Bras indep texto 11_ 2007

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Professor JORGE MARCOS - TEXTOS DE HISTÓRIA BRASSIL INDEPENDENTE HISTÓRIA GERAL ENSINO CRISE DO ANTIGO REGIME MÉDIO INDEPENDENCIA DA AMÉRICA ESPANHOLA 2º ANO ALUNO: ..............................................................Nº:...... DATA:.../.../12 1. Período Joanino (1808-1821) 1.1. Política externa: Abertura dos Portos as Nações Amigas (1808) Invasão da Guiana Francesa Ocupação do Uruguai (Província Cisplatina) Eleva o Brasil a Reino Unido (1815) Participa do Congresso de Viena (1815) Assina acordos comerciais com a Inglaterra (1810) Tratado de Aliança e Amizade: Proíbe a instalação do tribunal de Inquisição no Brasil; Abolição gradativa do tráfico negreiro; Isenção jurídica aos cidadãos ingleses no Brasil; Liberdade de culto aos ingleses. Tratado de Comércio e Navegação: Redução das tarifas alfandegárias para 15% sobre os produtos ingleses; 1.2. Política interna: montagem de uma estrutura administrativa que garanta a governabilidade. Cria: Banco do Brasil, a Biblioteca Nacional, o Jardim Botânico, a Imprensa Régia (Gazeta Fluminense), a Academia de Belas Artes e Militar, Faculdades de Medicina (Bahia e Rio de Janeiro), Observatório Astronômico, Teatro São José. Transfere órgãos de Lisboa Revoga o Alvará de 1785: concede liberdade industrial no Brasil; Revolução Pernambucana de 1817. Movimento republicano, separatista e lusofobista; Conhecido por Revolta dos Padres; Adesão da Paraíba, RG do Norte e Ceará; Líderes: Pe. Ribeiro e Pe. Rolim. Reprimido; 1.3. Fim do Período Joanino Revolução do Porto (1820): exige o retorna da família real, expulsão dos estrangeiros (ingleses), a elaboração de uma constituição e a recolonização do Brasil. Regência de D. Pedro (1821-1822): conflito entre as “cortes” portuguesas e a elite brasileira Passos da independência: Dia do Fico (09.01.1822) Fundado o Clube da Resistência; D. Pedro recebe o título de “Defensor e Protetor Perpétuo do Brasil” Junho de 1822 D. Pedro Convoca a Constituinte Sete de setembro: a independência. LEMBRETES IMPORTANTES 1. O processo de emancipação política do Brasil não se fez acompanhar de intensas lutas populares e de uma efetiva participação das massas. 2. A independência, a organização do Estado brasileiro e o quadro político estruturaram-se de acordo com os anseios e aspirações das elites rurais, detentoras das terras e do monopólio do exercício do poder. 2. Primeiro Reinado (1822-31) Regime político: Monarquia Constitucional (D. Pedro I afirmava que “juraria a liberal constituição se ela fosse digna do Brasil e do seu imortal imperador) 2.1. Assembléia constituinte de 1823: A Constituição da Mandioca. D. Pedro I dissolveu- a (noite da agonia) depois do impasse entre grupos português e brasileiro a respeito da soberania. 2.2. A Constituição de 1824 (25.03): Outorgada, monárquica, hereditária, executivo forte e centralizador, existência de quarto poderes executivo, legislativo, judiciário e moderador, voto indireto e censitário, eleição em dois níveis (Paroquial e Provincial). 2.3. Reação à constituição: Confederação do Equador. Movimento republicano e separatista; Data: 1824 (Pernambuco) Líder: Frei Caneca, Cipriano Barata e Pais Andrade; Motivações: dissolução da constituinte, outorga da constituição, crise econômica, troca de presidente da província; Adesão do RG do Norte, Paraíba e o Ceará. Reprimida;

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Professor JORGE MARCOS - TEXTOS DE HISTÓRIA – BRASSIL INDEPENDENTE

HISTÓRIA GERAL ENSINO CRISE DO ANTIGO REGIME MÉDIO

INDEPENDENCIA DA AMÉRICA ESPANHOLA 2º ANO

ALUNO: ..............................................................Nº:...... DATA:.../.../12

1. Período Joanino (1808-1821) 1.1. Política externa: Abertura dos Portos as Nações Amigas (1808) Invasão da Guiana Francesa Ocupação do Uruguai (Província Cisplatina) Eleva o Brasil a Reino Unido (1815) Participa do Congresso de Viena (1815) Assina acordos comerciais com a Inglaterra (1810)

Tratado de Aliança e Amizade: Proíbe a instalação do tribunal de Inquisição no Brasil; Abolição gradativa do tráfico negreiro; Isenção jurídica aos cidadãos ingleses no Brasil; Liberdade de culto aos ingleses.

