BJ - Jokers Livro #02

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Bella Jewel

#2 Melancholy

Série Jokers' Wrath MC 

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Precarious Copyright © 2014 Bella Jewel

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VISO

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SINOPSE

‘ Nunca houve um tempo que eu me importei com algo mais do

que o meu clube. Hoje tudo isso mudou. Hoje eu tenho você.’  

Para compreender verdadeiramente a história; você precisacomeçar desde o início, mas para começar desde o princípio; você temque voltar, ainda mais do que apenas você. Afinal, nossas histórias nãocomeçam com a gente, não é? Nossas histórias começam com a pessoaantes de nós, e com a pessoa antes delas. Fomos criados a partir dashistórias dessas pessoas - a partir de seus erros, de suas conquistas, de

seu amor e ódio.

A história de ninguém é sempre verdadeira e própria.Eu tentei criar a minha própria história, o meu próprio caminho,

e minhas próprias ações. Eu vi coisas que as pessoas só veem em seuspiores pesadelos, mas eu nunca deixo isso me abater. Eu nunca deixode ser quem eu sou. Eu me levanto e eu continuo. É assim o que eu

sou.

Não havia porque analisar o que poderia ser.

‘ Poderia ser’  não importava.

Até que Maddox entrou em cena. Ele salvou minha vida. Elemudou meu mundo; me deu a segunda chance que algum de nós sósonham. Só havia uma coisa que faltava na minha segunda chance, e

ela era a razão pela qual eu lutei tanto para sobreviver.

Minha irmã.

Minha irmã, que supostamente estava morta, bem, pelo menos, é

o que eu pensava.

Isso é o que ele me disse.

Agora é que a minha história muda, mas para entender essahistória, você tem que começar pelo começo... onde tudo começou... e

antes.

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Capítulo Um

SANTANA 2007

Minha respiração vem em rajadas curtas e duras quando eupressiono o meu corpo contra a parede fria. Minha pele está úmida,mas estou com muito medo de levantar a mão para limpá-la,

desesperada para remover o suor da minha testa suada. Eu aperto amão da minha irmã quando eu fecho os olhos; se eu fechar meus olhos,eu não vou ter tanto medo. Sou capaz de me levar para um mundo queele não está.

Quando eu fecho meus olhos, eu me lembro de um tempo melhor.Um tempo em que os meus pais estavam vivos, um momento em que osorriso de minha irmã iluminou minha vida - um tempo em que nadamachucava. Agora tudo dói, minha irmã nunca sorri e meus pais estãomortos. Meu mundo passou de lindo para o inferno em questão dehoras.

Isso é tudo o que é preciso para mudar uma vida - meras poucashoras.

Minha primeira lembrança quando criança é uma que eu vousegurar comigo por um longo, longo tempo. É onde eu vou quando omedo toma conta. Eu sorrio quando penso na cara feliz da minha irmãquando o meu pai a levou para fora, seus olhos marrons brilhando. Eusegurei sua mão e ele apertou a minha com força. Os olhos de minha

irmã estavam firmemente fechados, mas seu corpo vibrava de emoção.

No momento em que ela foi capaz de abri-los, seus gritosencheram o ar em silêncio em torno de nós. Seu rosto se iluminouquando ela viu a casinha que meu pai e eu tínhamos passado horasmontando para seu aniversário. Seus cachos loiros saltaram quando elase virou, jogando os braços em volta de meu pai, então em mim. Foi o

melhor momento da minha vida.

Em seguida, um acidente roubou meus pais de mim. Não tinhafamília - bem, ninguém que nos queria de qualquer maneira. Fomos

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enviadas para lares adotivos, constantemente separadas. Finalmente,quando eu tinha quatorze anos, fomos colocadas juntas. Essa famíliaera a tortura em sua forma mais pura, e nosso tempo lá rapidamente setornou o inferno na terra.

Agora eu passo meus dias tentando proteger minha irmã, mecolocando em primeiro lugar, porque não posso suportar ver a dor emseu rosto quando ele a machuca. Cada dia é uma batalha, e nós vamoslutar essa batalha até que eu possa nos tirar daqui. Eu prefiro viver nasruas do que estar nas mãos de um monstro por mais tempo, e isso meleva para o aqui e agora, minha irmã e eu esmagadas contra a parede,

segurando a respiração enquanto ele sai da sala.

Esperando. Orando. Esperança.

Meus dedos deslizam sobre os dela, deixando-a saber que euainda estou lá, deixando-a saber que eu não vou deixá-la ir. Nunca.Quando eu abro os olhos e me viro para ela, ela está em seu lugar feliz,também. Seus olhos estão bem fechados, a respiração constante.Ensinei a ela como viver no belo espaço que está em sua mente - nada

pode machucá-la lá.

 —  Meninas! —  grita Oscar, seus passos pesados vindo em nossa

direção.

Eu me pressiono mais contra a parede, rezando com tudo o quetenho dentro de mim que ele não vai abrir o armário. Eu oro para queele vá pensar que nós fomos para a escola. Eu aperto a mão de Pippa,quando ouço sua respiração se tornar mais profunda. Ela aperta devolta, uma resposta silenciosa à minha pergunta. Ela está bem.

Estamos bem... por agora.

 —   Meninas? Onde diabos vocês estão? Se vocês estão me

ignorando, que Deus me ajude, eu vou fazer essa porra doer!

Ele vai. Ele não abusa sexualmente de nós, o que eu sou gratatodos os dias. Em vez disso, ele tem uma obsessão com o controle. Elegosta da sensação de poder que ele recebe quando ele nos prende, e trazseus punhos para nossos rostos. Ele fará tudo o que puder para noschamar para fora em uma mentira para que ele possa ter a satisfação

de realizar o castigo.

Seus passos se aproximam e nós duas paramos de respirar,apertamos nossas mãos com tanta força que meus dedos doem. Ele

para, grunhe e depois pisa fora no corredor. Eu deixo sair a respiraçãoque eu estava segurando e as lágrimas picarem minhas pálpebras com

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alívio. Esse alívio cresce quando o carro arranca e derrapa o pé na

estrada.

Abrimos a porta rapidamente, saindo. Nós só temos uma pequenamochila que contém o suficiente para nós sobrevivermos e nos manter

aquecidas. Temos roubado dinheiro durante os últimos seis meses,reunindo cerca de cinco centenas de dólares na época. Ele suspeitavaque estávamos roubando, é claro, e nós lidamos com as surras que elenos deu por causa disso. Ele nunca encontrou o nosso esconderijo, noentanto.

Outro pequeno milagre, eu tenho certeza.

 —  Temos que nos apressar. Ele estará de volta em menos de dez

minutos.

Pippa balança a cabeça, colocando uma mecha desbotada decabelos loiros atrás da orelha. Seus olhos cor de chocolate já estãoopacos e sem vida. Pippa e eu somos duas meninas completamentediferentes - ela é como nosso pai e eu sou mais parecida com a nossamãe. Ela é pequena, com cabelos loiros, pele clara e olhos castanhos,enquanto eu sou mais escura. Minha pele é verde-oliva, meu cabelo é

castanho escuro e há dias que meus olhos parecem quase pretos.

Nosso vínculo, no entanto, é inquebrável.

 —  Eu não quero que ele nos encontre, —  Pippa sussurra, olhandopara mim com uma expressão assustada.

Eu pego seu rosto em minhas mãos maltratadas, sorrindo paraela com tudo o que tenho.  —   Eu nunca vou deixa ele te machucarnovamente, Pippi. Nunca.

Ela sorri para mim. Eu a chamava de Pippi desde o dia em que

ela nasceu. Eu sempre pensei que lhe convinha mais.

 —  Vamos,  —  eu a incentivei, pegando nossa mochila e correndo

em direção à porta da frente.

Saindo para a rua hoje parece diferente. Parece que há umaesperança no ar, como se pudéssemos realmente ter uma chance deviver e respirar novamente. Tomando a mão da minha irmã, eu dou oprimeiro passo para a liberdade. Sem mais lares adotivos, sem mais

homens maus e sem mais estarmos separadas.

Esta é a nossa chance de liberdade, e eu não vou deixar isso ir.

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SANTANA 2014

Luzes brilhantes me acordam. O som estridente de monitoresapitando é o único barulho que enche meus ouvidos doloridos. Tentopiscar, mas meus olhos parecem como duas peças pesadas de chumbono meu crânio. Minha língua está seca e queima como um pedaço delixa áspera na minha boca. Eu bufo um suspiro, sacudindo-a para

tentar conseguir um pouco de saliva para molhar a boca.

 —  Santana?  —  uma voz me chama  —  Meu nome é Roberta, eu

sou enfermeira aqui. Você pode me ouvir?

É claro que eu posso te ouvir, você está gritando na minha cara . Aspalavras querem sair, mas minha língua rígida não vai se mover osuficiente para deixar o som sair. Lágrimas queimam sob minhaspálpebras pesadas quando eu tento falar. Onde eu estou? O que

aconteceu?

 —   Você está no hospital. Aperte minha mão, se você pode me

ouvir?

Uma mão macia está na minha. Como é que eu não percebi isso?

Eu aperto, meditando sobre suas palavras. Hospital . Você está nohospital. Minha mente nebulosa nada quando eu passo sobre asmemórias adormecidas dentro dela. Por que eu estou no hospital? O

que aconteceu? Alguma coisa deu errado? Onde está Pippa?

 —  Você levou um tiro, —  a enfermeira diz.

 Tiro? Eu balancei minha cabeça de lado a lado, confusa. Eu grito,mas soa como nada mais que um suspiro rouco. Os sons de portas

rangerem e bipes estão muito altos.

 —  Ela está acordada? Por que diabos não fui chamado?

Uma voz latindo enche a sala, tão familiar. Minha mente nada,tentando descobrir quem que a voz pertence. Deus, por que não posso

me lembrar de nada? Minha mente dói. —  Santana? Ei, sou eu. Maddox.

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Maddox?

Mais lágrimas correm quando memórias difusas se tornam maisclaras. Correndo do complexo. Ash, Krypt e Maddox. Juntos. Tendorelações sexuais. Balas atirando em mim. Eu soluço alto e começo a

chorar ainda mais quando a minha mão se estende para o conforto queeu preciso mais. Maddox .

 —   Eu estou aqui,  —   diz ele, e a cama mergulha quando meu

corpo é puxado para os braços sólidos. —  Ninguém pode te ferir agora.

As palavras que ele me disse tantas vezes. Tantas vezes. Eu vibroos olhos abertos, e tudo está embaçado. A enfermeira entra em exibiçãoem primeiro lugar, seu rosto redondo me encarando. Ela pisca os olhos

verdes e sorri. —  Olá, você gostaria de um pouco de água?

Concordo com a cabeça e ela me passa um pequeno copo deplástico com um canudo para fora. Eu aceito, e o pressiono para minhaboca. Minha mão treme, e Maddox sobe para enrolar sua mão naminha. Ele a mantém firme quando eu engulo goles, desesperada paraaliviar a dor em minha garganta. Eu me mexo e uma forte dor irradiaatravés de minha panturrilha.

Eu levei um tiro.

Alguém atirou  em mim.

Eu deixei o copo, e Maddox o empurra para a enfermeira. —  Saia, —  ele exige.

 —   Mas eu acabei de terminar de verificar seus sinais vitais. O

médico vai querer vê-la, e...

 —  Eu disse, —  ele late, sua voz um silvo mortal. —  Saia.

 —  Eu...

 —  Agora, —  ele berra.

Ela corre para fora da sala e a porta se fecha silenciosamenteatrás dela. Maddox se mexe, saindo de trás de mim e saindo da cama.Ele pega uma cadeira e arrasta, sentando ao meu lado e olhando paramim com os olhos azuis que claramente não tiveram sono. Ele temanéis escuros sob eles, e sua mandíbula está tensa, seus músculos

assinalando.

Eu o observo e meu coração aperta. Ele dormiu com Ash. Eledormiu com Ash . Meu coração queima, queima como se alguém

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empurrasse um fósforo e acendesse um fogo. Eu não tenho nenhumarazão para este tipo de ciúme; Maddox e eu nunca fomos uma coisa.Mas a forma como isso machuca me chocou. Me chocou, porque eu nãosabia que iria me incomodar.

 —  Você dormiu com Ash... —  eu sussurro, deixando cair os olhos.

 —  Olhe para mim, Santana, —  ele ordena.

Eu levanto o meu olhar, olhando para ele, odiando que eu amotanto seus olhos, mas eu faço. Eu amo seus olhos. Eu amo todo seurobusto rosto lindo.

 —   Você nunca se importou quem eu comi antes,  —   sua voz é

baixa. —  Por que agora?

 —  Eu... ela era minha amiga, —  eu digo, me virando novamente.

Sua voz sai como um chicote mortal.  —   Não disse que vocêpoderia desviar o olhar. Agora vire seus olhos para mim.

Eu ranjo meus dentes, mas eu viro de costas para ele. Ele seinclina para mais perto, e sua jaqueta de couro rangia a cada

movimento.

 —  Eu não fodi ela.

Eu pisco para ele. —  V-v-v-v-você não fez?

 —  Não.

 —  Mas você ainda esteve com ela, —  eu sussurro.

Seus olhos varrem meu rosto antes de sua boca puxar em umalinha fina. —  Não vou entrar em detalhes com você, mas sim, eu estivecom ela. Não sabia que seria importante para você.

 —  Não, está tudo bem. Eu... Acabei de ter um tempo difícil. Não énada.

 —  Você está mentindo para mim?

 —  Não, Maddox.

 —  Santana.

 —  Não, —  eu rosno. —  Eu tenho o suficiente para me preocupar.

Você pode me ouvir?

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 —   Quem atirou em você?  —   ele murmura, deixando cair o

assunto.

Eu balanço minha cabeça, minhas lágrimas queimandonovamente. —  Eu não sei. Deixei o complexo e fui para sua casa. Saí e,

de repente, do nada, alguém estava atirando em mim. Eu não tinhaideia de onde ele tinha vindo, ou que estava fazendo isso. Eu pulei devolta para o meu carro, com muito medo de ir para dentro. A balaatingiu minha perna enquanto eu estava mergulhando. Eu dirigi o maislonge que pude, mas a dor era intensa. Eu saí e fui pedir ajuda, mas eu

não me lembro do que aconteceu depois disso.

 —  Alguém te achou no frio. —  a voz dele é dura.  —  No momento

em que eu fui notificado, você já estava no hospital.

 —  Alguém atirou em mim, Maddox. Por quê?

Ele balança a cabeça. —  Eu estou indo descobrir.

Concordo com a cabeça, me virando-.

 —   Tana,  —   ele começa, mas a porta se abre e um médico e

policial entram.

Maddox rosna, baixo e rouco e se levanta da cadeira.  —  Por que

diabos um policial está aqui?O policial se aproxima e estende a mão. Maddox olha para ele

com nojo puro. —  Meu nome é sargento Rambo.

Maddox bufa.  —   Sério? Seus pais assistiam muitos filmes,sargento?

Sargento Rambo, claramente tendo vivido com piadas sobre seunome, endurece e acena com a cabeça.  —  Eu já ouvi todas as piadassobre o meu nome. Agora, se você terminou, eu gostaria de falar com

Santana, enquanto o médico a verifica.

Maddox cruza os braços, imperturbável.  —   Qualquer coisa quevocê perguntar a ela, pergunte a ela na minha frente.

Rambo olha pra ele, mas concorda. Ele caminha para mim, equando ele se aproxima, eu vejo que ele é um grande homem atraente.Ele tem cabelo bagunçado escuro, com os olhos cinza-claros. Ele sorrienquanto ele se senta na cadeira que Maddox estava sentado e eu dou a

ele um sorriso fraco de volta.

 —  Como você está se sentindo, Santana?

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 —  Eu estou bem, —  eu coaxo.

 —  Eu só queria te fazer algumas perguntas sobre o tiroteio.

 —  Foi um drive-by1, —  Maddox responde. —  Acabou?

Sargento Rambo rosna agora, se virando para Maddox.  —   Ouvidizer que você teve alguns problemas com o seu clube, ultimamente,Maddox. Você vai perceber que parece estranho que esta jovem foibaleada apenas algumas semanas depois que um de seus membros foipreso.

 —  Essa merda tem sido tratada,  —  Maddox rosna.  —   Você temHoward na prisão. Toda a merda acontecendo nos clubes, estava sobre

ele. Agora, você acabou?

 —  Eu não acabei,  —  diz Rambo, se virando para mim.  —  O queaconteceu, Santana?

 —  Foi como ele disse,  —  eu digo, encontrando o olhar mortal deRambo. —  Eu estava dirigindo e eu saí do meu carro. Ouvi tiros e gritos

e eu voltei para o meu carro rapidamente. Um tiro atingiu minha perna.

 —  Você viu quem fez isso?

 —  Não, —  eu digo.

 —  E você tem certeza de que não foi destinado a você?

Eu mantenho meu rosto inexpressivo.  —  Sim, eu tenho certeza.Ouvi gritos ao longo da estrada, muitos. Carros foram passando, foi

agitado. O tiro não foi destinado a mim.

 —   Parece estranho que um tiro teria chegado tão perto, se não

fosse destinado a você.

 —  Houve tiros sendo disparados contra um carro, ele errou e veio

em minha direção. Eu não vejo como isso é tão complicado.

Ele aperta os olhos. —  Muito bem.

Ele me faz mais algumas perguntas, e então ele sai. O médicoolha para ele saindo, antes de se virar para mim. Ele veio verificar omeu ferimento. Eu vi quando ele tirou a faixa. Não está tão ruim quantoeu pensava. Doeu como o inferno quando isso entrou, como um ferro

1 É o tipo de assassinato (muito comum nos EUA) cometido por gangues que passamnum carro atirando a gangue rival.

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quente através de minha carne - mas talvez essa é a beleza da coisa.

Um ferimento limpo.

 —  Seu ferimento parece bom, Santana, —  diz o médico. —  Fomos

capazes de tirar a bala. Não parece haver danos nos nervos.

Eu aceno. —  Obrigada.

 —  Ela está pronta para voltar para casa? —   Maddox exige.

Me viro para ele. Ele está de pé ao lado da porta, os braçoscruzados. O médico engole.  —  Eu gostaria de ficar com ela mais umanoite. Ela acabou de chegar no quarto e eu quero ter certeza de que nãohá efeitos secundários.

 —  Então eu estou colocando dois caras em sua porta.

O médico balança a cabeça.  —  Não, eu sinto muito. Os pacientes

precisam de descanso.

 —  Eu disse,  —  Maddox rosna,  —  Estou pondo alguns caras emsua porta. Ela precisa se sentir segura e ela o fará.

 —  Você disse que era um drive-by,  —  o médico protesta.  —  Porque ela precisa de proteção se fosse um drive-by?

Maddox vai em direção a ele, fazendo com que o médico dê algunspassos para trás. —  Porque eu não confio em qualquer filho da puta, eessa menina sobre a cama, ela é a porra da minha garota. Agora, eu vou

colocar dois dos meus caras e você vai acatar essa porra.

O médico concorda.  —   Muito bem, mas eles precisam ficar

quietos...

Maddox sorri.  —  A menos que as enfermeiras queiram uma boa

foda, eles vão ficar quietos.

Eu bato minha mão na minha testa. O médico faz um som denojo e Maddox ri. Eu espreito por entre meus dedos e assisto o médicosair.

 —  Isso foi cruel, —  eu digo, largando minha mão.

 —  Ele mereceu. Quem você quer na sua porta, querida?

Eu dou de ombros. —  Eu não me importo.

Ele aperta os olhos e se aproxima, se abaixando. Seus dedos vãopara cima e ao redor da parte de trás do meu pescoço, e ele me puxa

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para a frente, para que sua boca esteja apenas uma polegada ou menos

da minha. —  Eu disse, quem você quer na porta?

 —  Eu disse, eu não me importo, —  eu agarro.

 —  Santana.

 —  Maddox.

Ele faz um som baixo de assobio, e pressiona sua testa à minha.Esta sempre foi a sua maneira de me mostrar afeto. É estranho, mas é o jeito dele. Ele cheira tão bem, e eu quero me envolver nele. A dor em

meu peito está ficando maior, e eu me sinto tão assustada.

 —  Estou enviando em Mack e talvez Tyke.

 —  Mack está de volta? —  eu sussurro, me afastando.

Maddox grunhe. —  Sim.

Eu sorrio; eu não posso ajudar. Adoro Miakoda ‘ Mack’  Williams.Ele é irmão adotivo de Maddox e um pouco de um nômade. Ele viaja aopor aí, se juntando em filiais2 diferentes em vez de ficar em uma só. Ele

gosta de viajar, e estar sozinho.

 —  Então sim, mande eles.

 —  Você tem uma coisa com meu irmão?

Eu bufo.  —   Será que isso importa se eu tenho? Você tem uma

coisa para as minhas amigas.

 —  Santana, - ele repreende.

 —  Maddox.

Com um grunhido, ele destaca.  —  Eu estou indo pegar algumas

coisas para você. Vou mandar os caras agora.Eu assinto.

Ele caminha até a porta.

Quando ele chega lá, ele se vira para mim. —  Santana?"

Eu fico olhando para ele. —  Sim?

 —  Nunca me assuste assim de novo.

2 Aqui o original é “chapters”, que significa que são membros do mesmo MC, porém deoutros estados.

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Capítulo dois

SANTANA 2008

Estou com frio, tanto frio todo o meu corpo parou de doer, e agoraeu não posso sentir nada. Eu não posso sentir a mão da minha irmã naminha, eu não posso sentir meus dedos dos pés ou pernas, ou até

mesmo o concreto duro debaixo de nós. Eu poderia morrer assim, e eusei que eu não sentiria isso.

Nós vamos morrer se não nos aquecermos em breve.

Me sento, gritando de dor, que é como mil agulhas minúsculasesfaqueamento em minha pele quando irradia através do meu corpo. Eupreciso encontrar abrigo, eu preciso encontrar o calor, e eu preciso nostirar deste tempo. Eu esfrego as mãos sobre os buracos que apareceramem meu velho jeans azul.

Me viro e olho para baixo em Pippa, que tem crescido frágil efraca. Seus olhos estão fundos, seu cabelo está maçante, e seu corpo étão pequeno que ela não tem nada para se reerguer. Isso tudo é culpaminha, eu a levei para a rua, pensando que tinha uma chance deliberdade. Em vez disso, nós nos encontramos presas mais uma vez, só

que desta vez foi de fome, desespero, frio e de pessoas perigosas.

 —  Vamos, Pippi, —  eu sussurro, estendendo a mão para tirar as

mãos dela. —  Eu vou encontrar algum lugar quente.

Ela olha para mim, os lábios rachados e um tom escuro de azul.Ela está congelando. Precisamos ficar quentes ou ela vai morrer. Oupior, eu vou morrer, e ela vai ficar sem ninguém. Eu não posso permitirisso. Eu a puxo para cima e ela vem, lentamente. Seus joelhos oscilamquando ela segura em mim. Eu embrulho um braço ao redor dela,

tentando não ficar com medo de como sua pele está fria.

 —  Nós vamos conseguir alguma ajuda, você me ouve?

Nós estivemos aqui por cerca de seis meses, e maisfrequentemente do que não, temos sido capazes de continuar. Foi

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apenas no último mês que nós começamos a lutar. As pessoas são semcoração quando se trata de desabrigados. Eles não querem ajudar; elessó querem continuar andando e fingir que nunca conheceu nossosolhos desesperados.

Afinal, as pessoas com casas têm uma cama quente para dormirem cada noite. O que eles precisam para se preocupar, além do que

comer no café da manhã?

Café da manhã.

Meu estômago ronca enquanto eu puxo Pippa abaixo do caminho.Meus pais me criaram para nunca confiar em estranhos, mas agora euvou fazer a única coisa que eu posso pensar. Eu vou implorar. Eu voubater em muitas portas e implorar até que alguém nos dê alguma coisa.

Até que alguém nos dê algo quente, ou um pouco de comida.

Eu levo Pippa para a área de habitação mais próxima de ondeestávamos dormindo. Ela está em desaceleração, seu corpo lutandopara dar um passo. Eu a puxo até a primeira entrada de automóveis, ea inclino contra um poste enquanto eu bato. Um homem idoso atende,estreitando os olhos em desgosto quando ele nos vê.

 —  Não estou interessado, —  ele late, batendo a porta.

É isso?

Eu bato de novo, mas ele não responde.

 —  Está tudo bem. —  eu sorrio fracamente para Pippa. —  Há mais

casas.

Eu a levo através de umas sólidas cinquenta casas antes dechegarmos a uma que nos dá uma chance. O homem nesta casa é mais jovem, apenas cerca de trinta e cinco anos ou mais. Ele tem um pouco

de cabelo cinza espalhados e olhos da cor de champanhe escuro. Ele ébastante atraente, e parece amigável o suficiente quando ele nos olha.

 —  Posso ajudá-las? —  pergunta ele.

 —  Minha irmã e eu... estamos desabrigadas. Nós não temos paraonde ir, e ela está congelando. Por favor, senhor, se você puder pouparum cobertor ou um pouco de comida, eu seria eternamente grata,  —  eu

sussurro.

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~ 18 ~ 

Ele olha para nós, seus olhos varrem sobre mim e, em seguida,Pippa. Um sorriso aparece em seu rosto quando ele empurra a porta

aberta. —  Venha, vamos deixar vocês aquecidas.

Meus olhos se arregalam. Tudo o que posso pensar é o velho

ditado que diz se isso é bom demais para ser verdade, provavelmente é .E se esse homem vai nos matar? Ou nos estuprar? É claro que ele podever a minha hesitação, porque ele me dá um sorriso caloroso e umpasso à frente. —  Eu vivi uma vida difícil antes, eu entendo. Eu não voute machucar. Entre,, por favor.

Me viro para Pippa, e um olhar para o seu corpo frágil me fazestender a mão para ela.

 —  Qual é seu nome? —  ele pergunta quando nós pisamos dentro

de sua casa quente.

 —  Eu sou Santana, —  eu sussurro. —  E esta é Pippa.

 —  Prazer meninas. Eu sou Kennedy.

* * * * * *

MADDOX 2014

 —  Quem você acha que atirou nela, Prez3? —  Krypt pergunta, seinclinando contra a mesa, cruzando as botas.

 —  Eu estou adivinhando que seja alguém dos  Tinman’s Soldiers.

 Tem que ser. Nada mais faz sentido. Eles sabem que a enviamos para

salvar Claire e agora eles querem vingança. Para não falar de toda amerda que aconteceu com você e Ash. Não demoraria muito paradescobrir o que ela significa para mim. Howard pode estar na prisão,mas seu VP4 se levantou e tomou seu lugar. Ainda estamos em guerra.

Krypt assente.  —  Sim, nós estamos porra. Ela tem mais alguémque pode querer machucá-la?

3 Abreviação para Presidente.4 Vice-presidente. 

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~ 19 ~ 

Eu dou de ombros.  —  Eu não sei porra. Há algumas pessoas de

seu passado... mas eu não conheço nenhum deles ou quem são.

 —  Você já disse a ela sobre sua irmã?

Meus olhos disparam nos dele e eu o encaro tão duramente queele recua.

 —  Calma, —  ele se encaixa, jogando as mãos para cima.  —  Eu só

estou perguntando.

 —  Eu não vou dizer uma palavra maldita sobre a irmã dela até

que eu saiba mais.

 —  Você tem algo mais?

 —  Nada.

 —  Nada?

 —  Eu tenho um nome.

Krypt acena, me incentivando.

 —  Kennedy Bayne.

Krypt recua. —  Diga de novo?

 —  Kennedy Bayne.

 —  Filho da puta, —  Krypt late.

 —  O quê?

 —  Kennedy Bayne está na prisão, Maddox. Eu sei, eu ouvi o nomedele quando eu estava lá.

Meus olhos arregalam e eu passo pra frente. —  Por quê?

 —  Então. O filho da puta está lá por posse de drogas. Ele é umgrande comerciante, mas ele se fodeu.

Eu me estico, passando a mão pelo meu cabelo. Santana eracomo a porra de um papagaio quando a encontrei, e ela tinha sidoassim por um tempo. Ela costumava murmurar o nome de Kennedy emseu sono, mas ela nunca me disse o que o homem significava para ela.Eu estou assumindo que é o mesmo homem. Afinal, seu nome estáligado à sua irmã.

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~ 20 ~ 

 —  Como é que ele se enquadra nesta merda com a irmã dela?  —  

Krypt pergunta.

Eu balanço meus olhos para ele.  —  Ele é um nome que continua

aparecendo.

 —  Santana o conhece?

 —  Até onde eu sei, sim. Ela não vai me dizer o que ele significa

para ela.

Krypt pensa sobre isso, então resmunga, —  Você pensou em levá-

la com ele e descobrir?

 —  De maneira nenhuma, —  eu lato. —  Eu não sei o que o homemsignifica para ela, ou mesmo se é o mesmo cara e até que eu saiba, eunão vou dizer a ela onde ele está. Ela está em perigo suficiente. Até queeu saiba que ele não é uma ameaça, ela não vai saber de nada disso.

 —  Ela vai te odiar, Prez. Ela vai perder a porra da cabeça quando

ela descobrir o que você está escondendo.

Eu levanto um cigarro, acendendo-o e pressionando-o aos meus

lábios. —  Eu sei disso.

 —   Bem, você tem o meu silêncio. O que você vai fazer sobre

Kennedy?

Eu sorrio para Krypt quando eu dou uma longa tragada.  —  Eu

fazer uma visita a ele.

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~ 21 ~ 

Capítulo três

SANTANA 2014

Adormeço logo que Maddox sai, e permaneço assim até que umamão toca meu ombro. Eu vibro os olhos abertos e olho para cima paraver Mack, de pé em cima de mim. Um pequeno coaxar deixa minha

garganta quando um grande sorriso aparece em meus lábios. Ele seinclina para baixo, roçando seus lábios sobre a minha testa.  —  Como

você está, chante ?

Eu sorrio para o seu apelido para mim, que significa ‘ coração’   eestendo mão, tocando sua bochecha.  —  Chefe, —  eu sussurro. —  Vocênão me ligou.

Ele sorri. Ele odeia ser chamado de chefe, e eu sou a única queele permite fazer isso sem brigar. Mack é nativo americano, e um dos

homens mais deslumbrantes que eu já tive o prazer de colocar meusolhos, além de Maddox.

Ele tem esses profundos olhos castanhos escuros em meio a ummais definido rosto esculpido que eu já vi em um homem. Ele tem umqueixo quadrado, lábios carnudos e pele morena escura que é tãosedosa, é difícil não estender a mão e tocá-lo. Seu cabelo castanho

longo, grosso, escuro flui até a metade das costas.

Ele é alto, magro, mas bem musculoso, e não tem tatuagem em

sua pele perfeita. Ele é um bad boy, no entanto. Mais temperamental eagressivo do que a metade dos motoqueiros no clube. Mack teve umavida dura, e foi adotado pela família de Maddox quando ele tinha cinco

anos. Ninguém realmente sabe de sua história.

Mack passa a mão sobre o queixo. —  Eu estive ocupado.

Eu faço beicinho para ele, e ele sorri de novo, se inclinando parabeijar meus lábios. Mack e eu sempre tivemos um bom relacionamento.Ele era a rocha sólida, quando eu estava saindo da minha névoa de

merda. Maddox ficou ao meu lado, dia e noite, mas era Mack que

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~ 22 ~ 

chutou a minha bunda quando eu não queria ir. Ele nunca me mostrou

nenhuma simpatia; ele apenas me puxou e me fez começar de novo.

 —  Bem, —  eu disse quando ele se afasta. —  Eu devo anunciar ao

mundo que eu fui beijada pelo motoqueiro mais louco ao redor.

Ele bufa.  —   Isso não foi um beijo, chante, foi a porra de um

beijinho.

 —   Eu não sou boa o suficiente para conseguir um beijo deverdade de você, chefe?

Ele ri um som rouco.  —   Claro que você é, mas meu irmão iriacortar meu pau fora e me alimentar com ele em pedaços.

Eu ri. —  Ele não faria isso.

 —  Oh, ele faria  sim.

Eu estendo a mão e tomo a dele. Seus dedos ásperos são cobertos

com um monte de cicatrizes. —  Como você tem estado?

Ele se senta ao meu lado, me deixando pegar sua mão. Esta é

uma surpresa, porque Mack não gosta muito de ser tocado.

 —  Bem. Decidi voltar e ficar por um tempo. Cansei de passeios, e

parece que o meu irmãozinho precisa de mim aqui.

 —  Ele é um garoto crescido.  —  eu sorri. —  Ele pode cuidar de simesmo.

Mack ri. —  Sem dúvida. Eu preciso de uma pausa, dá no mesmo.

 —  Você vai ficar com a gente?

Ele balança a cabeça. —  Por um tempo. Tenho meu próprio lugar.

Ele solta minha mão e me leva pela parte de trás da minhacabeça, me trazendo para perto. Ele beija minha cabeça, demorando porum longo momento antes de levantar. —  Mas chega disso. Há alguém láfora para te ver. Vou lá fora; grite se você precisar de mim.

 —  Ok, —  eu digo, observando ele recuar.

Um momento depois, Ash entra. Ela fica à porta por um longotempo, as mãos tateando com os olhos inchados e vermelhos. Eu aobservo, sabendo que não é inteiramente culpa dela o que aconteceu

entre ela, Krypt e Maddox. Ela dá um passo hesitante para frente.

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~ 23 ~ 

 —  Você pode entrar, —  eu digo baixinho.

Ela se aproxima e se senta na cadeira ao lado da minha cama.

Nós olhamos um para a outra por um longo, longo tempo.

 —  Eu sinto muito Santana, —  diz ela, quebrando o silêncio. —  Eunão... Eu pensava...

Eu balanço minha cabeça.  —  Eu deixei claro que eu não estavainteressada em Maddox. Eu reagi, isso me dói, me chocou e eu aindatenho que entender o que eu sinto, mas não foi culpa sua. Eu te disseque eu estava saindo com outra pessoa. Eu disse que Maddox não

significava nada para mim.

Ela balança a cabeça.  —   Não importa. Eu sabia que ele se

importava com você, e mesmo assim eu fiz.

Eu sorrio com tristeza.  —  Se ele se preocupasse comigo, Ash, elenão teria feito isso em primeiro lugar. Isto... não é sobre você, é sobreele. Ele é o único se escondendo e ele é o único dançando sobre o quediabos está acontecendo entre nós.

 —  Ele está dançando porque ele está com medo, —  diz ela em vozbaixa. —  Ele está com medo de te machucar.

Eu dou de ombros.  —  Talvez, mas ele está fazendo suas própriasescolhas. Ficarmos separados é o melhor.

 —  Você realmente acredita nisso?

Eu assinto. —  Sim.

Ela suspira e se inclina, envolvendo seus dedos com os meus.  —  Você me assustou, Santana. Eu pensava...

 —  Eu estou bem, —  eu garanto a ela. —  Tudo vai ficar bem.

* * * * * *

Mais tarde naquela noite, meu telefone vibra ao meu lado, assimquando os meus olhos se fecharam. Com um gemido, eu rolo e o abro.Vejo uma mensagem de Alec. Ele é tão doce, tão amável e real. Ele é oque a maioria das meninas sonham, porque, naturalmente, ninguém

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~ 24 ~ 

sonha em se apaixonar por um bad boy. Não, sonhamos com cercas

brancas, grandes casas e três filhos.

Eu gostaria de ser a maioria das meninas.

Eu sonho com duas coisas. Um homem alto, moreno, que eu seique é ruim para mim, e um homem que pode me dar uma cerca branca.Há uma verdadeira batalha entre o bem e o mal, e o mal é tão tentador.Maddox é o meu mal, ele é o meu lugar escuro, mas eu não consigo meesforçar para longe dele. Ele me faz sentir coisas que eu nunca senti

antes.

Então há Alec.

Doce, charmoso e tão malditamente perfeito. Ele é quase perfeito

demais. Tentei encontrar falhas, mas parece que ele não tem nenhuma.Ele é só um verdadeiro bom rapaz. Sua mensagem faz nascer umgrande sorriso sair do meu rosto, tanto que isso começa a doer. Elesempre sabe como me fazer sentir melhor, e isso é algo para agarrar.

A - As rosas são vermelhas, violetas são azuis, mas nada é tão

bonita ou tão doce quanto você.

Eu quero rolar dos meus olhos, mas eu não consigo tirar o sorrisodo meu rosto o tempo suficiente para fazer isso. Em vez disso, eu

respondo.

S - Você é sempre tão encantador com as meninas que você sai?

A - Somente as bonitas.

S - O que mais as meninas bonitas conseguem?

A - Você vai ter que descobrir. Como você está, querida?

S - Minha perna está doendo, mas eu estou bem. Apenas alguns

 pontos.

A - Você ainda vai sair amanhã? Eu estou querendo ir te ver.

S - Sim, amanhã de manhã.

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~ 26 ~ 

Maddox é protetor de uma forma que parece como obsessivo para

alguns. Eu estou acostumada com isso agora.

Eu esfrego os olhos e decido mandar uma mensagem para

Maddox, também.

S  –  Hey...

M - Sério? Hey? 

Eu suspiro. Deus, eu desejo que eu pudesse dizer todas as coisasque eu quero dizer para Maddox. Mas eu não posso. Eu simplesmentenão posso. Nós somos uma bomba funcionando, lentamente batendo

 juntos.

S - Eu só queria ver como você estava.

M - Eu estou bem. Vou chegar aí em dez minutos.

S - Você está vindo para me ver?

M - Não aja como isso chocasse você. Mack disse que queria

tomar banho.

S - Você não vai conseguir entrar. Está ficando tarde.

M - Eu vou entrar. 

Eu suspiro e coloco o telefone sobre a mesa ao lado da cama. Elevai entrar, tudo bem. Eu me jogo para trás contra os travesseiros efecho os olhos, esperando. Devo ter cochilado, porque eu sinto umamão no meu rosto que parece apenas alguns segundos mais tarde. Abro

os olhos e Maddox está olhando para mim.

 —  Apenas largue suas roupas aí.

 —  Eu... ah... obrigada.

Ele inclina a cabeça para o lado. Deus, ele é lindo. Tão

fodidamente bonito. Eu odeio que nenhum homem seja tão bom. Seucabelo longo e escuro cai sobre os ombros, tão grosso e bonito. Ele é

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~ 27 ~ 

construído como uma estátua. Seus músculos são grandes e duros. Opeito dele, que eu tive o prazer de ver muitas vezes, é definido, e

funciona perfeitamente em seu pacote de oito5.

Sim, o cara tem o total de oito pacotes de amor. Depois, há esse

V.. oh cara. Ele tem o peito cheio de tatuagens, até mesmo algunscorrendo por sua barriga. O que eu odeio está em suas costas. Eu odeioessa porque é o meu nome, Santana  em grandes letras pretas e

raivosas.

 —  Maddox, —  eu sussurro.

Ele se inclina para mais perto. —  Mmmm.

 —  Estou segura... certo?

Ele balança a cabeça.  —  Nunca vou deixar nada acontecer comvocê, Tana. Você sabe disso.

 —  Então, eu posso... sair quando eu chegar em casa?

Ele inclina a cabeça para o lado, me estudando. —  Depende.

 —  Do que?

 —  Você pode sair, com a proteção dos caras ou de mim.

Eu fecho meus olhos. —  Maddox —  eu começo, mas ele me corta.

 —  Não te dei uma escolha. Eu não posso te manter em casa, mastenho certeza como a merda que não te deixar sozinha. Você pode

argumentar, mas isso não vai adiantar porra nenhuma.

 —  Tudo bem, —  murmuro. —  Ok.

 —  Você quer me dizer por que você está fazendo essa pergunta?

 —   Eu, ah, eu quero sair com um amigo sábado à noite. Isso étudo.

 —   Você é uma péssima mentirosa. Agora me diga a verdade

maldita.

Eu suspiro e me viro para ele, nossos olhos se encontrando. —  Eu

estou... Estou saindo com alguém, Maddox.

Eu nunca vi uma mudança em um homem descontraído para umhomem duro tão rápido na minha vida. Seu corpo inteiro sacode e os

5 Fazendo referência ao abdome dele.

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~ 28 ~ 

ombros ficam retos. Seu rosto endurece, e eu assisto em estado de

choque quando a boca dela forma uma linha dura. Oh  merda. 

 —  Não é nada sério,  —  eu digo rapidamente. Eu não sei por queeu preciso justificar minhas ações, mas seu olhar... isso está me

machucando.  —   Eu apenas queria que você soubesse, considerandotudo o que aconteceu.

Ele passa a me machucar mais quando ele se vira sem dizer umapalavra e desaparece para fora d quarto. Eu chamo por ele, mas ele não

volta. Eu espero. Eu espero e eu espero. Mas eu sei que ele já foi.

Que merda.

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~ 29 ~ 

Capítulo quatro

SANTANA 2008

Eu passo a mão pelo cabelo da minha irmã, cantando baixinhopara ela enquanto ela cai em um sono profundo. Eu olho para ela,sabendo que tudo isso é para ela. Não há outra razão pela qual eu luto

do jeito que eu faço. Quando a respiração dela se equilibra, eu melevanto e ando para fora do quarto, fechando a porta suavemente atrás

de mim.

Meus pés parecem pesados como eu ando pelos corredores,sabendo que eu estou andando, saber como isso vai parecer. A dor nãovai me segurar, no entanto. Nada vai. Em vez disso, a dor vai ser o queme leva a deixar ele me machucar. Ele sabe que eu preciso dele agora.Ele sabe que é tudo que eu tenho, e se eu sou honesta, ele é tudo que

eu quero.

Não há bela razão para a ligação que eu sinto em relação aKennedy. A razão que eu quero que ele é, porque ele me dá o que euquero, o que eu preciso. Ele sabe como tirar a dor, me deixando fingir

por um momento que eu estou em qualquer lugar, menos aqui.

 —  Vem cá, Tanie, —  ele murmura, acariciando seu joelho.

Kennedy não é um homem cruel; ele não me bate ou memachuca. Quando eu vim para ele há seis meses, desesperada e com

frio das ruas, ele aceitou Pippa e eu. Uma noite, há apenas quatromeses, quatro pequenos meses, ele me deu algo para me ajudar a sesentir melhor.

Daquele dia em diante, ele me dá o que eu preciso, quando eupreciso dele.

Vou até ele, desejando que eu tivesse a força de vontade para mevirar. Eu tentei, mas nada pode me fazer virar para o que ele estáoferecendo. O que ele me dá me faz sentir bem por dentro, e eu acho

que se eu tenho controle sobre isso, o que pode prejudicar?

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~ 30 ~ 

Ah, como eu sou estúpida.

Eu deslizo em seu joelho e seus braços vão em volta da minhacintura. Ele sorri para mim, me mostrando uma covinha na bochechaquando ele amarra um pequeno tubo amarelo em volta do meu braço.

Eu fecho meus olhos, me inclinando para ele, saboreando a sensaçãoda agulha quebrando minha pele e a corrida quente do líquido que

preenche o meu corpo quando ele me injeta o céu puro.

 Tudo sai. Nada dói.

Um sorriso aparece preguiçosamente ao redor dos meus lábiosenquanto eu me inclino para ele. Ele deixa cair seus lábios em meuouvido, murmurando palavras que eu sei que eu vou esquecer amanhã. —  Eu tenho grandes planos para você, Tanie. Grandes planos. Isso vai

ajudar.

Suas palavras não afundam nas partes do meu cérebro quedeveriam. Em vez disso, eu estou caindo em um lugar feliz que eu cresciacostumada. Um lugar onde não há dor, sem sofrimento e sem

mentiras. É tudo lindo e incrível, e livre.

 —   Boa menina,  —   ele murmura, beijando minha têmpora.  —  

Minha doce e boa menina.

Hmmmm, sendo a boa e doce menina parece bem.

 Tão bom que eu nunca mais quero sair.

* * * * * *

 —  Tana, acorde.

Minha mente está uma bagunça nebulosa quando eu ouço a voz,distante, na minha mente. Eu gemo, empurrando a mão fria e úmida nomeu rosto. Quero dormir. Estou cansada. Meu corpo está cansado.

Estou com frio.

 —  Tana, por favor.

Choramingos.

Eu pisco os olhos abertos, mas tudo que eu vejo é uma figura

borrada na minha frente. Eu pisco um pouco mais. Minha cabeça está

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~ 31 ~ 

latejando e meu corpo inteiro dói. Por que todas as coisas parecem que

doer tanto depois?

 —  Pippa? —  eu coaxo.

 —  Eu estou doente, Tana. Eu estou doente.

Doente.

Me sinto mal, agora, também.

Eu empurro para cima meus cotovelos, olhando para a minhairmãzinha. Ela está pálida, realmente pálida e ela restos de vômitocobrindo sua camisa. Meus olhos se arregalaram e eu me levantorapidamente, muito rapidamente. Minha cabeça gira e eu chego a me

equilibrar, usando a parede como a minha fortaleza.

 —  O que... Por que você está doente? Você comeu algo ruim?  —  

eu gemo.

Deus, minha cabeça está martelando.

 —  Eu me sinto doente, e então eu comecei a vomitar. Tentei te

acordar tantas vezes.

Sua voz engata e todo o meu corpo treme de emoção quando eu

percebo que eu a deixei para baixo.

 —  Sinto muito, Pippi, —  eu sussurro. —  Vamos, vamos te limpar.

Eu a levo para fora da sala e pelos corredores. Chego ao banheiro

e suspiro. Há vômito em todos os lugares. —  Oh, Pippi.

 —  Eu tentei manter isso no vaso, mas eu só... isso estava vindo

tanto, Tana.

 —  Está tudo bem, —  murmuro. —  Deixa comigo.

Ando devagar para fora e pego um balde e esponja. Então eu vouvolto. Pippa está parecendo um pouco menos pálida, mas ela ainda estásegurando a barriga. Eu baixo o meu corpo dolorido para as minhasmãos e os joelhos, e começo a limpar a bagunça. Meu estômago serevira violentamente, e antes que eu saiba, meu próprio vômito sobe e

se junta ao dela no chão.

É nesse exato momento eu sei que eu deixei minha vida em um

espiral fora de controle.

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Eu sei porque minha irmã está doente e, em vez de cuidar dela,

eu estou sofrendo no meu próprio mundo auto infligido de dor.

Eu falhei com ela.

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~ 33 ~ 

Capítulo cinco

SANTANA 2014

Eu saio do hospital na manhã seguinte. Maddox está lá para mebuscar e ele não disse uma palavra enquanto eu manco com a minhamochila. Ele está com raiva de mim, eu sei que ele está. Ele não gosta

da ideia de Alec, e eu não gosto da ideia de isso o machuca. Mas eleainda não me disse uma vez que ele lamentou estar com Ash, ou

mesmo que ele quer alguma coisa de mim. Eu não posso jogar.

 —   Suba na minha moto, dê a sua mochila para Mack,  —   ele

resmunga.

 —  Maddox, —  eu começo, mas sua mão se atira na frente do meurosto.

 —  Não. —  Você está com raiva de mim, e eu não entendo por que. Você

estava com Ash e Krypt, ao mesmo tempo maldito, e agora você estácom raiva porque eu estou indo em um encontro?

 —   Eu disse, não, porra,  —   ele avisa, com a voz, um silvo letalbaixo.

 —  Jesus, —  eu atiro. —  Bem. Você idiota, arrogante —  

Ele me corta com um olhar tão mortal, minha boca se fecha. Eunão digo nada mais; subo em sua moto, jogando minha mochila paraMack que está observando nós dois discutimos. Ele pega com uma mão,

 jogando-a na bolsa ficada em sua moto.

Eu subo na parte de trás da moto de Maddox; minha perna esticae puxa, queimando um pouco. Maddox está na minha frente, ligando a

moto sem outra palavra.

Eu hesito, não querendo colocar meus braços em torno dele. Com

um grunhido, ele se aproxima e sacode as mãos para a frente até queelas estejam enroladas em torno dele. Eu cerro os dentes enquanto ele

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~ 34 ~ 

puxa para a estrada, acenando para os rapazes a seguir. Há mais oumenos dez motoqueiros com a gente, para fins de proteção, sem dúvida.Nos cercando enquanto corremos, garantindo que, se tiros sejamdisparados, eles têm que passar por eles em primeiro lugar.

Chegamos na casa dele, e mais quatro motoqueiros já estão dolado de fora, observando a certeza de que ninguém passe enquantoMaddox vai embora. Eles vão se arrastar onde quer que eu vá agora, eessa é a parte de merda de ser protegida por um clube. Quando amerda vai para baixo, você não pode se livrar deles.

Eu desço da moto de Maddox, mas sua mão ataca, enrolando emtorno de meu pulso e me segurando. Ele se vira para Tyke e Rhyder e

late, —  A casa está segura?

 —  Sim Prez, verificamos cada centímetro e não há ninguém quetenha passado.

Maddox dá um aceno de cabeça afiada e me deixa ir. Eu jogo amochila que Mack me dá sobre o meu ombro, ignorando o seu sorriso.Eu marcho passando pelos motoqueiros - bem, eu manco enquanto eupasso e entro. A casa está limpa, surpreendentemente. Meu palpite é

que Ash e, possivelmente, alguns das Old Ladies vieram limpar.

Ignorando as vozes abaixo, eu vou direto para o meu quarto. Eu

largo minha mochila em cima da cama e me sento. Enfio meu jeanspara baixo sobre meus quadris e jogo de lado. Preciso de um banhodecente  –  Eu me sinto... obsoleta. Olhando para o curativo na minhaperna, eu franzo a testa. Eu já sei que vai deixar uma boa cicatriz, e

Deus, isso dói.

Eu a estico um pouco, e depois termino de me despir. Eudesapareço em meu banheiro, fechando a porta suavemente. Omomento que eu entro e água quente atinge a minha pele, é como o

céu. Eu senti falta disso. Eu lavo meu cabelo duas vezes, esfolio a pele,e depois saio. Eu seco meu cabelo, e puxo uma toalha em volta de mim.

Quando eu sair, eu vejo Maddox imediatamente. Ele está naporta, olhando para mim. Seus grandes braços estão em seu peito. Eleaperta os olhos quando ele vê que eu tomei banho, e murmura, —  Vocêdeveria molhar isso?  —   ele acena com a cabeça na direção da minhaperna.

Eu dou de ombros. —  Está tudo bem, o curativo é à prova d'água.

Ele balança a cabeça e levanta um pacote. —  Analgésicos.

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~ 35 ~ 

 —  Você precisa deles.

Ele olha para mim, balançando a cabeça como se não entendesse.

 —  Eu tive um vício, grave. Eu não quero eles.

 —  Você vai ficar fodidamente dolorida.

 —  Assim seja.

Ele os enfia em seu jeans, e então ele levanta os olhos para mim.Eu posso ver o quão apertada sua mandíbula está e eu sei que ele estáchateado porque eu vou sair com Alec.

 —  Você vai me fazer sofrer a noite toda? —  eu pergunto, puxandoa toalha mais apertada em volta de mim.

 —  Nah.

 —  Existe um problema comigo tendo um encontro?

 —  Nah.

 —  Porra, Maddox. Qual é?

Ele rosna e corre os dedos pelo cabelo comprido. —  A merda todaestá indo para baixo, e tudo o que você está pensando é em ir sair com

um menino de merda?

Eu olho para ele, meus dedos crescem apertados em minhatoalha.  —  Em primeiro lugar, eu me preocupo com a merda que estáindo para baixo, e em segundo lugar, ele não é um menino.

Maddox grunhe e descruza os braços.  —   Ele é um malditomenino, Deus, mas você não saberia, porque você não teve a porra de

um homem.

Então ele se vira e vai em direção à porta. —  Sério? É isso?

Ele resmunga.

 —  Maddox!

Outro grunhido.

 —  Idiota, —  murmuro.

 —  Fedelho, —  ele retruca, e depois fecha a porta atrás de mim.

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~ 36 ~ 

Homens.

* * * * * *

Eu acordei chorando. A dor na minha perna é intensa - elaqueima e coça, e minha cabeça está latejando com a falta de sonodecente. Eu me mexo e é claro, os hematomas já começaram a brilhar,porque isso parece como se alguém tivesse me atingido com umamarreta. Eu tento jogar as pernas para fora da cama, mas um gritoesfarrapado deixa minha garganta.

Deus, dói.Minha porta se abre, e eu olho para cima para ver um bagunçado

Maddox, semi-nu, olhando para mim. Ele passa a mão pelo seu cabelobagunçado, flexionando seus músculos e puxando quando ele diz.  —  O

que está acontecendo?

 —  Nada.

