Boletim digital becre's do agrupamento de escolas do forte da casa

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das BE’s Edição Nº 3 e-BOOKS O FIM DO PAPEL? Boletim digital do Agrupamento de Escolas do Forte da Casa E ainda… NOTÍCIAS CITAÇÕES DESTAQUES ATIVIDADES DAS BE’S PASSATEMPOS MATERIAIS QUENTES E BONS NA MONTRA DE NOVIDADES O LIVRO DA MINHA VIDA À CONVERSA COM PROF. RUI VERDIAL ADORO VIAJAR E CONHECER O OUTRO TEMA DO MÊS

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Este é o terceiro Boletim Digital das Bibliotecas Escolares do AE do Forte da Casa. O nosso boletim tem uma periodicidade trimestral e divulga atividades realizadas nas nossas bibliotecas, apresenta sugestões de leituras, além de veicular entrevistas e artigos interessantes à volta dos livros.

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Page 1: Boletim digital   becre's do agrupamento de escolas do forte da casa

das BE’s

Edição Nº 3

e-BOOKS

O FIM DO PAPEL?

Boletim digital

do Agrupamento de Escolas do Forte da Casa

E ainda…

NOTÍCIAS CITAÇÕES

DESTAQUES ATIVIDADES DAS BE’S

PASSATEMPOS

MATERIAIS QUENTES E BONS NA

MONTRA DE NOVIDADES

O LIVRO DA MINHA VIDA

À CONVERSA COM

PROF. RUI VERDIAL

ADORO VIAJAR E

CONHECER O OUTRO

TEMA DO MÊS

Page 2: Boletim digital   becre's do agrupamento de escolas do forte da casa

Editorial Pela Prof. Bibliotecária da

Escola Básica de Padre José Rota

Maria João Pimentel

Bibliotecas Escolares – Para que vos quero?

Respondendo de forma direta à questão, e sem grandes intróitos, queremos que as nossas Bibliotecas Escolares sejam um modelo de desenvolvimento da LEITURA e da LITERACIA. É por este motivo que as atividades/iniciativas projetadas, faseadamente, para este ano letivo foram concebidas e estruturadas com esse intuito, como poderão verificar ao longo dos nossos boletins informativos, os quais terão uma periodicidade trimestral.

Neste sentido, e tendo como ponto de partida a questão enunciada no título, as Bibliotecas Escolares deste agrupamento procuram constituir-se como uma componente essencial no processo de ensino/aprendizagem, processo este que tem de ajustar-se, obrigatoriamente, ao crescimento avassalador da chamada sociedade da informação/do conhecimento. Assim, neste período, deu-se continuidade aos projetos “Ser Estudante no Século XXI” e “Contos com Cores, Sons e Sabores”, projetos iniciados no ano letivo transato e que servem de apoio ao currículo numa ótica de transversalidade. Além disso, mantivemos o trabalho colaborativo com as Bibliotecas Municipais e com os Museus do Concelho e alargámos esta cooperação às educadoras e crianças do IAC.

A parte recreativa também não foi negligenciada e, por isso, desenvolvemos atividades aliciantes nos diferentes clubes que integram os nossos espaços.

E como a leitura ficcional e informativa não pode ser olvidada, realizámos uma Feira do Livro visitada por todos os estudantes.

Esperamos ir ao encontro dos vossos desejos e necessidades.

Página 1

Page 3: Boletim digital   becre's do agrupamento de escolas do forte da casa

Boletim Informativo das

Bibliotecas Escolares

Forte da Casa

3ª Edição

Ficha Técnica Professora Bibliotecária da

BE/CRE da Escola Básica de

Padre José Rota:

Maria João Pimentel

Edição e design gráfico:

Sérgio Carvalho

Coordenadora das BE’s do

Agrupamento de Escolas do

Forte da Casa e Professora

Bibliotecária da Escola

Secundária do Forte da Casa:

Cristina Cruz

Professora Bibliotecária da

BE/CRE da Escola Básica

Professor Romeu Gil:

Sandra Oliveira

«ENTRE ASPAS»

