Boletim da Pastoral Familiar de Março 2011
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Estimados irmãos em Cristo Coordenadores e Assessores da Pastoral Familiar do Regional Sul 2 Irmãos no episcopado, saudações!
A vida no Planeta – Escrevo estas linhas ao
som do Hino da Campanha da Fraternidade
2011, que insiste no refrão “Vai depender de
nós, vai depender de nós”. Com facilidade
apontamos, como responsáveis pela destrui-
ção do mundo, os governantes, o sistema, as
estruturas... E quem vai consertar essa situa-
ção? As políticas públicas, as autoridades, en-
fim, os outros. Corremos o risco de passar por
um tema tão próximo de nós, tão determi-
nante para o bem estar nosso e de nossos fi-
lhos, sem “sujar as mãos”. O que nós, como
famílias, temos a ver com esse assunto? Mui-
ta coisa. A começar pelo nosso “estilo de
vida”, padrão de consumo, produção e o mau
encaminhamento do lixo que sobra dos nos-
sos confortos e desperdícios. Estamos dispos-
tos a mudar concretamente essas coisas? Que
exemplo nós damos às novas gerações?
Vai depender só de nós! – O tema da Campa-
nha da Fraternidade, nos toca muito de perto
quando o consideramos pelo lado da Defesa
da Vida. Quando a CF insiste na nossa respon-
sabilidade, isso nos deixa constrangidos, mas
nos obriga a ver que há uma regra que vale
pra tudo: para a evangelização, para o forta-
lecimento da Pastoral Familiar, para os avan-
ços na vida política, na educação infantil, para
a valorização dos relacionamentos interpes-
soais, e até para a realização plena do Reino.
E a regra é simples, óbvia e até simplória: “na
nossa vida só acontece aquilo que a gente faz
acontecer”. E isso não contraria a outra afir-
mação, não menos verdadeira, de que tudo
depende da graça de Deus. Antes confirma a
nossa responsabilidade perante a graça, que
jamais falta, mas não substitui o nosso empe-
nho.
Agenda cheia – Nossa prioridade regional
deste ano, o trabalho com os casais de
segunda união começa a ser aprofundado
através dos encontros diocesanos, que Sednir
e Maristela chamam de “maratona de Forma-
ção do Setor Casos Especiais”. Seria bom que
cada diocese que participasse dessa formação
fosse comunicando aos outros, através do
nosso boletim, suas experiências e iniciativas,
com fotos e endereços de sites e blogs. E há
outros eventos programados em nível nacio-
nal, provincial e diocesano. O nosso boletim
on-line tem registrado alguns desses encon-
tros. Vamos colocar a tecnologia a serviço da
comunhão, pois essa é a sua função mais no-
bre.
A todos, faço votos de uma frutuosa cami-
nhada e conversão quaresmal, de olho na vi-
tória, já garantida por Cristo, da Ressurreição
e da Vida!
Paz e Bem a todos!
Dom João Bosco, O.F.M.
Bispo de União da Vitória
CNBB – REGIONAL SUL 2 – BOLETIM ON LINE – MARÇO DE 2011
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 22
BBoolleettiimm OONN LLIINNEE ddaa PPaassttoorraall
FFaammiilliiaarr ddoo RReeggiioonnaall SSuull IIII -- CCNNBBBB
RRuuaa SSaallddaannhhaa MMaarriinnhhoo,, 11226666 –– 8800443300--116600
CCuurriittiibbaa –– PPRR –– TTeell..::((4411)) 33222244--77551122
DDoomm JJooããoo BBoossccoo BBaarrbboossaa ddee SSoouussaa
BBiissppoo ddee UUnniiããoo ddaa VViittóórriiaa--PPRR
RReepprreesseennttaannttee EEppiissccooppaall
EE--mmaaiill:: ddoommbboossccoo@@ddiioocceesseeuunniivviittoorriiaa..oorrgg..bbrr
DDiiáácc.. JJuuaarreess CCeellssoo KKrruumm
AAsssseessssoorr RReeggiioonnaall
EE--mmaaiill:: jjcckkrruumm@@yyaahhoooo..ccoomm..bbrr
PPllaanneejjaammeennttoo ffaammiilliiaarr ee ccoonnttrroollee
ddee nnaattaalliiddaaddee:: qquuaall oo mmeellhhoorr?? Fonte: Canção Nova
Alguns países tem sofrido os efeitos do controle
de natalidade. Além disso, pesquisas mostram
que o Brasil pode sofrer estas consequencias,
acarretando, por exemplo, no envelhecimento
mais rápido da população. De acordo com dados
do IBGE, até 2025, o Brasil será o sexto país do
mundo com o maior número de pessoas idosas.
Como, então, as famílias podem continuar
abertas à vida, realizando o planejamento fami-
liar de acordo com os ensinamentos da Igreja,
sem entrar na lógica do controle de natalidade?
Segundo o Bispo auxiliar do Rio de Janeiro e
membro da Comissão Episcopal Pastoral para a
Vida e a Família da CNBB, Dom Antônio
Augusto, as famílias podem realizar um plane-
jamento familiar e não, simplesmente, um con-
trole de natalidade para o país.
"[O planejamento] não depende de uma tecno-
logia, uma técnica, mas de que os esposos se
amem, se respeitem e procurem fazer do amor
matrimonial o amor pelo nosso país”, comple-
menta.
Dom Antônio explica que todos os projetos de
programa familiar promovidos pelos governos
de vários países tem como base a justiça social,
com o objetivo de realizar uma eficaz distribui-
ção de riquezas. Contudo, conforme salienta o
prelado, a justiça verdadeira deve ter como fun-
damento a caridade.
“A caridade sem justiça nem sempre pode
produzir frutos. E justiça sem caridade pode
acarretar em valorização de técnicas e progra-
mas, esquecendo-se que o ser humano não pode
estar condicionado por estes procedimentos,
mas ele necessita de amor e deve ser acolhido
com amor”, explica.
