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w w w . b r a z i l i a n n e w s . u k . c o m Londres, 2 a 8 de abril de 2009 Ano 9 / Número 366 banda navidad banda navidad Com Lula, Presidência emprega 67 diretores e centenas de chefes 25 23 06 BRASIL Joana Mateus vence primeiro Concurso de Fado Amador CULTURA Polêmica sobre preservativos marca viagem do papa à África SAÚDE Continua na página 07 Continua na página 15 Brown pede apoio de Lula a crédito de US$ 100 bi para comércio mundial E m sua primeira visita ao Bra- sil como primeiro-ministro britânico, Gordon Brown defendeu a oferta de mais crédito ao comércio internacional. Segundo Brown, são necessários "US$ 100 bilhões, no mínimo" para reativar o fluxo entre os países. A ideia de Brown será apresentada na reunião do G20, em Londres, no dia 2 de abril. "Vou pedir aos países do G20 que apoiem a ampliação dos financia- mentos para o comércio", afirmou o primeiro-ministro britânico. "Convido o Brasil, outros países e organismos internacionais a participar." Brown disse que sua visita ao Brasil é um “indicativo” da liderança brasilei- ra no sistema econômico mundial. E migrar do país de origem e uma realidade que os bra- sileiros que vivem no Reino Unido entendem muito bem. As razões são diversas: condições políticas desfavoraveis, precaria situação econômica, qualificação profissio- nal, entre outras. Viver no exterior dimensiona uma expectativa de conquista, de uma melhor qualida- de de vida e a possibilidade, quase que ilimitada, de explorar oportuni- dades inexistentes no Brasil. São esses emigrantes que hoje cons- tituem a maioria dos membros da diáspora brasileira e, para auxiliar na colocação profissional, a rede Brazil Diáspora chega à Europa. O principal objetivo é permitir que brasileiros com qualificação tenham maior sucesso e participa- ção no Mercado Internacional. Brazil Diáspora chega à Europa

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Edicao 366 / Brown pede apoio de Lula a crédito de US$ 100 bi para comércio mundial

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w w w . b r a z i l i a n n e w s . u k . c o mLondres, 2 a 8 de abril de 2009 Ano 9 / Número 366

banda navidadbanda navidadCom Lula, Presidência emprega 67 diretores e centenas de chefes

252306

brasiLJoana Mateus vence primeiro Concurso de Fado amador

CULTUraPolêmica sobre preservativos marcaviagem do papa à África

saÚDE

Continua na página 07

Continua na página 15

brown pede apoio de Lulaa crédito de US$ 100 bi para comércio mundial

Em sua primeira visita ao Bra-sil como primeiro-ministro britânico, Gordon Brown

defendeu a oferta de mais crédito ao comércio internacional.

Segundo Brown, são necessários "US$ 100 bilhões, no mínimo" para reativar o fluxo entre os países. A ideia de Brown será apresentada na reunião do G20, em Londres, no dia

2 de abril."Vou pedir aos países do G20 que

apoiem a ampliação dos financia-mentos para o comércio", afirmou o primeiro-ministro britânico. "Convido

o Brasil, outros países e organismos internacionais a participar."

Brown disse que sua visita ao Brasil é um “indicativo” da liderança brasilei-ra no sistema econômico mundial.

Emigrar do país de origem e uma realidade que os bra-

sileiros que vivem no Reino Unido entendem muito bem. As razões são diversas: condições políticas desfavoraveis, precaria situação econômica, qualificação profissio-nal, entre outras. Viver no exterior dimensiona uma expectativa de conquista, de uma melhor qualida-de de vida e a possibilidade, quase

que ilimitada, de explorar oportuni-dades inexistentes no Brasil. São esses emigrantes que hoje cons-tituem a maioria dos membros da diáspora brasileira e, para auxiliar na colocação profissional, a rede Brazil Diáspora chega à Europa.

O principal objetivo é permitir que brasileiros com qualificação tenham maior sucesso e participa-ção no Mercado Internacional.

Brazil Diáspora chega à Europa

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2 a 8 de abril de 2009

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva definiu o encontro com o presi-

dente da França, Nicolas Sarkozy, nesta quarta-feira, 1º, em Paris, como uma reunião para "afinar a orquestra" antes do encontro do G-20, que acontecerá na quinta em Londres. Sarkozy afirmou que os dois "querem que o mundo mude". "Se avançamos juntos, nossa voz é mais forte. Buscamos uma con-tribuição comum para uma nova governança mundial", disse.

Lula foi mais enfático e afirmou "tanto eu quanto o presidente Sa-rkozy não queremos participar de uma reunião fracassada". Ele con-vocou países com maiores PIBs que "assumam a responsabilida-de e enfrentem os ativos tóxicos do sistema bancário". "O sistema financeiro precisa voltar a ser vinculado ao sistema produtivo", completou. Por volta das 13h30 de Paris, após almoço dos presiden-tes no Palácio do Eliseu, sede do governo francês, os líderes con-versaram com a imprensa.

Lula ressaltou ainda a expectativa sobre o encontro dos países mais ricos do mundo. "Negociamos par-ceria que propõe propostas con-cretas para o G-20. Todos sabem da expectativa que a reunião está gerando sobre os ombros dos líde-res. Grandes decisões que serão tomadas amanhã serão políticas, e não apenas econômicas".

Lula completou com duras críti-cas aos paraísos fiscais. "O G-20 precisa ser enfático contra os paraísos fiscais". Ele chamou de "quase imoral" os que "especulam sem gerar nada para o sistema

produtivo"."O G-20 vai ser uma reunião en-

tre amigos, mas será difícil porque nem todo mundo está pensando da mesma forma. Estou convenci-do de que precisamos sair no mí-nimo com uma proposta que pos-sa representar um alento. O medo é que causou essa crise. É preciso enfrentar o medo e tomar as deci-sões concretas", concluiu.

DiscordânciaO presidente francês, Nicolas

Sarkozy, foi o responsável por elevar o tom dos debates às vés-peras da reunião do G-20. Em en-trevista a rádio Europe 1, Sarkozy disse que não está satisfeito com as atuais propostas do G-20, as-sim como a Alemanha. Ambos defendem maior regulação dos mercados financeiros e são contra o aumento dos gastos públicos, como querem os Estados Unidos. Ontem a ministra de Finanças da França, Christine Lagarde, já havia dito à BBC que o presidente fran-cês poderia não assinar o comuni-cado final do encontro - informa-ção depois contemporizada pelo porta-voz da presidência.

A tensão entre os dirigentes também foi elevada com a entre-vista do primeiro-ministro do Ja-pão, Taro Aso, ao Financial Times hoje. Ele defendeu a adoção de estímulos fiscais para restaurar as economias, com base na ex-periência do país nos últimos 15 anos, alegando que outras nações estão passando pelo problema pela primeira vez. "Eu acho que há países que entendem a impor-tância de mobilização fiscal e há outros países que não - é por isso,

eu acredito, que a Alemanha veio com suas visões."

ProtestosNas ruas, a população irá ex-

pressar hoje seu descontentamen-to com a crise, o aumento do de-semprego e o socorro aos bancos, em uma série de manifestações. O principal alvo será a City, centro fi-nanceiro da Europa. Aproveitando a data de 1 de abril, organizações sociais e ambientais prepararam o "Dia da Mentira Financeira", com passeatas que sairão de quatro pontos da cidade para se encontra-rem no Banco da Inglaterra. Cada marcha representará um "Cavaleiro do Apocalipse": a guerra, o caos climático, os crimes financeiros e a apropriação de terras.

"Perdeu a sua casa? Perdeu o emprego? Perdeu suas econo-mias ou pensão? Então esta fes-ta é para você!", diz o movimento G20 Meltdown, organizador da manifestação.

A segurança está sendo muito reforçada, já que a polícia de Lon-dres montou uma operação de 7,2 milhões de libras (US$ 5 milhões), com 10,5 mil policiais. Os execu-tivos financeiros foram aconselha-dos a deixar o terno e a gravata em casa. Diversos comerciantes decidiram fechar as portas hoje.

O presidente Lula chega à esta-ção de trem St. Pancras, por volta das 16h30 (horário local). No início da noite, os líderes do G-20 serão recebidos pela rainha Elizabe-th II, no Palácio de Buckingham. Depois, jantam com o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, na residência oficial em Downing Street. (AE)

Lula encontra sarkozye ‘afina orquestra’ para o G-20Presidente convoca países com maiores Pibs que 'assumam a responsabilidade e enfrentem os ativos tóxicos'

Sarkozy e Lula trocam cumprimentos em Paris.

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2 a 8 de abril de 2009

Última Hora

Michelle visita centrode tratamento de câncer em Londres

Primeira-dama dos EUa comemora aniversário da clínica construída pela mulher do premiê britânico

A primeira-dama dos EUA, Michelle Obama, come-morou o primeiro aniver-

sário de um centro de tratamento de câncer de Londres nesta quarta-feira, 1º, durante visita com Sarah Brown, mulher do primeiro-ministro britânico, Gordon Brown. Michelle acompanha o marido, Barack Oba-ma, durante o giro por cinco países da Europa.

O presidente americano e a pri-meira-dama chegaram a Londres na noite desta terça-feira (horário local). Obama começou o primei-

ro dia de sua viagem com uma reunião com o premiê britânico, a primeira de uma série de encontros com líderes. Obama chegou às 8h10, ao número 10 da Downing Street acompanhado da primeira-dama. Os dois posaram, como de costume, com Brown e sua mulher, Sarah, antes de entrar na residên-cia do primeiro-ministro do Reino Unido. O presidente americano, em um simpático gesto, estendeu a mão ao mordomo que lhe abriu a porta.

Durante a visita ao Maggie's

Cancer Caring Centre, Michelle so-brou a vela sobre o bolo de choco-late e tomou chá na clínica aberta por Sarah Brown. "Este lugar é um oásis, um oásis que é necessário para pessoas que estão sofrendo". Uma das que conversaram com a primeira-dama foi Namina Turay, 32 anos, que foi diagnosticada com câncer de mama há dois anos, mas que regrediu no último ano. Michel-le parabenizou Namina, para quem a primeira-dama é "muito natural e fácil de conversar". (Agências inter-nacionais)

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2 a 8 de abril de 2009

Foto da semana

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Vista da janela do museu do tempo, em Greenwich.Foto

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Prezada Sra Paula,Sou Leitor do Brazilian News há dois anos, desde que moro aqui e sem-

pre leio as páginas de esporte.Gostaria de perguntar a senhora questões sobre a editoria de Esporte.

Gosto muito do espaço Bate-bola, acho muito legal e interessante com textos rápidos e informativos.

No entanto, a página sobre o Futsal está monótona com apenas uma equi-pe sempre contando da Liga que jogam, com o mesmo formato de texto.

No começo, quando vocês começaram a falar do Futsal, eu achava mais interessante com diversas matérias sobre diversas equipes e do mundo do Futsal. Mas agora parece que sempre leio a mesma noticia. O que houve com a Liga Nacional? E a Liga Regional? O que é essa Futsal Super League?

De qualquer forma, parabéns pelo jornal que está lindo! Apenas um feedback de um fiel leitor.

Atenciosamente, Daniel Danzo.

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2 a 8 de abril de 2009

Crise econômica faz popularidadedo governo Lula cair 10 pontos

Rodolfo Torres, de [email protected]

Por:

A crise econômica mundial fez o que parecia impos-sível no Brasil: derrubou

a popularidade do presidente Lula, campeão de aprovação popular desde a redemocratização do país. De acordo com pesquisa CNT/ Sen-

sus divulgada nessa segunda-feira, 30, 62,4% dos brasileiros apóiam o governo petista. Em janeiro deste ano, o índice chegava a 72,5%.

A aprovação pessoal do presi-dente brasileiro também foi avariada pela turbulência financeira interna-cional. Em dois meses, esse índice passou de 84% para 76,2%.

“Essa queda se dá efetivamente em função da crise e seus reflexos no emprego e na renda do país, embora os índices de avaliação tan-to do governo quanto do presidente Lula continuem significativamente altos”, afirmou o diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes.

O levantamento também analisou a preferência do brasileiro para as eleições presidenciais de 2010. Em votação espontânea, o presidente Lula aparece na frente com 16,2% da preferência. O segundo lugar fica com o governador de São Pau-lo, José Serra (PSDB).

Além de aparecer na frente na preferência do eleitorado, o presi-dente Lula também demonstrou sua capacidade de transferir votos. A mi-nistra da Casa Civil, Dilma Rousseff, cotada para ser a candidata do PT à Presidência da República já está

em terceiro lugar, com 3,6%. Por sua vez, o governador de Minas Ge-rais, Aécio Neves (PSDB), tem 2,9%. O deputado Ciro Gomes (PSB-CE) registra 1,5%. A presidente nacional do PSOL, Heloísa Helena, registra 1,4%.

Nas listas estimuladas em que aparece como candidato à Presi-dência da República, José Serra venceria todos os candidatos (à exceção de Lula, impedido cons-titucionalmente de concorrer pela terceira vez ao cargo).

Poucas horas após a divulgação

da pesquisa, o governo federal tratou de divulgar um novo pacote para estimular a economia e preser-var os empregos. O conjuntos de medidas prevê uma renúncia fiscal de R$ 1,675 bilhão.

O Imposto sobre Produtos In-dustrializados (IPI) sobre veículos deixará de ser cobrado por mais três meses. A medida teve início em dezembro do ano passado, para tentar frear a onda de demissões e estimular o consumo.

Além disso, outros 30 itens bási-

cos de material de construção tive-ram suas alíquotas cortadas até o mês de julho. Ainda fazem parte do pacote de bondades do governo a redução da alíquota da Contribuição para o Financiamento da Segurida-de Social (COFINS) sobre motos.

Para custear toda essa perda de receita, o governo decidiu aumen-tar os impostos sobre os cigarros. Esse produtos terão o IPI e o PIS e Cofins elevados. O resultado será o aumento de até 25% sobre o maço de cigarro.

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2 a 8 de abril de 2009

Brasil (geral)

Com Lula, Presidência emprega67 diretores e centenas de chefesao todo, são 1.750 servidores, volume tão grande que foi preciso ampliar restaurante e estacionamento

À semelhança do Congres-so, o Palácio do Planalto é uma Casa com orga-

nograma inchado. Os salários po-dem não chegar às cifras do Legis-lativo, mas a Presidência criou no governo Luiz Inácio Lula da Silva uma série de funções para encai-xar a militância. Na teia administra-tiva, há 67 diretores e uma centena de chefes. Só a Casa Civil, pasta comandada pela ministra Dilma Rousseff, conta com sete direto-res, mesmo número da multinacio-nal Vale do Rio Doce.

O setor que mais ganhou direto-res foi o da Comunicação Social, do ministro Franklin Martins. Des-de 2003, passou de 2 para 12 di-retores, o dobro da Petrobrás. Há diretores de Patrocínios, Normas, Controle, Internet e Eventos, Co-municação da Área de Desenvolvi-mento, Mídia, Imprensa Internacio-nal, Imprensa Nacional, Imprensa Regional, Produção e Divulgação de Imagens, Apoio Operacional e Administrativo e Comunicação da Área Social.

Foram criadas, ainda, mais oito Diretorias de Programa para as pastas de Relações Institucionais e Assuntos Estratégicos. Um dire-tor geralmente ocupa cargo comis-sionado com salário de R$ 8.988, o DAS-5, mas há variações, caso seja servidor ou não (ver quadro ao lado).

Ao todo, entre cargos de chefia

ou postos subalternos, cerca de 1.750 pessoas trabalham na es-trutura da Presidência. Os "chefes" estão em todos os departamentos, secretarias e escalões de poder.

O gabinete de Lula tem 13 deles, com salários de R$ 6.843,76 a R$ 11.179,36. Trabalham ali também chefes adjuntos de Agenda, Infor-mações em Apoio à Decisão, Ges-tão e Atendimento, sem contar os tradicionais chefes de Cerimonial e Ajudância de Ordens. O mais po-deroso de todos, porém, é Gilberto Carvalho, chefe do gabinete.

Já o organograma da Vice-Pre-

sidência, mais enxuto, lembra o de uma empresa. O vice José Alencar trabalha com sete chefes, que co-mandam as assessorias de Comu-nicação, Administração, Parlamen-tar, Técnica, Diplomática, Militar, além do Gabinete. Não há correli-gionários mineiros ou amigos.

GastosO gasto anual com funcionários

em toda a estrutura da Presidência deve passar de R$ 2,9 bilhões, em 2008, para R$ 3,4 bilhões, neste ano. Está incluído o gasto com pessoal das secretarias especiais de Direitos Humanos, Mulheres,

Promoção Racial, Agência Brasi-leira de Inteligência (Abin), Advo-cacia-Geral da União (AGU) e Em-presa Brasileira de Comunicação.

Os gastos com pessoal do gabi-

Palácio do Planalto, em Brasília.

nete de Lula, incluindo a Casa Civil, também devem aumentar. No ano passado, o valor gasto com os as-sessores mais diretos chegou a R$ 141 milhões. A previsão é gastar R$ 149 milhões neste ano. Desde ja-neiro, o pessoal do gabinete gerou uma despesa de R$ 25 milhões.

É tanta gente na Presidência que o próprio Lula chegou a se quei-xar que o Planalto ficou apertado demais. Foi preciso dobrar as ins-talações do restaurante e ampliar o número de vagas no estaciona-mento.

Procurados desde o dia 20 para esclarecimentos, os assessores da Casa Civil se limitaram a confirmar o total de diretores. Os assessores não informaram o que fazem nem quanto ganham. Apenas repas-saram leis e decretos que regu-lamentam as funções e gratifica-ções. Desde 2003, essas normas sofreram alterações para garantir a acomodação dos aliados.

Uma leitura parcial mostra que há mais de 50 chefes na Presi-dência. Técnicos estimam que o número passe de cem. Há ainda os subchefes, os subsecretários, os subcoordenadores e os secre-tários adjuntos. (AE)

Ex-MsT rainha monta acampamento em 'nova fronteira' de sP

Embalado pelas verbas do governo federal, repassadas

através de duas ONGs sob investi-gação por desvios, o líder dissidente do Movimento dos Sem-Terra (MST) José Rainha Júnior atrai mais segui-dores no oeste paulista. Depois de assumir o controle da maioria dos assentamentos do Pontal do Para-napanema, ele expande sua área de atuação para a região noroeste do Estado.

No último domingo, 29, Rainha iniciou a formação de um mega-acampamento numa estrada vicinal que liga a cidade de Araçatuba ao distrito de Engenheiro Taveira. Cer-ca de 300 barracos tinham sido erguidos nas margens da rodovia. "O Adão Preto será um dos maiores acampamentos do País", afirmou. O nome homenageia o deputado do PT e um dos fundadores do MST fa-lecido recentemente. Os sem-terra foram alistados durante reuniões realizadas na periferia de cidades como Araçatuba, Andradina e Biri-gui. "São trabalhadores que foram expulsos do campo pela mecaniza-ção da cana", disse.

Rainha anunciou outros acampa-mentos na região, que chamou de "nova fronteira" da luta pela terra no Estado. "É uma região com grandes áreas improdutivas e ainda carente de organização", disse. O objetivo é cobrar do Incra a vistoria das fazen-das para acelerar a reforma agrária na região. "O acampamento é uma

forma de organizar as famílias e mo-bilizar o máximo possível de desem-pregados que tenham vínculo com o meio rural e perfil de agricultores." Os acampados devem participar de invasões, segundo o líder. "Mas os fazendeiros que têm terras produti-vas não precisam se preocupar."

Desautorizado pela direção do MST de agir em nome do movimen-to, ele destacou o apoio que recebe de sindicatos rurais ligados à Cen-tral Única dos Trabalhadores (CUT) e de outros movimentos sociais, como o Movimento dos Agriculto-res Sem-Terra (Mast). Esses grupos participaram com José Rainha do chamado Carnaval Vermelho, que resultou na invasão de 21 fazendas no Pontal, em fevereiro.