Ele murmura algumas palavras bem escolhidas, e depois

resmunga: —  Que porra está acontecendo?

 —  Eu estou com dor, —  eu atiro. —  Você pode sair?

Ele caminha, caindo na cama ao meu lado.  —  Tem alguns bonsanalgésicos lá.

 —  Eu não posso tomá-los, —  murmuro, cruzando os braços.

 —  Você pode.

 —   Não,  —   eu disse, me virando para ele.  —   Eu tenho um

problema com o vício.

 —  Santana... Você tomou alguns no hospital...

 —  Eu sei, mas eu não aguento mais. Quanto mais eu tomar, maisdifícil vai ficar. Não me faça tomar,  —   eu sussurro, exausto.  —   Porfavor.

Ele suspira.  —  Você está me pedindo para sentar aqui e assistirvocê sofrer de dor.

 —  Eu vou ficar bem, eu juro. Isso vai aliviar.

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~ 37 ~ 

 —  Me deixe pegar algo para o inchaço, então.

Ele se levanta e sai. Ele retorna cinco minutos depois com umsaco de ervilhas envolto em uma toalha. Ele senta-se na cama, e aponta

para os travesseiros. —  Deite-se.

Eu faço o que ele pede, gritando a cada movimento. Ele toma aminha perna, suavemente, e coloca o pacote sobre ela. Em seguida, eleenfia alguns travesseiros, levantando-a ligeiramente.  —   Isso deve

ajudar.

 —  Obrigada.

Ele olha para mim, e uma voz cantante chama para fora de seu

quarto. —  Maddox?

Nossos olhos se seguram. Estou acostumada a Maddox termulheres em volta, e eu não estou em posição de argumentar, como euposso? Estou saindo com alguém no fim de semana, e eu estou pedindoa ele para ficar bem com isso. Ele está me desafiando, no entanto.Olhando para mim, me desafiando a um ataque.

Eu não vou.

 —  É melhor você ir,  —  eu digo, minha voz mais fraca do que eu

gostaria.Ele esfrega a mão sobre a barriga musculosa. —  Sim.

Ele se levanta e caminha em direção à porta, olha para mim antes

de sair, mas não diz nada.

O que há para dizer? Realmente?

* * * * * *

Eu olho para mim mesma no espelho, olhando para o meu vestidocurto. É um que Ash me deu, e eu não tenho certeza que é apropriado.

É quente, com certeza, mas eu acho que é um pouco quente  demais. Eufranzo a testa e viro, verificando a parte de trás. Pois bem, a parte detrás que não tem. Eu suspiro e giro ao redor, afofando meu cabelo.

Alec estará aqui em uma hora, e eu ainda não tenho certeza se eu

pareço bem. Será que ele está esperando um lindo vestido? Um vestido

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~ 38 ~ 

sexy? Algo casual? Será que isto vai ser demais para onde estamosindo? Eu balanço minha cabeça, e decido que é muito difícil fazer umaescolha; eu vou com ele. Eu aplico algum batom extra e viro, saindo domeu quarto e desço as escadas.

Eu derrapo a uma parada quando vejo Maddox na sala de estar.Não era para ele estar aqui. Eu sei que ele negócios no clube, de modoque só há uma razão pela qual ele está preso ao redor, para certificar aAlec que ele está na minha vida e não vai sair. Eu olho para ele quandoeu piso forte, mas ele não está percebendo, em vez disso, ele está

olhando para o meu vestido.

 —   Vim para casa para conhecer esse cara ,  —   ele praticamentecospe a palavra para mim, —  E você não vai usar isso.

 —  Isso, —  eu rosno, —  Não é da sua conta.

 —  Não há fodida nenhuma no inferno que eu vou deixar você usarisso.

Minha boca cai aberta, e minhas mãos voam para os meus

quadris. —  Você não tem uma escolha.

Seus olhos encontram os meus, perfurando e irritados.  —   Eutenho escolha sim porra. Vá e troque isso, ou eu vou te jogar por cima

do meu ombro, te despejar na cama e fazer isso sozinho. Você quer queseu namorado me veja entre suas pernas, baby?

 —  Vá se foder, Maddox.

Ele sorri, o filho da puta. —  A qualquer hora, querida.

 —  Eu não vou me trocar e você não é meu pai, então você não

pode me fazer merda nenhuma.

Seu sorriso se alarga. —  Não posso?

Eu tomo um passo para trás.  —  Isto é doentio, você sabe disso,certo? O controle que você acha que tem sobre mim. Eu sou umamulher adulta, e eu posso fazer o que eu gosto.

 —  Você quer que este homem te respeite?

 —  O quê?

Ele cruza os grandes braços sobre o peito. —  Eu disse, você quer

que essa porra de homem te respeite? —  Ele já respeita.

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~ 39 ~ 

 —  Não nessa porra de vestido.

 —  Você não o conhece!

 —  Alec Ramas. Vinte e oito. Trabalha para uma cadeia enorme de

clubes. Casado uma vez. Não tem filhos.

Eu fico de boquiaberta, seriamente boquiaberta. —  Você verificou

ele?

 —   É claro que eu fiz merda. Não há nenhuma maneira que eu

deixasse você com um filho da puta que eu não tivesse verificado.

Ele me dá um olhar ‘ dã ’ . Eu gaguejo, antes de assaltar em frentee entrar em seu rosto. —  O que te dá o direito de fazer isso?

 —  Você na minha casa?

 —  Isso está fora de questão.

Ele se inclina para mais perto. —  Você. Está. Na. Minha. Casa?

 —  Sim! —  eu choro.

 —   Então é a porra da minha regra. Você quer que Alec terespeite? Então não use vestidos de vadia. Use algo fodidamente feio,então ele é forçado a ver você e só você.

 —  Nós não vivemos nos anos cinquenta, Maddox.

Ele sorri. —  Não, mas os homens ainda são homens.

 —   Nem todos os homens são porcos como você. Nem todos oshomens vão atrás de uma buceta barata.

 —   Como você vai saber se você usar esse vestido? Afinal, eleestará vendo cada parte de você antes de você optar por mostrar isso a

ele. Apenas se curve e ele vai ter uma boa visão de você —  Eu o empurro. —  Não!

Ele toma minhas mãos e se aproxima, então eu estou contra ele.

 —  Então vá e se trocar porra, agora .

 Temos um concurso de encarar. Ele ganha. Eu rosno e empurropara trás. —  Tudo bem, mas eu estou apenas fazendo isso para provar

a você que Alec é vinte vezes o homem que você é.

Ele pisca para mim. —  Vamos ver, baby.

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~ 40 ~ 

 —  Vá se foder.

 —  Mais uma vez, a qualquer hora.

Com mais um som exasperado, eu corro e subo as escadas.

Motoqueiros do caralho.

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~ 41 ~ 

Capítulo seis

SANTANA 2014

Uma batida soa fora, e meu coração aperta. Eu me troquei paraum vestido mais bonito que flui ao redor de meus joelhos e que fica umpouco mais apertado em volta dos meus seios. É azul escuro com

pequenas manchas brancas. Parece feio no cabide, mas quando euestou usando ele, é adorável. Eu deixei meu cabelo solto e mantive a

maquiagem.

Corro o mais rápido que posso para fora da sala, quando ouçooutra batida. Eu já sei que Maddox vai abrir antes de mim, não importao quê, mas eu posso salvar o pobre Alec. Eu derrapo até parar no fundodas escadas, quando vejo Maddox pé, seu grande corpo enchendo obatente da porta quando ele olha para Alec. Deus, ele é enorme; ele faz

Alec parecer uma boneca de brinquedo ao lado dele.

O rosto de Alec está pálido quando Maddox aperta a mão delecom muita força. Ótimo, ele vai quebrar os dedos do meu encontro antesmesmo de conseguir dois passos para fora da porta da frente . —  Alec, —  eu digo rapidamente, empurrando Maddox fora do caminho e forçando

eles a se separarem. —  Eu vejo que você conheceu Maddox.

Alec está esfregando sua mão, o rosto contorcido de dor. Maddoxestá sorrindo. Eu o ignoro quando eu me inclino e beijo Alec nabochecha. Maddox rosna e me viro, dando a ele um sorriso sarcástico. —  Eu te vejo mais tarde. Não espere acordado.

 —  Uma coisa antes de ir, —  Maddox burburinha, os olhos fixadosem Alec. —  Você coloque essa mão nojenta sobre ela, eu vou cortar suas

bolas fora e enfiá-las ... —  

 —  Maddox! —  eu protesto.

 —  Está tudo bem, —  diz Alec, pegando a minha mão e apertando-

a. —  Deixe ele falar.

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~ 42 ~ 

 —   Cara inteligente,  —   grunhe Maddox.  —   Como eu estavadizendo, se você a machucar, eu vou fazer doer para você. Ela é umamenina grande, ela pode cuidar de si mesma muito bem, mas nãosignifica que eu não vou estar lá para apoiá-la se for preciso. E me deixe

dizer uma coisa, filho da puta, você não quer ver o que eu vou fazer seessa menina chegar em casa com um arranhão.

Eu fico olhando para Maddox, surpresa que ele realmente admitiuque posso cuidar de mim mesma. Dou a ele um meio sorriso, e ele jogaum para mim. A forma como ele muda o seu rosto de lindo paraimpressionante bate em mim. Eu me afasto, as bochechas rosadas.  —  

Você está pronto? —  pergunto a Alec.

 —  Estou pronto.

Dou um último olhar Maddox e sigo Alec para seu carro. Ele abrea porta para mim e eu deslizo para os assentos de couro marrom.Quando ele chega, eu viro e dou a ele um sorriso. Alec é um homem deboa aparência, não é o mesmo tipo de boa aparência que Maddox é,mas muito atraente. Ele tem cabelo loiro bagunçado e olhos castanhosgrandes. Seu corpo é bem construído, mas magro e ele está sempre

impecavelmente vestido.

 —   Você está linda esta noite, Santana,  —   ele murmura, se

inclinando e me beijando suavemente. —  Você parece muito bem também, —  eu digo de volta.

 —  Você está pronta?

Concordo com a cabeça, sorrindo. —  Estou pronta.

Nenhum de nós diz nada sobre o barulho de Harley Davidsonsque rugem para a vida atrás de nós. Ele sabe que está me seguindo, eusei que está me seguindo, e nós dois sabemos que não há nada que

pode ser feito sobre isso. Ele liga o carro e vai embora da casa. Me viropara ele quando estamos caminhando pela estrada.  —  Sinto muito por

Maddox.

Ele dá de ombros. —  Ele se preocupa com você. Está tudo bem.

 —  As coisas estão tensas entre nós agora, mas estamos chegandolá.

Ele sorri, mas parece um pouco apertado. Ele muda rapidamente

de assunto. —  Como é que você está com a procura de emprego?

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~ 43 ~ 

Eu franzo a testa.  —  Eu não encontrei um, mas eu ainda estou

procurando ativamente.

Isso foi principalmente uma mentira. Fui baleada e embaralhada

demais para mim ter uma boa chance de conseguir um emprego.

 —  Eu acho que eu posso ter algo para você, —  diz ele.

Meus olhos se arregalam. —  Você tem?

Ele balança a cabeça. —  Minha irmã é dona de um café a poucos

quarteirões daqui. Você provavelmente já ouviu falar dele –  Moxie’s.

 —  Ah, sim —  eu sorrio. —  Eles fazem um excelente café.

 —  Bem, ela tem uma vaga. É apenas para agora, mas é alguma

coisa.

 —  Eu estou nisso. Posso ir falar com ela?

Ele sorri. —  Eu vou agendar para amanhã.

 —  Ok. —  eu sorrio.

Alec me leva até o cais e meu sorriso se alarga quando vejo o iateque está ancorado, esperando por nós. —  Isso é...

 —  Para nós.  —  ele pisca, para o carro e sai. Ele chega perto deminha porta e abre. —  Minha Senhorita.

Eu rio estupidamente e saio, pegando sua mão. Ele me leva até oiate lindo e subimos a bordo. Eu ouço as motos pararem, eles não vãosair daquele lugar. Eu viro o meu foco de volta para o iate. Não é umgrande iate, mas tem um grande espaço no convés suficiente para quepossamos circular livremente. O suficiente para que uma mesa lindaque está no meio do espaço, iluminada com velas e rosas.

 —  Oh Alec, é lindo.

Ele sorri e me aproxima, puxando minha cadeira para fora.  —  Vinho?

 —  Por favor.

Ele se senta e um homem em um smoking vem para fora, umagarrafa de vinho na mão. Eu rio baixinho enquanto ele se inclina e nosenche um copo. Em seguida, ele anuncia, —  Primeiro prato será servido

neste instante.

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~ 44 ~ 

Eu tomo meu copo, sorrindo quando o homem desaparece. Eutive um inferno de um tempo ultimamente, e isso é exatamente o que eu

preciso.

Alec bebe seu vinho, me estudando com apreço. Eu posso ver isso

em seus olhos, a forma como eles brilham, como eles correm em cimade mim.

 —  Como a sua perna está curando?

Eu estive em casa por três dias, e enquanto minha perna estácomeçando a coçar enquanto ela cura, está principalmente boa.

 —  Está indo muito bem, obrigada.

Ele sorri. —  Estou feliz. Me diga algo sobre você, Santana.

Eu faço beicinho e digo —  O que você quer saber?

 —  Onde você cresceu?

Eu franzo a testa. Eu disse a Alec o básico sobre a minha vida,mas eu não estou pronta para entrar em grandes detalhes para lhe dar

uma resposta básica.

 —  Meus pais morreram em um acidente quando eu era jovem. Eu

passei a minha vida em lares adotivos até Maddox me achar  –  o que amaioria você já sabe.

Seu rosto suaviza. —  Deve ter sido terrível.

Eu dou de ombros. —  Há coisas piores.

Eu não digo a ele o resto, isso é uma conversa para outro dia.

 —  E você? —  eu pergunto, bebendo o vinho fresco.

 —  Eu cresci aqui com a minha família. Apenas uma vida normal,sabe? Eu realmente não tenho nada a dizer.

 —  Somos terrivelmente chatos, —  eu aponto e ele ri.

 —  Tudo bem podemos fazer cerca de dez perguntas? —  ele pisca.

 —  Eu estou nessa.

 —  Qual é sua cor favorita? —  pergunta ele.

 —  Branco.Ele ri. —  Branco não é uma cor.

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~ 45 ~ 

Eu sorrio. —  Exatamente.

O garçom traz o nosso primeiro prato de frutos do mar. Eu olho

para baixo na mesa e meu estômago resmunga.

 —  Eu espero que você coma frutos do mar?

 —  Eu como de tudo —  eu digo, —  Parece incrível.

Conversamos durante o jantar, fazendo perguntas aleatórias erimos muito. No momento em que a sobremesa terminou, eu me sintoincrível, e meu corpo inteiro está vibrando de felicidade. Alec aindadança comigo, me segurando perto enquanto nós nos movemos emtorno da plataforma em uma música suave. Ele se inclina para me

beijar e é um beijo bom.

Suave. Doce. Perfeito. 

Até o momento ele puxa para trás, eu estou ofegante e olhandopara ele. Ele acaricia meu rosto, olhando para mim.  —  Eu estou feliz

que eu conheci você, Santana, e espero começar a ver mais de você.

Ele me beija novamente, suas mãos lentamente indo para pastarsobre meu traseiro. Eu o deixo fazer isso por um tempo, masrapidamente paro. Eu gosto de Alec, muito, mas eu não estou pronta

para que as coisas se movam tão rapidamente. Ele endurece quando eumudo a direção de sua mão, mas ele não diz nada. Continuamos a

dançar, nossos corpos se movendo juntos.

Uma mão roça minha bunda.

Ok, é uma situação romântica, mas sério?

 —  Mãos fora —  eu digo de ânimo leve.

 —  Você não é divertida —  ele reclama.

 —  É o nosso primeiro encontro oficial. Você não está esperando aqualquer coisa, não é?

Ele puxa de volta e olha para mim. —  Claro que não.

Mas eu posso ver algo mais por trás dos seus olhos, decepção,

frustração? É isso o que ele queria?

Espero que não.

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~ 46 ~ 

* * * * * *

Alec me leva para casa quando a noite chega, e espera até que as

motos estacionam para ele ir embora, ele não me beija de novo e eutento não pensar muito sobre isso. Eu o vejo passar, andando em linhareta entre os olhares raivosos a caminho. Reviro os olhos e caminho atéos três membros, Mack é um deles.

 —  Chefe, desde quando você se tornou uma babá?

Ele sorri. —  Uma vez que você decidiu sair com esse babaca.

 —  Ele não é um babaca,  —  eu digo, cutucando seu peito com o

dedo. —   Ele é   um babaca.  —   ele sorri.  —   O homem provavelmente

nunca fez nada, além de foder ele próprio —  

 —  Mack —  eu aviso.

Ele pisca um sorriso sexy para mim.

 —  Me leve para o clube. Quero ver Maddox.

Seus olhos ficam sérios. —  Por quê? Será que aquele filho da putate machucou?

Reviro os olhos novamente e subo na parte traseira de sua moto.

 —  Mexa-se, oh poderoso.

Ele ri e puxa para fora, batendo na minha mão com diversão.Chegamos ao clube e no momento que a moto para, eu pulo fora.  —  Guarde uma bebida pra mim  —   eu grito enquanto me apresso pelo

espaço.

O momento que eu entro, uma festa está em pleno andamento.Motoqueiros estão bebendo cerveja, as meninas estão andando por aí,esgueirando tudo sobre eles, e Old ladies estão rindo e conversando na

esquina. Eu aceno quando passo por elas e caminho pelo corredor.

Eu chego ao quarto de Maddox e balanço a porta aberta, eu nãome importo se ele está ocupado ou não. Ele está. Ele tem umaprostituta do clube, Cacey, dançando para ele. Seu corpo nu balançasedutoramente. Ele move os olhos para mim, e um sorriso aparece em

seu rosto. Deus, ele parece bom, maldito. Que inferno.

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~ 47 ~ 

 —  Você e eu vamos conversar,  —  eu digo, entrando. Eu me viro

para Cacey. —  Sho.

Ela olha para mim. —  Cai fora, Santana.

Eu rio. —  Saia.

 —  Saia —  resmunga Maddox.

Cacey pega a roupa, e me olha mais uma vez antes de sair. Ai, eutomei o pau dela para a noite. Eu me viro para Maddox e ele seaproxima, pegando um cigarro e acendendo.

 —  Teve um bom tempo? —  ele sorri, dando uma tragada.

 —  Foi muito bom, exceto pela pilha de motos. Quanto tempo eu

tenho que deixá-los me seguir, Maddox?

Ele bufa. —  Por quanto tempo eu mandar.

 —  Sério? Alec pode cuidar de mim. Ele não deixaria ninguém memachucar. Além disso, ele não pode nem mesmo me beijar

confortavelmente sem esses caras olhando para ele.

Maddox bufa, tendo outra longa tragada.  —   Alec... que tipo de

nome é esse, afinal?

 —  Que tipo de nome é Maddox? —  eu jogo de volta.

Ele sorri, sem se perturbar com o meu comentário.  —  Um muito

sexy.

 —  Oh, sonhe.

 —  Estou surpreso que Alec sequer sabe como beijar. —  ele bufa.

 —   Ele beija muito bem, obrigada,  —   eu argumento, jogando

minhas mãos em meus quadris. —  Será que ele sabe mesmo? E o que você tem pra comparar?

Eu coro e passo de um pé para o outro. Eu sou uma virgem. Oque é um pequeno milagre, considerando a vida que eu vivi. Eu tivesorte, verdadeiramente abençoada, que ninguém tomou o que era meuantes de eu querer dar isso. O que significa que beijar significa umagrande coisa para mim, eu só beijei dois na minha vida, Kennedy e Alec.Kennedy é aquele que tem estado em uma parte do meu cérebro que eu

tento não acessar.

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~ 49 ~ 

Capítulo sete

SANTANA 2009

Meu corpo dói. Dói tanto que eu quero gritar. Eu não possoconseguir os medicamentos de que preciso, as drogas que eu tãodesesperadamente desejo. Kennedy foi afastado por três dias e, sem ele,

eu não posso consegui-las. Eu balanço no canto, para trás e para afrente, tentando manter a calma. Pippa apareceu algumas vezes,

oferecendo água, mas a minha terceira recusa, ela me deixou sozinha.

Agora estou sozinha, com frio e apavorada, desesperada poralguma coisa para tirar essa dor em minha alma. Eu arranho meusbraços, minhas unhas mordendo a pele, revelando sangue carmesim.Eu grito, mas eu não posso parar. É o único alívio que eu possoencontrar. Eu gostaria que ele voltasse. Eu gostaria que ele se

apressasse.

 —  Tanie, oh, doce Tanie.

Eu olho para cima através da minha neblina e vejo Kennedy naporta. Eu chego até ele, meus dedos coçando suas calças.  —  Por favor, —  eu imploro. —  Faça isso ir embora.

 —  Eu vou fazer isso ir embora, querida.

Ele cai de joelhos, apertando o cabo amarelo em volta do meu

braço antes de mergulhar a agulha. O calor me inunda, e euchoramingo de alívio quando as drogas assumem.  —   Está tudo bem

agora, eu sinto muito. Eu tive que ir embora. Sinto muito, Tanie.

Não importa agora. Ele está aqui, isso é tudo que importa.

* * * * * *

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Negar isso claramente não está funcionando, e eu estou commedo pela minha vida e a da minha irmã. Então, eu faço a única coisa

que posso. —  H-h-H heroína.

 —  Sua estúpida, suja, pequena vadia...

Sirenes retumbam na distância. Ela me puxa para os meus pés,com uma força incrível para uma mulher da idade dela. Ela meempurra para a porta, o sangue continua fluindo pelo meu rosto.  —  Saidaqui, e nunca, nunca mais volte, ou eu vou fazer dar cabo às minhas

ameaças.

Me viro, correndo em direção a minha irmã chorando. —  Venha.

Eu tomo sua mão e corremos a partir do caos, apavoradas e sem

saber se Kennedy vai voltar.

Onde será que isso nos deixa?

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~ 52 ~ 

Capítulo oito

SANTANA 2014

Eu balanço meus quadris para a música. Minha mente é umanévoa de álcool e pensamentos felizes da quantia de que eu tive. A festaestá em pleno andamento - motoqueiros estão bebendo, prostitutas

estão fazendo o que sabem fazer melhor, e Ash e eu estamosbalançando nossos traseiros em cima da mesa. Minha perna estádormente, o que eu não estou inteiramente certa se é uma coisa boaporque eu poderia estar fazendo sérios danos, embora eu estejabalançando só meus quadris, não desfilando sacudindo as pernas para

fora.

Krypt e Maddox estão nos observando, com sorrisos em seusrostos bonitos. Ninguém tenta interferir. Nós balançamos e cantamos,nossas bebidas em nossos copos enquanto a música nos leva paralonge.  —  Toque isso de novo!  —  Ash grita quando sua música favorita

termina.

 —  Nããão —  eu gemo. —  Outra.

Dou um passo para trás, um pouco longe demais e com braçosbatendo eu faço minha descida rápida para o chão. Eu não faço isso, éclaro, o meu cavaleiro em brilhante... em... couro... me pega. Seusbraços envolvem em torno de mim e ele me apanha, me segurando pertode seu peito.

 —  Hora de ir para casa —  ele murmura.

 —  Aow, Maddox, —  eu reclamo. —  Eu estava me divertindo.

 —  Um pouco demais, ao que parece. Hora de ir.

 —  Estraga prazeres, —  murmuro quando ele me leva para fora da

porta. —  Tchau Ash! —  eu chamo antes de sair.

 —  Eu vou ir te ver amanhã, Tana! —  ela grita. —  Eu preciso saber

mais sobre o beijo.

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~ 53 ~ 

Eu coro e rio quando Maddox me leva para fora, para suacaminhonete. Ele abre a porta e me empurra para dentro. Eu pousosem jeito, minhas pernas esparramadas, meu vestido deslizando paracima, muito alto.

 —  Jesus, Tana, eu posso ver a porra da sua bunda.

 —  É uma bela bunda. —  eu rio.

Ele puxa meu vestido para baixo, murmurando uma maldiçãoantes de bater a porta. No momento em que ele chega no lado domotorista, eu estou alta e já brincando com o rádio.

 —  Pare com isso, —  ele rosna, batendo minha mão.

 —  Não, —  eu protesto. —  Eu quero ouvir esta música.

 —  Santana que Deus me ajude, eu vou amarrar a porra das suas

mãos juntas.

 —  Morda-me, Maddox.

 —  Com prazer do caralho.

Eu rio de novo e começo a cantar em voz alta para a músicaquando ele puxa para fora do complexo. Nós cruzamos pela estrada,

indo para casa, quando os tiros vêm. De repente. Direto para os pneusdo caminhão. Eles vêm assim de repente e levo um tempo para perceber

o que o estalo alto é.

Em seguida, ele se encaixar.

 —  Maddox?  —   eu grito, segurando a porta enquanto o carro dá

uma guinada para o lado.

 —  Porra, porra, porra. Encontre meu telefone, Santana.

 —  O que está acontecendo? —  eu choro.

 —  Localize meu telefone, —  ele late.

 —  O-o-o-onde está?

 —  Meu bolso, direito.

Eu chego no bolso, empurrando minha mão dentro de sua calça jeans para trazer para fora o seu telefone, assim quando um outro tirorasga, quebrando o para-brisas. O carro desvia de novo, e eu gritoquando pedaços de vidro explodem em meu rosto.

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~ 54 ~ 

 —  Porra, —  Maddox ruge. —  Tana, você está ferida?

Meu rosto pica e meus braços queimam, mas eu estou bem. —  Eu

acho que... Eu estou bem.

 —  Ligue para Krypt ou Mack.

Eu abro seu telefone com os dedos trêmulos quando ele acelera.O carro está batendo e moendo contra a estrada, mas não o impede. Eledesvia para a direita, para uma rua mais movimentada. Estamos maisperto da cidade, o mais próximo que podemos chegar, o mais seguroque estamos.

 —  Mack.

Mack atende o telefone no primeiro toque.

 —  Mack, é Santana. Estamos sendo baleados.

 —  O quê? —  ele diz, sua voz endurecendo. —  Onde você está?

 —  Maddox, —  eu digo rapidamente. —  Onde estamos?

Maddox olha para mim e seus olhos se arregalam.  —   Filho da

puta, você está ferida.

Eu não tenho tempo para processar isso antes dele latir,  —  Main

Street.

 —  Estamos quase na Main Street.

 —  Você tem um visual?

 —  Visual? —  pergunto a Maddox.

 —  Nada. Está muito escuro.

 —  Nada.

 —  Nós estamos indo.

Eu posso ver as luzes quando estamos perto da rua principal,mas não antes de um outro tiro ressoar, acabando com outro pneu. Ocarro desvia de novo, mas Maddox se recusa a deixá-lo parar. Ele móicontra o pavimento, os pneus furados, sem dúvida destruídos, e o metalesculpindo um caminho à medida que avançamos. Nós derrapamos na

Main Street e os carros passam buzinando e xingando.

Maddox não para até que ele atinja a estrada de volta para a casade Krypt. Ele derrapa para baixo e estaciona um grande pátio gramado.

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~ 55 ~ 

Ele está fora do carro em uma fração de segundo, balançando minha

porta aberta. —  Saia e corra.

 —  Pra onde? —  eu suspiro.

 —  Ao longo de cerca Krypt. Ele tem arbustos grossos. Chegue atéeles, e não respire até que eu voltar pra você.

Concordo com a cabeça e viro, correndo com tudo o que tenhopara com a cerca. Meu coração está batendo forte, e minhas pernasparecem entorpecidas enquanto eu corro até o meu destino. Eu tropeçotrês vezes por causa do consumo de álcool e minha panturrilha dói.Quando eu chego a cerca, eu ouço outro tiro. Faço um estranguladosom ofegante quando eu corro mais. Eu pouso no outro lado com um

baque. Eu não hesito, mergulhando nas árvores.

Ramos raspam meus braços e eu cerro os dentes para parar degritar de dor. Lágrimas vazam dos cantos dos meus olhos enquanto euespero, o estranho silêncio me fazendo sentir doente. Eu envolvo meusbraços em volta de mim e eu me sento, esperando. Os sonsretumbantes de Harley Davidsons na distância me fazem chorar dealívio.

Vozes, os sons das motos começam de novo, e então os sons deportas batendo na casa de Krypt derivam para mim. A porta de trás

abre e Maddox late,  —   Tana? Você está aí? Merda.  —   sua voz éfrenética, então eu me levanto rapidamente, empurrando para fora dosarbustos. No momento em que ele me percebe, eu o vejo visivelmenterelaxar.

 —   Graças a Deus porra,  —   ele murmura.  —   Vem para dentro,querida.

Eu o sigo para dentro e no momento em que estamos na luz, elese vira para mim, seu rosto amassando com dor.  —  Merda, seu rosto

está sangrando. Venha e se sente.

Eu não discuto, ainda muito abalada. Me sento à mesa quandoKrypt, Ash, Mack e Tyke entram. Ash me vê e corre, deslizando no

assento ao meu lado. —  Você está bem?

Concordo com a cabeça fracamente.  —   Eu estou bem, apenas

abalada.

Maddox retorna com um kit de primeiros socorros. Eu pego um

vislumbre de seu rosto e vejo que ele tem alguns cortes nele. Eu apontopara sua bochecha. —  Você está sangrando, também.

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~ 56 ~ 

 —   Eu não me importo, querida,  —   ele murmura.  —   Eu vou te

corrigir primeiro.

 —  Estamos seguros? —  eu sussurro.

Ele olha para Mack, que se aproxima e coloca a mão para fora. —  Me deixe fazer isso. Faça algumas ligações, Maddox.

Maddox hesita, mas ele deixa Mack me limpar e desaparece nofinal do corredor com Krypt logo atrás. Mack se senta na minha frente,seus olhos estudando meu rosto enquanto ele limpa o sangue seco fora. —  Você sabe como se machucar, heim?

 —  Isso é minha culpa? —  eu suspiro.

Ele para. —  Não, Deus, porra nenhuma.

Eu suspiro, e fecho os olhos. Ash pega a minha mão.  —   Nós

vamos ficar bem, —  ela me assegura.

 —   Eles atiraram em nós, sem hesitar,  —   eu indico.  —   É asegunda vez. Alguém quer me machucar.

 —  Maddox tem isso, —  diz Mack.

Ele termina de limpar meu rosto, e Maddox retorna. Ele está com

raiva, eu posso dizer, então eu não forço. Ele vai me contar o queaconteceu quando ele estiver pronto. De repente, estou cansada, tendoficado sóbria muito rapidamente. Maddox pega as chaves de Krypt e se

vira para mim. —  Nós estamos indo para casa. Venha.

Me levanto, não discutindo. Minha perna dói, mas eu ignoro.

Existem problemas mais urgentes agora.

Vivemos na esquina de Krypt, por isso não é muito longe para ter

que dirigir.

 —  Mack vai seguir para que não sejamos abordados.

Concordo com a cabeça, sem me preocupar em falar. Eu abraçoAsh e sigo Maddox para o carro de Tyke. Passamos pela caminhoneteno caminho e vendo onde a bala atingiu faz meu peito apertar. Maddoxpara, também. Ele olha para ela e depois para mim, e sua mão sai emconforto em silêncio, apertando a minha. Tão perto... ela estava tão

perto.

 —  Vamos lá, —  diz ele, em voz baixa. —  Vamos para casa.

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~ 57 ~ 

O passeio até em casa é silencioso, e meu rosto está começando adoer. Eu espero no carro enquanto Maddox e Mack verificam a casa, e

então eu entro.

Eu vou direto para o meu quarto, segurando minhas emoções o

melhor que posso. Maddox está conversando com Mackno no andar debaixo, então eu acho que eu tenho a chance de tomar banho e metrocar. É um banho estranho também. Eu tenho que me inclinar parafrente para que meu rosto não se molhe. Minha pernasurpreendentemente não abriu com a minha corrida, mas estálatejando agora. Quando eu estou limpa, eu me troco e deslizo para a

cama.

As lágrimas se derramam no momento em que minha cabeça bate

no travesseiro, e eu soluço, alto e livremente. Eu vagamente ouço o somda minha porta se abrir e então o mergulho na cama. Eu não meincomodo de lutar quando Maddox enrola seus braços em volta do meucorpo fraco e me puxa para ele. Sua pele está quente, quente mesmo, ecompletamente nua. Meu rosto pressiona contra seu peito e eu respiro

ele, apenas precisando de alguém.

Nós não dizemos nada, não há realmente nada a dizer. Acho queele precisa do meu conforto, tanto quanto eu preciso do dele. Maddox eeu sempre tivemos uma conexão calma e estranha. Lutamos um lote

inteiro, mas quando alguma merda acontece, sempre tivemos as costasum do outro. Eu me aproximo, seu coração bate de forma constante emmeu ouvido.

 —  Estou com medo, Maddox, —  eu finalmente sussurro.

 —  Nenhum filho da puta vai tocar em você, você está me ouvindo?Amanhã você vai se mudar para o clube, você está mais segura lá. Hojeà noite, eu tenho vigia em casa.

Concordo com a cabeça, puxando para trás para que eu possa meaninhar em seu pescoço. Ele faz um som gutural, e seus braçosapertam em volta de mim. Desesperada para o conforto, eu levanto osmeus lábios e beijo sua bochecha. É um gesto inocente, realmente é, eainda muda rapidamente. Como um flash, Maddox vira a cabeça ecaptura meus lábios.

Fico congelada em choque por mais de um minuto, os nossoslábios bloqueados, nossos corpos parados, o ar em torno de nós fica

pesado.

Em seguida, ele se move, e muda tudo.

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~ 58 ~ 

Seus lábios não forçam, não , eles persuadem os meus para seabrir uma carícia suave que tem todo o ar deixando meu corpo. Suaboca é dura, mas suave, uma combinação perfeita de escuridão e luz.Sua língua entra e fogos de artifício explodem em meu corpo, da minha

cabeça aos meus pés.E eu, finalmente, entendo suas palavras.

Quando você é beijada de verdade, do jeito que envolve paixão,você sente isso direito em seus dedos do pé. Meu sexo se aperta e umgemido é arrancado de meus lábios enquanto sua boca continua lenta,uma agonizante tortura, me explorando até que meus dedos estãoarranhando suas costas nuas.

Ele se afasta um pouco e na escuridão eu posso ouvir nada além

da nossa respiração.

 —  Isso,  —  ele rosna, sua voz baixa e rouca,  —  é assim que devesentir quando um homem te beija.

Não tenho nada a dizer. Isso simplesmente explodiu minha mentecom uma simples ligação de nossos lábios. Maddox e eu sempre tivemosalgum tipo de atração sexual, mas para mim ele sempre me deixoumuito louca para agir sobre isso. Eu pensei que eu poderia passarminha vida e nunca precisar dele do jeito que eu preciso dele agora.

 —  Fique comigo, —  eu sussurro. —  Por favor, Maddox.

 —   Não estava indo para nenhum lugar, baby. Vá dormir antesque eu mude de ideia e te beije de novo.

Ele enrola seus braços em volta de mim mais uma vez e nóscaímos em uma posição relaxada que parece perfeita. Eu fecho meusolhos, tentando empurrar aquele beijo da minha mente, mas falhomiseravelmente. Eventualmente, porém, a exaustão toma conta, e eu

escorrego no esquecimento.

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~ 59 ~ 

Capítulo nove

SANTANA 2014

Eu acordo de um pesadelo que eu não me lembro, suando epegando algo que eu possa enrolar meus dedos ao redor. Que passa aser Maddox. Suas mãos vão até o topo da minha, erguendo os dedos de

seus braços. Merda, eu não sabia que eu tinha pego ele tão duramente.Eu puxo para trás de repente, quase caindo da cama. É apenas a sua

mão atirando para fora e me pegando para me impedir.

 —  Você está bem, —  ele murmura. —  Eu tenho você.

Eu não digo nada quando ele me traz perto dele. Meu rosto épressionado contra o peito dele e eu paro um momento para respirá-lo.Deus, sua pele é quente, tão quente. Meu coração começa a abrandar eeu separo meus lábios, apertando a boca aberta em sua carne quente.

Minha mente gira quando a minha língua desliza para fora e através deseu duro e musculoso peito.

 —  Porra, —  ele sibila. —  Santana, pare de me lamber.

Eu paro o que estou fazendo, mas não antes de eu sentir ospequenos solavancos saírem em toda a sua carne em minha língua. Eusó preciso me sentir bem. Eu sei que vou acordar de manhã, e eu voume arrepender disso, mas deitada ao lado dele assim... isso é tão  bom.

 —  Santana, querida, —  ele diz. —  Você tem que parar, ou eu voute virar e te foder tão duro que você nunca vai esquecer de mim.

Eu coro e engulo, movendo minha boca de sua carne. Maddoxnão sabe que eu sou virgem, ninguém sabe. É algo que eu seguro firme,não me envergonho nem por um segundo que eu não tenha dado isso,

mesmo que eu tenho vinte e um agora.

 —  Desculpe, —  eu sussurro. —  Eu só...

 —   Eu sei,  —   ele diz, rolando e usando meus quadris para me

prender à cama.

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~ 60 ~ 

Eu estou metade do meu lado, metade nas minhas costas. Seucorpo pressiona contra o meu cada centímetro. Cada. Polegada. Équando o seu... pau... pressiona contra mim que eu percebo a posiçãoem que estamos. Me lembro de Alec, e meu coração começa a bater. Eu

endureço. —  Não,  —  adverte Maddox.  —  Me empurre para longe. Me diga

que é o menino bonito que você quer. Mas não, eu juro por Deus porra,não  me diga que você se arrependeu de minha boca ter estado na sua,Santana.

Meu coração bate. Ele me conhece muito bem.

 —  Eu nunca me arrependo de você, Maddox,  —  eu sussurro.  —  Não importa o quão irritada você me deixa, eu nunca... nem por um

segundo... me arrependo de você.

 —   Então volte para dormir e me deixe ficar aqui, sentindo algoque eu estive esperando pra caralho muito tempo para sentir.

Muito tempo? Ele esperou para me sentir assim? Eu tentoempurrar isso da minha mente enquanto ele me move sobre ele,descansando a minha bochecha contra seu peito. Eu tento não pensar

sobre suas palavras, mas eu sei, eu só sei que elas vão me consumir.

* * * * * *

Quando eu acordo de manhã, eu estou sozinha.

Eu deslizo para fora da cama, meu rosto em chamas. Eu nãotenho quaisquer cortes grandes o suficiente para pontos, graças a Deus,mas existem alguns cortes doloridos nas minhas bochechas e na testaque machucam quando eu mexo a minha mandíbula. Eu também tenhoalguns em meus braços. Eu puxo um par de shorts e caminho para fora

do quarto, em direção às escadas.

Eu ouço vozes quando eu me aproximo e paro, escuto.

É Mack e Maddox. Eu não deveria estar ouvindo, mas não possoevitar. Eles estão falando sobre a noite passada, e estou curiosa parasaber o que aconteceu. Eu me pressiono contra a parede e inclino a

cabeça para o lado para que eu possa ouvi-los de forma mais clara.

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~ 61 ~ 

 —   Howard está na prisão, mas o filho da puta ainda tem umclube sólido. Ele está chateado, e ele vai me fazer pagar por machucá-

la.

Mack grunhe.  —   Você tem certeza que eles sabiam que Tan

estava naquele carro com você?

Meu coração gagueja.

 —  O tiro veio através de seu lado, Mack, —  murmura Maddox.

 —  Porra. Como eu suspeitava.

Meu estômago se revira. Eu me sinto um pouco doente.

 —  Tem que ser vingança?

 —   Você a mandou para o clube dele e fodeu com seu plano. Éabsolutamente vingança, —  Mack mói para fora.

 —  Eu tenho que descobrir como mantê-la segura. Agora, eu nãosei como eu vou fazer isso.

 —   Traga ela para minha casa nova. É desconhecida, porque a

maioria das pessoas não sabe sobre mim, —  Mack sugere.

Não. De jeito nenhum.

 —   Não é uma má ideia,  —   diz Maddox, embora sua voz soaqueixosa e não totalmente convencido.  —  Eles vão estar observando o

clube e este lugar. Você apenas acabou de alugar, isso vai funcionar.

 —   Eu ainda tenho que me mudar. Eu tenho as chaves, semmóveis, mas eu posso fazer isso acontecer. Nós vamos ter certeza queeu não estou sendo seguido e nós vamos levá-la até lá e manter ascoisas quietas.

 —   Você sabe que eu não estou muito feliz com a ideia de vocêestando sozinho com ela, Mack, —  grunhe Maddox.

Ouço um bufo. —  Não vai acontecer nada, chefe. Não quero mijar

em seus sapatos.

Maddox ri.  —  Não, é melhor você não querer, porra. Certo, estáfeito, então.

Eu empurro para fora e continuo a descer as escadas. Ambos os

homens viram quando um rangido enche a sala. Maddox deixa seuolhar viajar sobre mim instantaneamente, verificando se eu estou bem.

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~ 62 ~ 

Mack simplesmente sorri para mim, como se ele soubesse. Minhasbochechas coram quando eu passo com pressa por eles em direção à

cozinha.

 —  Você ouviu isso, babe? —  Maddox chama.

 —  Sim.

 —  Você não vai brigar comigo por causa disso?

Hesito, mas digo —  Isso depende.

Ele faz um som descontente em sua garganta.  —   Isso não énegociável. Eu só estava esperando que você não lutasse, porque torna

as coisas mais fáceis para nós dois.

Eu derramo café e me viro para ele. —  Alec ainda pode me visitar?

Ele olha como se eu tivesse apenas lhe dado um tapa. Seu rostofica duro como pedra, em segundos, a boca apertada, os olhosfaiscando de raiva e dor. Eu não quis soar tão fria, mas Alec ainda estána minha vida, mesmo que Maddox e eu passamos a noite nosbeijando. Eu não posso simplesmente esquecê-lo.

 —  Alec é o menino bonito da outra noite? —  Mack pergunta.

 Tenho quase certeza que eu posso ouvir a mandíbula de Maddoxmoer de raiva. Jesus.  Eu olho para longe, eu não aguento ver essaexpressão por um momento mais. Eu não entendo por que ele está tãoirritado. Sim, nós nos beijamos, mas no final, ele vai encontrar umaboceta do clube em breve e fodê-la pra caralho. Eu não vejo por que eunão posso ter o que ele tem.

 —  Ele não é um menino bonito, —  eu agarro.

Mack ri. —  Ele é um menino bonito, mas se você está vendo ele e

ele é um homem bom, então eu não tenho nenhum problema com elechegando por aí.

Maddox atira a Mack um olhar mordaz que ainda me faz vacilar. —   Ela não está arriscando trazer aquele pedaço de merda por perto

quando ela está em perigo.

 —  Maddox,  —  eu protesto.  —  Eu não vou parar de vê-lo porqueeu estou em perigo. Serei cuidadosa, com certeza, mas eu não vouparar.

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~ 63 ~ 

Maddox se vira para mim e se aproxima. No momento em que meatinge, sua mão ataca ao redor do meu ombro. Ele me puxa para perto,trazendo sua boca até a minha orelha.  —  Eu tinha a minha língua emsua boca na noite passada? —  ele rosna.

Eu engulo. —  Isso não importa... porque não faz...

 —  Porque, o quê? —  ele rosna, seu hálito quente contra a minhapele.

 —  Você fode outras mulheres o tempo todo, Maddox. Eu te beijei,foi incrível, mas você e eu... nós não somos exatamente... nós nunca...

 —  Não se incomode porra. Faça o que quiser.

Ele me empurra de volta e se vira para Mack. —  Leve-a agora.

 —  Maddox, —  eu digo, minha voz trêmula.

Ele não olha para mim, ele só anda lentamente em direção à portados fundos. —  Eu estou indo para um passeio. Não esteja aqui quandoeu voltar.

Meu coração bate em rajadas rápidas quando eu o ouço ir. Masque porra, eu preciso parar de enfiar o pé na minha boca com tantafrequência. Me viro para Mack, e ele está me estudando. Ele levanta a

mão e corre sobre a pouca barba em queixo, seus olhos castanhosviajam sobre o meu rosto.

 —  Você está fodendo Maddox, chante ?

 —  O quê? —  eu suspiro. —  Não.

 —  E quanto a esse outro homem?

 —  Não.

 —  Então o que diabos está acontecendo?

Eu suspiro. —  Eu... ah... nós... merda.

 —  Isso não foi uma frase coerente. Você quer tentar de novo?

 —  Nós nos beijamos.

Suas sobrancelhas se atiram para cima.  —   Ele tem suas

calcinhas em uma torção sobre a porra de um beijo?

 —  Ele dormiu na minha cama na noite passada.

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~ 64 ~ 

 —  Ele dormiu em sua cama muitas vezes.

 —  Sim, mas... era diferente, chefe. Nós... havia algo lá.

Ele cruza os braços grandes. —  Você gosta dele?

Meu estômago torce. —  Eu não sei, e isso é a mais pura verdade.Estou confusa.

 —   Você reagiu mal quando você descobriu que ele esteve com

Ash.

Ao som disso, meu corto se sacode com dor.

 —  Eu sei.

 —  Quer me dizer por quê?  —  pergunta ele, dando um passo emminha direção, ainda estudando meu rosto.

 —  Eu não posso te dizer o porquê. Não fazia sentido para mim,também. Isso veio como um choque tão grande, que me confundiu.Fiquei magoada, inexplicavelmente ferida. Desde então, as coisasmudaram entre nós, é como se quando nós estamos perto um do outro,

cresce essa tensão sexual e parece... errado.

 —  Por quê? —  pergunta ele, tirando um cigarro e acendendo.

 —   Ele me salvou, ele toma conta de mim há cinco anos. Elenunca tentou nada, ele nunca fez qualquer movimento em direção amim. Agora, de repente, estamos olhando para o outro como segostaríamos de rasgar a roupa um do outro. Eu sinto como se isso nãofosse certo, quero dizer... ele está cuidando de mim como... como um

pai... por tanto tempo.

Mack bufa. —  Querida, Maddox nunca foi e nem nunca fingiu serseu pai. Aquele cara tinha olhos em você desde o momento em que você

completou dezoito anos.

 —  Ele não tem, —  eu protesto.

 —   Você é cega porra? Ele está te controlando, porque ele quer

você porra.

 —  Se ele me quer, por que ele não diz isso?  —  pergunto, jogandominhas mãos em meus quadris.

 —  Porque ele acha que você merece coisa melhor.

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~ 65 ~ 

Isso bate no meu peito como uma marreta. Eu sempre fui umapirralha para Maddox, com certeza, mas eu nunca soube que ele seimportava comigo em uma espécie de forma sexual. Até recentemente,ele nunca tinha feito qualquer tipo de movimento em direção a mim. Ele

sempre manteve distância e ele tinha sido duro, um pouco demais, naverdade.

 —  Ele está errado sobre isso. É ele quem merece o melhor.

Mack aperta os olhos, e sua expressão endurece.  —   Você

realmente acha isso?

Concordo com a cabeça, nem mesmo hesitando.  —  Maddox é umbom homem. Ele salvou minha vida, e me deu uma segunda chance. Eunão seria nada sem ele, mas ele merece uma Old lady leal que vai

adorá-lo, e não alguma pirralha viciada que seja uma pedra em seusapato.

Mack me estuda por tanto tempo que eu me contorço.  —   Você

realmente vê a si mesmo assim?

 —  Não inteiramente,  —  eu admito. —  Mas eu ainda acho que eu

não sou certa para ele, e isso não vai mudar.

 —  Mas você está certa sobre esse menino arrogante que está te

levando pra sair.

 —  Alec é bom, um homem carinhoso. Ele pode me fazer uma boamulher, uma mulher real. Se eu ficar com Maddox para sempre, eusempre vou ser um fardo para ele.

 —  Você não um fardo para ele, chante ,  —  diz Mack, sua voz vaimais suave.

 —  Não sou?  —  eu digo, minha voz tremendo.  —  Eu sou a única

que causou toda aquela mágoa. Ele está sempre colocando tudo nosentido de tomar conta de mim, e ele ainda fode putas do clube quandosabemos que há uma abundância de boas meninas lá fora para ser suaOld lady. Se eu seguir em frente e encontrar a minha própria vida,

talvez ele vá encontrar a dele.

 —   Você realmente quer isso?  —   pergunta Mack.  —   Vocêrealmente acha que vai ser fácil ver ele se apaixonar por outra mulher?

Naquele exato pensamento, todo o meu estômago torce com raiva,

mas eu não admito isso. A verdade é que Maddox merece uma boa

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~ 66 ~ 

mulher, que nem sempre está lutando contra ele, e eu mereço ficar

longe de uma vida complicada e apenas viver normalmente.

 —  Sim, —  eu respondo, mas minha voz ainda é instável. —  Se ela

for boa para ele, sim.

Ele balança a cabeça, quase com tristeza. —  Você está enganando

a si mesma se você acha que vocês dois não pertencem um ao outro.

Em seguida, ele se vira e caminha em direção à porta da frente. —  Pegue suas coisas. Vou esperar lá na frente.

Ótimo. Agora eu emputeci dois homens em uma manhã.

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~ 67 ~ 

Capítulo dez

SANTANA 2008

Pippa treme em meus braços. Eu esfrego seus ombros, tentandomantê-la aquecida. Foram 24 horas desde que a mãe de Kennedy nosexpulsou, e temos muito medo de ir para casa. Se ela estiver lá, ou a

polícia, isso pode acabar mal. Em vez disso, estamos amontoadas atrásde ponto de ônibus ao longo da estrada, apenas observando.

Pippa está congelando. Ela realmente não tem nada em que sesegurar, ela é tão magra, e isso é assustador. Se ela ficar muito fria, ela

poderia morrer. Isso é o quão simples é isto.

Um flash de faróis faz minha cabeça empurrar para cima. Umcarro chega na casa de Kennedy, depois outro, depois outro. Meus olhosse arregalam quando eu espio através do pequeno espaço no meio.

Isso é um monte de carros. Eu puxo Pippa mais perto, olhandoquando um monte de homens em roupas pretas saem. Um deles grita

na direção geral da casa: —  Saia daqui, Kennedy.

Eles querem Kennedy? Mas ele não está aqui.

 —   Você tem três segundos Kennedy. Você nos deve, e estamos

cansados de esperar.

Meus batimentos cardíacos correm assim quando eu olho através

das lacunas. Um homem, um homem realmente grande, vai até as janelas e levanta uma arma, disparando. A janela se estilhaça e Pippafaz um som agudo. Pressiono a mão sobre a boca dela.  —  Shhh, se o

ouvirem...

 —  Um, —  o homem grita.

Kennedy não está lá, eu quero gritar isso para eles, mas é claroque eu não vou fazer isso.

 —  Dois, —  ele grita novamente.

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~ 69 ~ 

hotel isolado. Frenético, ele sai e corre para a recepção. Poucos minutosdepois, ele retorna. Ele se joga dentro do carro sem dizer uma palavra, e

dirige o carro em torno de um velho quarto.

Nós saímos em silêncio, com medo. Ele nos leva para o quarto e

bate a porta, trancando-a. Ele aponta para a cama e murmura  —  Euvou fazer algumas ligações. Peçam um pouco de comida, tomem um

banho e durmam um pouco.

Ele pega o telefone e corre para fora, fechando a porta atrás de si.Me viro para Pippa, que está olhando para ele com os olhos arregalados. —  Será que estamos em perigo, Santana?

 —  Não, querida, —  eu a acalmo. —  Vá tomar banho. Vai ser bom,

e isso vai te aquecer.

Ela balança a cabeça, e se apressa sem dizer uma palavra. Elagosta de tomar banho, é como seu pequeno pedaço do céu. Quando elase foi, eu vou até a janela e espreito. Kennedy está andando para cima epara baixo da calçada, gritando em seu celular. Eu suspiro e caminho

de volta para a cama, pedindo um pouco de comida para Pippa e eu.

No momento em que a nossa comida chega, Kennedy está de voltae ainda frenético. Seus olhos estão correndo ao redor do quarto, nãorealmente focando em nada. Seus lábios são uma linha fina, sua pele

pálida. Pippa e eu comemos em silêncio enquanto ele se senta, batendocom o pé mais e mais. Em seguida, ele se vira para nós, olhando para

mim. —  Você confia em mim, não é, Tanie? —  pergunta ele.

Eu aceno. —  Sim, —  eu sussurro.

 —  Então você sabe que eu vou tentar manter vocês seguras?

Tentar.