Um dos países que mais sofrem com o rigoroso
controle de natalidade é a China. Segundo padre
José Li GuoZhong, que é chinês e exerce o seu
ministério na Arquidiocese do Rio de Janeiro,
as leis de controle de natalidade começaram no
país na década de 80, sendo a fiscalização mais
rígida nas grandes cidade do que no campo.
O bispo auxiliar do Rio de Janeiro defende que uma
paternidade responsável só é garantida pela caridade
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 33
PPaappaa aaddvveerrttee qquuee aaddeeqquuaaddaa pprreeppaarraaççããoo
mmaattrriimmoonniiaall eevviittaa eeqquuíívvooccooss
Fonte: Canção Nova
o receber no dia 22 de janeiro de
2011 os membros do Tribunal da
Rota Romana, o Papa Bento XVI
advertiu a necessidade de favorecer, de
modo particular no campo do matrimônio
e da família, uma dinâmica de articulação
harmoniosa entre o Direito e a Pastoral,
cuja relação é tantas vezes objeto de mal-
entendidos.
Mais especificamente, Bento XVI disse
considerar a dimensão jurídica inata na a-
tividade pastoral de preparação e admissão
ao matrimônio.
Embora sem ignorar a necessidade dos
passos jurídicos que precedem o matrimô-
nio (para verificar que nada se oponha à
sua celebração válida e lícita), é contudo
“difusa a mentalidade segundo a qual o
exame dos noivos, as publicações matri-
moniais e outros meios oportunos para
cumprir as necessárias investigações pré-
matrimoniais, constituiriam práticas de
natureza exclusivamente formal”, declarou
o Papa.
Há, pois, que “refletir sobre a dimensão
jurídica do próprio matrimônio”, pois esta
está intrinsecamente ligada à essência des-
te. Neste contexto, Bento XVI reafirmou
quanto recordara já, nesta mesma circuns-
tância, quatro anos atrás: “Perante a rela-
tivização subjetivista e libertária da expe-
riência sexual, a tradição da Igreja afirma
com clareza a índole naturalmente jurídi-
ca do matrimônio, isto é, a sua pertença,
por natureza, ao âmbito da justiça nas
relações inter-pessoais. Nesta ótica, o
direito entrelaça-se realmente com a vida
e com o amor; como um seu dever-ser”.
É nesta perspectiva que há que conside-
rar o ius connubii, o direito a casar-se, que
não é uma pretensão subjetiva, mas pres-
supõe que se possa e queira realmente ce-
lebrar o matrimônio “na verdade da sua
essência tal como é ensinada pela Igreja”.
Não se nega nenhum direito quando não
se realiza um matrimônio por evidente dos
pressupostos para o exercício de tal direi-
to. Por outras palavras, “se faltasse clara-
mente a capacidade requerida para uma
pessoa se casar, ou então se a vontade se
prefixasse um objetivo em contraste com a
realidade natural do matrimônio”.
Nesta ordem de ideias, Bento XVI in-
sistiu na importância da ppaassttoorraall pprréé--
mmaattrriimmoonniiaall, nomeadamente nos contatos
AA
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 44
pessoais do pastor com os noivos que se
preparam para o casamento. “Há que co-
locar o máximo cuidado na formação dos
noivos e na prévia verificação das suas
convicções no que diz respeito aos
irrenunciáveis compromissos quanto à
validade do sacramento. Um sério dis-
cernimento a este respeito poderá evitar
que impulsos emotivos ou razões superfi-
ciais levem os dois jovens a assumir
responsabilidades que não serão capazes
de respeitar”, observou o Papa.
O Santo Padre destacou também que “ma-
trimônio e família são instituições que de-
vem ser promovidas e defendidas de qual-
quer possível equívoco sobre a sua verda-
de, porque todo e qualquer dano aqui
provocado constitui na realidade uma
ferida infligida à convivência humana
como tal”.
Embora a preparação para o matrimônio
transcenda a dimensão jurídica do mesmo,
há que “não esquecer que o objetivo ime-
diato dessa preparação é promover a ce-
lebração livre de um verdadeiro matrimô-
nio, isto é, a constituição de um vínculo de
justiça e amor entre os cônjuges, com as
características de unidade e indissolubili-
dade, ordenado ao bem dos cônjuges e à
procriação e educação da prole”.
Entre os meios para verificar se o proje-
to dos noivos é efetivamente “conjugal”,
sobressai o exame pré-matrimonial, que
como Bento XVI destacou, tem como
objetivo, principalmente jurídico, verificar
que nada se oponha à válida e lícita cele-
bração das núpcias. “Jurídico não quer
dizer formalista, como se fosse uma mera
prática burocrática consistindo em preen-
cher um formulário tendo como base per-
guntas rituais. Trata-se, isso sim, de uma
ocasião pastoral única – a valorizar com
toda a seriedade e atenção que se exige –
na qual, através de um diálogo cheio de
respeito e cordialidade, o pastor procura
ajudar a pessoa a situar-se seriamente
perante a verdade sobre si mesma e sobre
a sua própria vocação humana e cristã
para o matrimônio”, explica o Pontífice.
O Papa insistiu no “clima de plena sin-
ceridade” que se exige, em que se deve ti-
rar partido do fato de serem os noivos os
primeiros interessados nisso mesmo. Ben-
to XVI advertiu que se pode “desenvolver
uma eficaz ação pastoral visando a
prevenção da nulidade matrimonial”,
interrompendo, assim, um círculo vicioso
entre casamentos precipitados e anulações
facilitadas.
“Há que se empenhar para que, na medi-
da do possível, se interrompa o círculo
vicioso que muitas vezes se verifica entre
uma admissão fácil ao matrimônio, sem a
adequada preparação e sem um sério
exame dos requisitos previstos para a sua
celebração, e uma declaração judiciária
igualmente fácil, mas de sinal oposto, na
qual se considera o próprio matrimônio
apenas com base na constatação da sua
falência”, concluiu.