Dos seguidores de Rainha, 1.200 são beneficiários do projeto do bio-diesel que, nos dois últimos anos, recebeu R$ 3,5 milhões do governo federal. Os recursos foram libera-dos através da Federação das As-sociações de Assentados e Agricul-tores Familiares do Oeste Paulista (Faafop) e da Associação Amigos de Teodoro Sampaio. As entidades, ligadas ao líder dos sem-terra, es-tão sob investigação do Ministério Público Federal por denúncias de desvios. Rainha alega que as de-núncias são falsas. Ele disse que o projeto continua e, este ano, será colhida a segunda safra de semen-tes de mamona para a produção do óleo. (AE)

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2 a 8 de abril de 2009

Brasil (geral)

O maior bioma do mundoNenhum outro país chega perto do brasil em número de espécies

O Brasil abriga 13% das espécies da fauna e da flora existentes em todo

o mundo – e a maior parte delas está na Amazônia. A floresta de 4,2 milhões de quilômetros qua-drados é habitada por centenas de milhares de espécies de plantas, animais, fungos, bactérias. Um re-fúgio de suas matas ou um braço de seus rios pode conter mais es-pécies do que continentes inteiros.

A Amazônia brasileira tem 1.200 espécies conhecidas de aves. Só num raio de 150 km de Manaus é possível encontrar 800 delas, mais do que nos Estados Unidos e Ca-nadá juntos (que têm 700). E ocorre o mesmo com os peixes: o número de espécies descritas na Amazônia (mais de 2 mil) é dez vezes maior que o de toda a Europa – apenas 200. Só no Lago Catalão, entre os Rios Negro e Solimões, em frente a Manaus, há 300 espécies conhe-cidas, segundo os especialistas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).

As estimativas dos cientistas são de que só 10% das espécies exis-tentes na Amazônia brasileira sejam conhecidas. Talvez menos. Ainda assim, na escala amazônica, 10% já englobam números espantosos. Só de anfíbios são 250 espécies catalogadas, ante as 81 da Euro-pa. Os mamíferos são 311, com mais de 70 espécies de macacos e 122 de morcegos. As abelhas são 3 mil; borboletas e lagartas, 1.800. Em uma única árvore da Amazônia já foram encontradas 95 espécies de formigas – 10 a menos do que em toda a Alemanha.

Mas há uma imensidão ainda a ser desbravada. E não é preciso ir longe para encontrar novas espé-cies: mesmo no Rio Amazonas, o mais explorado da região, as des-cobertas são rotineiras – em 2005, foi identificado um exemplar de pi-raíba, que pode chegar as mais de 2 metros. Levantamentos recentes feitos com redes de arrasto revela-ram um universo de peixes elétri-cos e outros animais exóticos que vivem nas regiões mais profundas do rio, em áreas de escuridão total.

“Mesmo o que pensamos ser mui-to conhecido é pouco conhecido. É impressionante”, diz o especialista Jansen Zuanon, do Inpa. A média para o Brasil é de uma nova espé-cie de peixe de água doce descrita por semana.

No Museu Paraense Emílio Go-eldi, em Belém, 70 novas espécies foram descritas nos últimos seis anos, incluindo vespas, aranhas, peixes, macacos, cobras e plantas. “Se tivéssemos mais pesquisado-res, certamente descobriríamos muito mais”, diz a diretora do mu-seu, Ima Vieira.

A maior parte da Amazônia ain-da é território inexplorado pela ci-ência. Estima-se que até 70% das coletas feitas sobre biodiversidade na região estão restritas aos en-tornos de Manaus e Belém – onde estão o Inpa, o Museu Goeldi e as principais universidades da região. Diante do tamanho e da heteroge-neidade da Amazônia, é o mesmo que observar a região por um bura-co de fechadura. Faltam respostas para perguntas básicas: quantas espécies existem na região? Como elas estão distribuídas? Qual o pa-pel de cada uma na natureza? Nin-guém sabe dizer ao certo. A maior biodiversidade do planeta é tam-bém a mais desconhecida.

Organismos menores e altamen-te diversos, como os invertebrados (que constituem 95% das espécies animais do planeta), não têm nem estimativas. “Não chamo isso nem de lacuna; é uma cratera gigan-tesca de informação”, diz o ecó-logo Thomas Lewinsohn, da Uni-versidade Estadual de Campinas (Unicamp), coordenador do maior levantamento sobre biodiversidade já feito no Brasil. E completa: “Nem é incapacidade dos cientistas, é um buraco negro mesmo. Não dá nem para chutar números.”

Não se trata apenas de saciar uma curiosidade científica. A fal-ta de informações é uma ameaça direta à conservação da biodiver-sidade e dos serviços ambientais prestados por ela. “Como é que va-mos entender o funcionamento de um ecossistema se nem conhece-

mos as espécies que fazem parte dele?”, pergunta o zoólogo Miguel Trefaut Rodrigues, da Universidade de São Paulo (USP).

O planejamento de obras e a de-finição de áreas para conservação, por exemplo, dependem direta-mente desse conhecimento. “Pro-duzimos muitas informações sobre a Amazônia, mas elas não estão organizadas de uma forma prática que possa nos dar respostas rápi-das para perguntas importantes”, resume José Maria Cardoso da Silva, da ONG Conservação Inter-nacional (CI).

A última Avaliação do Estado do Conhecimento da Biodiversidade Brasileira calculou o número de es-pécies conhecidas no Brasil entre 168 mil e 212 mil – uma diferença de 44 mil. Prever o número real de espécies (incluindo as desconheci-das) é ainda mais difícil. Lewinsohn estima um total entre 1,4 milhão e 2,4 milhões de espécies. Base-ando-se no ritmo atual, com uma média de 700 novas espécies des-critas por ano, serão necessários 1.200 anos até que seja conhecida toda a biodiversidade brasileira – incluindo a da Amazônia.

A lista oficial da fauna ameaça-da do Brasil inclui 58 espécies da Amazônia – 9% do total. É pouco, se for levado em conta que mui-tas espécies provavelmente estão ameaçadas ou já foram extintas sem que os cientistas tenham tido chance de conhecê-las. “Certa-mente já perdemos muito mais do que conseguimos avaliar”, lamenta o ornitólogo Alexandre Aleixo, do Museu Goeldi. (AE)

Macaco Uacari vermelho, na floresta do Instituto Floresta Viva, no Amazonas.

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Nos 45 anos do golpe militar, Oab cobra abertura de arquivos da ditadura

O presidente nacional da Or-dem dos Advogados do

Brasil (OAB), Cezar Britto, defen-deu nesta terça-feira, 31, ao co-mentar a passagem dos 45 anos do golpe militar de 1964, a abertu-ra dos arquivos da ditadura militar como forma de "resgatar a memó-ria do país lamentavelmente vivida no período sombrio do regime mi-litar".

"Um país que não conhece sua história, sobretudo suas páginas mais sombrias e controversas, cor-re o risco de repeti-la", disse.

Segundo ele, a Lei de Anistia perdoou "reciprocamente os deli-

tos políticos de ambas as partes". "Mas anistia não é amnésia. É ne-cessário saber que crimes foram esses e os que estão efetivamente por ela abrangidos."

Britto afirmou que questões bá-sicas, como o paradeiro de ca-dáveres e o destino de pessoas desaparecidas, continuam sem solução, "cobertas pelo manto do silêncio e da cumplicidade".

Hoje, uma sessão solene no Clu-be Militar, no Rio de Janeiro, lem-brará o aniversário do golpe militar. Na ocasião, militares vão inaugu-rar uma placa em homenagem aos mortos no período. (Folha Online)

Lula rebate crítica de que bolsa-Família é 'esmola' a famílias

O presidente Lula referiu-se duas vezes às críticas feitas

pelo senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), que chamou de "esmola" o programa Bolsa-Família, na sua vi-sita desta segunda-feira, 23, a Per-nambuco, a terceira neste ano. Em uma entrevista exclusiva ao radialis-ta Geraldo Freire, da Rádio Jornal, logo ao desembarcar vindo de São Paulo, ele disse não entender por que o senador, com quem sempre teve uma boa relação, "agrediu tan-to" o governo e o programa.

Voltou a falar do assunto, em dis-curso no município metropolitano de Vitória de Santo Antão, ao inaugurar uma unidade da Sadia, desta vez sem citar o nome do senador. "Tem gente que fala mal do Bolsa-Família, diz que é esmola", afirmou. Segundo o presidente, se para um cidadão que pode dar uma gorjeta de R$ 100,00 em um hotel cinco estrelas isso não é nada, uma mãe de famí-

lia com esse dinheiro na mão faz a multiplicação dos pães. "É isso que parte da elite brasileira não enxerga", disse, ao lembrar que há anos não se ouve mais falar das frentes de trabalho que eram criadas nos perí-odos de seca no semiárido, com os trabalhadores ganhando R$ 30,00 por mês para bater uma enxada sem nada produzir. "Isso acabou".

Indagado por Geraldo Freire so-bre as especulações de um con-fronto entre o governador Eduardo Campos (PSB) e o senador e ex-governador Jarbas Vasconcelos, pelo governo de Pernambuco, em 2010, Lula disse ter "cara e lado" em Pernambuco. Apoia Eduardo, com quem tem uma aliança estratégica nacional, e acredita na conquista do seu segundo mandato à frente do governo estadual. Quanto ao con-fronto, disse ser ainda cedo para se saber quem será o adversário do socialista. (AE)

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2 a 8 de abril de 2009

O primeiro-ministro da Repúbli-ca Checa, Mirek Topolanek,

renunciou formalmente ao cargo na quinta-feira, 26, dois dias depois da aprovação de uma moção de cen-sura contra seu governo pelo Parla-mento do país. O presidente checo, Vaclav Klaus, aceitou a renúncia. Klaus pediu ao primeiro-ministro e ao gabinete que permaneçam inte-rinamente em suas funções até que um novo governo seja formado.

Não está claro, no entanto, quan-do que a formação do novo governo deve acontecer. Klaus, que terá de designar um novo primeiro-ministro, disse preferir "uma solução rápida" para a crise política por causa do momento de crise econômica e das obrigações de Praga como parte de seu mandato de seis meses na pre-

sidência da União Europeia (UE). O Executivo de Topolanek, inte-

grado por conservadores, democra-ta-cristãos e verdes, caiu na terça-feira em uma moção de censura do opositor Partido Social-Democrata (CSSD), no meio da Presidência tcheca da União Europeia (UE). "Estou preparado para nomear um Governo que se apoie em um acor-do parlamentar e não seja baseado em deputados 'infiéis'", disse Klaus. "Se alguém for capaz de trazer 101 assinaturas que possibilitem um go-verno, darei a oportunidade", disse Klaus, abrindo as portas para que Topolanek tente formar seu terceiro governo nesta legislatura, após as eleições legislativas de junho de 2006.

Klaus também considerou essen-

cial que "a solução deve ser rápida, já que isso é exigido pela complica-da situação econômica e por nossa Presidência do Conselho Europeu, que deve ser desempenhada por um governo plenamente legítimo". O chefe de Estado tcheco acrescen-tou que "é inaceitável uma situação provisória até o final da Presidência" da União Europeia, como estão dis-postos a aceitar os social-democra-tas, tolerando o atual Executivo.

Chefia da UEA moção de censura contra o pri-

meiro-ministro Topolanek, aprovada pelo Parlamento na terça-feira, reve-lou o constrangimento e o vácuo de liderança formal na União Europeia. Topolanek exercia a presidência rotativa do Conselho Europeu - a instância que reúne 27 chefes de Estado e de governo do bloco - e deveria liderá-los às vésperas do G-20 e das cúpulas UE-Estados Unidos e da Organização do Trata-do do Atlântico Norte (Otan).

A censura, a quarta proposta pela

mundo

Pai de Eluana recebe cidadaniahonorária de Florença em meio a protestos O pai de Eluana Englaro,

a italiana que passou 17 de seus 38 anos em es-

tado vegetativo e que morreu por eutanásia mediante autorização da Corte Suprema da Itália, recebeu a sua cidadania honorária da cidade de Florença (Itália) nesta segunda-feira, 30, em meio a diversos pro-testos, inclusive de vereadores da cidade.

Giuseppe Englaro, o pai de Elua-na, recebeu essa distinção da cida-de italiana à revelia dos vereadores do governante partido Povo da Li-berdade (PDL), que abandonaram

a Câmara local pouco antes do início da cerimônia para protestar na rua.

Eluana ficou em coma após so-frer um acidente automobilístico em 1992 e morreu em 9 de feve-reiro passado na clínica La Quiete, em Udine, depois que lhe retiraram a alimentação e a hidratação arti-ficiais, como autorizou a Suprema Corte, a pedido da família. A Igre-ja Católica se opôs firmemente ao fato de a família de Eluana ter aju-dado em sua morte, por considerar o ato um homicídio.

Segundo a imprensa local, além

dos políticos, outras pessoas tam-bém manifestaram sua insatisfação com a concessão da distinção ao pai de Eluana, cujo caso ainda gera polêmica na Itália mesmo após a sua morte, em fevereiro passado, quando seu suprimento de alimen-tos e água foi cortado.

Em carta dirigida a Giuseppe, os vereadores do PDL dizem ter "respeito pelo drama pessoal" vi-vido pelo pai de Eluana, mas afir-mam não acreditar "que isso possa constituir motivos para obter uma cidadania honorária".

O pai de Eluana disse respeitar

a postura dos vereadores do PDL, partido que usou inclusive de seu principal representante, o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusco-ni, para expressar sua oposição à eutanásia. "Não me assombro, o assunto do final da vida toma a consciência de assalto. Haverá tempo para esclarecê-lo", disse Giuseppe.

O caso de Eluana continua em pauta na Itália depois de o Senado do país ter aprovado uma lei que proíbe a suspensão da alimenta-ção e da hidratação a qualquer pessoa. (Efe)

Giuseppe Englaro mostra foto da filha Eluana morta em fevereiro.

Primeiro-ministro checo renunciaformalmente ao cargoPremiê perde voto de confiança por má gestão de crise econômica; país está na presidência da UE

oposição social-democrata desde o início do mandato de Topolanek, em 2007, foi aprovada pelo Parla-mento da República Checa na noite de terça-feira, em Praga. Embora o país atravesse turbulências eco-nômicas - como todo os países do Leste Europeu -, a queda do gover-no teve raízes em disputas internas entre a oposição e a base de apoio. Diante do voto de desconfiança, o primeiro-ministro foi obrigado a demitir-se e a dissolver seu governo -, ainda que a Constituição não fixe prazo para isso.

As divergências no Legislativo checo não receberiam destaque caso Topolanek não exercesse neste semestre a presidência ro-tativa do Conselho Europeu. Na prática, a censura interna também retirou legitimidade de sua gestão à frente do bloco, uma semana an-tes de uma sequência de reuniões de cúpula internacionais. No dia 2, ocorre em Londres o encontro do

G-20; nos dias 3 e 4, ocorre em Es-trasburgo, na França, a cúpula dos 60 anos da Otan, sucedida pela reunião União Europeia-EUA, com a presença do presidente america-no, Barack Obama.

"Enquanto o mundo atravessa turbulência, a elite checa se dá o luxo de uma crise", criticou o cien-tista político Jean-Michel de Waele, da Universidade Livre de Bruxelas. "O balanço da presidência checa é desastroso."

O premiê tentou demonstrar se-renidade. Avisou a oposição de que será candidato à própria su-cessão e assegurou que não aban-donará a presidência da UE. "Essa situação não terá impacto sobre a presidência checa", garantiu. A queda de Topolanek reforçou a importância do Tratado de Lisboa, que está sendo votado pelos paí-ses-membros e prevê a criação do cargo estável de presidente da UE. (Agências internacionais)

Japão pagará retorno de brasileiros e peruanos desempregados

O Japão começou a oferecer nesta quarta-feira, 1º, di-

nheiro aos brasileiros e peruanos com ascendência nipônica sem trabalho, para que voltem a seus países de origem. A intenção de Tóquio é reduzir o que as autori-dades qualificam como um grave problema de desemprego.

Milhares de estrangeiros, com trabalhos temporários ou por reco-mendação, perderam o emprego recentemente, particularmente em empresas de manufatura como a Toyota, que tentam superar a crise financeira. O número de es-

trangeiros em busca de ajuda do governo para encontrar trabalho se multiplicou, em comparação com o ano passado, 11 vezes nos últimos meses e subiu para 9 mil pessoas, segundo o Ministério da Saúde, Trabalho e bem-estar.

"O programa é para responder a um problema social cada vez maior", afirmou o funcionário Hi-roshi Yamashita, do Ministério. O novo programa se aplica somen-te aos brasileiros e peruanos com ascendência japonesa que têm vistos especiais para trabalhar no setor de manufatura. Não envolve

outros estrangeiros radicados no Japão, explicou Yamashita.

O governo entregará a esse grupo 300 mil ienes (US$ 3 mil) a cada um, além de 200 mil ienes (US$ 2 mil) para cada membro da família, segundo a pasta. Mas eles devem renunciar ao direito que a ascendência japonesa dá a eles de viver e trabalhar no Ja-pão. Somente poderão regressar como turistas ou com outro visto de trabalho. Não foi determinado o custo desse programa, segundo o ministério. (Agência Estado e As-sociated Press)

Medida vale para cidadãos com ascendência japonesa que têm vistos especiais para trabalhar com manufatura

Líbia encontra 100 corpos de migrantes afogados

Autoridades da Líbia recu-peraram os corpos de 100

migrantes que tentavam alcançar a Europa e se afogaram após seu barco ter naufragado, disseram ofi-ciais nesta quarta-feira, 1º.

"Setenta e sete corpos de mi-grantes foram levados pelas on-das à praia de Trípoli na noite de terça-feira e outros 23 corpos fo-ram encontrados entre domingo à noite e terça-feira", disse uma autoridade.

Autoridades acreditam que os migrantes eram em cerca de 365 pessoas que estavam a bordo do barco, que supostamente susten-tava apenas 75 pessoas.

Os migrantes eram somalis, ni-gerianos, eritreus, curdos, argeli-nos, marroquinos, palestinos e tu-nisianos, disseram as autoridades.

Além do barco que naufragou,

outras três embarcações com mi-grantes saíram da Líbia entre sába-do e domingo, aparentemente pre-tendendo chegar à Itália, disseram autoridades da líbias.

A guarda costeira da Líbia res-gatou 350 migrantes, muitos deles mulheres e crianças, após o barco ter quebrado no domingo perto de um campo petrolífero do país, dis-seram.

"Quanto ao destino dos outros dois barcos, nós temos a informa-ção de que um chegou à Itália, e pela última informação que rece-bemos, o outro barco deixou as águas da Líbia e apareceu perto de Malta", disse uma autoridade.

Há uma estimativa de que haja de 1 milhão a 1,5 milhão de mi-grantes africanos na Líbia, atraídos pela demanda por mão-de-obra não especializada, de acordo com a Organização Internacional para a Migração (OIM).

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2 a 8 de abril de 2009

A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, apoiou nesta terça-feira,

31, as tentativas de reconciliação do governo afegão com membros do Taleban que abandonarem a violência. A declaração foi feita na da conferência sobre o Afeganis-tão, que acontece em Haia, na Ho-landa, com a participação de mais de 90 países e organizações.

"Devemos apoiar os esforços do governo do Afeganistão em sepa-rar os extremistas da Al-Qaeda dos taleban que se uniram ao grupo não por convicção, mas por sinal de desespero", afirmou a chefe da chancelaria do governo de Barack Obama. "Deve-se oferecer uma forma honrada de reconciliação e reintegração em uma sociedade pacífica, se eles desejam abando-nar a violência, romper com a Al-Qaeda e apoiar a Constituição".