 —  Sim.Ele balança a cabeça bruscamente, e aponta para a cama.  —  

Durmam um pouco. Não adianta se preocupar com isso.

Pippa e eu rastejamos na cama.

Isto parece ruim. Muito. Muito . Ruim.

* * * * * *

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~ 71 ~ 

Ótimo.

 —  Quão longe é o seu lugar novo?

 —  Cerca de meia hora.

 —  E você não se mudou ainda?

 —  Não.

 —  Onde vamos dormir?

Ele sorri. —  Lado a lado no cubículo na parte de trás.

 —   Ha ha. Talvez você possa fazer uma fogueira, também. Eh,

chefe?

 —  Espertinha, —  ele resmunga.

 —  Você que começou.

Ele bufa. —  Eu pedi algum material novo que virá nesta tarde.

 —  Sinto muito que você tenha que fazer isso por mim.

Ele dá de ombros.  —   Eu estava fazendo tudo isso de qualquer

maneira, chante . Você está apenas tornando isso mais divertido.

Eu sei que ele está apenas dizendo isso, e isso me faz sentir pior.O meu telefone vibra no meu bolso e eu puxo ele para fora, olhandopara a tela.

 —  Você vai precisar de um novo desses. Eu tenho um chegando.

Eu franzo a testa, mas não respondo. Em vez disso, eu olho paraa mensagem. É de Alec.

A - Oi linda, como você está?

Hesito, olhando para a tela. Ele é bom para mim, ele realmente é.Eu não deveria afastá-lo porque eu estou confusa sobre Maddox. Certo?

Eu respondo.

S - Eu estou bem. Como você está?

A - Eu vou estar bem quando eu posso te ver novamente.

Quando será isso?

S - Não pode ser por alguns dias, mas espero que em breve.

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~ 72 ~ 

A - Quinta-feira? Será que você ainda quer falar com a minha

irmã sobre esse trabalho?

Eu suspiro, sabendo que não vai acontecer agora. Vida fodida de

motoqueiro.

S - Eu não posso, desculpe. Vou explicar pessoalmente. Eu

tenho que pegar um número novo, eu vou te ligar esta noite.

A - Então eu não posso te ver antes disso?

Uau, ele está sendo tipo de insistente.

S - Desculpe, as coisas estão ruins.

A - Certo. Eu vou falar com você mais tarde então.

Eu suspiro e empurro o telefone no bolso, mas paro e decidomandar uma mensagem para Maddox. Provavelmente não é a melhor

decisão, mas eu me sinto mal sobre como ele saiu.

S - Eu só queria que você soubesse que estou salva.

M - Maravilhoso.

Sério? Eu quase posso ouvir o sarcasmo nessa mensagem.Homens . Eu coloco o telefone longe. Eu não quero responder quandoisso só vai ser desagradável. Além disso, Maddox odeia mandarmensagem e ele só faz isso quando ele está com preguiça de fazer umtelefonema. Ele está claramente com raiva de mim, o que é bom. Voudeixar isso por agora.

Me sento em silêncio até que Mack estaciona. Eu olho para ele, eele está olhando em volta, checando se não estamos sendo seguidos.Em seguida, ele abre a garagem e entra. Ele desliga o carro e se vira

para mim. —  Fique aqui.

Ele sai e eu o ouço vasculhar, uma porta batendo, em seguida,um momento depois, ele está de volta.  —  Está tudo certo, você podesair.

Enfio a porta aberta e saio do carro, esticando as pernas com umgemido. Nós estamos em uma garagem escura, mas eu posso ver a luzatravés da porta aberta, a parte direita da frente da sala. Eu ando emdireção a ela atrás de Mack, e damos um passo em frente em um lugarmuito agradável. É super lindo e moderno.

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~ 73 ~ 

Ele tem azulejos cinza e paredes brancas. A cozinha é a primeiracoisa que eu vejo, e é enorme, com bancadas em granito e laminadobranco brilhante. O resto do apartamento é toda parede e piso, porquenão tem mobiliário. A sala parece ter muito espaço, e então isso se

estreita para fora de um corredor que contém todos os quartos,banheiros e uma lavanderia. Eu ando pelos corredores, verificandotudo.

 —  Isso é muito bom, —  eu digo para Mack, olhando ao redor.

Ele balança a cabeça.  —  Sim, vai ficar. Você pode ter o quarto àdireita.

Ele aponta para uma porta fechada, e eu corro e abro. O quarto égrande e tem uma vista para o quintal, onde ninguém pode se esgueirar

porque há blocos de apartamentos que restringem o acesso. Caraesperto. Eu posso ver muito bem fora das grandes janelas de vidro

duplo. Eu sorrio, e volto para Mack. —  Obrigada, ele é lindo.

Ele balança a cabeça. —  Os móveis estarão aqui em breve, assim,

até lá, só teremos que esperar.

Eu o sigo para fora, chegando o novo banheiro e lavanderiaenquanto caminhamos. Nós dois paramos na cozinha vazia e olhamospara o outro. Bem, isto não é pouco estranho. Vou até a janela que dá

para o jardim da frente, mas Mack grunhe para eu ficar longe delas.Com um suspiro, eu acho um ponto no chão fresco, e retiro o meu

telefone para ler enquanto espero.

O mobiliário chega duas horas mais tarde, e eu fico para trás,enquanto Mack lhes permite passar, ordenando eles. Ele conseguiualgumas coisas realmente agradáveis. Há de tudo, desde cadeiras aaparelhos de cozinha completos. Isso deve ter custado muito. Eucomeço a puxar o plástico fora e descompactar os aparelhos enquanto

Maddox define as camas nos quartos.

 Trabalhamos até de noite, até que finalmente temos a sala deestar e de jantar configuradas, os utensílios de cozinha e necessidadespara fora, e os quartos, todos prontos para dormir. Eu faço para nósum café após as compras serem entregues, enquanto Mack tomabanho. Ele sai com apenas um par de jeans, e eu tenho que mantermeus olhos treinados sobre as xícaras de café para me impedir deolhar.

Mack é um homem impressionante, com roupas e sem elas. Eunão seria uma mulher de sangue vermelho se eu não achasse que ele

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~ 74 ~ 

era extremamente lindo. Me viro, mantendo meus olhos em seu rosto,tentando evitar a olhar para o seu corpo bem construído, com sua pelesuave e limpa. Eu sou fã de tatuagens, mas há algo tão bonito sobre ocorpo de Mack nu e musculoso que é completamente livre de tinta.

 —   Você está com fome?  —   pergunta ele, tomando o copo daminha mão.

 —  Claro. Você quer que eu faça alguma coisa?

Ele balança a cabeça. —  Nah, hoje à noite nós vamos pedir.

 —  Eu não me importo.

Ele sorri. —  Eu sei. Deixa comigo.

Ele liga para um disk pizza e nós dois caímos para baixo no sofácom um suspiro, enquanto esperamos. É um ótimo sofá de couro.

Super confortável e mole.

 —  Este é um bom sofá, —  eu digo.

Ele bufa. —  Você está desconfortável em estar aqui?

Eu suspiro. —  Sim.

 —   Não fique. Não é para sempre, e eu quase nunca vou estar

aqui. Não tenha medo de se sentir em casa.

Concordo com a cabeça, tomando meu café.  —  Então, chefe, mediga o que está acontecendo em todas as suas viagens como um

nômade?

Ele bufa.  —  Nada de mais. A mesma merda que acontece aqui.

Vida do clube, bucetas e bebidas.

Reviro os olhos. —  Qualquer buceta que vale a pena falar?

Eu espero que ele vá rir, mas seu rosto endurece e ele late,  —  

Não, —  antes de se levantar e ir até a cozinha.

Ok, então.

Isso vai ser divertido.

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~ 75 ~ 

Capítulo onze

SANTANA 2008

Kennedy acaricia meu cabelo, seus dedos se movendosuavemente ainda que constantemente. Eu fecho meus olhos, mepressionando mais perto dele, precisando de seu conforto. Eu estou

chapada, tão chapada que minha mente está girando, mas ele me tem.Ele sempre me tem. Eu enrolo meus dedos ao redor de sua perna, e

meu rosto é pressionado contra sua barriga firme.

 —  Não me deixe, Tanie. Eu nunca mais serei o mesmo sem você.

 —  Eu não vou deixar você. Eu te amo,  —  murmuro, fechando osolhos e deixando a neblina induzida por drogas assumir minha mente ecorpo.

 —  E eu te amo. Um dia, quando você tiver idade suficiente, euvou te mostrar o quanto.

 —  Você vai fazer amor comigo, Kennedy?

Ele ri baixinho. —  Sim, querida. E eu vou fazer isso incrível.

Hmmmm. Eu sei que ele vai. Ele me ama. Ele me diz todos osdias. Ele cuida de mim e Pippa, nos mantendo seguras quandoninguém mais o fará. Eu não sei o que seria da minha vida sem ele.

Deixo meus olhos abrir e eu olho para ele.

 —  Você pode me beijar? Eu não sou muito jovem para isso.

Seus olhos piscam. —  Você quer que eu te beije, Tanie?

Concordo com a cabeça ansiosamente, me empurrando para cima

até que nossas bocas estão perto. —  Sim.

 —  Se eu te beijar, eu posso não ser capaz de parar.

 —  Eu confio em você, Kennedy,  —  eu digo, enredando os dedos

em sua camisa e puxando-o para a frente.

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~ 76 ~ 

Ele me beija suavemente. Seus lábios se movem sobre os meus,mas ele não pressiona a desliza sua língua na minha boca como eu vino cinema. Ele só se move os lábios sobre os meus, enviando pequenosarrepios por todo meu corpo. Eu choramingo, me agarrando a ele,

minha mente girando. —  Isso é o suficiente, querida, —  ele diz, sua voz rouca e baixa. —  

Eu não vou parar.

Ele me enfia de volta contra o seu peito e eu fecho meus olhosnovamente, sentindo o conteúdo, me sentindo segura e me sentindoamada.

 —  Os homens de preto vão voltar e tirar você de mim? —  pergunto

quando o sono sobe para assumir.

 —   Não, eu não vou deixar ninguém tirar você de mim, Tanie.Ninguém.

Espero que ele esteja certo.

* * * * * *

SANTANA 2014

Eu estou enrolada no sofá; Alec está sentado ao meu lado. Euestou na casa de Mack agora por três noites, e nenhuma uma vezMaddox passou por aqui. Ele ainda está com raiva de mim, e ele não vaiatender minhas ligações ou responder minhas mensagens. Eu sei que

ele está verificando com Mack, mas ele se recusa a falar comigo.

Alec ligou ontem, perguntando se poderíamos sair. Perguntei aMack e ele estava bem com isso, ele estava indo para o clube para verMaddox e disse que ele não estaria aqui. Claro que Rhyder, Zaid e onovo prospecto6 , Austin, estão lá fora de olho. Eu não poderia ser

deixada sozinha.

6  Prospecto é como um estagiário no mundo dos MC. Ele é mandado por todos os

membros do MC e não participa das Igrejas, que é uma reunião fechada que osmembros têm. Quando o clube decide, ele então é nomeado membro e então começa aparticipar das decisões do clube, etc.

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~ 77 ~ 

Alec trouxe filmes e pipoca, então nós passamos as últimas horasassistindo. Eu estou gostando de estar dobrada no braço de Alec, maspor algum motivo estranho, estar enfiada com ele assim, traz de voltamemórias antigas de Kennedy. Eu não pensei sobre Kennedy muito

estes dias, imaginando que ele está provavelmente morto.Ele foi o primeiro homem que eu amei, mas eu sei que foi por

todas as razões erradas. Ele era a luz em um tempo de escuridão, ele foiuma espécie de miragem. Ele não era o que eu achava que ele era, masele ainda significava algo para mim. Ele cuidou de Pippa e eu, sempre

se certificando de que estávamos seguras.

Pelo menos até aquela noite horrível que mudou a minha vida e

levou minha irmã com ele.

 Tremo só de pensar nisso, e me dobro ainda mais nos braços deAlec. Ele aperta meu ombro, tendo claramente sentindo meu tremor.  —  Você está bem?  —  ele pergunta, se mexendo para que ele possa olhar

para baixo para mim. Eu olho para cima e sorria. —  Claro.

Ele se inclina para baixo, em seguida, captura a minha boca emum beijo suave e gentil. Sua boca não é áspera como de Maddox, em vezdisso, acaricia a minha como se eu fosse feita de seda. Maddox metomou como se fôssemos as duas últimas pessoas na terra, e ele

precisava de mim para respirar. Eu agito os pensamentos de Maddox daminha mente e beijo Alec de volta, igualmente suave, passando minhas

mãos sobre seu peito.

Foi quando a porta da frente se abre. Eu pulo para trás,tropeçando e caindo no sofá. Eu olho para cima para ver Mack,Maddox, Krypt e Ash em pé na porta, olhando para mim. Então, todosos olhos se voltam para Alec. Minhas bochechas queimam quando euolho sobre Alec, que tem um travesseiro pressionado a ele... meu Deus.

Ele está de pinto duro.

Com um grito, eu me levanto. Maddox está olhando para Alec tãoforte que eu estou surpresa que o homem não tem acendido um fogo equeimado até o chão. Mack está sufocando uma risada ao lado deKrypt, que está fazendo o mesmo. Ash está sorrindo para mim,claramente orgulhosa.

 —   Eu... ah...  —   eu começo, mas não há nada a dizer. Elesentraram e nós pegaram bem no meio de uma sessão de amasso. Nãoestava quente e pesado, com certeza, mas era uma sessão de amasso,

dá no mesmo.

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~ 78 ~ 

Estendo a mão para Alec. —  Vamos para o meu quarto.

 —  Eu não penso assim porra, —  Maddox rosna.

Deus me ajude.

Me dirijo a ele, meu rosto apertado. —  Não cabe a você.

 —   Cabe a mim, considerando que eu estava em sua cama háapenas uma semana com a minha boca em sua —  

 —  Vá se foder! —  eu abaixo, indo em direção a ele, e empurrandoseu peito. —  Como você se atreve!

 —   Whoa,  —   diz Ash, me puxando para trás.  —   Vamos nosacalmar. O pobre Alec parece estar super irritado.

Eu volto para Alec, que agora está de pé e recolhendo suas coisas.Ele me dá um olhar, que queima através de mim. —  Alec...

 —  Está tudo bem, —  ele diz irritado. —  Eu vou ligar.

Não, não vai, não se eu não impedi-lo.

 —  Por favor...

Ele me dá um olhar duro. —  É claro que você fez piada de mim.

 —  Não! —  eu choro. —  Isso não é verdade.

Maddox bufa. Alec olha pra ele, e, em seguida, sai pela porta dafrente. Eu vou para correr atrás dele, mas todos os motoqueiros ficamna frente da abertura, não me deixando passar. Lágrimas queimam emmeus olhos e me viro para Maddox. —  Como você pôde fazer algo assimcom ele?

 —  Eu não me importo com ele, —  Maddox late.

 —   Não,  —   eu digo, deixando as lágrimas caírem.  —   Mas vocêdeveria se preocupar comigo.

Me viro e saio correndo pelo corredor, entrando em meu quarto.Eu tento ligar para Alec, mas ele não responde. Eu não posso deixá-lo irpensando que eu estava usando ele. Eu não estava, eu gosto muitodele. Eu não quero parar de sair com ele, porque eu sei que nóspoderíamos ser bons juntos. Ele poderia ser o que me tira daqui. Elepoderia ser real  para mim.

Depois desta noite, é claro que Maddox e eu nunca vamos mudar.

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~ 79 ~ 

Eu coloco meu celular no bolso e olho pela minha janela. Eu jásai pela janela muitas vezes na casa de Maddox, mas desta vez édiferente. Eu fico olhando para os apartamentos em frente. Não seriauma saída, mas certamente não será fácil. Vale a pena o risco. Empurro

a janela para cima, e olho para baixo.É apenas uma casa de um andar, por isso não é muito alto. Eu

lanço a minha perna para o lado e escapo despercebida. Eu corroatravés do quintal, não olhando para as luzes que vêm da casa. Achouma grande cerca, bloqueando nossa casa dos apartamentos ao lado.Eu poderia passar por ela, não facilmente... mas eu podia. Depois decinco tentativas frustradas, uma queda dura para minha bunda e umpulso dolorido, eu consigo. Eu saio correndo para a rua.

Eu paro um táxi e entro. —  Onde, senhorita?

Dou a ele o endereço de Alec e me sento no banco, mexendo comos meus dedos enquanto eu nervosamente oro para que eu não tenhasido seguida. No meio do caminho, meu telefone toca. Eu olho parabaixo para ver o número de Maddox. Ele descobriu que eu saí. Meu

coração martela.

Outro momento depois, ele toca novamente. Ash agora. Isto

continua até que eu tenho mais de oito chamadas não atendidas.Finalmente, uma mensagem de texto apita. Eu fico olhando para aspalavras e meu coração aperta. Eu sei que Maddox será cheio de raivapor causa disso, mas eu tinha que fazer. Ele foi cruel com Alec, e Alec

não merecia isso.

M  –  Traga seu traseiro de volta pra cá, agora. Que Deus me

ajude, Santana, se você não fizer o que eu estou dizendo, você vai

se arrepender.

A raiva incha dentro do meu peito e eu digito com raiva a minha

resposta.

S - Aqui está uma coisa para você. Vá se foder.

Eu desligo o telefone antes dele poder responder. Eu fico olhandopara fora da janela em silêncio enquanto dirigimos, e quando chegamosao Alec, eu pago o motorista antes de deslizar para fora. Eu estou no jardim da frente, verificando para ver se eu tenho sido seguida antes de

caminhar até a porta da frente. Hesitante, eu bato.

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~ 80 ~ 

Alec responde quase imediatamente, e quando ele me vê, seus

olhos se arregalam e depois endurecem. —  Por que você está aqui?

 —  Posso entrar, por favor? —  eu sussurro. —  Por favor, Alec.

Com um grunhido, ele empurra a porta e me deixa entrar. Suacasa é enorme, e perfeitamente organizada. Tem pisos de madeirapolida, paredes brancas e móveis caros. Ele aponta para o sofá e eu mesento, olhando para ele quando ele se senta de frente para mim.

 —  O que Maddox disse...

 —  Ele estava mentindo?

Eu mordo meu lábio inferior, balançando a cabeça.  —  Não, masvocê precisa entender algo sobre Maddox e eu... Nós... nós temos umaligação. Ele salvou minha vida. O que ele fez lá atrás estava errado, e eusinto muito, eu te machuquei. Eu não quero fazer isso.

 —  Eu não tenho tempo para jogos, Santana.

Eu empurro minha cabeça erguida. —  Eu nunca faria isso.

 —  Você o ama?

Hesito, e isso me assusta pra caralho. Eu balanço minha cabeça

rapidamente, esperando que ele não note minha pausa.  —  Não, mas eume importo com ele. Eu o beijei, sim, eu não vou mentir. Isso não

significa nada.

Deus, eu estou mentindo. Eu posso sentir isso com tudo o quesou. Mas eu me preocupo com Alec, eu tenho que dar esta chance. Eu

tenho. Maddox e eu nunca daríamos certo.

 —  Como eu sei que é a verdade?

Eu olho para ele. —  Eu me preocupo com você, Alec, e eu quero te

conhecer melhor. Essa é a verdade.

 —  Prove.

 —  P-p provar? —  eu sussurro.

 —  Você me afasta cada vez que chego mais perto para um beijo.Você me diz que ele não significa nada, então prove.

Eu quero mostrar a ele que eu quero tentar. Eu  preciso   tentar,

por amor a mim e a Maddox. Não podemos continuar pendurado esteabsurdo e tratar um aos outro da forma como fazemos. Ele precisa

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~ 81 ~ 

seguir em frente e eu também, porque não há futuro para nós. Nunca

houve.

Eu me inclino para frente e pressiono meus lábios na boca deAlec, saber o que fazer, sabendo o que eu quero. Está na hora. Ele me

beija de volta, movendo a boca sobre a minha. Suas mãos deslizam paracima e para baixo em minhas costas, quase suavemente. Eu o beijomais duro, fechando os olhos, empurrando tudo o mais da minha

mente.

Apenas aqui e agora, Santana. Aqui e agora.

Alec geme rouco quando meus dedos deslizam para cima em suacamisa, sentindo seu músculo firme. Ele nem sequer hesita. Suas mãosse movem sobre o meu corpo, acariciando meus seios e apertando

minha bunda. É um pouco duro, mas eu estou tentando ir junto comele. Eu nunca fiz isso antes, eu não sei como isso está destinado a se

sentir. Eu vou deixá-lo assumir a liderança.

Ele facilita o trabalho das minhas roupas e me estabelece sobre osofá. Ele tira a sua camisa até que ele esteja em apenas calça jeans. Eleparece ser bom, muito bem construído e bonito. Eu sorrio para ele, e eleacaricia o polegar sobre meu queixo antes de se inclinar para baixo e

me beijar novamente.

Seus dedos trilham para baixo entre as minhas pernas e eu recuoao primeiro contato. Eu choramingo enquanto desliza o dedo sobre omeu clitóris, acariciando-o suavemente. É uma sensação agradável,muito bom. Ele desliza para baixo ainda mais, empurrando um dedodentro de minhas profundezas. Minha boca se abre e um grito áspero

que vem de fora, porque Deus, isso queima.

Ele não percebe. Sua boca está agora em meus peitos, e seusdedos estão deslizando para dentro e para fora do meu corpo

despreparado. Oh Deus. Oh Deus, isso dói tanto. Eu não esperava quea primeira vez fosse agradável, mas eu não esperava que isso fosse tãoruim. Eu fecho meus olhos, tentando relaxar o meu corpo, tentando

sentir a sua boca em mim.

Ele finalmente puxa os dedos a distância e empurra para trás,chegando em seu jeans para retirar um preservativo. Isso me incomoda,porque eu não entendo por que ele o tinha colocado lá dentro, paracomeçar. Será que Alec estava pensando em me tomar esta noite? Euengulo isso, sabendo que eu estou exagerando. Eu preciso ter calma, eu

preciso aproveitar isso.

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~ 82 ~ 

Pare de pensar, comece a sentir.

Eu vejo quando Alec rola o preservativo sobre seu pênis. Eununca vi um homem assim, e, finalmente, os meus olhos vão para lá eminhas bochechas ficam rosa. É sexy, em sua própria maneira especial.

Alec acaricia a mão sobre ele enquanto ele se inclina sobre mim comum olhar sensual.

 —  Você está pronta? —  ele murmura.

 —  Sim.

Eu fecho meus olhos quando sua boca encontra meu pescoço, eele pressiona seu comprimento na minha entrada. Eu mordo meu lábioinferior, esperando que isso apenas alivie e... ele empurra sem

hesitação. A queimação irradia um incêndio através do meu corpo,causando um grito sufocado que sai dos meus lábios. Ele nem percebe,ele só resmunga algumas palavras sobre como isso é bom e começa aempurrar.

Lágrimas rolam pelo meu rosto quando a dor rasga meu corpo.Oh Deus, dói, dói muito. Eu choramingo, mas ele nem percebe que estáme causando dor. Ele mantém a cabeça em meu ombro enquanto eleempurra, forte e rápido. Meu sexo está seco e parece que alguémcolocou um pedaço de lixa dentro de mim.

 —  Deus, você é boa pra caralho, —  ele geme. —  Tão apertada.

Faça parar, por favor.

Isso vai ficar melhor. Isso vai. Todas elas dizem que sim. É apenas

a primeira vez. Isso é tudo.

Digo a mim mesma isso mais e mais, enquanto as lágrimasescorrem pelo meu rosto, mas quando a queimação fica muito intensa,

eu sei que não posso tomar isso por mais tempo. Empurro seu peito,rapidamente, mais e mais. —  Pare, —  eu coaxo. —  Alec, pare. Isso dói.

 —  Eu não posso, —  ele mói para fora. —  Eu estou tão perto.

 —  Por favor, —  eu choramingo. —  Pare.

Ele empurra mais rápido. —  Quase... lá... oh Deus.

 —  Pare! —  eu lamento, empurrando mais duro. —  Eu disse pare,

pare, pare!

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~ 83 ~ 

 —  Oh merda,  —  ele berra, e eu posso sentir cada pulso quando

ele libera o preservativo.

Eu soluço com raiva, mágoa e me sentindo usada. Ele puxa parafora de mim e olha para baixo, com um sorriso preguiçoso no rosto. Ele

percebe as minhas lágrimas e aperta os olhos.  —   Por que você estáchorando?

 —  Por quê? —  eu guincho, empurrando seu peito.

Ele se move de cima de mim rapidamente e observa enquanto eupego as minhas roupas. Eu soluço, tropeço e soluço, horrorizada que eudei algo que eu protegi por tanto tempo para um idiota que estava mais

preocupado em conseguir gozar.

 —  Então, é assim que isso é.  —  eu ri amargamente.  —  É assimcomo o jogo é.

Ele olha para mim. —  Você pediu por isso. Não se vire e aja assim

comigo agora.

Sério?

 —   Eu pensei que você fosse um cara legal,  —   eu soluço.  —  

Quando uma menina te pede para parar, você para porra.

Ele balança a cabeça.  —   Eu deveria saber que você era umadelas, uma daquelas meninas que provoca e depois chora quando issoacontece.

Eu engasgo para ele. —  Como?

 —  Você queria isso, Santana. E se você não queria, por que veioaqui? Não jogue a culpa em mim. Você tem brincado como umaprostituta de dois dólares ao redor de mim e Maddox...

Eu balanço minha cabeça, virando bruscamente, e busco a minhabolsa e telefone. Meu sexo dói e queima enquanto eu me movo, e

minhas lágrimas caem mais pesadas a cada passo em direção à porta.

 —  Onde você está indo? —  ele grita atrás de mim.

 —  Eu estou ligando para Maddox e...

 —  Claro que não, —  ele late, vindo em minha direção. Medo correnas minhas veias quando eu dou dois passos para trás.  —   Você não

está ligando para ele e inventando histórias sobre o que eu fiz... Eu nãofiz nada porra.

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~ 84 ~ 

Minhas mãos tremem quando me viro, empurrando a porta dafrente aberta. Ele amaldiçoa, mas tem que colocar suas roupas antesque ele possa me seguir. Tenho um minuto, se eu tiver sorte. Eu discopara Maddox rapidamente.

 —  Onde diabos você está —  

 —  Maddox, —  eu coaxo, minha voz fraca.

 —  O que aconteceu? —  ele late.

 —  Eu... Eu preciso que você venha me pegar, por favor.

Ele deve ouvir algo na minha voz, porque ele amolece.  —   Onde

você está? Você está ferida?

 —  Não ligue para aquele filho da puta!  —  Alec late. —  Não mintapara ele, Santana.

 —  Que porra está acontecendo? —  Maddox exige.

 —  Por favor, —  eu coaxo. —  Venha me pegar.

Eu digo o endereço e desligo. Me viro para Alec, que acaba dechegar à porta. —  Não se aproxime de mim, —  alerto, minha voz fraca. —  Se você me tocar, você está morto.

 —  Eu sabia.  —  ele ri amargamente.  —  Eu sabia que você estavaapenas à procura de um bom tempo, me usando e jogando com aminha cabeça.

 —   Eu?  —   eu agarro.  —   Você tinha um preservativo no bolsoquando você veio com o seu falso ‘ vamos ver filmes’  hoje à noite. Vocêsó queria transar comigo, você é a verdadeira definição de um jogador,

Alec, e aqui estava eu pensando que você era um cara legal.

Ele bufa.  —  Eu sou um cara legal, quando a menina não é umaprostituta barata. Não ouse dizer a Maddox que eu te machuquei,haverá problemas.

 —  O que você vai fazer? —  eu rio com a voz rouca. —  Hein?

Ele dá um passo para dentro da casa, batendo a porta na minhacara. Me viro e vou me sentar, mas no momento em que eu faço, a dordispara pelo meu corpo. Eu me levanto novamente, meus olhos seenchem de lágrimas mais desesperadas. O estrondo de uma Harley

Davidson enche meus ouvidos apenas vinte minutos depois. Graças aDeus Maddox está sozinho.

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~ 85 ~ 

Ele para a moto e sai, andando em minha direção com umaferocidade que é assustadora. Seu cabelo preto balança em torno de seurosto, e seus olhos azuis são ferozes. Ele para na minha frente, com ospunhos cerrados. Seus olhos passam em cima de mim, parando no meu

cabelo desgrenhado. —  Onde diabos está aquele desgraçado, veado filho de uma puta?

Eu vou... —  

 —  Não é assim, —  eu coaxo. —  Ele não fez... Eu...

Ele passa rapidamente os olhos para mim e grita,  —  Me. Diga. O.

Que. Aconteceu?

Eu engulo.  —  Eu... Nós... estávamos...  —  eu deixo cair a minha

cabeça.

Maddox leva meu queixo, me forçando a olhar para ele.  —  Agora,

Santana.

 —  Eu dormi com ele!  —  eu guincho.  —  Eu disse para ele parar,

e...

Maddox me deixa ir antes que eu consiga terminar a minha frase.Ele vai até a porta e ele bate nela, rugindo o nome de Alec. Alec não

responde. Eu fico olhando com horror enquanto Maddox vira e vai paraa janela, levantando sua bota e chutando-a com tanta força que destrói.

O vidro explode e voa por toda parte.

 —  Maddox! —  eu grito.

Ele chuta o vidro restante e então ele entra. Eu ouço o somestrondoso de sua voz na casa, e, em seguida, os sons claros de punhosbatendo em pele e os ossos esmagando. Alec ruge de dor e onde euposso ver pela janela quebrada. Corro para a porta da frente,

balançando e chacoalhando. —  Maddox!Ela se abre e ele sai, segurando um ensanguentado e golpeado

Alec pela parte de trás da camisa. —  Peça desculpas porra, —  ele ruge.

 —  Eu sinto muito, Santana, —  Alec coaxa, tirando sangue de suaboca.

Maddox vira e joga Alec para dentro da casa. —  Chegue perto dela

de novo, eu vou explodir a porra do seu cérebro para fora de seu crânio.

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~ 86 ~ 

Eu pressiono minha mão na minha boca. Em questão deminutos, Maddox deixou Alec em uma confusão patética de sangue

deitado no chão.

Girando, Maddox pega meu braço e me arrasta para a moto. Ele

está sangrando, os nós dos dedos e seu rosto. Não parece haverquaisquer lacerações profundas. Ele se cortou no vidro. Ele não disseoutra palavra para mim, ele apenas me joga na parte traseira da moto e

sobe.

Então estamos fora, na escuridão.

Eu deixo as lágrimas irem livremente agora, não há nenhum

motivo para segurar.

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~ 87 ~ 

Capítulo doze

SANTANA 2014

No minuto em que chego de volta a casa de Mack, Maddox saifora da moto e troveja para dentro. Ele não para, ele nem sequerverificar se alguém está por perto. Eu sigo rapidamente, mantendo a

cabeça baixa, envergonhada de mim mesma. Quando damos um passopara dentro, Mack olha para cima e seus olhos se arregalam. —  O que

aconteceu?

Maddox não diz nada, ele simplesmente desaparece no final docorredor. Eu o vejo passar e balançar os meus olhos para Mack. Ele medá uma expressão de E aí?  e eu começo a soluçar de novo.

 —  Hey,  —  ele rosna, de pé.  —  Se recomponha, pare de chorar eme diga o que aconteceu.

Eu chupo meu choro e aceno com a cabeça, tirando minhaslágrimas.  —  Eu fui para Alec e... Eu... nós... tivemos relações sexuais.

Eu disse para parar, e ele não parou...

 —  Porra.

 —  Maddox bateu nele, Mack. Ele tem sorte que ele não o matou.

Mack passa as mãos pelo seu cabelo, sua mandíbula apertada.  —  

Cansei dessa merda.

Eu balanço minha cabeça, confusa.

Olhos castanhos frios viram para mim.  —  Você se preocupa com

ele, Santana?

Eu assinto.

 —  Então leve sua bunda egoísta até ele e faça com que ele vejaisso. Cresça, porra.

Ele se vira e vai para fora, não me dando a chance de responder.Meu orgulho está ferido, mas suas palavras são verdadeiras. Eu sou

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~ 88 ~ 

uma vaca egoísta. Eu estive dançando ao redor disso por tanto tempo.Eu tenho sido uma horrível, uma pirralha louca e eu poderia ter sido

morta.

Me viro com as pernas trêmulas e eu caminho pelo corredor. Eu

vejo a porta do banheiro um pouco aberta, então eu abro e entro.Maddox está inclinado sobre a pia, sua cabeça caída, sangueescorrendo pelos lados da pia. Meu coração se parte. Que tipo de garota

que eu sou? O que eu fiz?

Dou um passo para frente. Minhas mãos tremem quando euchego perto do homem inclinado sobre a pia. Ele está tremendo deraiva, eu sei que ele está. Eu o perturbei, machuquei, o usei e jogueitudo na cara dele. Eu paro ao lado da pia, estendendo a mão e

colocando meus dedos em sua mão. Ele hesita, mas ele não olha paracima.

 —  Saia, —  ele diz.

 —  Não, —  eu digo, minha voz não sai tão forte quanto eu gostaria.

Ele sacode a cabeça, e seus olhos ardem nos meus. Sua

mandíbula flexiona quando ele range os dentes.

 —  Eu tive o suficiente dessa porra fodida.

 —  Eu sei, —  eu coaxo.

Seus olhos cintilam sobre o meu rosto rapidamente.

 —  Você sabe porra nenhuma, Santana. Nada.

 —  Eu sei que você se importa comigo, eu sei que tenho sido umapirralha horrível e eu sei que eu te machuquei.

Ele olha pra mim. —  Você. Não. Sabe. De. Nada.

 —  Então me diga! —  eu choro. —  Você dança ao redor disso tantoquanto eu. Nós dois temos jogado jogos por mais de um ano agora,Maddox. Cansei disso, estou farta dessa merda.

 —  Você quer jogar com a verdade? —  ele berra, arrastando todosos itens fora da pia. Eles batem no chão.  —   Então me diga por quediabos você saiu correndo quando você descobriu que eu tive o meu pau

chupado por Ash?

Suas palavras me fazer empurrar para trás. Eu fico olhando paraele, deixando a mágoa aparecer na minha cara.

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~ 89 ~ 

 —  Eu não sei por que eu corri —  eu digo.

 —  Saia.

 —  É a verdade! —  eu choro. —  Eu não sei o que estalou.

 —  Se você abrir a porra dos seus olhos, em vez de olhar para mimcomo se eu fosse a pior coisa do caralho, você poderia ver o que está

bem na frente de você. Agora dê o fora!

Ele ruge isso tão alto, que eu recuo.

Me viro e saio correndo do banheiro, meu peito dói como nuncadoeu antes. Eu tropeço no meu quarto, e Deus, dói. Dói tanto. Eupensei que Alec era o que eu queria, eu pensei que ele poderia me dar avida que eu buscava desesperadamente, apenas para descobrir que eleera falso. A única coisa real no meu mundo é Maddox, e ainda assim eutenho lutado tanto contra ele.

Eu sempre pensei que eu sabia, lá no fundo, que essa vida não

era para mim.

 Talvez eu estivesse errada.

Eu não sei de mais nada.

* * * * * *

Eu estou enrolada no chão do chuveiro, chorando tão alto quetodo meu corpo dói. Meu sexo queima, e havia um monte de sangue naminha calcinha quando eu me despi para entrar. Eu estive sentada aquipor 20 minutos agora, deixando a emoção e raiva queimar dentro da

minha barriga.Estou com raiva de mim mesma.

Estou com raiva de Alec.

Estou com raiva de Maddox.

 Tudo é apenas uma bagunça confusa de emoções, e meu coraçãodói cada vez que penso sobre o que Maddox disse para mim. Eulentamente me levanto. Eu ouvi sua moto desaparecer e o próprio som

fez meu coração quebrar em mil pedaços.

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~ 90 ~ 

Saio do chuveiro, puxando uma toalha em volta de mim. Eu meseco rapidamente e levanto o pente, arrastando-o pelo meu cabelo, eentão eu escorrego em uma camisola. Vou até minha cama, jogando ascobertas e entro. Mais lágrimas fazem uma aparição quando eu encho

meu rosto no travesseiro, me sentindo como uma tola. Eu machuqueiMaddox, ele me machucou e juntos fizemos uma bagunça real nasnossas vidas.

A porta range, mas eu não me incomodo em virar. A cama afundaao meu lado afunda e eu não olho. Eu já sei que é Mack, eu sei porqueele costumava fazer isso quando eu tinha pesadelos. Se Maddox nãoestava por perto, Mack era a minha rocha. Um corpo forte envolve emtorno do meu, e ele me puxa para seus braços.

 —  Eu fui um idiota —  ele murmura. —  Desculpe, chante .Eu balanço minha cabeça.  —  Você não foi. Foi minha culpa você

ter sido posto nesta situação.

 —  Ele está sofrendo.

 —  Eu sei —  eu coaxo.

 —  E você também.

Eu não respondo. —  Você está bem?

Eu engulo, e meus olhos ardem de todo o choro que eu tive nas

últimas horas.

 —  Ele me machucou, Mack, —  eu choramingo.

 —  Maddox?

 —  Não. Alec.

Ele acaricia a mão sobre o meu cabelo. Muitas pessoas não veem

Mack assim. Ele é geralmente duro e másculo.

 —  Eu era virgem —  eu sussurro. —  E ele era tão duro.

 —  Porra! —  grunhe Mack. —  Esse pedaço de merda.

 —  Você vai ficar comigo?

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~ 91 ~ 

 —   Sim  —   ele murmura, me puxando para mais perto. Ficamosdeitados assim até que o sono bateu em nós, e nesse momento eu sou

tão grata a Mack por ser meu amigo.

Deus sabe que eu preciso dele.

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~ 92 ~ 

Capítulo treze

SANTANA 2008

Kennedy acaricia as mãos sobre o meu cabelo quando a corridamorna inunda meu corpo. Ele faz um som suave, enchendo minhasveias com a sua doença. Isso é o que essas drogas são, uma doença que

se afunda em sua alma. Ele está me preparando. Ele me disse que eutenho que fazer algo muito especial para ele esta noite.

Eu não poderia ir sem as drogas. Eu precisava delas.

Kennedy deu para mim, mas não o suficiente. Até o momento queele me deixa ir e eu estou em meus pés, eu já sei que eu preciso demais. Ele se recusa, me dizendo que eu preciso me concentrar.  —  Vaiser um homem que irá encontrá-la. Tudo que você tem a fazer é dar aele este pacote e depois sair. Você pode fazer isso?

Eu lamento, mas aceno.

Kennedy me entrega o pacote e fala mais e mais o que eu tenhoque fazer, e ele me leva para o local onde eu deveria entregar o pacote.Ele me leva a cinco quarteirões de distância.  —   Vá e espere. Eu vouestar em casa com Pippa, mantendo ela segura. Você confia em mim,

não é mesmo, Tanie?

 —  Você vai cuidar dela? Me prometa que ela estará segura.

Ele balança a cabeça. —  Eu prometo.

Concordo com a cabeça, me empurrando para fora do carro.

 —  Tanie?

Me viro para ele, olhando através visão turva. —  Você sabe que eute amo?

Concordo com a cabeça novamente.

Ele sorri e vai embora. É a última vez que eu vejo Kennedy.

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~ 93 ~ 

* * * * * *

Eu não deveria ter aberto o pacote, mas eu estou desesperada. Eu

preciso de um tapa7, e já sei o que está aqui. Um comprimido, umapílula é tudo que eu vou tomar.

Eu tomo um, depois outro, depois outro. Não está funcionando.Por que isso não está funcionando? Minha mente já está girando, entãoeu não noto isso avançar para a próxima fase. De repente, eu começo a

querer nunca ter tomado isso em primeiro lugar.

Eu caio de joelhos, segurando o pacote contra meu peito, minhacabeça girando. Vômito sobe na minha garganta, e eu me esforço para

mantê-lo para baixo. Todo o meu corpo parece como se ele fosseexplodir. Deus, o que é isso? Eu suspiro, tentando respirar quando umbloco de vômito aparece em minha garganta. Eu caio de costas, aindasegurando o pacote. Oh Deus. Oh Deus. Eu vou morrer aqui, e Pippa

vai estar sozinha.

Pippi. .

Eu pulo para dentro e fora da consciência, ouvindo vagamente ossons de carros na rua, os sons de bares e a música estridente deles, e

em seguida, o som de uma voz masculina rindo. Eu tento rolar para obeco, mas eu não posso mover meu corpo. Tudo está pesado. Tudo dói.

 —  Porra.

Mãos quentes pressionam contra meu rosto. Eu quero abrir meus

olhos, mas eu não posso. Elas não irão funcionar.

 —  Hey, acorde.

Eu não consigo acordar. Vômito sobe mais e mais, até que eusinto que isso está me sufocando. Suspiros deixar minha garganta, masnão é o suficiente. Eu vou morrer.

 —  Espere aí, eu vou te ajudar.

Isso é quando tudo fica preto.

7 Se drogar.

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~ 94 ~ 

Capítulo catorze

SANTANA 2014

 —  Me leve para o clube,  —  eu digo, três dias depois para Mack,

enquanto ele se prepara para sair.

Ele se vira para mim. —  Por quê? —  Já se passaram três dias. Ele não falou comigo e ele não vai se

eu não for lá e consertar isso.

 —  Não há nada que você possa fazer, só se você disser a ele que o

ama, isso pode corrigir isso.

Eu balanço minha cabeça. —  Você está errado.

 —   Vou te levar, mas me escute, Santana,  —   diz ele, se

aproximando.  —  Não vá lá e piore o estado dele. Você quer ficar comMaddox, então, fiquei com ele. Se você não quer, deixe claro que vocênão está interessada. Pare de brincar.

Eu aceno. —  Eu juro.

 —  Tudo bem então, entre no carro.

Nós entramos no SUV na garagem e vamos para o complexo.Chegamos bem, sem problemas. Já está escuro e o clube está em plenoandamento. Eu saio do carro e caminho com Mack para dentro. Eu vejoos caras, e todos eles me dão um sorriso e um aceno enquanto eu

passo.

Eu ir direto para o escritório de Maddox.

Eu tive muito tempo para pensar sobre isso, considerando que jáfaz três dias e ele não disse uma palavra. Ele está certo, Mack está certoe eu sou uma idiota. Maddox se importa comigo e se eu não estoumentindo para mim mesma, eu me preocupo com ele. Isso pode

funcionar? Eu realmente não sei. Eu quero ele? Eu não sei o que quero.

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~ 95 ~ 

 Tudo que eu sei é que eu o machuquei e ele merece que eu peça

desculpas por isso.

Eu abro a porta do escritório e vejo Krypt e Ash... Jesus. Eu gritoe giro ao redor, apertando a mão para os meus olhos.  —  Oh meu Deus,

Krypt, eu acho que acabei de ver sua... coisinha... 

Krypt ri e Ash grita de vergonha.

 —  Garota de sorte.  —  ele ri.  —  E isso não é uma coisinha, meudoce, é um caral.... —  

 —  Krypt! —  Ash o corta com um zombar envergonhado.

 —   Onde está Maddox?  —   eu pergunto, ainda cobrindo meus

olhos.

 —  Saiu.

 —  Ok, continuem.

Saio, fechando a porta. Meu Deus. Eu nunca quero ver isso denovo. Eu ando de volta para baixo pelos corredores, decepcionada.Maddox nem está aqui. Eu volto e sento no bar, pedindo uma bebida.Austin, o novo prospecto, vem e se junta a mim. Ele é jovem, talvezvinte e seis anos, e tem o cabelo loiro bagunçado e lindos olhos

castanhos.

 —  Como você está, Santana? —  pergunta ele.

Eu dou de ombros. —  Não tão ruim, como você está?

 —  Além de ser um escravo de motoqueiros, muito bem.

Eu rio. —  A vida de um prospecto, hein?

Ele bufa. —  Sim. Como está a sua perna?

 —  Está tudo bem. —  eu sorrio. —  Tudo curado.

 —  Levar um tiro é uma merda.

Eu rio. —  Sim, essa é uma maneira de colocar isso.

Conversamos por mais de uma hora. Austin me conta sobre suavida, e de onde ele veio. Eu digo a ele sobre a minha. Nós nos damosmuito bem. Maddox vem quando eu estou na minha terceira bebida eseus olhos atiram direto para mim.  —  O que diabos ela está fazendoaqui?

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~ 96 ~ 

Ainda bravo, eu vejo.

Eu vou para dizer alguma coisa, mas ele sai. Com um suspiro, eume levanto e caminho pelo corredor atrás dele. Ele entrou em seuescritório e eu hesito na porta por alguns minutos antes de entrar. Ele

está sentado no sofá, a cabeça baixa e um copo de algo âmbar na mão.Ele olha para cima quando eu entro e seus olhos estão furiosos.

 —  Por que diabos você está aqui?

 —  Para falar com você —  eu digo, fechando a porta atrás de mim.

 —  Não há nada a falar. Saia.

 —  Jesus, Maddox, você pode parar?

 —  Parar  —  ele bufa.  —  Isso tudo que você tem a dizer? Você vaisentar aqui e me culpar também?

Eu balanço minha cabeça, me inclinando contra a porta. —  Você

nunca me disse como se sentia.

Ele olha pra mim. —  E você não parou para ver porra.

 —  Eu não sou uma vidente, —  eu sussurro.

 —   Essa porra não importa. Estou farto. Saia. Eu tenho uma

buceta esperando.

 —  Não, —  eu lato. —  Não me empurre para longe!

 —  Por quê? —  ele ruge. —  Você está fazendo essa porra comigo.

 —  Eu não estou te afastando  —  eu choro. —  Eu não sabia. Eu…

Eu fodi as coisas, Maddox. Eu fodi as coisas, porque eu estou com

medo. Eu me importo com você... Eu realmente...

 —  Palavras —  ele rosna.  —  Elas fodem tudo para mim. Você nãofez nada, além de deixar claro que meninos bonitos é o que você quer,

não um fodido motoqueiro.

Dou um passo vacilante para frente e seus olhos se arregalam. —  

Então eu vou te mostrar que você está errado.

Ele me olha com aquela escura expressão de raiva enquanto euando em direção a ele. Eu paro na frente dele, e então eu lentamentesubo em seu colo. Meu coração está martelando, ele poderia me afastar

a qualquer momento.

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~ 97 ~ 

Assim, sentada sobre grande corpo de Maddox está fazendocoisas para mim, coisas estranhas. Eu nunca senti nada parecido em

minha vida. Ele olha para mim, sem se mover, nem mesmo tentar.

 —  Eu cometi um erro —  eu sussurro, colocando minhas mãos em

seu peito.  —  Eu fodi tudo, Maddox. A verdade é que eu estava feridaquando você ficou com Ash porque eu gosto de você. Isso me deixouconfusa, meus sentimentos me confundiram e eles ainda fazem, mas eunão vou negar que doeu, porque você é importante para mim mais doque eu pensava. O que eu fiz com Alec.. foi errado...e eu paguei porisso. Ele tomou algo de mim que eu não posso ter de volta e a coisatriste é que eu dei para ele. Ele fez isso machucar, mas eu sei que comvocê... não vai. Me mostre, Maddox. Me mostra o que nós dois nãopodemos dizer.

Seus olhos piscam e gelo no copo chocalha quando ele estende amão e o coloca na mesinha ao lado do sofá. —  Não há como tomar isso

de volta. Uma vez que eu estiver dentro de você, é isso.

 —  Me mostre,  —  eu sussurro.  —  Faça ele ir embora, faça isso...

torne isso seu ...

 —  Você era virgem.

É uma afirmação, não uma pergunta.

Eu assinto.

 —  Ele machucou você?

Concordo com a cabeça novamente.

 —  Quanto?

Abro a boca, e minhas bochechas ficam rosa.

 —  Quanto, baby? —  ele exige.

 —  Eu... doeu... doeu muito. Havia sangue, e... —  

 —   Porra,  —   ele me corta.  —   Não é possível transar com você,

querida. Não quando você foi ferida.

Eu balanço minha cabeça.  —   Mas... Maddox... nós doisqueríamos isso. Eu quero isso. Com você. Eu quero que você faça eusentir isso como deve ser.

Ele pega a minha mão, pressionando-a para baixo entre nós esobre o seu... Puta merda... impressionante pau.  —   Você sente isso,

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~ 98 ~ 

querida?  —   ele rosna.  —   Não há nenhuma maneira que isso não vai

doer.

Eu me inclino para frente, pressionando minha testa à dele.  —  Hoje, amanhã, ou um mês depois. Nós não podemos mudar isso. Eu

cometi um erro com Alec, mas eu quero você, Maddox. Eu. Quero. Você.

Ele puxa para trás, os olhos duros. —  E eu vou te foder, não aqui.Não esta noite. Não quando você ainda está machucada.

Abro a boca para protestar, mas ele me corta.

 —  Eu não preciso te foder para te fazer gritar.

Oh, cara.

Eu encontro o seu olhar e ele me dá um sorriso peculiarmentesexy que me faz querer inclinar para a frente e devorar seu belo rosto.

 —  Bem, então, —  eu respiro. —  Faça isso.

Seus olhos deslizam sobre meu corpo, lentamente, e quando elesencontram os meus novamente, eles estão cheios de calor.  —  Devagar.Aquele fodido machucou você, querida. Vou mostrar o quão belo issopode ser.

 —  C...c... certo. —  eu sussurro.

Ele levanta a mão, correndo as costas dos dedos no meu rosto,tão lento e gentilmente que isso me pega de surpresa. Ele traz o rostomais perto, sua respiração aquecendo meu rosto. Eu fecho meus olhos,apenas absorvendo isso, deixando ele me mostrar tudo o que ele quisme mostrar por tanto tempo. Seus dedos continuam a acariciar o meurosto, descendo do meu pescoço e sobre o meu ombro.

Em seguida, ele substitui o dedo com os lábios, e todo o meu

corpo ganha vida. Ele espalha os mais suaves, os mais doces beijossobre meu rosto, pastando suavemente pelos meus lábios antes depassar para o meu pescoço. Espinhos minúsculos de prazer saem sobrea minha pele e calor atira através de mim com a sensação de seuslábios fazendo cócegas no meu pescoço. É uma sensação incrível e tãoreal.

 —   Sua pele tem cheiro de mel  —   ele ronrona contra a minha

garganta, pequenas vibrações viajam através de mim.

Eu rio baixinho. —  É o sabão do banho.

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~ 99 ~ 

 —  Mmmmm, —  ele rosna. —  Continue tomando banho com ele.

Suas mãos se movem, deslizando para cima meus lados. Seusdedos fazem cócegas sobre o meu corpo, aquecendo um caminho poronde passam. Então ele os desliza sobre o meu vestido, me acariciando,

acariciando suavemente meus seios através do tecido. Um choramingoescapa e sua boca capta a minha, me dando um beijo tão consumidoque isso tira o meu fôlego. É tão suave, tão perfeito... exatamente como

deveria ser.

Eu só não sabia que eu poderia conseguir o que eu precisavadesesperadamente de um motoqueiro.

Ele está sendo tão lento comigo, tão doce. Sua boca apimentabeijinhos no meu rosto e pescoço, os dedos tocando o meu lado e sobre

os meus seios. Minha pele está viva, meu corpo está vibrando e isso éincrível. Eu fecho meus olhos e vejo tudo, deixando-o explorar o meucorpo, deixando-o me trazer a vida de uma forma que Alec recusou. Eleestá substituindo todas as coisas más que Alec colocou no meu corpo, esubstituindo isso com algo bonito, algo de Maddox .

 —  Está levando tudo de mim para me segurar,  —   ele murmura

contra o meu pescoço. —  Você é tão malditamente linda, Santana.

 Tremo e ele geme.

 —  É assim que você deve se sentir, baby,  —  ele rosna. —  Quandoum homem faz você se sentir algo bonito.

 —   Você me faz sentir isso.  —   eu me esforço para respirar.  —  

Incrível. Eu preciso de mais , Maddox. Eu preciso de você, agora.

Ele traz a boca para frente e captura meus lábios nos dele. Comoda primeira vez, o beijo é um maldito escaldante. Sua língua se movepelos meus lábios e me fazem me sentir fraca, deixando minhas pernas

bambas. Sua barba arranha contra minha bochecha da melhor maneirapossível.

 —  Porra, —  ele rosna, puxando para trás. —  Nunca beijar alguém

foi tão bom pra caralho assim.