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Mês Data Evento Local/ Responsabilidade
ABR
02 e 03 Encontro Provincial – Cascavel Univel – Cascavel/PR
16 e 17 Encontro – Multiplicadores de Defesa da Vida Província de Londrina/PR
30 Reunião – Coordenação da CRPF Londrina/PR
MAI
01 Reunião – Coordenação da CRPF Londrina/PR
15 Dia Internacional da Família Paróquias e Dioceses
21 e 22 Encontro – Multiplicadores de Defesa da Vida Província de Cascavel/PR
28 Simpósio da Família Aparecida/SP
29 3ª Peregrinação Nacional das Famílias Aparecida/SP
Celebra-se no dia 19 de março a Solenidade de São José. Neste dia, a Igreja, es-palhada pelo mundo todo, re-corda solene-mente a santida-de de vida do seu patrono.
Esposo da Virgem Maria, modelo de pai e esposo, protetor da Sagrada Família, São José foi escolhido por Deus para ser o pa-trono de toda a Igreja de Cristo.
Seu nome, em hebraico, significa “Deus cu-mula de bens”.
No Evangelho de São Mateus vemos como foi dramático para esse grande homem de
Deus acolher, misteriosa, dócil e obedien-temente, a mais suprema das escolhas: ser pai adotivo de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Messias, o Salvador do mundo.
"Quando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor tinha mandado e acolheu sua esposa" (Mt 1,24).
O Verbo Divino quis viver em família. Hoje, deparamos com o testemunho de José, “Deus cumula de bens”; mas, para que este bem maior penetrasse na sua vida e história, ele precisou renunciar a si mesmo e, na fé, obedecer a Deus acolhendo a Virgem Maria.
Da mesma forma, hoje São José acolhe a I-greja, da qual é o patrono. E é grande inter-cessor de todos nós.
Que assim como ele, possamos ser dóceis à Palavra e à Vontade do Senhor.
Abril
Maio
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EEuuggeenniiaa:: ffeettooss aanneennccééffaallooss ssããoo ssuubbuummaannooss
""ppoorr eexxcceellêênncciiaa"",, aaffiirrmmaa aannttrrooppóóllooggaa Fonte: http://www.fundadores.org.br/
Conhecida militante pró-aborto, a antropólo-
ga Debora Diniz (foto acima) escreveu um arti-
go (02/fev/2011) em defesa da “interrupção se-
letiva da gravidez” (ISG) - tradução: assassinato
de bebês por possuírem deficiências graves - no
qual nos fornece as sinistras razões que há por
detrás da luta pela descriminalização desse tipo
de aborto.
No texto pedante e cheio de neologismos com
ar pretensamente acadêmico, Debora Diniz
afirma:
“Primeiramente, a anencefalia sustenta seu
reinado dentre as patologias por seu caráter
clínico extremo: a ausência dos hemisférios
cerebrais. Mas esta, no meu entender, não é a
razão suficiente para fazer dos fetos portadores
de anencefalia a metáfora do movimento em
prol da legitimação do aborto seletivo.”
Por quê? Porque o assim chamado “aborto sele-
tivo” visa não somente bebês com essa defici-
ência, mas a todos aqueles que forem caracteri-
zados pelos abortistas como sendo subumanos.
Leiam: “A ausência dos hemisférios cerebrais,
ou no linguajar comum „a ausência de cére-
bro‟, torna o feto anencéfalo a representação
do subumano por excelência.”
O anencéfalo seria, então, o subumano “por ex-
celência”, deixando claro que haveria outras
formas “não tão excelentes” de “subumanida-
de”. O que seriam esses subumanos? Aqueles
que logo morreriam depois de nascer ou mesmo
antes do parto? Não.
“Os subumanos são aqueles que, segundo o
sentido dicionarizado do termo, se encontram
aquém do nível do humano. Ou, como prefere
Jacquard, aqueles não aptos a compartilharem
da „humanitude‟, a cultura dos seres humanos.
Os fetos anencéfalos são, assim, alguns dentre
os subumanos - os que não atingiram o pata-
mar mínimo de desenvolvimento biológico exi-
gido para a entrada na humanitude (...)”.
Debora Diniz cita a seu favor o padre progres-
sista “Fernando Altemeyer Junior, vigário
coadjutor da Comunicação da Arquidiocese de
São Paulo, em artigo publicado no Jornal do
Brasil, em 1 de abril de 1996, que dizia o
seguinte sobre o aborto seletivo em casos de
anencefalia: „...Muitos moralistas católicos de
renome têm se posicionado em favor desta ope-
ração cirúrgica no caso específico da anencefa-
lia, pois não são seres humanos os frutos desta
gestação e portanto não se poderia exigir desta
mãe o sacrifício de uma gravidez que não pu-
desse oferecer vida humana a uma criança des-
tinada a sobreviver...’.” (Altemeyer F. A única
exceção. Jornal do Brasil 1996, Abril 1.)
Continua a antropóloga:
“Os subumanos são aqueles para quem a vida é
fadada ao „fracasso‟ - como considera
Dworkin, um jurista liberal norte-americano
estudioso do aborto - ou para quem, no mínimo,
o conceito de vida não se adequa. Os subuma-
nos são a alteridade humana extrema, aqueles
não esperados pelo milagre da procriação.”
Mesmo os aleijados não escapariam do “aborto
seletivo”:
“... Existe uma expectativa de vida muito mais
ampla e é exatamente isto o que une um feto
anencéfalo a um feto portador de trissomia do
cromossomo vinte e um e até a fetos com au-
sências de membros distais como potenciais
alvos da ISG. É uma idéia social de vida,
respaldada, é claro, pela plenitude biológica, o
que justifica grande parte das solicitações de
aborto seletivo.”
Como não pensar em eugenia - favorecida e
“justificada” como na ditadura nazista, embora,
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 77
de momento, ainda não obrigatória - lendo as
afirmações acima?