Tratado de Comércio e Navegação: Redução das tarifas alfandegárias para 15% sobre os produtos ingleses;

1.2. Política interna: montagem de uma estrutura administrativa que garanta a governabilidade.

Cria: Banco do Brasil, a Biblioteca Nacional, o Jardim Botânico, a Imprensa Régia (Gazeta Fluminense), a Academia de Belas Artes e Militar, Faculdades de Medicina (Bahia e Rio de Janeiro), Observatório Astronômico, Teatro São José.

Transfere órgãos de Lisboa Revoga o Alvará de 1785: concede liberdade

industrial no Brasil; Revolução Pernambucana de 1817.

Movimento republicano, separatista e lusofobista;

Conhecido por Revolta dos Padres; Adesão da Paraíba, RG do Norte e Ceará; Líderes: Pe. Ribeiro e Pe. Rolim. Reprimido;

1.3. Fim do Período Joanino Revolução do Porto (1820): exige o retorna da

família real, expulsão dos estrangeiros (ingleses), a elaboração de uma constituição e a recolonização do Brasil.

Regência de D. Pedro (1821-1822): conflito entre as “cortes” portuguesas e a elite brasileira

Passos da independência: Dia do Fico (09.01.1822) Fundado o Clube da Resistência; D. Pedro recebe o título de “Defensor e Protetor

Perpétuo do Brasil” Junho de 1822 D. Pedro Convoca a Constituinte Sete de setembro: a independência.

LEMBRETES IMPORTANTES

1. O processo de emancipação política do Brasil não se fez acompanhar de intensas lutas populares e de uma efetiva participação das massas.

2. A independência, a organização do Estado brasileiro e o quadro político estruturaram-se de

acordo com os anseios e aspirações das elites rurais, detentoras das terras e do monopólio do exercício do poder.

2. Primeiro Reinado (1822-31) Regime político: Monarquia Constitucional (D. Pedro I afirmava que “juraria a liberal constituição se ela fosse digna do Brasil e do seu imortal imperador”) 2.1. Assembléia constituinte de 1823: A Constituição da Mandioca. D. Pedro I dissolveu-a (noite da agonia) depois do impasse entre grupos português e brasileiro a respeito da soberania. 2.2. A Constituição de 1824 (25.03): Outorgada, monárquica, hereditária, executivo forte e centralizador, existência de quarto poderes – executivo, legislativo, judiciário e moderador, voto indireto e censitário, eleição em dois níveis (Paroquial e Provincial).

2.3. Reação à constituição: Confederação do Equador. Movimento republicano e separatista; Data: 1824 (Pernambuco) Líder: Frei Caneca, Cipriano Barata e Pais

Andrade; Motivações: dissolução da constituinte, outorga da

constituição, crise econômica, troca de presidente da província;

Adesão do RG do Norte, Paraíba e o Ceará. Reprimida;

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Reconhecimento interno da independência.

Resistência a autoridade de D. Pedro em diversas províncias: Piauí, Bahia, Cisplatina, Maranhão, Grão-Pará. Para enfrentar a resistência foram contratados, mercenários ingleses, franceses e norte-americanos.

2.4. Política externa Reconhecimento da independência

Estados Unidos foi o primeiro país a reconhecer (Doutrina Monroe);

Portugal (1825): exige uma indenização de 2 milhões de libras;

Inglaterra (1826): exige a renovação dos acordos de 1810

Guerra da Cisplatina (1826-1828): luta do Uruguai pela sua independência. Intermediação da Inglaterra.

3. A abdicação de D. Pedro I (1831) 3.1. Problemas enfrentados por D. Pedro I a partir de

1825 que levaram-no a abdicação: Envolvimento do imperador em problemas

dinásticos em Portugal gerando críticas; Derrota na Guerra da Cisplatina (1828) Quebra do Banco do Brasil Endividamento com a Inglaterra para compra da

independência Renovação do Tratado de Comércio com a

Inglaterra (1827) Imposição do Ministério dos Marqueses composto

só por portugueses em 1831.