Em um criticismo velado aos líde-res afegãos, Hillary afirmou ainda que o país precisa de um governo que seja "legitimado e respeitado" e que não haja corrupção. "Corrup-ção é um câncer - e perigoso para o nosso sucesso a longo prazo com o Taleban e a Al-Qaeda. Um governo não pode mostrar para seu povo que o terrorismo é a melhor forma de recrutamento". Ela pediu ainda por eleições "abertas, livres e justas" para o país e anunciou um fundo de US$ 40 milhões para aju-dar a ONU a preparar o pleito, pe-

dindo para que os demais países da conferência façam o mesmo.

Ajuda regionalUm dos objetivos da conferência

é conseguir contribuições para fi-nanciar o aumento de soldados do Exército e da polícia do Afeganistão, que, segundo afirmou presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, "pre-cisam de fundos para se manter". Em seu discurso, Karzai,afirmou ainda que a cooperação dos paí-ses vizinhos é imprescindível para conseguir a vitória sobre o terro-rismo taleban. "Sem a cooperação dos vizinhos do Afeganistão não se pode conseguir a vitória contra o terrorismo", afirmou Karzai em seu discurso. Segundo o presidente, o Afeganistão se encontra em "uma encruzilhada crítica", já que, ape-sar dos progressos registrados em temas como educação, desenvol-vimento e retorno de refugiados, precisa que a comunidade inter-nacional mantenha seu apoio para poder continuar seu caminho rumo à estabilidade.

Na abertura da conferência so-bre o Afeganistão, o secretário-ge-ral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que, se a comunidade internacio-nal parasse de apoiar o Afeganis-tão, seria "trair" as conquistas al-cançadas após grandes esforços e progressos alcançados até o momento".

Diante de representantes que se reúnem em Haia, o secretário-geral da ONU disse que a nova estraté-gia anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ofereceu uma "mudança qualitati-va", porque não se centra somente na vertente militar, mas também em "fortalecer" as instituições afegãs. Ban destacou também a impor-tância de que as eleições presi-denciais de agosto no Afeganistão aconteçam com "transparência e credibilidade". Ban também ressal-tou a necessidade de unir esforços na luta contra o terrorismo e as drogas no Afeganistão, cujo futuro centra a conferência internacional e que pela primeira vez conta com a

participação do Irã.A secretária de Estado espera

que o Irã amplie a fiscalização de sua fronteira com o Afeganistão e ajude no combate ao tráfico de drogas. "Só o fato de eles terem aceitado o convite para participar do debate significa que os irania-nos acreditam que têm um papel importante a ser desempenhado", disse Hillary na segunda-feira.

Irã e PaquistãoO ministro de Relações Exterio-

res paquistanês, Shah Mahmood Qureshi, afirmou que os esforços internacionais para estabilizar o Afeganistão deve ser baseados na "não-interferência" e no respeito da soberania do país. O chanceler ressaltou que Islamabad mantém seu compromisso em lutar contra o terrorismo que ultrapassa as fron-teiras afegãs para as províncias paquistanesas.

O Irã, que enviou seu vice-chan-celer Mohammad Mehdi Akhoun-dzadeh à conferência de um dia, reafirmou sua rejeição à presença militar estrangeira no Afeganistão, mas prometeu colaboração no combate ao tráfico de ópio do país. "A presença de forças estrangeiras

não melhorou as coisas no país, e parece que um aumento no número

de forças estrangeiras (como pro-mete Obama) se mostrará ineficaz também", disse Akhoundzadeh. "O Irã está plenamente preparado para participar de projetos destina-dos a combater o tráfico de drogas e de planos compatíveis com o de-senvolvimento e reconstrução do Afeganistão", afirmou ele, segundo transcrição divulgada a jornalistas. Hillary e Akhoundzadeh não devem manter conversas substanciais em Haia, mas tampouco se espera que evitem o contato.

Contrariando a política do seu antecessor George W. Bush, Oba-ma e sua equipe têm buscado uma aproximação com o Irã, apesar dos vários anos de impasse em torno do programa nuclear da República Islâmica. Richard Holbrooke, repre-sentante especial de Obama para o Afeganistão e Paquistão, disse que a presença do Irã na conferência é uma parte lógica dos esforços para levar a paz aos afegãos. "Como se pode falar do Afeganistão e excluir um dos países que é um Estado fronteiriço, vizinho?", disse ele a jornalistas em Haia. "A presença do Irã aqui é óbvia." (Agências interna-cionais)

Hillary apoia reconciliação com taleban que deixar terrorismoNa conferência sobre o afeganistão, secretária de Estado diz que é preciso reintegrar os que abandonam armas

Secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, responde questões dos Países Baixos antes de começar conferência em Haia.

Carro-bomba explode em bagdá e deixa 20 mortos e 35 feridos

A explosão de um carro-bomba em uma área pre-

dominantemente xiita de Bagdá provocou a morte de pelo menos 20 pessoas nesta quinta-feira, 26 informaram autoridades locais. Mais de 35 pessoas ficaram feri-das. Fontes policiais e hospitalares disseram que o carro repleto de ex-plosivos estava estacionado perto de uma estação de ônibus cerca-da de lojas no bairro de Shaab. A explosão ocorreu pouco depois do meio-dia, pelo horário local.

Mulheres e crianças estariam en-tre as vítimas, segundo a polícia. O ataque ocorre um dia depois de autoridades de segurança dos Es-tados Unidos e Iraque divulgaram uma queda na violência no Iraque, mostrando que insurgentes ainda

se mantém capazes de lançar ata-ques potentes. Na segunda-feira, uma bomba explodiu em um termi-nal de ônibus no oeste de Bagdá, no distrito de Abu Grhaib, e matou 9 pessoas e deixou outras 32 feri-das, segundo a polícia iraquiana.

A explosão aconteceu perto de um mercado popular do bairro, em

um momento de grande concen-tração de pessoas. O carro-bomba causou graves danos materiais tan-to em veículos quanto em edifícios próximos. O saldo final de mortos pode aumentar, porque alguns dos feridos se encontram em estado grave.

Na quarta-feira, o porta-voz do Exército americano no Iraque, ge-neral David Perkins, anunciou em Bagdá que os ataques contra as tropas americanas nesse país dimi-nuíram aos mais baixos níveis des-de agosto de 2003. O chefe militar disse que os ataques e atentados contra as forças americanas soma-ram no ano passado um total de 130, enquanto, durante 2009, fo-ram registrados apenas 10. (Agên-cias internacionais)

atentado foi promovido em ponto de ônibus de uma região comercial em bairro xiita da capital iraquiana

Reu

ters

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2 a 8 de abril de 2009

Cristina pede a brown voltadas negociações sobre MalvinasPresidente argentina quer encerrar conflito bilateral pela soberania da ilha, possessão britânica desde anos 80

A presidente da Argen-tina, Cristina Kirchner, levou no último sábado,

28, ao primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, a questão sobre a soberania das Ilhas Malvinas e pediu negociações para solucio-nar o conflito bilateral. Cristina e Brown se reuniram por cerca de meia hora antes do início formal da Cúpula de Líderes Progressis-tas no balneário chileno de Viña del Mar, dedicada à crise finan-ceira global.

"A presidente apresentou com grande clareza e firmeza a ne-

cessidade de que o Reino Unido cumpra o solicitado pelas Na-ções Unidas e estabeleça nego-ciações para solucionar o conflito de soberania", disse a jornalis-tas o chanceler argentino, Jorge Taiana.

Em 1982 a Argentina e o Rei-no Unido travaram uma guerra pelas Ilhas Malvinas – chama-das de Falklands pelos ingleses –, que ficam no Atlântico Sul. A possessão passou para o Reino Unido. Os dois países voltaram a ter relações diplomáticas a partir de 1990, mas as Malvinas conti-

nuam sendo um tema tabu.A questão da soberania das

Ilhas voltou a ganhar mais força na Argentina desde que o ex-presidente Néstor Kirchner, que é da Patagônia, região próxima às Malvinas, chegou ao poder, em 2003.

As Ilhas Malvinas têm cerca de dois mil habitantes, incluindo os estrangeiros que estão na região para trabalhar. Seus moradores recebem salário em libras es-terlinas, a moeda britânica, e o governo é designado pelo Reino Unido. (Agências internacionais) A

P Cristina e Brown se encontram no Chile.

Donas de casa podem receber salário na bolívia

A nova constituição boliviana, aprovada recentemente, le-

vanta, entre muitas, uma questão polêmica, particularmente para as mulheres. Textualmente, a constitui-ção afirma que “o Estado reconhe-ce o valor econômico do trabalho do lar como fonte de riqueza e de-verá quantificá-lo nas contas públi-cas”. Em outras palavras, foi apro-vado um princípio legal que define que as donas de casa, na Bolívia, poderão, agora, receber um salário como pagamento pelas tarefas do-mésticas que desempenham.

São vários os aspectos contra-ditórios desta nova lei, e um deles diz respeito ao cálculo do valor do trabalho doméstico. Como fazer isso? Será que as mulheres que se dedicam aos afazeres de casa, co-tidianamente, aceitarão receber um salário mínimo? O que as próprias mulheres, no geral, sabem, é que este é um trabalho igual, repetitivo, que parece não ter fim, e que à par-te isso, é totalmente desvalorizado. Tanto, que é comum escutar, por

exemplo, que as mulheres que não estão no setor produtivo e que tra-balham em casa, “não trabalham”.

No caso da Bolívia, até o mo-mento, nem o governo e nem as próprias mulheres bolivianas sa-bem qual deve ser o valor do sa-lário para este trabalho. Algumas pessoas já arriscaram a dizer que

este cálculo poderia ser feito a par-tir da soma das horas e minutos que as mulheres gastam para fazer todas as tarefas domésticas, em sua casa.

O fato é que o trabalho domésti-co é muito útil para o sistema, visto que ele garante a reposição e ma-nutenção da força de trabalho de homens e mulheres, nas fábricas, no comércio, etc.

Na verdade, esta proposta de pagar salário para a dona de casa não resolve o problema da opres-são e exploração da mulher. Pagar a mulher pelo trabalho doméstico apenas transforma as mulheres, donas de casa, em assalariadas, sem alterar em nada a sua rea-lidade. Elas apenas continuarão trabalhando, no espaço em que vi-vem com seus filhos e maridos, em troca de algumas migalhas. E pior, receberão pouco e ainda terão que pagar as taxas cobradas e descon-tadas pelo governo.

Por outro lado, as mulheres têm denunciado a condição que milhões delas enfrentam sendo “emprega-das do lar”, que “esquentam a bar-

riga no fogão e esfriam no tanque”, como se costuma dizer no Brasil. Casam e passam a ser quase uma serva do seu companheiro. Como será possível mudar esta condição através de uma lei? Como ela po-derá ter uma relação de respeito e de troca, com seu companheiro, a partir de uma medida legal, que a coloca como funcionária dele, re-cebendo um salário pelo serviço? Será possível uma relação de vida em comum, de família? Ou esta será apenas mais uma relação de trabalho, entre empregador e em-pregado explorado, como outras, na atual sociedade, na qual a força de trabalho é a mercadoria mais valiosa?

Esta lei pode parecer, a principio, um passo importante para ampliar os direitos das mulheres, mas ela não mudam em nada a realida-de de opressão e exploração que pesa sobre milhões.

Já foi dito que o trabalho domés-tico das mulheres somente será transformado pela ação e luta po-líticas das próprias mulheres e das classes populares que, unidas,

poderão mudar a sociedade e con-quistar sua emancipação.

O Centro de Estudos Populares, da Bolívia, a propósito da mudan-ça na constituição e, em especial, sobre este tema, lembra que “em nosso país, isto implica, inclusive, em combater uma das marcas da semifeudalidade, que é a semi-servidão. Milhares de mulheres e crianças dos setores populares se empregam nas casas de família nas cidades para fazer as tarefas domésticas. A jornada de trabalho chega a superar as 12 horas diá-rias, em troca de um salário menor do que o mínimo oficial. Em muitos casos, implica também em não re-ceber remuneração, principalmen-te, quando se trata de mulheres e meninas que chegam do campo, e que precisam inserir-se de alguma forma na vida da cidade.” E desta-ca que “os setores populares têm a responsabilidade de lutar para transformar estas relações, mas os homens, em particular, têm a tare-fa de renunciar aos privilégios que a velha sociedade lhes outorga a respeito do trabalho no lar.”

Raquel Scarlatelli [email protected]

Por:

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2 a 8 de abril de 2009

Por:

Daniela Romã[email protected]

Futebol e folclore: importânciaem manter a cultura portuguesa

O Centro Desportivo e Cultural Português de Londres, baseado em

7 Lansdowne Way tem muito para oferecer dentro da cultura portu-guesa. O rancho folclórico conta já com 30 anos de existência e as equipas de futebol de seniores e juniores atraem muitos portugue-ses ao clube com cerca de 130 membros entre portugueses, bra-sileiros e inclusive italianos, onde há sempre uma mão amiga pron-ta para ajudar.

“O que se pretende é que re-presente um ponto de encontro para a comunidade portuguesa, reviver tradições e ajudar os que mais precisam. O mais importan-te é manter a cultura portuguesa”

palavras de José Manuel Sousa, Presidente do Centro Cultural e Desportivo Português Londres, inaugurado a 27 de Outubro de 1982, pelo presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim.

O responsável do centro, con-tou ao Brazilian News, que este ponto de união conta com um rancho folclórico, que ensaia to-das as quintas-feiras a noite. Pri-meiro os mais pequenos, a partir dos 5 anos e depois os seniores, num clima de boa disposição. A entrada é aberta a todos e podem sempre tirar o pé do chão e ajudar à dança a partir das 19:30h, e ver os trajes tradicionais da Madeira. O grupo representou já a Madei-ra no estrangeiro por diversas vezes, em países como França, Bélgica, Alemanha, e várias loca-lidades inglesas. Ricardo Santos, Vice-presidente do clube aberto há 26 anos, disse “temos muitos miúdos (no rancho) com grande vontade o que é muito bom para

dar continuidade ao trabalho, porque depois acabam por vol-tar quando têm 20 ou 25 anos”, referiu.

O futebol, para Ricardo San-tos é “o que atrai mais” porque “os pais vêm trazer os filhos aos treinos e acabam por ficar e tomar um café e inclusive alguns até se inscrevem mais

tarde”. As equipas de futebol envolvem-se em diversas ligas e campeonatos, havendo todos os fins-de-semana jogos, prepa-rando-se agora para o torneio da Páscoa.

Projectos para o futuro conta-se a abertura do “Espaço Net” que espera abrir ainda este ano e o “desejo muito forte de se abrir uma creche” revelou ao Brazilian-news José Manuel Sousa confes-sando no entanto serem precisas “verbas para manter as activida-des e fazê-las crescer”.

Com bar e restaurante abertos todos os dias, das 9 às 23 horas e um salão de festas, o centro sem fins lucrativos admite que funcio-nar também como casa comercial ajuda, “Tem que se encarar a re-alidade e a tendência do clube, se não houver cuidado acaba por terminar”, atenta Ricardo Santos.

Para mais informações os in-teressados basta se dirigirem ao clube, ou ligar 78209145. Para se juntar ao futebol basta vontade, o equipamento desportivo é for-necido pelo centro, bem como o traje folclórico tradicional com pe-ças originais para quem gosta de dançar.

Traje tradicional da Madeira.

Centro de apoio à comunidade portuguesa vai abrir em LondresO Município de Lambeth dis-

ponibilizou meio milhão de libras para a criação de um centro para apoiar a comunidade portu-guesa em Londres em diversas áreas, desde o ensino do inglês e do português à requalificação pro-fissional de emigrantes desempre-gados. A entrada em funcionamen-to deverá acontecer nos próximos 18 meses.

A verba aguarda que seja encon-trado um local para a instalação do centro, que António Cunha, conse-lheiro das Comunidades Portugue-sas e principal promotor, pretende que tenha características específi-cas. Uma das prioridades é o en-sino de inglês aos emigrantes por-tugueses, uma barreira em termos de integração social e profissional, e o ensino e promoção da Lín-gua Portuguesa. A apresentação do projecto, cuja ideia remonta a 2005, decorreu passado dia 26 na Embaixada de Portugal, que apoia a iniciativa.

O centro será, sobretudo, um núcleo de informação e aconselha-mento sobre serviços como segu-rança social, saúde, educação ou habitação. Mas António Cunha quer que o centro possa também ajudar pequenos ou médios empresários a iniciarem uma actividade ou a encontrarem um espaço para se instalar. Os promotores procuram um espaço que possua ainda uma sala polivalente que sirva de giná-sio e salão de festas e permita abrir no futuro um centro de dia para

idosos e um infantário.O presidente do Município de

Lambeth, Steve Reed, disse à agência Lusa entender que “deve ser a comunidade a decidir como deve ser o centro”. Adiantando que, além do ensino do inglês e do português, a importância da reali-zação de actividades para jovens e a requalificação profissional de emigrantes desempregados. “Se-ria muito sensato que esteja dispo-nível [também] para a comunidade latino-americana e africana de lín-gua portuguesa, que têm muitas coisas em comum”, sublinhou.

O vereador Peter Bowyer, que re-presenta Stockwell, a zona de Lam-beth também conhecida por “Little Portugal”, descreve a comunidade portuguesa como “muito activa”. “Trouxe uma perspectiva diferente de outras comunidades ‘mais in-glesas’”, comentou, destacando

o dinamismo que os portugueses trouxeram com a “nova cultura e negócios prósperos”.

O Município estima que entre 35 mil e 50 mil portugueses residam nesta zona, o que faz da comuni-dade a minoria étnica mais impor-tante de Lambeth, representando entre 15 e 20 por cento do total da população. Os promotores do centro comunitário estimam que, para além do meio milhão de libras já disponibilizados, sejam precisos mais dois a três milhões de libras para assegurar o seu funcionamen-to. Do Estado português não está garantido nenhum apoio, embora a Embaixada faça saber que a Secre-taria de Estado das Comunidades está a par da iniciativa. A data de abertura não está ainda assegura-da mas os responsáveis do Muni-cípio desejam que aconteça até ao final de 2010. (Daniela Romão)

Mercado inglês e irlandês interessam cada vez mais imobiliário português

Patrocinada pelo Banco Santander Totta e Banco

Espírito Santo a Conferencia, a conferência estendeu-se em oito sessões onde se discutiram diver-sos aspectos imobiliários. Miguel Perestrello, Director do Turismo de Portugal em Inglaterra, sublinhou o papel do turismo residencial na estratégia para 2009/12. Luís In-fante da Câmara representante da Leisure and Tourism Consultancy Horwath HTL recordou actividades de sucesso dando como exem-plos casos como Oceânico, Bom Sucesso e Beltico em áreas como Óbidos e Pelicano no sul de Lis-boa.

Segundo Diogo Gaspar Ferrei-ra, Presidente do Vale do Lobo, primeiro empreendimento turístico do Algarve, noventa e cinco por

cento da população compra ha-bitação no seu próprio continente, quando procuram segunda casa, realçando que os compradores ingleses representam cerca de setenta por cento das vendas em Portugal. Diogo Gaspar Ferreira alertou para a necessitada de se adaptarem os produtos e também o marketing para este público-alvo específico.

A Câmara Portuguesa de Co-mércio em Londres localiza-se no primeiro andar da embaixada portuguesa, com o telefone (0) 207 201 6638. Uma organização bilateral que promove todas as formas de comércio e diálogo en-tre os dois países, como eventos, reuniões conjuntas, e conferência direccionadas ao sector do co-mércio. (Daniela Romão)

Lambeth

a quinta conferência sobre imóveis e Propriedades, organizada pela Câmara Portuguesa de Comércio em Londres, teve lugar na semana passada, dia 23, em Withers LLP. Foram endereçados temas relativos ao desenvolvimento do mercado imobiliário e turismo residencial portugueses como importantes segmentos no mercado inglês e irlandês, em particular

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2 a 8 de abril de 2009

Por:

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Juliana Rodrigues

brazil Diaspora Network chega a Europabrasileiros com alta qualificação contribuindo para o desenvolvimento do brasil e fortalecendo a imagem do país junto ao setor empresarial internacional

Emigrar do país de origem e uma realidade que os brasileiros que vivem no

Reino Unido entendem muito bem. As razões são diversas: condições políticas desfavoraveis, precária situação econômica, qualificação profissional, entre outras. Todos têm objetivos que os mantêm dis-tantes da terra natal e familiares. Viver no exterior dimensiona uma expectativa de conquista, de uma melhor qualidade de vida e a pos-sibilidade, quase que ilimitada, de explorar oportunidades inexisten-tes no Brasil. São esses emigrantes que hoje constituem a maioria dos membros da diáspora brasileira.