Com a crescente paganização da sociedade, pu-
lulam idéias destoantes das virtudes excelsas da
justiça e da caridade para com o próximo defi-
ciente e aos poucos somos encaminhados para
uma ditadura pseudo-científica e darwinista on-
de só aqueles que o Estado considerar como
“perfeitos” terão direito à vida.
O Pe. Bento fez o seguinte comentário
(http://www.pastoralfamiliarcnbb.org.br/)
: Senhora Débora Diniz,
peço desculpa se meu comentário se tornar maior do que o seu artigo. Consi-dero que as suas preten-
sões de desqualificar o ser humano afetado por uma anomalia ferem a sua dignidade intrínseca e inviolável. O feto anencefálico é um ser hu-mano vivente e mesmo a sua possível reduzida expectativa de vida não nega os seus direitos e a sua dignidade. Ainda mais, uma vida atingi-da por limites psicofísicos ou como se diz, por-tadora de anomalia é certamente limitada na sua liberdade exterior, mas não diminuída na sua dignidade ontológica.
Obviamente que um indivíduo humano vale pelo seu “ser” (dasein), não pelo seu modo de “ser” (sosein). Muito menos pelo reconheci-mento que pode vir de outros, em ordem às qualidades físicas ou psíquicas as quais possua ou não. O feto com anencefalia não é relativo a nada e a ninguém para derivar do outro ou de outros a própria dignidade, ao contrário, esta é inerente à sua existência como indivíduo humano. Por esta razão, o aborto seletivo é filho de uma cultura que vê em uma vida que não responde a seus parâmetros um obstáculo e uma ameaça.
O aborto Eugênico é um sintoma de desu-manização, de uma escalada para a instalação de câmara de extermínio de recém-nascidos com deficiência, um caminho para a aplicação da eutanásia aos deficientes físicos e mentais e para a eliminação de idosos que hoje não geram lucro econômico numa sociedade capita-lista. Então, que tipo de motivos “caridosos” os
filhos não poderiam alegar para justificar a “boa ação” de eliminar seus pais idosos e doen-tes? Doutora, é urgente amparar, promover, proteger e respeitar a vida intra ou extra-uterina.
Por outro lado, não se deve subestimar a sabedoria da Legislação: “a legislação brasileira não prevê a interrupção da gravidez quando complicada por fetos com esta malformação, o que reforça a necessidade de conhecermos a fundo a sua evolução e as possíveis inovações terapêuticas para estes casos” (Sbragia e col., Arq Neuropsiquiat 62(2-B):487-491, 2004). Por-tanto, “sociedade livre, justa e solidária” (art. 3°, I, da Constituição Federal) não se constrói com violências contra doentes, inocentes e indefesos.
Dra. Débora, não seria mais honesto que a senhora lutasse por uma Política de atenção à saúde da mulher, melhoria da situação de pobreza, proteção às pessoas nascidas com de-ficiência; educação para a prevenção de uma gravidez não planejada; Centro para acolher a vida em seu limite; ajudar as gestantes que estão grávidas de filhos com qualquer tipo de anomalia; instituições que apoiam as mães, os filhos e os casais? Ou estas são metas que nos dão qualquer retorno econômico? Ou sem interesse de serem patrocinadas pelas Institui-ções Internacionais contra a vida?
A senhora e eu, mas também tantos outros somos testemunhos de que mundo está deba-tendo sobre os cuidados paliativos aos pacien-tes em fase terminal. Foi o que aconteceu, por exemplo, no 10º Congresso Internacional de Bioética no mundo globalizado, ocorrido em julho passado em Singapura.
Dra. Débora, repito Madre Teresa de Calcu-tá: “a maior destruição da paz é o aborto, pois se uma mãe pode matar sua própria criança, o que impede de eu matar a você e de você me matar? Não há nada que impeça ..." "É uma pobreza decidir que uma criança deve morrer para que você possa viver como deseja”.
Pe. Luiz Antonio Bento
Assessor Nacional da Comissão Vida
e Familia - CNBB PhD na área de Bioética
(61) 2103-8300
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 88
FFIILLHHOOSS ÚÚNNIICCOOSS:: OO EEXXEEMMPPLLOO
DDAA SSAAGGRRAADDAA FFAAMMÍÍLLIIAA?? Fonte: MURARO, Giordano. A Moral Familiar – Resposta às perguntas mais provocadoras. São Paulo: Paulus, 1999, p.58-61
A Igreja tenta nos mostrar que ter um ou dois
filhos provoca um crescimento zero. Mas, de-
pois, propõe o modelo da Sagrada Família que
tem precisamente um único filho.
Estamos diante de um dilema: ou a Igreja tem
razão quando insiste na família com vários fi-
lhos e, então, não deve propor a Sagrada Família
como exemplo. Ou, então, esta é verdadeiramen-
te exemplar e, por isso, a Igreja não deve com-
pará-la com as famílias com um único filho.
Antes de mais nada, distingamos dois
problemas: o primeiro refere-se à exemplaridade
da Sagrada Família; o segundo, à dimensão
procriadora da família.
A Igreja propõe a Família de Nazaré como
modelo, porque realizou de modo perfeito aque-
la «íntima comunidade de vida e de amor»
(Gaudium et spes 48) que caracteriza a comuni-
dade familiar. E a realizou da maneira querida
pelo próprio Deus. Todas as famílias,
inspirando-se na família de Nazaré, devem
tornar-se uma comunidade fundada e animada
pelo amor. Um amor que não pára nas palavras e
nas emoções, mas se torna atenção e dedicação
recíproca, no respeito pela vocação de cada um.
Um amor que não se fecha na vida de casal, mas
se abre para Deus, deixando que Deus o plasme
e o aperfeiçoe, para que se torne capaz de levar
não só ajuda, conforto e segurança, mas também
salvação.