Pág. 5 NOTÍCIAS & INFORMAÇÕES

Pág. 7 MONTRA DE NOVIDADES

Pág. 9 O LIVRO DA MINHA VIDA

Pág. 11 EU RECOMENDO…

Pág. 13 Página 3

http://blogotecafortedacasa.blogspot.com

http://becreebpjr.blogspot.com/

http://tecaromeugil.blogspot.com/

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TEMA DO MÊS

Pág. 15

ATIVIDADES NA BE/CRE & AGENDA

Pág. 19

LIVRO EM DESTAQUE

Pág. 23

DESTAQUES MULTIMÉDIA

Pág. 27

TRABALHOS DE ALUNOS

Pág. 29 PASSATEMPOS E DESAFIOS

Pág. 31

Página 4

Page 5: Boletim digital   becre's do agrupamento de escolas do forte da casa

«ENTRE Porque os livros têm sempre razão…

“NADA PEÇAS EMPRESTADO A

UM AMIGO: PODE SER QUE NÃO

POSSUA AQUILO QUE FAZ

CRER A TODA A GENTE QUE

TEM E, ASSIM DESMASCARADO,

ODIAR-TE-IA.”

JULES MAZARIN, IN "BREVIÁRIO

DOS POLÍTICOS"

Página 4

“Um dia no jardim

Fiquei muito espantado:

Encontrei uma miúda

Com olhos por todo o lado.”

TIM BURTON, IN “A MORTE

MELANCÓLICA DO RAPAZ

OSTRA & OUTRAS ESTÓRIAS”

“Há quem diga que, quando

voltamos a ler um livro, anos

depois, não é o mesmo livro.”

AFONSO CRUZ, IN “O

CAVALEIRO AINDA PERSEGUE/

A MESMA DONZELA”

“Naquele dia, ninguém morreu.”

JOSÉ SARAMAGO, IN “AS INTERMITÊNCIAS DA MORTE

“O tempo passa. Mesmo quando tal parece ser

impossível. Mesmo quando cada tiquetaque do

ponteiro dos segundos dói com o palpitar do

sangue sob a ferida.”

STEPHENIE MEYER, IN “LUA NOVA”

Page 6: Boletim digital   becre's do agrupamento de escolas do forte da casa

ASPAS» Fonte: http://www.citador.pt

Página 5

“ – Já sabes responder à adivinha? – perguntou o

Chapeleiro, voltando-se outra vez para Alice.

– Não, eu desisto – respondeu Alice. – Qual é a resposta?

– Não faço a mais pequena ideia – disse o Chapeleiro.”

LEWIS CARROLL, IN “ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS

“O NOME DELA ERA INDIA. NÃO GOSTAVA

DAQUELE NOME. AS PESSOAS NÃO SE

CHAMAVAM NUNCA AUSTRÁLIA,

UGANDA, INGÚCHIA OU PERU.”

SALMAN RUSHDIE, IN

“SHALIMAR O PALHAÇO”

“Os livros salvaram-me. É a primeira

vez que digo isto em voz alta.”

DULCE MARIA CARDOSO, IN “A BIBLIOTECA”

“Prometeste que não fazias isso, disse o rapaz. O quê? Tu sabes o quê, papá. (…) Tenho de estar sempre de olho em ti, disse o rapaz. Eu sei. Quem quebra as pequenas promessas também quebras as grandes. Foi o que tu disseste. Eu sei. Mas eu não vou fazer isso.” CORMAC MCCARTHY, IN “A ESTRADA”

Page 7: Boletim digital   becre's do agrupamento de escolas do forte da casa

& Notícias

CURTAS

A edição da feira

do livro foi um

verdadeiro sucesso,

tendo-se vendido

mais de 1000€ em

material livro!

A BE/CRE da Escola

Básica de Padre

José Rota adquiriu,

recentemente, um

iPad. Em breve este

material estará

disponível para

utilização. Para

mais informações,

contactar a

Professora

Bibliotecária.