EXERCÍCIO

1) As três afirmações abaixo referem-se ao contexto

histórico do reconhecimento da Independência Brasileira, conquistada em 1822.

I. O reconhecimento por parte dos EUA, em 1824,

obedeceu aos princípios da Doutrina Monroe, segundo os quais os norte-americanos deviam apoiar os movimentos de emancipação no continente e combater toda pretensão européia de intervenção ou recolonização na América.

II. Para o reconhecimento, formalizado em 1825, Portugal exigiu do Brasil uma compensação de 2 milhões de libras e o compromisso de não se unir a nenhuma colônia portuguesa.

III. Uma importante condição imposta pela Inglaterra nas negociações com o Brasil foi a promessa de extinção imediata do tráfico de escravos africanos, condição que, embora gerasse discordâncias, acabou por ser plena e imediatamente aceita.

Assinale: 00) I é correta. 11) II é correta. 22) III é correta.

33) Todas são corretas. 44) Toda são incorretas. 2) O rompimento com Portugal em 1822 estabeleceu

a necessidade de um novo ordenamento jurídico para o país recém-independente, razão pela qual Pedro I convocou a primeira Assembléia Constituinte. De seus trabalhos, podemos afirmar que:

a) Dividida entre representantes dos partidos português e brasileiro, o texto constitucional promulgado omitia-se quanto aos grandes temas debatidos.

b) Por ser dominada pelos liberais e buscava limitar a autoridade do Imperador, exigindo dele o acatamento prévio da constituição em elaboração, foi dissolvida no mesmo ano de sua instalação.

c) Controlada pelos conservadores e constantemente submetida à pressão do monarca, a Assembléia Constituinte reforçou a autoridade do rei ao instituir o poder moderador.

d) Aprovou e promulgou o primeiro texto constitucional brasileiro, sendo conhecida como “Constituição da Mandioca”.

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3) Sobre o processo de independência do Brasil que

se prolonga além do 7 de setembro, pode-se afirmar:

00) A Constituição liberal de 1824 garantiu o direito de

propriedade, incluindo a permanência da escravidão.

11) A Revolução do Porto, de 1820, propunha o fim dos privilégios portugueses e a defesa da autonomia político-administrativa dos brasileiros.

22) A Confederação do Equador, levante urbano e popular ocorrido em Pernambuco em 1824, protestava contra a centralização do poder nas mãos do Imperador.

33) Os Estados Unidos foram o primeiro país a reconhecer, em 1824, a independência com base na Doutrina Monroe.

4) A Confederação do Equador foi um movimento de

contestação do poder central, revelando insatisfações políticas importantes. Os rebeldes procuraram evitar os erros cometidos no movimento de 1817, mas

00- foram derrotados e duramente reprimidos pelo

governo, sendo Frei Caneca fuzilado. 11- não contaram com a participação das elites liberais. 22- não conseguiram empolgar a população, ficando

totalmente isolados. 33- suas divergências com D. Pedro I foram

contornadas através de negociações políticas. 44- contaram com a participação de lideranças liberais

expressivas, entre elas Manuel de Carvalho e Cipriano Barata.

O PERÍODO REGENCIAL (1831-1840) - “EXPERIÊNCIA REPUBLICANA BRASILEIRA”

1 - Características Agitação política Violência; Instabilidade política;

Disputa pelo poder 2 - Significado da abdicação: vitória de um

liberalismo calcado na escravidão e no latifúndio 3 - Principais grupos políticos PARTIDO O QUE ERA FIGURA DE

DESTAQUE O QUE

DEFENDIA JORNAIS E

SOCIEDADES IMPORTANTES

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Facção mais radical do partido brasileiro. Identificava-se ideologicamente com a classe média (profissionais liberais, pequenos comerciantes, funcionários públicos, militares de baixa patente, padres) e constituía minoria na assembléia.

Cipriano Barata, Borges da Fonseca, Augusto May, Miguel Frias, Rangel de Vasconcelos.

A efetiva independência brasileira. Nacionalização. República e federalismo.

Jornais: O Republico, Trombeta dos Farroupilhas, A Malagueta, Sentinela da Liberdade, O Bem-te-vi. Sociedade: Sociedade Federalista.

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Partido da classe dominante – aristocracia rural. Possuía a maioria na assembléia. Defendia a preservação da unidade territorial e o respeito a constituição.

Diogo Feijó, Evaristo da Veiga, Bernardo de Vasconcelos.

A independência do Brasil, com o mínimo de alteração no processo político.