OO AAMMOORR AAOO CCÔÔNNJJUUGGEE EE AA DDEEUUSS
Nos ambientes cristãos, costuma-se dizer que
o amor conjugal é um amor «penúltimo», no
sentido de que é uma experiência que introduz
na experiência mais alta do encontro com Deus.
O destino último de toda a criatura é o «face-a-
face com Deus», inclusive para as pessoas casa-
das. E este objetivo final influi sobre o modo de
viver toda a vida presente, inclusive o amor.
Maria e José realizaram aquilo que o seu filho
haveria de exigir aos seus discípulos e a todos
quantos se casaram no Senhor: que O amassem
mais do que ao pai, à mãe, à mulher, aos filhos,
aos campos etc. (Lc 14, 26; Mt 10, 37). Não no
sentido de excluir ou de dar pouca importância a
estas pessoas; mas, no sentido de amá-las com
um amor ainda mais intenso, que tem toda a
riqueza do amor humano, mas que é enriquecido
pela força e pela beleza do amor de Deus. Por
isso, são um modelo perfeito de vida conjugal,
embora tenham vivido de uma maneira muito
especial.
Partindo do amor humano, aceitaram deline-
ar e viver o seu amor não como a carne e o
sangue ditam, mas como o Espírito exige. Deus
tinha exigido que colocassem o seu amor ao
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 99
serviço do grande projeto de salvar a humanida-
de. E, assim, o pequeno amor humano de Maria
e de José, impelido pelo sopro do Espírito,
acolheu a imensidade do amor de Deus e
dilatou-se até alcançar toda a humanidade. A
sua fecundidade superou os limites do casal e da
família para estender-se a todos.
A Igreja propõe a Sagrada Família como
exemplo para que os esposos aprendam com ela
o que é o amor e que lugar Deus deve ocupar
nesse amor. Com efeito, a Igreja recorda aos
seus fiéis que o matrimônio é um sacramento e
que a família é uma «pequena Igreja», onde cada
um põe o seu amor ao serviço de Deus para que
se torne energia salvífica para as pessoas que
formam a família. Eis porque a Sagrada Família
é modelo de todas as famílias, embora a sua
dimensão quantitativa fosse reduzidíssima. E
com isto, podemos enfrentar a segunda questão,
a da procriação.
DDEE UUMM EEXXTTRREEMMOO AAOO OOUUTTRROO
É necessário superar a mentalidade que
confunde a quantidade com a responsabilidade
e, se no passado, se considerava boa a família
numerosa, hoje passou-se ao exagero contrário e
pretende-se considerar séria e responsável a
família que procria pouco. É verdade que, na
Gaudium et spes encontramos um elogio dirigi-
do aos cônjuges «que de comum acordo e com
prudência, aceitam com grandeza de ânimo edu-
car uma prole numerosa» (GS 50). Mas estas
palavras devem ser lidas à luz de tudo quanto foi
dito nas linhas anteriores: os cônjuges «forma-
rão retamente a própria consciência, tendo em
conta o seu bem próprio e o dos filhos já nas-
cidos ou que prevêem virão a nascer, sabendo
ver as condições de tempo e da própria situação
e tendo, finalmente, em consideração o bem da
comunidade familiar, da sociedade temporal e
da própria Igreja» (GS 50). Mas não diz: «Quan-
to mais filhos, melhor», diz apenas que a
procriação deve ser responsável.
PPAAIISS RREESSPPOONNSSÁÁVVEEIISS
Portanto, quando se diz «responsável» não se
quantifica o número dos filhos. Mas se afirma
que os pais devem ser responsáveis e livres na
decisão procriativa.
1) Ser responsável significa que se está em
condições de conhecer e avaliar o que é um
filho. Conhecer as qualidades humanas que os
pais devem possuir para responder às exigências
físicas, psíquicas, morais e espirituais da prole,
pondo o filho em condições de tornar-se respon-
sável pela sua vida e de inserir-se na sociedade.
Mas, também significa que se está consciente
das limitações da família e do direito-dever de
interagir com a sociedade, de maneira a formar
os filhos como pessoas e como cidadãos.
2) Ser livre significa não estar condicionado
por fatores externos (os mass media que, hoje,
criam uma opinião pública desfavorável à
procriação; o consumismo que privilegia as coi-
sas e o bem-estar material acima das relações
humanas; a sociedade que não favorece a família
com uma verdadeira política familiar) e por
fatores internos (o trabalho do pai e da mãe; o
medo do amanhã; a dificuldade de educar; o re-
ceio de perder comodidade e liberdade; o
egoísmo, etc.).
Atualmente, já é corrente a expressão «auto-
determinação da mulher» em procriar. É uma
expressão válida, caso se entenda por autode-
terminação a conscientização e a decisão tomada
em plena liberdade; mas não é válida, se a auto-
determinação recai toda e somente na mulher e
não no casal. Chegou-se mesmo, atualmente, a
considerar a vida como uma ameaça para a vida.
E, em nome da vida, declara-se luta à vida, até
se chegar a suprimi-la. Seria um verdadeiro
passo atrás se, da parte de alguma autoridade
pública, se desse um aval a esta mentalidade. E
se a responsabilidade se identificasse com a
diminuição da vida, a todo o custo.
MMAARRÇÇOO//22001111
Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1100
RREEBBOOUUÇÇAASS RREECCEEBBEE CCOOMMIISSSSÃÃOO DDAA PPAASSTTOORRAALL FFAAMMIILLIIAARR DDIIOOCCEESSAANNAA PPAARRAA
DDIISSCCUUTTIIRR FFOORRMMAAÇÇÃÃOO DDEE CCAASSAAIISS
Os integrantes da Pastoral Familiar da
paróquia Senhor Bom Jesus, de Rebouças
acolheram a reunião da comissão diocesana da
Pastoral Familiar, no dia 13 de fevereiro. Estive-
ram presentes representantes das paróquias de
Rio Azul, Paulo Frontin, Mallet, União da
Vitória, General Carneiro e Bituruna.