Página 7

Hora do Conto Dramatizada “Uma

Bagagem de Palavras”

No dia 2 de novembro, durante a manhã, a turma do

5º5 e as alunas do 6º6, juntamente com as docentes

Aurélia Mendes e Mª João Pimentel, deslocaram-se à

Biblioteca Municipal de Vila Franca de Xira para

assistirem à hora do conto dramatizada “Uma

Bagagem de Palavras”.

Deste modo, os alunos tiveram a oportunidade de ir ao

encontro de poetas como Manuel Bandeira, Vinicius

de Morais, Fernando Pessoa, Cecíclia Meireles,

António Torrado, António Manuel Couto Viana,

Tóssan, Luisa Ducla Soares, Mário Castrim, poetas

estes que gravaram nas pedras do tempo histórias e

mais histórias.

O ator, um viajante, apresentou-se em palco trazendo

como bagagem apenas palavras, essa escrita mágica

que os homens transformaram a partir dos sons

poéticos, cristalinos como a água da cascata da nossa

imaginação. Foi um momento de interatividade com os

alunos que, durante 1 hora, encontraram o “Graal” da

magia através das palavras consignadas nos textos de

grandes poetas.

A BE em Números (1º Per):

Afluência de utilizadores (entre 20 set. e 16 dez.) – 3299 alunos (aluno contabilizado 1x/dia)

Empréstimos (domiciliários e para sala de aula) – 1124 empréstimos

(E. Domiciliários: 1016; E. Sala de Aula: 108)

Utilizadores femininos: 1651

Utilizadores masculinos: 1648

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1038 1000

557384

257

21 420

200

400

600

800

1000

1200

5º ano 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano CEF PIEF

Ano de Escolaridade:

Ano de Escolaridade:

& Informações

DESAFIOS

MENSAIS

- “Na Pista do

Livro”: 9

participações;

vencedor: Leandro

Silva (7º2);

- “Que Desportista

Sou Eu?” – 19

participações;

vencedora Ana

Santos (5º4)

- “Desafio de

Ciências” – 22

participações;

vencedora

Elisabete Monteiro

(7º2);

- “Livro Enigma” –

15 participações,

vencedora Susana

Barbosa (8º2);

- “Desafios

Matemáticos” – 9

participações;

vencedor André

Silva (6º1).

Página 8

Clube “Artes e Letras”

O clube “Artes e Letras”, clube da BECRE da EB Padre José

Rota, entrou em funcionamento em novembro e resultou da

fusão de dois antigos clubes dinamizados no ano letivo

transato: o clube da “Leitura e Escrita” e a “Oficina de

Imagem”. Com o objetivo de melhorar a competência leitora

e comunicativa dos alunos, por um lado, e, por outro, o de

apoiar a criação individualizada e a exploração dos recursos

plásticos, este clube recebeu 14 inscrições, funcionando às

2ª feiras, entre as 11h45 e as 12h30, para os alunos do 3º

Ciclo, e às 3ª feiras, entre as 14h15 e as 15h00, para os

alunos do 2º Ciclo.

Nas sessões dinamizadas pelas docentes Leonor Colaço e Mª

João Pimentel, o grupo de participantes transformou duas

histórias para teatro “A Senhora Alegria” e o “Senhor

Desastrado“, da coleção “Senhoras e Senhores” da autoria

de Roger Hargreaves. A primeira história será representada

pelo grupo de alunos do 2º Ciclo e a segunda pelo grupo do

3º Ciclo. Os papéis já foram distribuídos e o cenário,

adereços e figurinos começaram a ser delineados. No 2º

período, o trabalho de dramatização será apresentado à

comunidade escolar.