Jornal: Aurora Fluminense. Sociedade Defensora da Liberdade e Independência Nacional.

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Associação política que reunia os portugueses do grande comércio. Apoiava D. Pedro I e representava a direita conservadora brasileira.

José Bonifácio de Andrada e Silva

A volta de D. Pedro I. um regime absolutista e centralizador

Jornais: O Caramuru, O Tamoio. Sociedade Conservadora (depois, Militar).

_______________________________________________________________________________ 4 - Com a morte de D. Pedro I acontece uma

rearticulação partidária: parte dos moderados se une com os exaltados formando os Liberais ou Luzias (Feijó) e outra parte se une com os restauradores formando os Conservadores ou Saquaremas (Araújo Lima).

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Pe. Feijó Araújo Lima

5 - Tendências políticas no período regencial: 1831-1837 – Fase Liberal (Regências Trinas e Una

de Feijó) - medidas descentralizadoras: Guarda nacional (origem do coronelismo), Código do Processo Criminal (judiciário

municipal com juiz de paz eleito na paróquia), Ato Adicional de 1834: eleição direta para

regentes, suspende o Conselho de Estado, reduz a maioridade, cria o município neutro e cria as Assembléias Legislativas Provinciais.

1838-1840 – Fase Conservadora (Regência Una de Araújo Lima) - medidas centralizadoras: Anulou o Ato Adicional (Lei da Interpretação); Reforma do Código do Processo (o Juiz de Paz

passa a ser nomeado pelo regente); Passou a nomear os chefes das guardas

nacionais. 6 - Revoltas regenciais: expressam os diferentes

interesses locais que lutavam por maior participação do poder. A ruptura de elites permite manifestações de setores marginalizados.

6.1. Guerra dos Farrapos ou Revolução Farroupilha

Local: Rio Grande do Sul Período: 1835 a 1845; O movimento: luta dos produtores de charque

do sul por maior autonomia e a política tarifária sobre o charque gaúcho. Proclamaram a República Piratini (RS, 1835) e República Juliana (SC, 1839);

Líderes: Bento Gonçalves, Davi Canabarro e Giugeppe Garibaldi.

6.2. Sabinada Local: Bahia. Período: 1837; Líder: Francisco Sabino Álvares da Rocha; Movimento autonomista de classe média,

contra o centralismo regencial. Previa a

proclamação de uma república provisória (República Baiense)

6.3. Cabanagem Local: Pará; Período: 1836 a 1837; Líderes: Clemente Malcher, Irmãos Vinagre

(Pedro e Manuel), Eduardo Angelim e Pe. Batista de Campos

Movimento popular contra o autoritarismo do governo central;

Toma o poder (Belém) Final: repressão violenta. Morte de 40% da

população do Pará. 6.4. Revolta dos Malês

Local: Bahia; Período: 1835; Líderes: Manuel Calafete, Aprígio e Pai Inácio; Revolta de escravos muçulmanos aproveitando-

se de divergências nas elites 6.5. Balaiada

Local: Maranhão; Período: 1838 a 1841; Líderes: Manuel Francisco dos Anjos Ferreira

(O Balaio), Raimundo Gomes (vaqueiro), Cosme (Cara Preta, escravo);

Motivos: disputas políticas entre Liberais (Bem-te-vis) e Conservadores.

Movimento popular contra as arbitrariedades das elites. Aproveitam-se dos atritos entre conservadores e liberais.

Tomam o poder (Caxias, segunda cidade do Maranhão).

EXERCÍCIO

5) Entre os eventos do período regencial (1831-

1840), podemos citar: (a) A criação da Guarda Nacional, que garantiu a

unidade do território brasileiro. (b) A extinção do poder moderador, que garantiu a

democratização no cenário político nacional.

(c) A Reforma Constitucional de 1834, que criou as Assembléias Provinciais com autonomia política.

(d) A ameaça à centralização do poder e à unidade territorial do Brasil.

(e) A eclosão de movimentos sociais, como a Guerra dos Farrapos e a Sabinada, favoráveis à volta de D. Pedro I.