A diáspora, no entanto, não é sempre vista com bons olhos. No setor econômico e internacional, sair do país de origem, muitas vezes assemelha-se a uma fuga, abandono, incapacidade profis-sional ou até mesmo concorrência com os nativos. Todas essas nega-tivas percepções de diáspora são contrariadas pelo fenômeno da globalização que traz oportunida-de de desenvolvimento e mudança para muitos países. A diáspora é

uma parte cada vez mais importan-te do cenário global.

Os brasileiros que vivem no ex-terior, geralmente mantêm fortes laços familiares, culturais, econô-micos e políticos com sua terra natal. Muitos são relativamente prósperos em comparação ao que eram em suas comunidades de origem e freqüentemente desejam contribuir com a idéia de voltar. O fluxo de remessas globais chega a US$100 bilhões. Porém o potencial de investir as doações da diáspora estrategicamente, contando com parte desses fundos, só pouco a pouco é reconhecido e estimulado como um meio de captação, ex-pansão e fortalecimento tanto para a empresa como pra o Brasil.

Pensando nessa percepção, da importância do nosso país no ce-nário internacional, o ex-professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Doutor em engenharia biomedical pela Universidade da Pensilvânia e ex-presidente da Mo-torola, Flavio Grynszpan, criou uma rede chamada “Brazil Diaspora Ne-twork”, que permite que brasileiros com qualificação que moram fora do Brasil tenham maior sucesso e participação no Mercado Interna-cional. O “Brazil Diaspora Network” (BDN) é uma empresa incorporada nos Estados Unidos, primeiro lugar de ação da rede de brasileiros que por meio de contatos estratégicos com pessoas importantes no Brasil e no mundo, expandiram suas em-

presas e negócios.A BDN é uma rede mundial for-

mada por executivos e profissionais brasileiros que moram no exterior dedicada a promover a participa-ção das empresas brasileiras no mercado internacional e fortalecer, mundialmente, a imagem interna-cional do Brasil. Integra atualmente a mais de cem profissionais, entre os quais, IBM, Bank of America, Nokia, HP e outros. Entre as princi-pais atividades da rede, destacam-se o apoio a ‘start-ups’ mediante aconselhamento e networking. Há também interesse de alguns mem-bros de investirem em pequenas empresas brasileiras. A rede está muito bem estruturada e cobre di-versas setores, como o de softwa-re e serviços de TI, energia solar e biotecnologia.

O Itamaraty acompanha e ajuda o projeto e enviou o coordenador

da Rede BDN, Flavio Grynszpan, a Embaixada do Brasil em Londres para a apresentação dos projetos que estão sendo realizados e os planos para 2009. A primeira reu-nião uropeia da BND aconteceu na última quinta-feira, 26, e teve a par-ticipação de dezenas de profissio-nais, empreendedores, executivos brasileiros.

Grynszpan explicou que um dos objetivos da rede e fazer com que estes profissionais interajam com a realidade de acontecimentos no Brasil. Para tanto, a rede conta com diversos encontros com impor-tantes personalidades do mundo político-econômico no Brasil. Os últimos encontros tiveram como palestrantes o Ministro da Ciência e Tecnologia e o presidente do BN-DES. Os planos incluem próximas palestras com Ministro da Industria e Comércio, Presidente da BBI e

outros escolhidos pelos próprios membros da rede visando sua área de empreendimento. Grynszpan ressaltou que o maior objetivo da BDN e “criar um conjunto de brasi-leiros em rede ligados as empresas brasileiras no Brasil de modo que consiga melhorar a inserção dessa empresa no mercado internacio-nal.”

Existe dentro da rede ainda o Programa Mentoring que oferece tutoria pelos especialistas para que as empresas possam enten-der o que e necessário para ter sucesso no mercado. Para cada empresa e formado um painel de mentores com 3 a 4 membros da “Brasil Diaspora Network” visando diagnosticar problemas, buscando falhas e soluções; dar detalhes dos competidores e das oportunidades de mercado e preparar empresas para submeter propostas aos in-vestidores.

O Commercial Officer da Embai-xada brasileira em Londres, Virgílio Guimarães, esclareceu que a em-baixada apoia o projeto e ao final da reunião na Embaixada, recebeu fichas dos participantes que vão integrar a rede. Forma-se dessa maneira na Europa mais uma co-nexão da rede que contava com os membros nos EUA ate então.

Os interessados em se tornar membro da Rede Brasil Diaspora Network devem preencher a ficha de inscrição que pode ser encon-trada no site www.braziloutsour-cing.com.br e enviar para [email protected]. As propostas serão avaliadas por um comitê in-terno e será cobrada uma taxa no-minal de US$ 100 por ano.

O coordenador do BDN, Flavio Grynszpan, e o Commercial Officer da Embaixada do Brasil em Londres, Virgilio Guimaraes.

Obama presenteia rainha Elizabeth ii com iPod

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama,

presenteou a rainha Elizabeth II com um iPod nesta quarta-feira, 1º, durante visita ao Palácio de Buckin-gham. Em troca, a família Obama recebeu a costumeira foto da rai-nha e seu marido em uma moldura de prata, revelou a BBC.

O iPod para a rainha já vem com a gravação da visita dela aos EUA em 2007, talvez antecipando-se às dificuldades reais para acessar o iTunes para fazer um download.

Havia expectativa sobre qual seria o presente oferecido pelo presi-dente norte-americano à rainha.

A mídia britânica repercutiu mal os presentes modestos dados pela família Obama ao primeiro-ministro Gordon Brown e à mulher dele, na visita do casal à Casa Branca no mês passado. Naquela oca-sião, Brown recebeu uma caixa de DVDs, supostamente no formato errado, e um par de modelos de helicópteros Marine One para seus filhos. (Reuters)

Em troca, presidente americano e esposa ganharam costumeira foto da rainha e marido em moldura de prata

Elizabeth II recebe Obama e Michelle.

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2 a 8 de abril de 2009

Premiê britânico nega desavenças sobre saída para crise

O primeiro-ministro britâni-co, Gordon Brown, ne-gou na quarta-feira, 1º,

que existam desavenças entre os Estados Unidos e a União Europeia sobre a melhor saída para a crise financeira global.

Em um evento promovido pelo jornal The Wall Street Journal, em Nova York, Brown disse que são igualmente importantes tanto a abordagem europeia, de apostar em um fortalecimento da regula-mentação do mercado, como a americana, de priorizar pacotes de estímulo.

O primeiro-ministro, que visita o Brasil nesta quinta-feira, diz acredi-

tar que há uma "determinação" de líderes mundiais para "fazer o que for necessário para assegurar que a economia volte a crescer".

A crise deve ser o principal tema em discussão na Cúpula de Lon-dres, que reunirá na capital britâ-nica, no próximo dia 2 de abril, os líderes do G20 - grupo que reúne os principais países desenvolvidos e emergentes, incluindo o Brasil.

G20Segundo Brown, os líderes pre-

sentes ao encontro devem analisar, juntos, o que já foi feito em termos de estímulo fiscal, diminuição dos juros e outras medidas econômi-cas, antes de decidir o que deve

ser feito a seguir."Eu vejo nisso um consenso, não

uma discordância", afirmou.Ele ressaltou que cada país

tem seu próprio cronograma para anunciar suas medidas fiscais e monetárias. "Ninguém está suge-rindo que as pessoas cheguem à reunião do G20 e coloquem na mesa o orçamento que terão no próximo ano."

O primeiro-ministro britânico dis-se que espera que o G20 siga com "uma abordagem coordenada de políticas fiscais e econômicas" e que chegue a acordos sobre a su-pervisão do sistema financeiro.

Brown também voltou a criticar a adoção de medidas protecionistas como forma de evitar os efeitos da crise.

"Eu espero que, na cúpula do G20, nós não apenas cheguemos a um consenso sobre o caminho a seguir para que tenhamos um acordo mundial de comércio, mas também para facilitar a ampliação do comércio em um mundo em que o comércio está decaindo."

A poucos dias da cúpula, Brown está visitando uma série de paí-ses. Nesta quinta-feira, o primeiro-ministro britânico se encontra em Brasília com o presidente Luiz Iná-cio Lula da Silva. (BBC/Brasil)

Brown critica a adoção de medidas protecionistas em meio à crise.

Grã-bretanha rejeita novas sanções contra o irã agoraAs grandes potências não de-

vem se apressar em impor novas sanções ao Irã num momento em que Teerã tem uma boa chance de normalizar suas relações com Washington, disse na terça-feira, 31, o chanceler britânico, David Mi-liband.

Revertendo a política de seu ante-cessor George W. Bush, o presiden-te dos EUA, Barack Obama, propôs um reinício das relações do seu país com o Irã, após três décadas de pro-funda desconfiança mútua, agrava-da nos últimos anos pelo programa nuclear iraniano.

A Grã-Bretanha, que é uma das seis potências globais que tentam convencer o Irã a abandonar o pro-grama nuclear, apoiou a nova abor-dagem norte-americana.

Miliband disse ao Parlamento britâ-nico que a oferta dos EUA "represen-ta a melhor chance que o Irã jamais terá de normalizar suas relações com o resto do mundo e acima de tudo normalizar relações com os EUA".

Questionado sobre quanto a Grã-Bretanha deveria aguardar antes de pleitear novas sanções da ONU ou da União Europeia contra o país, Mi-liband respondeu: "Agora não é hora de se apressar para mais sanções. Agora é hora de apoiar a abertura norte-americana, que é uma oportu-nidade única em uma geração, não só para nós, mas para os iranianos".

Os EUA e seus aliados suspeitam que o Irã queira construir armas nu-cleares, algo que Teerã nega, ale-gando que seu programa nuclear é pacífico e se destina à geração de energia elétrica. O Conselho de Se-gurança da ONU já impôs três roda-das de sanções a Teerã.

Miliband alertou que "se os ira-nianos não responderem de forma positiva, novas medidas podem ser tomadas".

A secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton, diz repetida-mente que os EUA vão impor novas punições ao Irã caso o país mante-nha suas atividades. Mas, em 20 de março, Obama divulgou uma men-sagem por vídeo ao Irã em que ofe-recia um "novo começo". O Irã reagiu com discrição à oferta.

Na terça-feira, um importante diplomata dos EUA encontrou a delegação iraniana durante uma conferência internacional sobre o Afeganistão em Haia, num sinal de possível aproximação.

Sem entrar em detalhes, Miliband afirmou haver "uma gama de opções sobre a mesa" para que haja coo-peração com o Irã a respeito de um programa nuclear civil.

Ele afirmou ainda que Londres por enquanto não se decidiu a enviar mais tropas ao Afeganistão, nem re-cebeu qualquer apelo dos EUA nes-se sentido.

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2 a 8 de abril de 2009

O Banco Mundial propôs a criação de um fundo de US$ 50 bilhões para aju-

dar a financiar o fluxo de comércio global, que deve registrar sua maior queda desde a Grande Depressão. O presidente do Banco Mundial, Ro-berto Zoellick, pediu que os repre-sentantes do Grupo dos 20 (G-20) que se reunirão esta semana em Londres endossem o programa de liquidez ao comércio e se unam em torno de uma solução global para a crise, no momento em que o banco estima que a economia global vai se contrair este ano pela primeira vez no pós-guerra.

Segundo as estimativas do Ban-co Mundial, o comércio de bens e serviços deve cair 6,1% em 2009, em vez de declinar 2,1% como esti-mava anteriormente. Só o comércio de produtos deverá cair quase 10%, disse Hans Timmer, diretor de ten-dências globais do Banco Mundial, acrescentando que a previsão está em linha com a projeção feita na semana passada pela Organização Mundial do Comércio de queda de 9% ou mais.

O programa de liquidez para o comércio do Banco Mundial combi-naria US$ 1 bilhão do banco com fi-nanciamento de governos e bancos regionais de desenvolvimento para alavancar capital privado por meio de acordos de partilha de risco, disse Zoellick. O apoio do G-20 ao

plano geraria impulso para atingir a meta do primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, de conseguir US$ 100 bilhões em financiamento de comércio, disse Zoellick.

"Hoje não devemos fugir de uni-ficar ideias e ações", afirmou Zo-ellick em texto preparado para um discurso em Londres antes do en-contro do G-20. "Num momento de perda de confiança, precisamos de ações que restaurem a confiança pública de que os governos estão aptos para enfrentar os desafios", disse. "Há um risco maior em fazer muito pouco do que em não fazer nada."

Na primeira revisão de suas esti-mativas desde dezembro, o Banco Mundial pintou um quadro muito mais sombrio da crise global. A eco-

nomia global deve se contrair 1,7% este ano, em vez de crescer 0,9%, como havia estimado anteriormen-te. A previsão para países de renda elevada foi cortada para -2,9%, de -0,1%, enquanto a estimativa para os países em desenvolvimento foi cortada a menos da metade para 2,1%, do crescimento anterior pro-jetado em 4,5%.

O banco está prevendo uma re-cuperação para crescimento de 2,3% na economia do mundo no próximo ano, ao mesmo tempo em que admite "extrema incerteza" so-bre a perspectiva, dado o risco de que novos problemas financeiros prolonguem a recessão.

A revisão para baixo das pers-pectivas econômicas anunciada pelo Banco Mundial se segue a

banco Mundial propõe a G-20fundo de US$ 50 bi para comérciosegundo estimativas do banco, comércio de bens e serviços deve cair 6,1% em 2009, em vez de declinar 2,1%

movimentos semelhantes adotados no início do mês pelo FMI, que cor-tou sua previsão para contração de 0,1% a 0,5% na produção do mun-do este ano, levando a uma recupe-ração no próximo ano, com cresci-mento de 1,5% a 2,5%.

As duas instituições têm formas diferentes de calcular as previsões

de crescimento. O Grupo de Pers-pectiva do Banco Mundial baseia suas estimativas na taxa de câmbio do dólar, enquanto o FMI usa as estatísticas da paridade do poder de compra compiladas pelo grupo de dados do Banco Mundial, que leva em conta os custos de bens e serviços em diferentes países. (AE)

A Organização para Coopera-ção e Desenvolvimento Eco-

nômico (OCDE) prevê que a eco-nomia brasileira escape do pior da crise global e tenha uma pequena contração este ano, graças às ime-diatas respostas fiscal e monetária à desaceleração da atividade. Em seu relatório de perspectiva econô-mica, publicado nesta terça-feira, 31, a OCDE observa que o País per-deu fôlego no fim do ano passado, por causa da queda na produção industrial.

A OCDE prevê que o Produto In-terno Bruto (PIB) do País encolherá 0,3% em 2009, após crescimento de 5,1% em 2008. A nova estimativa mostra uma deterioração em relação a novembro do ano passado, quan-

do a OCDE projetava crescimento de 3% para o Brasil este ano.

"O contínuo afrouxamento de política, aliado à melhora nas con-dições de crédito, vão apoiar a re-cuperação rumo ao fim do ano e em 2010", disse a entidade, forma-da por 30 países, que produzem mais da metade de toda a riqueza do mundo - o Brasil não faz parte da organização.

A organização reduziu ainda a estimativa de crescimento do Brasil em 2010 para 3,8%, de 4,5%. Além disso, o déficit fiscal do País deve aumentar para 2,2% do PIB em 2009, de 1,5% em 2008, enquanto a inflação deve desacelerar para 4,3%, de 5,9% no ano passado, se-gundo projeções da OCDE.

brasil escapará do pior, mas terá contração em 2009, diz OCDE

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2 a 8 de abril de 2009

Por:

www.carbonobrasil.com

Fabiano Ávila

Países começam a discutirnovo pacto climático

Maior interesse dos EUa no combate às mudanças climáticas marca o início das negociações na alemanha para a construção de um tratado pós-Quioto, que será estabelecido em Copenhague em dezembro

Mais de 2500 delegados de 175 países, incluin-do representantes de

governos, indústrias, institutos de pesquisa e organizações ambien-tais estão reunidos em Bonn, na Alemanha, desde o dia 29 para a primeira de três reuniões que têm como objetivo traçar um esboço do tratado que substituirá o Protocolo de Quioto em 2012.

“Essa primeira reunião de nove dias é fundamental para trazer o mundo mais próximo de uma so-lução política para as mudanças climáticas. O tempo está passando e os países têm muito que fazer”, afirmou o Secretário Executivo da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáti-cas (UNFCC), Yvo de Boer.

As discussões devem se centra-lizar em medidas para a redução das emissões de gases do efeito estufa assim como melhorias nos esquemas de comércio de carbo-no e de preservação de florestas. Também se espera um maior com-prometimento dos países industria-lizados com a causa climática.

“As nações mais ricas devem li-derar o caminho, o mundo está es-perando que haja um acordo com metas ambiciosas. Para isso deve-mos começar a traçar estratégias já agora em Bonn”, disse Harald Dovland, que preside um grupo de trabalho que lidera as negocia-ções.

Segundo De Boer, os países em

desenvolvimento só concordariam com um novo pacto se os industria-lizados fixassem alvos claros para a redução de emissões. “É preciso que os mais poluidores liderem. Essas nações ricas têm ainda que estar prontas para financiarem pro-jetos e programas de ajuda aos po-bres do mundo”, conta.

Especialistas esperam que o novo acordo climático estabeleça uma redução de 25% a 40% nas emissões no ano 2020, compa-rado com os dados de 1990. Já em 2050, o alvo é uma queda de 50% a 80%. Estes cortes seriam o necessário para manter o aumento da temperatura dentro do limite de 2°C.

Primeiros passosPelos corredores nesses primei-

ros dias de reunião um assunto parecia dominar as discussões: a maior participação dos EUA. O país enviou um grande número de autoridades e está tomando parte da maioria dos grupos de trabalho.

No seu discurso de abertura, o conselheiro climático do gover-no Obama, Todd Stern, afirmou que os EUA estão prontos para a ação, mas destacou que outros países devem aderir também. “Os Estados Unidos foram os maiores emissores da história e por isso entendemos a nossa responsabi-lidade. Mas não depende apenas de nós a solução para o proble-ma”, disse.

Stern ainda destacou a propos-ta do país de reduzir em 15% as emissões em 2020 e em 80% em 2050. Também sugeriu a criação de metas claras, o estabelecimento de estruturas para a ajuda financeira aos países pobres e uma nova po-

lítica de eficiência de recursos. Diante dessas propostas, alguns

delegados elogiaram a postura pragmática dos EUA enquanto ou-tros se mostraram desapontados pela pequena redução das emis-sões. Mas para a maioria, já foi um avanço a aceitação dos norte-ame-ricanos em reconhecer suas res-ponsabilidades e tentar evitar uma reedição do “fracasso de Quioto”, quando o país assinou o documen-to, porém o senado em Washing-

ton nunca o ratificou.De Boer elogiou a postura dos

EUA até aqui e manifestou que será indispensável a participação do país nas negociações, que de-fine como as mais importantes da história.

“Este ano é crucial para se deter

o processo de mudanças climáti-cas. O mundo está perto de con-cluir um dos mais complexos acor-dos internacionais já feitos pela humanidade, e perto de concordar em um tratado que irá definir o pró-prio futuro de nossa espécie”, con-cluiu De Boer.

Secretário Executivo da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCC), Yvo de Boer.

Arq

uivo

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2 a 8 de abril de 2009

Mais do que nunca a comunidade brasileira está crescendo na In-

glaterra e nós do Brazilian People acompanhamos de perto e mos-tramos aqui toda a alegria que só os brazucas tem – apesar da crise financeira!

