamento dbito automtico em conta corrente todo dia 16 de cada
ms.
Encargos Financeiros definidos pelo BNDES e divulgados, mensalmente, no Portal
Carto BNDES.
Tarifas no so cobradas tarifas para a linha de crdito
Garantias: Mnima Fiana, outras conforme o valor e risco do cliente
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PROGER URBANO EMPRESARIAL
Conceito linha de financiamento de investimento operacionalizada ao amparo do
Programa de Gerao de Emprego e Renda Proger, institudo pelo Ministrio do
Trabalho e Emprego e mantido com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador
FAT.
Finalidade Financiar projetos de investimento, com ou sem capital de giro
associado, que proporcionem a gerao ou manuteno de emprego e renda, na
rea urbana, viabilizando o desenvolvimento sustentado das microempresas e
empresas de pequeno porte.
Pblico-Alvo Microempresa ou empresa de pequeno porte, com faturamento bruto
anual ou previso de faturamento bruto anual (caso em instalao) de at R$ 7,5
milhes, classificadas como risco A ou B.
Limite da Linha
-Piso: R$ 5 mil
-Teto: R$ 600 mil
Valor Financivel:
-Investimento: at 80% do valor do bem a ser financiado
-Capital de Giro Associado: o menor valor entre o percentual de 30% aplicado sobre
o limite para investimento e a diferena entre o limite financivel total e o limite para
investimento, observada a necessidade apurada tecnicamente.
Prazo:
-Investimento: at 72 meses
-Capital de Giro Associado: at 36 meses
Garantias:
-Obrigatoriamente: fundo garantidor, FGO ou FAMPE
-O bem objeto do financiamento
-Garantia Fidejusssria
CARTO DE CRDITO EMPRESARIAL
Conceito Carto de mltiplo uso que pode ser utilizado nas funes dbito e
crdito bancrio.
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MPO - Microcrdito Produtivo Orientado
Pblico Alvo: Microempreendedor Individual com faturamento ate 60 mil reais,
Empresrio Individual e Micro e Pequena Empresa com faturamento at 120 mil
reais.
Limite da linha de Crdito: 15 mil reais incluindo capital de giro e investimento
Prazo:
a) Capital de Giro at 12 meses
b) Investimento: at 24 meses
Taxa de Juros: 0,64% a.m,
Garantia: Fiana
CAIXA ECONOMICA FEDERAL
GIRO CAIXA
Conceito uma linha de credito destinada s empresas, clientes da Caixa, que
necessitam de capital de giro. Com ele voc pode adquirir crdito de at R$
100.000,00 e, assim, dinamizar os negcios.
Prazo: at24 meses para pagar
Limites extensos: limite de crdito de at R$ 100.000,00
Taxa de juros entre as mais competitivas do mercado
Forma de pagamento: Prestaes mensais calculadas pelo Sistema Francs de
Amortizao Tabela PRICE, debitadas preferencialmente por meio de conta
corrente
GIRO CAIXA FACIL
Conceito um emprstimo destinado s empresas clientes da CAIXA, com
faturamento anual de at R$ 50.000,00
Prazo: 12, 18, 24 ou 40 meses para pagar
Limite: o limite minimo de R$ 1.000,00 e o mximo de acordo com avaliao de
risco, limitado a R$ 1 milho
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Forma de pagamento As prestaes mensais so calculadas pela Tabela PRICE e
debitadas automaticamente n conta que que o crdito est habilitado.
Renovao do Emprestimo A cada pagamento de prestao e/ou amortizao, o
valordo limite recomposto e pode ser utilizado novamente, de acordo com a
analise de credito.
CHEQUE EMPRESA CAIXA
Conceito: o Cheque Empresa Caixa uma linha de credito rotativo destinadaa
empresa que deseja prover de recursos a conta corrente a fim de equilibrar as
financas ou formar capital de giro. Com ele, vocmovimenta a conta da sua
empresa com muita comodidade por meio de cheque azul e os depositos efetuados
quitam automaticamente o limite de crdito utilizado. O prazo para efetuar o
pagamento de at 360 dias e os jurosso prefixados.
Prazo- at 360 dias para pagar
Taxas de juros- prefixadas
Comodidade- A movimentao da conta realizada por meio de cheque azul
Prazo - o prazo para quitar o emprestimo de at 360 dias, mas voc poder
prorrog-lo por iguais periodos
Limite - O limite mnimo de R$ 800,00,O limite mximo definido de acordo com a
capacidade de pagamento da empresa.
Forma de pagamento Os credito realizados na conta da empresa efetuam o
pagamento.
PROGER INVESTGIRO
Expansao e produtividade para empresa com faturamento anual bruto deate R$
5.000,00. Financie maquinas, equipamentos e capital de giro associado.
Caracteristicas Tecnicas Financiamento de projetos de investimento e capital de
giroassociado para empreendimentos que visem a gerao ou anuteno de
emprego e renda. Os recursos so proveenientes do FAT -Fundo de Amparo ao
Trabalhador. Paracontrat-lo procure uma agencia da CAIXA de sua preferencia a
fim de elaborar o cadastro; se aprovado, sua empresa elabora e apresenta o plano
de negocios. O financiamento para empresas com faturamenoh mais de 12
meses consecutivos.
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Sao Financiveis Investimentos fixos, representados por bens, inclusive
equipamentos importados, e servioes inerentes atividade da empresa, previstos
no plano de negocios;
Capital de giro associado destinado a suprir as necessidades de execuo das
atividades previstas no plano de negcio, no podendo exceder a 40% do valor total
do financiamento;
Investimento para implantao de sistemas de gesto empresarial, quando previstos
no plano de negocios;
Financiamento de mquinas e equipamentos usados, exceto os de informatica;
Financiamento de Veiculos de carga, produo nacional, modelo basico, com at 05
anos de uso destinado comprovada utilizao nas atividades do empreendimento
financiado e as seguintes especies: motoneta, motocicleta at 150 cc; triciclo de at
150 cc, quadriciclo at 150 cc; reboque e semi-reboque; carroa e furgo e
caminhonete com peso bruto total de at 3.500, quilogramas.
Limite de Financiamento at R$ 400 mil, limitado a 90% do plano de negcios
Prazo- at 48 meses, incluindo at 6 meses de carncia