Eu fico olhando para ele. Ele é tão bonito. Eu me estico,acariciando meus dedos sobre seu rosto áspero. Seus olhos estão derastreando, por respostas, por esperança, eu não sei... mas é bom. Estemomento parece exatamente como é feito para ser. Eu deslizo as mãos

de seu rosto, pelo pescoço e paro quando eles são apoiados no seupeito.

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~ 100 ~ 

 —  E agora? —  eu respiro.

Ele me tira de seu colo em um movimento rápido, me deixandocair sobre o sofá ao lado dele. Ele se vira, tirando sua jaqueta de couro.Em seguida, ele se inclina para mim. Eu coloco a mão para detê-lo. —  A

camisa, —  eu respiro. —  Tire.

Com um sorriso, ele levanta a bainha de sua camisa e tirarapidamente. Eu tomo um momento para olhar para a pura perfeiçãoque é Maddox. Abdômen rasgado, tatuagens sobre a pele firme, lisa, emúsculos em seus longos braços grossos, Deus, esse corpo écomestível. Ele é de dar água na boca.

Eu me inclino para frente, pressionando minha boca em sua pele,deixando minha língua deslizar para fora para prová-lo. Ele rosna,

gutural e profundo, me empurrando para trás.  —   Quem estáconduzindo essa festa?

Eu sorrio ironicamente, me inclinando para longe. Ele chega paramim, tomando conta do meu vestido e puxando-o para cima e sobre aminha cabeça até que eu estou em nada além de um fio-dental e umsutiã. Um outro gemido baixo deixa seus lábios enquanto ele me

estuda. —  Você é tão perfeita.

Eu mordo meu lábio quando ele me toma em seus braços,

atingindo minhas costas para tirar meu sutiã. Ele joga o sutiã e seinclina para trás de novo, olhando para os meus pequenos, mas fartosseios. Sua mandíbula está apertada enquanto seus olhos pasta sobre aminha pele, em seguida, ele se inclina para baixo, a mão correndo emvolta da minha cintura para me puxar para perto enquanto sua boca

capta meu mamilo.

 —   Oh Deus,  —   eu sussurro quando sensações nunca

experimentadas correm através de meu corpo.

Sua língua redemoinha a ponta do meu mamilo, causandopequenos parafusos de prazer disparar através de mim e até ao meusexo. Eu choramingo, segurando seus braços enquanto ele devora ummamilo, depois o outro. Sua outra mão desliza para baixo da minha

calcinha, tomando conta delas e rasgando em um movimento rápido.

Oh, meu.

Seus dedos percorrem meu osso púbico, e ele desliza o dedo emminha carne úmida. Eu grito quando seu dedo grosso encontra o meuclitóris, acariciando-o. Eu me contorço em seus braços e balbucio

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~ 101 ~ 

incoerente enquanto ele suga os meus mamilos e faz todo o meu corpo

ganhar vida de maneira que eu nunca senti ou imaginei.

 —  M-M-M-Maddox, —  eu grito.

 —  Ele fez você gozar? —  ele rosna.

 —  Não, —  eu suspiro.

 —  Ótimo. Porque eu vou.

Ele massageia meu clitóris suavemente até pequenos raios de luzatirarem através do meu corpo como pequenos fogos de artifício. Eugrito o seu nome quando o mais intenso prazer incrível me assume. Eutremo contra seu corpo enquanto ele me vira, me colocando de volta nosofá. Antes mesmo de eu terminar de tremer, ele está entre as minhaspernas, levantando meus quadris e pressionando sua boca na minhaboceta.

Oh, porra.

 —  Maddox, —  eu imploro quando ele respira sobre o meu clitóris,não lambendo, apenas provocando até doer.

 —  Você cheira bem pra caralho, pra caralho... muito bom, —  suavoz é tensa, como se reter fosse difícil, a coisa mais dolorosa que ele já

fez.

 —  Por favor —  eu imploro.

 —  Mmmmm  —  ele cantarola contra a minha carne, e ela irradia

direito em minha essência.

Em seguida, sua língua mergulha em minha carne e um grito éarrancado de minha garganta. Oh, nunca me senti tão incrível. Sim. Euarquejo enquanto ele me devora, seu movimento súbito da língua, os

lábios em sucção. Ele inclina a cabeça para o lado, passando a línguaem meus lábios antes de mergulhar de volta, capturando meu clitóris

em seus dentes e rolando-o ao redor.

Eu gozo de novo, descaradamente e rápido. Ele puxa para trás,olhando para mim, com a boca brilhando com a minha excitação. Deus,isso é quente. Sua calça jeans está forçando com o seu pau que tãodesesperadamente quer ser liberto. Eu quero vê-lo como eu nunca quis

ver nada na minha vida.

 —  Eu quero... Eu quero ver isso, Maddox, —  eu sussurro.

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~ 102 ~ 

 —  Ver o que, querida?

 —  Seu...

 —  Diga, —  ele rosna.

 —  Seu pau.

Ele geme, gutural e profundo. Deus, ele é lindo. Ele agarra obotão de cima da calça jeans e eles abrem. Ele alcança e puxa para foraseu pênis, a mão grande em torno dele. Puta merda, vê-lo se segurandoé assustadoramente quente. Eu quero continuar assistindo. Eu quero

ver o que acontece quando ele goza.

 —  Oh... Deus, —  eu digo, minha voz baixa.

Ele é enorme. Longo e grosso, um comprimento impressionante.Seu punho está apertado em torno de si, como se ele estivesse se

esforçando para segurar.

 —  Você poderia... —  eu engulo, minhas bochechas queimando. —  Você poderia...

 —  Você quer que eu acariciando ele?

Eu mordo meu lábio, balançando a cabeça.

 —  Você quer me ver gozar, baby?

 —  Oh, sim.

Ele me dá um meio sorriso sexy, e ele começa a se acariciar. Suamão se move para cima e para baixo, revelando a cabeça grossa de seupênis. É um vermelho irritado. Deus, parece que isso realmente dói.Sua mão se move preguiçosamente num primeiro momento, apenasdeslizando para cima e para baixo. Suas bolas são dobradas para cima,

apenas um pequeno flash deles mostrando de vez em quando.

 —  Mas rápido —  eu respiro.

Seus olhos se arregalaram, mas ele concorda. Sua mão se movemais rápido, trabalhando para cima e para baixo. Deus, isso é incrível.Me sento, me inclinando, querendo senti-lo, tocá-lo, para ver como éessa pele macia na minha mão. Eu estendo a mão, traçando meupolegar sobre a ponta grossa, levantando uma gota de pré-sêmen epressionando aos meus lábios. Um pouco salgado, mas todo Maddox.

Eu gemo.Ele assobia.

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~ 103 ~ 

 —  Porra, —  ele rosna. —  Isso foi quente.

Eu estendo a mão, oferecendo a mão para ele. Ele para de afagaro tempo suficiente para levá-la e envolvê-la em torno de seu pênis. Ele étão quente lá, aquecendo minha palma enquanto ele fecha sua mão

sobre a minha, e começa a acariciar nossas mãos unidas para cima epara baixo. Ele é duro, e eu posso sentir as veias pulsando sob meus

dedos.

 —  Porra, porra, —  ele geme.

Ele se move nossas mãos mais rápidas e seu pau treme. Emseguida, um espesso líquido branco sai em rajadas a partir da ponta,batendo no meu queixo. Eu olho em estado de choque e fascínioenquanto fio após fio atira para fora, derramando sobre mim. Maddox

geme, baixo e profundo e é a melhor coisa fodida que eu já vi na minhavida.

Ele suaviza na minha mão e ele me deixa ir. Ele olha para mimcomo se eu fosse a coisa mais linda que ele já viu. Ele se aproxima erouba a sua libertação do meu queixo, e então ele traz para a minhaboca. Eu sei o que ele quer de mim, mas eu sou essa garota? Uma

menina erótica e suja? Eu encontro seus olhos.

 —  Me prove, querida, —  ele murmura. —  Me deixe ver a sua boca

em volta do meu dedo.

Isso é para mim.

Eu me inclino pra frente e abro meus lábios. Ele desliza o dedo naminha boca, e o gosto dele roda sobre minha língua. Eu chupo,levando-o, deixando-o dentro de mim de uma forma que ele nuncaesteve antes. Sua respiração se aprofunda e um gemido escapa de seuslábios entreabertos. Ele desliza o dedo de mim, enrola a mão ao redorda parte de trás da minha cabeça, e me empurra pra frente, me

devorando com a boca.

Oh. Meu. Deus.

Sua língua e minha língua compartilham seu gosto, rodando-o emtorno de nossas bocas. Nossos gemidos se misturam e eu choramingo,

segurando a camisa de Maddox e me pressionando contra ele.

Em seguida, uma batida soa.

Nós nos separamos, lábios inchados, respiração irregular.

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~ 104 ~ 

 —  O quê? —  Maddox late.

 —  Preciso de uma palavra, mano, —  Mack chama. —  Agora.

Seu tom soa bastante urgente. Maddox se vira para mim.  —  

Desculpe, querida.

Eu já tenho a minha calcinha e sutiã. Eu levo o meu vestido e o

puxo sobre a minha cabeça, enquanto digo, —  Está tudo bem.

 —  Hey, —  diz Maddox, colocando seus jeans. —  Olhe para mim.

Eu olho para ele.

 —  Isso foi perfeito. Não se lamente disso. Você me ouviu?

Eu assinto.

Ele dá um passo pra frente e me beija, duro e rápido.

Em seguida, ele se vai.

* * * * * *

MADDOX

 —  O que é tão importante para você me puxar de estar com essa

garota?

Mack se vira para mim, seu rosto de pedra.  —   Tenho uma

resposta de Kennedy.

Eu fico tenso. Enviei a palavra de que eu queria vê-lo, mas é claroque ele não sabe sobre mim. Provavelmente está pensando que eu eraum traficante de drogas vindo para ameaçá-lo.

 —  E? —  eu pergunto.

 —  Ele vai ver você.

Eu sorrio. —  Estripador do caralho.

 —  Mas ele quer Santana lá, também.

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~ 105 ~ 

Meu sangue fica frio.  —   Como diabos ele sabe sobre Santana

estar comigo?

 —   Conversa de preso. Não seria difícil para ele descobrir quem

você é. Especialmente com alguns dos Tinmen atrás das grades.

 —  Porra —  eu lato. —  De maneira nenhuma.

 —  Calma, grunhe Mack. —  E ele está ameaçando falar com ela ele

mesmo se você não levá-la.

 —  Aquele pedaço de merda —  eu rosno, cruzando os braços.

 —  Você sabe o que isso significa, não é?

 —   Isso significa que você vai ter que dizer a ela,  —   diz Krypt,

entrando na sala.

 —  Foda-se, Krypt. Não enche meu saco. Eu só acabei de tê-la, e

vocês dois estão me pedindo para quebrar o coração dela.

 —   Você não pode continuar dançando em torno disso  —   Krypt

rosna. —  Ela merece saber.

 —  E eu vou dizer a ela  —  eu rosno. —  Quando eu souber onde a

porra da irmã dela está.

 —   Kennedy é o único homem que pode te dizer isso e para te

dizer, ele quer ver Santana.

 —  Não vai acontecer —  eu agarro.

 —  Você não tem uma escolha —  disse Mack. —  Se você não levá-la, ele vai encontrar uma maneira de falar com ela. Ela não merece

ouvir isso dele, Maddox.

Eu corro minhas mãos pelo meu cabelo, rosnando e suspirando.

 —  Eu preciso de tempo, me dê de algumas semanas. Tenta falar comele, diga que eu vou trazê-la dentro de algumas semanas, que agora ela

não está segura. Vou segurá-lo um pouco.

 —  Você é uma puta egoísta, Maddox —  Krypt late.

Me viro para ele, atirando punhais em sua direção. —  O que vocêacabou de dizer porra?

 —  Você me ouviu —  diz ele, se levantando na minha cara. —  Você

é um filho da puta egoísta. Essa menina se preocupa com você, você se

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~ 106 ~ 

preocupa com ela, e você está deixando vocês se aproximarem, quando

você sabe que isso vai quebrá-la caralho.

 —  Não é da sua conta —  eu assobio.

 —  Se você se preocupasse com ela em tudo, você ia parar que elasaiba. Não você só vai quebrar o coração dela quando ela descobrirsobre sua irmã, mas você está indo para esmagá-la também, porque elavai ter se apaixonado por você. Fique afastado até que essa merda seja

resolvida, seu fodido egoísta.

Ele está certo. Ele está fodidamente certo. Que porra é essa queeu estou fazendo? Eu estou deixando ela se apaixonar por mim, o quesó vai quebrar o coração dela ainda mais quando ela souber o que eufiz. Eu corro minhas mãos pelo meu cabelo, e um silvo feral deixa meus

lábios.

 —  Porra —  eu lato. —  Filho da puta.

 —  Não estou dizendo que você não pode se preocupar com ela,chefe  —  Krypt diz, sua voz como gelo  —  Mas você precisa dizer a ela

antes que ela se apaixone por você.

 —  Eu vou perder ela —  eu rosno. —  E ela é tudo que eu tenho.

Krypt dá de ombros.  —  Você tem que viver com o que você fez.Não há ninguém que vá tomar essa merda para você.

Porra.

Porra.

Porra.

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~ 107 ~ 

Capítulo quinze

SANTANA 2008

 —  Será que você vai se livrar dessa merda?

Uma voz late. Áspera.

Minha cabeça dói e eu rolo para o meu lado, piscandorapidamente. Onde estou? O que aconteceu? Não vejo nada além deescuridão, mesmo que meus olhos estão abertos. Eu pisco novamente, euma dor cegante irradia pela minha cabeça. Eu choramingo alto. Deus,o que aconteceu?

 —  Ela está acordando.

Uma forma nebulosa aparece na frente de mim, eu não possofocar. Ele é grande, no entanto, a sua presença forte e dominante.

 —  Você pode me ouvir?

Eu pisco novamente e minha visão começa a clarear. Há umgrande homem na minha frente, seus longos cabelos caindo sobre osombros. Ele tem olhos azuis, muito, muito azuis. Ele é bonito,incrivelmente bonito, com uma grande mandíbula forte, lábios carnudose pele morena. Ele chega e empurra o cabelo dos meus olhos que eunem sabia que estava lá.

 —  O-o-o-o-onde estou? —  eu coaxo.

 —  Qual é o seu nome, querida?

Eu fico olhando para ele, um pouco confusa.  —   Eu... sou

Santana.

 —   Santana,  —   ele diz, testando em sua língua.  —   Meu nome éMaddox. Eu achei você convulsionando em um beco há três dias. Vocêestava alta como uma pipa, quase morta. Sabe o que aconteceu?

Um beco?

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~ 108 ~ 

Meu cérebro em nevoeiro tenta reconstituir o que aconteceu.Quando isso acontece, eu fico ereta, gritando de dor enquanto minhacabeça martela. Eu estou ligada a um gotejamento improvisado, o queme preocupa. Por que não estou em um hospital?

 —  Onde está Pippa? Onde ela está? —  eu choro.

O homem, Maddox, balança a cabeça. —  Eu não sei quem é. Vocêestava sozinha até que esses homens apareceram e...

 —  Kennedy? —  eu choro. —  Ele está vindo?

Ele balança a cabeça.  —  Ninguém chamou Kennedy, mas quemquer que esses filhos da puta eram, eles eram más notícias. Elesestavam indo para acabar com você, roubar a droga e sair. Lidamos

com eles.

Medo percorre meu corpo quando eu olho para o estranho na

minha frente. —  Q-q-q-q-quem é você?

 —  Eu sou o Presidente Joker’s Wrath Motorcycle Club. Você não

precisa temer por sua vida, querida. Esses filhos da puta não vão te

machucar agora.

 —  Mas a minha irmã —  eu choro. —  Kennedy!

 —  Kennedy te enviou com essas drogas para fazer seu trabalhosujo de merda? —  o motoqueiro late.

 —  Não —  eu paro. —  Sim.

 —  Desgraçado. Me diga onde ele vive, e eu vou encontrar a sua

irmã.

 —  V-v-v-v-você vai?

 —   Sim, mas não me peça para te levar de volta para aquelepedaço de merda. —  ele se inclina para baixo perto, me assustando.  —  Ninguém dá uma garota menor de idade tantas drogas que quase amatam, e, em seguida, a envia com uma embalagem para arriscar sua

vida por ele.

 —   Ele não deu pra mim,  —   eu sussurro, as palavras baixas e

macias. —  Eu roubei da embalagem.

 —  Você é uma viciada.

Não é uma pergunta.

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~ 109 ~ 

Concordo com a cabeça de qualquer maneira.

 —  Você tem família, menina?

Eu balancei minha cabeça.  —  Eles morreram. Minha irmã e eu

estávamos em lares adotivos até Kennedy nos acolheu.

 —  Bem, eu estou indo trazer a sua irmã, e então você pode ficar

aqui o tempo que for necessário.

Eu fico olhando para ele. Ele segura meu olhar. Há algo muitoreal sobre este homem. Ele inclina a cabeça para o lado, me desafiando

a discutir com ele. Ele também é incrivelmente dominante.

 —  Tudo bem —  eu sussurro.

 —  Durma, Santana  —  diz ele, se virando para sair.  —  Você temum longo caminho pela frente, a julgar por essas marcas no seu braço.

Não vai ser fácil, mas vamos chegar lá.

* * * * * *

SANTANA 2014

O caos eclodiu.

Uma das Old ladies acabou de descobrir que seu homem fodeuuma das prostitutas do clube. Punhos começaram a balançar. A merdabateu no ventilador. Tentei ficar de fora, eu realmente tentei, até queCacey começou a pirar em descobrir que seu motoqueiro é um canalha.

Girei o primeiro soco. Eu não vou mentir. Então, tudo acabou em caos.Cacey me bateu.

Eu bati nela de volta.

De repente, o foco está em nós e nós estamos rolando no chão.Ela conseguiu acertar dois bons socos e eu três. Agora suas mãos estãono meu cabelo e ela está puxando, rosnando maldições contra mim. Eucuspi de volta, furiosa. Um braço pesado se encaixa ao redor da minhacintura e me puxa para trás, mas eu uso isso a meu favor.

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~ 110 ~ 

Minhas pernas balançam para fora, e eu me conecto com a bocade Cacey. Um estalo alto ecoa pela sala, e, em seguida, os gritos dela

preenchem o espaço agora em silêncio.

 —   Chega  —   Maddox late, e eu percebo que é ele que está me

segurando.

 —   Sua cadela estúpida  —   eu rosno para Cacey.  —   Leve a suabunda barata fora daqui.

 —   Pare de balanças as pernas como uma mulher louca e pare,agora  porra, —  Maddox late, me sacudindo um pouco.

Suas palavras são como um chicote, e minhas pernas caem

rapidamente.

Alguém puxa Cacey, a leva embora e eu me levanto, ainda nosbraços de Maddox, e sou levada para o corredor. Ele me leva para obanheiro, seus passos com raiva. Ele me larga na pia quando entramos,

mas ele não olha para mim. Alguma coisa está errada.

 —  Maddox?

Nada.

Ele só absorve um pano limpo e começa a limpar meu rosto, seus

olhos em minhas feridas e nada mais.

 —  Maddox? —  tento novamente. —  Você está com raiva de mim?

 —  Não —  diz ele, mas sua voz é ácida.

 —  Oh, bem, posso voltar para casa com você hoje à noite?

 —  Não.

Isso me dá um tapa, assim como a água gelada na minha pele.

Ele lamenta o que aconteceu. Lágrimas brotam em meus olhos quandoeu percebo quão tola eu fui. Eu dei a ele o que ele queria, o que elequeria há anos, e ele, obviamente, descobriu que não era o que eleesperava. Talvez ele tivesse expectativas maiores. Talvez eu só não seja

boa o suficiente.

 —  Ok, bem —  eu coaxo. —  Eu vou encontrar Mack.

Empurro o peito dele, mas ele não se move. Eu olho para cima eseus olhos estão sobre os meus, e não há dor em suas profundezas,

mas como se houvesse muita coisa que ele quer dizer, mas não pode. Oolhar desaparece rapidamente, coberto com a mesma raiva.

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~ 111 ~ 

 —  Ótimo.

 —   Se você se arrependeu, porque apenas não fala logo?  —   eu

digo, minha voz trêmula. —  Não me trate assim.

 —  Eu nunca disse isso porra.

 —  Você não precisa! —  eu choro.

Ele olha pra mim. —  Você está... Você não está...

 —   Oh meu Deus.  —   eu rio entrecortada.  —   Não, por favor. Euentendi, tudo bem? Eu não sou o que você pensou. Eu sou uma menina

inocente, que não é boa o suficiente para o poderoso Maddox.

Sua mandíbula aperta, como se ele quisesse responder... mas ele

não o faz.

 —  Seu pedaço de merda! —  eu grito.

Me viro e saio correndo, e pela primeira vez em muito tempo, elenão me segue.

* * * * * *

Não vejo Maddox durante três longos dias. Ele não tentou entrarem contato comigo ou fez qualquer tentativa de corrigir a situação. Paraadicionar, Mack está sendo cauteloso demais. Como se ele soubessealgo que eu não sei. Eu disse a ele o que aconteceu, e ele respondeucom um  —   Maddox é um canalha  —   antes de fazer uma retirada

precipitada.

Alguma coisa está indo à merda. Tem estado brotando dentro de

mim, corroendo até que eu não aguento mais.

Maddox não vai fazer o que ele fez, e depois se esconder porqueele se arrepende. Ele vai me encarar, me dizer que acabou e, emseguida, ficar fora da minha vida, quando eu seguir em frente. Ele nãopode empacar e interferir com a minha vida amorosa, em seguida,

acabar comigo como uma criança mimada.

Levei dias para encontrar o momento certo para me esgueirar porMack. Eu estou indo para a casa de Maddox, quer ele goste ou não. Eu

só estive no clube quando ele não está lá, e ele teve certeza disso. Eleestá me evitando, e ele não vai fazer isso por mais tempo.

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~ 112 ~ 

Eu não posso rastejar para fora da minha janela, porque ela estábarrada depois da minha última tentativa. Eu só posso fugir quandoMack está dormindo. Mas ele mal dormiu nas últimas duas noites, elepassou fodendo algumas garotas aleatórias, e eu não posso sair, porque

ele tem feito isso no sofá maldito. Hoje à noite, porém, ele voltou paracasa sozinho. Nós compartilhamos algumas palavras vazias durante o jantar, e então eu disse que eu estava cansada e fui para a cama.

Quatro horas depois, ele fez o mesmo.

Eu espero por mais meia hora antes de me esgueirar para fora dacasa. É bastante fácil de fazer e desapareço pela porta dos fundos. Eusei que há meninos na frente. Eu estou vestida com jeans, uma blusa etênis. Não está frio lá fora, mas certamente não está quente também.

Além disso, eu preciso dos sneakers8

 para chegar ao longo do muro.Levo meia hora para sair para a rua sem fazer barulho. Eu pego

um táxi e dou o endereço da casa de Maddox. Eu dou um suspiro dealívio quando estamos na estrada, me sentindo aliviada que eu fiz issocom segurança. O que eu não considero no meu plano, é que alguém

pode estar observando de algum lugar no final da rua.

Eu cometi um erro enorme.

Um enorme, enorme erro.

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~ 113 ~ 

Capítulo dezesseis

SANTANA 2008

Um grito é arrancado de minha garganta quando um outro tremorassume. Eu preciso de drogas. Eu preciso delas agora. Eu já arranheiminha própria pele a ponto que minhas mãos tiveram de ser contidas.

Sangue seco corre pelos meus braços e pernas, e até mesmo partes domeu rosto. Vomito se tornou meu melhor amigo, e eu estou suando o

suficiente para nadar.

 Tudo dói. Desde o topo da cabeça até os dedos dos pés, tudodentro de mim queima e meu corpo parece quebrado. Parece como setivesse sido acesa no fogo, encharcada, depois acesa mais uma vez. Eunão posso escapar da dor, eu não posso escapar do desespero. Eu estoupresa, trancada no meu próprio inferno pessoal. Nada pode tirar a

minha agonia, e Maddox não vai deixar ninguém perto de mim.

Ele tem sido a única pessoa que eu vi nos últimos três dias.

E cada vez que eu coloco meus olhos nele, eu quero rasgar suapele em dois apenas para sair daqui. Eu tentei, pelo menos dez vezes.Ele é muito forte, no entanto. Ele tentou me levantar para comer, bebere usar o banheiro, mas suas tentativas foram inúteis. Eu me chateeimais vezes do que posso contar, então agora eu fico aqui, encharcada

em minha própria urina, chorando por ele.

Ele não virá.

Ele sabe tão bem quanto eu que se eu não acabar com isso, eu

vou morrer, e ele está se certificando de que isso não aconteça.

* * * * * *

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~ 114 ~ 

MADDOX 2008

O corpo dela arqueja e seus gritos enchem a sala. Eu nunca vialguém vir para baixo tão duro antes. Ela está lutando, e seu pequenocorpo vai entrar em choque logo se ela não começar a lidar. Ela mepediu tantas vezes para apenas dar a ela algo, e foda-se, tem sido difícil

dizer não.

Ela está sofrendo, e não posso fazer nada, apenas olhar.

 —  Você precisa dizer a ela, —  diz Mack, vindo atrás de mim.

 —  Olhe para ela, Mack. Ela está fodida. A vida dela tem se esvaídoem merda. Se ela souber o que aconteceu com a irmã dela, ela vai

morrer tentando encontrá-la. Ela não pode lidar com isso.

 —  Não é a sua escolha a fazer.

 —  Olhe. Para. Ela.

Mack vira os olhos para a menina amarrada à cama, com os

braços cobertos de sangue seco, o cabelo uma bagunça e suas roupasencharcadas com sua própria urina. Ela não pode saber o queaconteceu com a irmã dela, ela iria partir para o mundo e ser morta oucapturada antes mesmo dela sair da cidade. Ela não tem nenhuma

chance.

 —  Ela precisa de tempo, e agora eu não tenho nada para dar aela. Eu não sei para onde a irmã dela foi enviada, e até que eu saiba, ela

saber de tudo só vai fazer graves danos à sua recuperação.

 —  O que você vai fazer?

 —  Eu não sei.

Eu entro e paro ao lado da cama. Santana olha para mim, seus

olhos desesperados. —  Por favor —  ela coaxa. —  Isso dói.

Eu levanto o pano na bacia de água ao lado do colchão e torço,

então eu limpo o rosto dela. —  Você vai ficar bem.

 —  Por favor! —  ela grita.

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~ 115 ~ 

O corpo inteiro dela treme enquanto ela tenta sair de seusvínculos. Depois de alguns minutos, ela despenca com um gemido

irregular.

 —  Onde está minha irmã?

Abro a boca para responder, mas paro. Ela olha para mim, e eladeve ver algo no meu rosto, algo ruim, porque ela começa a gritar.  —  Não, Pippi! Não! Não! Não!

Um nó se aloja na minha garganta enquanto ela grita para suairmã.

 —  Ela está morta, não é? Não! —  ela lamenta. —  Não!

Não posso me mover. Eu não posso confirmar ou negar seuspensamentos, eu apenas fico lá, um fodido mudo, sem nada a dizer. Elaengasga para o ar e, em seguida, ela desmaia. Olho para ela, inclinandoa cabeça para o lado, quando me abaixo e verifico sua pulsação. Está

lá, e está correndo.

Deus, pobre, pobre menina.

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~ 116 ~ 

Capítulo dezessete

SANTANA 2014

O primeiro tiro que é disparado atinge os pneus do carro,deixando o motorista em pânico. Ele fala muito pouco inglês e começa adivagar em uma língua que eu não entendo, mas felizmente ele não

para quando eu grito. Eu me jogo no chão, empurrando meu telefonefora do meu jeans. Deus, eu sou tão idiota.

 Tento o número de Maddox. Nenhuma resposta.

Merda .

Outro tiro ressoa, fazendo com que o carro desvia e bate em umcaminhão. O baque e um empurrão faz meu telefone voar da minhamão. Um grito rasga da minha garganta quando metade do carro é

esmagado. Os sons da lataria esmagando e gritos preenchem o espaçopequeno. Eu tenho que sair daqui, eles vão me matar se eu não sair.

Eu ergo minha cabeça apenas o suficiente para ver que estamosperto de algumas vielas. Se eu sair e correr... Eu não penso, eu só faço.Eu desato o cinto de segurança e abro a porta, batendo na calçada comum baque. Dor rasga meu corpo quando eu rolo em direção à calçada.Outro tiro ressoa, passando por mim através do caos. Tenho segundospara sair da vista.

A pele é arrancada de minhas pernas quando eu enfio meu corpopara cima e corro para o beco. Eu desapareço no espaço escuro,gritando quando eu tropeço e bato em objetos desconhecidos. Eu corrotão forte e tão rápido quanto eu posso, meu tênis batendo, meu corpo

dolorido e meu coração acelerado.

Carros guincham no final do beco, e eu ouço vozes gritando.Deus, eles estão tão perto. Eu corro mais rápido, indo para a próximarua e correndo em direção a coisa mais próxima que eu posso. Nossaloja local. É enorme, tipo como Wal-Mart, por isso sei que posso

esconder bem o suficiente, em torno dele. Eu decido ir ao redor, sendoessa a escolha mais óbvia para eu ir para dentro.

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~ 117 ~ 

Eu passo em volta, só dando uma olhada rápida atrás de mim. Eunão posso ver ninguém, mas eu ainda posso ouvir vozes gritando. Elesvão aparecer apenas alguns segundos depois de mim, disso eu nãoduvido. Corro pelo estacionamento e ao redor da parte de trás do

prédio. Eu vejo um monte de caixas velhas, mas decido ir com osarbustos grossos que cercam o edifício.

Eu me enfio, chorando de dor, quando os ramos danificam minhapele ainda mais. Meus joelhos e as mãos estão queimando de maneiraque eu nunca senti eles queimarem antes. Eu empurro diretamente naparte de trás dos arbustos e pressiono-me contra a parede, meesquivando tão baixo quanto eu posso. Então eu rezo, rezo porque seise esses homens me pegarem, eu estou morta.

Vozes enchem meu espaço silencioso apenas dois ou três minutosdepois. Eu pressiono minhas mãos sobre minha boca para firmar aminha respiração, na tentativa de acalmá-la quando eu estou ofeganteda minha corrida. Eu fecho meus olhos e permaneço tão imóvel quantoeu posso. O som de botas esmagando o pavimento fica cada vez mais

perto, até que eu posso ouvir claramente as vozes.

 —  Ela entrou? —  um deles late.

 —  Acho que não cara —  diz outro.

Um bufo. —  Aposto que ela está na porra do armazém.

Respire. Expira e inspira. Não faça nenhum som. Por favor, nãodeixe que eles me encontrem, oh Deus, por favor... não deixe eles me

encontrar.

 —  Ela não está no armazém. Tenho certeza que ela entrou. Se elaé inteligente, ela teria, provavelmente, chamado a polícia. Precisamossair daqui.

 —  Kent vai ficar puto se não voltarmos com ela.

 —   Ela já foi porra, a cadela pode correr rápido. Se os policiaisaparecerem, estamos fodidos. Nós fomos mandados para matá-la, não

para sermos presos.

 —   Tudo bem, mas você está dando a notícia de que a cadelaperdeu nossas balas, mais uma vez.

 —  Sim, porra sim.

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~ 118 ~ 

Meu lábio inferior treme e eu me levanto quando elesdesaparecem. Deus, eles soam tão parecidos com os Jokers na maneirade falar e agir, é assustador. Para outros, é assim que Maddox e oscaras parecem?

Me sento no mato por uma hora, meu corpo duro, meu coraçãodolorido com medo. Eu me levanto devagar, esperando, aguardandoarmas saltarem apontadas para mim. Eles não estão lá, no entanto. Euconsigo sair dos arbustos com nenhum dano. Espio ao redor do lado doedifício, e não há um monte de carros, sendo a hora da noite que é.

Eu decido ir para a estrada e corro por trás da loja, andando pelotrecho escuro até encontrar uma rua principal longe a suficiente paraeu me sentir segura. Minhas pernas e mãos estão doendo, e quando eu

chego aos postes de luz, vejo a confusão que eu fiz. Quando eu chego auma fila de táxis, eu corro mais rápido e salto para um, esperando commedo para ver se as balas se jogam para fora.

Nada acontece.

Eu dou ao motorista o endereço de Maddox, e ele nem sequer menota quando ele começa a andar. Graças a Deus, ele poderia ter me jogado para fora, ou pior, chamado a polícia. Me sento em silênciodurante todo o caminho e quando o motorista estaciona, eu puxo uma

nota de vinte dos bolsos do meu jeans, grata por eu sempre manter umem minhas calças. Aprendi essa lição da maneira mais difícil.

O motorista ainda não olha para mim quando ele arrebata odinheiro e eu saio. Ele vai embora e eu corro para a casa de Maddox,parando quando vejo Tyke e Austin de pé vigiando. Seus olhos caemsobre mim e Tyke se aproxima, o rosto contorcido de raiva. —  Que porraé essa, Sant...

Sua voz diminui quando eu passo para a luz.

 —  Filho da puta, MADDOX!

Austin corre para dentro da casa quando eu, finalmente, deixo aslágrimas caírem. Tudo o que eu queria fazer era ver Maddox, eu não...Deus, eu não sabia que era assim tão ruim. Tyke estende a mão,colocando um braço em volta dos meus quadris enquanto ele me puxa

mais perto da casa, seus olhos lançando com preocupação.

 —  Mas. Que. Porra?

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~ 119 ~ 

A voz de Maddox sai como um chicote gelado, atacando contra aminha pele e fazendo fluir as minhas lágrimas mais ainda. Eu me viro

para ele, e seus olhos se arregalam com choque e raiva pura.

 —  Eu...

 —   Onde está Mack?  —   ele grita, olhando ao redor.  —   O que

aconteceu?

 —  Eu...

 —  Então? —  ele ruge.

 —  Eu escapei! —  eu choro. —  Eles... eles atiraram em mim...

 —  Entre —  ele berra, tão alto que endureço. —  Agora porra.

Oh Deus. Corro passando por ele e entro na casa. Meus olhosborram com lágrimas de raiva quando eu corro em direção ao banheiro.

 —  Pare.

Sua voz, como uma bala cheia de ácido maldita, me parando evoltando no meio da escada.

 —  Venha. Aqui. Agora.

Deus, ele está tão irritado. Com as pernas trêmulas, eu viro edesço as escadas, tentando uniformizar a minha respiração. Minhaslágrimas pararam, e eu estou cheia com uma mistura de raiva e medo.

 —  Senta na porra do sofá!

Eu faço o que ele pede, me sentando no sofá. Eu olho para osmeus joelhos e um estremecimento de dor sai quando eu vejoclaramente o dano que foi feito. Isso leva a palavra arranhado a umnível totalmente novo. Eu tenho pedaços de sangue e terra em todo os

meus joelhos. Minhas mãos não estão melhores.

Maddox não diz nada quando ele puxa para fora seu telefone.

 —  Mack! —  ele late. —  Perdeu alguma coisa?

 —   Isso não é culpa dele!  —   eu grito, tentando ficar de pé. Sua

mão vai para o meu ombro e me empurra de volta para baixo.

 —  Você a deixou escapar e ela quase levou um tiro!

Mack está rugindo alguma coisa do outro lado do telefone. Vacilo,odiando que isto terminou tão mal. Eu não pensei sobre Mack quando

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~ 120 ~ 

eu encontrei a vontade de vir ver Maddox. Eu não pensei sobre como

isso afetaria ele.

 —  Vá se foder, mano —  Maddox sibila.

Mack diz algo que tem a cara de Maddox amassando em puraraiva.

 —  Era para você vigiar o caralho de...

Obviamente Mack desliga, porque Maddox arremessa o telefone

do outro lado da sala e, em seguida, gira para mim.

 —  O que diabos têm de errado com você? Você acha que eu estou

brincando quando eu digo que você correndo perigo porra?

Sua voz me faz vacilar com medo. Deus, eu nunca o vi tão furioso.

 —  Sua egoísta, sua pirralha mimada!

Outro vacilo.

 —  Austin! —  ele ruge.

O novo prospecto corre. —  Sim?

 —  Limpe ela, porra. Eu não posso nem olhar pra isso.

Em seguida, ele se vira e vai para o porão onde eu sei que ele temum saco de boxe que ele desconta sua raiva. Me viro para Austin,abrindo minha boca, mas rapidamente fecho novamente. O que há paradizer? Eu sou uma maldita idiota e eu mereço isso.

* * * * * *

Austin me limpa e depois vai e espera lá fora. Me sento no sofá,olhando para a porta do porão. Eu já ouvi o baque de raiva de Maddoxem seu saco de boxe. Eu sei que preciso ir até lá, mas o que possodizer? Talvez a verdade... Sim, isso seria um bom plano.

Me levanto, gemendo ao sentir a dor que irradia através de meus joelhos e mãos. Hesitante, faço o meu caminho para o porão. O barulhofica mais alto e mais alto. Eu vejo o saco voando ao redor antes de eu

ver Maddox, mas quando eu coloco os olhos sobre ele, eu suspiro.

Deus, ele está com raiva.

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~ 121 ~ 

Seu corpo enorme está coberto em uma fina camada de suor. Eletirou sua camisa, e só está vestindo seus jeans. Seus punhos estãosangrando e machucados e seu rosto é uma massa torcida de raiva. Eleparece tão assustadoramente impressionante. Ele me percebe antes que

eu possa abrir a boca, os olhos azuis cortam através de mim comolâminas de barbear.

 —  Eu fodi as coisas.

Thump, thump, thump.

 —  Eu sinto muito, Maddox. Eu só... Eu queria te ver.

Thump, thump, thump.

 —  Eu não deveria ter feito isso, eu mereço tudo o que eu tenho.

Thump, thump, thump.

 —  Pelo amor de Deus! —  eu grito, perdendo a cabeça. Ele faz umapausa por um minuto, mas retoma a bater. Eu retomo a minha gritaria. —   Você enchia o saco sobre eu namorar Alec, você deixou claro quevocê não gostava disso, você colocou o seu... corpo sobre mim e nóstivemos esse momento foda e então você se fechou. Você apenas se

fechou. Você não tem o direito de fazer isso, seu grande... idiota.

Ele para de bater e olha para mim, com o rosto inexpressivo.

 —  Terminou?

 —   Não!  —   eu agarro.  —   Eu não terminei. Eu saí hoje à noite,porque você não falou comigo durante três dias. Eu estou cansadadessa porra de jogo. Ou você me quer, ou não. Pensa sobre essa merda.Se você decidir que não, então fique fora das minhas coisas.

Ele está na minha frente em um flash, me fazendo dar dois

passos rápidos para trás. Seus olhos piscam com raiva quando elebrilha para mim.

 —   Você poderia ter se matado, porque você não pode ouvir

caralho.

 —  Eu sei disso —  eu digo, mantendo minha voz forte.

Nós olhamos um para o outro durante longos, longos momentos,sem dizer nada, mas sentindo tudo.

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~ 122 ~ 

 —  Você me tocou —  eu digo, minha voz baixa e quebrada. —  Vocême fez sentir incrível depois que ele...  —   minha voz oscila,  —   Me

machucou. E agora você está me tratando como se eu não importasse.

O rosto dele suaviza, mas ainda está tão duro. Ele não diz nada,

mas eu posso ver a batalha interna acontecendo dentro dele. Poralguma razão ele está se segurando, e eu estou cansada disso. Estoucansada de dançar em torno disso. Dou um passo para frente e meaproximo, colocando minha mão em seu peito úmido, duro. Ele recua, eseus olhos se fecham.

 —  Maddox,  —   eu respiro.  —   Pare de se esconder de mim. Vocêquer isso tanto quanto eu. Eu posso sentir isso.

Ele pressiona seus lábios, sua mandíbula flexiona, e seus olhos

permanecem fechados. Dou um passo ainda mais perto, pressionandomeus lábios para sua pele. Eu deixo minha língua deslizar para fora,provando o sal. Eu solto um pequeno gemido satisfeito e me aproximoainda mais até que nossos corpos são moldados em conjunto. Ele nãose move, ele está duro como uma parede de tijolos maldita.

Eu não recuo, no entanto.

Eu pressiono a boca aberta contra seu peito, e sopro sopros de arquente contra a sua pele. Ele estremece, mas ainda assim, suas mãos

não estão em mim. Ele não está me empurrando para longe, então eunão vou parar. Eu delicadamente abaixo meu corpo para baixo dele,deslizando minha boca sobre seu abdômen que é tão definido pelo seutrabalho.

Chego até as suas calças jeans e desabotoo, tentando ignorar ador em meus joelhos quando eu agacho. Eu não posso me apoiar neles,isso é o melhor que posso fazer. Eu sempre me perguntei como seria asensação de ter pênis de um homem na minha boca, e agora é a minha

chance para isso. Eu desfaço o botão de cima, meu coração acelerandoem pensar no que eu estou prestes a fazer.

Não há palavras compartilhadas entre nós quando eu abaixolentamente o zip. Seu pênis está duro. Posso vê-lo lutando contra seus jeans. Humm. Eu abaixo a parte superior do jeans apenas o suficientepara ele saltar livre. Deus, ele é enorme. Eu fico olhando para ocomprimento longo, grosso na minha frente por um minuto, antes deme aproximar e envolver meu punho em torno dele. Eu tento nãoestremecer de dor com o movimento da minha mão enfaixada, e rezo

para que eu não machuque ele com isso.

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~ 123 ~ 

Ele finalmente sibila.

Eu acho que não faz mal.

Suas mãos estão cerradas ao lado do corpo, e ele está ofegante,

tanto de seu exercício e pelo que estamos fazendo. Eu me inclino paraperto, respirando-o. Um pouco salgado, todo homem. Eu deslizo minhalíngua para fora, tremendo quando toco a pele macia e sedosa. Elerosna, baixo e profundo. Eu lambo em torno da coroa de seu pênis,

antes de inclinar minha cabeça, e deslizá-lo em minha boca.

 —  Porra —  ele rosna, finalmente falando.

Eu chupo, sentindo meus lábios esticarem ao redor de seucomprimento impressionante. Suas mãos se contorcem, e ele finalmente

levanta uma para o meu cabelo, enredando-o e puxando suavemente.Eu o levo mais profundo, dando o melhor que posso. Ele sussurra egeme, empurrando seus quadris para frente. Eu redemoinho minhalíngua, chupo e lambo, até que ele está raspando o meu nome. Ele

ergue os braços de repente, me puxando para os meus pés.

Seus lábios esmagam para baixo sobre os meus, e ele me beijacom tal ferocidade que me tira o fôlego. Eu agito, fundindo-se a ele,puxando seus quadris mais próximo e amando quão pesado seu pênisestá contra a minha barriga.

 —   Sem mais desperdício de tempo  —   eu sussurro contra suaboca. —  Eu quero que você me foda, Maddox.

 —  Porra —  ele respira. —  Você está me matando.

Ele me empurra até que meu corpo é pressionado contra asparedes de concreto frio. Eu choramingo enquanto ele corre as mãospara cima em meus lados, causando pequenos arrepios sobre a minhapele. Seus dedos amassam a minha carne quando ele se move para

cima, pegando a minha blusa. Ele a levanta e a tira rapidamente, antesde trabalhar na minha calça e calcinha.

Logo, eu estou totalmente nua em seus braços. Ele abaixa acabeça, capturando um mamilo entre os dentes e rolando-o com alíngua. O bico quase dói de tão duro. Eu grito, mas não de dor, é depuro prazer. Maddox me agarra com uma ferocidade e paixão que tem o

meu coração batendo tão forte que dói.

Ele coloca uma mão na minha barriga e, lentamente, se abaixa de

 joelhos, usando a mão para me segurar contra a parede. Com a outramão, ele pega a minha perna e a levanta e sobre seu ombro. Calor

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~ 124 ~ 

inunda meu rosto enquanto eu percebo o que ele está prestes a fazer.Ele não permite que eu proteste, porque sua boca está contra minha

buceta em meros segundos.

 —  Oh Deus, —  eu grito, arqueando em direção a ele.

Sua boca me devora, cada curso como fogo contra o meu núcleoexposto. Sua língua sobe para circundar preguiçosamente meu clitóris,enquanto seu dedo reúne a umidade na minha abertura, esfregando-opara cima e para baixo, me preparando. Assim quando eu começo a

apertar com prazer, ele desliza um dedo dentro de mim.

Eu contorço, sentindo uma leve queimadura quando ele gira aoredor, me esticando, me preparando para o que eu sei que está vindo.Ele continua chupando meu clitóris, trazendo o prazer para a superfície

novamente. Eu estou murmurando seu nome através de gemidos, eDeus, ele parece ser bom lá embaixo, seu grande corpo agachado,devorando o meu. Quando seu dedo está liso com a minha excitação,

ele se afasta em um segundo.

 —  M-M-Maddox, —  eu choramingo.

Ele não diz nada, ele apenas segura seu dedo enquanto elecontinua a lamber e chupar minha protuberância dolorida. Finalmente,quando eu paro de apertar em torno dele, ele move os dedos

suavemente até que eles estão deslizando sem esforço em minhabuceta. Ele os inclina, esfregando sobre um feixe de nervos dentro de

mim que tem os meus joelhos fracos.

Em seguida, ele para, puxando os dedos para fora e colocando emsua boca. Ele está de pé, me equilibrando com uma mão enquanto aoutra acaricia seu pênis, preparando. —  Você vai gozar ao redor do meu

pau, —  ele respira. —  Não dos meus dedos.

Eu fico olhando para seu pênis grosso, então de volta para osolhos azuis que eu confio muito. Ele enfia a mão no bolso da calça jeanse tira um preservativo, rasgando o pacote com os dentes e rodando parabaixo seu comprimento. Ele não tira os olhos de meu, e eu sei que ele

pode ver o quão nervosa eu estou.

 —   Vai queimar, baby,  —   diz ele, levantando minha perna ecolocando em torno de seu quadril.  —  Mas não vai queimar por muito

tempo.

Concordo com a cabeça, mordendo meu lábio inferior quando eleempurra suavemente. Sua cabeça investiga a minha abertura,

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~ 125 ~ 

incentivando-a a levá-lo. Eu fecho meus olhos, aterrorizada depois daminha última experiência. Maddox é suave, empurrando lentamente.Seu corpo inteiro está em nervos, e eu sei que é difícil para ele, mas elenão se apressa.

Minha buceta se estende em torno de seu comprimento,queimando e protestando enquanto ele me enche mais profundo.  —  Eu

entrei, querida, —  ele rosna. —  Porra. Você é tão apertada.

Abro os olhos e olho para ele. Ele parece tão incrível, pairandosobre mim. Eu olho para baixo em nossos corpos, se juntando pelaprimeira vez, e meu coração se aquece. Eu não sabia até o momento oquanto eu queria isso. Maddox puxa lentamente para fora, enviandouma nova explosão de dor através do meu corpo, antes de deslizar de

volta. Ele faz isso mais e mais, tão devagar, tão lindamente, até que,finalmente, eu aperto seus braços, minha respiração saindo em rajadascurtas.

 —  Me f-f-f-f-foda.

Ele faz um som baixo, gutural e, gradualmente, pega o ritmo,empurrando seus quadris para dentro e para fora, me aquecendo, meenchendo. Eu choramingo, minhas unhas resvalando para a carne emseus ombros quando eu inclino minha pélvis para levá-lo mais

profundo. Nossos gemidos estão emaranhados juntos, aumentando àmedida que seus quadris empurram mais e mais rápido.

Até que, finalmente, ele está me fodendo.

E Deus, Maddox faz gostoso. Seu corpo grande poderoso éesmagador da melhor maneira, me rodeando, todo quente e duro. Seusmúsculos flexionam quando ele move seus quadris tão habilmente, meenviando subindo mais e mais, meu corpo queimando mais. Sua bocaestá em toda parte - na minha garganta, meus mamilos, e seu dedo está

no meu clitóris, esfregando e acariciando.

 —  Maddox —  eu grito. —  Oh Deus. Sim.

 —  Segure para mim, baby, —  ele geme. —  Espere.

Ele me fode mais duro. Seus dedos estão em meus quadris, semdúvida, deixando hematomas. Seu pau mói dentro de mim, e ele late

para fora —  Agora, goze agora.

Eu já estava lá antes da sua última palavra deixar seus lábios.

Gozo forte, tão duro que meu mundo fica branco por um momento. Eununca senti algo tão incrível em toda a minha vida. Minha buceta

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~ 126 ~ 

abraça seu pau, abrindo e fechando, ordenhando seu pênis. Ele fode deforma gutural, as veias em seu pescoço aparecendo quando ele libera

em mim.

Eu desço, deixando cair a cabeça em seu peito. Meu Deus, isso

era tudo que eu sempre sonhei e muito mais. Ele passa a mão nasminhas costas suavemente, antes de puxar lentamente para fora de

mim. —  Você está machucada? —  ele grasna, sua voz rouca.

Eu balanço minha cabeça, mesmo que eu esteja um pouco

dolorida.

 —  Você é uma péssima mentirosa,  —   ele murmura, puxando opreservativo para fora e amarrando-o, antes de jogá-lo em uma lixeira

próxima. —  Vamos lá, vamos te levar.

Ele pega a minha mão, me puxando para perto dele. Seus lábiosdescansam na minha testa por um momento, antes dele me ajudar ame vestir. Subimos as escadas e em direção ao banheiro, onde eu tiro aroupa mais uma vez. Eu não estou reclamando, porém, nem sequer um

pouco.

Porque eu passo a próxima meia hora passando minhas mãos por

todo o corpo quente de Maddox, molhado.

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~ 127 ~ 

Capítulo dezoito

SANTANA 2014

Eu durmo na cama de Maddox, naquela noite, seus braços emvolta de mim, sua respiração suave contra a minha orelha. Pela manhã,meu corpo está rígido e dolorido. Meus joelhos e mãos doem, mas eu já

estive pior. Eu percebo quando eu rolo, que Maddox não está mais aomeu lado. Sentando-se, eu olho para o tempo, já passa das dez horas,

devo ter dormido mais tempo do que eu pensava.

Eu jogo minhas pernas para fora da cama, e me visto. Então eufaço o meu caminho descendo as escadas, jogando meu cabelo em umrabo de cavalo bagunçado. No momento em que chego ao fundo, euparo, e meu rosto ruboriza. Temos visitantes, e eu estou na camisa deMaddox, calcinha... e nada mais. Todos na mesa se viram quando eles

me ouvem, e minhas bochechas ficam ainda mais quente.

Maddox, Mack, Krypt, Tyke, Ash e duas das old ladies do clube,Indi e Petra. Maddox sorri preguiçosamente enquanto seus olhos viajamsobre a minha roupa. Fico feliz que ele acha isso divertido. Eu aceno

sem jeito. —  Ah... oi. Eu não sabia... Quero dizer...

Mack ri, uma risada engraçada e alta. Eu atiro a ele um olhar.

 —  Você está com uma foda fresca, chante , e nada que você possadizer vai esconder isso.

Eu cruzo meus braços, mas não digo nada.

Maddox se levanta e se aproxima, envolvendo seus grandesbraços em volta de mim e me puxando para a sua boca. Meus péspenduram enquanto seus lábios desabam sobre os meus e ele me beijacom tal ferocidade que eu perco o fôlego. Estou tonta quando meus péstocam o chão novamente. Eu sorrio para ele.  —   Bom dia para vocêtambém.

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~ 128 ~ 

Ele me deixa ir e me leva de volta para a mesa, me puxando parabaixo em seu colo. —  Então, —  eu começo. —  O que há com a reunião

de família?

Mack ainda está sorrindo para mim. Krypt não. Seu rosto é uma

máscara dura, e imediatamente me preocupa. —  Krypt, está tudo bem?

Ele se vira para mim, me perfurando com aqueles olhosdevastadores. —  Bem.

 —  Você não parece bem...

 —  Ela está certa —  diz Ash, olhando para o seu homem.  —  Vocênão parece bem.

 —  Ele está apenas cansado —  Maddox diz irritado. —  Ele vai ficarbem.

 —  Tudo bem —   eu digo, ainda não convencida. —  Então, por quevocês estão aqui?

Maddox passa os dedos pela minha coxa nua e eu tremo.  —  Vocêprecisa de companhia, e eu tenho de negócios para cuidar. Você recebeas meninas, e, para sua sorte, Mack... e Krypt, Tyke e eu vamos fazer o

que temos que fazer.

 —  Você poderia ter apenas me levado para o clube... —  eu aponto.

 —   Sim.  —   Ash sorri.  —   Mas lá não podemos pintar as unhas,fazer o nosso cabelo, falar sobre coisas de garotas, comer chocolate e

beber vinho.