Na sexta-feira, 27, no Casa Nos-

sa, em Willesden Junction, a festa foi de primeira com muita gente bonita, música ao vivo com Dj Fer-nando arrebentando na pista. Foi tudo de bom!

No sábado, 28, clicamos os amigos do Karaokê, em Stockwell, onde cantar é a grande diversão da moçada.

No domingo, 29, nosso querido amigo Marquinhos reuniu em sua casa amigos e familiares para co-memorar seu vigésimo terceiro ani-versário. Uma tarde de sol, o chur-rasco feito por ele estava delicioso, parabéns Marquinhos! Para fechar o domingo,

passamos no restaurante Banke-

te e aproveitamos uma porção de iguarias do chefe da casa, ao som do melhor do MPB, com a cantora Patricia.

Conosco é assim, aconteceu e nós do Brazilian People estaremos juntos para conferir! Abraços e até semana que vem!

Por:

Randes Nunes

Casa Nossa

amigos do Karaoke

bankete

Flávio

anai, Lucca e sandro

Tiago e anaEvelyn e seu eterno sorriso

Paula com seu olhar

Eviton, Dj Fernando e Elvan

Filipa e Carla Marcos e sandra

Katia, Magda e anaana, Pedro e alice

amigos do KaraokeManhoso e Carlos

rosa e amigos Casal nota 10

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2 a 8 de abril de 2009

Niver Marquinhos

Pasta Tom Porto

amigos comemoram com Marquinhos

Marquinhos seu so-brinho John Victor

arlete e o filho M

O cowboy Marquinhos

Marquinhos e sua noiva rejaneFamilia reunida Tom Porto e banda da ilha

Tom Porto

amigas portuguesas

Manuela e Oliver

Kenya Priscila

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2 a 8 de abril de 2009

Segundo Brown, são ne-cessários "US$ 100 bi-lhões, no mínimo" para

reativar o fluxo entre os países. A ideia de Brown será apresentada na reunião do G20, em Londres, no próximo dia 2 de abril.

"Vou pedir aos países do G20 que apoiem a ampliação dos fi-nanciamentos para o comércio", afirmou o primeiro-ministro bri-tânico. "Convido o Brasil, outros países e organismos internacio-nais a participar."

O comércio foi o principal pon-to da conversa entre os líderes, que se reuniram para discutir propostas para a recuperação da economia mundial. Conver-sas bilaterais entre líderes do G20 se tornaram mais intensas nas últimas semanas, em uma

tentativa de alinhavar propostas conjuntas.

Brown disse que sua visita ao Brasil, às vésperas do G20, é um

"indicativo" da liderança brasileira no sistema econômico mundial. "Não estou aqui por acidente", afirmou. "Não podemos chegar

a Londres sem um processo de consulta."

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que os países "têm obrigação" de sair de Londres com propostas concretas. "Caso contrário, cairemos em descrédi-to", afirmou.

"Se cometermos o erro de fazer dessa reunião mais uma reunião pra marcarmos outra reunião, nós poderemos cair em um des-crédito, e essa crise poderá se aprofundar", acrescentou o pre-sidente.

DohaAinda no contexto do comér-

cio internacional, Brown também defendeu a retomada das nego-ciações de Doha. Segundo o lí-der britânico, a recuperação da economia mundial tem de passar pelo comércio.

"O presidente Lula e eu con-cordamos que vamos trabalhar juntos no G20 para prevenir o protecionismo", disse Brown.

O combate ao protecionismo foi um dos principais temas da primeira reunião dos líderes do G20, em novembro. No entanto, alguns países do grupo têm ado-tado medidas que contrariam o prometido em Washington.

O presidente Lula disse que cada país decide "o que é melhor para si", mas que é preciso en-

contrar formas de impedir o pro-tecionismo.

"Eu comparo o protecionismo a uma droga", afirmou. "Você toma na hora para resolver um proble-ma no curto prazo, mas depois vem a depressão."

Os dois mandatários também defenderam uma reforma "rigo-rosa" do sistema financeiro in-ternacional e afirmaram que vão colocar o assunto sobre a mesa na reunião do G20.

'Olhos azuis'Lula também voltou a defender

que os países em desenvolvi-mento "não paguem o preço" da crise econômica. O presidente citou o caso de imigrantes, que, segundo ele, "são os primeiros a sofrer e os que menos têm cul-pa".

"Essa é uma crise causada e fomentada por gente branca, de olhos azuis, e que antes pa-reciam que sabiam tudo", disse Lula, diante de uma plateia que incluía integrantes britânicos da delegação que acompanhou a visita de Brown.

Lula negou, no entanto, que exista "viés ideológico" em seu discurso.

"O que existe é a constatação de um fato", afirmou o presiden-te. "Não conheço um banqueiro negro ou índio." (BBC/Brasil)

brown pede apoio de Lulaa crédito de US$ 100 bi para comércio mundialEm sua primeira visita ao brasil como primeiro-ministro britânico, Gordon brown defendeu a oferta de mais crédito ao comércio internacional.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, se encontram em Brasília, na quinta-feira, 26

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2 a 8 de abril de 2009

Declaração de Lula a premiê britânico causou 'constrangimento', dizem jornaisA declaração do presidente

Luiz Inácio Lula da Silva de que a crise financeira foi causada por "gente branca de olhos azuis" foi destaque na imprensa britâ-nica nesta sexta-feira, 27. O co-mentário foi feito na quinta-feira, no encontro com o premiê britâni-co Gordon Brown, em Brasília.

Para vários jornais, a declara-ção pegou Brown de surpresa. Segundo o Daily Telegraph e o Independent , o premiê britânico ficou "constrangido".

De acordo com o Times, "os es-forços de Gordon Brown de ‘ama-ciar' o caminho para um acordo internacional na reunião do G20, em Londres, encontraram um ‘quebra-molas' no Brasil", quando o premiê ouviu a frase de Lula.

O Times destaca ainda que Lula já avisou que as discussões no G20 serão "apimentadas", quando os líderes mundiais se reunirem para negociar quem deve pagar os custos da crise.

"As declarações de Lula ame-açaram ofuscar o anúncio da proposta de uma injeção de 100 bilhões de libras (cerca de R$ 326

bilhões) de financiamento para impulsionar o comércio mundial. Brown disse que a expansão do crédito é o requerimento mínimo (para recuperar a economia) com o colapso das exportações em vários países", disse o jornal.

O diário Financial Times diz que Brown tentou se distanciar de Lula ao ouvir o comentário so-bre "gente branca de olhos azuis", respondendo que "não ia atribuir culpa a nenhum indivíduo".

Para o jornal The Guardian, os comentários de Lula "animaram a viagem de cinco dias de Gordon Brown pelas Américas do Sul e do Norte. Ela foi planejada para pre-parar o caminho para um acordo global sobre como combater o desaquecimento econômico na reunião do G-20, na próxima se-mana, a ser presidida por Bro-wn".

O Guardian destaca ainda que Brown viajou para o Brasil para

anunciar sua última iniciativa para estimular o comércio global e que ele foi extremamente elogiado por Lula.

"Mas enquanto eles esperavam na entrada formal do palácio pre-sidencial, Brown teve que assistir enquanto o combativo ex-líder sindical embarcou em uma de suas conhecidas tiradas."

Mas em editorial, o jornal afirma que talvez o premiê britânico de-vesse usar melhor o seu tempo,

preparando o encontro do G20 na semana que vem.

O editorial afirma que a reunião está ficando tão ambiciosa que será "impossível resolver qual-quer coisa".

O Independent cita um secretá-rio do Ministério do Exterior britâ-nico, que durante a vista de Bro-wn a Brasília disse que "os líderes das maiores economias globais vão ter que produzir mais do que retórica vazia" na reunião do G20.

O diário afirma que o premiê britânico ficou "constrangido" quando Lula citou a "gente branca de olhos azuis", mas que fontes do governo sugeriram que os co-mentários foram para "consumo doméstico".

O Daily Telegraph também diz que Brown parecia "constrangi-do", e que o comentário de Lula ofuscou o anúncio do fundo para estimular o comércio global.

E o Daily Mirror classificou os comentários de Lula como "bizar-ros" afirmando que outro secretá-rio do governo, que estava na pla-téia, demonstrou uma expressão de enfado ao ouvir as palavras.

Gordon Brown disse que visita é “indicativo” da liderança brasileira.

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2 a 8 de abril de 2009

Roberta TiberiPor:

Animate the World 2009

“Animate the World 2009” é uma oportunidade imperdível para os amantes da animação. O even-to apresenta uma série de filmes, vários deles premiados. Os parti-cipantes poderão, além de assistir aos filmes, fazer parte dos vários workshops disponíveis para adul-tos e crianças.

Mais informações sobre preços e horários dos filmes e workshops estão disponíveis no site do Barbi-can www.barbican.org.uk

De 4 a 12 de abrilBarbican CentreSilk StreetEC2Y 8DS020 7638 4141

A peça “Inferno” faz parte de uma trilogia, com livre adaptação, da obra “A divina Comédia”, de Dante Alighie-ri. Romeo Castellucci, diretor da peça, faz uso de grande criatividade para mostrar de forma original o inferno Dantesco. A fala, quase ausente no espetáculo, não impede que o objetivo de mexer com os sentidos do público seja alcançado. “Purgatório” e “Paraí-so” são as duas outras peças que en-cerram a trilogia.

Mais informações podem ser obti-das no site do Barbican

www.barbican.org.uk

Quinta-feira 2 abril 7:45Barbican CentreSilk Street020 7638 4141£10.00 - £26.00

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2 a 8 de abril de 2009

a moda como arteDragão Fashion

brasil completa dez anos e ganha uma

exposição com mais de 40 peças entre

fotografias, croquis e esculturas que

re-visitam a história do maior evento de

moda do Ceará

Foi-se o tempo em que desfiles de grife eram me-ros eventos de moda que

só despertavam a atenção de do-nas de casa. Hoje, a moda é uma indústria que atrai o olhar de públi-cos cada vez mais variados e que não esconde a inspiração buscada nas artes e na cultura. Atualmente, qualquer desfile que se preze é uma verdadeira intervenção artís-tica, com trilha sonora escolhida a dedo, colagem de imagens e con-ceitos presentes em detalhes como tecidos, cores e cortes. A moda deixou para trás a idéia de ser ape-nas a indústria da indumentária e tem abraçado forte sua predispo-sição para ser mais uma forma de arte contemporânea.

É com essa premissa em men-te que a moda deixa um pouco as passarelas de lado e vira alvo de da exposição Salão de Ouro - Dragão Fashion Brasil 2009, que abriu na quarta-feira, 1º, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, em co-memoração aos dez anos do Dra-gão Fashion Brasil, maior evento de moda do Ceará e um dos mais respeitados do País. São mais de 40 peças, entre fotografias, escul-turas, croquis e outros elementos que contam um pouco a história do evento nesses dez anos e apresen-tam uma série de elementos que comprovam que moda é, sim, arte e cultura.

“Procurei colocar em foco, den-tro de um salão, uma mostra do que o Dragão Fashion Brasil tem de melhor na arte da moda, foto-grafia, design, escultura e dese-nho”, conta Max Uchôa, curador do Salão de Ouro. “Nessa exposição, apresentamos um panorama cole-tivo de trabalhos que passeiam nas nove edições anteriores resgatan-do o fruto da observação, ousadia e criatividade dos estilistas, artistas plásticos, fotógrafos e designers”.

“Inicialmente, entro no mundo dos grandes salões fotográficos e de moda, pesquiso, reuno cri-térios para uma curadoria afinada com o evento e com a preocupa-ção social”, afirma Max. “Convidei dez fotógrafos para uma seleção no qual o primeiro critério seria ‘a liberdade’, um olhar livre dentre as luzes, passarelas, modelos e rou-pas”, continua. “Detalhes, cantos,

borrões, desfoques, tudo seria bem-vindo para uma seleção de 40 imagens, sete croquis e quatro es-culturas que representassem a for-ça do evento no cenário nacional e internacional, celebrando a diversi-dade e a alegria de criar obras úni-cas”, explica como foi o processo de seleção.

Referências na arteO Dragão Fashion Brasil chega

aos dez anos como uma referên-cia no cenário nacional da moda, descobrindo novos talentos e ex-plorando uma moda mais autoral e conceitual. “Uma grande e rica representação, o palco de grandes idéias e uma vitrine para a moda nacional”. É assim que Max Uchôa descreve o evento. “Um evento com maturidade adquirida nesses dez anos galgada em valores como autenticidade, criatividade, multipli-cidade e pluralidade. Ponte de par-tida de muitos estilistas que, hoje, são notícia na imprensa nacional e internacional, como Mário Queiroz, Samuel Cirnansck e Wilson Ranie-re, e a consagração profissional e abertura de mercado para muitos outros, como Mark Greiner, Mel-ca Janebro e Weider Silveiro, que juntos montam essa constelação de artistas e um verdadeiro acervo cultural”.

Acervo cultural que demonstra o quanto a moda vai buscar nas artes e na cultura suas principais referências. Nem só de ídolos da

música pop ou imagens de ícones do cinema se alimenta a moda. Li-teratura, artes plásticas, arquitetura e teatro também são elementos que influenciam a moda, seja atra-vés de citações nas coleções, seja

como subsídios a mais na ceno-grafia dos desfiles, cada vez mais performáticos.

Espaço nos museus“Hoje, a moda faz parte de uma

sociedade pensante que busca uma qualidade de vida e estilo. Pen-sar moda, não só pensar em ‘ves-tir’’, acredita o curador. “Para mim, moda é uma grande arte, às vezes exuberante, às vezes simples, mas algo singular, como uma idéia a ser representada, desenhada, molda-da e produzida”, define Max. Assim como no cinema existe um roteiro, trilha sonora e fotografia, na músi-ca temos notas, instrumentos e afi-nação, a moda também tem seus recursos: a pesquisa e a criativida-de de seus estilistas; os tecidos e cores a disposição; as tendências das estações etc. Estilistas que usam esses recursos de maneira artística. “O que dizer de um Lino Villaventura? Um gênio? Um artis-ta?”, Max Uchôa lança a pergunta. “Ao observar a moda, vemos que tudo é expressão genuína de arte em cortes e costuras, em linhas e pontos nos quais um emaranha-do de formas, cores e texturas se revelam dando lugar a emoção”, filosofa.

Se a moda ainda sofre precon-ceitos e não é percebida como um reflexo da cultura ou através de um olhar artístico, parte dessa visão é decorrente de uma apreensão mais comercial dessa indústria.

“O que acontece é que existem outras prioridades e vestir moda, hoje, para muitos é caro ou fica em segundo plano. Acredito ter-

mos uma sociedade formada de tribos onde há uma mistura bem brasileira, cada um com seu modo, seja hippie, seja ‘chic’”, consta-ta o curador. “Temos os ousados que misturam tudo e criam mais estilo e liberdade, gerando mani-festações e tendências entre os meios. Na moda, tudo se renova, muda, se transforma, criando uma cadeia pensante e abrindo novos caminhos para a experimentação e criatividade”.

Chiques, básicos, descolados. Os que só usam grifes caras. Os que nem se importam muito com o que vestir. Meras peças de guarda-roupa. Indumentárias que não de-vem em nada a objetos de artes. A moda tem várias facetas e muitos objetivos: apenas vestir ou deba-ter temas e apresentar conceitos. Uma coisa é certa. Ela é presença certa em desfiles nas ruas ou pas-sarelas. Agora, também, ocupando espaço destinados à arte. (DN)

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2 a 8 de abril de 2009

Jennifer Lopez diz que colocaos filhos acima da carreira

AP

Jennifer López.

Cantora participou do lançamento de uma linha de bolsas na semana de moda da capitaol japonesa

A cantora americana Jen-nifer Lopez reuniu cerca de 100 fãs no centro de

Tóquio e assegurou que, apesar de amar o trabalho, seus filhos "estão à frente de tudo" e que con-sidera que o mais importante para si é "vê-los felizes".

Jennifer Lopez, casada com o cantor Marc Anthony, viajou ao Japão sem os gêmeos Emme e Max, que têm pouco mais de um ano, para participar da semana de moda japonesa.

Durante um evento promocio-nal na capital japonesa, a atriz e cantora também falou sobre suas influências na hora de se vestir e afirmou que ama a moda japonesa e que decidiu adaptar sua forma de fazer unhas ao estilo japonês.

Jennifer Lopez viajou para Tó-quio para emprestar sua imagem a uma linha de bolsas lançada por uma grife japonesa, causando furor entre os fãs e pessoas que estavam na zona comercial de Shibuya.

Usando um vestido preto e branco, ela definiu seu estilo como "sexy, feminino e moderno", e as-segurou que sua maneira de se vestir não é muito influenciada pe-las tendências, e sim por seu esta-do de espírito.

As tímidas fãs japonesas, que chamaram Lopez de "princesa", aplaudiram a breve aparição da cantora, que se despediu pedin-do que se mantenham fiéis a elas mesmas e afirmando que o que importa é "o interior". (Efe)

Editoras buscam novos talentos em blogsJá foi o tempo em que, para

se publicar um livro, era ne-cessário enviar calhamaços de textos para a avaliação das edito-ras. Hoje, basta publicar um blog e torcer para que elas leiam e gos-tem. Rocco, Record, Panda Books e Companhia das Letras foram as pioneiras. E o que era apenas um nicho vem se consolidando em uma nova forma de descobrir ta-lentos e, quem sabe, transformá-los em best-sellers.

É o que está fazendo, por exem-plo, a novata Multifoco, editora fun-dada há três anos por um grupo de recém-formados da Universidade Federal Fluminense, de Niterói. Eles criaram o selo Downloads, voltado exclusivamente para a publicação de textos de blogs. Os números ainda são baixos e seria até covar-dia compará-los às tiragens das grandes editoras. Mas o objetivo é esse mesmo: investir em novos nomes, segundo Thiago França, um dos sócios. "Muitos autores nos procuravam, mandavam os links com os posts e percebemos que nos blogs estavam sendo publica-dos textos que poderiam se tornar bons livros."

É difícil saber o que pode vingar. Afinal, há gente escrevendo de tudo, na internet ou no papel. A ca-rioca Marina Gonçalves (marinag.blogger.com.br), de 26 anos, por exemplo, viu no blog a oportunida-de de divulgar seus poemas, que escrevia desde a adolescência. "Um belo dia descobri que não era poe-ta, mas como o espaço já estava criado, comecei a escrever as his-tórias de bar que conversava com as minhas amigas", explica. Até que surgiu o interesse da editora, Mari-na aceitou e, no ano passado, lan-çou o livro Então Tá, Bonitão. Para o papel, foram 52 posts, divididos por temas, preenchendo 120 páginas. O critério para a escolha do blog a ser publicado, no entanto, não é a quantidade de visitas diárias que o site tem. O de Marina recebe algo em torno de 200 visitas.

Fica então a questão: por que bancar publicações com tiragens pequenas de autores desconhe-cidos? O editor explica que a em-presa paga todo o projeto e não cobra dos autores nenhum preço para imprimir. Mas, como a tira-gem é pequena, eles também não distribuem os títulos em livrarias. "É

um número baixo se comparado a blogs e livros famosos. Imprimimos sob demanda. Ás vezes, tiramos 40 exemplares", explica França. "A nossa diferença para outras pe-quenas editoras é que não cobra-mos nenhum custo dos autores e pagamos para eles 5% do preço de capa a cada exemplar vendido. Esse porcentual sobe de acordo com o aumento das vendas."