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6) Um dos momentos mais dramáticos da vida

política brasileira foi o Período Regencial, que vigorou entre 1831 e 1840. Nele atuaram diversas facções políticas que mais tarde formariam as bases do partido liberal e do partido conservador. Dentre essas facções, destacavam-se:

(a) Caramurus, Balaios e Garanhuns. (b) Chimangos, Caramurus e Jurujubas. (c) Farroupilhas, Marianos e Exaltados. (d) Moderados e Exaltados e Socialistas (e) Restauradores, Caramurus e Jurubebas. 7) Uma medida administrativa importante ocorrida

na época do segundo reinado brasileiro, foi a restauração de um importante órgão que havia sido suprimido pelo Ato Adicional de 1834 e que tinha como objetivos, desde a boa execução das leis até propostas do monarca à Assembléia Geral. Trata-se:

(a) Do Conselho de Estado. (b) Da Assembléia Constituinte. (c) Da Regência Provisória. (d) Do Parlamento. (e) Do Padroado. 8) Leia atentamente as afirmações abaixo sobre a

Guerra dos Farrapos e assinale a alternativa correta.

00- Foi a mais longa Guerra Civil do Brasil.

11- Constituíram-se, em meio à luta, duas efêmeras Repúblicas: a Juliana, em Santa Catarina, e a Piratini, no Rio Grande do Sul.

22- Entre os participantes desse movimento estava a "heroína de dois mundos", a republicana revolucionária Ana Maria de Jesus Ribeiro - Anita Garibaldi.

33- Trata-se de uma revolução de caráter popular em que as elites foram postas à margem durante todo o processo.

44- desfecho da revolução foi sangrento. Não houve concessões nem anistia aos Farrapos. Todos foram executados.

9) A descentralização política do Brasil, no período

regencial, resultou em. (a) Deslocamento das atividades econômicas para a

região centro-sul, através de medidas de favorecimento tributário.

(b) Ampla autonomia das províncias, de acordo com um modelo que veio a ser adotado, mais tarde, pela Constituição de 1891.

(c) Revoluções e movimentos sediciosos que exigiam um modelo centralizador, em benefício das várias regiões do país.

(d) Revoluções e movimentos sediciosos, exigindo que o futuro D. Pedro II assumisse o trono para reduzir a influência do chamado “partido português”.

(e) Autonomia relativa das províncias, favorecendo o poder das elites regionais mais significativas.

BRASIL IMPÉRIO - SEGUNDO REINADO (1840-1889)

1. POLITICA INTERNA 1.1. O Golpe da Maioridade (1840): Golpe liberal

para afastar o regente Araújo Lima. Ascensão dos liberais e palacianos (Clube da Joanaultra conservador).

1.2. Eleições do Cacete (1841). Eleições marcadas pela violência, fraude, vencida pelos liberais. D. Pedro II anula as eleições, demite o Ministério Liberal (Ministério dos Irmãos), nomeando os Conservadores.

1.3. Revoltas Liberais (SP e MG): contra a anulação das eleições, a demissão do Ministério Liberal. Reprimidas por Luis Alves de Lima e Silva (Duque de Caxias)

2. POLÍTICA EXTERNA: 2.1. Questão Christie (1861-1865) Razões: desaparecimento da carga do navio

Príncipe de Gales e a prisão de militares ingleses; Solução: arbitramento internacionala

Inglaterra pederia desculpas. Não acatou e o Brasil rompe relações diplomáticas: Império busca maior independência em relação à Inglaterra.

2.2. Guerras Platinas: O país busca exercer um controle sobre a Bacia Platina (imperialismo). Para tanto, impõe sua hegemonia na região. Quanto ao Paraguai, seu modelo econômico é uma ameaça ao modelo brasileiro.

A Inglaterra usa o Brasil para controlar a Bacia Platina. Uruguai (1851 - Oribe); Argentina (1852 - Rosas); Uruguai (1864/65 - Aguirre);

2.3. Guerra do Paraguai (1864/70) Paraguaipaís rico, desenvolvido,

industrializado, sem analfabetismo e sem latifúndio. A “Suíça das Américas”.

A guerra:

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Planos paraguaios: fazer o “Grande Paraguai” busca de uma saída para o mar.

Apoio a Aguirre (Uruguai) Restrições a navegação nos rios platinos 1864aprisionamento do navio “Marques de

Olinda”. 1865ocupação do Mato Grosso e parte do RG

do Sul; 1865: formação da Tríplice Aliança (BAU –

Brasil + Argentina + Uruguai); Batalhas: Riachuelo, Tuiuti, Lomas Valentinas,

Angostura, Humaitá, Curupaiti; Campanha dos Andes (1870 Batalha de Cerro

Cora): derrota do Paraguai. Conseqüências:

Paraguai: destruição econômica e demográfica, endividamento externo, dependência econômica;

Brasil: endividamento externo, aumento do poder do Exército (republicano e abolicionista) e queda da monarquia.