Eu sorrio. —  Noite das meninas?

Petra sorri. Ela é uma menina muito bonita em seus vinte etantos anos. Ela tem cabelo preto curto e olhos verdes. Ela é uma

garota peituda, mas que de alguma forma se adapta a suapersonalidade, que é grande e borbulhante. —  A noite das meninas!

Viro-me para Maddox, sorrindo para ele.  —  Você está me dando

um dia das meninas?

Ele se inclina para baixo, roçando seus lábios em meu ouvido.  —  

Mmmm.

 —  E eu tenho que ser uma babá fodido —  grunhe Mack.

 —  Vou enviar alguma coisa para você depois, mano. —  Maddox ri. —  Não se preocupe.

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~ 129 ~ 

 —  É melhor ter peitos, um rabo e uma ótima buceta.

 —  Aw chefe —  eu brinco. —  Nós poderíamos fazer o seu cabelo, se

você quiser?

 —  Ohhh —  Indi finalmente diz. —  Ele tem um cabelo bonito.

Nós fazemos um alto high-five9. Indi está perto de minha idade, oque é bom. Ela tem sido old lady apenas por cerca de seis meses, masela é de grande valor. Ela tem que ser, ao se enfiar com Zaid. Ele é umidiota mal-humorado, mas ele ama sua pequena loira. E isso éexatamente o que é Indi. Loira, de olhos azuis, enormes peitos e gente

boa.

 —   Eu vou acabar com você, Santana  —   Mack rosna.  —   Sua

pirralha do caralho.

Eu ri.  —  Você me ama, chefe. Não se preocupe, nós vamos fazer

se o seu cabelo parece um milhão de dólares.

Maddox aperta minha coxa e eu grito. —  Hey!

 —  Não provoque o cara.

 —  Você se oferecendo para tomar o lugar dele, bonitão?

Ele bufa. —  Nenhum filho da puta vai tocar no meu cabelo.

 —  Ah, precioso.

Ele dá um tapa na minha coxa agora, e Ash ri muito.  —  Vamos,

Maddox. Vai ser divertido.

Ele resmunga e se levanta, me colocando para baixo.  —   Estou

indo buscar um café, em seguida, dar o fora daqui.

Nós todos rimos quando os caras se levantam, Krypt toma a

cadeira de Tyke e o roda. Corro até ele antes que ele chegue a porta.  —  Hey, Krypt.

Ele se vira, olhando para mim, mas não antes de eu ver seusolhos piscarem para Maddox. Eu coloco minha mão em seu braço.  —  

Você está bem?

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~ 130 ~ 

Ele balança a cabeça. —  Sim.

 —  Kryp...

Ele olha para mim.  —   Eu estou bem, Tana. Apenas... tenha

cuidado, ok?

Cuidado? Com o quê?

 —  Estou segura aqui...

 —  Não com isso. —  ele olha para cima em Maddox. —  Com ele.

Em seguida, ele empurra Tyke fora da porta. Ash vem e ambasobservamos ele ir com Tyke até a moto.

 —  Eu não sei o que há de errado com ele...  —  diz ela. —  Ele temestado fora por alguns dias.

 —  Sim —  eu digo, olhando para ele. —  Espero que ele esteja bem.

 —  Ele vai ficar bem  —  ela pega a minha mão.  —  Vamos lá, nós

temos o melhor dia planejado.

Eu sorrio. —  Eu não posso esperar.

* * * * * *

Os caras saem alguns minutos mais tarde, e estamos a sós comMack. Ele não nos dá a chance de provocá-lo, ele simplesmentedesaparece para dentro do porão de Maddox, sem dúvida, para bater nosaco de pancadas para salvar sua sanidade. Pobre Mack, ele é deixadocom as meninas mais frequentemente do que não.

 —   Então,  —   diz Ash, que coloca os seus sacos de comida nobalcão. —  Onde é que vamos começar?

Eu fico olhando para todos os alimentos, cabelo e maquiagem deprodutos, e os filmes que ela tem colocado para fora.

 —  Jesus... vocês pensaram nisso.

 —   É claro que nós pensamos  —   diz Indi, retirando o vinho.  —  Você vai estar presa por um tempo agora. Nós queríamos fazer essa

prisão divertira.

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~ 131 ~ 

 —  Além disso —  Petra acrescenta —  Queremos fofocas sobre você

e o Prez.

Eu ronco. —  Não há nenhuma fofoca.

Eles todos param e levantam as sobrancelhas.

Eu rio. —  Tudo bem, há um pouco.

Risos saem entre eles, e começamos a preparar comida para

comer.

 —  Você finalmente deu o passo seguinte, então? —  Ash pergunta,

esvaziando um pacote de biscoitos em um prato.

Eu coro. —  Ah, sim.

 —  Bom! —  Indi incentiva. —  Qual é!

Eu balanço minha cabeça com uma risada.  —   Eu preciso decoragem líquida antes de eu contar essa história.

 —  É muito cedo pela manhã para o vinho  —  Ash faz beicinho. —   Temos que esperar pelo menos até a hora do almoço para isso. Você não

pode nos deixar penduradas.

Eu ronco, cruzando os braços. —  Tudo bem, mas é gráfico...

 Todas elas riem e levamos o prato de comida e produtos de belezapara a sala, onde todas nós nos atiramos para baixo. Recebo otratamento de beleza em primeiro lugar, com Petra fazendo minhasunhas da mão, Ash fazendo minhas unhas dos pés, e Indi fazendo aminha maquiagem.

 —  Vamos lá, você está nos matando...  —  diz Petra, olhando paramim.

 —  Tudo bem —  eu suspiro. —  Foi incrível.

 —  Mais —  Indi incentiva. —  Onde é que você fez isso?

 —  No porão. —  eu rio.

 —  Porão? —  Ash grita. —  Onde?

 —  Contra a parede. Deus, foi quente. Ele estava com tanta raiva

de mim, era uma espécie de sexo de reconciliação.

Indi se mexe.  —   Oh cara, eu só posso imaginar. Nos dê umaimagem mental agora.

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~ 132 ~ 

 —  Ele tinha estava socando o saco de boxe. Sem camisa, muito

suor.

 —  Hummmm! —  gemide Petra. —  Maddox é bom.

 —  E o negocio... —  Indi diz, balançando as sobrancelhas.

Partilho um olhar com Ash, muita coisa passando entre nós. Elasabe sobre as coisas de Maddox e esse pensamento faz meu peitoapertar. Eu tenho que deixar isso ir, não é culpa dela, mas ainda dóicomo o inferno quando eu penso nisso. Ela me dá uma expressãosimpática, mas eu decido que eu não vou deixar isso me afetar, não

hoje.

 —  É enorme. —  eu rio, olhando para Indi. —  Quero dizer... Uau!

 Todas elas gritam assim quando Mack emerge do porão, suado,sem camisa, e ofegante. Nós todas paramos e olhamos para ele. Santoinferno, Mack é bom. Todo massa muscular, não há marcas na sualinda pele morena... Suas calças são mergulhadas baixo, nos mostrandoo seu V. agradável Ele aperta os olhos para nós, e eu assobio para ele,

em uma grande voz alta. —  Chefe, você está muito bom!

Ele balança a cabeça, passando por nós.

 —  Nossa, ele pode pintar minha pele a qualquer momento —  Indichama.

 —   Ele pode me pintar com seu suco de homem  —   Petra

acrescenta.

Mack grunhe enquanto se aproxima das escadas. Ele sabe que

elas estão brincando.

 —  Vem brincar com a gente, chefe —  eu chamo.

 —  Não enche, pirralha.

 —  Ah, ele ainda está com raiva que ele está de babá.

Ele me olha por cima do ombro.  —   Eu acabei de ouvir vocêdescrever o pau do meu irmão, e como ele fodeu você no lugar onde euestava... tenho a fodida certeza de que é o suficiente para me marcar

para a vida.

Eu rio. Ele balança a cabeça e desaparece subindo as escadas.

 —  Droga —  diz Petra focando na tarefa em minhas mãos. —  Ele égostoso.

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~ 133 ~ 

 —   Concordo  —   diz Ash.  —   Eu nunca vi um homem nativo

americano de tão boa aparência. Todos esses músculos e pele morena...

 —  E o cabelo dele! —  Indi suspira. —  Inveja.

 —   Certo!  —   todas dizemos isso de uma vez, em seguida,explodimos em mais um ataque de risos.

Continuamos nossos tratamentos de beleza até a parte da tarde,quando o pequeno presente de Mack chega. Maddox fez Austin trazermais uma das prostitutas do clube. Eca. Sério. Não que eu possaargumentar, o pobre Mack esteve preso ouvindo merda de menina

durante horas, e está isso enviando ele sobre a borda.

 —  Ugh, é claro que você é a cadelas que foi mandada pra cá.

Ah, Sandra. Ela é a prostituta do clube que se mete em maisbrigas do que vale a pena por causa de sua boca grande. A única razãopela qual os caras a mantém ao redor é porque, aparentemente, ela éuma gata selvagem na cama. Nojento. Ela entra, seus pequenos quadrisbalançando enquanto ela caminha até a cozinha e pega uma garrafa de

vinho.

Eu me levanto, caminhando e tirando a garafa para fora de sua

mão. —  Eca, tire a sua boca do meu vinho.

 —  Vá se foder, Santana. Maddox me convidou para vir aqui, então

não me diga o que fazer.

 —  Ele te convidou aqui porque Mack está entediado.

Ela sorri.  —  Ele me convidou para vir aqui porque eu fodo como

uma guerreira maldita.

Eu rio, em voz alta. —  Sério? Uma guerreira?

Ela cruza os braços. Ela é, na verdade, uma menina bonita osuficiente, ela só tem uma atitude repugnante. Seus olhos azuis ecabelos cor de mel combinam com sua pele clara. Ela tem... hum...melhorias em seus seios, fazendo parecer mais curvas, em seguida, seuquadril largo. Hoje ela está usando um minúsculo biquíni e uma saiacurta. Acho que ela realmente não precisa de mais, isso vai sair logo.

 —  Porra, finalmente —  diz Mack, entrando na cozinha.

 —  Puxa, chefe, boa escolha —  eu indico. —  A guerreira aqui deve

te manter entretido por algumas horas.

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~ 134 ~ 

Ele me dá uma expressão confusa, enquanto Sandra olha pra

mim. —  Você tem uma atitude ruim, Santana —  ela cospe.

Eu rio. —  Ah, me desculpe, a minha atitude ruim te ofendeu? Porque você não se mete na cama de Mack com as pernas afastadas. Afinal

de contas, é a única razão pela qual você está aqui.

 —  Oh, eu vou fazer isso. E você vai me ouvir gritar enquanto eleme fode, porque...  —   ela se enrola em torno de Mack  —   Você não

sabia... o índio fode bem.

Minha boca cai aberta. Ninguém... ninguém chama Mack de

índio. Sua mandíbula aperta, mas ele não diz nada.

 —   Sério, chefe?  —   eu digo, a minha boca aberta.  —   Você vai

deixá-la te insultar?

Ele dá um passo para frente, sacudindo antes de enrolar a mãoao redor da parte de trás do meu pescoço. —  Eu tenho escutado merdapor horas, eu estou chateado, eu estou com tesão e eu não poderia meimportar se ela veio vestida como uma princesa guerreira de merda parame impressionar. Eu vou leva-la lá em cima, transar com ela algumas

vezes, e jogar sua bunda para fora. Fim da história.

Eu estreito meus olhos para ele. Ele sorri para mim.

Então, ele me deixa ir e leva o braço de Sandra. —  Mova-se.

Ela me dá rapidamente um sorriso antes de desaparecer a subiras escadas com ele. Eca. Volto até as meninas de novo, e nós abrimos

nossa segunda garrafa de vinho.

 —  Ela é como uma... vagabunda. —  murmura Indi.

Eu rio alto. —  Indi, querida... —  há mais risadas das meninas. —  

Eu acho que esse é o ponto.

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~ 135 ~ 

Capítulo dezenove

SANTANA 2008

 Três meses.

Estive aqui agora por três meses.

 Já se passaram três meses desde que a vida da minha irmã foitão cruelmente tirada.

Eu não quero seguir em frente, qual é o ponto? Eu só quero me juntar a ela, levando-me para fora desta miséria. Como Kennedypoderia deixar algo acontecer com ela? Ele deveria cuidar dela. Eleprometeu... ele... prometeu. 

A dor em minha alma não tem anestesia. Ela não faz nada alémde crescer dentro de mim, até tomar a minha vida e tudo que eu penso.

Ela era a única coisa pelo qual eu estava lutando. Sem ela, eu nãotenho nada. Ninguém. Eu sou apenas uma concha vazia de uma

pessoa, vivendo cada dia, porque ninguém vai me deixar ir.

Maddox... ele é incrível. Ele cuida de mim, me segura quando euchoro e acalma os meus pesadelos. Ele não pode trazê-la de volta, noentanto. Ele me limpou, mesmo que os dias ainda são tão difíceis. Ele

me deu abrigo, mas não é lar   sem Pippi. Ele me deu um amigo, masisso não é algo que eu possa voltar.

 —  É isso aí!

O grito de um homem me faz virar a cabeça em direção à porta seabrindo. É Mack. Ele é irmão adotivo de Maddox, e eu realmente nãotive a chance de conhecê-lo. Ele esteve aqui ajudando Maddox desdeque eu cheguei. Ele passou muito tempo latindo para Maddox para eume reerguer e não me deixar chafurdar.

 —  Levante-se —  ele late, indo até a cama e tomando conta do meubraço magro, me puxando para cima.  —  Ele pode ser manso com você,mas eu não vou. Eu sentei aqui e assisti você se afundar por malditos

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~ 136 ~ 

meses, sentindo pena de si mesma. Traga sua bunda para cima, saia e

conserte a porra da sua vida.

Fico em estado de choque por um longo momento, eu só olhopara ele enquanto ele me puxa para a porta. Então, a minha resistência

entra em ação, e eu empurro meus saltos no tapete. —  Não! Me solte!

 —   De maneira nenhuma. Você esteve aqui sentada recusandoajuda por muito tempo, agora.

 —  É assim que eu quero que seja, —  eu grito. —  Eu nunca pedi aele para me salvar. Eu nunca pedi para estar aqui. Eu quero morrer,

mas nenhum de vocês vai me deixar.

Ele me larga tão de repente que me assusta. Eu tropeço alguns

passos antes de me firmar. Ele gira ao redor, dando um passo a frentecom raiva, puxando a arma de suas calças. Ele aponta para mim.  —  Você quer morrer? Hein? Você quer morrer porra?

Seus olhos são duas adagas mortais, atirando para o meu corpo,me desafiando.

 —  Sim! —  eu grito, caindo de joelhos. Meu cabelo cai em torno demeu rosto. —  Ela era tudo que eu tinha. Eu não sou nada sem ela.

 —   Eu vou te matar, se é isso que você quer. Eu vou puxar ogatilho e pôr uma bala através de seu crânio agora —  

 —  Sim.

 —  Mas me diga uma coisa real antes de eu puxar o gatilho. É issoque sua irmã iria querer para você? Será que ela quer que você morrapor ela? Será que ela se orgulharia de você por me deixar atirar emvocê? Faria sua família olhar para baixo em você com honra de te ver de joelhos, fraca, patética, e quebrada... implorando para acabar com sua

vida?Eu olho para ele, tremendo. Ele não entende. Ele provavelmente

nunca sentiu esse tipo de desespero antes. Nunca se sentiu algo quecome você por dentro, cavando sua alma e levando tudo que você é, te

esmagando até que tudo o que resta é uma concha vazia.

 —  Eles não fariam... Eles não podem...

 —  É assim que você quer honrar a vida de sua irmã?  —  ele late,me cortando. Seu rosto é uma máscara da pior coisa que uma pessoa

pode ver, decepção. Ele está revoltado por me deixar ficar tão baixa.

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~ 137 ~ 

 —  Não! —  eu grito, com lágrimas escorrendo pelo meu rosto.

 —   Você tem uma segunda chance de merda que ela não teve.Você está indo para jogar isso na porra da cara dela por desperdiçar

como uma covarde de merda?

 —   Pare!  —   eu grito, apertando minhas mãos para os meus

ouvidos.

 —   Bem?  —   ele berra, dando um passo para frente, fazendopequenos gemidos deixarem a minha garganta.

 —   Não  —   eu grito tão alto que minha voz racha.  —   Não...Deus...não.

 —  Isso é o que você vai ser se eu puxar o gatilho. Vou fazer isso,se é o que você realmente quer... ou... ou você pode ficar de joelhos ecomeçar a remendar sua vida de volta, sem o perigo do passadoaparecendo em todos os cantos. Maddox lhe deu um lar, uma família,segurança e conforto. Você decide como você quer honrar o trabalhoque você colocou em sua vida até agora. Você desiste, ou você se

levanta, pegue minha mão, e continue lutando porra.

Eu ergo minha cabeça entrecortada e olho para ele. Ele tem aarma apontada para mim com uma mão, e sua outra mão estendida,

me oferecendo uma segunda chance. Suas palavras queimam em minhaalma, elas queimam de forma que nenhuma palavra já queimou antes.Eu tenho uma escolha. Eu tenho uma escolha que Pippi não teve. Cabe

a mim como eu opto por usar isso.

Continuar ou terminar.

Eu me estico, enrolando meus dedos em torno dele. Ele fecha osolhos por um segundo, dando um suspiro de alívio. Não tenho dúvidade que Mack teria atirado em mim, se fosse isso o que eu realmente

quisesse, mas o teria arruinado, e ele sabia disso. Ele enrola seus dedoscom os meus também, e me puxa para cima. Eu caio em seu peito,

exausta.

É hora de reconstituir a minha vida. Por Pippi.

* * * * * *

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~ 138 ~ 

MADDOX 2014

Eu lanço minha perna por cima da moto, chutando o descanso

para baixo e descartando minha jaqueta assim quando eu olho paracima nas paredes da prisão. Fodidamente enorme, fodidamente horrível.Krypt estaciona perto de mim com Tyke. Eles saem e ele entrega a Tykwas muletas que ele usa quando ele não quer usar sua cadeira. Umarrepio percorre Krypt quando ele olha para o lugar que ele está mais

do que familiarizado.

 —   Pronto?  —   pergunto, chegando no meu jeans e tirando umcigarro. Eu acendo, tomando tragadas profundas e deixo o fumo

queimar e encher meus pulmões para me acalmar, antes de jogar fora.Porra. Aqui vamos nós.

 —  Sim —  grunhe Krypt, me lançando um olhar hostil.

Ele está furioso comigo, eu já sei que ele está, mas não há tempopara passar por isso agora. Preciso dele ao meu lado, e ele sabe dessaporra. Ele pode ter a porra de um acesso de raiva depois, quando essa

merda não estiver tão crua.

 —  Vamos fazer isso.

Passamos por intensa segurança apenas para entrar para umavisita. Somos digitalizados, tocados, são feitas perguntas básicas, esomos enviados através de detectores de metais e drogas. Nós nãoestamos autorizados a usar as nossas jaquetas na prisão, por issoestamos com roupas básicas. Quando a segurança é feita, nós somoslevados pelos corredores apertados e somos recebidos com olharesraivosos quando nós fazemos o nosso caminho para a sala de visitas.Estamos aqui para ver Kennedy. Vai ser a primeira vez que eu vou

colocar os olhos sobre o homem que fodeu a vida da minha menina.

 —  Cabine dois —  late um guarda. —  Dois de vocês apenas.

 —  Eu vou sentar aqui —  diz Tyke, apontando para uma cadeira.

Eu aceno meu queixo para ele, e, em seguida, me viro para Krypt. —  Não diga nada, a menos que você precise, me entendeu?

Ele balança a cabeça. —  Porra, eu sei como funciona, Maddox.

 —  Eu sei disso, cara —  eu assobio, me inclinando mais perto. —  Mas você vai ficar com aquele humor de merda de qualquer maneira.

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Ele me lança um olhar zangado, mas não discute mais. Nóscaminhamos para a segunda cabine e nos sentamos. É um centro decomunicação básica. Vidro, garantindo que não podemos acessar opreso do outro lado à prova de bala. Telefones, dois do meu lado, um no

dele. Nada mais. Nenhuma caneta. Sem papéis. Nada.Ficamos sentados por cinco minutos antes de dois guardas

aparecerem segurando um prisioneiro. Eu fico olhando para o homem,chocado. Não era o que eu esperava. Porra, não mesmo o que euesperava. Além de seu macacão da prisão, ele é o significado desofisticação. Cabelo grisalho, olhos cor de champanhe, um queixo

talhado, e postura reta. Em um terno, ele seria o advogado perfeito.

Eu esperava um maltratado bastardo tatuado. Não isso.

Definitivamente não isso. Ele se senta, encontrando minha expressão eum sorriso lento aparece em seus lábios quando ele se senta, olevantamento do telefone. Krypt e eu fazemos o mesmo.

 —  Bem, bem, diz ele, com a voz, um ronronar profissional baixo. —  Eu me pergunto o que você quer. Depois que eu ouvi que você estava

aqui, foquei curioso.

 —  Sim —  eu grunho. —  Idem.

Ele tamborila os dedos casualmente no banco.  —   Como posso

ajudá-lo, Maddox?

 —  Você sabe exatamente porque eu estou aqui, Kennedy. Não sefaça de desentendido comigo. Eu não vou entrar em detalhes —  eu digo,sacudindo os meus olhos para a posição do guarda no canto.  —  Masvocê sabe o que eu quero.

 —   E você sabe o que eu quero  —   ele permite que seus olhosvaguem por trás de mim, —  mas ela não está aqui...

 —  Santana não quer ver você.

Ele aperta os olhos. —  Olha, você está mentindo agora. Eu sei quenão é verdade. Se você disse a ela a verdade, então você e eu sabemosque ela não iria me ignorar, porque ela sabe que eu sou o único que

sabe o que aconteceu com Pippa.

O fodido está certo, e ele sabe disso.

 —  Ela está... —  eu não posso dizer a ele que ela não sabe. —  Em

um mau caminho agora. Ela não está pronta.

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~ 140 ~ 

Ele ri, baixo e rouco.  —  Você não disse a ela, no entanto, não é,

motoqueiro?

Então o fodido olha para mim.

 —  Pobre Tanie. E pensar que ela provavelmente confia em você.

 —   Não é assim porra, e você não é melhor do que eu, idiota.

Deixando-a para morrer.

Ele recua.  —   Eu nunca quis machucá-la. Eu a amava. Ela era

preciosa para mim de uma maneira que você nunca  pode entender. Euqueria vê-la, e você não a trouxe para mim.

 —  Eu disse que ia levá-la para você, e eu vou —  eu minto. —  Mas

primeiro eu quero conversar.

Ele olha para mim preguiçosamente. —  Sobre o que?

 —  Onde está Pippa?

 —  Eu não sei o que você está falando.

Meu queixo mói. —  Se você quer ver aquela garota, Kennedy, você

vai me dizer o que eu preciso saber.

 —  Ela vai me ver de qualquer maneira.

Eu me inclino para frente, e mesmo que ele realmente não faznada em relação a ameaçá-lo ou fazê-lo se sentir intimidado, eu façoisso de qualquer maneira.  —  Veja, é onde você está errado. Santana eeu... estamos juntos, ela é minha Old lady, o que significa que eu nãoquero que ela venha aqui, e eu vou ter certeza que ela não venha.

Seu rosto de contorce, e algo realmente quebrado aparece maisem sua expressão. —  Seu mentiroso.

 —  Eu? Quanto você está disposto a apostar nisso? Afinal, era euque estava na cama dela na noite passada. Você me diz o que eu quero,

Kennedy, ou eu vou ter certeza de que ela nunca vai pisar nesta prisão.

Sua mandíbula se aperta. —  Peter Caler.

Eu inclino minha cabeça para o lado, dando a ele uma expressãopara encorajá-lo a ir a diante.

 —  Localize e fale com ele. Ele tem algumas informações que você

precisa. Eu não estou dando a você mais nada até eu ver a menina.

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Ele não vai, eu posso ver isso em seus olhos.

 —  Tudo bem, terminamos, até a próxima vez.

 —   Melhor se apressar, motoqueiro,  —   diz ele, com um sorriso

lento aparecendo em seu rosto.  —  Você não é o único clube à procurade Pippa.

Em seguida, ele bate o telefone e se levanta, e a porra do meu

mundo gira.

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Capítulo vinte

MADDOX 2014

 —  É a porra do Howard, eu sei,  —  eu lato, andando para cima e

para baixo ao lado da minha moto.

 —   Não importa quem seja,  —   rosna Krypt.  —   Alguém estáprocurando essa menina.

 —  Por que, então? —  eu abaixo, abrindo e fechando os punhos.

 —  Porque não há melhor maneira de te derrubar do que destruí-la... As pessoas descobriram que ela é importante para você, não seriadifícil desenterrar essa merda sobre o passado dela e descobrir o queeles precisavam. Iria destruir você se algo acontecesse com Santana, e,

portanto, o clube iria sofrer e se tornar fraco...

 —  Porra —  eu rosno. —  Porra, porra!

 —  Você tem que dizer a ela, Maddox. Esta merda precisa acabar

antes de ela ou a irmã dela, ou pior... ambas... sejam mortas.

 —  Eu sei, e eu vou.

 —  Porra. —  ele passa as mãos pelo seu cabelo com um grunhido. —  Quanto é que vai levar para você ver que a merda está ruim?

 —  Porra, eu sei —  eu rujo. —  Não —  ele late, dando um passo mais perto.  —  Você não sabe

porra nenhuma Você é um bastardo egoísta que está pensando em seua

bunda e não na sua garota.

Eu balanço meu punho e acerto duramente na mandíbula dele.Meu temperamento finalmente enfraqueceu suas restrições. Ele voltaalguns passos antes de se recuperar e se lançar para frente. Seu punhobate no meu queixo, forte e rápido. O som é uma merda horrível quando

seu punho me esmaga e minha cabeça balança para o lado. O fodidotem um bom soco .

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~ 143 ~ 

 —  Basta! —  Tyke grita.

Krypt e eu circundamos o outro, cegos pela raiva.

 —  Você precisa parar de ser um maldito egoísta, filho da puta!  —  

ele cospe, arreganhando os dentes sangrentos.

 —   E o que você precisa manter seu maldito nariz fora do meu

negócio.

 —  É um negócio do clube agora porra, a vida das pessoas estão

em risco fodido e você precisa entender essa porra.

 —   O que você acha que isso é porra?  —   eu rujo, me lançando

para ele novamente.

Descemos em uma pilha no pó, punhos voando. Tyke tenta nosseparar e acaba de bunda no chão, a única coisa que nos impede. Kryptrosna, me empurrando para trás duramente, ajudo ele a se levantar.Seu rosto está coberto de terra misturada com sangue, e eu não tenho

nenhuma dúvida de que é o meu.

 —  Eu vou fazer isso, entendeu porra? —  eu rosno.

Ele não me responde. Ele ajuda Tyke na moto, e me lança umolhar verdadeiramente feroz antes de subir na dele. Eu faço o mesmo.

Foda-se isso. Foda-se tudo. Eu vou perdê-la antes mesmo de ter aoportunidade de tê-la.

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~ 144 ~ 

Capítulo vinte e um

SANTANA 2014

Estamos bem em nosso caminho para estarmos bêbadas quandoMaddox, Krypt e Tyke retornam. Mack nenhuma vez saiu da sua festade foda no quarto e nós estamos na cozinha, rindo como crianças.

Ouvimos as motos, e Ash grita feliz que seu homem está finalmente devolta. Acabou de anoitecer e eles estiveram fora o dia todo.

Krypt vem primeiro e todas nós paramos o que estamos fazendo.

Ele está espancado. Sério. Eu pisco algumas vezes, balançando acabeça. Seu lábio está dividido, seu olho está inchado, e ele está cobertode terra. Ash corre, seu rosto é uma máscara de preocupação quandoela para, colocando as mãos sobre o peito dele. —  O que aconteceu?

Krypt olha para mim por um segundo, antes de resmungar,  —  Entrei em uma briga com Maddox.

 Tyke vem em seguida, e além de estar sujo, ele não está ferido.

 —   Onde ele está?  —   eu pergunto, olhando para a porta,esperando por ele entrar, mas ele não faz.

 —  De mau humor na garagem.

Eu atiro a ele um olhar antes de colocar o meu vinho para baixo e

sair para a garagem. Maddox está em sua moto, olhando para o tanquede gasolina. Seu grande corpo está coberto de sujeira, e ele tem sangueseco sobre o que eu posso ver do seu rosto. Ele olha para cima quando

ele me ouve entrar e nossos olhos se seguram e se encontram.

 —  Você está bem? —  pergunto.

Ele dá de ombros. Ele não está bem. O que aconteceu entre osdois tem perturbado ele. Eu faço o meu caminho até ele, parandoquando minhas coxas acertam o tanque de moto. Eu estendo a mão,

correndo os dedos pelo seu rosto sujo.

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 —  Vocês dois estraram em uma briga, hein? —  pergunto.

Ele dá de ombros novamente.

A música lá encima começa a tocar e eu percebo que é o som de

Mack cantando. Ele tem um talento com a guitarra, e ele escreve suaprópria música. Sua voz flui para dentro da garagem.

Não há nada que define o momento em que seus lábios encontramos meus...

Eu engulo e tiro a barra da minha camisa, levantando-a e sobre aminha cabeça. Maddox olha para cima. —  Você quer entrar no chuveirocomigo, grandão?

Deus há algo em seus olhos... algo tão verdadeiramente quebrado.O que eles fizeram hoje? O que o machucou? Quem lhe perturboutanto? Meu coração dói em vê-lo assim. Eu me aproximo, correndo osdedos por sua bochecha desalinhada. Ele se inclina em minha mão,quase carinhosamente, inclinando a cabeça e esfregando o rosto contraela.

Ele se levanta, não me pedindo para tirar mais roupas, e nãotirando a dele, também. Ele estende a mão, pegando a minha mão e mepuxa contra ele. Então nós estamos dançando ao som suave da voz de

Mack lá em cima, nossos corpos se movendo juntos, nossos olhos seencontrando. Sua mão desliza para baixo a minha volta e descansacontra o meu quadril, usando-o para conduzir o nosso balanço.

Este momento, oh este momento, babe, ele muda o tempo.

Eu deslizo minha mão pelo seu braço, ao longo do seu bícepsmusculoso e para cima de seu ombro. Eu aperto, amando como seusmúsculos parecem flexionados e traçados. Ele pressiona a testa com aminha, a sua expressão dizendo muito mais do que suas palavras

 jamais poderiam. Eu posso sentir que ele está tentando fazer passar, eeu espero que ele possa sentir o quanto eu estou dando a ele de volta.

Quando você me diz, oh, oh, isso torna tudo tão real. Mostra-me,baby, não me diga, é hora de me deixar sentir.

A voz de Mack enche meus ouvidos enquanto nós dançamos,nossos corpos pressionados um contra o outro, a nossa respiraçãocontra o barulho dos lábios um no outro. Maddox fecha os olhos,flexionando os dedos no meu quadril enquanto ele me puxa para mais

perto. Eu chego para baixo, tomando conta de sua camisa. Ele dá um

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passo para trás por um segundo, me deixando puxar sobre a cabeça e

atirá-lo para o lado.

Me fazer compreender, oh baby baby, mostra-se a mim. Mostra-meo que é real.

Eu perco minha calça em questão de segundos, e logo eu estounua nos braços de Maddox quando ele me leva em direção a sua moto.Ele me levanta, colocando minha bunda no assento de couro aquecidoque apenas alguns minutos atrás ele estava. Estendo minha mão parafora, pressionando-a contra o tanque vermelho, sentindo o calor lá,também.

Maddox chega a sua calça jeans, desabotoando o botão de cimaquando ele pisa entre as minhas pernas. Ele libera seu pênis, e seu

olhar cai para minha buceta exposta e ele rosna, baixo e rouco. Então,ele toma conta da minha perna e envolve em torno de seu quadril, aomesmo tempo em que ele pisa em mim, seu pênis pressionando contra

a minha aquecida carne.

Há tempos, oh há momentos, quando o seu amor parece como umadinamite.

Eu fecho meus olhos, deixando minha cabeça cair para trásquando Maddox empurra para dentro de mim, lentamente, me

enchendo de felicidade dolorosa. Meu sexo queima, já que se estendeem torno dele, que ainda vive em pura lembrança da última vez que eleestava lá. Lentamente, centímetro por centímetro, ele desliza paradentro até que nossos corpos estejam totalmente conectados. Meu

coração bate com a intensidade desse momento.

Dinamite. Dinamite. Baby, você é uma dinamite.

Seus quadris deslizam para trás, puxando dolorosamente, antesde ele empurrar de volta. Nossas testas pressionam juntas, e sua mãosuporta meu quadril quando ele começa a se mover, lento, mas tãoprofundo. Os meus gemidos se misturam com o som da canção deMack, e nós fazemos uma melodia do nosso jeito, mesmo que o cantornão sabe disso. Maddox não me beija, mas eu posso ver como sua

mandíbula flexiona com prazer.

 —  Maddox, —  eu choramingo. —  Mais.

Ele assobia, baixo e rouco e então ele começa a flexionar seusquadris, dirigindo cada vez mais fundo até que eu grito seu nome eagarro seus ombros com prazer. Deus, ele é tão bom, tão incrível. Eu

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nunca vou ter o suficiente dele, nunca se fartar do afogamento em tudoo que ele é. Eu fecho meus olhos, a minha boca aberta em um gemido, e

eu arco meus quadris para cima para encontrar seus impulsos.

Sua moto nos mantém quando ele se torna mais frenético, me

fodendo sem dizer uma palavra, usando seu corpo para me mostrar oque ele está com muito medo de me dizer. Eu posso sentir isso neleagora, eu posso sentir o quanto sou importante, o quanto ele me deixouentrar em seu coração. Maddox me ama, eu não tenho nenhuma dúvidadisso agora, neste momento.

 —  Me diga —  eu grito. —  Me diga o que você está com muito medode dizer.

 —  Não  —  ele resmunga, compartilhando a primeira palavra que

ele disse desde que ele foi para casa.

Quero protestar, mas o prazer é muito forte. Maddox me fodemais duro, mais profundo, até que eu sou obrigada a estender a mão esegurar a moto. Eu fico olhando para baixo quando ele recua,segurando meus quadris para cima e vendo como seu pênis sai dedentro e fora do meu calor. Minhas bochechas coram com a visão deseu pau grosso e molhando entrando e saindo de mim. Deus, isso é

quente.

Meu orgasmo sobe em cima de mim, me chocando com a suaintensidade. Eu não movo os olhos de seu pênis quando eu gozo,tremendo de prazer que corre através de meu corpo. Ele chega parabaixo, passando o dedo sobre a base reluzente de seu pênis, em

seguida, ele levanta e pressiona para a minha boca, os olhos intensos.

Abro a boca, deixando-o deslizar o dedo em meus lábios a espera.O sabor de nós combinados é como uma volta em diante, meus mamilosformam picos duros e meu sexo aperta em resposta. Os olhos de

Maddox se fecham e sua mandíbula se torna uma bola de músculoquando ele fode cada vez mais duro, até que seus lábios se partem em

um suspiro e eu o sinto explodir dentro de mim.

Deus, isso é realmente uma bela vista. Seu pescoço duro, sua

mandíbula apertada, flexionando seus músculos... assim ... ele separece com o céu. Ele geme meu nome, retardando seus impulsos.Quando ele finalmente olha para mim, seus olhos estão brilhando comuma intensidade que eu nunca vi vindo dele. Eu me estico, pegando seurosto sujo, e nós simplesmente ficamos assim, olhando um para o

outro, até que ele finalmente se afasta.

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 —  Você está bem?  —  pergunto, observando quando ele empurra

sua calça jeans e me entrega as minhas roupas.

Eu pego e me visto rapidamente. Maddox não está olhando paramim, ele está apenas olhando para suas botas. Alguma coisa está

errada. A única palavra que ele compartilhou comigo durante a nossatomada de amor foi ‘ não’ . Eu mordo meu lábio, contemplando o meupróximo passo, então eu faço algo estúpido... Pergunto a ele o que eu

estive tão desesperada para saber.

 —  Você me ama, Maddox?

Seu corpo inteiro endurece e ele se vira, olhando para mim com...Deus, se eu não soubesse melhor, eu diria que foi horror. Seu rosto estáamassado, seus lábios apertados e seus olhos se estreitaram. Em

seguida, ele diz em voz rouca, —  Você merece alguém melhor do que eupara te amar.

 —  Isso não foi o que eu te perguntei —  eu digo em voz baixa.

Ele suspira. —  Não agora, Santana. Por favor.

Deus.

Rejeição dói.

Concordo com a cabeça, me virando e caminhando em direção asescadas. —  Sem problemas.

 —  Tan...

Eu não ouço qualquer outra coisa que ele diz, eu já estou no meioda escada. Ele pode fazer do jeito dele, eu não estou indo para empurrá-lo agora. Obviamente algo está indo ruim, porque há uma escuridãocorroendo-o, e ele não precisa fazer isso pior.

Eu só espero que ele não vá estragar o que estamos lutandoarduamente para manter.

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Capítulo vinte e um

SANTANA 2010

Eu dou um giro no meu vestido azul, sorrindo para o reflexo noespelho. Uma das old ladies do clube trouxe para mim. Eu vou no meuprimeiro encontro hoje à noite, com um cara que eu conheci quando

trabalhava no café local. Ele é doce, amável e bonito. Eu me estico,colocando uma mecha de cabelo escuro atrás da minha orelha. Épareço muito mais saudável agora, na verdade, eu pareço maissaudável agora eu nunca.

Eu estive com Maddox e os Jokers por pouco menos de dois anos. Tem sido uma jornada difícil. Primeiro, eu lamentei a morte de minhairmã, e que levou muito tempo. Ainda há dias que eu sinto falta delatanto que queima. Descer das drogas foi outro grande desafio, mas

como o passar do tempo, as coisas ficaram mais fáceis.

Eu tenho um emprego, há dois meses, decidindo que era hora dearrumar minha vida. Estive sentada em torno do clube por muito tempoagora, vendo e vivendo em seu mundo escuro. Eu preciso começar acriar uma vida própria, e conseguir um emprego era a melhor maneirade fazer isso. Então eu conheci Thomas e agora, pela primeira vez desdea morte de Pippi, eu sinto que as coisas estão melhorando.

 —  Como ele se encaixa?

Me viro e sorrio para Penny. Ela não é uma old lady, mas ela épróxima de Krypt, outro dos membros do clube, e ela e eu nos damosmuito bem.

 —  Eu não sei —  eu digo. —  Você acha que ele parece bem?

Ela sorri, seus olhos azuis brilhando de felicidade.  —  Ele parecelindo. Ficou perfeito em você.

 —  Santana!

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O som da voz estrondosa de Maddox enche o meu quarto, e eureviro os olhos. Eu mencionei que Maddox está controlando? Bem, eleestá. Ele sempre foi protetor, desde o momento em que ele me levoudaquelas ruas, mas ele também é um motoqueiro... que combinada

torna as coisas muito... dolorosas . —  Aqui em cima —  eu chamo.

 —  Por que diabos um rapaz está na porra da minha porta?

Merda.

Eu rapidamente coloco o clipe no meu cabelo, e saio correndo doquarto e desço as escadas. Maddox está de pé no fundo daquelasescadas, seus grandes braços cruzados sobre o peito. Maddox é um

homem impressionante. Há muitas vezes que eu tive que parar de olharpara a sua beleza e boa aparência. Ele é alto, largo, e tem um rosto quepertence à capa de uma... revista... apenas bom

Ele é impressionante.

Olhos azuis viajam para baixo sobre o meu vestido, e, em seguida,passam rapidamente de volta para os meus. Sua mandíbula aperta e elese vira para olhar para Thomas, que está de pé na porta com a bocaligeiramente aberta. Oh sim, eu esqueci de dizer a ele que eu vivo com

um motoqueiro. Um grande, chateado motoqueiro. Ouço o barulho da jaqueta de couro de Maddox quando ele se vira para mim e caminha,intensificando assim que nós estamos cara a cara.

 —  Não.

Eu cruzo meus braços. —  Não, Maddox. Eu moro aqui, mas vocênão é meu pai.

 —  Nem tenho a idade para ser seu pai porra, então pare de me

insultar. O que eu sou, porém, é alguém que se preocupa com você.Você viveu por um monte de merda, e isso parece muito desonesto.

Eu ronco, inclinando a cabeça para o lado.  —  A menos que eleestivesse vestindo couro, andando de moto e falando palavrões, você

acha que ele parece desonesto.

Ele sorri, e eu balanço minha cabeça com um suspiro.

 —  Eu o conheci no trabalho. Nós vamos sair para o almoço.

 —  Não, você não vai.

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~ 151 ~ 

 —  Oh sim, eu vou sim.

Eu tento passar por ele, mas sua mão ataca, tomando conta do

marco da porta e me parando.

 —   Maddox  —   eu protesto.  —   Por que diabos você não vai medeixar ter uma vida?

 —  Você tem um emprego?

 —  Sim!

 —  Amigos?

 —  Sim!

 —  Então você tem uma vida. Isso...  —  ele sacode seu dedo para Thomas. —  É um pau querendo você... não uma vida.

 —  Oh meu Deus  —  eu grito, jogando as mãos para cima.  —  Porque você tem que ser tão vulgar?

Maddox se vira para Thomas. —  Quantos anos você tem, garoto?

 —  Dezenove, ah, senhor.

Ele se vira para mim.  —   Garotos de dezenove anos pensam em

nada mais do que seus paus e suas barrigas.

 —  Talvez, mas eu não penso sobre essas coisas. Você acha que eu

não posso cuidar de mim?

Ele inclina a cabeça para o lado, me estudando.  —   Eu sei quevocê pode.

 —   Então comece a mostrar isso. Estamos indo para o almoço,Maddox. Nós não estamos indo para algum caminho para foder.

Ele recua, e seus olhos endurecem. —  Não diga merdas assim.

Eu suspiro e empurro seu peito.  —  Saia, eu vou sair. Eu estareiem casa em poucas horas.

 —  Tudo bem, mas Krypt vai enviar um menino para ir atrás de

você.

 —  Ele não vai! —  eu grito, passando por ele quando ele se move.

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 —   Mantenha-o em suas calças, garoto,  —   Maddox late para Thomas quando eu alcanço a porta.  —  Tenho muitas coisas horríveis

que eu posso fazer com ele, se você não fizer isso.

 —  Sim, senhor, —  Thomas fala rapidamente.

Oh Deus.

Quem disse que os motoqueiros eram legais?

* * * * * *

SANTANA 2014

O clube está batendo com força total quando eu passo pela portada frente. Gestos e gritos são jogados em minha direção quando eupasso pelos motoqueiros bêbados, prostitutas do clube e old ladiesdançando. Eu vou direto para o escritório de Maddox, uma necessidadede vê-lo. Depois da noite passada, eu só quero ter certeza de que está

tudo bem com a gente.

Eu bato na porta antes de entrar, mas ninguém responde.Hesitante, eu abro a porta. Ele não está aqui, o que quer dizer que elenão está no clube, ou ele está em outro lugar... possivelmente láembaixo, nos galpões. —  Ele não está aí, princesa.

Me viro e vejo Tyke girando no corredor. Eu sorrio para ele.  —  Sem problemas, ele saiu há muito tempo?

 —  Nah, apenas uma hora.

 —  Certo, eu vou esperar por ele aqui, então.

Ele me abre um sorriso antes de desaparecer pelo corredor e voltapara o caos. Eu entro no escritório de Maddox e fecho a porta atrás demim, então eu sento em sua mesa, colocando os pés em cima dela e meinclinando para trás na cadeira. Eu faço isso por alguns minutos, então

eu recorro a balançar em círculos antes de suspirar e parar.

Não há nada sobre a mesa, realmente, com exceção de alguns

papéis e canetas. Ele não tem um computador ou nada de especial. Eudecido que vou organizar tudo, isso vai me dar algo para fazer. Talvez

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eu até suba aqui quando ele retornar. Eu reúno todos os documentos

em um arquivo, e os empilho, classificando-os de A a Z.

Eu olho em volta, perguntando onde ele guarda as coisas, quandonoto um armário. Deve ser lá, com certeza. Me levanto e me aproximo,

puxando as gavetas, mas elas estão trancadas. Hmmmm. Eu vou embusca de uma chave, encontro uma em uma prateleira. Está meioentreaberta, o que é estranho. Ele deve ter agarrado algo e saiucorrendo, não trancando-a corretamente. Desde a aparência disso, nãohá nada de especial lá de qualquer maneira.

Eu retiro a chave e corro de volta por cima e texto no armário, ecom certeza, ele desbloqueia. Eu abro, olhando para os divisores sem

rótulos. Ótimo, ele não coloca nada corretamente. Bem, eu vou fazer

isso sozinha. Eu puxo a pequena pilha de papéis para fora e caminho devolta para a mesa, deixando a pilha lá.

Eu começo a classificar. É principalmente faturas, coisas dessetipo. Me deparo com uma pasta amarela, na parte inferior, marcadoSantana. Curiosa, eu abro. São alguns registros da polícia em relaçãoaquela noite horrível, bem como alguns remédios. Coisas assim. Eucontinuo folhear até que me deparo com o nome da minha irmã. É sópor pura sorte que eu vejo, mas isso me para, e eu puxe o maço depapéis ligados a ele.

Deus, eu me pergunto se é seu registro de óbito.

Eu folheio. Há informações de estranhos com fazendas ilegais eescravos, bem como alguns com nomes e datas. O nome de Kennedyaparece e eu acho uma reportagem de jornal sobre a prisão dele,dizendo que ele foi levado por porte de drogas. Uma pontada irradiaatravés de meu peito com o pensamento de que Kennedy está agora naprisão.

Eu quero odiá-lo e me sentir como se ele merecesse isso, mas eusimplesmente não posso. Ele era bom para mim, talvez para outros elefosse um monstro, mas ele me deu muito mais do que as ruas jamaispoderiam. Sim, meus vícios vieram dele, mas eu tinha um telhado sobrea cabeça e ninguém além da minha irmã importava. Nós não podíamosser muito exigentes quando negatividade nos cercava, poderíamos?

Eu olho o artigo e para baixo em alguns e-mails impressos. Elessão de cerca de dois anos atrás, enviados a partir do endereço de e-mailde Maddox. Estou prestes a passar rapidamente por eles quando eu

pego o tópico. É o nome e data de nascimento completa da minha irmã.Incapaz de colocá-los para baixo, eu sento e começo a lê-los. O

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primeiro, ou o que está no topo, é um e-mail a partir de Maddox. Eu

leio, e meu mundo muda.

Para: Cane Earnest

De: Joker’s Wrath MC 

Assunto: Informações sobre Pippa Lexus

Cane,

Estou em contato com você para conseguir ajuda com

algumas informações. Uma menina em meus cuidados desapareceu

no final de 2008. Pelo que tenho sido capaz de reunir, ela foi

vendida em uma transação de drogas e enviada para uma fazendacomo uma escrava. Eu não tenho sido capaz de descobrir qual

fazenda ou para quem ela foi vendida. Já me disseram que você

tem informações sobre essas coisas.

Ela desapareceu em 12 de novembro de 2008, em torno de

seis horas eu encontrei a irmã dela, e pelo tempo que eu voltei, ela

tinha ido embora. Após intensa pesquisa, eu descobri o que

aconteceu com ela. Tanto quanto eu sei que ela ainda está viva, e

eu preciso encontrá-la. Qualquer informação que você tenha sobreela seria útil.

Maddox.

Eu suspiro em pura agonia, apertando a mão para minhagarganta enquanto eu continuo a folhear os e-mails. O homemresponde com informações afirmando que uma menina com aquelenome e data de nascimento foi, de fato vendida no exterior apenas

alguns dias depois, no entanto, ele não tinha mais informações arespeito de onde.

Não.

Não.

Eu tropeço para trás, os papeis escapam dos meus dedos. Isso

tem que ser uma mentira. Talvez Maddox estivesse confuso. Ele nãoestava confuso, porque ele disse que ela estava morta. Que ele a

encontrou morta. Como ele poderia ter possivelmente confundido algoassim? Isso só deixa uma horrível verdade angustiante. 

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Maddox mentiu para mim.

Eu não percebo que estou ofegante e chorando até que eu tropeçofrente e terra em minhas mãos e joelhos, porque meus olhos estão tãoterrivelmente turvos. Eu suspiro e grito para a minha irmã quando eu

me arrasto para o corredor, raiva e desgosto puro lutando. Enfio a meuspés, chorando em agonia enquanto eu corro.

Eu bato em um peito duro, magro. Mãos fortes enrolam em voltados meus ombros e me empurra de volta. Através da minha visão turvavejo Mack, olhando para mim com uma expressão preocupada econfusa. —  Chante , o que está acontecendo?

 —  É uma mentira? —  eu grito tão alto que todos na sala param.

 —  O Quê? Querida, o que está acontecendo?

 —  Minha irmã, é não está morta porra?

Ele recua e eu posso ver isso, eu posso ver cada resposta que eupreciso em seus olhos. Eu puxo minha mão de volta e eu lhe dou umtapa tão forte que dor irradia pelo meu braço.  —  Vocês todos mentirampara mim? —  eu grito tão alto que os meus próprios ouvidos protestamcontra o barulho invasor. —  Vocês mentiram para mim porra!

 —  Santana,  —  diz ele, com cuidado.  —  Não é o que você pensa.Me deixe ligar para Maddox e...

 —  Vá para o inferno!

Eu passo correndo por ele, tropeço mais algumas vezes antes deeu chegar até a porta. A dor no meu coração não pode ser controlada.Parece como se alguém tivesse empurrado um ferro quente no meupeito e o rasgado, esmagando-o e pisando nele, antes de o empurrarnovamente. Pippa. Minha pobre, querida irmã. O tempo todo eu tenho

vivido uma vida feliz, amorosa enquanto ela tem sido escrava dealguém.

Nesse momento eu pensei que eu entraria em colapso no chão,gritando, minhas unhas indo para minhas bochechas e rasgando a pelelá enquanto realidade me esmaga. Ela está viva todo esse tempo, commedo e sozinha, vivendo em um verdadeiro inferno enquanto eu estavame divertindo com meu amante. Braços fortes vem em torno de mim,mas eu contorço em protesto, gritando palavrões enquanto os meus pés

chutando.

 —  Calma, Santana, calma , —  Mack grita.

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 —  Me deixe ir, seu mentiroso filho-da-puta!

 —  Você precisa ouvir ele, você precisa entender....

Eu empurro para a frente, forçando-o a me deixar ir. Eu giro ao

redor, indo em direção a ele, com os punhos cerrados.  —  Entender? —  minha voz é um grito desesperado e frenético.  —  Entender? Você querque eu entenda que o homem que eu amo mentiu para mim por cincoanos, e que as pessoas que eu achava que eram minha família deixaramisso acontecer? Ela estava viva todo esse tempo, e vocês mais que me

deixaram acreditar que ela estava morta!

 —  Foi o melhor. Se você se acalmar o suficiente para nos deixar

explicar...

Eu não ouço mais, eu só viro e corro em direção aos portões.Mack late uma maldição, chamando os caras para ‘me parar’. Eu corrorápido, mais rápido do que a maioria destes motoqueiros. Estou fora doportão e do outro lado da estrada na floresta densa antes mesmo deles

terem a chance de chegar aos portões.

Me enfio por entre os arbustos e árvores grossas, as lágrimasescorrendo dos meus olhos enquanto meu coração cai em mais de milpeças. Não só eu descobri que a garota pela qual eu lutei tanto está vivatodo esse tempo, mas o homem que eu me apaixonei sabia. Ele sabia.

Oh Deus, ele sabia. Um som baixo e estrangulado de raiva crua rasgada minha garganta.

Eu não sei para onde estou indo. Eu nem sei o que vou fazer.

Agora, eu não tenho ninguém.

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Capítulo vinte e dois

MADDOX 2014

Meu telefone toca, e eu olho o homem na minha frente. Ele teminformações, mas juntar tudo está se provando ser fodidamente difícil.Ele se recusa a me dar respostas, mesmo com a persuasão de Krypt nas

formas de socos, facadas e queimaduras.

 Temos estado com ele por duas horas, e o filho da puta se recusaa nos dar o que queremos. A liderança de Kennedy é uma porra de umfracasso e nossa melhor opção é matar o filho da puta. Meu telefonepara de tocar, por menos de um segundo, antes de começar de novo.Porra, alguém me quer.

Eu atendo, não tirando os olhos do sangue, do homem espancadodiante de mim. —  O quê? —  eu lato.