No caso de Barbara Duffles, que mora em São Paulo, ver impressos os 100 exemplares da primeira tira-gem de seu livro foi uma vitória por si só. ?Acho que o livro é uma for-ma de eternizar a sua história. Para mim, publicar o blog é deixar uma obra palpável - e não virtual - para a prosperidade.? Já os amigos Gil-berto Amendola (repórter do Varie-dades), Alê Duarte, Fabio Chiorino, Marc Tawl e Mauricio Duarte dos Santos, do blog Haja Saco (hajasa-co.zip.net) viram no espaço virtual a oportunidade de reunir no mesmo lugar as mais diferentes opiniões. O livro será lançado na próxima segunda, dia 6, às 19h, no Bar do Salim (R. Morato Coelho, 188), na Vila Madalena, em São Paulo. (Jor-nal da Tarde)

Leandra Leal vai interpretar heroínas de Nelson rodriguesO diretor de teatro Gabriel Vil-

lela está tão fascinado pelo trabalho de Leandra Leal que che-ga a compará-la a Cacilda Becker. Leandra seria, ou é, uma nova Ca-cilda. "Ele disse isso?", pergunta ela no galpão de ensaios da peça Ves-tido de Noiva, no bairro da Aclima-ção, em São Paulo. "Fico contente que o meu diretor pense assim de mim..." A atriz vai interpretar, no te-atro e no cinema, duas heroínas de Nelson Rodrigues.

O teatro virá primeiro. Em maio, estreia a montagem de Gabriel Vil-lela de Vestido de Noiva. Leandra faz Alaíde, a atropelada. Mila Mo-reira é Madame Cleci. Em junho/ju-lho, Alaíde será substituída por ou-tra heroína rodriguiana, a Ritinha de Bonitinha, mas Ordinária, que Mo-acyr Góes adaptou para o cinema, com produção de Diler Trindade. Leandra ainda não viu Bonitinha. O filme está em finalização.

Leandra sabe que precisa ama-durecer mais, mas não se empe-

nha em queimar etapas. Ela já é madura (e determinada) demais para seus 26 anos. É o resultado de uma singular evolução. Aos 7 anos, estreou no teatro; aos 8, na TV. Aos 13, foi premiada no cine-ma pela Marcela de A Ostra e o Vento, do diretor Walter Lima Jr. Aos 15 anos, já determinada a ser atriz, ela descobriu Nelson Rodri-gues. "A poesia de Nelson, sua in-tensidade, tudo me deslumbrou. E a riqueza das personagens! A vida como ela é! Em definitivo, dei-me conta de que era aquilo que queria fazer."

O ano passado foi divisor de águas na carreira de Leandra. Como a blogueira de Nome Pró-prio, de Murilo Salles - inspirado na experiência real de Clarah Aver-buc -, ela deu um salto na carreira. Leandra ganhou prêmios - entre outros, o de melhor atriz em Gra-mado. "O filme mudou o olhar que as pessoas tinham sobre mim. Me descobriram mais mulher." (AE)

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2 a 8 de abril de 2009

Joana Mateus vence primeiroConcurso de Fado Amador

O restaurante português “O Fado” palco do pri-meiro concurso amador

de fados em Londres, premiou Jo-ana Mateus, dando assim vitória a uma voz feminina. A vencedora encantou com a sua performance dos fados “Barco Negro” e “Povo que lavas no rio”. O concurso, que

teve atenções da BBC World Ser-vice, demonstra que a tradição e cultura portuguesa está cada vez mais destacada.

O concurso terminou em ambien-te de boa disposição e convívio, contando-se não apenas portuge-

ses entre o público mas várias ou-tras nacionalidades “ao ter a opor-tunidade de votar no seu candidato favorito (o público) sentiu-se parte integrante do evento” comentou Li-liana Costa, promotora do evento.

Sobre a vencedora, a fadista e

parte do Júri comentou ao Brazilan-news, “A vitória era relativamente esperada ao longo das eliminató-rias” por Joana Mateus “combinar a voz com uma imagem forte. É jo-vem, bonita e simpática”disse.

Joana Mateus tinha levou para

casa vários prémios entre eles um Workshop sobre fado, uma Garra-fa de Porto-oferta da Sandeman's pela Sogrape no Reino Unido (como patrocinador do concurso ofereceu um Porto de honra a cada convidado), um voucher no valor de £100 patrocinado pela agência de viagens Latitude 40 e um Troféu tipicamente Português, alusivo ao concurso, feito para o evento pela artesã Lígia Fonseca.

Liliana Costa acredita que o concurso “celebração do fado além fronteiras” poderá no próxi-mo o ano “ser alargado a fadistas de outras comunidades europeias como França, Alemanha ou Bélgi-ca”.

A conhecida fadista adiantou ainda ao semanário que “O Fado” pretende continuar “o seu percurso de dinamizador e divulgador da cul-tura Portuguesa em Londres, tendo como próximos eventos: cursos ví-nicos com jantar feito a propósito, uma prova de bacalhaus por vá-rios chefes convidados e mostras de filmes Portugueses dos anos 40”. Sem esquecer os regulares workshops de artesanato, culinária e música e do fado ao vivo todas as noites.

Daniela Romã[email protected]

Por:

Músico adriano Trindade volta a Londres com novo trabalho

O músico brasileiro Adriano Trindade está lançando

seu novo CV, intitulado “Lado B”, que traz 12 faixas de MPB, com uma mistura de samba-rock, funk, samba-soul e jazz. Pela segun-

da vez Trindade vem a Londres e suas próximas apresentações se-rão nesta sexta-feira, 3, no Barra-co, e no domingo, 5, no Raízes.

O disco conta com as releituras da música ‘Aquele Um’, de Dja-van; ‘Jogral’, de Filó Machado e Djavan; ‘Joana Francesa’, de Chi-

Paula [email protected]

Por:

co Buarque, além da música de trabalho ‘O Carnaval tem dessas coisas’, de autoria própria.

Trindade que já morou fora do país contou um pouco sua trajetó-ria até agora para o Brazilian News. “Eu fiquei dois anos morando fora do Brasil, passei pela Nova Zelân-

dia, Itália e Inglaterra, foi uma ex-periência maravilhosa, já que co-loquei músicas em algumas rádios da Europa, Nova Zelândia e Ásia.Também participei de dois festivais musicas na NZ, o Jambalaya Fes-tival e o Axé Weekend.Toquei em cidades como Gênova, Nápoles,

Roma, Auckland, Barcelona, Pa-ris, Weellington e Amsterdã”, cita o músico.

Mais informações sobre sua música basta acessar os websi-tes www.adrianotrindade.com e www.myspace.com/adrianotrinda-desolo.

Page 24: BrazilianNews

2 a 8 de abril de 2009

Primeira cena: você liga o seu carro e fala para o

computador de bordo que quer ir para o shopping Center mais pró-ximo do local em que você está. Como se fosse mágica, o asfalto

parece ser pintado por uma linha azul, que indica o caminho ideal até o destino. Um aviso piscan-te no parabrisas recomenda que você diminua a velocidade, pois o motorista à sua frente está fre-

ando. Ao passar em frente a uma farmácia, um novo aviso no vidro: de acordo com o computador instalado em sua casa, você está precisando comprar aspirinas.

Segunda cena: você está sen-tado na praça de alimentação de um shopping. Cansado de nave-gar pela internet em seu celular, você resolve utilizá-lo para ver se alguém que está no shopping gostaria de bater um papo. Você aponta o celular para as pessoas, e, na tela, surgem ícones para interagir com elas por redes so-ciais. Escolha seu “alvo” e o adi-cione, por exemplo, no Orkut.

As duas cenas acima só pode-riam existir em filmes de ficção, mas em poucos anos elas farão parte de nossa vida. Os pesqui-sadores acreditam que nossos sentidos, como visão, audição e olfato, passarão a ser influencia-dos pelos computadores, então: seja bem-vindo à era da chamada realidade aumentada.

Essa “realidade aumentada” é um campo da computação que estuda a intervenção de dados e

informações gráficas geradas ele-tronicamente com nossa percep-ção da realidade. E essa fusão de conceitos da realidade virtual com o nosso mundo será a próxima “moda” a ser adotada pelos con-sumidores de aparelhos de alta tecnologia, diz o professor ame-ricano Bruce H. Thomas, e ainda acrescenta, “Eu acredito que da-qui a 3 ou 5 anos sistemas que utilizam conceitos da realidade aumentada serão onipresentes”.

Em seu campo de pesquisa, Thomas estuda a criação de equi-pamentos eletrônicos que podem ser carregados conosco todo o tempo, e que atuam praticamente de forma “invisível”, sem interven-ção humana.

Um de seus projetos em anda-mento é a criação de um óculos capaz de se transformar em um monitor de computador. Transpa-rente, ele permite que você enxer-gue normalmente, mas também poderá ver informações sobre o ambiente inseridas pelo compu-tador.

Ele também fez uma versão

mais “tosca” destes óculos que foi utilizada pelo pesquisador para levar a realidade aumentada para o mundo dos videogames. Pode ser uma atividade considerada banal por muitos, mas os jogos eletrônicos serão um dos campos que mais vão lucrar com a evo-lução destas tecnologias. Ele ain-da criou uma versão do clássico jogo de tiro Quake, mas usando ambientes reais em vez de salas tridimensionais digitalizadas.

O professor Steven Feiner afir-ma que a única limitação exis-tente no momento é o custo da tecnologia. “É uma questão de escala, quando houver mais de-manda, mais equipamentos se-rão produzidos a um preço mais competitivo”, afirma.

Feiner dá como exemplo o fato de que os celulares inteligentes já são responsáveis pelas primeiras aplicações comerciais da reali-dade aumentada a ficarem ao al-cance dos consumidores, assim sendo vendido por um bom preço para todos os consumidores. (Ed-neia Rodrigues Miranda)

A LG está inovando nos smartphones mesmo. Pro-

va disso é o GD900, o novo apa-relho de 13.4 mm de largura que foi exibido primeiro na MWC de Barcelona, no mês de fevereiro. O que mais chamava atenção no celular, não era seu teclado alfa-numérico transparente q que não é feito de plástico, mais uma solu-ção que funcionou muito bem. Só que isso não é tudo.

A empresa está começando a liberar mais detalhes do GD900. O smart, com velocidade de 7,2 Mbps HSDPA, possui vibração como o force feedback dos con-troles de videogames e o teclado transparente poderá ser utilizado

como um mouse pad sensível ao toque, como em um notebook, para navegar na internet ou utili-zar a interface do próprio apare-lho.

Aparentemente, esse celular da LG também vai suportar gestos, como escrever um "M" para ini-cializar o Mp3 Player, e o formato de pinça para dar zoom em ima-gens.

Mas isso significa então que ele terá suporte ao multitouch? Parece que sim, mas não sabe-mos se é ao certo isso. Outra foto do aparelho sugere também um efeito de cubo em 3D semelhante aos do Linux. (Edneia Rodrigues Miranda)

informática e tecnologia

TVs da marca samsung ganhamacesso a serviços do Yahoo!

Uma parceria com o Yahoo! Fez com que di-versos tipos de serviços

online fossem para as telas das TVs da Samsung.

Por meio de widgets, que apa-recem na tela da TV, os usuários podem ver notícias, cotação de ações, fotos do Flickr, previsão do tempo e resultados esportivos, além de ter acesso ao Twitter e ao eBay.

O acesso pode ser feito sem que a exibição da programação dos canais seja interrompida.

A tecnologia é chamada de Internet@TV pela fabricante e permite posicionar os atalhos na

parte de baixo ou à esquerda da tela da TV.

Além dos serviços configurados direto da fábrica, será possível fa-zer download de novos widgets. A operação do sistema é feita via controle remoto.

As TVs têm tamanhos de 46 a 55 polegadas e custam entre US$ 3 mil e US$ 3,8 mil, mas não têm previsão exata para seu lança-mento no Brasil.

De acordo com a Samsung, que havia anunciado na feira CES (Consumer Electronics Show), em janeiro, nos Estados Unidos, o Yahoo! outras fabricantes aderi-ram à tecnologia.

Sony, LG e Vizio serão as pró-ximas marcas a incorporar essa tecnologia a seus aparelhos.

Edneia Rodrigues MirandaGrupo ERM Solution www.ermsolution.com.br

Por:

LG GD900 tem teclado transparente e multitouch

Tecnologia já está pronta para 'aumentar' o mundo com a realidade virtual

Page 25: BrazilianNews

2 a 8 de abril de 2009

O papa Bento XVI encer-rou na semana passa-da sua primeira viagem

à África como pontífice. Na última solenidade da viagem, o papa pediu aos líderes do continente, muito afetado pela pobreza e a corrupção, que ponham os inte-resses do povo em primeiro lugar. A visita de Bento XVI foi marcada pela polêmica gerada por suas declarações contra o uso de pre-servativos no combate à aids.

Entretanto, em declarações concedidas a jornalistas que o acompanham no voo de volta para o Vaticano, o papa disse que leva da África "a cordialidade e a alegria" demonstrada pelo povo africano para com ele durante sua passagem pelo continente.

A polêmica envolvendo a via-gem do papa começou antes mesmo de este pisar em solo africano. Em declarações a jorna-listas que estavam em seu avião rumo à África, Bento XVI afirmou que a doença não pode ser com-batida somente com dinheiro, nem "com a distribuição de pre-servativos, que, ao contrário, au-mentam o problema".

A aids, segundo o papa, pode ser vencida com "uma humaniza-ção da sexualidade, uma renova-ção espiritual, que comporta uma nova forma de comportamento de uns com os outros". Em um continente no qual 27 milhões de pessoas são portadoras do vírus da aids, as palavras de Bento XVI foram duramente criticadas em vários países ocidentais, os quais defenderam o uso do preservati-vo como elemento fundamental para prevenir a transmissão da doença.

O porta-voz vaticano, Federico Lombardi, assegurou que a Igreja Católica não mudará de postura

e acrescentou que, na África, a aids não é transmitida apenas via relações sexuais, mas também devido às

precárias condições de hi-giene.

Já depois de chegar a Cama-rões, o papa Bento XVI declarou que a África "está em perigo" de-vido aos "imorais sem escrúpulos que tentam impor o reino do di-nheiro desprezando os mais mise-ráveis". O texto do "Instrumentum laboris" acusa as multinacionais de "invadir" gradualmente o con-tinente africano para se apropriar dos recursos naturais, com a cumplicidade dos dirigentes lo-

cais, sobre os quais diz que obs-taculizam a democratização de seus países.

Se em Yaoundé seu discurso teve um acento mais religioso, em Luanda o tom de Bento XVI foi mais social e político. Diante do presidente angolano, José Eduar-do Dos Santos, o papa disse que é necessário acabar com a cor-rupção e que "chegou o tempo da esperança na África".

"Vocês podem transformar o continente, libertando seu povo do flagelo da avidez, da violên-cia e da desordem, levando-o ao caminho de uma moderna e ci-vil democracia", afirmou o papa.

Bento XVI acrescentou que uma democracia exige "o respeito e a promoção dos direitos humanos, um Governo transparente, uma Justiça independente, uma comu-nicação livre, uma administração pública honrada, uma rede de escolas e de hospitais, e a firme determinação de acabar de uma vez por todas com a corrupção".

Em Luanda, o papa pediu aos católicos que combatam as su-perstições existentes em regiões da África e que ofereçam o Evan-gelho às pessoas "desorientadas, que vivem no terror" e que che-gam a sacrificar meninos de rua por considerá-los bruxos.

Bento XVI voltou a defender

a família e a condenar o aborto, afirmando que é uma "ironia" que seja incluído como uma ação de "saúde materna", e que é "des-concertante a tese dos que con-sideram que a supressão da vida seria uma questão de saúde re-produtiva".

O papa chegou a citar o Proto-colo de Maputo, documento sobre os direitos da mulher na África, o que foi interpretado por alguns veículos de imprensa como uma rejeição do aborto terapêutico (realizado quando a gestante cor-re risco de vida).

Federico Lombardi ressaltou que o Vaticano não condena o aborto terapêutico quando a cura da grávida doente for, inevitavel-mente, a morte do filho, e que o papa apenas se expressou "con-tra os programas de saúde re-produtiva que defendem o aborto como meio de controle da nata-lidade".

A viagem do papa se viu atribu-lada mais uma vez após a morte de duas moças em um tumulto ocorrido ao tentarem entrar no es-tádio Dois Coqueiros, em Luanda, para um encontro dos jovens an-golanos com o

pontífice. O papa se despediu de Ango-

la com uma missa para mais de um milhão de pessoas, durante a qual pediu à África para que se "erga" e se liberte de todos os ma-les, criando um futuro de recon-ciliação,

justiça e paz.O último compromisso de Ben-

to XVI foi com as mulheres, diante das quais defendeu o direito das africanas de fazerem parte da vida pública, "sem que isso represente a diminuição de sua insubstituível função dentro da família". (Agên-cias internacionais)

Polêmica sobre preservativosmarca viagem do papa à ÁfricaPrimeira visita de bento XVi como papa ao continente causou discussão sobre distribuição de preservativos

Cientista vira cobaia de vacina contra vírus ebola Uma cientista que furou o

próprio dedo acidental-mente com uma injeção do vírus letal ebola foi tratada às pressas com uma vacina experimental nunca testada em humanos. Não se sabe se o acidente tinha de fato resultado em uma contami-nação mas, de um jeito ou de ou-tro, a pesquisadora sobreviveu.

O acidente, revelado na se-gunda-feira, 30, à imprensa, ha-via acontecido em 12 de março no Instituto Bernhard Nocht de Medicina Tropical em Hamburgo, que não revelou o nome da pes-quisadora. O ferimento ocorreu quando a pesquisadora manipu-lava uma injeção para inocular o ebola em camundongos.

Stephan Günther, chefe do insti-tuto, afirma a aplicação do imuni-zante em tempo hábil foi possível graças ao ambiente colaborativo da comunidade mundial de viro-logistas que pesquisam ebola e outras febres hemorrágicas.

Assim que soube do incidente, o pesquisador mobilizou cientis-tas mundo afora pela internet, e após um debate de emergência os cientistas elegeram uma va-cina experimental desenvolvida num laboratório da Agência Ca-nadense de Saúde Pública como a melhor estratégia para lidar com a situação.

O imunizante, criado pela equi-pe do cientista Heinz Feldmann, já tinha se mostrado apenas par-

cialmente eficaz num teste com macacos, e não estava claro se seria seguro administrá-la em humanos. Assim que foi possí-vel preparar uma dose nova da vacina, porém, Feldmann a des-pachou em um avião para Ham-burgo.

A pesquisadora recebeu a va-cina dois dias após o incidente, e nas 12 horas seguintes começou a apresentar dores e febre. "São reações normais" a vacinas des-se tipo, disse Feldmann.

O caso só foi revelado ontem, quando o período de pico conhe-cido para a incubação do ebola passou. "Agora estamos nos acalmando", diz Günther. (Asso-ciated Press)

Papa Bento XVI em visita África.

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2 a 8 de abril de 2009

Entre 1990 e 2008, o cha-mado Índice Global da Fome (ou GHI, na sigla

em inglês) brasileiro se reduziu quase à metade – 45,6% exata-mente –, fazendo o país deixar o grupo de nações com problemas alimentares "graves" para figurar entre aquelas onde esse proble-ma é considerado "baixo".

Os dados foram divulgados pelo Instituto de Pesquisas sobre Políticas Alimentares (IFPRI, na sigla em inglês) em parceria com as organizações German Agro-Action e Concern Worldwide.

O GHI de 2008, calculado para mais de 120 países (não para os industrializados), levou em con-sideração o número de pessoas com deficiência alimentar entre 2002 e 2004, a taxa de mortalida-de infantil de 2006 e a desnutrição infantil para o ano mais recente entre 2001 e 2006.

No mundo, sem contar as imen-sas diferenças regionais, o índice da fome caiu a uma proporção de

20% entre 1998 e 2008.Desnutrição infantilSegundo o IFPRI, a melhora no

mundo "foi motivada em grande medida pelo progresso na nutri-ção infantil".

Entretanto, a organização afir-mou que o problema da fome no mundo "permanece sério", espe-cialmente em países africanos onde conflitos civis exacerbam a crise alimentar.