3. A restauração da ordem e a pacificação do Brasil (1840-48): pacificados os dois últimos movimentos liberais (descentralizadores): as revoltas de MG e SP em 1842 (movimento de elite) e a Praieira de 1848 em PE (movimento que atinge as camadas populares).

4. 1853-1858: Era da Conciliação Liderança de Honório Hermeto Carneiro Leão

(marques do Paraná) Liberais e conservadores forma um mesmo

gabinete. Os recursos originados pelo café possibilitam a

"pacificação do país". 5. Paieira Pernambuco, Olinda e interior (1848); Líderes: Chinchorro da Gama, Pedro Ivo; Características: republicanismo, separatismo,

participação popular, fim da escravidão, voto livre e liberdade de imprensa;

Final: repressão

6. Transação e conciliação política 1847: implantação do parlamentarismo (às

avessas). Ao contrário do sistema inglês, no Brasil cabia ao imperador nomear o ministério.

Rodízio no poder já que quem reinava, governava e

administrava era o rei. A política era tratada agora nos gabinetes, não nas ruas.

9. Economia 9.1. Características Dependência econômico-financeira em relação à

Inglaterra; Déficit da balança comercial; Elevada dívida externa Crise da lavoura tradicional (algodão e cana); Novos produtos: cacau, borracha e o café. 9.2. O café Origem: África francesa Roteiro: Guiana (França)

ParáMaranhãoBahiaMinas GeraisRio de JaneiroSão PauloParaná (século XX).

Áreas: Vale do Paraíba do Sul (RJ) relevo acidentadoestrutura monocultoramentalidade escravistaauge: 1840-1870;

Oeste Paulistaplanícieterra roxa (vermelha) mão-de-obra livre e assalariada (imigrante) principal área cafeeiranovos grupos sociaisbarões do café e burguesia cafeeira;

9.3. As mudanças O café foi o principal responsável pelas

transformações econômicas, sociais e políticas ocorridas no Brasil na segunda metade do século XIX: fim do escravismo, urbanização, fim da escravidão, queda da monarquia.

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O café reintegrou a economia brasileira nos mercados internacionais, contribuiu definitivamente para o incremento das relações assalariadas de produção e possibilitou a acumulação de capital que, disponível, foi aplicado em sua própria expansão e em alguns setores urbanos como a indústria.

O café foi responsável pela inversão na balança comercial brasileira que, depois de uma história de constantes déficits (defasagens, perdas), passou a superavitária (grandes ganhos) entre os anos de 1861 e 1885.

9.4. Surto Industrial – Era Mauá (1850-

1860) Fatores favoráveis:

Protecionismo alfandegário: Tarifa Alves Branco (1844)

Fim do tráfico negreiro: libera capitais. Os negócios de Mauá

Fundição de ferro e bronze; Caldeiraria; Serralheria; Estaleiros; Companhia de Navegação a Vapor no

Amazonas e no Rio Grande do Sul; Companhia de Iluminação à Gás no Rio de

Janeiro; Companhias de bondes e estradas (Rio -

Petrópolis, a atual Central do Brasil e a atual Santos-Jundiaí, em São Paulo);

Introduziu do Telégrafo Submarino (BrasilEuropa);

Montou o Banco Mauá & Cia., com filiais na Inglaterra, Argentina, Uruguai, França e Estados Unidos.

Fracasso de Mauá - razões Arcaica estrutura socioeconômica assentada na

agro-exportação escravista; Incipiente mercado consumidor interno; Revogação da Tarifa Alves Branco (Tarifa Silva

Ferraz1860) Concorrência desleal externasabotagem; Falta de apoio oficial;

Barão de Mauá

10. Movimento abolicionista: Pressão inglesa: Acordo de 1810 e Bill Aberdeen

(1845) Movimento abolicionistabranqueamento da

raçanovas idéiaspositivismo e evolucionismo; Leis abolicionistas;

Lei Regencial (1831); Lei Eusébio de Queirós (1850): fim do tráfico

intercontinental de escravos. Provoca o aumento do preço do escravo e a intensificação do tráfico interprovincial;

Lei do Ventre Livre (1871): liberta as crianças

escravas nascidas na data em diante. Podendo o senhor entregar ao Estado ao completar 10 anos ou permanecer com o escravo até completar 21 anos;

Lei Saraiva-Cotegibe (1885): liberta os escravos maiores de sessenta anos;

Lei Áurea (1888): fim compulsório da escravidão sem indenização.