O objetivo central da reunião foi formar as
comissões que trabalharão no encontro de For-
mação para casais que responderão pelo Setor
Casos Especiais da Pastoral Familiar. O encon-
tro já foi previamente agendado para os dias 9 e
10 de abril deste ano.
Dando sequência aos trabalhos, os partici-
pantes foram divididos em três grupos: Setor
Pré-matrimonial, Setor Pós-matrimonial e Setor
Casos Especiais. Tais grupos se reuniram a fim
de partilhar as vivências de cada paróquia
dentro do contexto dos respectivos setores. Di-
ante das discussões percebeu-se que há
certa uniformidade nos trabalhos realizados nas
paróquias, principalmente no setor pré-
matrimonial. Porém, ressaltou-se a necessidade
do fortalecimento dos demais setores, bem
como a comunicação e, assim, a troca de expe-
riência com maior frequência entre as paróquias.
Ao fim do encontro o casal coordenador,
Soeli e Marcos, reforçou a importância do forta-
lecimento da Pastoral Familiar Diocesana, lem-
brando que ela abrange o trabalho de todas
as demais pastorais e movimentos. Colaboração de Lucinéia de Castro e
Debora Gobor bo site da Diocese de União da Vitória
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1111
EEnnccoonnttrroo ddaa PPaassttoorraall FFaammiilliiaarr
eemm CCaammppoo MMoouurrããoo
Aconteceu no dia 13 de fevereiro, o encontro que marca o início dos trabalhos neste ano de 2011, da Pastoral Familiar da diocese de Campo Mourão.
Do total de 38 estiveram presentes 20 paróquias representadas por 125 agentes. As paróquias que estiveram presentes, do Decanato de Iretama: paróquia São Pedro de Corumbatai do Sul; Decanato de Goioe-re: São João Batista de Moreira Sales, Nossa Senhora Aparecida de Janiópolis, Santo Antonio de Mariluz, Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, Nossa Senhora das Candeias e Cristo Redentor de Goioere;
Decanato de Juranda: Imaculada Concei-ção de Mambore, Santo Antonio de Ubira-tã, Decanato Engenheiro Beltrão: Santo
Antonio de Araruna, Sagrado Coração de Jesus de Jussara, São Judas Tadeu de Terra Boa, Nossa Senhora das Graças de Engenheiro Beltrão, Nossa Senhora das Graças de Barboza Ferraz, São Judas Ta-deu de Quinta do Sol e Decanato de Cam-po Mourão: Santuário Nossa Senhora Apa-recida, São Francisco de Assis, Sagrada Família, Santa Rita de Cássia e Nossa Se-nhora do Caravaggio.
O evento foi no Centro de Formação Pastoral da paróquia São Francisco de Assis, em Campo Mourão.
O encontro contou com a presença de Dom João Bosco Barbosa de Sousa, bispo de União da Vitória e bispo referencial da Pastoral Familiar, no Regional Sul II (Para-ná).
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Compareceram, também, o assessor da Pastoral Familiar, na diocese, Pe. Roberto Cesar de Oliveira, que é pároco de Barbo-sa Ferraz, e o bispo diocesano Dom Francisco Javier Delvalle Paredes. De Ma-ringá, veio o casal do setor pré-matrimonial da Coordenação da CRPF do Regional Sul II, Sérgio Yamada e Maria Aurora Yamada.
Fazendo um resumo do que é a Pastoral Familiar, Dom João Bosco disse: "Ninguém está aqui por iniciativa própria; fomos cha-mados a ser família e ser família na Igreja por Alguém maior, razão da nossa vida e do nosso trabalho: Jesus Cristo. Devemos ser discípulos e missionários, como nos pede o Documento de Aparecida".
O grupo de jovens JUCAF - Juventude Católica Franciscana, da paróquia São Francisco de Assis, apresentou um teatro, e ficou responsável pela Liturgia da missa, no encerramento.
Sobre a coordenação diocesana, ficou decidido, por votação, que o casal Lafaete e Maria, continuará na coordenação por mais dois anos e, o casal Anésio e Izildi-nha, como vice-coordenadores. A partir de agora a coordenação será reestruturada conforme as diretrizes do regional Sul II, in-cluindo na equipe, representantes dos de-canatos. Será elaborado um documento com diretrizes para a coordenação dioce-sana, que será apresentado para aprova-ção, na assembleia de 6 de novembro de 2011.
Para José Fernandes dos Santos (Lafai-ete), coordenador diocesano da Pastoral Familiar, o encontro superou as expectati-vas. Um dos trabalhos que será feito, agora, é verificar o motivo da ausência de 18 paróquias. De qualquer forma, Lafaiete destacou como muito positiva a presença das 20 paróquias no encontro.
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FFRRAATTEERRNNIIDDAADDEE EE AA
VVIIDDAA NNOO PPLLAANNEETTAA “A criação geme em dores de parto” (Rm 8,22)
O objetivo geral da Campanha da Fraterni-dade deste ano é contribuir para a conscientização das comunidades cristãs e pessoas de boa vontade sobre a gravidade do aquecimento global e das mudanças climáticas, e motivá-las a participar dos debates e ações que visam enfrentar o problema e preservar as condições de vida no planeta.
Há uma sequência bastante sugestiva no próprio enunciado. Primeiro o que se quer é contribuir para a conscientização.
Conscientização de quem? Há duas “categorias” destacadas: as comunidades cristãs e as pessoas de boa vontade. Ou seja, aqueles que, por causa do seu batismo já estão comprometidos com a vivência do amor em favor da vida, como discípulos missionários. E as pessoas de boa vontade, que mesmo não sendo batizadas, ou, que apesar batizadas, não participam das comunidades cristãs, mas, procuram viver a verdade no seu cotidiano.