"As médias globais escondem

diferenças dramáticas entre re-giões e países", disse a institui-ção. Enquanto o GHI caiu 40% na América Latina e 30% no Sudeste Asiático em 20 anos, a queda foi de apenas 11% na África subsaa-riana no mesmo período.

Além disso, o instituto lembrou que a redução nos indicadores ocorreu em um ambiente de que-da gradual do preço dos alimen-tos. "Entre 1974 e 2005, os preços de alimentos declinaram 75%, se-

gundo o Fundo Monetário Inter-nacional", disse o relatório.

Agora, o combate à fome terá de superar o desafio do aumen-to do preço dos alimentos, o que por sua dependerá de decisões futuras em relação aos biocom-bustíveis, mudança climática e investimentos agrícolas.

Mapa da fomeEm relação ao Brasil, o IFPRI

já havia observado uma redução significativa nos índices de fome a partir da década de 1990.

Em uma escala de zero a cem (zero sendo o melhor resultado), o país tinha um GHI de 10,43 em 1981, figurando entre os países com "graves" problemas no cam-po alimentar.

Durante a "década perdida", como economistas chamam os turbulentos anos 1980, o índice se reduziu, mas ainda chegava a 8,33 em 1990.

Caiu para 5,43 em 2003 e 4,60

em 2004, ano a partir do qual o Brasil passou a ser classificado como país com problemas ali-mentares "baixos". A redução co-loca o Brasil como o nono melhor desempenho entre os dez países que viram seu índice cair nas duas últimas décadas.

A lista é liderada pelo Kuwait (-72,4%), que viu uma grande redução no GHI em função dos "níveis extraordinários" de fome na década de 1990, quando foi invadido pelo vizinho Iraque.

O relatório elogiou as políticas do Peru, o segundo da lista, que em 20 anos saiu de um GHI de 19,5 pontos para 5,6 pontos. O México (redução de 50,8% no GHI) figurou no 5º lugar.

Os piores índices estão na Re-pública Democrática do Congo (GHI de 42,7 pontos, 67% acima do de 1990), Eritréia (GHI de 39 pontos) e Burundi (GHI 38,3 pon-tos, ou 17,4% acima de 1990).

Novo relatório continua apontandoBrasil entre os países com maior avanço no combate à fome

Jacqueline HaddadAdvogada BrasileiraLegal Consultant em UK [email protected]

Por: O brasil foi um dos dez países no mundo que viram mais progressos em um indicador que mede o desempenho no combate à fome, segundo um relatório divulgado por organizações não-governamentais.

Page 27: BrazilianNews

2 a 8 de abril de 2009

a Felicidade pode demorarÀs vezes as pessoas que

amamos nos magoam, e nada podemos fazer se-

não continuar nossa jornada com nosso coração machucado. Às ve-zes nos falta esperança. Às vezes o amor nos machuca profunda-mente, e vamos nos recuperando muito lentamente dessa ferida tão dolorosa.

Às vezes perdemos nossa fé, então descobrimos que precisa-mos acreditar, tanto quanto pre-cisamos respirar...é nossa razão de existir. Às vezes estamos sem rumo, mas alguém entra em nossa vida, e se torna o nosso destino.

Às vezes estamos no meio de centenas de pessoas, e a solidão aperta nosso coração

pela falta de uma única pessoa. Às vezes a dor nos faz chorar, nos faz sofrer, nos faz querer parar de viver, até que algo toque nosso co-ração, algo simples como a beleza de um pôr do sol, a magnitude de uma noite estrelada, a simplicida-de de uma brisa batendo em nos-so rosto.

É a força da natureza nos cha-mando para a vida. Você desco-bre que as pessoas que pareciam

ser sinceras e receberam sua confiança, te traíram sem qual-quer piedade. Você entende que o que para você era amizade, para outros era apenas conveniência, oportunismo. Você descobre que algumas pessoas nunca disseram eu te amo, e por isso nunca fize-ram amor, apenas transaram...

Descobre também que outras disseram eu te amo uma única vez. E agora temem dizer nova-mente, e com razão, mas se o seu sentimento for sincero poderá ajudá-las a reconstruir um coração quebrado. Assim ao conhecer al-guém, preste atenção no caminho que essa pessoa percorreu, são

fatores importantes: a relação com a família, as condições econômi-cas nas quais se desenvolveu. (di-ficuldades extremas ou facilidades excessivas formam um caráter), os relacionamentos anteriores e as razões do rompimento, seus sonhos, ideais e objetivos.

Não deixe de acreditar no amor.

Mas certifique-se de estar entre-gando seu coração para alguém que dê valor aos mesmos senti-mentos que você dá. Manifeste suas idéias e planos, para saber se vocês combinam. E certifique-se de que quando estão juntos, aquele abraço vale mais que qualquer palavra. Esteja aberto a algumas alterações, mas jamais abra mão de tudo, pois se essa pessoa te deixar, então nada irá lhe restar.

Tenha sempre em mente que às vezes tentar salvar um relaciona-mento, manter um grande amor, pode ter um preço muito alto se esse sentimento não for recípro-co.

Pois em algum outro momento essa pessoa irá te deixar e seu so-frimento será ainda

mais intenso, do que teria sido no passado. Pode ser difícil fazer algumas escolhas, mas muitas vezes isso é necessário. Existe uma diferença muito grande entre conhecer o caminho e percorrê-lo. A tristeza pode ser intensa, mas jamais será eterna. A felicidade pode demorar a chegar, mas o im-portante é que ela venha para ficar e não

esteja apenas de passagem...

Luis Fernando VerissimoPor:

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2 a 8 de abril de 2009

Café brasileiro: urge uma solução! Fotos por: Diego Gazola (MTB-SP-44.350), é repórter-fotográfico. Graduado em Comunicação Social pela UMESP-SP, tem se especializado em fotojornalismo de viagens. Em cinco anos, percorreu mais de um mil municípios em todo o Brasil para avaliação dos atrativos e documentação fotográfica dos Guias Turístico-Culturais da editora Empresa das Artes. As fotografias de Brasilzão são de sua [email protected] por: Fábio Brito é escritor. Presidente da Empresa das Artes, editora com de 160 obras publicadas nos seg-mentos de turismo, meio-ambiente e cultura; de guias de viagem a livros de arte. Os textos de Brasilzão são de sua [email protected]

-"O governo diz que não tem dinhei-ro para o café,

mas deu 4,5 bilhões de reais para o Banco Votorantim.

- Sobre o que você está falan-do?

- Repito a frase – e afirmação – de Rodrigo Maia, filho do prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia, e um dos defensores da idéia de que se adote uma política gover-namental que auxilie o setor cafe-eiro brasileiro a enfrentar e vencer a crise instalada no mundo rural do País.

- Quando ele disse isso? - Durante a "Marcha pelo Café"

ocorrida na cidade de Varginha, no Sul de Minas. Foram cerca de 20.000 pessoas, entre agricul-tores, comerciantes, políticos e cidadãos que buscaram, de ma-neira pacífica e civilizada, o apoio do Governo Federal visando a encontrarem saídas para o difícil momento que o setor vive atual-mente.

- Conheço um pouco dessa realidade. Como sabe, sou mi-neiro, passei minha infância em uma fazenda, e sempre vivemos de sobressaltos. O Brasil ainda não entendeu a importância real do setor primário, do mundo ru-

ral, da agricultura e das inúmeras possibilidades que temos de real-mente nos tornarmos uma nação potencialmente agrícola, autossu-ficiente em alimentos e com uma política econômica que permita a todos produzir com qualidade,

comercializar com competência e colaborar para o crescimento do País.

- Compartilho de seu ponto de vista. Para que o nosso diálogo flua, é importante compreender a complexidade do jogo vicioso – e viciado – da produção, com seus financiamentos a juros exorbitan-tes e a eterna dependência a que se submete o produtor quando sua vida passa a ficar atrelada a um sistema perverso como este, em que o grande beneficiado é o sistema bancário.

- Mas como o governo pode co-laborar, ou facilitar a vida dos ca-feicultores? Todos nós sabemos que a concorrência está brava!

- O Vietnã, a Costa do Marfim (na África Ocidental), a Colôm-bia (onde o café é de extrema qualidade), entre outros países, também disputam o mercado in-ternacional. Por isso acredito que o Movimento SOS Cafeicultura representa legitimamente as rei-vindicações do mundo cafeeiro e, sem dúvida, o Presidente da República deverá manifestar-se a fim de encontrar uma fórmula que possa aliviar – e motivar – os cer-ca de 300.000 cafeicultores bra-sileiros, oprimidos pelo alto custo da produção e pelas dívidas que vão se acumulando por conta dos juros acrescidos de mais juros e de um mercado em declínio.

- Fico a pensar: o Brasil viveu os ciclos do ouro, da cana-de-açúcar, do café e da pecuária... Depois veio a indústria e, em con-sequência, um êxodo rural que deformou as reais necessidades – que são o alimento, a produção agrícola e agropecuária – e nos levou a direcionarmos os investi-mentos maiores para os setores secundário e terciário. As políticas

governamentais de financiamento preocupam-se com as áreas de serviços e subestimam o princi-pal: o alimento.

- E o café, produto nobre, des-coberto há cerca de 1.000 anos na longínqua Etiópia, hoje está presente em todos os países do planeta, e poucas pessoas co-nhecem o poder dessa bebida.

- Como assim? - Depressão, mal de Parkinson,

câncer de cólon, entre as doen-ças graves, são, de acordo com alguns pesquisadores, indireta-mente combatidas através do consumo moderado do delicioso cafezinho.

- Pois é! E, além disto, trata-se de uma bebida prazerosa, que fi-naliza bem uma refeição e serve de pretexto para uma boa conver-sa em qualquer ocasião! A propó-sito, vamos tomar um cafezinho?

- Demorou

Juventude que sofre com os efeitos da crise cafeeira.

Marcha silenciosa de repudio á crise cafeeira.

Avenida tomada pelos manifestantes.

Trabalhadores rurais se dirigem à região central de Varginha.

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guia de serviçosentreterimento

(20 março a 20 abril)Áries

Deixe seu coração leve: esqueça as coisas ruins e as pessoas que te magoaram. Vale cuidar melhor do seu visual. Ótimo período para investir no seu crescimento. Fase de tranqüilidade na paixão.Tire um momento nesta semana para sentir o que é bom para você e o que precisa fazer para conseguir isso.

Elemento: FogoPlaneta Regente: Marte

(21 abril a 20 maio)

(20 fevereiro a 20 março) Peixes

Fase positiva nas finanças. Tudo indica que você poderá sair no lucro em tudo o que fizer. Júpiter lhe confere sorte, inclusive em jogos e apostas. No amor, é tempo de apagar o passado.Aventura no amor, se você for otimista e flexível. Não im-ponha seu método aos outros. Confie, apenas isso.

Elemento: ArPlaneta Regente: Neturno

(22 novembro a 21 dezembro) Sagitário

Mudanças profundas, às vezes, são necessárias. Voltar-se para o seu interior pode ser fundamental para re-descobrir suas motivações. Nos assuntos do coração, poderá viver fortes emoções.Aprenda a trabalhar pelas mudanças. Não tenha medo das novas situações que surgirem em sua vida.

Elemento: ÁguaPlaneta Regente: Sol

Touro

Terá certeza de que não dá mais para adiar certas situ-ações. Negócios e amizade não se misturam, por isso, evite ficar na dependência dos outros. Aproxime-se mais de quem você ama.Procure viver em equilíbrio com a matéria e o espírito. Na verdade, um necessita do outro para evoluir.

Elemento: TerraPlaneta Regente: Neturno

(23 agosto a 22 setembro) Virgem

É hora de renunciar as idéias antigas e acreditar que você tem direito à felicidade. Terá grande satisfação em se sentir útil às pessoas. A paixão pode atravessar uma fase crítica.Continue buscando no mundo espiritual o ponto de apoio para suas crises momentâneas, será gratificante.

Elemento: ArPlaneta Regente: Júpiter

(21 maio a 20 junho)Gêmeos

Elemento: ArPlaneta Regente: Saturno

Evite assumir mais compromissos do que possa supor-tar. Se quer atrair coisas positivas, não se deixe abater pelo pessimismo alheio. Estabelecer planos em comum vai fortalecer a paixão.Cautela com impulsos de satisfazer seus desejos mate-riais. Pode gastar, sem perceber, mais do que deve.

Elemento: FogoPlaneta Regente: Sol

(23 outubro a 21 novembro) Escorpião

Não queira abraçar o mundo com as mãos, você pode não cumprir as suas promessas. Dê atenção à família e abra-se às pequenas alegrias. No amor, romance come-çado agora pode engrenar.A preparação é uma fase muito importante antes de ir para a ação. Procure planejar seus próximos passos.

Elemento: FogoPlaneta Regente: Saturno

(21 janeiro a 19 fevereiro)Aquário

Cuidado com a precipitação, lembre-se de que a pressa é inimiga da perfeição. Poderá descobrir outras formas de ganhar dinheiro. No amor, evite pegar demais no pé de quem ama.Acredite naquilo que não pode ser visto ainda, mas intuí-do. Alguém de Peixes é a melhor ajuda no momento.

Elemento: FogoPlaneta Regente: Marte

(22 dezembro a 20 janeiro) Capricórnio

Não se prenda tanto às mágoas ou isso poderá afetar a sua relação com as pessoas. Trabalhar em equipe será a sua melhor opção. No romance, alguém distante pro-mete despertar saudades.Não fique esperando, dê você o primeiro passo para me-lhorar sua vida pessoal. E não se fala mais nisso.

Elemento: FogoPlaneta Regente: Plutão

(23 setembro a 22 outubro) Libra

O astral favorece atividades com as quais se identifica. Convém dar o melhor de si para alcançar os seus ob-jetivos. Nos assuntos do coração, o astral é de grande confiança e lealdade.Perceba, dentro de você, a capacidade de transformar sua vida diária com idéias criativas e simples.

Elemento: FogoPlaneta Regente: Plutão

(21 junho a 21 julho)Câncer

Elemento: ÁguaPlaneta Regente: Lua

Apesar do seu desejo de se destacar profissionalmen-te, você não deve perder o foco de suas necessidades emocionais. No romance, um pouco de privacidade vai favorecer a relação.Procure estar fora das pressões cotidianas. Saiba per-manecer simples diante do alvoroço do mundo.

(22 julho a 22 agosto) Leão

Fonte: João Bidu. www.joaobidu.com.br

Mantenha a calma. Às vezes, para que reconheçam a sua vitória, é preciso recuar. O seu progresso material anda em alta. Se estiver feliz com a vida, o romance será fa-vorecido.Olhe de perto para o que pode estar errado e faça trans-formações em seu modo de sentir. Valerá a pena.

abobrinha

Por:

Marcus Fumagalli

Na fronteira do Brasil com a Ar-gentina a igreja mais próxima era do lado brasileiro, o que trazia os argentinos sempre à missa. Certo dia o padre diz:

- Irmãos, hoje vamos falar dos fariseus, aquele povo desgraça-do, como esses argentinos que aqui estão.

Toda a congregação se alar-mou, virou um alvoroço total. Ao fim da missa o prefeito da cidade diz ao padre.

- O sr. não pode fazer isso, es-ses argentinos fazem a maioria de suas compras aqui, eles gas-tam todo seu dinheiro em nossa cidade, não podemos perdê-los. E prometa que não irá ofendê-los novamente!

- Tudo bem! - diz o padre. No outro domingo o padre co-

meça a ladainha: - Hoje iremos falar de Maria

Madalena, aquela prostituta, como essas argentinas que aqui estão.

Novamente o alvoroço foi total,

não ficou um argentino dentro da igreja. No final o prefeito nova-mente vai ao padre e diz:

- Mas padre, o senhor me pro-meteu que não iria mais fazer isso. O que aconteceu?

O Padre disse que não conse-guiu se conter, mas que não iria se repetir. No domingo, o prefei-to apreensivo, espera o inicio do sermão, temendo o que o padre faria dessa vez.

- Irmãos, hoje iremos falar da Santa Ceia. O que deixa o prefeito e a congregação mais aliviados.

Continuando, o padre diz: - Na-quela noite, Jesus disse: O meu traidor está aqui na mesa.

Ao que Pedro diz: Mestre, por acaso sou eu?

- Não, não é você Pedro. Diz Jesus.

João prossegue: - Mestre, serei eu?

Jesus diz: - Não é você João. Ouvindo os colegas pergunta-

rem Judas Iscariotes, assustando diz: - Mestre, por acaso soy yo?

O Padre e os argentinos

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2 a 8 de abril de 2009

classificados

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2 a 8 de abril de 2009

classificados

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O London United Futsal Club não pode contar com o goleiro Jodel-

le Perreira, que está cumprindo a suspensão pelo segundo cartão amarelo, mas contou com a es-tréia do goleiro português Rafael Ramos, de 19 anos. Outros joga-dores, por motivo particulares, não compareceram e o jogador Renato da Silva por contusão. Mesmo as-sim o diretor executivo da equipe James Rosa, contou com os joga-dores Bebeto (capitão), Bruno Lis-boa, Carlos Diego Pagliuso ‘Tato’, Ramtin Javadpour, Julinho Ferreira, Sergio ‘Mariluz’.

Buscando conseguir mais uma vi-tória diante o adversário, o London United Futsal Club iniciou a partida pressionando a saída de bola do adversário. Carlos ‘Tato’ chutou for-te, numa tentativa de abrir o placar. O Obolon respondeu em seguida chegando até a defesa de Rafa-

el Ramos. Porém, numa segunda chance, Obolon não desperdiçou e marcou o primeiro gol da partida. London United continuou pressio-nando a saída de bola do Obolon. A tática deu certo. Em erro de passe, Tato novamente aproveitou e bateu forte no canto esquerdo para empa-tar.

O Obolon recuou e após uma co-brança de escanteio, a bola chegou até Bebeto que bateu muito bem, para vencer o goleiro adversário 2 a 1. No final do primeiro tempo, o ad-versário voltou a buscar o empate, salvo por três defesas de Rafael Ra-mos. Assim, o London United am-pliou com um chute forte do capitão Bruno Lisboa, sem defesa para o goleiro adversário e o segundo em uma bela bicicleta de Julinho Ferrei-ra, fazendo 4 a 1.

No segundo tempo a partida di-minuiu um pouco o ritmo, os dois times trabalhavam mais a bola e o Obolon tentava utilizar a joga-da com seu pivô para chegar ao

gol de Rafael Ramos. O pivô do Obolon recebeu de costas para a marcação, realizou um bom giro e bateu bem. A bola explodiu no travessão de Rafael Ramos. O London United Futsal Club res-pondeu com jogada de Ramtin Ja-vadpour pela esquerda. Ele passou pela marcação e bateu cruzado, no canto esquerdo do goleiro adversá-rio, 5 a 1.

O Obolon se mostravam um pou-co melhor na partida e acabaram chegando ao gol brasileiro três ve-zes em 5 minutos. Nos minutos fi-nais, depois de boa troca de passes pelo meio, o pivô do Obolon rece-beu assistência na direita colocan-do no ângulo. Placar final 5 a 5.

Próxima partida do London United Futsal Club será no dia 5 de abril, no Score Sport Centre (100 Oliver Road London E10 5JY). Os interessados em participar da equipes podem en-trar em contato via email [email protected] o pelo tel: 07528561309 James Rosa.

London United Futsal Clubempata na Super League

Comemoração dos jogadores do London United Futsal Club.

Polli

ana

Ros

a

Paula [email protected]

Por:

Helvécia confirma favoritismo e derrota Kickers

Com a vitória, a equipe man-teve os 100% de aprovei-

tamento e se isolou na liderança da divisão Sul da FA Futsal Lea-gue, enquanto os derrotados ca-íram para a terceira posição com o mesmo número de pontos do Vaughans, só que com saldo de gols inferior.