11. Imigração Início: D. João VIfunda a colônia do

CantagaloNova Friburgo (RJ); Década de 1840: Nicolau de Campos

VergueirosIbicaba (Limeira, SP). Revolta de imigrantes (1857)

1850: Aprovada a Lei de terrasdificulta o acesso a terra pública;

Modalidades: Sistema de Parceria: iniciativa privada; Sistema de colônias: iniciativa oficial; Assalariamento da mão-de-obra;

Origem: Alemanha e Itália. 12. Aspectos culturais 12.1. Aspectos gerais

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Forte influência européia, principalmente da França: 1816Missão Artística Francesafundação da Academia de Belas Artes;

Gosto pela imitação da arte européia; 12.2. Manifestações Pintura: exaltação de feitos históricos e

representação de figuras humanas. Exemplos: Pedro Américo (Grito do Ipiranga)

e Rodolfo Amoedo (O último tamoio)

Literatura

Romantismo: valorize o nacionalismo, acentua valores individualistas, a efervescência social e política, esperança e a paixão. Correntes: indianismo (José Alencar), byronismo e condoreirismo.

Realismo: objetivismo, universalismo. Exemplo: Machado de Assis;

Naturalismo: determinismo. Álvares de Azevedo (O Cortiço);

Parnasianismo: racionalismo, universalismo. Olavo Bilac (Via Láctea);

Simbolismo: misticismo, religiosidade. Cruz e Souza (Missal e Broqueis);

Música erudita: opera (cantada por italianos), valsa, quadrilha, xote, maxixe, polca;

Música popular: modinha e lundu. Destaque para Ernesto Nazareth e Chiquinha Gonzaga (Abre Alas).

Festas populares: carnaval 13. Crise do império brasileiro (1870-1889):

Origem da crise: Guerra do Paraguai (1865-1870) A Influência das Idéias Européiasideologia

positivistaidéias de "Progresso”, "civilização", "ciência", “ordem”.

Campanha abolicionista (José do Patrocínio e Joaquim Nabuco) o que força o governo imperial optar por uma abolição lenta e gradual

O Movimento Republicano Antecedentes: Conjuração Mineira e Inconfidência Baiana

(séc. XVIII); Insurreição Pernambucana de 1817; Confederação do Equador (1824); Revoltas Regenciais (Farroupilha e

Sabinada) Revolução Praieira (1848).

Década de 1870: Manifesto Republicano;

Fundação do Partido Republicano (RJ);

1873: Convenção de Itufundação do PRP Tendências: RevolucionárioSilva Jardim Evolucionista ou evolucionáriosQuintino

Bocaiúva; PositivistasmilitaresBenjamim

Constant. Conflito Igreja e Império: bula Sylabbus (Pio

IX) proibiu a ligação entre católicos e maçons (D. Pedro II era maçom). A crise ficou conhecida por "Questão Religiosa".

O Descontentamento Militar: vários incidentes envolvendo a oficialidade, entre 1884 e 1889, conhecidos como a "questão militar" (caso Cunha Matos e Caso Sena Madureira).

Crise monárquica

14. Tentativa de reforma O governo imperial, percebendo, embora

tardiamente, a difícil situação em que se encontrava com o isolamento da monarquia, apresentou à Câmara dos Deputados um programa de reformas políticas, do qual constavam itens como:

Liberdade de fé religiosa; Liberdade de ensino e seu aperfeiçoamento; Autonomia para as províncias; Mandato temporário para os senadores.

As reformas chegaram tarde demais. No dia 15

de novembro de 1889, o Marechal Deodoro da Fonseca assumiu o comando das tropas revoltadas, ocupando o quartel-general do Rio de Janeiro. Na noite do dia 15 constituiu-se o Governo Provisório da República dos Estados Unidos do Brasil. "O Povo Assistiu Bestializado a

proclamação da república"não houve a participação popular; não passou de uma "parada militar".

DICA

A república foi fruto de uma aliança entrecivis (cafeicultores e classe média) + militares (exército)

EXERCÍCIO

Professor JORGE MARCOS - TEXTOS DE HISTÓRIA – BRASSIL INDEPENDENTE

10) O Segundo Reinado (1840-1889) marcou o auge da

forma de governo monárquica no Brasil. A respeito da política externa dessa época, julgue as alternativas a seguir:

00) O Império, aproveitando-se da rebelião dos seringueiros e revelando traços imperialistas, obteve da Bolívia a região do Acre, formalizando a conquista com o Tratado de Petrópolis.