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MONTRA de NOVID

ESCOLA BÁSICA PROFESSOR ROMEU GIL (1º Ciclo)

Página 9

Visite o blog da BE/CRE da Escola Padre Romeu Gil em: http://tecaromeugil.blogspot.com/

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ADES

ESCOLA BÁSICA DE PADRE JOSÉ ROTA (2º e 3º Ciclos)

Visite a nossa Montra de Novidades online em: http://acervobecre.blogspot.com/

Página 10

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Qual é o (ou um dos) livros de ficção da sua vida? Rui Verdial: Ao longo dos anos tive oportunidade de ler tantos livros, que me é difícil escolher um. Mas como terei de escolher um posso referir “Na Patagónia” de Bruce Chatwin. De que trata essa obra? Esta obra é um livro de viagens sobre esse lugar ainda um pouco mítico e desconhecido que é a Patagónia, a grande extensão de espaços abertos no sul da Argentina. O nome exótico desse lugar do “fim do mundo”, terra dos Patagons (indígenas muito altos e de grandes pés) constitui um lugar de atração para tantos viajantes. Este livro relata uma viagem realizada pelo autor nos anos 60 à Patagónia atraído por memórias de infância sobre dinossauros e animais fantásticas que teriam existido aí. Quando o leu pela primeira vez? Li este livro há mais de 15 anos. Desde essa leitura e, sendo um apaixonado por viajar e conhecer diferentes culturas, paisagens, tornei-me um leitor assíduo de livros de viagens.

Conte-nos uma passagem do livro que o(a) tenha marcado em particular. Todo o livro me fascinou sobretudo pela descrição dos grandes espaços naturais onde o Homem se vê na sua pequenez humana. A Patagónia foi vista, por milhares de pessoas, como o último espaço “livre”, desconhecido, inexplorado e com uma baixíssima ocupação humana, onde aqueles que queriam ser esquecidos se podiam perder e começar de novo. Foi refúgio de bandidos e sonhadores, homens e mulheres, que naquele lugar austral, procuraram começar uma nova vida. Marcou-me na leitura deste livro, sobretudo, a condição dos indígenas da Patagónia e do sul do Chile. Pessoas aculturadas, pobres entre as mais pobres, caídas no vício do álcool e perdendo rapidamente a sua identidade cultural face ao domínio da civilização do homem branco. Que emoções lhe despertou a leitura deste livro? Ler livros de viagens é um pouco como dizia o escritor francês, Xavier de Maistre, “Viajar à volta do meu quarto”. Adoro viajar e conhecer o “Outro” sejam fdfgdfgdfgdfg

O Livro da

Página 11

“Identifiquei-me com a própria

Patagónia.”

Page 12: Boletim digital   becre's do agrupamento de escolas do forte da casa

“Li este livro há mais de 15 anos. Desde essa altura

tornei-me um leitor assíduo de livros de viagens”

paisagens, pessoas, etc. Este meu gosto por livros de viagens e, em particular sobre as obras de Bruce Chatwin é também o valorizar a coragem de alguém que tendo uma vida estável e de sucesso, consegue largar tudo e tornar-se um viajante compulsivo. Alguém dotado de um espírito desassossegado e livre que larga tudo para se encontrar e descobrir o seu sentido de vida. É um pouco o espírito do marinheiro livre e sem porto de abrigo que é Corto Maltese de Hugo Pratt. O que mais o atraiu na escrita do autor deste livro? É uma escrita escorreita com grande capacidade de observação. Ao longo das páginas do livro vai-se recriando a história da Patagónia, como se se estivesse a fazer um “patchwork” de vidas, acontecimentos, histórias mais ou menos míticas e fabulosas. Com que personagem se identificou mais e porquê? A personagem com a qual mais me identifiquei foi com a própria Patagónia na sua imensidão deserta, nas suas fdfgdfgdfsdsgdfg

grandezas e fraquezas, na sua capacidade de atrair tantos viajantes e perdidos deste nosso mundo. Numa única frase, como recomendaria esse livro a outra pessoa? Apenas posso formular o convite para que leiam esta obra e que sintam o apelo da Patagónia.

minha Vida

Página 12

Rui Verdial é professor de História na

Escola Básica de Padre José Rota

por RUI VERDIAL

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Eu recomendo…

Bruna Almeida (aluna do 9º ano)

A VIDA NUM SOPRO, de José Rodrigues dos Santos (Gradiva)

Este livro trata de um romance do tempo de Salazar. Um estudante

apaixona-se por uma rapariga e o amor dos dois é posto à prova por

três acontecimentos: a oposição da mãe da rapariga, um assassinato

inesperado e a Guerra Civil de Espanha.