Antes mesmo de a bola rolar, já ficou claro o grau da rivalidade entre as equipes. Por conta de uma controversa transferência de um jogador no ano passado, o técnico do Helvécia, Ronaldo Ne-grão, recusou-se a cumprimentar o comandante do time oponen-te, Rogério de Oliveira. Quando soou o apito inicial, a animosida-de entre os atletas não foi dife-rente. Em menos de quatro minu-tos de jogo, cada equipe já havia cometido três faltas. Foi então que Raoni Medina, o artilheiro do torneio, abriu o marcador e che-gou ao seu décimo quinto gol. Após ajeitar a bola com a mão, ele girou sobre a marcação e ba-teu cruzado com perfeição. Pas-sados quatro minutos, o Kickers já estaria na dianteira do placar, com dois tentos de Eduardo “Ba-nana”, o pivô da disputa entre os treinadores. Aos 16 minutos, porém, Elizandro de Lima empa-taria o jogo.

Na etapa complementar, o Helvécia passou a jogar com o goleiro linha. Deu certo, pois a defesa do Kickers estava desa-tenta. Aos 14 minutos, os atuais campeões nacionais já haviam marcado mais cinco gols – só não marcaram outros graças à atuação do goleiro Kiko – , en-quanto o Kickers fez apenas um, deixando o placar em 7 a 3. O autor do terceiro gol do Kickers foi mais uma vez Banana, quan-do o Helvécia jogava com um atleta a menos após a injusta expulsão de Hugo Moreira – a arbitragem considerou que ele simulou uma falta que, de fato, sofreu. O Kickers esboçou uma reação a partir dos 35 minutos ao pressionar a saída de bola adversária. Banana marcou seu quarto gol com um chute inde-fensável de canhota. Em segui-da, Victor Hurpia roubou a bola e tocou na saída do arqueiro. O sexto veio com um chute do meio da quadra de Thiago “Ga-lego”, que desviou na marcação antes de estufar as redes. Mas a reação terminou aí.

Nos demais jogos da rodada, o Vaughans goleou por 13 a 4 o Deportivo QM, o White Bear derrotou o Genesis por 6 a 4, e o Corinthians sofreu sua terceira goleada, desta vez por 4 a 0 para o Baltic.

No último domingo, 29, a equipe brasileira London United Futsal Club empatou por 5 a 5 com a equipe do Obolon FC, na quadra do score sport Center. O jogo foi muito disputado pelas duas equipes, numa competição que pode conceder a vaga para a Fa Futsal Cup, em sheffield.

O clássico entre Helvécia FC e Kickers Futsal Club pela terceira rodada da divisão sul da Fa Futsal League terminou com placar apertado. O resultado, 7 a 6, confirma que foi difícil para o Helvécia, atual campeão nacional, confirmar seu favoritismo e derrotar o Kickers.

Victor De MartinoPor:

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esporte

Thalita Pires Por:BATE BOLACorinthians – O Timão só empatou com o

Guarani – 0 a 0 – e perdeu a segunda posição do Paulista para o São Paulo. O time acumula cin-co empates nos últimos 7 jogos. Faltando duas rodadas para o final da fase de classificação, o Corinthians ainda não está garantido nas semi-finais.

Palmeiras – O Palmeiras foi derrotado por 1 a 0 pelo São Paulo e perdeu a invencibilidade no Campeonato Paulista. Ainda assim, o time con-tinua líder, com 4 pontos de vantagem sobre o segundo colocado, o próprio São Paulo.

Portuguesa – A Lusa goleou o Marília por 4 a 1 e se manteve na quarta colocação no Paulis-tão. O time abriu três pontos de vantagem sobre o Santos, seu seguidor mais próximo. A quarta vaga nas semifinais deve ser decidida no clássi-co entre as duas equipes, nessa quinta.

Santos – O Santos empatou com o Barueri por 0 a 0 e ficou de fora do G4 do Paulista. O time enfrenta a Portuguesa nesta quinta, num jogo que deve valer a classificação para a fase final.

São Paulo – O Tricolor venceu o Palmeiras por 1 a 0 – gol de Washington – e ultrapassou o Corinthians na tabela do Paulista. O time está praticamente garantido nas semifinais do cam-peonato.

Atlético Mineiro – O Galo passou para a segunda fase do Campeonato Mineiro em pri-meiro lugar. Na primeira partida pelas quartas-de-final, o time venceu o Uberaba por 1 a 0 fora de casa.

Cruzeiro – O Cruzeiro perdeu a liderança da fase classificatória nas últimas rodadas e acabou em segundo lugar. Nas quartas, o time venceu o Tupi por 1 a 0. A partida de volta é no sábado.

Atlético Paranaense – A primeira posi-ção na tabela de classificação para a fase final do Paranaense não contou para o Atlético. No jogo de estréia do Furacão na segunda fase do torneio, o time perdeu em casa por 2 a 1 para o J. Malucelli. O Furacão tem, pelo regulamento, a vantagem de realizar todos os jogos em casa.

Coritiba – A estréia do Coxa pela segunda fase do Campeonato Paranaense não podia ser melhor. Vitória contra o Paranavaí, por 3 a 0, e derrota do principal rival, o Atlético Paranaense.

Botafogo – O Fogão perdeu o clássico para o Fluminense por 2 a 1 e está em segundo lugar no grupo B da Taça Rio, com 10 pontos. Macaé e Bangu têm a mesma pontuação, mas perdem nos critérios de desempate.

Flamengo – Com o astral em alta, o time venceu o Resende por 4 a 0 e assumiu a lide-rança do Grupo B da Taça Rio, com 13 pontos. A prova para o bom desempenho do time será no próximo domingo, no clássico contra o Flu-minense.

Fluminense – O Fluminense teve um mês de março para guardar na memória. O time ven-ceu todos os seus sete jogos no período. O último foi o clássico com o Botafogo, vencido pelo placar de 2 a 1. No próximo domingo a boa fase será co-locada a prova no clássico contra o Flamengo.

Vasco – O Vasco é o time a ser batido nesse Campeonato Carioca. A equipe ainda está invic-ta na competição – mas não participou das finais da Taça Guanabara por uma decisão da Justiça Desportiva. A última vitória foi contra o Volta Re-donda, por 5 a 3.

Grêmio – O Grêmio venceu o Aurora por 2 a 1 pela terceira rodada da Libertadores e lidera o grupo 7 do torneio com 7 pontos. Pelo Gaúcho, o time venceu o São Luiz por 2 a 0 e lidera o Grupo 2 com 11 pontos.

Internacional – O Colorado perdeu os pri-meiros pontos na segunda fase do Gaúcho. O time empatou em 3 a 3 com o Juventude. O des-taque foi o golaço de Nilmar, que deu um lençol no goleiro e mandou de sem pulo no ângulo.

Goiás – Pela penúltima rodada da fase de classificação do Goiano, o Goiás venceu o Ana-polina por 3 a 1. O time lidera o grupo B do cam-peonato com 41 pontos e já está classificado para a próxima fase.

Náutico – O Timbu se recuperou do tropeço da última rodada e venceu o clássico contra o Santa Cruz por 3 a 1. O time está agora em se-gundo lugar no segundo turno do Pernambuca-no, apenas um ponto atrás do líder Sport .

Sport – O Sport venceu o Petrolina por 2 a 0 e se manteve na liderança do segundo turno do Campeonato Pernambucano. Se o time levar o caneco deste turno será campeão pernambuca-no sem necessidade de finais, já que venceu a primeira fase.

Paulistão: Veja as chances de classificação e rebaixamento

O Palmeiras é o único time já garantido na se-mifinal do Campeonato

Paulista. São Paulo e Corinthians estão muito perto da classificação, enquanto a briga pela quarta vaga entre Santos e Portuguesa prome-te ser acirrada. O Santo André, por sua vez, ainda sonha com uma vaga na próxima fase, apesar de as chances serem muito remotas.

De acordo com o matemático Tristão Garcia, do site 'Infobola', a equipe do Morumbi, que ocupa a segunda colocação, com 36 pon-tos, possui 99% de possibilidades de classificação. Uma vitória nes-ta quinta contra o Guaratinguetá basta para ratificar a vaga.

O Corinthians, em terceiro lu-gar e com 35 pontos, vive quase a mesma situação. Com 96% de chances, precisa apenas superar o Ituano nesta terça no Pacaembu para estar entre os quatro melho-res do torneio estadual.

Disputa acirradaJá a briga pela quarta vaga pro-

mete ser quente. A Portuguesa, em quarto lugar e com 34 pontos, tem neste momento 77% de pos-sibilidades, contra 18% do Santos, quinto colocado e com 31 pontos.

No entanto, este panorama pode mudar completamente na próxima quinta-feira, quando os dois clu-bes se enfrentam às 15h45 na Vila Belmiro pela penúltima rodada da fase classificatória.

A Lusa garante a vaga em caso de vitória, enquanto a equipe san-tista precisa triunfar para entrar no G-4 e chegar à última rodada com mais chances do que o adversário. O empate é melhor para o time da capital, que dependeria de apenas mais um resultado positivo no jogo seguinte para obter a vaga.

Já o Santo André, em sexto lu-gar e com 30 pontos, tem apenas 10% de chances e, além de ga-nhar suas duas partidas, precisa de uma boa combinação de resul-tados para se classificar.

RebaixamentoNa parte de baixo da tabela, a

situação mais preocupante é a do Guarani, em último lugar, com 14 pontos. A equipe de Campinas tem 88% de chances de disputar a Série A-2 do Paulistão em 2009.

O Noroeste (penúltimo, com 14 pontos) tem um risco de 82%, contra 68% do Marília (18.°, com 15 pontos) e 51% do Mogi Mirim (17.°, com 15 pontos), time que hoje completam a zona da 'dego-la'.

Oeste (16.°, com 16 pontos), com 52%, Paulista (15.°, com 16 pontos), com 32%, e Ituano (14.°, com 17 pontos), com 23%, ainda correm um sério risco.

Já Guaratinguetá (13.°, com 19 pontos), com 2%, Botafogo-SP (12.°, com 19 pontos), com 1%, e Bragantino (11.°, com 19 pontos), com 1%, estão praticamente livres do rebaixamento.

Enquanto isso, Barueri, Mirassol, Ponte Preta e São Caetano não podem mais se classificar nem cair. Por isso, lutam para ficar en-tre os quatro melhores logo após o G-4 para ganharem do direito de disputar o Título do Interior.

Palmeiras é o único já classificado à semifinal; disputa pela quarta vaga deve ser entre santos e Portuguesa

Time de Luxemburgo é o melhor do torneio.

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Uma pesquisa divulgada nes-ta segunda-feira, 30, pela

revista France Football colocou os brasileiros Ronaldinho Gaúcho e Kaká, companheiros de equipe no Milan, entre os jogadores mais bem pagos do mundo.

Segundo o estudo, Ronaldinho ganha 19,8 milhões de euros anu-ais e é o terceiro melhor, enquanto Kaká, com rendimentos de 15,1 mi-lhões, aparece em sexto lugar.

O jogador que melhor ganha no mundo também é do Milan: David Beckham, com rendimento de 32,4 milhões de euros anuais. Esta é a quarta vez que o atleta lidera a lista desde 1999 – em 2008, ele superou Ronaldinho Gaúcho.

O segundo da lista este ano é o meia-atacante argentino Lionel Messi, do Barcelona, com 28,6 milhões de euros. O quarto é o português Cristiano Ronaldo, do

Manchester United (18,3 milhões), seguido do francês Thierry Henry, também do Barça (17 milhões).

Fecham o "top ten" o atacante sueco Zlatan Ibrahimovic, da Inter de Milão (14 milhões de euros), e três ingleses: o atacante Wayne Rooney, do Manchester United (13,5 milhões), o meia Frank Lam-pard (13 milhões) e o zagueiro John Terry (11,7 milhões), ambos do Chelsea. (AE)

O técnico da seleção bra-sileira, Dunga, afirmou nesta segunda-feira, 30,

que Kaká está recuperado da le-são no pé esquerdo e à disposição para enfrentar o Peru nesta quarta-feira, em Porto Alegre, mas não quis confirmar se o meia do Milan será titular na partida, pela 12.ª ro-dada das Eliminatórias da Copa do Mundo.

"A gente acabou de chegar e almoçar, ainda vamos conversar com a comissão técnica e o de-partamento médico para saber como aproveitá-lo. O Kaká tem

condições de jogo, só não sabe-mos por quanto tempo", afirmou o treinador, que concedeu entrevista no início da tarde, horas depois de a seleção desembarcar na capital gaúcha após quase nove horas de viagem desde Guayaquil, no Equa-dor.

Dunga afirmou que a única cer-teza quanto à escalação é a ausên-cia do lateral-direito Maicon, que sofreu uma lesão muscular ainda no primeiro tempo do empate des-te domingo com o Equador, em Quito. "Ele está fora, entra o Da-niel Alves, e o Maicon fica conos-co fazendo tratamento", explicou o treinador. Bem-humorado, ele até brincou com os jornalistas que não ia revelar o time para não "acabar" com o assunto. "Vocês tem muito espaço para preencher e se eu der o time vou complicar o trabalho", ironizou.

O treinador da seleção reclamou da falta de tempo para preparar a equipe, alegando que o ideal seria contar com os jogadores por pelo menos 15 dias antes dos jogos, e acha que, para vencer o Peru, o time tem de se movimentar mais no ataque e buscar as jogadas individuais, ao contrario da tímida apresentação de Quito. "Lá tem a altitude, que torna a coisa muito difícil, e aqui a gente sabe que, jogando em casa, vencer é obri-gação."

O empate diante do Equador deixou o Brasil em quarto lugar nas Eliminatórias, com 18 pontos, um a menos que Argentina e Chile, que venceram Venezuela e Peru, respectivamente, na rodada do fim de semana. Se não vencer, o Brasil pode ser alcançado pelo Uruguai, que está em quinto, com 16 pon-tos. (AE)

esporte

Técnico Dunga faz mistérioe não diz se vai mexer na seleção'O Kaká tem condições de jogo, só não sabemos por quanto tempo', disse; lesionado, lateral Maicon não joga

Maicon sofreu uma lesão muscular no domingo, 29.

ronaldinho e Kaká estão entre os mais bem pagos do mundoO jogador de futebol que ganha mais dinheiro no planeta também é atleta do Milan: o inglês David beckham

Kaká passa a bola para o companheiro Ronaldinho Gaúcho durante partida do Milan na Itália.

Empate com suécia não desanima jogadores portugueses

João Moutinho disse que os jogadores da seleção

nacional não devem esquecer o empate, a zero, frente à Suécia no Estádio do Dragão. Portugal deve lembrar a exibição e o resultado, procurando rectificar alguns erros. “Tentaremos corrigir tudo isso para estarmos na máxima força e entro-sados nos próximos jogos. Quere-mos estar na máxima força para os jogos de qualificação. Agora, só as vitórias interessam”, lembra Moutinho. Pepe foi mais confiante e assegurou ao Mais Futebol que

Portugal assinou uma boa exibição frente à Suécia, apesar do empate a zero bolas que compromete as aspirações da selecção nacional na qualificação para o Campeo-nato do Mundo de 2010.

Portugal defrontou África do Sul, em jogo amigável na Suíça, pas-sado dia 31 à noite. Até fecho do jornal Portugal ganhava por duas bolas a zero. Golos marcados por Bruno Alves logo aos três inaugu-rou o marcador e Edinha já na se-gunda parte do jogo marcou aos 55 minutos. (Daniela Romão)

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A direção da Toyota decidiu apelar da decisão dos co-

missários desportivos que impuse-ram a punição de 25 segundos ao tempo de prova de Jarno Trulli. Ele teria ultrapassado Lewis Hamilton, da McLaren, para assumir o terceiro lugar, sob bandeira amarela, quando o safety car estava ainda na pista, na 57.ª volta, a uma da bandeirada. O resultado da corrida pode, portanto, mudar de novo se o protesto for aca-tado. Não há data de julgamento.

A última vez que uma equipe es-

treou na Fórmula 1 e venceu com dobradinha ocorreu no dia 4 de julho de 1954, no GP da França, disputa-do em Reims. A Mercedes entrou na competição com o argentino Juan Manuel Fangio e o alemão Karl Kling, que pilotaram o modelo W196. Fan-gio foi primeiro e Kling cruzou um décimo de segundo atrás. O francês Robert Manzon, da Ferrari, completou o pódio, com uma volta a menos.

Em 1977, a equipe do milionário canadense Walter Wolf disputou seu primeiro GP de Fórmula 1 na Argen-

tina, no dia 9 de janeiro. O sul-afri-cano Jody Scheckter venceu com o modelo WR1-Cosworth, depois que José Carlos Pace, com Brabham BT45-Alfa Romeo, não suportou o esforço físico nas voltas finais, sob calor intenso, e perdeu rendimento. Carlos Reuteman, com Ferrari 312T2, foi terceiro.

Ross Brawn impressionou o que conversavam com ele depois cor-rida, ontem: “Nós vamos começar a trabalhar em breve no programa do carro de 2010 porque com o fim do reabastecimento de combustível a sua concepção terá de ser bem

distinta da do modelo que usamos agora”. E Richard Branson, do gru-po Virgin, confirmou negociações no sentido de adquirir o time e, se to-dos os demais times concordarem, substituir Brawn GP por Virgin.

Sebastian Vettel, da Red Bul, che-gou no paddock louco da vida com Robert Kubica, da BMW. Na 55.ª volta, os dois lutavam pelo segundo lugar e bateram. “Ele estava com os pneus duros, bem mais rápido. Tinha o carro já na minha frente (na curva 3), mas não me sobrou espaço.” Os comissários, no entanto, julgaram Vettel culpado pelo acidente e lhe

puniram com a perda de 10 coloca-ções no grid no GP da Malásia.

Robert Kubica, autor de corrida ex-celente, como a de Vettel, comentou sobre o acidente que tirou os dois do pódio: “Se fosse a última curva da última volta, ok, mas é a primeira corrida, o mais importante é somar pontos”. O polonês tinha planos am-biciosos: “Meus pneus duros me da-vam bem mais velocidade que Vettel e Button (líder), os dois com o mole. Tinha chance de ganhar a corrida.” Button possuía apenas 4 segundos e 398 milésimos de vantagem àque-la altura. (AE)

O piloto brasileiro Ru-bens Barrichello, da Brawn, disse não ter

dúvidas de que tem nas mãos um carro com potencial para vencer o título da atual temporada do Mundial de Fórmula 1.

Barrichello fez tal afirmação em entrevista publicada no site da re-vista Autosport, na qual também diz que "o único inconveniente é que (a Brawn) é uma escuderia

pequena - é bem preparada, mas fez poucos testes".

Tal situação levou o brasileiro dizer que "é cedo para dizer" que

a escuderia está "em definitivo" na luta pelo título desta tempo-rada.

Durante a entrevista, Barrichello reconheceu a controvérsia gera-da em torno do difusor utilizado nos carros da Brawn, mas dis-se que o fato de ter conseguido manter o ritmo no Grande Prêmio da Austrália mesmo depois de a peça ter sido danificada mostra que o carro como um todo pre-valeceu.

O difusor do carro de Bar-richello foi atingido durante a

prova após um incidente com o finlandês Heikki Kovalainen, da McLaren.

Mesmo assim, o piloto da Brawn foi o segundo colocado, atrás ape-nas de seu companheiro de escu-deria, o inglês Jenson Button.

Sobre a próxima prova, que acontece neste final de semana no circuito de Sepang, na Malá-sia, o brasileiro disse que a dispu-ta vai ser muito mais apertada.

"A Ferrari sem dúvida estará mais próxima, a McLaren sem-pre foi bem" na Malásia, lembrou Barrichello, que também disse ter se surpreendido com o de-sempenho da Red Bull. (Efe)

barrichello acredita ter carropara lutar pelo título mundialEle só considera cedo

para garantir que o bGP 001 se manterá forte, pois 'a Ferrari estará mais próxima'

Rubens Barrichello com seu BGP 001 em ação no GP da Austrália, onde garantiu a segunda colocação

Toyota apela da punição a Jarno Trulli