 —  Maddox, temos um enorme problema do caralho.

É Mack, e pelos sons, o homem está frenético.

 —  O que está acontecendo?

 —  Santana veio... Ela estava em seu escritório e decidiu começara organizar os papéis. Você deixou seu cofre aberto e ela entrou noarmário..

Eu já estou correndo para frente, mesmo antes das palavrasdeixarem os lábios dele.

 —  Ela sabe, Maddox.

Não.

Porra não.

 —  Onde ela está? —  eu lato.

 —   Ela correu. Eu tenho os caras procurando por ela, mas atéagora não temos sido capazes de encontrá-la.

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 —  Encontre ela porra, —  eu rujo. —  Eu estou indo!

Eu jogo o telefone tão duro contra a parede que esmaga. Krypt se

vira para mim, seus olhos se estreitam.

 —  O que está acontecendo?

 —  Ela sabe, ela sabe merda.

 —  Porra.

 —  Temos de ir, e matar esse filho da puta. Eu não tenho tempopara esta merda.

 —  O quê? —  o homem geme. —  Não.

 —  Você vai me dizer o que você sabe porra?  —  eu lato, tirando aminha arma.

 —  Eu não posso... eles vão... eles vão me matar.

 —  Então, permita-me tornar mais fácil para eles.

Eu levanto a arma e eu atiro bem no meio dos olhos dele. Eu nemsequer vejo o sangue explodir na parte de trás de sua cabeça antes deeu virar e ir para fora do quarto e uivar para Krypt. —  Limpe isso.

 Tenho coisas mais importantes do que isso para me preocupar,incluindo como inferno eu vou conseguir a minha menina de volta.

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Capítulo vinte e três

SANTANA 2014

Minhas mãos tremem quando eu enfio minhas roupas na minhamala. Eu não tenho certeza de onde eu estou indo, mas eu não vou ficaraqui. Eu não posso ficar na casa de Mack, e eu certamente não posso

voltar para a de Maddox. Eu preciso encontrar um lugar para ficarantes de eu começar a trabalhar em encontrar a minha irmã. Eu nãovou deixá-la no inferno um segundo a mais do que o necessário. Euencontra-la.

Isto é tudo culpa minha.

 —  Santana!

A voz alta de Maddox enche meus ouvidos. Não me movo. Eu nem

sequer olhar para cima quando ouço seus passos subindo a escada.Minha porta se abre e os meus dedos tremem enquanto eu tento evitarolhar para o homem que quebrou meu coração. Ele para e o quarto está

tão silencioso que eu posso ouvir sua respiração ofegante.

 —  Você está indo embora.

Não é uma pergunta, mas mesmo se fosse, eu não iria responder.Eu não devo explicações a ele. Eu apenas continuo embalando com as

mãos trêmulas, tentando manter a histeria dentro.

 —   Santana, eu sei que você está sofrendo. Eu fodi as coisasdeixando você acreditar que Pippa estava morta, mas você precisaentender que foi a melhor coisa no momento.

Eu não digo nada. Meus dedos apertam em torno da camisa emminhas mãos, mas eu não respondo. Tenha calma. Se acalme. Não seacostume com ele. 

 —  Você estava em um mau caminho. Fui procurá-la e ela se foi.

Quando eu descobri o que foi que aconteceu, eu voltei para te dizer.

Respire. Respire.

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 —   Você estava coçando seus braços em pedaços, gritando e sedebatendo. Eu sabia então que você não podia lidar com isso. Se eutivesse dito a você, você teria se apressado, desesperada por drogas, e iater matado a si mesmo antes de poder ajudá-la.

Eu começo a tremer toda.

 —  Então, eu te disse que ela estava morta. Eu queria que vocêficasse melhor. Essa foi a única maneira que você iria continuar viva.Eu nunca parei de procurar por ela, nem mesmo por um fodido

segundo. Eu ia te dizer quando eu a encontrei...

Me viro, meus olhos selvagens, meu corpo tremendo de raiva.Maddox está de pé na porta, olhando para mim, com as mãos em

punhos ao seu lado.

 —  Não. Era. Sua. Decisão, —  eu cuspo nele.

 —  Não, mas eu estava fazendo o melhor que pude no momento.

 —   Você me disse que ela estava morta,  —   eu grito, finalmente

perdendo minha calma.

 —  Porque você teria se matado se eu não fizesse isso. Então onde

isso teria deixado ela?

Vou em direção a ele, meus punhos voando em direção ao seupeito. Ele os pega em suas mãos grandes, me segurando enquanto eume contorço.

 —  Ela está viva todo esse tempo, toda essa porra de tempo. Elaestá sofrendo enquanto eu tenho vivido uma vida maravilhosa. Vocêpode ter tido suas razões para manter isso de mim em primeiro lugar,

mas por cinco anos de merda?

 —  Eu queria obter informações. Eu queria que você fosse capaz

de encontrá-la facilmente, não correr ao redor do mundo procurandopor ela. Você teria feito isso, você teria continuado e saído correndo sem

nenhuma informação, se colocando em uma situação mortal.

 —  É claro que eu teria,  —  eu grito, lágrimas de raiva deslizandopelo meu rosto. —  Ela é minha irmã.

 —  Sim,  —  ele late.  —  E quem teria ajudado a ela se você foi se

matar? Huh?

 —   Você manteve algo de mim que você não tinha o direito demanter.

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 —  Isso não é o que eu perguntei porra,  —  ele berra, me puxandopara mais perto. —  Eu pergunto quem diabos teria ajudado ela se vocêtivesse saltado para aquele mundo fodidamente perigoso e se matado?Porque você teria se matado, Santana. É mais perigoso do que você

 jamais poderia entender caralho. —  Ainda não era o seu direito,  —  eu grito, chutando para fora e

batendo em suas canelas. Ele mostra os dentes para mim em um silvomortal, mas não me deixe ir.  —  Eu lamentei por ela. Eu chorei por ela.Você me fez acreditar que eu falhei!

 —  Não  —  ele late.  —  Eu deixei você acreditar que ela estava naporra de um lugar melhor para que você pudesse se levantar e colocar

sua própria junta.

 —  Mas ela não estava em um lugar melhor, ela estava? Ela estavasofrendo.

 —  Eu passei cinco longos anos procurando por ela, Santana. Eununca parei, nem pela porra de um segundo. Você acha que você teria

tido os contatos que eu tenho, se você tivesse ido sozinha?

 —  Mesmo se isso é verdade, —  eu sussurro, meu corpo caindo, —  você ainda mentiu para mim. Você ainda mantinha algo de mim. Vocêpoderia ter me segurado, você sabe que poderia ter, mas em vez disso

você escolheu mentir. Você me deixou me apaixonar por você e essetempo todo isso tem sido uma grande fodida mentira.

 —  Não —  ele geme.

 —  Me deixe ir, Maddox. Terminamos aqui.

 —  Não.

 —  Me deixe ir! —  eu grito. —  Eu disse que isso está feito.

 —  O que você vai fazer?  —  ele rosna.  —  Correr para lá e tentarencontrar alguém cuja situação você não sabe nada sobre?

 —  Ela é minha irmã. É claro que eu vou encontrá-la.

 —  Você vai falhar, —  ele late. —  Você sabe por quê? Você não temcontatos e não há pistas. Se você quiser encontrá-la, só há umamaneira de fazer isso, e é através de mim. Você quer encontrá-la, vocêfica aqui e você encontrá-la. Você quer fazer isso sozinha, então corra

lá, mas você não vai conseguir merda nenhuma de mim.

Que bastardo.

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 —  Você está me chantageando,  —  eu sussurro, olhando para ele

com horror.

 —  Não, —  ele diz, com a voz baixa e rouca. —  Eu estou te dando

uma escolha.

 —   Se eu sair, você não vai me ajudar. Você está usando a

informação que você tem para me manter aqui. Isso é chantagem.

 —  Ou talvez eu simplesmente não esteja pronto para te deixar ir.

Eu olho para longe, raiva e dor lutando dentro de mim. Raiva delepor ter mentido para mim, e dor, porque eu não quero passar minhavida sem ele.

 —  Você não tem uma escolha.

Ele me deixa ir, seu corpo rígido. Ele dá um passo para trás,deixando seus braços caírem por seus lados.  —  Tudo o que você achaque eu fiz, você está errada. Eu só tive um objetivo, e esse era te mantersegura. Eu fiz o que tinha que fazer para que isso acontecesse. Meodeie, vá em frente, mas se você quiser a porra da minha ajuda, você

vai ficar.

Em seguida, ele se vira e vai embora, batendo a porta atrás de si.

Eu caio de joelhos, e pela centésima vez hoje. Eu choro.

* * * * * *

Eu sei que ele está certo.

Eu não tenho uma escolha aqui, não realmente. Se eu sair

sozinha, eu poderia facilmente ser morta, ou pior, vendida também.Maddox tem informação, ligações e contatos. Ele é a única pessoa quepode me ajudar com isso, e ele é a única pessoa que torna isso tãodifícil para mim. Eu não quero estar perto dele, e ainda a própria ideia

de pensar nele, faz meu coração arder de desejo.

Eu estou enrolada na minha cama na casa de Mack. Eu choreiem exaustão. Meu coração dói, meu corpo dói, e eu estou tãomalditamente confusa. Eu não sei que caminho tomar. Tudo que eu sei

é que eu tenho que ajudar Pippa, não importa o custo. Se isso significaque eu tenho que trabalhar com Maddox para fazer isso, então eu vou.

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~ 163 ~ 

Se isso significa que eu vou ver a minha irmã, então eu vou fazer o que

puder.

Minha porta range aberta, e eu rolo para ver Mack pé com umsanduíche em uma mão e uma lata de refrigerante na outra. Ele entra,

colocando os itens em cima da mesa de cabeceira.  —   Você tem quecomer, ou você vai desmoronar.

Concordo com a cabeça, me virando, me colocando de volta em

uma bola.

 —   Você se machucou muito, Santana, você tem o direito de sesentir assim. Mas, eventualmente, você vai ter que se levantar e decidiro que fazer. Eu sei que você está com raiva de Maddox, mais uma vez,você tem o direito de estar, mas você precisa entender que tudo o que

ele fez, ele fez porque ele te ama. Odeie ele por isso, se for preciso, masbasta lembrar que a cada palavra cruel, você está quebrando o coraçãodele, tanto quanto ele está quebrando o seu. Você tem que decidir ondevocê o quer e o deixe lá. Ele não merece isso também, porque nãoimporta o que você acredita, ele trabalhou fodidamente para encontrar

essa menina.

Então eu o ouço sair do quarto, fechando a porta suavementeatrás dele. Mais lágrimas vazam dos meus olhos, porque eu sei que ele

está certo. Maddox não fez isso para me machucar; ele fez isso para meproteger. Eu sei disso, mas agora tudo dentro do meu corpo dói. Dóitanto. Eu não quero deixar minha raiva ir ainda, mas, ao mesmo tempo,

dói estar tão apaixonada por ele.

Eu fecho meus olhos, tão exausta. As cobertas em torno de mimnão tem o mesmo calor que normalmente têm. Os travesseiros não sãoreconfortantes, e os sons suaves de Mack falando lá embaixo não metrazem nenhum alívio. Meu coração dói de uma forma que nunca doeuantes. Uma grande parte de mim quer se arrastar para fora da cama e

encontrar Maddox, me envolver em seus braços. A outra parte se recusaa deixá-lo entrar.

O último pensamento em minha mente é da minha irmã, e comoela deve estar se sentindo neste momento. Ela está com medo? Ela estáfeliz? Ela é ainda viva? Eu gostaria de ter as respostas que tãodesesperadamente necessito. Em vez disso, eu vou dormir esta noitesem saber se ela vai ficar bem, e odiando que há uma pequena chancede que eu nunca vou encontrá-la.

Nada parece bem agora.

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~ 164 ~ 

Capítulo vinte e quatro

MADDOX 2014

 —  Como você está, Prez?

Krypt me dá uma cerveja. Eu aceito, engolindo-a para baixo, não

saboreando, mas saboreando o calor que ela traz para o meu corpodolorido e quebrado.

 —  Bem.

 —  Vai ficar tudo bem. Está tudo lá fora agora.

 —  Aposto que você está fodidamente feliz com isso, não é você? —  

eu agarro.

Ele cruza os braços, olhando para mim.  —  Eu não estou feliz em

te ver ferido, ou ela, mas essa merda tinha que sair, e você sabe disso. Tenha um pouco de fé, essa menina te ama. Ela vai se machucar, masela vai voltar pra você.

 —   Você não viu como ela olhou para mim. Não há nenhumamaneira de ela voltar.

 —  Ela está dormindo.

Nós dois nos viramos para ver Mack entrar na sala, cerveja na

mão, a expressão cansada no rosto. —  Tadinha  —  eu digo, minha voz cansada.  —  Se eu tivesse que

ouvi seus soluços um segundo a mais, eu morreria.

 —  Ela está ferida, mas a dor vai aliviar em breve, e ela vai quererencontrar a irmã dela. Você só tem que estar lá para ela.

Sim, e não chantageá-la, porque a própria ideia de perdê-la é comoalguém que toma meu coração e esmaga.

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~ 165 ~ 

 —  Eu vou estar lá, eu vou encontrar a irmã dela, e eu vou dar aela a última coisa honesta que eu puder antes que ela se distancie de

mim.

Mack suspira.  —  Ela se importa com você, mano. Eu não acho

que ela vai fugir.

Eu paro, sem querer ouvir mais dessa merda de ‘ ela vai voltar’ .Eu a quebrei. Porra, eu rasguei seu coração e pisei nele. Ela não vaivoltar, eu vi isso em seus olhos. Eu deixo cair a cerveja no lixo quando

eu passo por eles e subo as escadas.

 —  Noite, Prez.

Eu não respondo.

Eu ando pelo longo corredor e paro na porta de Santana. Eu tomoa maçaneta, empurrando-a até abrir suavemente. Eu fico olhando paraa menina enrolada em uma bola em cima da cama. Seu corpominúsculo está dobrado para se proteger do frio. Seu cabelo escuro estáse desdobrando sobre o travesseiro, e seus olhos estão cerrados, como

até mesmo se dormir doesse.

Eu entro, levantando um cobertor da pilha de roupa ao lado dacama em uma mesa. Eu coloco sobre ela, observando com uma

expressão quebrada quando os dedos dela vão para segurá-lo, puxando-o sob o queixo. Ela não abre os olhos, mas uma grande parte de mimdeseja que ela fizesse. Há tanta coisa que quero dizer, mas eu estou

muito fodidamente quebrado para deixar isso sair.

Deixo o quarto, fechando a porta suavemente atrás de mim.

Eu a perdi, eu só sei disso porra.

Eu não tenho ninguém para culpar além de mim mesmo.

* * * * * *

SANTANA 2014

 —  Aqui.

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~ 166 ~ 

Eu olho para cima para ver Ash e Indi, ambas sorrindo. Ash

empurra um café na minha direção, e eu aceito com gratidão.

 —  Como você está se sentindo?

Eu dou de ombros.  —   Tão bem quanto se pode se esperar, euacho.

 —   Eu sinto muito  —   diz Indi.  —   Eu não posso imaginar como

você se sente.

Eu não sei como responder a ela, porque eu sou apenas capaz defiltrar através de minhas próprias emoções, e muito menos tentarexplicar como me sinto a outra pessoa. Em vez disso, eu ofereço umsorriso fraco e um gole do café. Mack vem na área de estar, um

momento depois, sem camisa e carregando uma pilha de papéis.Maddox, vem logo atrás dele, também sem camisa. Seus olhos passampara mim, mas eu mantenho a minha a xícara de café.

 —   Nós temos informações. Você quer ouvir?  —   Mack mepergunta.

Concordo com a cabeça, e fico grata quando Ash coloca a mão nomeu ombro e sussurra —  Eu vou com você. Está tudo bem.

Eu estou e os sigo para a mesa, onde todos nós nos sentamos. Eumantenho meus olhos em Maddox quando eu olho para as quantidades

maciças de informação apresentadas a mim.

 —   Isto é o que nós temos  —  Maddox começa, e eu posso sentirseu olhar em mim.  —   Até onde sabemos, Pippa foi vendida comoescrava de trabalho. Nós reduzimos alguns locais, no entanto, estamoscontando com a ajuda de Kennedy para nos dar o ponto exato.

 —  Kennedy? —  eu suspiro, levantando minha cabeça.

Maddox concorda. —  Ele está na prisão. Ele sabe pra onde Pippafoi enviada, porque ele é o único que a vendeu.

O quê.

Kennedy... a vendeu?

Não. Ele não faria isso.

 —  Eu não...Eu não entendo.

Maddox suspira.  —   Quando você desapareceu e os chefões dotráfico vieram atrás dele, Kennedy não tinha nada para oferecer a eles.

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~ 167 ~ 

Então, ele vendeu Pippa a eles, sabendo que ia conseguir um bom

dinheiro por ela em um dos mercados de escravos no exterior.

 —   Mas... ele não faria  —   eu sussurro, olhando para os papéis

para que ninguém possa ver a dor em meus olhos.

 —  Ele fez —  Maddox diz simplesmente.

 —  Então por que você não conseguiu as informações dele?

 —  Não sabia que ele estava na prisão até recentemente. Já fui vê-

lo uma vez, ele se recusa a entregar nada mais a não ser que...

 —  A não ser o quê? —  eu agarro.

 —  A menos que ele te veja.

Meu queixo aperta. —  Ele quer me ver?

 —  Sim —  grunhi Mack. —  O filho da puta é ganancioso.

 —  Então porque você não me levou? —  eu choro. —  Se isso é tudo

que precisa para encontrar Pippa?

 —  Não é tão fácil —  Maddox mói para fora.

 —  Não, porque você queria transar comigo em primeiro lugar.

Ele recua.  —  Você sabe que essa porra não é verdade, e se vocêcontinuar falando essas merdas eu vou acabar com esses papeis e vocêpode fazer isso sozinha. Fique com raiva de mim o quanto você quiser,Santana, mas não se atreva, nem por um segundo achar que eu usei

você, porra.

Eu fico olhando para ele, e eu posso ver a dor em seus olhos

quando ele fala. Eu largo minha cabeça.

 —  Quando é que podemos ir vê-lo?  —  minha voz está quebrada,como uma grosa instável.

 —  Hoje. Agora.

Eu me levanto. —  Então vamos fazer isso.

* * * * * *

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~ 168 ~ 

Saímos para a prisão mais de três horas depois. Maddox teve quetrabalhar alguns detalhes em primeiro lugar. Eu fui com Mack, nãoquerendo estar na parte traseira da moto de Maddox. Ficar perto dele édemais agora.

Apenas Maddox, Krypt e Mack vieram para a viagem. Quantomenos motoqueiros, menos suspeita levantada a respeito de porque nósestamos visitando Kennedy, considerando que eles vieram há pouco

tempo.

A segurança é bastante intensa, e na hora que entramos para aárea dos visitantes, estou sobrecarregada. Maddox está na minhafrente, se recusando a me dar acesso até que ele precise. Mack acariciaminhas costas uma vez antes de se sentar com Krypt. Um som alto

estala e então eu ouço Maddox murmurar —  Lá está ele, o filho da puta.Espio ao redor dele, meu coração vai a milhões de quilômetros por

hora. Eu não tive a chance de processar o fato de que eu estou prestesa ver o homem uma vez eu amei e as borboletas e ansiedade queenchem meu estômago são o suficiente para me fazer querer correr parafora e vomitar. Minhas mãos tremem quando eu avisto o homem que,

mais ou menos, mudou minha vida.

Muito pouco mudou sobre Kennedy. Ele ainda tem o cabelo

grisalho, e um olhar sofisticado que mesmo sua roupa prisão não tira.Seus olhos caem sobre mim, e eu posso vê-lo chupar uma respiração,sua mão vai até seu coração. Lágrimas aparecem nos meus olhos, e eunão tenho certeza se são lágrimas de felicidade ou lágrimas de raiva.Maddox caminha, e eu sigo de perto por trás, sem tocá-lo, mas perto osuficiente para que eu possa sentir o cheiro dele.

 —   Sente-se  —   ele ordena, e eu faço como me disseram, mesentando ao lado dele.

Eu não tenho tiro meus olhos de Kennedy esse tempo todo, e osmeus dedos vacilam quando eu chego para o telefone. Maddox faz omesmo e Kennedy do outro lado. Eu pressiono o dispositivo ao meuouvido e ouço a voz de Kennedy encher a linha.  —   Tanie, oh, doce

 Tanie, como eu senti sua falta.

Abro a boca, mas não sai nada. Uma pequena parte de mim aindase sente como uma criança frágil em torno de Kennedy, mas a outraparte está tão brava com ele pelo que ele fez com Pippa.

 —  Está tudo bem, querida  —  ele acalma.  —  Está tudo bem. Euestou aqui agora.

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~ 169 ~ 

Suas palavras têm os meus olhos fechados esvoaçantes quandovelhas lembranças enchem minha cabeça. O conforto que ele me deu, asensação de suas mãos macias me acariciando para dormir. Depois, háas memórias escuras, onde ele mergulhou uma agulha no meu braço,

observando as drogas me consumirem. Eu tremo e lágrimas escorrempelo meu rosto.

 —  Diga alguma coisa, querida, me deixe ouvir sua voz. É tudo o

que eu queria ouvir por tanto tempo.

 —  Você vendeu a minha irmã —  eu coaxo.

Eu finalmente abro os olhos, e a expressão de Kennedy é triste.

 —  Eu pensei que você estivesse morta, Tanie. Eu pensei ...

 —   Você me prometeu que iria cuidar dela. Não importa o queacontecesse.

Minha voz é uma grosa de dor, fazendo Maddox estremecer ao

meu lado.

 —  Eu sei, mas... eles iam me matar, Tanie. Eu não tive escolha.

 —  Há sempre uma escolha —  eu choro, encontrando seu olhar.

 —   Você não sabe o quão difícil tem sido para mim. Por muitotempo eu pensei que você tinha ido embora... até...  —   ele olha paraMaddox.  —  Me diga que está tudo bem, me conte que tudo tem sido

bom para você, Tanie.

Em outras palavras, me diz que o homem ao seu lado não te

causou dor.

 —   Está tudo bem, mas vai ficar melhor quando eu puderencontrar Pippi. Por favor, Kennedy, se você se preocupa comigo... me

diga onde ela está.

Ele fecha os olhos, exalando alto, antes de olhar para mim denovo.

 —  Me deixe te ver por mais um minuto, só um minuto. Assim queeu disser a você, então você vai sair daqui, e eu nunca vou te ver de

novo.

 —  Apenas fale, porra —  Maddox late.

 —   Está tudo bem  —   eu digo baixinho, dando a Maddox umaolhada. —  Nós estamos sem nenhuma pressa.

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Eu não estou dizendo isso porque quero que Kennedy se sintabem, eu estou dizendo isso porque eu não quero deixar ele com raiva.Quero que ele me diga tudo o que puder sobre Pippa, não importa ocusto.

 —   Obrigado  —   ele respira.  —   Você cresceu e virou uma jovemmulher tão bonita, eu sempre soube disso. Me diga o que você tem feito,

 Tanie. Me diga.

Eu posso sentir o olhar de Maddox queimando na lateral do meurosto, mas eu não olho para ele. Eu me concentro apenas em Kennedy. —  Maddox me salvou. Eu estive com ele desde então. Não há muito adizer, além do fato de que eu estou feliz.

Kennedy olha para Maddox, o rosto cheio de desgosto.  —  Ele não

é o tipo que eu teria escolhido você, Tanie. Espero que ele seja bom paravocê.

Eu mal posso dizer - Ah, não, ele não é, ou, na verdade nós nãoestamos mais juntos, porque isso vai dar a impressão errada. Em vez

disso, eu forço um sorriso e murmuro —  Ele é bom para mim.

Kennedy aperta os olhos.  —  Você não parece convencida. Se ele

está machucando você, basta dizer a palavra e...

Maddox bufa em voz alta, interrompendo-o. Eu fecho meus olhos,reunindo minha calma, antes de dizer —  Ele é bom para mim, Kennedy.Ele é o primeiro  —  minha voz treme.  —  o primeiro homem que eu me

apaixonei completamente.

Maddox se vira para olhar para mim, seus olhos dizendo muito,apesar de sua boca estar apertada. Nós sustentamos o olhar do outropor um longo momento, antes de eu virar e encarar Kennedynovamente. Ele está nos observando, suspeita enchendo suas

características.

 —   Eu não tenho muito tempo, Tanie,  —   ele finalmente diz.  —  Estou tão feliz que consegui te ver, eu quero que você saiba o quantoestou triste. Eu deixar você para baixo, e por isso, eu nunca vou me

perdoar.

Se ele não tem muito tempo, eu não quero desperdiçar mais umsegundo. Eu não perdoo Kennedy pelo que ele fez, mas eu queroinformações, então eu sorrio e sussurro —  Eu te perdoo, Kennedy.

Ele sorri, seus olhos cheios de lágrimas.  —   Você acabou de melibertar.

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 —  Agora me ajuda a deixar Pippa livre, para mim, por favor, —  eu

imploro. —  Me diga onde ela está.

 —   Eu não sei onde ela está. Eu não a vendi como escrava. Euconheço o homem que a vendeu, no entanto. É ele quem a vendeu como

escrava.

 —  Então me dê o nome dele.

Ele suspira. —  Jamie Whitman.

Eu sorrio através das minhas lágrimas. —  Obrigada, Kennedy.

 —  Venha me ver novamente, Tanie. Por Favor?

Concordo com a cabeça. —  Claro.

Então eu desligo o telefone, sabendo que eu nunca vou vê-looutra vez.

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~ 172 ~ 

Capítulo vinte e cinco

SANTANA 2014

 —  Onde está Maddox? —  eu pergunto, entrando na sala principal

da casa do clube.

 —  Não tenho ideia,  —  Tyke diz, levantando uma fumaça para oslábios e inalando.

 —  Obrigada —  murmuro.

 —  Ele está bebendo em um estado de estupor.

Me viro para ver Krypt com Ash, seu braço envolto firmemente em

torno da cintura dela, segurando-a perto dele.

 —  Ah, certo.

 —  Não sei se ir vê-lo é o mais inteligente, Tana. Você não querenfrentar Maddox quando ele está bêbado, e acredite em mim, querida,

ele está bêbado.

Eu suspiro, passando minhas mãos sobre meu rosto. Estoucansada. Tem sido longos e drenantes dias. Amanhã vamos ver JamieWhitman, para ver pra quem ele vendeu Pippa, e se vamos ou não ter achance de recuperá-la. Eu sei que o sono não virá fácil hoje à noite,

porque se a notícia é ruim amanhã, estamos de volta à estaca zero.

Cada dia que perder tempo, ela está presa naquele inferno por

mais tempo do que ela precisa estar.

 —  Eu preciso falar com ele sobre amanhã.

 —  Deixa comigo —  aconselha Krypt, estreitando os olhos em sinal

de advertência.

 —  Maddox não me assusta  —  eu digo, acenando com a mão.  —  

Bêbado ou sóbrio.

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 —  Não, mas ele pode ser um babaca, e você não precisa mais de

merda.

 —  Ele precisa saber que eu estou saindo, Krypt. Você sabe que ele

não vai gostar se eu for sem dizer a ele. Eu vou voltar rapidinho.

 —  Seu funeral —  ele murmura.

 —  Basta ter cuidado, querida —  diz Ash, forçando um sorriso.

 —  Eu vou ficar bem.

Eu desapareço pelos corredores, verificando os quartos. Nada.Maddox não está em qualquer um deles. Eu decido verificar os galpõese a parte de trás. Ele não está no primeiro, mas ao entrar no segundo,eu o vejo. Ele está de pé no canto, garrafa meio vazia de uísque na mão.Hesito na porta, não inteiramente certa do que dizer.

Ele olha para cima, quando a porta se fecha atrás de mim, e aexpressão em seu rosto quebra meu coração. Ele parece que acabou deperder seu melhor amigo. Ele oscila um pouco sobre os seus pés, seusolhos azuis se estreitam em dor e sua boca uma linha fraca em seurosto, como se fosse muito difícil fazer cara feia ou carranca. Ele estábêbado, muito, na verdade. Eu posso ver isso em seus olhos. Asprofundidades injetadas têm as respostas antes mesmo de ele abrir a

boca.

 —  O que você quer?

Sua voz é um insulto baixo, não definido, mas tudo a mesma

coisa.

 —  Eu... Eu queria ver você antes de eu ir.

 —  Por quê porra?

Eu cruzo meus braços, cansada de discutir.  —  Porque eu sei quevocê gostaria de saber.

 —   O que eu quero  —   ele irrita para fora, -- Não importa porra

nenhuma.

 —  Não foi o meu erro, Maddox. Não me faça sofrer por isso.

 —  Não. —  ele ri amargamente. —  Não foi o seu erro. Você fez essaporra bem clara, uma e outra vez nos últimos dias. É tudo culpa minha

e acabou. Então, por que diabos você está aqui?

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Uma pontada de irritação invade meu peito, mas eu empurro de

volta.

 —  Não  —  eu aviso.  —  Não faça como se eu estivesse sendo uma

egoísta aqui.

 —   Você não é?  —   ele rosna, levantando a garrafa à boca etomando um longo a partir dele.  —   Tanto quanto eu posso ver, vocêestá culpando essa merda totalmente encima de mim. Nem uma vezvocê parou e viu que eu trabalhei pra caralho para você. Eu não tinhaque te tirar da rua, eu não tinha que te apoiar todos esses anos, eu nãotinha que trabalhar para encontrar sua irmã. Eu fodi tudo, mas você éigualmente tão egoísta como eu.

 —  Sério?  —  eu digo, com minha voz baixa.  —  Você está jogando

isso de volta na minha cara, porque você é culpado.

Ele bufa. —  Porra, sim.

 —  Você sabe o que? Se você quiser se sentar aqui e beber até oesquecimento... vá em frente. Eu não tenho tempo para seus jogos de

merda.

Me viro para sair, mas ele está atrás de mim antes de eu chegar àporta. Sua mão ataca, enrolando em volta do meu braço e me girando

tão forte que eu tropeço, caindo em seu peito. Com um glamour, eurecolho o meu pé e empurro para trás, mas o braço dele estáfirmemente ao redor da minha cintura.

 —  Me deixe ir —  eu resmungo contra ele.

 —  Veja como as coisas estão acontecendo. Você pode me perdoar,Santana, ou você não pode. Eu não vou sentar e jogar jogos fodidos.Nunca foi a maneira que eu faço isso. Você decide o que eu significo pra

você, ou você sai fora daqui e isso acaba agora.

 —  Não me ameace a decidir agora  —  eu rosno, tentando dar um

passo atrás, mas ele está me segurando com muita força.

 —  Não é uma ameaça, é uma escolha. Você precisa fazer isso.

 —   Você me magoou, você mentiu, você me deixou que eu me

apaixo... -

Eu paro de falar. Eu não posso dizer isso. Não quando estamos

assim.

 —  O quê? —  ele rosna. —  Vá em frente e diga.

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 —  Isso não vai mudar nada.

 —  Não vai?

 —  Não.

Ficamos em silêncio por um minuto ou dois antes de elemurmurar: —  Por que vale a pena, eu te amo também, Santana.

 Jesus. Por que ele tem que fazer isso? Por que ele tem quequebrar todas as restrições dentro de mim? Eu me contorçofuriosamente, irritada, ferida, e confusa. Ele me deixa ir, e eu passopara trás, empurrando o peito mais e mais. Ele não me para, mas medeixa ir até meus pulsos queimarem do impacto.

 —  Como você se atreve?  —  eu grito, enredando os dedos em suacamisa. —  Como você se atreve a deixar cair essa porra que em mim?Você quebrou meu coração. Você mentiu para mim. Você me deixou

acreditar que a única pessoa que eu amava estava morta.

 —  Quanto tempo você vai me odiar por isso? —  ele late, enrolandoos dedos em torno de meus pulsos.  —  Eu fodi, mas eu fiz isso porqueeu me importo, não porque eu queria te machucar. Você tem algumaideia do caralho o quão difícil tem sido pra mim manter isso de você?Eu sabia, eu só sabia que eu ia te perder quando você descobrisse. Você

sabe o que fez comigo? Você sabe o quanto isso me matou por dentro desaber que eu estava indo perder a única porra de pessoa pela qual eulutei?

 —  Maddox, —  eu coaxo. —  Não.

 —  Você tem sido minha vida por um pouco mais de cinco anos, eeu lutei com tudo o que sou por você. Eu fodi tudo, eu menti porquequeria proteger a menina quebrada que tropeçou na minha vida. Eunão fiz isso para machucar. Passei cada maldito dia tentando encontrar

essa menina, porque você é tudo para mim, e te deixando nunca foiuma opção.

 —  Maddox.

 —  Então vá em frente e me odeie, porra. Me faça sofrer pelo queeu fiz. Mas saiba disso, Santana, eu vou te amar a cada minuto, a cadahora, a cada dia, a cada mês e todos os anos para o resto de sua vida,

porque você é a única pessoa na minha  vida que vale a pena lutar.

Lágrimas caem do meu rosto enquanto eu olho para o homem quetem causado tanta emoção em mim. Do amor ao ódio, ele tinha tudo,

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mas o que mais se destaca sobre tudo isso é que ele nenhuma vez saiudo meu lado. Em todos os meus anos de dor, mágoa, perda ecrescimento, Maddox ficou ao meu lado, me ajudando através disso, meprotegendo. Ele cometeu um erro, um enorme, mas ele fez isso porque

ele me ama.Como posso odiá-lo por isso?

 —  Eu... -

Eu não consigo terminar minha frase, porque ele me puxa paramais perto dele, rosnando um feroz  —  Chega —  antes de esmagar seuslábios para baixo sobre os meus. Seu perfume me rodeia, álcoolmisturado com um cheiro que pertence a Maddox, e Maddox apenas.Abro a boca com um gemido, inclinando a cabeça para trás para que ele

me leve mais profundo.

Minhas costas atingem a parede de um segundo mais tarde, edepois a mão de Maddox está indo para baixo no topo da minha calça.Seus dedos quentes encontram meu clitóris enquanto minhas mãosapalpam loucamente em seu jeans, precisando dele fora deles e dentrode mim. Ele rosna quando eu deslizo minha mão, envolvendo-a em

torno de seu pênis.

 —  Depressa —  eu imploro.

Minhas calças se foram um segundo mais tarde, e os jeans sãopuxados para baixo, seu pênis liberado. Ele rosna, baixo e profundo,quando ele levanta minha perna para cima em torno de sua cintura emergulha dentro de mim sem aviso. Deus, sim. Eu grito seu nomequando eu empurro meus quadris para a frente. Eu não me importocom a dor, ou a sensação de queimação se espalhando através de meus

membros. Tudo que me importa é o quanto é bom tê-lo dentro de mim.

 —  Mais duro, Deus, foda mais duro   —  eu grito.

Ele me fode mais duro. Ele empurra até que a nossa pele dá umtapa em conjunto tão ferozmente que queima. Meus dedos garram emsuas costas, rasgando sua pele. Gozo tão malditamente duro que minhavisão borra e, por um momento, eu não ouço meu próprio grito. Maddoxrosna o seu apreço e, de repente, ele está saindo de mim, dedos

enrolados no meu cabelo para me forçar a meus joelhos.

 —  Prove, —  ele ordena. —  Prove o seu gozo no meu pau. Prove.

Abro a boca em um suspiro enquanto seu pênis brilhandoaproxima de meus lábios entreabertos. Ele pressiona contra mim e eu

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abro para ele, deixando-o deslizar. Eu gemo com o sabor que invademinha boca, salgado, um pouco doce, tudo Maddox e eu. Ele solta um

assobio irregular enquanto seus dedos se emaranham em meu cabelo.

 —  Chupe baby, chupe forte.

Eu faço. Eu chupo duramente, minhas bochechas esvaziado aoredor de seu pênis grosso. Ele me permite fazer isso por algunssegundos antes de puxar o pênis para fora e levá-lo na mão, correndopara cima e para baixo nas minhas bochechas, rodando em volta dos

meus lábios, e, em seguida, mergulhando-o novamente.

 —  Onde é que eu vou ficar pra explodir, baby? Você me diz onde.

 —  Minha... c-c-c-cara.

 —  Menina suja.

Eu o chupo com mais força, gemendo quando eu o sinto incharem minha boca.

 —  Vou gozar, porra...

Ele pega rapidamente, e sua mão trabalha furiosamente sobreseu pênis. Algumas bombadas depois, ele explode, a sua libertaçãoquente bate na minha boca e bochecha. Ele late algumas palavras bem

escolhidas quando ele vê a porra bater na minha pele.

 —  Parece tão bom pra caralho contra a sua pele, tão doce.

Ele cai de joelhos na minha frente, ainda acariciando seu pênis.Ele usa a outra mão para tirar uma gota de seu esperma, então ele odesliza em minha boca. Eu choramingo no gosto, chupando o dedo, atéque ele geme meu nome. Ele enfia cuidadosamente seu pênis adistância, antes de tomar posse da peça mais próxima de roupas para

limpar meu rosto.

Nossos olhos se encontram. Tanta coisa passa.

 —   Me diz que você vai estar ao meu lado, agora e depois de

encontramos Pippa.

Eu olho para ele, ainda de joelhos.

 —  Me diga, baby —  ele grosa. —  Eu preciso saber. Meu clube temsido tudo que eu tinha há muito tempo, ele já foi tudo pelo qual eu

trabalhei. Então eu encontrei você. Me diga que eu consegui ficar comvocê, me siga que isso tudo não foi por nada.

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Eu me levanto, estendendo a mão e pegando seu rosto em minhas

mãos. —  Você não é o único que encontrou algo para se manter.

Ele fecha os olhos, quase como se as minhas palavras omachucasse, porque elas lhe trazem tal alívio. Ele traz sua testa na

minha. —  Eu sou um idiota, eu sou arrogante e controlador e eu vou tedeixar louca. Mas eu posso jurar que eu vou entregar minha vida para

você, querida. A qualquer hora. Em qualquer lugar.

 —  Eu sei disso  —  eu sussurro.  —  Porque você provou a mim o

quão duro você trabalhou para encontrar a minha irmã.

 —  Eu fodi tudo, eu sei disso. Vou tentar não fazer isso de novo.

 —  Você pode ter fodido, mas no grande esquema das coisas... Eu

acho que você me salvou, Maddox. Você está certo, eu teria corridoatrás dela, sem pensar. Eu teria feito do pior jeito. Te devo a minhavida, e quando eu encontrá-la, ela vai lhe dever o mesmo.

 —  Nós vamos encontrá-la, de uma forma ou de outra.

Eu sei o que ele quer dizer.

Morta ou viva, vamos encontrá-la.

Eu não estou inteiramente certa se me traz o conforto que eu

preciso agora, mas isso vai ter que servir.

* * * * * *

MADDOX 2014

 —  Não diga nada, me deixe falar porra,  —  eu rosno no ouvido deSantana quando estamos perto da velha fodida casa que mantém Jamie.

 —   Eu não vou  —   ela promete, mas eu posso ver seus dedos

tateando em conjunto com os nervos.

Krypt fica ao meu lado, Mack ao lado dele. Eu não queriaaparecer em uma tonelada de motos com as demandas que isso exige.

 Tudo o que eu quero dele é uma resposta, e eu vou estar no meucaminho. Eu não tenho nenhuma ideia do que estamos entrando, no

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~ 179 ~ 

entanto. Normalmente eu não traria uma mulher ao clube de negócios,mas Santana sabe mais sobre Pippa do qualquer um de nós. Ele pode

precisar dela para refrescar sua memória.

Nós fazemos o nosso caminho até os degraus frágeis da casa.

Minha mão permanece firmemente no pulso de Santana, segurando-aligeiramente atrás de mim quando estamos perto da porta da frente. Eubato forte e a porta antiga range em protesto com cada quilo de meu

punho. Ninguém responde por um sólido cinco minutos.

 —  Ninguém aqui, —  murmura Krypt.

Então eu ouço a porta de trás bater.

 —  O fodido está lá atrás, vão. —  eu lato.

Krypt e Mack decolam antes que eu tenha mesmo terminado aminha frase.

 —  Fique atrás de mim —  eu lato para Santana, puxando a minha

arma.

Ela faz o que eu disse, ficando bem atrás de mim quandoandamos para trás da casa. Krypt e Mack tem um magro, grisalhohomem no chão, com as mãos puxadas com força nas costas. O homem

está roncando protestos e cuspindo palavras desagradáveis em nossadireção. Eu paro na frente dele, olhando para me certificar que Santanaestá atrás de mim, antes de pisar nos dedos do homem, fazendo um

grito para escapar de seus lábios.

 —   Tentar correr é uma porra de um movimento realmente

estúpido.

 —  Eu não tenho a sua informação. Eu disse a seu chefe isso. Eute dei tudo o que tenho.

Eu estreito meus olhos. Nós nunca vimos esse homem antes. Emseguida, a coisa encaixa, as palavras de Kennedy ressoam na minha

cabeça. —  Vocês não são os únicos que procuram por essa menina.

Porra.

Parece que os Tinmen estiveram aqui primeiro. Não querendoalarmar Santana, eu toco junto.

 —  Eu não recebi nenhuma informação do caralho. Meus homens

não devem ter passado a diante.

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Eu bati nele, tão duro que sua testa abre e um grito lancinantesai de sua garganta. Santana suspira atrás de mim, mas ela não diz

nada.

 —  Por que diabos você fez isso? —  ele chora, se contorcendo.

 —  Eu vou fazer pior se você desrespeitar as mulheres desse jeito

de novo.

 —  Porra, cara, —  ele resmunga. —  Se você me deixar terminar, eupoderia te dizer o que você quer saber com clareza.

 —  Depressa.

Ele olha para mim, mas continua.  —  Eu tive a menina, mas eunão tinha nenhuma utilidade para ela. Claro, eu poderia vendê-la comouma prostituta, mas eu não estava interessado, e ela era muito jovem.Isso faria muita merda. Tive contatos, as pessoas que trouxeramalgumas para trabalhar no exterior. Eu fiz um bom dinheirinho com ela,sendo jovem. Não é tão bom como eu teria conseguido se ela fosse ummacho, mas cobria a dívida de drogas de Kennedy.

Eu olho para Santana, cujo os punhos estavam apertados. Seurosto está branco e ela está tremendo um pouco. Eu dou a ela um

aceno lento, deixando que ela saiba que está tudo bem.

 —  Pra quem você a vendeu?

 —  Atreau James. Ele compra escravos e os divide entre fazendas,

fazendo lucro. Homem poderoso e mortal, também.

 —   Há quanto tempo você compartilhou esta informação com o

outro clube?

 —  O-o-o ontem.

 —  E onde posso encontrar Atreau?

 —   Do lado de fora do México. Ele dirige um negócio ao lado,chamado Trea’s Tilts, não é por dinheiro, é apenas um disfarce.

 —  É isso?

 —  Sim,  —  ele murmura.  —  Eu não sei o que aconteceu com ela.Eu não checo pessoas que eu vendo.

Eu sorrio para ele novamente.  —  Não importa, você não vai fazer

isso de novo.

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Eu aponto a minha arma para ele.

 —  Você disse... você disse que não iria me matar! —  ele grita.

 —   Você vendeu alguém importante para a garota que eu amo,

você usa as mulheres, você é um canalha sujo, o mundo será melhorsem você. Vamos chamar isso de um favor para a humanidade.

 —  Não, —  ele grita, se contorcendo. —  Não.

Me viro para Santana. —  Se afaste, querida.

Ela balança a cabeça.  —  Não. Eu quero vê-lo morrer por aquilo

que ele fez.

Seu rosto está determinado e inflexível.

 —  Se vire, Santana, —  eu aviso.

Mack solta o homem, deixando Krypt segurá-lo. Ele toma Santanacom força e pressiona a mão sobre os olhos dela.

 —  Me solte! —  ela grita.

Ele balança a cabeça para mim.

Me viro e puxo o gatilho, um tiro certeiro na testa. Guinchando, o

homem despenca no chão, sem vida.

 —  Lide com isso. Estou organizando voos para hoje à noite. Nãotemos tempo para esperar. Se os caras de Howard descobriram antes,eles estão a caminho.

 —  Certo —  diz Krypt.

Me viro e Mack gira em torno de Santana, soltando seus olhos,mas mantendo os ombros para que ela não possa se transformar. Eu a

levo, empurrando-a para a frente. Ela não precisa ver essa merda. —  Eles estão atrás dela também, —  ela sussurra. —  Você não me

disse isso.

 —  Não tinha certeza, Tana,  —  murmuro, empurrando-a para asmotos.  —   Mas eu tenho agora. As chances são de que eles estejamtentando organizar uma maneira de chegar até ela. Nós vamos sair esta

noite. Tenho contatos, felizmente para mim.

 —  Contatos?

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~ 183 ~ 

 —  Eu tenho um homem que é dono de um avião. Pelo preço certo,

ele vai nos levar.

 —   Você conhece que um homem que tem um avião?  —   ela

suspira.

Eu sorrio para ela.  —  Baby, eu sou um motoqueiro. Eu conheço

todo mundo.

Ela balança a cabeça.  —  E se eles já saíram? Por que eles não omataram, Maddox? Deixaram ele para você encontrar e obter asinformações...

 —  Pode ser um jogo, pode ser que eles queiram que a gente ospersiga no exterior, poderia ser tão simples com eles pensando que não

sabíamos sobre ele.

 —  Dois deles são perigosos...

 —  Arriscar, babe. Não acho que nós temos outra escolha.

Eu puxo um capacete na cabeça dela, acenando para Mack.

 —   Terminamos aqui. Eu vou voltar e organizar alguns homenspara viajar.

 —  Ok, chefe.

Eu subo na moto, ligando-a. Os braços de Santana vão ao meuredor, e eu posso sentir suas mãos trêmulas. Eu envolvo meus dedosem torno dela, apertando.

 —  Vai ficar tudo bem, Tana.

 —  Espero que sim —  ela sussurra.

Eu também porra.

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Capítulo vinte e seis

SANTANA 2014

 —   Vai ficar tudo bem  —   Ash diz enquanto eu jogo algumas

roupas em uma mala.

 —  Eles estão atrás dela, também. Eles estão indo para chegar atéela antes de nós e...

 —  Hey —  diz ela, levando meus ombros e me virando em direção aela. Com uma expressão suave, ela sussurra, —  Confie no Maddox. Elevai ter certeza que ela chegue em casa.

 —   Ele não é Deus  —   eu digo em um tom trêmulo.  —   Se eleschegarem lá antes de nós, eles vão levá-la, e fazer sabe Deus o que

mais.

 —   Eles podem não ter saído ainda. Poderíamos estar em umponto de partida.

 —  Talvez  —  eu digo, olhando para a camisa vermelha desbotadaem minhas mãos.  —   Deus, se algo acontecer com ela antes que eupossa chegar...

 —  Você está pensando muito a frente. Por causa dela você precisaparar de fazer isso, querida. Não vai ajudar em nada. Você não podemudar o que acontece, mas você pode mudar a forma como você pensa

sobre isso. Seja positiva, ela precisa isso de você.

Concordo com a cabeça, engolindo as lágrimas que ameaçamescapar.  —  Obrigada por me ajudar a arrumar, eu precisava de uma

pausa do drama.

Ela acena uma mão. —  Sempre..

Nos abraçamos mais uma vez.

 —  Pronta para ir?

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Nós duas nos viramos para ver Maddox e Krypt na porta. Maddoxestá todo vestido de preto, seu longo cabelo puxado para longe de seurosto me permitindo uma visualização completa e perfeita de seu queixotalhado e a forma como ele molda seu lindo rosto. Concordo com a

cabeça suavemente, jogando a camisa dentro da mala e fechando-a.Maddox vem, levantando a minha bagagem enquanto a outra mão

encontra meu queixo. Ele inclina meu rosto, seus olhos azuis intensos. —  Vai ficar tudo bem.

 —  Eu sei —  eu sussurro, embora eu realmente não acredite nisso.

 —  Ainda há uma boa quantidade de atividade no complexo dos Tinmens, o que significa que há uma boa chance de que eles não

saíram ainda. Nós vamos trazê-la de volta, eu prometo.

Concordo com a cabeça. É tudo o que posso fazer. Ele se inclinapara baixo, pressionando um beijo duro nos meus lábios antes de medeixar ir e se virar para a porta.

 —  Vamos fazer isso.

Sim, vamos.

* * * * * *

O avião é realmente muito bom. Ele é velho, mas o interior élimpo e arrumado. Tem uma fila de assentos ao longo do lado esquerdoe do lado direito estão algumas bebidas e refrescos em um carrinho,assim como cobertores, travesseiros e outros tais confortos. O banheiroestá à direita e é típico do tamanho minúsculo de avião.

Nós não levamos um monte de motoqueiros, sendo que o avião sóleva dez pessoas. Isso tornou difícil levar mais do que isso. Maddoxescolheu os melhores, no entanto. Ele mesmo, Krypt, Mack, Ryhder, Tyke, Austin, Grimm e Zaid.

Eu não estou inteiramente certa porque ele trouxe Tyke, sendoque ele só pode ficar por algum tempo antes de precisar se sentar dedor. Meu palpite é que ele não gostaria de deixá-lo fora, e que Tyke éum de seus amigos mais próximos. Além disso, ele daria um bomrelógio, e o homem é assassino com uma arma, provavelmente melhor

do que a maioria dos sócios do clube.

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~ 186 ~ 

 —  Qual é o plano quando entrar, chefe? —  Krypt pergunta.

 —  Nós temos um endereço. Não tenho certeza se ele ainda é dele,mas vale a pena, é uma chance. Nós rastreamos a partir do negócio evamos a partir daí. Ele vive fora da cidade, por isso faz sentido que seria

esse o lugar.

 —  Como é que vamos entrar?

Maddox tem um brilho em seus olhos quando ele responde.  —  Nós vamos bater na porta e perguntar pela menina, avaliar a reaçãodele. Melhor cenário, ele a entrega. Pior, ele tem um monte de gente queirão se colocar uma luta. É por isso que nós estamos levando um monte

de armas.

 —  Isso é muito perigoso —  eu digo.

Maddox se aproxima, pegando a minha mão e apertando-a.  —  

Nenhuma outra escolha. Um ataque de surpresa é o melhor que temos.

 —  E se... —  eu hesitei. —  E se eu for e fingir que estava perdida...

Eu podia ver que ela estava lá primeiro.

 —   De jeito nenhum  —   Maddox rosna.  —   Enviei um com uma

planta antes, não gostei de como isso terminou.

 —  Foi tudo bem —  eu protesto.

Ele me pisca um olhar selvagem. —  Você estava ferida e ele isso te

assustou. Não vai acontecer.

 —  Você poderia acabar matando ela, —  eu digo, minha voz firme. —  Se você entrar e apenas exigir ela, ele pode fazer uma ligação que vaiacabar com ela. Então o quê?

Maddox se inclina em estreita.  —  Você precisa confiar em mim,

Santana.

 —  Você não faz isso ser tão fácil.

Ele recua, e toda a gente olha para as paredes como se eles derepente mudassem de cor. Maddox me dá uma expressão tão dolorosaque meu coração explode quando ele se levanta e desaparece aopequeno espaço na parte de trás do avião. Eu suspiro, deixando cair aminha cabeça em minhas mãos. Deus, eu não quero ser uma criança.

Estou com medo pela minha irmã. Se isso der errado...

Deus.

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~ 187 ~ 

Eu me levanto, evitando os olhares, então abaixo a cabeça e vouaté o hall. Uma mão ataca quando eu começo a andar e eu olho parabaixo para ver Mack segurando meu braço. Sua expressão é firme, massuave.  —  Tenha cuidado com as palavras que você usa, Santana. Ele

está tentando o melhor que pode para conseguir essa menina de volta. —  Eu sei que, chefe —  eu sussurro. —  Eu sei.

Ele me dá um olhar de simpatia, e, em seguida, me surpreendepor se levantar e envolver os braços em volta de mim. Eu me dobro para

ele, suspirando e forçando para baixo as lágrimas que se constroem.

 —  Todos vamos fazer o melhor que pudermos, chante . Não duvidedisso.

 —  Eu não —  eu sussurro. —  Eu só estou com medo e estou sendoinfantil. Sinto muito.

 —  Não é a mim que você precisa dizer isso  —  ele murmura, medeixando ir e olhando para mim com aqueles penetrantes olhoscastanhos.

 —  Eu sei.