Manuel Gerardo (docente de Matemática – 3º ciclo)

A LUA PODE ESPERAR, de Gonçalo Cadilhe (Oficina do Livro)

Aventuras e contratempos, encontros e reencontros,

subdesenvolvimento e choque cultural, pasmo e beleza, solidariedade

e fé num mundo melhor. Pela Patagónia abaixo, pela Indonésia

acima, pelas ilhas do Pacífico e do Índico, pelos mares da Tasmânia

ou das Caraíbas, pelas cidades dos Andes, da Europa e da África, o

olhar maravilhado do viajante percorre a Terra com certeza:

a lua pode esperar.

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Page 14: Boletim digital   becre's do agrupamento de escolas do forte da casa

Gabriela Assunção (assistente operacional)

A MÃE DE DAVID, de Yvonne Keuls (Círculo de Leitores)

É o sofrimento de uma mãe que tem um filho toxicodependente e

conta a sua história. Quando ela descobre, já o filho está metido em

drogas. Culpa-se sobre onde errou, porque não consegue tirá-lo da

droga fazendo desintoxicações e psicólogos. Até ao dia em que ele

sai de casa e não volta mais. A família desmorona-se e ela já não

vive. Só sofre.

Sandra Almeida (docente de Música – 3º Ciclo)

MÚSICAS DO MUNDO, de José Eduardo Braga (Estado da Arte)

O livro descreve de um modo simples a música nos diferentes

continentes. Revelando as suas origens e influências.

Bastante interessante de ler,

Página 14

Inês Sousa Romão (aluna 7º ano)

OS FILHOS DA DROGA, de Christiane F. (Bizâncio)

Este livro retrata a história verídica de uma rapariga que, aos 13

anos, se tornou uma toxicodependente devido à má influência de

amigos. Esta jovem foi vítima de violência, prostituiu-se e, não

obstante o facto de se ter tentado “curar”, acabou por falecer. É um

livro cuja leitura aconselho vivamente, pois aborda um problema atual

e transmite uma importante mensagem, a de que o melhor mesmo é

nunca experimentar o mundo das drogas.

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ARTIGO POR ISABEL GODINHO

(DOCENTE DO 2º CICLO DA ESCOLA BÁSICA DE PADRE JOSÉ ROTA)

Página 15

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quando os livros

acabarem para

onde irá o cheiro a

papel, aquele

cheiro a conforto e pó, que nos

assalta as narinas quando abrimos

a porta de uma biblioteca? Para

onde irão os marcadores de livros

que recebemos no primeiro dia de

aulas, na visita à livraria ou que os

nossos filhos nos fizeram na

creche? E como faremos os

apontamentos nas margens, com a

letra tremida da falta de apoio e

encolhida da falta de espaço?

Todas estas ideias me passaram

pela cabeça antes de ler o meu

primeiro livro digital. É óbvio que

não é a mesma coisa, que nunca

será a mesma coisa.

Para leitores viciados, como eu, a

ideia de substituir um livro de

papel e cartão por um ecrã com

letras iluminadas derrota

completamente a ideia de

conforto. Porque ler não é só

juntar letras para que formem

ideias, ler é uma experiência que

nos transporta a um outro nível de

consciência e que integra quase

todos os nossos sentidos. Para

além do óbvio sentido da visão

que, se calhar, é o menos usado,

uma vez que o largamos em prol

das imagens que se vão formando

no interior da nossa mente, há o

cheiro do papel e da tinta, o doce

sussurrar das páginas que viramos

e o toque suave do papel nas

pontas dos dedos.

E no entanto, para os mesmos

leitores viciados, há outras

questões a ter em consideração.

Por exemplo: os livros acabam

depressa para quem lê muito. Um

livro, mesmo dos mais volumosos,

raramente dura mais do que uma

semana quando se é um leitor

ávido. Desde criança que me

habituei a reler periodicamente os

meus livros, a virar e revirar as

bibliotecas dos municípios em que

vivi, a remexer bancadas de

alfarrabistas e feiras, a pedir

livros emprestados a amigos e

familiares. Todos estes recursos

acabam por se esgotar e não há

orçamento que aguente a compra

de cinco a seis livros por mês.