Conscientização sobre o que? Sobre a gravidade do aquecimento global e das mudanças climáticas que estão presentes em nosso mundo, como um problema grave que tem ceifado muitas vidas.
Como conscientizar? Alguns subsídios podem ajudar, quando bem utilizados: Texto Base, Fraternidade Viva, Encontros Catequéticos com Crianças e Adolescentes, Jovens na CF, Fraternidade nos Círculos Bíblicos, Via-Sacra, Vigília Eucarística e Celebração da Misericórdia, Celebrações Ecumênicas, Ensino Fundamental I e II, ABC da Fraternidade e Famílias na CF. Todos estão no Manual da CF-2011, que também traz um DVD com 5 blocos, que podem ser assistidos juntos ou separadamente:
1) Introdução. Ao final as perguntas: a) Que outras CF tiveram o seu tema ligado à ecologia? b) O que faremos para que esta campanha tenha frutos em nossa comunidade?
Duração: 13’ 30”
2) Aquecimento Global, com as perguntas: a) O que mais me impressionou neste vídeo? b) Qual será nossa atitude diante dos problemas aqui apresentados?
Duração: 10’ 10”
3) Desmatamento e Agro-negócio. Perguntas: a) O que mais me impressionou neste vídeo? b) Que atividades podemos desen-volver para despertar uma consciência ecológica em nossa comunidade?
Duração: 10’ 39”
4) Água, fonte de vida. Perguntas: a) O que mais me impressionou neste vídeo? b) Quais os aspectos positivos e negativos com relação ao uso da água na minha casa e na minha cidade?
Duração: 09’
5) Sustentabilidade. Perguntas: a) Afinal, o que é sustentabilidade? b) Como eu contribuo para a susten-tabilidade do planeta? Em que aspectos devo melhorar?
Duração: 10’ 22”
Em seguida, pressupondo-se que já houve a conscientização, espera-se que aconteça a motivação.
Motivação para quê? Para participar dos debates e também das ações para enfrentar o problema e assim preservar as condições de
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vida no planeta, de uma forma madura, deixando a ingenuidade de lado. Sem racionalizar e tentar justificar que sempre se fala desse assunto, mas tudo continua do mesmo jeito. Assim deve-se participar dos debates a este respeito. Presume-se, portanto, que deverá haver debates (palestras, mesas-redondas, fóruns, seminários) planejados e organizados pelas paróquias de cada diocese com a participação de experts no assunto, ou por iniciativa de outras esferas da sociedade e do governo (audiências públicas).
Como resultado destes debates, com certeza surgirão propostas de ação, que somadas aquelas que estão sugeridas no Texto-base ajudarão na busca de resultados positivos para a preservação das condições de vida no planeta.
A 3ª parte do Texto Base, apresenta quatro aprendizados a serem feitos com esta Campanha da Fraternidade. O primeiro é assumir-se como filho/a da terra. O segundo, escutar, compreender, responder
ao grito da terra com as seguintes prioridades: 1) gerar energia com as fontes mais limpas possível e rever os seus usos; 2) redefinir o consumo necessário, diminuindo onde há consumismo, redistribuindo os recursos com justiça e solidariedade mundial; 3) redefinir o controle e o uso dos solos, priorizando a produção agroecológica de alimentos; 4) relacionar-se com a água como um bem natural e direito humano, redefinindo seus usos; 5) mudança civilizacional. O terceiro aprendizado é o que fazer para salvar a terra, com os seguintes
compromissos: 1) Compromisso pessoal, familiar e comunitário; 2) Mobilização em favor da energia solar, eólica e do movimento das águas; 3) Mobilização nacional por novas prioridades políticas; 4) Mobilização mundial em favor de acordos internacionais; 5) Mobilização em favor de uma prática cristã que revolucione a humanidade. E o quarto aprendizado com a coleta da solidariedade: gesto concreto coletivo. Das doações de cada CF, 60% ficam na Diocese e os outros 40% constituem o Fundo Nacional de Solidarie-dade. Devemos assumir o que é nosso.
Diác. Juares Celso Krum
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FFaammíílliiaass nnaa CCaammppaannhhaa ddaa
FFrraatteerrnniiddaaddee
“A oração nas casas tinha uma importân-
cia significativa na Igreja dos primeiros
séculos. A casa, lugar da vida familiar, da
acolhida recebia também a grande
novidade da fé cristã.
Os encontros de
família contribuem
para revigorar esta
forma de vida ecle-
sial quando os vizi-
nhos são acolhidos
para rezar com a
família que recebe.
Junto com o forta-
lecimento da vida
de fé e do sentido
da vida eclesial
surge o aprofun-
damento do sentido
de acolhida.
Na Campanha da
Fraternidade de
2011 as famílias
são convidadas a
refletir o problema
do aquecimento
global manifestado
especialmente nas
mudanças climáticas, fenômeno que tem
gerado muita insegurança nos diferentes
lugares do mundo.
É tarefa nossa refletir essa questão nos
conscientizando da sua gravidade, mas
também reafirmarmos o compromisso com
iniciativas pessoais e da sociedade na
perspectiva de minorar este problema.
Que possamos aproveitar estes momentos
de oração em família para reavivarmos a
fé no ressuscitado e fortalecermos o com-
promisso em fazer do planeta terra a casa
de todos, uma casa „bem cuidada‟”
Este é o texto de apresentação do subsídio
“Famílias na CF”. Está à página 435 do
Manual da Campanha da Fraternidade.
São cinco encon-
tros: 1º) O tempo
está mudado, por
quê?; 2º) Deus
criou todas as coi-
sas e descansou
no sétimo dia – A
vida como dom;
3º) O pecado de
gastar mais do
que o necessário;
4º) Jesus Cristo,
dom permanente
do Pai para a re-
criação em seu
mistério pascal;
5º) O homem co-
mo cultivador do
dom que é a cria-
ção – Viver res-
ponsavelmente o
cuidado.