Dou a ele um fraco, mas grato sorriso antes de desaparecer no

mesmo espaço que Maddox foi. Acho ele de pé, olhando para fora da janela pequena, oval. Seus punhos são bolas apertadas ao lado de seucorpo, e seu rosto é uma máscara de raiva, frustração e dor. Eu nãohesito, eu me aproximo e ponho meus braços em volta de sua cintura,pressionando meu corpo pequeno contra seu grande.

 —  Eu sinto muito, você sabe que eu não quis dizer isso.

 —  Eu não sei o que você quer dizer mais porra. Se você estiverindo para me punir pelo que fiz, então talvez nós estamos perdendo

nosso tempo aqui.Meu coração torce.

 —  Não —  eu sussurro. —  Não é isso... não é isso...

Ele se vira para mim, forçando meus braços a cair a partir de sua

cintura. —  Não é?

 —  Não  —  eu sussurro.  —  Se eu não tivesse você, Maddox... Eunão faria isso... —  eu engoli. —  Eu não seria eu.

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Seus olhos amolecem e suas mãos caem ao redor do meu queixo. —  Então pare de me punir porra. Eu estou fazendo tudo que posso.

 —   Eu sei  —   eu digo, me elevando na ponta dos pés parapressionar meus lábios para o lado de sua boca.  —  Eu sei, e eu te amo

por isso.

Sua mão desce e ondula ao redor da minha cintura.  —  Diga issode novo.

 —  Eu te amo.

Seus lábios descem sobre os meus em um beijo que tem os meusdedos enrolando. É tudo língua, paixão ardente e desespero. Eupressiono o meu corpo ao dele, sentindo a protuberância de seu pênis

contra minha barriga. Eu esfrego contra ele, sussurrando seu nomequando a minha língua desliza sobre seu lábio inferior.

 —  Porra, pare, baby, —  ele rosna. —  Ou eu vou dobrar você aqui

e colocar meu pau profundamente dentro de sua boceta doce.

 —  Faça isso —  eu choramingo.

 —  Não é possível, —  ele resmunga. —  Eu vou fazer você gritar tãoalto que o piloto irá bater este filho da puta, e nós nunca vamos chegar

onde precisamos ir.Eu me inclino para baixo, mordendo seu pescoço suavemente.  —  

Eu tenho muitos lugares para abafar meus gritos.

 —  Porra.

 —  Me foda, Maddox. Faça tudo ir embora.

Ele faz.

Ele empurra minha saia para cima, puxando minha calcinha delado. Então seus dedos grandes estão dentro de mim, empurrando,enquanto ele usa a outra mão para liberar seu pênis. Meu rostopressiona contra a janela, minha buceta apertando com a necessidade.Alguém poderia vir em qualquer momento, e esse pensamento não fazer

nada além de me excitar. Deus, ele me excita.

 —   Você está tão molhada nos meus dedos, doce,  —   Maddox

grosa. —  Tão doce.

 —  Depressa —  eu imploro. —  Maddox, se apresse.

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Ele remove os dedos, me deixando nua e fresca. Isso não duramuito tempo, rapidamente seu pênis está dentro de mim, profundo eduro. Eu estico ao redor dele com um apelo choramingado. Seus dedosescavam em meus quadris com força suficiente para machucar e, em

seguida, ele está me fodendo por trás, meu rosto ainda pressionadocontra o vidro. Ele me fode com uma força brutal que me temarqueando de volta.

Eu mordo meu lábio com tanta força que tiro sangue. Deus, isso ébom pra caralho.

 —  Sim —  ele resmunga. —  Porra, sim.

Dentro e fora, seu pênis queima o seu caminho em minha alma.Assim como ele encontrou o seu caminho para o meu coração. Minha

buceta reconhece a invasão de excitação, apertando e apertando aoredor dele até que eu sou obrigada a morder o meu braço para parar ogrito desesperado de sair de minha garganta. Eu gozo com tanta forçaem torno dele que ele é forçado a abrandar suas estocadas, porque euestou apertando-o com tanta força.

 —  Puta merda, sua boceta está me apertando tanto, que me deixa

te foder mais forte.

Eu gemo com suas palavras, arranhando os pulsos que estão

ligados aos meus quadris. Ele assobia quando minhas unhas quebramem sua pele, quando o meu orgasmo me quebra.

 —  Baby, eu vou gozar. Porra, sim. Aperte sua pequena buceta em

torno de mim de novo, oh... sim ... é isso aí.

Ele explode dentro de mim com golpes bruscos e grunhidos deraiva. Ele bombeia seu pau em mim até que ele ordenha até a últimagota do seu corpo, então ele desliza lentamente para fora, me puxandopara trás para que ele possa envolver seus braços em volta de mim. Elefuça meu pescoço enquanto seus dedos percorrem a minha barriga,rodando pela minha excitação antes de levantar aos lábios dele echupar.

 —  Nós temos um gosto bom pra caralho juntos, querida.

 —  É o que fazemos. —  eu sorrio baixinho.

 —  Vocês dois acabaram aí? Eu preciso de mijar porra.

A voz de Krypt vem de trás da cortina. Minhas bochechasqueimam e me viro, enterrando meu rosto no peito de Maddox. Ele ri

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baixinho ao endireitar a minha saia e puxar para cima seu jeans. Eleme puxa para fora, olhando por cima de mim antes de gritar para

Krypt. —  Sim, acabamos.

 —   Porra, graças a Deus,  —   murmura Krypt, vindo através da

cortina. Ele dá a Maddox um sorriso irônico antes de ir para o banheiro.

 —  Isso foi divertido —  murmuro, horrorizada.

Maddox ri. —  Não é como se ele pudesse dizer que ele nunca fezisso.

Krypt bufa do vaso sanitário.  —   Não em um espaço pequeno,confinado com orelhas frágeis ao redor.

 —   Eu acredito que eu recentemente peguei você e Ash fazendoisso —  eu digo.

Ele ri. —  Touché .

Maddox me leva para fora e passamos por todos os rostossorridentes. Magicamente, todos eles nos ouviram.

 —  Se sentindo melhor? —  Mack sorri.

 —  Morda-me, chefe.

Ele joga a cabeça para trás e ri. Rhyder realmente levanta a mão

para me dar um high five . Vendo meu olhar, ele abaixa com uma risada.

 —  Alguém me mate agora.

Maddox coloca um grande braço em volta de mim com uma

risada. —  Você está me deixando orgulhoso, querida.

Oh, eu só aposto que eu estou.

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Capítulo vinte e sete

MADDOX 2014

A propriedade está localizada a cerca de 200 milhas da Cidade doMéxico. Chegamos nas primeiras horas da manhã e fizemos check-in nohotel. Nenhum de nós dormimos incrivelmente bem, e por meio da

manhã, estamos todos loucos para chegar à propriedade para descobrirse estamos atrasados demais. Santana insiste em vir, mesmo que eunão queira isso, ela existe, mas como antes, ela é a única pessoa quepode identificar a menina.

O passeio dura muito tempo e é horrível. Eu mantive uma carabrava para Santana, mas a verdade é que não tenho ideia de que porraestamos prestes a entrar. Poderia ser uma grande armadilha fodida, oua menina pode até não estar aqui. Então, estamos de volta à estacazero. Essa merda não vai cair bem para mim, mas eu poderia não sercapaz de evitar isso.

Quando estamos pertos o suficiente da grande superfíciecultivada, eu estaciono o carro para fora da estrada em uma pequenafaixa de terra. Os outros seguem o exemplo e, em seguida, todos nóssaímos, olhando para as milhas e milhas de campos. Eu posso ver aponta de uma casa à distância, mas é bem escondida. Eu retiro asarmas e as coloco na minha calça. Estamos todos portando armas, pelo

menos, duas armas e algumas facas.

 —   Você tem certeza que é isso?  —   Santana pergunta.  —   Eu

odiaria emboscar a casa errada.

 —  É isso, tudo bem.

 —  Então, nós apenas... entramos?

Enfio a última arma na minha calça jeans.  —   Sim, nós apenasentramos.

Quando estamos a postos, eu dou instruções a Tyke para nosalertar caso alguém chegue. Ele balança a cabeça, assegurando que vai

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nos cobrir. Então nós fazemos o nosso caminho em direção às cercasque rodeiam a propriedade. Nós encontramos uma ruptura em umaparte à esquerda, e depois de um pouco de reformulação, conseguimospassar. A entrada é bloqueada com um grande portão elétrico, sem

dúvida, equipados com câmeras.Quando todos entramos, começamos a longa caminhada em

direção à casa. Minha mão fica perto da minha arma em todos osmomentos, em estado de alerta. Santana fica do meu lado, mas ela maldisse uma palavra durante toda a manhã. Eu sei como ela está se

sentindo por dentro, isto está fodidamente matando-a.

 —  Vejam a casa, —  murmuro para os caras, apontando.

 —  Parece grande pra caralho —  murmura krypt.

 —  Jesus —  comenta Rhyder. —  Eu me pergunto quantas... tem ládentro.

 —  Um lote muito grande, provavelmente, —  eu resmungo.

Quando chegarmos a algumas árvores espessas que cercam acasa, todos se reúnem. Eu aponto para a porta da frente, que nãoparece ter ninguém por perto ou em torno dele.

 —  Meu Deus.Me dirijo ao som da voz de Santana, ela está olhando através de

uma abertura nas árvores frondosas. Eu me aproximo dela, vendo oporquê do seu rosto tão chateado, branco como o de um fantasma. Oque eu vejo tem uma maldição rasgando minha garganta. Há cerca devinte homens e mulheres trabalhando em um campo de plantações detabaco. Eles são todos muito magros e a pele deles é verde-oliva de

horas no sol.

Acho que isso significa que você encontrou o lugar certo. —  Eu... —  a voz de Santana treme. —  Oh Deus.

 —  Hey —  eu digo, virando e pegando seu rosto em minhas mãos. —  Se você quer vir com a gente, você precisa se recompor. Eu sei o quever isso faz com você, mas eu preciso que você se mantenharecomposta. Eu preciso de você alerta e pronta. Se você estiver

chorando, então você não vai poder entrar.

Ela balança a cabeça, endireitando as costas e passando as mãos

pelas lágrimas. Eu estou fodidamente orgulhoso dela naquele momento,

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tão fodidamente orgulhoso. Eu pressiono um beijo na testa dela, antes

de voltar para o grupo.

 —   Certo, nós temos duas opções. Nós emboscamos, ou vamos

caminhar até a porta e só bater.

 —  Eu digo para irmos até a porta,  —  diz Krypt, manuseando a

arma em suas calças.

 —  Eu concordo —  diz Rhyder, olhando para a casa grande.

 —  Nós somos estúpidos em iniciar um ataque, se há uma chancede que podemos apenas conseguir com a garota de volta com um poucode força —  murmura Zaid, olhando para mim.

 —  Certo, então vamos fazer isso. Santana, fique atrás de mim emtodos os momentos. Não se mexa.

Ela balança a cabeça, o rosto ainda pálido. Ela está aterrorizada,mas ela está recomposta...  por agora . Eu espero que eu não tenhacometido um erro em trazê-la aqui.

 —   Vamos entrar  —   diz Krypt.  —   Maddox, você vai primeiro.

Santana pode ir atrás de você e nós vamos segui-la.

 —  Vamos fazer isso.

Nós todos nos movemos para frente da casa. Parece haverninguém por perto, exceto por as pessoas nos campos, a casa parecequase morta. É uma casa enorme, um pouco como o castelo com a suapraça, projetando tampos de pedra. A casa é toda de tijolo cinzento,sem varandas, algumas janelas. Estamos apenas vinte ou mais metros

da porta da frente quando eles aparecem.

Eles vêm de trás das árvores, de dentro da casa, na parte de trás.Cada fodido lugar. Cerca de dez, talvez quinze, deles... Eu não sei. Eles

estão todos armados, armas, e dos olhares deles, acabamos de cometerum enorme caralho erro. Porra. Eu vou para agarrar a mão de Santana,mas um deles late,  —  Se mova e eu vou estourar seus miolos fodidos

para fora.

Merda. Merda.

 —  Emboscada —  Krypt rosna.

Um homem alto, com cabelo louro, repleto de pequenos pedaços

de cinza, aparece através dos homens armados. Ele tem um pequenosorriso em seu rosto quando ele nos observa com os olhos

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especialmente treinados em Santana. Ele cruza os braços magros, eseus olhos cinzentos brilham com a vitória. Este deve ser Atreau. Filho

da puta.

 —  Bem, isso não é interessante?  —  diz ele em um tom baixo, de

menina. —  Butch disse que vocês iam aparecer, mas eu realmente nãoachei que ele estava certo.

Butch.

PORRA.

 Tudo se encaixa como uma porra de bomba explodindo dentro domeu peito. Eu fecho meus olhos por um breve segundo, meu estômagose contorce com a realidade da situação. Acabei de colocar os meus

meninos, e minha menina em perigo. Isto foi uma grande e fodidaemboscada. O Tinmen não estava perseguindo Pippa para se vingar demim, eles estavam a perseguindo para mim chegar aqui.

 —   Eu realmente não sei o que é tão bom na menina que fariatodos vocês aparecerem, mas não estou triste com isso. Preciso de

alguns novos trabalhadores e todos esses músculos vai fazer o trabalho.

 —  Vá se foder —  Krypt rosna.

Atreau ri, olhando em volta, como se dissesse, ‘Você está falandosério?’  

 —  Um clique de meus dedos —  ele ri com alegria, —  E vocês são

tudo carne picada no chão.

Eu posso sentir Santana atrás de mim, seus dedos trêmulosquando ela coloca nas minhas costas. Que fodido. Agora nós todosvamos pagar por isso. A única boa notícia que temos é que ele nos quercomo escravos e não para nos matar aqui e agora, que me dá alguma

esperança de que os meninos vão vir para nós. —  Não diga outra palavra, Krypt —  murmuro, baixo e mortal.

Atreau ri de novo, filho da puta. —  Sim, você deve ouvir. Eu tenhosido conhecido por matar homens por menos. Mas, como eu disse, eupoderia usar o seu tipo de músculo. Então, se você quiser...

Ele acena com a mão para a porta. Foi quando Mack atira. Eunão o vejo chegando, ele está por trás de todos nós. Mas de repente eleestá disparando, tiro após tiro nos homens que nos cercam. Leva um

tempo para eles responderem, por esta altura Krypt, Zaid e Rhyder

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estão todos disparando. Eu giro, tirando a minha arma, disparando emum homem com o objetivo em Santana. O cérebro dele se espalha

quando o corpo dele cai em uma pilha no chão.

 —  Corra porra! —  eu rujo para ela.

Ela não hesita, ela sabe. Ela se vira e corre em direção às árvoresfrondosas de onde viemos. Um dos homens levanta a arma e atira paraela, ele não é rápido o suficiente para bater uma parte vital, porque euexplodo os miolos fodidos dele. Eu não posso dizer se é um arranhão ouse ele conseguiu, porque ela desaparece. Seu grito rasga um buracofodido no meu coração, mas eu não posso ir até ela. Se eu fizer isso,estamos mortos.

 —  Ela não pode ir sozinha, Mack, —  eu lato durante o tiroteio. —  

Vá atrás dela.

Mack, com duas armas em suas mãos, não hesita. Ele desapareceentre as árvores também. Há apenas alguns de nós e um monte delesainda está de pé. Atreau deve ter feito algum tipo de chamada, porque

de repente mais uma leva de vinte homens aparecem.

 —  Coloque essas porras de armas para baixo, ou nós vamos foder

vocês em pedaços —  ele ruge.

Metralhadoras. Eles têm metralhadoras. Nós somos páreo parametralhadoras.

 —  Largue as armas,  —  eu rosno, baixo e rouco. Meu couro estácoberto em respingos de sangue.

Zaid, Krypt, Rhyder, Grimm e Austin todos soltam suas armas.Atreau passo à frente. —  Fiquem na porra do chão!

Fazemos o que é dito, baixando a nossos joelhos. Meu orgulho

rasga em pedaços quando eu me aproximo mais da grama.Virando-se para os seus homens, Atreau ruge, —  Vá e encontre a

porra da menina, agora.

Cerca de seis dos homens correm na direção que Santana foi.Meu coração rasga em pedaços. Por favor, Mack. Tenha a certeza de queela chegue em segurança. As botas de Atreau furam na terra quando ele

se aproxima.

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 —  Você acabou de matar oito dos meus melhores homens, eu nãoposso deixar isso impune. Eu preciso do seu músculo, mas não todo

ele. Qual de vocês vai pagar pelas vidas que vocês tiraram?

Meus estômago se agita e eu levanto minha cabeça.  —  Você não

vai matá-los porra. Você quer vingança, então me mate.

 —   Isso seria nada divertido. Quero dizer, você é o presidentedepois de tudo. Não é seu trabalho protegê-los?  —   ele ri alto eencantado.  —   Eu acho que você precisa assistir um deles morrer.

Agora, qual vai ser?

Seus olhos digitalizam sobre meus rapazes. Minha mão vai para aminha arma, e ele gira de volta para mim.  —  Largue isso, porra, agora,ou eu vou matar um monte deles e fazer você assistir. Então, o que vai

ser?

 —  Me leve —  eu rosno, minha voz um assobio baixo.

Ele ignora isso, se virando para os caras. Meu coração dispara etodo o meu corpo parece que vai explodir de raiva. Se eu atirar, todoseles nos matam. Eu não quero eles pegando um dos meus homens. Eu

tenho que vir com algo mais, algo melhor, algo que ele quer mais.

 —  Eu tenho meninas —  eu lato.

Ele olha para mim, o rosto sério um momento. Eu quero berrar dealívio quando ele ri, não mais divertido, mas mortal. —  Eu tenho muitas

garotas, motoqueiro.

Em seguida, ele volta sua arma, sem hesitação, e ele puxa ogatilho. Um grito de agonia rasga do meu peito quando Rhyderdespenca para trás, a cabeça em pedaços. Agonia, do tipo que eu nuncatinha experimentado, rasga através do meu corpo, me desmoronandono chão. Krypt fole de raiva, e se não fosse por Ash, ele iria agir... a vida

ou não.

Zaid, Grimm e Austin têm suas cabeças inclinadas, seus corpostremendo. Com raiva ou emoção, eu não sei. Meu peito se ergue com aemoção, rodando com a raiva por dentro, me fazendo querer matartodos esses fodidos. Eu não posso fazer isso, no entanto. Eu não possodeixar Santana. Eu largo minha cabeça, deixando uma únicaagonizante lágrima deslizar para baixo minha bochecha pelo meuirmão.

Eles vão pagar por isso. Juro.

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 —  Leve-os para dentro, agora!

Alguém pega ambos os meus braços, me empurrando para cima.A coronha de uma arma se conecta com a minha testa e meu mundo

fica preto.

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Capítulo vinte e oito

SANTANA 2014

Minha perna queima como se estivesse no fogo enquanto eu corroaté os arvoredos, a oeste da propriedade. Eu não acho que a balaentrou, mas dói do mesmo jeito. Eu não posso correr para a calçada, a

terra está aberta e eu não tenho dúvida, alguém veio atrás de mim. Seeu estou em um campo aberto, eu vou levar um tiro antes de eu fazer

isso. Os sons de tiros ainda ecoam, me quebrando com cada tiro.

 —  Santana!

Eu ouço uma voz familiar e viro para ver Mack correndo emminha direção, duas armas nas mãos. Ele está coberto de sangue e seucabelo está chicoteando descontroladamente no vento. Ele para quandoele me atinge, olhando para a minha perna ensanguentada.  —  Porra,

você está com um fodido sangramento. Temos que sair daqui, eu nãotenho tempo para parar e corrigir isso. Você pode correr um poucomais?

Eu não ouço suas palavras com clareza, meus olhos são treinadosno campo de trabalhadores atrás dele. Eu deixo o meu olhar passar poruma em particular. Uma pequena menina loira. Não pode ser. Eucomeço a correr naquela direção, sem pensar. Tiros e vozes são tudoque eu posso ouvir, mas eu não paro. Mack agarra meus braços, maseu o empurro com tanta força que seus dedos caem fora.

Ele se vira, tiros tocam para fora, e, em seguida, ele late,  —  Santana, temos companhia.

Minha mente está em uma névoa, a loira... tão  familiar . Eu nãopenso, eu não me sinto, eu não me importo. Me viro, puxando a minhaarma da minha calça e eu atiro nas duas figuras na distância que estãocorrendo em minha direção. Eu os atinjo com uma precisão que eu não

deveria ter. Seus corpos caem na grama.

 —  Porra, —  murmura Mack.

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~ 199 ~ 

Corro para o campo, não me importando se eu levar um tiro. Nãome importando com nada além da menina loura que estou ficando cadavez mais perto a cada passo. Eu não posso sentir a dor na minha pernamais; a única coisa que me avisa que eu ainda estou aqui é o bater do

meu coração.Os campos são preenchidos com linhas de árvores robustas.

Escravos estão espalhados através deles em grupos de quatro ou cinco,todos acorrentados pelos tornozelos. Eles estão todos trabalhando, enão vejo a razão pela qual não pode ir longe, é porque suas cadeiaslevam a um lugar enorme no final de cada linha de árvores, impedindo-

os de ser capaz de correr.

Eles olham para mim, vozes implorando, mas eu só tenho olhos

para uma. A menina loura gira quando eu chego mais perto e eu sei, euapenas sei . Um grito de dor rasga da minha garganta quando eu chego.Maltrapilhos cabelos loiros danificados, um corpo tão pequeno que ela

está, sem dúvida, malnutrida, e os maiores, olhos azuis que eu já vi.

 —  T-T-Tana? —  ela coaxa.

Sua voz é como música para os meus ouvidos. Eu derrapo a umaparada quando eu chego a ela, meus braços saindo para lançar seuminúsculo corpo no meu. Ela está tão magra, Deus, tão magra.

Agonizados gritos deixam minha garganta e minhas pernas saem dedebaixo de mim, levando-a para dentro da sujeira, também. Seus

pequenos braços estão ao meu redor, seu choro alto e doloroso.

 Tiroteios estouram.

 —  Temos que ir! —  Mack fole, me atingindo.

Puxo para trás, e através de visão turva eu vejo as correntes dePippa.

 —  Precisamos tirar isso... precisamos...

Os outros escravos ligados a ela estão olhando para nós, suasexpressões uma mistura de choque e confusão. Eu olho para eles, em

seguida, para Mack.

 —  Depressa!

Ele rosna —  Mova-se!

Eu faço, e ele aponta sua arma no cadeado, puxando o gatilho.

Ela explode. Demora alguns tiros para tirar o segundo, mas em questão

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de segundos, Pippa está solta. Ela se lança em meus braços, chorandohistericamente. Eu podia quase a levantar de tão pequena que ela está.Mack faz exatamente isso, varrendo para baixo e levantando-a em seusbraços.

 —  Santana! —  ela grita, tão alto e tão cheio de medo que faz todao meu corpo doer, saber o que ela deve ter passado.

 —  Ele não vai te machucar, mas temos que ir. Está tudo bem,

shhh. 

Ela para de gritar, mas seu corpo minúsculo continua a tremer.Me viro para Mack, vozes cada vez mais perto. Estamos protegidos dasárvores agora, mas não vai demorar muito para eles descubram qual

linha em que estamos.

 —  Por favor! —  um dos escravos chama. —  Por favor, nos ajude.

 —  Você tem que ajudá-los, —  eu choro.

 —   Não  —   Mack fole, tomando meu braço e me puxando para

longe.

 —  Mack, por favor!

 —  Nós os ajudamos, estamos transando mortos. Já para não falar

a merda que eles vão fazer com os caras, se eles saírem e encontrarseus escravos desaparecidos. Quer colocar Maddox em risco?

Eu não posso discutir. Me viro para os escravos, dizendo  —  Nós

vamos voltar, eu juro.

Seus gritos rugem atrás de mim quando nós desaparecemos nasárvores frondosas apenas vinte ou mais metros à distância. Um tiroatinge o tronco ao lado da minha cabeça, assim quando eu entro. Eugrito, e Mack me puxa mais e mais rápido. A dor na minha perna está

de volta com força total agora, queimando ao ponto que vômito sobe naminha garganta e escapa da minha boca antes que eu possa enchê-lo

de volta. Eu não paro de correr, Mack nem percebe.

Ele nos puxa por entre as árvores com uma ferocidade que eu nãotenho certeza de que eu teria sem ele. Mais tiros tocam para fora,chegando perto demais. Eu abafo meus gritos, forçando minhas pernaspara se moverem quando elas realmente não querem. Corremos emdireção a estrada, árvores e rochas causando danos a nossos corpos

quando eles raspam ao longo de nossa pele. Nós chegamos a cercaenorme e Mack não hesita, ele levanta Pippa e a joga.

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 —  Mack!  —  eu grito, ouvindo os gemidos de dor da minha irmã

quando ela cai do outro lado.

 —  Não há tempo para esperar porra, —  ele late, me levantando e

me lançando sobre ele como se eu pesasse nada.

Eu caio do outro lado com um baque, meus braços saem eencontrar Pippa. Ela me agarra e vemos quando Mack se transporta aolongo do muro maciço, deixando cair em seus pés. Ele se abaixa,pegando Pippa e corre em direção ao carro estacionado do outro lado daestrada. Nós o alcançamos, atirando a porta aberta, assim quandoalguns dos homens aparecem, visando suas armas para nós.

 —  Vai! —  Mack ruge.

Ele acaba de entrar quando os tiros tocam para fora, quebrandoas janelas. Tyke não hesita, ele fixa o pé no acelerador e corre para aestrada tão rápido que meu corpo é lançado para trás no assento. Eugrito, segurando minha perna. Minhas calças jeans são embebidas emtanto sangue que é alarmante. Pippa treme, os olhos arregalados

quando ela olha ao redor. Ela está em choque.

 —  Está tudo bem, —  eu a acalmo, puxando-a para perto.  —  Está

tudo bem. Você está bem.

 —  O que aconteceu? —  ruge Tyke sobre os gritos do motor.

 —  Uma emboscada, —  Mack mói para fora. —  Tinmen armou pragente, eles não queriam a menina em tudo. Eles queriam tomar Maddoxpara baixo e eles conseguiram.

 —  Porra, não —  Tyke grosa.

 —  Eles não estão mortos, pelo menos, eu não acho que eles estão.Nós saímos, mas eu não sei como a merda está indo para baixo. Nós

temos que ter juntar mais homens, e nós temos que fazer isso rápido. —  Faça as ligações assim que pararmos.

 —  Precisamos de um hospital, mas é o primeiro lugar que eles vãoolhar.

 Tyke acena com a cabeça quando eu traço meus dedos sobre ocabelo de Pippa. Meu alívio é sufocado e está se afogando com o meumedo por Maddox e os caras. Lágrimas vazam dos meus olhos e eucomeço a tremer, também. Mack nota e seu braço gira em torno de

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mim, puxando tanto Pippa quanto eu para mais perto dele, até que

estamos todos juntos.

 —   Não há outra cidade em torno de cerca de quatro ou cincohoras a partir daqui, eu verifiquei antes de virmos. Nós vamos para o

hospital de lá.

Mack balança a cabeça, eu posso sentir isso na minha cabeça.  —  Só se apresse.

* * * * * *

Minha perna queima de uma forma que eu nunca senti antes. Eutentei, tentei prender isso de volta, mas eu não posso. Eu começo asoluçar cerca de uma hora da viagem, mordendo o lábio para impedi-lode se tornar gritos de lamentações. Minha mente está girando, meucorpo dói, e parece que minha perna está pegando fogo. Minha visãoestá começando a vacilar, e meu coração está batendo tão forte que está

começando a me assustar.

 —  Você vai ficar bem, —  Mack acalma. —  Você vai ficar bem.

 —  É que... dói... —  eu lamento.

 —  Eu sei, querida. Eu sei.

Ele acaricia meu cabelo, é tudo o que ele pode fazer. Pippa estámorta ainda em meus braços, mas ela está respirando e isso é a coisaprincipal. Não consigo me concentrar o suficiente para mover minhaboca mais. Eu fecho meus olhos e deixo a escuridão me levar, a dor vaiembora lá.

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Capítulo vinte e nove

MADDOX 2014

O sangue seco no meu rosto faz cada movimento doloroso, parece

como se eu tivesse corrido uma maratona maldita. Meu osso dabochecha está quebrado, meu nariz está quebrado, e eu não sei, mas eupoderia supor que eu tenho um monte de cortes no meu rosto. Minhacostela, clavícula e braço também estão arregaçados.

Eles não foram fáceis conosco.

No momento em que eles nos colocaram para baixo nestapequena cela apertada, eles bateram em nós pra caralho. Eu fiquei como pior, porque eu fui o único que me joguei na frente de cada soco. Eu

faria isso novamente e de novo, se isso significasse proteger os meusmeninos. Krypt ficou duro quando eu caí no chão. Ele está quase tãofodido quanto eu. Seu rosto uma massa de inchaço, vergões vermelhos

e cortes.

Os outros caras estão todos sentados no chão, olhando para suasmãos. Eles estiveram assim por horas agora. Estamos muito mal paraestar com fome, mas isso virá em breve se eles não nos alimentarem.Nós já tivemos que recorrer a mijar no canto, fazendo com que oalmiscarado quarto escuro feda ainda mais. Austin está urinando

sangue e isso me incomoda, mas não há merda fodida nenhuma que eupossa fazer sobre isso agora.

Eu tenho que agarrar a esperança de que Mack e Santanaescaparam. A própria ideia de que algo poderia ter acontecido com elame faz sentir tão fodidamente doente que minhas entranhas torcemcom raiva. Essa menina é a primeira coisa que me fez sorrir em um

longo, longo tempo . Se eu perdê-la agora... porra ... Eu simplesmente nãoposso. Eu não posso perder a única coisa pela qual eu lutei tanto.

Vozes altas forçam minha cabeça a se erguer. Eu pisco através danévoa que parece cobrir permanentemente meus olhos. Krypt levanta a

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cabeça também. Seus olhos negros estão tão inchados. Tenho quasecerteza de que ele não pode ver claramente, mas ele vira o rosto emminha direção, de qualquer maneira. Ele levanta a mão, estremece dedor e cai. Isto não é como ele está destinado a ser, motoqueiros escravos

de um louco fodido.Nós fodemos tudo.

Não, eu  fodi tudo.

Eu os coloquei nessa posição, eu era o imbecil que manteve issopor tanto tempo. Se eu tivesse saído e abrido isso desde o início,Howard e seus capangas pode não ter descoberto sobre a irmã deSantana, ou nós não estaríamos aqui. Esta é a porra da minha culpa, eeu estou assumindo total responsabilidade por isso. Eu vou entregar

minha vida para tirar meus irmãos daqui, e eu vou levá-los para fora.

 —  Que porra é essa que você quer dizer com ela sumiu?

Eu inclino minha cabeça, ouvindo as vozes que vagueiam.

 —  As carentes foram quebradas, eles a levaram.

 —  Bem, e vocês não os encontrou?

 —  Não, no momento em que chegamos a um carro, eles estavam

longe da vista. Os caras ainda estão procurando.

 —   Use a porra dos seus cérebros e pensem sobre isso, seusfodidos tolos. Onde é que eles vão com uma menina severamente abaixo

do peso e outra com a porra de uma bala na perna dela?

 —  Hospital. Já checamos. Eles não estavam lá. Meu palpite é queeles vão longe, muito longe antes disso. Eles não são estúpidos.

 —   Foda-se!  —   ele late.  —   Continue procurando, precisamos

encontrá-los. Eles vão trazer reforços e um clube de motoqueiros não éalguém que você quer foder.

 —  E se a gente não os encontrar?

 —  Nós vamos matar esses filhos da puta e depois de te matar.Agora mova-se, cubra os aeroportos enquanto você está nisso. Não

deixe nada descoberto.

 —  Ok.

Eu viro meus olhos para Krypt, e eu sei que ele está pensando oque eu estou pensando.

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Não temos muito tempo.

* * * * * *

SANTANA 2014

Levo um momento para registrar que alguém está falando comigo.Abro os olhos e por meio de visão turva vejo uma enfermeira mexicana.Ela está falando em um pobre inglês, agitando os braços em volta e me

fazendo perguntas que eu não consigo entender. Eu estou em umacama, e a partir da sensação, minha perna está fortemente enfaixada.

Eu esfrego os olhos. Onde está Pippa? Onde está Mack?

 —  Saia —  uma voz chama.

Viro-me para ver Mack de pé na porta, parecendo horrível.

 —  Mack —  eu coaxo.

Ele se aproxima, sua mão indo para acariciar meu cabelo. —  Você

está bem, a bala não entrou, mas você tinha um corte sério. Eu sei oque você precisa para se recuperar, mas temos que dar o fora daqui. Eu

tenho tudo que você precisa.

 —  Eu entendo —  eu sussurro. —  Onde está Pippa?

 —  Ela está indo bem. Garota doce. Ela está no soro por 12 horas,dado a ela um pouco de cor de volta. Ela ainda comeu um pouco desopa. Ela está apagando e voltando, perguntando por você. Elescolocaram alguns pontos em sua perna, por isso está um pouco

dolorido. Eu adoraria te deixar aqui, mas eu não posso arriscar.

 —  Eu sei.

Ele beija minha cabeça, e então ele sai da sala por cerca de meiahora. Neste momento, a enfermeira me ajuda a limpar e me dá algumasroupas frescas. Eu não tenho nenhuma ideia de onde ela conseguiuisso, talvez Mack trouxe quando eu estava fora. Eu faço o meu caminhopelo corredor mancando. Mack está vindo em minha direção, com Pippaao seu lado.

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Ao ver minha irmã, novas lágrimas brotam em meus olhos. Agoraela está limpa, eu realmente posso vê-la. O cabelo loiro que foi surradoaté agora está escovado, mas ainda é maçante. Seus olhos azuisparecem muito grandes para o rosto dela, ela ainda é uma massa de

pele e ossos, mas suas bochechas estão rosadas e ela parece ter saídode seu choque.

Estendo a mão para ela e puxá-la em meus braços, respirando-a,tão grata que ela está viva. Novas lágrimas explodem dos meus olhos emeu corpo treme. Contanto que eu acreditava que ela tinha ido embora,e agora ela está aqui. —  Desculpe por ter levar tanto tempo para chegara você, Pippi,  —  eu sussurro.  —  Deus, eu senti sua falta. Eu pensei...eu pensei...

 —  Eu senti sua falta também, Tana,  —   ela coaxa.  —  Você foi aúnica razão pela qual eu continuei lutando. Eles me disseram que vocêestava morta, mas eu não acreditei nisso... eu não...

Eu sim.

Eu acreditava que ela tinha ido embora, mas ela segurou aesperança por mim. Culpa lava através de mim, mas eu não tenhotempo para pensar sobre isso agora. Eu tenho que descobrir como

ajudar Maddox e os caras. Quando chegarmos em casa, se  chegarmos

em casa, então eu vou dizer a Pippa tudo, mas agora não temos tempo. —  Estamos juntas de novo agora  —   eu coaxo.  —  Vai ficar tudo

bem.

Eu mantenho meus braços ao redor dela enquanto nós andamospelos corredores. Mack tem um punhado de comprimidos e um saco decomida. Ele nos leva para fora das portas da frente e um carro que eu

não reconheço.

 —  Onde está o carro?

 —   Tyke levou para trocar, eles sabem o que estamos dirigindo.

Isso pode atrasá-los fora um pouco.

Boa ideia.

O carro é maior, um SUV maciço que tem uma boa quantidade deespaço no banco de trás. Tem sido abastecido com comida, água eroupas. Há um travesseiro um para Pippa e um para mim, além de umgrande cobertor quente. Mack nos ajuda a entrar no carro e, em

seguida, sobe na frente, assumindo a condução. Tyke pode dirigir, mas

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~ 207 ~ 

eu sei que o tempo que levou para chegar até aqui tem feito algum dano

grave suas pernas já sensíveis.

 —  Você está bem? —  pergunta ele, se virando e olhando para nós.

Concordo com a cabeça. —  Eu estou bem —  eu sussurro.

 —  E você? —  ele se volta para Pippa.

Ela olha para ele, os olhos arregalados, sua boca ligeiramenteaberta. Ele lhe dá um sorriso, um sorriso quente que derrete meu

coração. Suas bochechas ficam rosa, mas ela é incapaz de responder.

 —  Ela está bem —  eu digo para ela.

Ele sorri e se vira para frente do carro. Depois de um momento,

sua voz fica séria. —  Eu liguei para o clube, eles estão a caminho.

 —   Há quanto tempo estamos procurando?  —   Mack pergunta,

puxando para a estrada.

Eu me aproximo e pego a mão de Pippa. É tarde da noite, eu nãosei que horas. Eu não estou sentindo nenhuma dor na minha perna porcausa dos remédios fortes, mas isso vai acabar em breve. Eu não estavafeliz em tomar isso, mas eu estava apagada e não tive uma escolha.

 —  Eles estarão aqui em alguns dias.

 —  Quantos?

 —  Todo o clube e qualquer outra pessoa que tenha sido capaz dereunir. Maddox deixou instruções, ele é um homem inteligente. Eletinha planos organizados e armas. Nós temos que ser gratos que ele

está à frente de todas as situações.

 —  E se a gente estiver muito atrasados? —  eu sussurro.

Mack não olha para mim, mas eu juro que eu o vejo recuar.

 —  Nós vamos fazer tudo o que pudermos, mas você vai ficar longeenquanto fazemos isso.

 —  Mas ...

Sua voz permite que nenhum argumento se encaixe  —  Você nãotem uma maldita escolha. Que porra é essa que você acha que você vaifazer com uma perna fodida, além de nos levar a mais conflitos?

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Eu não tenho nada. Pippa aperta minha mão e eu fecho meusolhos. Não chore, seja forte por ele. Ele precisa de você para ser forte.Eu não posso estar lá, eu sei disso, mas uma ideia vem à minha cabeça.Eu estalo os olhos abertos e começo a divagar.

 —   Não, você está certo. Eu não posso ia até lá, eu não possocorrer rápido o suficiente. Mas eu posso ser uma distração. Se formosprocurar, poderíamos levar alguns deles a distância. Eles podem pensar

que nós não temos os reforços.

 —  Não —  Mack late.

 —  Não é uma má ideia, —  murmura Tyke. —  Se eles pensam quenós ainda estamos sozinhos, eles vão estar desprevenidos. Se eles nos

virem, até mesmo as meninas, eles vão enviar homens.

 —  É muito arriscado —  Mack argumenta.

 —  Talvez, mas isso vai levar cinco ou mais dos homens de fora do

cenário. Vale a pena uma chance.

Mack não diz mais nada, mas eu sei que ele está pensando. Ele éum homem inteligente, ele sabe que tem de considerar tudo quando setrata de um bom plano.

 —  Vocês, meninas descansem um pouco  —  Tyke oferece.  —  Nóstemos horas pela frente. Estamos há cinco horas ou mais a distância da

casa agora.

 —  Eu pensei que você disse que era apenas quatro? —  pergunto.

 —   Calculei mal, nos levou cinco horas para chegar a essehospital. Nós não estamos indo todo o caminho de volta, porque elesvão procurar por nós. Nós olhamos por cima dos mapas e encontramosuma rota alternativa, não pelas estradas, mas nem pela rodovia

também. Melhor que vocês podem fazer é dormir, vocês vão precisardisso.

 —  Mack? —  eu sussurro na escuridão, odiando seu silêncio.

 —  Sim?

 —  Obrigada.

 —  Não me agradeça —  sua voz é baixa e escura. —  Isso ainda não

acabou.

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Capítulo trinta

MADDOX 2014

A bota conecta com as minhas costelas, acertando o que já estáquebrado. Eu não tenho nenhuma condição de continuar lutando. Ador foi longe e mais além. Agora estou entrando e saindo de uma névoa

induzida a agonia que tem me oscilando à beira de desmaiar, mas meucorpo parece querer continuar se colocando através do inferno, me

mantendo acordado.

Eu queria que a maldita escuridão viesse.

 —  Levanta, seu pedaço de merda —  Atreau late. —  Você não é tão

durão agora, não é?

Braços ondulam em torno dos meus, me empurrando. Há dois

homens me segurando, se esforçando com o meu peso. Eu cuspi sangueno rosto de Atreau, o que me faz ganhar uma mandíbula triturada apartir de um soco. Eu passo minha língua sobre meus dentes, grato queeu ainda tenha todos eles. Ele se levanta no meu rosto, seu mal hálito

faz meu estômago vazio bobinar.

 —  Eu poderia te bater mais, mas eu tenho uma carga de culturasque precisam ir para fora. Você e seus meninos começam a trabalharamanhã, não é sorte?

 —  Foda-se, seu veado —  eu assobio. —   Ah, eu esqueci de te dizer... encontramos a sua preciosa

namorada. Parece que eles não conseguiram reforços, depois de tudo.Meus homens os encontraram, eles estão em um hotel. Dá praacreditar? E aqui eu estava pensando que eram inteligentes. Parece que

eles não são, porque eles vieram de volta.

Minha mente nada e meu estômago continua seu caminhodestrutivo, torcendo e girando. Mack não seria tão estúpido em ser

pego... ele é mais inteligente que isso. Ele deveria ter reunido os caras.

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O que diabos ele está fazendo em um hotel? Krypt rosna de seu lugar

no canto, e Atreau ri.

 —  Eu pensei que os motoqueiros fossem inteligentes. Parece quevocê enviou o cara errado para cuidar de sua garota. Não se preocupe,

você vai vê-la amanhã.

 —  Por que amanhã? —  eu coaxo, minha voz mal estando lá.

 —  Há muitas pessoas lá hoje à noite. Um casamento. Não possoenviar meus rapazes para entrar e levá-los agora. Nós estamos vijiandoeles, no entanto. Eles não vão sair sem passar pelos meus homens.

Porra. Não .

 —  Você certeza de que eles estão sozinhos? —  eu desafio.

Seus olhos piscam.  —   Nós os vimos, espertinho. Eles estão

sozinhos.

 —  Você vai pagar por essa merda. Vou cortar seu maldito pau...

Ele me bate de novo, com tanta força que eu giro e os homens medeixar ir. Eu pouso no chão com um baque. Dor rasga através do meucorpo, fazendo com que um torturado som baixo deixe meus lábios. Euposso ser duro, eu poderia ter vivido com a dor, mas isso... isso está

longe e além de qualquer coisa que eu já vivi. Isso queima fodidamente.

Isso não me impede de abrir minha boca e rosnar outro insulto.

Eu sou recompensado com um pontapé nas bolas.

Isso é quando a escuridão finalmente me leva.

* * * * * *

SANTANA 2014

 —   Eles nos viram  —   murmura Mack, andando pelo quarto dehotel.

Eu estou na cama, minhas mãos segurando as de Pippa. Ela estáassistindo Mack e Tyke, confusão piscando em seu rosto enquanto ele

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divaga e tempestua em toda a sala. Ele não está feliz com o plano, paradizer o mínimo, mas não há realmente nenhuma outra escolha. Eles

precisam pensar que estamos sozinhos, que não tenho reforços.

 —   Esse é o ponto  —  murmura Tyke do sofá. Ele está inclinado

para a frente, os cotovelos sobre os joelhos, observando o ritmo deMack.

 —  Não me importo —  Mack late.  —  Eu não gosto dessa porra deplano. Eles poderiam trazer dez ou vinte homens, talvez até mais do queisso. Então, qual a esperança que nós temos? Nós vamos ter os nossoscérebros apagados antes de nós pudermos nos mover.

 —  Eles não vão nos matar  —  eu digo, minha voz rouca, minha e

garganta doendo.

Mack me lança um olhar. —  O que faz você pensar isso?

 —  Eles nos querem como escravos, se eles quisessem nos matar

eles teriam feito imediatamente. Estamos valendo mais vivos.

Mack balança a cabeça, contemplando isso.  —   É possível, masnão podemos simplesmente arriscar e assumir que está certo.Poderíamos cair em outra emboscada a qualquer momento.

Pippa faz um som estrangulado e seus olhos dardam em torno dasala.

 —  Sua obrigação! —  eu agarro, cansada, aterrorizada e sensível.

Mack tempestua para frente.  —  Nós não estaríamos nem mesmonesta bagunça do caralho, se não fosse por você e sua família. Eu nãome importo se o que eu estou dizendo te incomoda. Eu poderia perder aúnica porra de família que eu já tive por causa de você  —  ele ruge tãoalto que me abala.

Eu fico olhando para ele, meu coração partido ao meio, com omeu lábio trêmulo. Eu segurei isso, eu fiquei forte, eu perdoei Maddoxpelo que ele fez e eu consegui a minha irmã de volta... mas é minha

culpa? Não... de jeito nenhum . Eu deixo de mão de Pippa e me levantocom as pernas trêmulas. Dando a Mack um olhar que lhe diz o quantoele me quebrou, me viro e desapareço no banheiro.

Eu não vou gritar e reclamar, ou me preocupar. O que isso vaiprovar? Meu coração dói tanto que eu não posso pagar mais nenhuma

dor. Eu abaixo para o chão, os azulejos frios fazendo minha perna a

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doer quando eu a estico sobre eles. Lágrimas quebram e transbordam,

correndo pelo meu rosto. Queima pra caralho.

Se eu perder Maddox, o único homem que eu amei com todo meucoração, eu nunca vou me recuperar. Eu não sei o que está

acontecendo com ele. Eu não sei se ele está bem. Eu não sei nem se euvou vê-lo novamente. Esse pensamento faz um soluço rasgar minhagarganta. Eu posso ser forte, mas eu não posso suportar a ideia de

perdê-lo.

A porta range, mas eu não olho para cima. Um pequeno corpoaparece ao meu lado, seus pequenos sapatos indo ao redor de mim. Juntas nós choramos, ambas de nós vivendo com os nossos própriosdemônios. No momento em que as nossas lágrimas se secam, o sol

começou a se pôr. O que significa que os caras vão estar aqui em breve. —   Me conte sobre ele?  —   Pippa pergunta, com a voz baixa e

suave.

Eu sorrio para ela, meus lábios trêmulos.

 —  Ele me salvou. Ele me pegou quando eu desmaiei na missãoque Kennedy enviou. Eu acordei com ele. Ele cuidou de mim por cinco

anos.

 —  Ele te disse sobre mim? —  pergunta ela.

Eu engulo, balançando a cabeça. —  Ele me disse que você estavamorta. Eu descobri apenas recentemente sobre você estar viva. Eleestava tentando te procurar durante anos. Ele disse que estava meprotegendo... Eu estava em um mau caminho. Eu sinto muito, Pippa.Eu deveria ter estado lá... eu não deveria ter acreditado... -

 —  Não  —  ela diz, sua voz o mais forte que tem sido desde que aencontramos. —  Ele te deu um presente, Santana. Eu vi você, eu vi o

que estava acontecendo. Você não estava lá, você tinha ido. Ele estácerto... ele estava protegendo você. Você teria vindo atrás de mim, eu sei

que você teria... e você teria chegado morta.

 —   Eu pensei que você estivesse morta  —   eu digo, minha voz

quebra e soluços saem da minha garganta.

 —  Eu estou bem —  diz ela, sua própria voz quebrando mais umavez.  —   Eles não me machucaram porque eu sempre fiz o que me foidito. Eu nunca lutei. Qual era o ponto? Até que encontrasse outra

maneira, essa era a minha vida. Eu trabalhei duro, eu estava com fome,mas principalmente... Eu estava a salvo.

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 —  Você foi escrava por cinco anos, enquanto eu estava vivendocom um homem, tendo uma vida boa, sólida!  —  eu grito, cerrando os

punhos.

 —   Você não sabia. Como você poderia saber? Ele disse que eu

estava morta, e eu estou feliz que ele fez. Você colocou sua vida emrisco tantas vezes por mim. Você me manteve viva, você me protegeu.Você merecia cinco anos de felicidade, porque Tana, você me deu mais

do que isso...

Eu envolvo meus braços em torno dela, abraçando-a,agradecendo a Deus por trazê-la de volta para mim.

 —  Eu nunca vou deixar você ir de novo.

Ela ri com a voz rouca.  —   Eu não acho que eu vou estar compressa para deixar você me perder de novo.

Nós rimos juntas e depois nos separamos.

 —  Você o ama, Tana?

Eu engulo mais lágrimas, e aceno de cabeça. —  Eu amo, muito.

Ela aperta minha mão. —  Me conte sobre eles...

 —  O clube?

Ela balança a cabeça.

Eu sorrio.

 —  Eles são a melhor família... não é melhor que a mãe e o pai, éclaro, mas eles são tão leais. Eles te deixam louca, mas eles se deitam e

morrem por você. Eu adoro todos eles.

 —  Você acha que... você acha que... —  ela olha para longe.

 —  Eles vão te amar, querida, —  eu a acalmo. —  Eu prometo.

Há uma batida na porta que faz nós duas olharmos para cima.

Mack se aproxima, seu rosto arrependido.

 —   Se importa de eu tiver uma conversa com Santana?  —   ele

pergunta, seus olhos treinados sobre Pippa.

Ela acena com a cabeça, de pé. Dou a ela um sorriso fraco e vejoquando ela vai embora. Mack hesita na porta, mas com um suspiro, seagacha na minha frente.

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 —  Eu não faço muito isso... Eu nem sei como porra, mas...  —  elepassa a mão pelo cabelo.  —   Eu fodi tudo, Santana. Isso não é suaculpa, eu faria a mesma coisa pela mulher que eu amava. Maddox fezuma escolha para cuidar de você e colocar o seu tempo e esforço em

busca de sua irmã. Eu não posso julgá-lo por isso, e eu tenho certezacomo a merda que não posso julgá-lo. Então... Eu sinto muito.

Eu olho para ele, meus olhos amolecendo. Eu estendo a mão,

segurando a dele. —  Eu sei.

Ele fecha os olhos por um minuto, e em seguida, com uma vozrouca, ele murmura  —   Eu estou com medo. Muito assustado. Ele étudo que eu tenho...

Sua voz quebra e meu coração vai diretamente junto com ele.

Maddox é tudo para Mack. Ele é a única família que ele tem. Eu sei oquanto ele significa para ele, e quão irmãos eles são. Eles têm o tipo devínculo que até mesmo alguns irmãos de sangue não têm. Mack cai de

 joelhos, com a cabeça baixa.

 —  Nós vamos trazê-lo de volta —  eu digo, levando a outra mão. —  Nós vamos lutar por isso.

Ele parece reunir a si mesmo, porque quando ele olha para cima,a emoção está desaparecida de seu rosto. Mack sempre lutou pela

emoção, e ele acha difícil deixar as pessoas ver o verdadeiro homem queestá dentro.

 —  Vamos lá, você precisa comer, assim como Pippa. Em seguida,

vamos descobrir onde os caras estão. É hora de acabar com isso.

Ele me ajuda a levantar e voltamos para a sala. Pippa estásentada na cama, tendo uma conversa tímida com Tyke. Eu sorrio e mesento ao lado dela. Minha perna está doendo, mas eu não vou ser umbebê chorão e me lamentar sobre isso. Eu vou sobreviver. Mack levanta

o telefone que está no quarto, e o coloca ao ouvido, se virando para nós.

 —  O que vocês meninas querem?

Me viro para Pippa e suas bochechas coram ainda mais.

 —  Existe algo que você quer? —  eu pergunto.

 —  Há... Eu sonhei com isso por muitos anos.

Concordo com a cabeça em encorajamento.

 —  Um hamburger —  admite ela.

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~ 215 ~ 

 Tyke ri e até mesmo Mack quebra em um sorriso.

 —  Dois humburgers —  eu digo para Mack.

Ele se vira e faz o pedido, uma para cada um de nós. A comida

chega apenas vinte minutos depois. Estou com fome, mas depois dequatro ou cinco mordidas, eu não posso tolerar a carne pesada, queijo epão. Parece que eu sou a única. Pippa devora o dela como uma criançamorrendo de fome e, claro, os homens devoram em poucas grandes

mordidas.

Então Mack faz a ligação.

 —  Você entrou? —  eu o ouço perguntar.

Ele balança a cabeça algumas vezes.

 —  De manhã, ataque noturno é muito perigoso. Nós atiremos os

filhos da puta errados e nós vamos pagar por isso.

Oh Deus.

 —  Não, não venha aqui. Precisamos que eles continuem pensandoque estamos sozinhos. Vou deixar as meninas com Tyke, então eu estouindo me esgueirar para fora, há uma entrada por trás. Vou te telefonar

e nós vamos entrar.

Meu estômago revira, o hambúrguer ameaça voltar.

 —  Fique abaixado, eu vou ligar na primeira coisa.

Em seguida, ele desliga. Virando-se para mim, seus olhos estãocheios de medo, tensão, raiva e... se eu estou correta... dor.