11) A Questão Christie culminou com o rompimento de relações diplomáticas com a Inglaterra.

22) O Império interveio militarmente no Uruguai e provocou a queda de Aguirre, do Partido Blanco, apesar da solidariedade que este tinha de Solano Lopes.

33) O Império interveio militarmente na Argentina, juntamente com algumas províncias deste país, em rebelião contra seu presidente, João Manuel Rosas.

44) Nenhum atrito digno de registro ocorreu entre o Brasil e o Império Alemão, do qual recebemos numerosos colonos ou imigrantes.

11) Sobre a economia brasileira durante o Segundo

Reinado (1840-1889), são feitas as seguintes afirmações:

I. A abolição do tráfico de escravos e os investimentos

ingleses no Brasil deram à nossa economia uma feição eminentemente industrial, observável no predomínio demográfico do meio urbano sobre o rural.

II. A ampliação do mercado consumidor externo de café (destacadamente, o norte-americano), na segunda metade do século XIX, representou um grande estímulo à expansão do cultivo do produto no centro-sul do país.

III. A instalação e o desenvolvimento do transporte ferroviário foram, em grande parte, determinados pela crescente necessidade de escoamento da produção agrícola, como a de café, das áreas de cultivo para os portos.

Assinale: 00) I é correta. 11) II são corretas. 22) III é correta. 33) Todas são corretas. 44) Todas são incorretas. 12) (UFBA)

Províncias com maiorconcentração de escravos em 1823

PARÁ

MATO GROSSO

MÃO-DE-OBRA ESCRAVA NO BRASIL DO SÉCULO XIX

GOIÁS

MARANHÃO

PIAUÍ

CEARÁ

RIO GRANDEDO NORTE

PARAÍBA

PERNAMBUCO

ALAGOASSERGIPE

ESPÍRITO SANTO

MINAS GERAIS

RIO DE JANEIROSÃO PAULO

BAHIA

PARANÁProvíncias com maiorconcentração de escravos em 1887

A análise do mapa e os conhecimentos sobre a mão-de-obra escrava no Brasil do século XIX permitem afirmar: 00 O elevado contingente de escravos registrado na

província de Pernambuco, no início do século XIX, decorreu da implantação da produção do fumo e da expansão de indústrias de beneficiamento da borracha.

11 A província do Rio de Janeiro apresentou um relativo equilíbrio no contingente de escravos, entre o início e o fim do século XIX, em razão da implantação da agricultura cafeeira, que substituiu as atividades anteriormente dominantes naquela província.

22 A província de Minas Gerais manteve um número aproximado de escravos ao longo do século XIX, visto que ali ocorreram as primeiras experiências industriais promovidas pela política do Visconde de Mauá.

33 A queda no contingente de mão-de-obra escrava registrada nas províncias de Pernambuco e da Bahia, no fim do século XIX, explica-se pela incidência do tráfico interprovincial e pelo empobrecimento dos proprietários de terras vinculados à produção agrícola tradicional.

44 A província de São Paulo iniciou sua agricultura cafeeira ainda nos moldes de economia escravista, fator que explica a presença ali de um número razoável de escravos, como registra o mapa.

13) (UFAL) O Senador Nicolau de Campos Vergueiro,

entre 1847 e 1857, foi o pioneiro na utilização de mão-de-obra de imigrantes europeus, cuja experiência teve por características:

00. A escravização de colonos alemães e suíços nas suas fazendas nas regiões de Jundiaí e Limeira.

11. A instalação de núcleos coloniais suíços, alemães e açorianos no Vale do Paraíba.

22. A contratação de assalariados imigrantes portugueses para trabalharem nos municípios de Itu e Avaré.

33. A instalação do regime de “meiação” com imigrantes alemães e suíços na região do Oeste Paulista, que compreendia a antiga área canavieira de Campinas a Ribeirão Preto.

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44. O assentamento de colonos alemães, suíços, portugueses e belgas, no sistema de parceria, em sua fazenda de café, em Ibicaba, no interior de São Paulo.

GABARITO

1. 2. 3. 4. 5.

VVFFF B VFVV VFFFV D

6. 7. 8. 9. 10.

B A VVVFF E FVVVF

11. 12. 13.

VVVF FVFVF FFFVV