Os encontros estão
às páginas 436-452 do Manual da CF e
podem ser encontrados também separa-
damente num pequeno livreto intitulado
FAMÍLIAS NA CF e VIA SACRA (ou se-
ja, além dos encontros há também o roteiro
da Via Sacra). Tem 48 páginas e custa
R$ 1,20, editado pela CNBB.
Vamos aproveitar e reunir os Grupos de
Famílias nas casas para refletir, orar e
tomar as atitudes certas para a vida do
planeta. É uma das possibilidades...
Diác. Juares Celso Krum
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1166
SETOR FAMÍLIA: INTEGRAÇÃO DAS
PASTORAIS E MOVIMENTOS É TEMA DE ENCONTRO
PROVINCIAL EM CASCAVEL/PR
A Equipe Provincial da Pastoral Fami-
liar de Cascavel/PR já está com quase tudo
pronto para o 5º ENCONTRO PROVINCIAL
DE LIDERANÇAS. O evento que em anos
anteriores foi um sucesso de participações e
de objetivos alcançados desta vez pretende
contribuir para a efetivação da pastoral de
conjunto ou pastoral orgânica como em
chamada em diversos setores. – Uma união de
esforços, segundo o casal coordenador Gerson
e Elisete Lorenzi, - se faz necessária para
atender a família, uma prioridade unânime da
Igreja Católica em todas as paróquias e dioce-
ses. - O tema é instigante, pois pretende
mexer com todas as pastorais, movimentos e
todo e qualquer organismo existente hoje em
nossas comunidades em prol de um bem
comum.
Já confirmou presença
para tratar do tema Dom
Orlando Brandes, Ar-
cebispo de Londrina e
Presidente da Comissão
Episcopal para a Vida e
Família da CNBB. Com
sua vasta experiência
como Reitor de Seminá-
rio, professor de Teologia, pregador de retiros
espirituais, conferencista e pregador de mis-
sões Dom Orlando estará no seminário no sá-
bado dia 02 de abril.
No domingo dia 03 de
abril contará com a
presença do Padre
Luiz Antônio Bento.
Como Assessor Nacio-
nal da Comissão Vida e
Família da CNBB o Pe.
Luiz Bento sabe bem a importância da pasto-
ral orgânica atuando no Setor Família e por
isso defende uma ação unificada dentro da
Igreja para enfrentar o desafio de defender em
todas as esferas de poder esse bem tão
precioso.
O encontro é aberto para todos os agentes da
Pastoral Familiar e coordenadores diocesanos
das pastorais e movimentos que trabalham
com a família, das Dioceses de Cascavel, To-
ledo, Francisco Beltrão/Palmas e Foz do
Iguaçu e tem por objetivo promover a maior
integração dos movimentos e pastorais que
trabalham com a família. Entendimento, arti-
culação e mútua ajuda. Segundo o casal
coordenador da província, em razão de espaço
físico e organização as vagas são limitadas e
por este motivo recomendam a inscrição dos
interessados o mais rápido possível.
ENCONTRO PROVINCIAL DE LIDERANÇAS DA
PASTORAL FAMILIAR DA
PROVÍNCIA DE CASCAVEL
Data 02/04/11(sábado) - 13h00 às 22h00
03/04/11(domingo)- 08h00 às 13h00
Local do Encontro
Palestras: UNIVEL (Anfiteatro) – Av. Tito
Muffato, 2317–Bairro Santa Cruz/ Cascavel.
Alojamento: CDF Centro Diocesano de For-
mação. Anexo ao Seminário São José. Entra-
da pela Rua Jorge Lacerda, 1567 Bairro: Vi-
la Claudete ou na Paróquia São Cristóvão.
Av. Brasil, 3300.
Investimento R$ 55,00 por pessoa c/ refeições e pouso.
R$ 45,00 somente c/ refeições.
Contatos Elisete e Gerson:
Fones: (45) 3224-1478 / Com.: (45) 3324-6102
E-mail: [email protected]
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Pastoral Familiar – CNBB – Regional Sul 2 1177
Comissão Regional de Promoção e Defesa
da Vida realiza Encontro de Formação
Na última Assembléia Regional da Pastoral Familiar, que aconteceu em setembro de 2010, ficou definido que a Promoção e Defesa da Vida será um dos pontos focais a ser trabalha-do nos próximos três anos.
Com o objetivo de sensibilizar, informar e motivar a estruturação de Comissões diocesa-nas a Comissão Regional estabeleceu um ca-lendário com quatro encontros a serem reali-zados por Províncias.
O primeiro Encontro para Formação de Comissões de Promoção e Defesa da Vida, do Regional Sul II realizou-se no dia 19 de feverei-ro de 2011 na Província de Curitiba, na diocese de São José dos Pinhais - Paróquia São Cristóvão.
Participaram do encontro as seguintes dio-ceses: Diocese de Guarapuava (04 agentes);
Diocese de São José dos Pinhais (05 agentes) e Diocese de Ponta Grossa (02 agentes).
O encontro teve duração de oito horas e foram abordados os seguintes temas:
A Vida na Palavra de Deus ;
O Catecismo da Igreja Católica – CIC e os temas relativos à Vida
Introdução à Evangelium Vitae
O Valor da Pessoa
Desafios na Promoção da Vida
Projetos de Lei em tramitação e que di-zem respeito a vida e à família.
Como formar uma Comissão de Promoção e Defesa da Vida
Propostas para Implantação nas Dioceses
Além dos temas especificados outros materiais complementaram a base oferecida para a formação.
Os representantes, das dioceses participan-tes, entenderam a importância das atividades propostas e se comprometeram a iniciar um trabalho de formação de comissões nas suas respectivas dioceses.
Para isso foram orientadas a formar tais comissões a partir da autorização dos seus bispos.
O próximo encontro está agendado para a província de Maringá nos dias 19 e 20 de março de 2011.
Matéria enviada por Wilton e Cris (Coord Defesa da Vida CRPF Sul 2)