Muito jovem, apercebi-me de que

se comprasse os livros em inglês e

os importasse do estrangeiro me

saiam muito mais baratos. Este

hábito poupou-me bastante

ARTIGO

Página 16

Page 17: Boletim digital   becre's do agrupamento de escolas do forte da casa

dinheiro ao longo dos anos, mas

limitou-me o acesso a escritores

portugueses, para grande pena

minha, que adoro a língua da

minha pátria e reconheço nela

excelentes autores.

Mesmo relendo os livros todos,

duas décadas de aquisições

esgotaram diversas estantes em

casa, carregadas de livros

arrumados em segunda fila.

Mesmo assim resistia a ler em

formato digital. Ler no

computador cansa-me os olhos,

dá-me cabo das costas e impede-

me os simples mas inegáveis

prazeres de ler antes de

adormecer ou ler na varanda.

Uma grande amiga minha

desafiava-me, enviando-me livros

via e-mail que eu arrumava sem

ler em pastas do computador.

Um dia aconteceu algo de

inesperado: ganhei um livro

digital, num passatempo no

facebook. Não era um livro

qualquer, era o mais recente livro

da minha autora preferida, que

apenas seria editado em papel daí

a um mês. Com o tempo de

encomendar dos Estados Unidos (é

uma autora americana) e de me

chegar às mãos eu apenas

conseguiria ler o livro daí a mês e

meio, dois meses. Aquele livro que

estava ali, no meu ambiente de

trabalho, à distância de um

clique.

Claro que não resisti e li mesmo o

livro no computador. E não foi

confortável e não deu para ler na

cama, mas devorei o livro na

mesma. Ler esse livro ajudou-me a

perceber que os livros digitais

poderiam resolver algumas das

dificuldades que tinha em obter

livros, nomeadamente em termos

de custo e de tempo de entrega

dos exemplares, uma vez que os

livros digitais são muito mais

baratos e a entrega é quase

imediata. Ajudou-me também a

perceber que ler livros digitais

implica ter um suporte confortável

para o fazer (não prescindo

mesmo de ler na cama), uma vez

que ler obras completas no

monitor de um computador não é

de todo viável.

E foi assim que me decidi pelo

Kindle, da Amazon. Sendo o leitor

de livros digitais (e-reader) mais

barato do mercado é fácil de

utilizar, muito portátil, tem um

ecrã sem brilho, dicionário

incorporado (apenas em inglês) e

permite ainda tomar notas nas

“margens” virtuais. Com

capacidade para 1500 livros, o

meu kindle tem ligação à Internet

ARTIGO

Página 17

Page 18: Boletim digital   becre's do agrupamento de escolas do forte da casa

que me permite a compra directa

de livros e jornais, serve de leitor

de mp3 e de bloco de notas, tudo

isto pesando cerca de 300g.

Continuo a adorar livros, mas a

última vez que uma viagem me

levou a considerar levar comigo

um livro, olhei para um calhamaço

em papel de um dos meus autores

preferidos e pensei: mas para que

vou eu tão carregada?

Depois de quase um ano de uso

intenso, levo o meu kindle para

todo o lado e passo bem sem o

cheiro a papel, sem o toque das

folhas, sem o sussurro das páginas.

A minha única queixa é que...

deixei definitivamente de poder

ler no banho.

Página 18

ARTIGO

Page 19: Boletim digital   becre's do agrupamento de escolas do forte da casa

Página 19

EXPOSIÇÃO DE FRANCÊS

Esta exposição foi criada a partir dos

trabalhos do “Concours: Le Drapeau Français

Le Plus Original”. Pretendia-se que os alunos

dos 7º e 8º anos criassem uma bandeira

francesa fora do comum, utilizando diversos

materiais. Houve uma grande adesão por

parte dos alunos e os trabalhos foram

bastante criativos.

APRESENTAÇÃO DA LENDA “A FONTE DO CHOUPAL”

No dia 29 de novembro de 2011, entre as 09h15 e as 10h45, o serviço

educativo do Museu Municipal de Vila Franca de Xira - núcleo de Alverca -

apresentou "A Lenda da Fonte do Choupal" a duas turmas do IAC (36 crianças),

na BECRE da EB Padre José Rota. Após o reconto, cada criança fixou no cenário

previamente montado um elemento desse universo textual, participando de

forma ativa na construção da lenda.

Page 20: Boletim digital   becre's do agrupamento de escolas do forte da casa

FEIRA DO LIVRO

Entre os dias 5 e 16 de dezembro, realizou-se, na BECRE da EB Padre José Rota,

uma Feira do Livro, colocando ao dispor de toda a comunidade educativa livros

das mais variadas editoras: Editorial Presença, Porto Editora, Grupo Leya, Livros

Horizonte, Editorial Estampa, Gradiva…

Todas as turmas da escola puderam visitar a feira, em contexto de sala de aula,

mediante um calendário previamente acordado entre a professora bibliotecária e

as docentes de Língua Portuguesa. Assim, os alunos puderam adquirir as obras

desejadas, adivinhando-se um Natal com muitas leituras! Paralelamente,

promoveu-se como escritor do período o autor LUIS SEPÚLVEDA, escritor com

várias obras inscritas no Plano Nacional de Leitura e nos Novos Programas de

Português do Ensino Básico. Para esse efeito, os alunos autonomamente

puderam preencher uma ficha de leitura intitulada “Na Pista dos Livros de Luis

Sepúlveda”.

No dia 12 de dezembro, durante a manhã, algumas educadoras e as crianças do

IAC (4/5 anos) visitaram a Feira do Livro, participando na hora do conto

previamente programada pela professora bibliotecária. A história apresentada

“O Comboio dos Fugitivos” é da autora Rita Vilela e ensina os mais novos a

reconhecerem a importância de dizermos “Gosto de Ti” àqueles que nos rodeiam

e que merecem o nosso carinho.

Página 20

Page 21: Boletim digital   becre's do agrupamento de escolas do forte da casa

Página 18

MÊS DE NOVEMBRO NA BE/CRE DA ESCOLA SECUNDÁRIA

Exposição da obra poética de Fernando Pessoa.

Concurso de Poesia.

Sessões de sensibilização para a Pesquisa Documental na BE/CRE para

as turmas do 10º Ano.

Literatura: “A Mensagem”, Fernando Pessoa – Presença.

“Poesias de Álvaro de Campos”, obras completas de Fernando

Pessoa – Edições Ática

“O Guardador de Rebanhos”, obras completas de Fernando

Pessoa – Presença

“Para compreender Fernando Pessoa, Amélia P. Pais - Areal

Apresentação de trabalhos e de posters na Blogoteca do Agrupamento

de Escolas do Forte da Casa.

Divulgação do acordo ortográfico.

Comemorações: Dia de S. Martinho, Dia Mundial da Tolerância, Dia

Mundial do Não Fumador, Dia da Filosofia.

Pensamento do Dia – Exposição.

Exposição e apresentação dos trabalhos de alunos e professores da

disciplina de Português.

Exibição de filmes - Cinescola.

http://www.raizonline.com/radio/compactos.htm

Page 22: Boletim digital   becre's do agrupamento de escolas do forte da casa

MÊS DE DEZEMBRO NA BE/CRE DA

ESCOLA SECUNDÁRIA

Autor do Mês: Sophia de Mello Breyner

Anderson

Artista: Joana Vasconcelos.

Poeta do Mês: Joaquim Sustelo.

Disciplinas do Mês: Inglês e Francês .

Animação/divulgação do fundo documental

em Inglês e Francês.

Sessões de Literacia digital aos alunos do

10º ano.

Poemas de Joaquim Sustelo: “Adoro”;

“Natal à Porta”; “Naquele Imenso Mar”;

“Tempo Cinza”; “Poema em R”;

“Tolerância”.

Apresentação de trabalhos e de posters na

Blogoteca do Agrupamento de Escolas do

Forte da Casa.

Comemorações: Dia da Restauração, Dia da

Abolição da Escravatura; Dia da Padroeira

de Portugal; Dia dos Direitos do Homem.

Pensamento do dia.

http://www.raizonline.com/radio/compact

os.htm

Página 19

AGENDA

JANEIRO Exposição “Aristides de Sousa

Mendes: sua Vida e Obra”

4 janeiro Oficina do Ferrador

10 janeiro Teatro de Sombras para as crianças

do IAC

18 janeiro Palestra “Invasões Francesas”

1 e 7 fevereiro Hora do Conto Dramatizado “A

Grande Viagem”, na BM de VFXira

15 fevereiro Teatro “História ao Vivo – da Monarquia à Implantação da

República”

12 – 16 março Semana da Leitura (com a presença

da escritora Luísa Ducla Soares)

(Escola Básica de Padre José Rota)

Page 23: Boletim digital   becre's do agrupamento de escolas do forte da casa

Página 23

Livros em Destaque

Disponível na BE/CRE da Escola Padre José Rota

Page 24: Boletim digital   becre's do agrupamento de escolas do forte da casa

Página 24

Plano Nacional de Leitura

Livro recomendado para os 7º, 8º e 9º anos de escolaridade,

destinado a leitura autónoma.

«Quando eu era criança, lembro-me de ver na minha casa e

nas casas de pessoas de família ou amigas, normalmente na

sala de visitas, um livro grande, encadernado, que se

destacava de todos os outros. Nem sempre era da mesma cor,

mas em todos eles havia o desenho de um homem com uma

coroa de louros na cabeça e uma pala num olho. Um dia

perguntei que livro era.

- Este livro chama-se Os Lusíadas, é o nosso livro - disse meu

pai - o livro dos portugueses. Foi escrito por Luís Vaz de

Camões, o maior poeta português, acrescentou, apontando

aquele homem de um só olho.»

Barbi-Ruivo: o Meu Primeiro Camões, dá a conhecer, aos mais

jovens e não só, a vida e a obra do maior poeta português.

Escrito de forma inconfundível por Manuel Alegre, e ilustrado

por André Letria, este livro transporta-nos ao universo

camoniano e desperta o nosso encanto para a beleza e

sensibilidade das palavras do poeta.

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Livros em Destaque

Disponível na BE/CRE da EB Professor Romeu Gil

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"Quando uma Nuvem bonita,

que só sabe brincar, encontra

um Vento cansado, que só sabe

trabalhar, uma festa de amigos

desliza pelo céu. A Nuvem, feliz

por ter um companheiro, o

Vento, feliz por aprender a

brincar, como se o tempo tivesse

parado…”

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estaque ultimédia

Sugerimos…

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UM DIA

O vento levará os cansaços

No verde dos pinhais na voz do mar

E há-de voltar aos nossos membros lassos Irmãos vivos do mar e dos pinhais. Dos gestos agitados irreais

A viver livres como os animais

Só então poderemos caminhar A leve rapidez dos animais. Um dia, gastos, voltaremos

Através do mistério que se embala

E mesmo tão cansados floriremos

E em nós germinará a sua fala. Lúcia Albano, 8º1

COISAS BOAS E COISAS MÁS

Eu, Leandro, gosto dos meus 3 gatos, do meu hamster, da BE/CRE, da minha família e também dos meus amigos porque eles fazem-me feliz. Eu detesto o Sócrates porque ele põe Portugal pobre e, ainda, com o dinheiro que nos emprestam de fora ele compra submarinos; não gosto dos inimigos porque me fazem sofrer; não gosto de ladrões, porque roubam; não gosto de pedófilos porque levam, vendem ou fazem certas coisas más às crianças. Não gosto de peixe, porque tem muitas espinhas e, por vezes, engasgo-me com elas. As coisas boas fazem-me feliz e as más fazem-me muito, muito triste. Leandro Silva – 7º2

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Banda Desenhada Elaborada por José Silva – 7º2

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SOPA DE LETRAS

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Escreve histórias e ganha livros com a Civilização Editora.

Sabe como, consultando o regulamento no blogue da BE/CRE

da EB Padre José Rota.

SUDOKU

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