 —  Está tudo pronto? —  pergunto.

Ele balança a cabeça. —  Tá tudo certo.

 —   E se... e se eles estão esperando por você? E se isso não

funcionar? E se.... -

Um passo à frente, e suas mãos enrolam em volta dos meus

ombros. Ele me balança, apenas um pouco, fazendo minha boca fechar.

 —  Se  só causa problemas. Não temos tempo para esse se . Eu vou

trazer esses caras de lá, não importa o que me custa.

 —  Mack ...-

 —  Eles são tudo que eu tenho, Santana. Nada vai me parar.

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Eu aceno, mesmo que o medo tem enrolado em torno de mim,

asfixiando, sufocando...

 —  E agora? —  eu pergunto, minha voz baixa.

 —  Agora vamos esperar.

* * * * * *

Mack sai no momento em que o sol está alto e a ligação vem. Eusenti medo na minha vida, mas observando-o fugir, isso está lá em cimade alguns dos momentos mais assustadores. Nós prestamos atenção à

nossa janela enquanto ele se arrasta pela piscina e jardins. Ele vai parabaixo, na parte de trás, por cima da cerca e por entre as árvores poralgum tempo antes de ir para a estrada. Ele precisa ficar longe osuficiente para que eles não o vejam sair.

Eu o abracei oito vezes. Um total de oito. Eu sufoco minhaslágrimas, ficando forte. Ele precisa de mim para ser forte. Ele precisaque todos nós sejamos fortes. Eu já fiz mais orações nas últimas 24horas do que a minha vida inteira. Mais e mais eu tenho orado para os

caras, mas, principalmente, eu tenho orado por Maddox. Eu tentei nãopensar, mas não há nenhuma de desligar meu cérebro.

Ele é tudo.

 Tyke se senta ao meu lado, apertando a minha mão. Ele temarmas disponíveis, caso esses caras decidam nos bombardear. Eurealmente espero que isso não aconteça. Nós estamos esperando que,enquanto estivermos aqui, eles vão pensar que estamos tramando. Eutenho o telefone celular de Tyke seguro na minha mão, esperando a

mensagem de Mack. Trinta minutos mais tarde ela vem.

M –  Eu estou fora.

Eu dou um suspiro de alívio, mas dura apenas um segundo.

Isto é apenas o começo.

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Capítulo trinta e um

MADDOX 2014

 Tanta sede fodida. Tudo em meu corpo queima, como se alguém jogasse gasolina nos meus órgãos e acendesse. Minha garganta temuma sensação áspera, seca, que se recusa a sair, porque não há mais

saliva para facilitar isso. Estou coberto de sangue seco, e os meus ossosquebrados têm ido muito longe e além da dor, em vez disso eles estão

dormentes.

 —  Maddox?

É Grimm. Sua voz rouca como a minha. Eu quero levantar aminha cabeça, mas não há nenhuma porra de esperança de que issoaconteça em breve. Eu respondo de qualquer maneira, mesmo que aminha voz é apenas uma grosa. —  O Quê?

 —  T-t-t-tiros. Você pode ouvir?

Eu fecho meus olhos, tentando me concentrar. Tudo o que possoouvir é o alto toque contínuo em meus ouvidos. Com esforço doloroso,eu me levanto com um gemido e pressiono as mãos sobre os ouvidos.

Ainda nada. Isso só faz o toque mais alto.

 —  Eu posso ouvir —  Krypt diz do canto.

 —  Eu também —  grunhe Zaid.

 —  Eu posso, também —  sussurra Austin.

Levo mais tempo do que eles, mas depois de alguns minutos, euouço as rachaduras fracas de armas sendo disparadas. Enfio-me paracima, rosnando de dor quando eu mexo para uma posição sentada. Otiroteio se aproxima, e eu ouço gritos, também ficando mais altosquando os minutos passam. Krypt se levanta, os outros caras seguemrapidamente. Austin e Zaid se abaixam e me levantam, todos eles

ouvindo atentamente.

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~ 218 ~ 

 —   Pegue esses motoqueiros e explodam seus cérebros fodidos.

Nós não vamos deixar esses filhos da puta levá-los.

Porra.

Krypt se vira.  —   Estamos prestes a receber visitantes. Pessoal,coloquem Maddox em um canto que é mais difícil de acessar. Nósvamos ter que saltar por eles. Sei que está tudo fodido, mas se nãofizermos isso, estamos mortos.

 —  Você acha que é Mack? —  Zaid pergunta.

 —  Sim —  eu grunhi quando eles me colocam no chão.

Uma porta range, e barulho de avanços enchem nosso espaçominúsculo, e eu sei que eles estão descendo. Eu odeio, mais do quequalquer coisa que eu não posso me levantar e lutar. Esses são os meusmeninos, e aqui estou eu com mais ossos quebrados do que eu possocontar, querendo esfaquear algum filho da puta na cara, mas incapazde fazer isso. Os caras ficam de cada lado da porta, esperando por elepara abrir.

Quando isso acontece, eles investem. Tiros ressoam, grunhidosenchem a sala, e tudo que eu posso ver é um emaranhado de membrosquando eles arrastam três homens para baixo. Zaid se apodera da

arma, depois de receber um pontapé brutal no estômago. Ele rola,gemendo de dor enquanto ele o levanta com a mão trêmula e puxa ogatilho. Ele atinge o primeiro guarda na parte de trás da cabeça.

Krypt tem outro homem em um aperto de morte, seu braçopressionado sob o queixo, inclinando a cabeça para trás.  —  Mate ele! —  ele ruge.

Zaid não hesita. Ele pega a arma e aponta para o coração doguarda. Ele vai para baixo tão rapidamente quanto o outro. Austin pega

a arma do guarda e ele atira a última sem hesitação. Krypt gira aoredor, me fazendo fodidamente orgulhoso quando ele assume o meu

papel com uma força que faz o meu coração apertar.

 —   Austin, Grimm, traga Maddox. Zaid, você vem pra frente

comigo. Se não é nosso, mate o filho da puta. Vamos.

Os dois rapazes me levantam e eles me arrastar para fora da celae sobem as escadas. Eu esqueço a dor no meu corpo quando eu forço asminhas pernas para trabalhar o suficiente para que elas não estejam

tomando todo o meu peso. Tiroteios estão fervilhando lá fora, mas agritaria é mais alta.

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~ 219 ~ 

 —  Lá na frente, —  Krypt late.

Ele está exausto, danificado e fodido, mas é claro, a adrenalina foiexpulsa. Ele não terá sua luta normal, apesar de tudo. Eu só possoesperar que Mack tenha uma boa carga de homens. Eles me levam pela

porta da frente e o sol queima meus olhos quando eu aperto os olhospara tentar conseguir uma imagem clara do que está indo para baixo.

Cadáveres fodidos em todos os lugares .

Muitos deles.

Mack está entre meus outros membros e há ainda mais reforçoque pensei que ele poderia reunir. Seus olhos se levantam para mim, eseu rosto se transforma em assassino quando ele me vê. Com um lado

violento que eu raramente experimentei com Mack, ele atira emqualquer um que se aproxima o suficiente para sentir a sua ira.

 —   Onde está Atreau?  —   fole Krypt, levantando suas armas e

atirando como um louco.

 —  Não faço ideia, —  Mack ruge.

Ele tem sangue escorrendo de um ferimento na perna. Ele levouum tiro. Conto quatro homens de meu clube no chão, mortos. Meu

peito dói e raiva aumenta no meu corpo ao ponto que eu começo atremer.

 —  Encontre esse filho da puta  —   eu rosno.  —  E traga ele para

mim. Vou porra fazer ele gritar. Ferido ou não.

Krypt ordena três dos caras, e eles desaparecem para dentro da

casa, procurando por ele.

 —  Me dê uma arma —  eu ordeno.

Austin me dá uma sem hesitação, e os caras me ajustam paraque eu possa usá-lo. Eu começo a atirar. Eu posso não ser capaz delutar, mas eu posso atirar. Não são poucos os homens de Atreau querestaram, talvez seis.

 —  Mack! —  Krypt late. —  Atrás de você!

Mack gira pelo disparo e por pouco não recebe um tiro na cabeça.Isso está ficando muito perto. Isso precisa acabar. Mais de meusrapazes, dois, se foram e quanto mais eu vejo, mais selvagem eu fico.

Eu começo a atirar com cada pedaço de raiva dentro do meu corpo, quefunde os homens de Atreau em pedaços sangrentos.

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~ 220 ~ 

 —  Nós o pegamos, Prez.

Meus meninos voltam com um Atreau ofegante. Ele mostra os

dentes para mim em um grunhido, e eu retribuo o favor.

 —  Ele estava em seu carro prestes a sair. Fez algumas ligações.Não sei para quem.

 —  Para quem você ligou porra? —  eu lato.

 —  Eu não vou te dizer, pedaço de merda!

Eu levanto a minha arma.  —  Eu adoraria te matar lentamente,fazendo você gritar sob minhas mãos, mas eu não tenho a porra detempo e os meus homens estão morrendo. Eu vou fazer isso simples,

soprando a porra dos seus miolos.

Eu pressiono o meu dedo para o gatilho e tiros ressoam... masnão é da minha arma. A bala acerta Greg, um dos membros titulares deAtreau. Rugindo de dor, ele solta. Tudo acontece em um borrão. Maistiros, em seguida, Atreau está se lançando para mim, batendo meucorpo quebrado de volta. Eu não perco minha arma quando eu pousoem minhas costas, rugindo de dor quando os meus ossos encostam emcoisas que não deveriam encostar.

Então, antes que eu tenho a chance de lutar, ele tem uma faca nomeu peito. Minha boca se abre, um berro de agonia deixa minhagarganta quando o sangue enche minha boca. Dor diferente de tudo que já experimentei trazem lágrimas pelo meu corpo. Ele torce a lâmina emeu mundo gira.  —  Eu não sou tão bom quanto você  —  ele rosna.  —  

Eu não vou fazer isso rápido.

Eu não sei onde eu encontro isso, talvez seja as imagens deSantana piscando na minha cabeça, mas eu levanto a minha arma e euo mato. Ele rola para fora de mim, desalojando a faca. Um murmúrio

esmagado som enche o ar. Mais tiros ressoam e vozes gritando ao meuredor se dissipam em zumbidos maçantes. Meus olhos se fecham e a

dor deixa lentamente meu corpo.

Este deve ser o que se sente ao morrer .

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~ 221 ~ 

Capítulo trinta e dois

SANTANA 2014

Duas horas depois os caras que esteve nos vigiando saem.

Isso deve significar que Mack chegou e uma guerra já começou.

Outras quatro horas mais tarde, meu mundo cai.

Quebra, porque eles trazem Maddox para mim... quebrado,sangrando e quase morto.

* * * * * *

Ele está na parte de trás de um SUV, seu corpo coberto desangue. Tanto que eu mal posso ver toda a pele, a pele e eu vejo estáespancada. As vozes em torno de mim se afogam quando eu olho para ohomem que eu amo, tão quebrado e fraco na parte de trás do carro.Meus dedos não param de tremer e há tanta emoção girando dentro demim que eu tenho ido além vontade de chorar, e em vez de ir direto aosentimento entorpecido. Eu não posso... Eu não  posso ser fraca.

Ele precisa de mim.

Precisa. De. Mim.

Meus joelhos tremem e eu uso minhas mãos para me equilibrarcontra o carro quando eu olho para baixo em Maddox. Se ele morrer...não... não... não posso. Eu não posso pensar assim. Se eu desistir dele,onde isso vai me deixar? Eu vou lutar por ele do jeito que ele lutou pormim. Eu não vou derramar uma lágrima, nem uma lágrima maldita até

que ele esteja olhando nos meus olhos novamente.

 —  Nós temos que sair, agora! —  Krypt late.

 —  Nós temos que levá-lo a um hospital, —  Mack argumenta.

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~ 223 ~ 

Eu cortei Mack.

 —  Não  —   eu rosno.  —  Não, Mack. Porque nós vamos encontrarum médico, eu não sei como, mas nós vamos. Alguém para consertá-lo

em privado por um monte de dinheiro.

O rosto de Krypt está sangrando de novo. Ele também está emmau estado, por isso ele não podia se dar ao luxo de ser derrotadonovamente.

 —   E se vocês dois baterem um no outro novamente, eu vouencontrar uma faca maldita e apunhalá-los tão duro que vocês vãotomar o lugar de Maddox. O irmão e presidente de vocês está deitadoali, morrendo porra. Puxe a cabeça para fora de sua bunda edescubram alguma coisa, —  eu passo para a frente, as mãos tremendo. —  Eu não vou perder o homem que eu amo por causa de vocês dois.

Ambos os homens olham para mim, mas é Mack que falaprimeiro.  —  Você está certa, eu sinto muito. Tyke,  —  ele late.  —  Façauma chamada, encontre a porra de um médico e faça isso rápido. Eu

tenho um monte de dinheiro, eu vou pagar o que for preciso.

 Tyke acena com a cabeça e parte para seu telefone.

Eu olho em volta para os homens quebrados, golpeados,

sangrando e de pé, como se eles estivesse perdidos. Eu conto eles. Eunão sei o que eles tinham aqui, então eu não sei quantos estãodesaparecidos, mas eu noto a falta de um. —  Onde está Rhyder?

O rosto de Krypt cai, se pudesse, sua expressão iria quebrar empedaços e cair no chão. O meu coração aperta. Eu sei o que ele vai medizer antes mesmo que ele diz.

 —  Ele levou um tiro. Ele está morto.

Minha mente nada, voltas e mais voltas até que eu sou obrigada air a meus joelhos, vômito subindo minha garganta e subindorapidamente por todo o pavimento. Pippa está ao meu lado em umsegundo, com as mãos esfregando minhas costas.  —  Está tudo bem, —  

ela acalma. —  Está tudo bem.

Eu vomito até não restar mais nada. Lágrimas vazam dos meusolhos por causa do esforço, mas eu esmago elas de volta para baixo. Eutenho que fazer isso por Maddox, por Rhyder. Deus, Rhyder. Ele era umcara tão bom. Eu gostava dele, muito. Eu não tinha passado muito

tempo com ele, com certeza, mas ele estava lá pelos últimos cinco anose ele era parte da família.

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~ 224 ~ 

 —  Venha.

Uma mão áspera está no meu ombro, mas está oferecendo otoque mais suave. É Krypt. Ele me ajuda e os seus braços vão ao meuredor. Eu me dou um momento para enterrar meu rosto em seu peito,

respirando-o. Basta tomar um segundo para permitir conforto em meucoração. Ele me mantém assim por alguns minutos, antes de se afastar.

 —  Nós vamos corrigir isso.

 —  É tudo culpa minha —  eu coaxo. —  Se não fosse por mim... -

 —   Não faça isso  —   ele avisa.  —   Não se atreva a colocar essamerda em si mesma. Maddox fez de sua missão para encontrar suairmã, você não pode começar a fazer esse jogo da culpa. Precisamos de

você forte.

Eu engulo e assinto, forçando minhas emoções de volta parabaixo. Volto para o SUV, rastejando ao lado de Maddox. Eu não meimporto sobre o sangue, ou o cheiro, ou o fato de que ele estámachucado. Eu me dobro em seu lado, e eu não me movo até que Tyke

traz o médico.

* * * * * *

 —  Há muito dano. Ele precisa de hospital.

Há um médico gordo mexicano examinando Maddox na parte de

trás do carro. Mack pagou um bom dinheiro para o homem vir aqui.

 —  Me ouça, amigo, —  Krypt rosna, ficando em seu rosto. —  Vocêfaz o que pode para mantê-lo ou você não vai receber a porra do

dinheiro.

O médico olha para ele, seus olhos se estreitam, mas faz o que lheé dito e se volta para Maddox.

 —   Eu posso costurar... e alinhar osso... mas pode haversangramento...

Ele tem um forte sotaque, e não um bom inglês... mas é osuficiente.

 —  Faça o que puder.

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~ 225 ~ 

Krypt gira, não lhe dando outra opção. O médico faz o que pode,limpa Maddox e costura as feridas. Ele coloca todos os ossos quebradosque ele pode em bandagens após alinhando-as, e dá a ele algumasinjeções. Eu não sei o que, mas eles parecem acalmar sua respiração.

 —  Isso é tudo que posso fazer —  diz ele.

Mack entrega a ele uma carga de muito dinheiro, eu olho com osolhos arregalados, mas não discuto. O médico toma isso, acena com a

cabeça, e vai embora. Krypt se vira para o grupo.

 —  Hora de ir para casa. É também hora de todos vocês rezarem

para que ele superar isso.

Estou rezando.

Eu não parei.

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~ 226 ~ 

Capítulo trinta e três

SANTANA 2014

Eu nunca pensei que estar em casa me traria tanta alegria. Oalívio que sinto quando chegamos é tão avassalador, eu solto a minhacabeça em minhas mãos e forço as minhas emoções para baixo. Pippa

está ao meu lado, os olhos arregalados quando ela observa tudo. Osegundo do piloto em comando, e o proprietário deste avião, sai,

olhando para Maddox, uma vez que o avião tocou o solo.

 —   Se eu não o respeitasse demais, eu nunca teria deixado ele

voar.

Eu não sei muito sobre Jeremias, o homem que é dono do avião. Tudo o que sei é que ele tem muito dinheiro e viaja o mundo para otrabalho. Ele não gosta de voar para companhias aéreas, por isso ele

tem o seu próprio avião. Maddox o ajudou em uma transação e Jeremias lhe devia. Eu sou grata por ele, independentemente de comoele se sente sobre nós agora.

 —  Obrigado, disse Mack, oferecendo sua mão.

 Jeremias aceita e olha para Maddox que tivemos que tirar até ochão para que ele não fosse empurrado ao redor com a turbulência.  —  Cuida dele —  diz ele. —  E diga que ele me deve, agora.

Mack balança a cabeça, e ordena que os caras tirem Maddox. Eunão o deixo seu lado; eu os ajudo a descer as escadas. No momento emque estou fora, eu vejo Ash e Indi, ambas esperando ansiosamente. Nomomento em que Ash vê Krypt, ela solta um grito de dor e corre emdireção a ele. Eles se encontram em um emaranhado de braços epernas. Meu peito dói.

Indi olha para Zaid, seus olhos lacrimejando, com a mão sobresua boca. Ele olha de volta para ela, e então ela cai de joelhos. Ele estáao seu lado em um segundo, pegando-a em seus braços grandes e

esfregando o nariz em seu pescoço. Ela está segurando-o com força, eu

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~ 227 ~ 

posso dizer até mesmo de tão longe. Uma mão fria desliza na minha e

eu olho para baixo para ver Pippa segurando em mim.

 —  Ele vai ficar bem.

Concordo com a cabeça, os olhos queimando... mas nenhumalágrima escapa.

 —  Eu sei.

Ele chegou até aqui. Foi uma viagem atribulada, e algumas vezesno voo sua respiração borbulhava e ficava superficial. Eu segurei suamão mole, implorando a ele para continuar lutando. Fiquei acordadacom ele quando todo mundo dormia, minha mão nunca deixando adele. Eu não me importo se eu morrer de exaustão, eu não vou sair do

lado dele.

Ash solta Krypt e corre em minha direção. No momento em queela me atinge, ela joga os braços em volta do meu pescoço e eu a deixo.Indi está lá em segundos, e, juntas, todas nós nos abraçamos. Eumordo minhas lágrimas, ainda não deixando-as sair. Não até que eleestiver seguro. Nós finalmente nos separamos e Ash vira os olhos paraPippa, e eles amolecem.

 —  Você deve ser Pippa  —  diz ela, estendendo a mão.  —  Eu ouvi

muito sobre você. Eu sou Ash.

Pippa hesita, olhando para mim. Concordo com a cabeçasuavemente para ela e ela pega a mão de Ash, sacudindo-o cansada.Ash não segura, ela envolve Pippa em um abraço. O olhar no rosto daminha irmã me faria sorrir em qualquer outro momento. Ela parece tãooprimida e humilhada. Ash se afasta, mas mantém um braço ao redordela. —  Venha, eu vou te trazer de volta para o meu lugar e você podedescansar.

Pippa olha para mim de novo. —  Está tudo bem, querida. Ash vaicuidar bem de você, eu te prometo isso. Vou estar no hospital.

 —  Eu prometo que vou trazê-la logo que você descansar  —   Ash

assegura a Pippa.

Pippa acena com a cabeça. —  O-o-ok.

Eu a abraço, sussurrando em seu ouvido —  Confie neles, eles vãoser tanto sua família como eles são pra mim.

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~ 228 ~ 

Ela me aperta mais apertado, mas ela é uma menina forte. Maisforte do que parece. Ela se afasta e Ash me dá um sorriso calorosoantes de conduzi-la para longe. Todos nós, em seguida, nos separamos,Krypt chama uma ambulância. Eles chegam vinte minutos mais tarde,

fazendo um monte de perguntas, mas não recebendo um monte derespostas. Eles levam Maddox de qualquer forma. Mack e eu seguimosem um táxi e os caras que estão lesionados vêm junto também. Austinestá muito ruim, então ele foi na ambulância. O resto deles voltam ao

clube.

No momento em que chegamos ao hospital, os médicos fazemenxames em Maddox, mexendo com ele. Um homem alto,provavelmente por volta de 50 anos de idade, me para antes de fazer onosso caminho para a sala de espera. Seus dedos frios enrolam em

volta do meu braço.  —   Senhorita, eu gostaria de te fazer algumasperguntas.

Mack intervém. —  Ela não está te dando qualquer informação.

O médico passa rapidamente os olhos nele, mas eu passo antes

que ele possa dizer qualquer coisa.

 —  Sobre a sua condição, eu vou responder suas perguntas.

O médico concorda, ainda dando a Mack um olhar cansado. Ele

se vira para mim.  —  Você pode me dizer o que exatamente aconteceucom ele?

 —  Há apenas algumas pessoas que, ah, sei  —  eu me volto para

Mack. —  Você pode precisar chamar Krypt.

Ele balança a cabeça, tirando o telefone e desaparecendo.

 —   Ele foi costurado, seus ossos foram basicamente alinhados.

Quem fez isso? —  o médico pergunta quando Mack sai.

 —  Eu não posso te dizer isso, mas ele era um médico.

 —  Você não precisa ter medo de mim, eu posso ajudar...

 —  Por favor  —  eu digo, dando a ele um olhar duro.  —  Eu estousegura e bem. Eu preciso que você se concentre no que o homem lá

dentro.

Ele fecha os olhos um segundo, abre-os e respira fundo. —  Muito

bem. Você pode me dizer o quanto você sabe?

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~ 229 ~ 

Eu posso. Dou a ele tudo o que tenho. Mack volta vinte minutosmais tarde com uma lista que faz meu estômago revirar. Chutes, socos,esfomeados, ossos quebrados, e uma punhalada que foi explicado deforma horrivelmente, minhas pernas cedem. Torcido. Dentro dele. Oh

Deus. Mack se ajoelha quando meus joelhos acertam o azulejo frio, eseu braço gira em torno de mim. —  Ela precisa de ajuda também.

 —  Traga-a, eu vou verificar a pressão dela, —  diz o médico.

Mack me levanta, me levando para o quarto. Eu não luto. Opróprio pensamento de Maddox ter uma faca impulsionada em seupeito, e torcida, faz com que meu estômago virar tão violentamente queeu suspiro, —  Eu vou vomitar.

O médico tem um pequeno saco na minha frente em questão de

segundos. Eu vomito nele, Mack ainda me segurando. Ele coloca o meucorpo sobre a cama, e que o médico me verifica. Ele está feliz com aforma como minha perna foi tratada, mas diz que eu preciso passarpelo menos uma noite. Isso é bom, eu não estava pensando em ir emqualquer lugar.

 —  Quando ele vai sair da cirurgia?  —  eu coaxo antes do médico

sair. —  Quanto tempo até eu saber se ele está bem?

 —  Vai ser uma boa e sólida quatro horas. Descanse um pouco.

Eu vou deixar você saber o momento que eu souber alguma coisa.

Concordo com a cabeça. —  Obrigada.

Ele balança a cabeça e sai. Mack puxa as cobertas para trás, nãome dando uma escolha além de me colocar nelas. Uma enfermeira vemalguns minutos mais tarde, me conecta a uma intravenosa, a pedido domédico. Ela também me dá uma injeção. Quando ela se foi, eu deslizopara dentro dos lençóis frescos. Mack se senta ao meu lado, e ele parece

exausto.

 —  Sua perna? —  eu coaxo, notando no avião que ele foi ferido.

 —  Não é nada, eu vou ver em breve.

 —  Mack...

 —  Durma  —  diz ele, ignorando o meu protesto.  —  Você precisa

disso.

 —  Eu não posso .. se eu fechar meus olhos eu vou vê-lo assim e...

Minha voz quebra.

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~ 230 ~ 

 —  Ele está em boas mãos agora. Você tem que descansar, Tana.

Se ele acordar e você não estiver...

 —  Eu sei —  eu sussurro.

Ele acaricia o polegar sobre meu rosto.

 —  Mack?

 —  Hmmm.

 —  Será que você... por favor... apenas se deite comigo?

Ele não hesita, acho que ele sabe que eu preciso dele. Ele sobe nacama e me aconchego em seus braços.

E juntos, dormimos.

Ainda rezando.

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~ 231 ~ 

Capítulo trinta e quatro

SANTANA 2014

Eu enrolo contra o homem que eu adoro, meus dedos correndopara cima e para baixo seu peito enfaixado. Estive sentada com eledurante três horas agora, pelo menos, esse é o tempo que eu acho que

tem sido desde que ele saiu da cirurgia. O médico disse que ele está emestado crítico, mas estável. As próximas 24 horas irão dizer. Inferno, seele acordar vai ser um sinal suficientemente grande de que coisas estãopor vir.

Enfiado nele, há tubos e fios delicadamente descansando emmim. Os médicos tentaram me tirar daqui, eu disse a eles que nãohavia nenhuma maneira no inferno que eu estaria em saindo e que elesteriam que me levar para fora. Eles ajustaram as coisas ao meu redor eeste é o lugar onde eu estive sentada desde então. Eu ainda não chorei.Ash e Krypt entraram, e Ash me disse o quão ruim é eu não ter

chorado.

Eu sei.

Mas ele precisa de mim para ser forte.

Ash me disse que Pippa está na casa de Maddox, com quatro doscaras montando guarda. Indi está com ela, mas, aparentemente, elaadormeceu e tem sido assim desde então. Estou feliz que ela está

descansando. Estou feliz que ela está comigo. As coisas têm sido tãodifíceis, eu não posso perder o homem que eu amo quando eu só acabeide ter a minha irmã de volta. Não quero trocar um pelo outro.

Nunca.

Ele tem que superar isso.

Eu fecho meus olhos, respirando ele. Eu tenho rezado para eleacordar, inferno, para se mover. Ele não fez. Ele está respirando, no

entanto. Eu acho que isso tem que contar para alguma coisa. Mack

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~ 232 ~ 

entrou e saiu, o pobre homem parece exausto, mesmo depois do nosso

sono. Nenhum de nós vai descansar até que Maddox acorde.

Mack me disse que o clube foi informado da morte de Rhyder.Eles estão preparando um funeral agora para ele e para os outros

homens perdidos. Meu coração dói só de pensar. Pobre Rhyder. Ele nãomerecia isso. Nenhum deles. Maddox vai estar devastado se ele nãoacordar e não puder assistir ao funeral. Eu não posso mudar isso,

porém, só posso segurar forte para ele.

É tudo para ele.

 —  Chante ?

Eu viro minha cara para ver Mack de pé ao lado da cama, um café

e um bagel em sua mão.

 —  Você precisa comer.

Ele está certo. Eu preciso... mas eu não quero.

 —  Por favor —  diz ele.

Se não fosse pelo fato de que seus olhos são tão exaustos equebrados, eu teria recusado. Em vez disso, ele me ajuda a deslizarpara fora do meu lugar ao lado de Maddox e me senta em uma cadeira

próxima. Eu dou um gole no café, mal saboreando.

 —  Você deveria ir e descansar.

Ele balança a cabeça.  —   Não é possível deixar você ou ele

sozinhos, não agora.

 —  Há outros caras, Mack. Eles podem vigiar a porta.

Seus olhos ficam duros. —  Eu disse que não, fim da discussão.

 —   Mack...  —   minha voz é suave e, ao som dele, seus olhosamolecem.

 —  Não é possível deixá-lo, Santana. Você sabe disso.

Concordo com a cabeça, porque eu sei disso. Não há nenhumamaneira que eu vá deixá-lo, e eu não deveria esperar nada diferente deMack.

 —  Coma, —  diz ele, apontando para o meu pão.

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~ 234 ~ 

 —  Como está Maddox? —  Ash pergunta.

 —  Nada mudou —  eu respondo, enfiando Pippa no meu lado.

 —  Sinto muito, querida.

Eu posso oferecer nada mais do que um sorriso agradecido.

 —  Mack me mandou para casa para tomar banho e me trocar, eunão vou estar aqui por muito tempo  —  me dirijo a Pippa.  —  Você está

bem?

Ela sorri para mim, parecendo melhor do que eu a vi desde quetive ela de volta. Ela está limpa, com o cabelo macio. Seus olhos estãobrilhantes e suas bochechas rosa. Vai levar muito tempo para voltar obrilho de seus cabelos, e colocar um pouco de carne em seus ossos,mas pelo menos ela está em casa e ela está segura.

Deus respondeu a uma das minhas orações.

Eu dou as meninas um olhar agradecido, e ambas sorriemcalorosamente para mim.

 —  Nós vamos ter um grande momento —  Indi anuncia.

Eu as amo naquele momento mais do que eu jamais pensei que

poderia. Elas estão preocupadas com os seus homens, sem dúvida,querendo mantê-los por dias a fio, mas aqui estão elas me apoiando. Eudeixo Pippa e as abraço novamente, forçando as minhas lágrimas de

volta.

 —   Está tudo bem  —   diz Ash, mesmo que eu não disse umapalavra. —  Nossos homens estão em casa, seguros. O seu não está. Nósvamos cuidar de Pippa até que ele esteja.

Minhas narinas queimam e minha garganta contrai. Não agora,

Santana. Não agora. Eu me afasto, balançando a cabeça, porque isso étudo que posso fazer.

 —   Chuveiro  —   Ash diz suavemente.  —   Eu vou pegar algumas

roupas.

Concordo com a cabeça, viro e saio correndo pelas escadas. Euderrapo a uma parada quando eu chego ao quarto de Maddox. Com aspernas trêmulas, eu entro. Sento-me na cama, puxando uma camisaem minhas mãos que haviam sido atiradas na cama. Eu o respiro e a

queimação no meu nariz aumenta até que eu tenho certeza que eu nãoposso segurar as lágrimas.

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~ 235 ~ 

Não agora. Qual é. 

Eu engulo até que a minha garganta dói e solto a camisa. Ele vaificar bem, ele vai. Eu não posso perdê-lo agora. Eu me forço para osmeus pés e para o banheiro. Minhas roupas saem sem qualquer

reconhecimento claro do ato. Eu não estou pensando. Meu corpo estálentamente ficando dormente por causa da dor que roda no meu peito.

Durante a próxima meia hora, eu lavo, raspo, limpo e esfregotodas as partes do meu corpo que precisam disso. Então eu saio, meseco e escoo meu cabelo, e, em seguida, puxo as roupas que Ash deixouna minha cama, uma calça jeans e um suéter de gola alta. Quando eutermino, eu faço o meu caminho de volta para baixo.

Foi quando meu telefone tocou.

O som é surpreendente, e levo um momento para perceber que émeu. Corro descendo escadas tão rápido quanto a minha perna feridapode me levar, mas Ash já atendeu. Ela está dizendo algo que não possoouvir, ela acena com a cabeça, em seguida, ela desliga. Virando-se para

mim, ela sussurra, —  Ele está acordado.

* * * * * *

Dirigir para o hospital nunca tenha levado tanto tempo. Acaminhada pelos corredores parece ir até o infinito, mesmo no ritmomais rápido que eu posso controlar. Até o momento que eu chego à salade Maddox, estou tremendo. Hesito na porta, minha mão pairandosobre a alça. Eu fecho meus olhos quando eu sinto uma mão em meu

ombro.

 —  Está tudo bem —  sussurra Ash. —  Vá em frente.Eu respiro fundo e empurro a porta aberta. A primeira coisa que

eu vejo é as costas de Mack e um monte de enfermeiras e um médico.Dou um passo vacilante, minha mão indo para fora para descansar noombro de Mack. Ele se vira, olhando para mim com um sorriso. Nãoleva muito tempo para me concentrar nel, ao invés disso, eu deixo meusolhos viajar dele para os olhos azuis fixados em mim.

Algo dentro de mim quebra quando eu observo a cara do homem

que eu amo. Seus olhos, Deus, tão perfeitos, são injetados. Suasbochechas parecem ligeiramente afundadas e os seus lábios mais

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~ 236 ~ 

pálidos do que o habitual. Ele parece abatido, quebrado e dolorido.Passo pelos enfermeiros em meu caminho, ignorando seus protestos.Chego a Maddox e pego sua mão. Há tanta coisa dentro de mim, muitoferimento e emoção, mas nada disso sai.

 —  Hey —  ele coaxa.

 —  Hey —  eu sussurro, minha voz muito instável.

 —  Senhorita, diz o médico —  Você pode dar um passo atrás?

 —  Não —  eu rosno, tão baixo que ele tem voltar atrás.

Eu viro para Maddox, baixando meu rosto e pressionando minhatesta à dele. Um gesto que significa muito para nós. Significa mais doque um beijo. Mais do que um abraço. É o nosso amor. Sua respiraçãovem em rajadas contra minha bochecha, e eu o respiro. Mesmo nohospital, eu ainda posso sentir o cheiro dele.

 —  Eu sinto muito —  eu sussurro.

 —  Não —  ele coaxa. —  Porra... não.

Suas grandes mãos se elevam, enrolando em volta do meu rosto eele segura minha testa à dele. Seu braço treme e eu sei o quanto é difícilpara ele manter a mão para cima, mas ele faz. Meu grande homem

bonito, forte.

 —  Eu entendo que você está aliviada —  o médico começa. —  Mas

é preciso verificá-lo. Por favor, senhorita.

Eu puxo um pouco para trás e Maddox balança a cabeça, fraco.Eu pressiono um beijo em seus lábios rachados, sentindo a queimadurafamiliar no meu nariz. Eu passo para trás, todo o meu corpo tremendo.

Isso acontece. Lá e então.

 Tudo que eu segurei, toda a força que tenho mostrado, tudodesmorona. Meu corpo inteiro começa a tremer e um soluço de cortar ocoração rasga da minha garganta, fazendo com que todos se virem eolhem para mim. Os olhos de Maddox preenchem com uma dor que eununca vi vindo dele e isso só piora as coisas. Eu volto em direção à

porta.

Deus.

Por que agora. —  Querida.

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A voz suave. Mack... eu acho .

 —  Vamos lá, vamos pegar um pouco de ar fresco.

Eu balanço minha cabeça. —  Eu n-n-n-não posso deixá-lo.

Minha voz sai quebrada e patética. Lágrimas escorrem pelo meurosto.

 —  Apenas vamos

 —   Eu não posso deixá-lo!  —   eu grito.  —   Vocês não ousem melevar embora.

O médico olha para mim, afastando-se de Maddox.

 —   Que tal dar a eles um minuto?  —   ele sugere para osenfermeiros. —  Os sinais vitais são bons. Voltaremos em uma hora.

Antes que eu saiba, o quarto foi esvaziado. Maddox ainda está meobservando, seu rosto quebrado, meu coração ainda mais. Mack olhapara seu irmão, depois de volta para mim e diz  —  Eu vou tomar um

café.

Em seguida, ele se foi.

E nós estamos sozinhos.

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~ 238 ~ 

Capítulo trinta e cinco

SANTANA 2014

 —   Venha aqui,  —   diz Maddox, sua voz soando como um

grunhido, embora eu tenho certeza que isso não é possível.

 —  V-v-v-você está magoado e...- —  Aqui, Santana.

 —  Ele te e-e-e-esfaqueou. G-g-g-g-girou a faca e...-

 —  Baby —  ele sussurra. —  Aqui.

 —  V-v-v-v-você tinha tanto sangue.

 —  Santana

 —  T-t-t-t tivemos que pagar um médico só para te levar para casae ...-

 —  Santana!

Minha parede quebra e eu choro  —  Eu pensei que tinha perdido

você.

Seus olhos amolecem e ele estende uma mão.  —  Vem até mim,

por favor, baby.

Eu vou até ele, rastejando em sua cama e em seus braços. Ele osenvolve em torno de mim, fazendo uma careta de dor. Eu tento mover,mas seus braços apertam, mesmo fraco ele é tão forte. Seu rosto épressionado contra minha cabeça e eu posso ouvi-lo me inspirando. Eusoluço, agitada e coaxo seu nome até que meu corpo é drenado de

lágrimas. Eu paro de tremer e me afundo nele.

Enfermeiros entram e saem, Mack retorna e, eventualmente,minhas pálpebras se tornam pesadas. Quase caindo no sono, eu

sussurro —  Eu te amo Maddox. Nunca me deixe novamente.

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~ 239 ~ 

Eu não ouço a sua resposta.

* * * * * *

MADDOX 2014

 Toda a porra do meu corpo dói. Os meus ossos, minha pele, meuinterior. Está tudo queimando. Meu braço está dormente, mas não hánenhuma maneira que eu estou movendo o pequeno corpo frágil em

volta de mim. Pode cair fora, mas não há nenhuma maneira que elaestá deixando meus braços. Ver ela quebrar, todas essas lágrimas, aforma como ela balançou, ele me matou porra. Tomou tudo dentro de

mim para não quebrar junto com ela.

A memória de ser esfaqueado passou mais e mais na minhacabeça. Esquecer isso está se provando ser mais difícil do que euimaginava.

 —  Ela está dormindo?

Viro a cabeça para ver Mack em pé na porta. Ele parece comomerda, assim Santana. Seu cabelo é um ninho de ratos maldito e seusolhos estão escuros.

 —   Sim  —   eu digo, ainda olhando para ele.  —   Você está bem,

mano?

Ele balança a cabeça, andando. Há emoção em seus olhos, e issonão é algo que Mack dá muitas vezes. Nós sempre fomos próximos,desde o dia em que ele entrou em nossa família. Eu sei o que eu sendoesfaqueado e quase morto teria feito a ele.

 —  Houve um segundo, apenas um maldito segundo...  —  ele olhapara o lado. —  Quando eu pensei que tinha perdido você.

Eu fico olhando para ele, um inchaço estranho subindo na minhagarganta que tem a minha voz parando. Fodida. Emoção.

 —  Sim —  eu groso. —  Bem... você não pode se livrar de mim tãofacilmente.

Ele ri com a voz rouca. —  Não.

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~ 240 ~ 

Seus olhos pressionam levemente para Santana e ele balança acabeça. —  Você sabe, aquela garota se manteve de forma que você iriase orgulhar. Nem uma lágrima e sem bagunça. Mesmo quando seucorpo foi colocado ao lado dela, ela não se perdeu. Ela se agarrou como

um maldito soldado.Eu aperto o minúsculo corpo junto ao meu.  —   Sim, bem, ela

desmoronou depois. Eu a deixei. Pobre criança. Ela deve estar fora de

si.

 —  Ela pensou que tinha perdido você, mas ela nunca parou detentar lutar por cada respiração.

 —  Não, não imagino que ela teria.

 —  Saímos de uma porra de bagunça lá atrás, chefe. Eu não seiquanta merda vamos ter vindo de volta para nós por isso.

Vai vir uma merda. Muito disso. Nós vamos resolver isso, sempre

fazemos.

 —  Não se preocupe com isso agora, nós vamos ter uma reuniãoassim que eu estiver fora. Descobrir o nosso próximo passo. Essesfilhos da puta dos Tinmen vão pagar por essa armação.

Ele balança a cabeça, o rosto apertado. —  Porra, sim eles vão.Santana se mexe e eu cerro os dentes quando seu cotovelo

encosta contra minhas costelas quebradas.

 —  Você quer que eu a leve para casa?

Eu balanço minha cabeça. —  Ela precisa disso, deixe ela.

 —  Ela está te machucando , ela não vai querer isso.

Dou a ele um olhar duro. Eu disse para deixá-la.

Ele balança a cabeça. —  Bem, eu vou para casa e dormir por dez

dias. Bom te ver melhor.

Ele estende a mão e eu aperto a dele.  —   Obrigado. Você me

deixou muito orgulhoso.

Eu vejo seu corpo estremecer, mas ele não diz nada. Ele apenas

me pisca o sorriso que nunca atinge os olhos e sai.

Enfio Santana no meu lado, a dor e tudo, e eu durmo.

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~ 241 ~ 

Capítulo trinta e seis

SANTANA 2014

UMA SEMANA DEPOIS

 —  Não seja um bebê —  eu digo, acenando com a escova ao redor.

Maddox me dá um olhar tão duro que eu costumo correr com orabo entre as pernas, mas ele é um inválido agora. Ele não tem nada.Seu cabelo, no entanto, parece que ele está prestes a formar emdreadlocks e, a menos que ele quer me deixar raspar tudo fora, ele vaiter que me deixar escová-lo.

Isso não vai cair bem.

 —   De jeito nenhuma você vai pentear meu cabelo como se eufosse algum tipo de... mulher.

Eu ronco. —  Ninguém está olhando, ninguém vai saber. É precisoescová-lo e você não pode levantar o braço o suficiente para fazer... é euou o cortador.

Ele aperta os olhos, azul gelo queima dentro de mim.

 —   Bem...  —   eu digo, batendo meu pé, acenando com a escova

novamente. —  Raspe ele então.

Eu rolo meus olhos.  —   De jeito nenhum. Seu cabelo é super

quente.

 —  Não quero ser super quente. Eu quero cortar essa porra.

 —  Pare de palavrões, mova para que eu possa escová-lo.

 —  Não —  ele resmunga.

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~ 242 ~ 

Ele está sentado na cama, ainda em seu traje de hospital, o queele realmente odeia. É a única coisa que não interfere todas asbandagens, porém. Ele está se sentindo melhor, mas ele tem que estaraqui por mais alguns dias antes de darem alta para ele. Como você pode

imaginar, isso não caiu bem. Ele é como um touro numa loja deporcelana, assustando tudo que se aproxima dele e quebrando as coisasem uma base diária.

Babaca idiota.

Eu estou feliz que eu o tenho de volta.

 —  Vamos lá, eu não vou contar.

 —  Eles vão saber quando o meu cabelo parecer que pertence a

uma porra de capa de uma revista, porque você vai ter escovado ele pracaralho que ele vai estar brilhando.

Eu bufo. Errado, eu vou tirar esse ninho de ratos se formando.

 —  Corta.

 —  Maddox ...

 —  Faça.

 —  Não.

 —  Sim.

Eu suspiro e ergo minhas mãos. —  Seu tolo teimoso. Eu não vou

cortar a porra do seu cabelo.

 —  Não pragueje para mim, mulher.

Uma enfermeira entra no quarto, olhando para nós dois.  —   Ah,desculpe, —  diz ela, as bochechas corando quando ela avista Maddox.

Ela é nova, eu acho que ela não experimentou sua gostosura real ainda. —  É... ah... eu quero dizer...

Oh senhor Jesus, ela gagueja.

 —   Podemos te ajudar?  —   eu digo, olhando para ela com umaexpressão dura.

 —  O médico disse que Maddox pode tomar banho hoje, então ah,eu estou aqui para ajudá-lo. É o meu... ah... trabalho.

Ajudá-lo?

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~ 243 ~ 

Oh inferno não .

 —  Ajudá-lo? —  eu digo, minha voz um pouco estridente.

 —  Sim, no chuveiro...

 —  Eu acho que não —  eu rosno.

Maddox está sorrindo, o filho-da-puta. Eu olho para ele, o que sófaz aquelas covinhas lindas aparecerem em suas bochechas.

 —  Não é nada pessoal, minha senhora,  —  ela me assegura.  —  Ésó que ele vai precisar de ajuda.

 —   Me ouça, querida. Não há nenhuma maneira no inferno quevocê vai no chuveiro com o meu muito lindo, homem nu. Você vai ter

que me dizer o que fazer, porque eu prometo a você que vai haver algumacidente grave para enfrentar se você ainda tentar tirar as roupas dele.

As bochechas dela ficam rosa e Maddox ri, alto. Ele termina com

uma careta e me viro para ele. —  Bem feito.

Ele mostra os dentes para mim, como um animal faminto. Ohcara. 

 —  Bem, eu acho..., —  a enfermeira começa. —  Eu posso te dizer o

que fazer.

 —  Claro que você pode.

Ela balança a cabeça e nós ajudamos Maddox sair da cama. Seucorpo grande não é leve, mesmo quando ele está tomando a maior partede seu peso. Quando entramos no banheiro, a enfermeira o senta parabaixo e me explica o que pode molhar e que não pode. Garanto a elaque está tudo bem, e ela sai. Então, me viro para o grande homem

sentado no banquinho do chuveiro.

 —  Tire seu vestido.

Ele olha pra mim. O tipo de brilho que queima através de você.

 —  Não é um vestido fodido e eu não tive escolha.

 —   É um vestido,  —   eu digo, dando um passo para trás edesfazendo o vestido do hospital. —  E você está lindo.

Eu mordo minha bochecha para parar o meu ataque de riso

quando ele faz um som de assobio feral, —  Não é um vestido de merda,mulher!

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~ 244 ~ 

Eu não posso aguentar, começo a rir. Ele grunhe quando eu ligo ochuveiro, coloco sobe meu punho e me certifico de que a água está boa.O pobre homem não teve um banho decente, apenas uma limpeza. Euaposto que ele está se rebentando por um. Eu ando para frente dele e...

oh meu Deus.  —  Maddox! —  eu grito, corando e me viro.

O homem tem o rei de todas as ereções.

 —  Eu estou com tesão, estamos no chuveiro...

 —  Você está usando um vestido!

 —  Não estou! —  ele late.

Eu tento evitar o seu pau saliente quando eu agacho em frente aele, gentilmente correndo a água para baixo suas pernas, ensaboandoonde eu posso. Eu me desloco até suas coxas e quando eu chego a seupênis, ele sorri. —  Tem que lavar ele...

 —  Eu deveria ter deixado a enfermeira fazer isso, —  eu resmungo.

 —  Certeza disso? —  diz ele, enrolando o punho em torno de si.

 —  Idiota.

 —  Lave ele, baby.

Com um suspiro, eu coloco o chuveirinho sobre ele e deixo alâmina de água para baixo em seu comprimento impressionante. Entãoeu tomo o sabão e começo ensaboando ele, da ponta a base. Ele deixaescapar um gemido gutural, —  Me chupe, por favor, querida.

Deus, quando ele diz coisas como essa em sua voz sedosa...

 —  Estamos em um hospital, —  eu respiro. —  E você está ferido.

 —  Meu pau não está machucado. Ponha a sua boca em mim...

Eu olho para ele, Deus, eu quero chupar ele.

 —  Tire a roupa.

Eu empurro minha cabeça erguida. —  O que... não ... por quê?

 —  Eu decidi que eu não quero ser chupado, quero te foder.

 —  Não. —  Baby... sim.

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~ 245 ~ 

Eu olho para ele, ele sorri para mim.

 —  Eu não vou foder com você. Maddox, você está ferido.

 —  Você pode se sentar em mim, me montar bem devagar.

 —  Maddox!

 —  Vamos lá, querida...

Sua voz é suave e sedosa.

Eu não posso transar com ele. É muito arriscado. Se euescorregar e machucar ele, então eu nunca vou me perdoar. Posso, noentanto, chupar ele. Eu não dou a ele a escolha, eu só inclino para afrente e fecho a boca sobre seu pênis. Ele geme, profundo e gutural. Ele

tenta uma ou duas vezes me puxar para cima, mas ele ainda está commuita para fazer isso.

 —  Porra... isso... não vai... vai durar... muito tempo...

Suas palavras são arrastadas para fora, e sua respiração estáirregular. Eu pego suas bolas, rolando-as na minha mão quando euabaixo a minha boca a ponto de engasgar. Minha saliva surge eembrulha seu pênis enquanto eu chupo, levando-o tão profundo quantoeu posso ir. Minha língua rodeia sua cabeça e seus gemidos aumentam

de dor.

Eu sei que dói só de apertar e é por isso que eu não vou transar

com ele.

 —  Deus, porra, sim, —  ele berra.

Um jorro quente de gozo bate no fundo da minha garganta,seguido por outro e mais outro. Seu pau pulsa na minha boca e suasbolas apertam. Seu gemido se transforma em ofegante profundo e

quando eu sinto que ele começa a amolecer, eu puxo de volta, minhabuceta apertando com a necessidade. Seus olhos, Deus aqueles olhos

azuis, estão brilhando com luxúria.

 —  Venha aqui, —  ele rosna.

 —  Não, —  eu sussurro, utilizando o chuveiro para lavar o último

de seu gozo.

 —  Baby... venha aqui.

 —  Não.

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~ 246 ~ 

 —   Se levante aqui porra, baixe as calças fodidas e me deixecolocar meus dedos profundamente em sua boceta. Isso não é uma

opção.

Oh cara.

 —  Agora, Santana.

 —  Você é tão mandão,  —  eu sussurro, de pé.  —  Mesmo quando

você está vestindo um vestido.

Ele rosna e assobia  —   Eu vou deixar o seu rabo vermelho poresses comentários quando eu estiver forte o suficiente para bater emvocê.

Eu sorrio para ele.

 —  Agora, solte seus malditos jeans.

Eu não hesito, eu os tiro.

 —  Calcinhas.

Elas vão também.

Ele olha para o meu corpo nu e seus olhos ficam quentes esensuais. —  Porra, você tem a boceta mais doce. Olhe para os pequenos

lábios, prontos, molhados, esperando por mim.

Meus joelhos começam a tremer. Ele estende a mão, me puxandopara mais perto, com um braço em volta da minha cintura e outra

deslizando para cima entre as minhas pernas.

 —  Abra, querida.

Eu faço.

Seu dedo desliza para cima das minhas escorregadias dobras e euchoramingo. Seu braço aperta em volta da minha cintura, mesegurando o máximo que pude. Eu tento manter meus pés deescorregar, então ele não tem que tomar mais peso. Seu dedo gira em

torno de meu clitóris e eu grito. Está tão inchado que quase dói.

 —   Ei senti sua falta,  —   eu choramingo quando ele começa amassagear o cerne duro.

 —  Porra, baby, eu também.

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~ 247 ~ 

Ele massageia até que eu estou no limite, então seu dedo vai paracima e dentro de mim. Ele começa a me foder com eles, enquanto seupolegar trabalha em meu clitóris. Porra, oh Deus. É bom pra caralho.Eu deixo cair a cabeça para trás, meus joelhos fracos, e grito seu nome.

 —  Se incline para frente, —  ele ordena, sua voz baixa. —  Me deixechupar esses mamilos lindos.

Eu faço, e sua boca se fecha em torno de um dos meus picosduros. Isso é quando eu gozo. Eu gozo com tanta força que eu clamo,não me importando quem pode ouvir. Seus dedos trabalham maislentos, mais preguiçosos, arrastando cada arrepio do meu corpo. Nomomento em que eu terminei a tremer, ele tem uma ereção novamente.

 Jesus. Eu pular encima dele tanto. Tanto.

 —  Deus, eu quero te foder, Maddox.

Ele me puxa para mais perto.  —   Então faça isso. Eu precisodisso. Me foda, querida.

 —  Mas eu vou te machucar.

Ele balança a cabeça. —  Venha aqui.

Ele assume o controle, levantando minha perna para que ela

repouse sobre sua coxa. Ele move a outra assim que eu estoumontando ele, mas só as nossas pernas estão tocando. Ele me levanta eagarra seu pênis, puxando-o entre nós. A cabeça grossa pressionacontra a minha abertura inchada e ele empurra dentro, ambos gritandode prazer.

 —  Você está tão apertado, inchada e escorregadia. Porra. Sim.

Eu me abaixo sobre ele, amando como se sente quando ele meestende. Eu coloco minhas mãos sobre as paredes do chuveiro, então

eu não tenho a apertá-lo, e eu afundo completamente para baixo. OhDeus... sim. Tão bom pra caralho. Seu pênis me enche tão bem,

esticando meu interior da maneira mais surpreendente.

 —  Maddox, —  eu choramingo. —  Porra...

 —  Jesus... me foda baby. Me foda com força.

Eu rebolo meus quadris, usando meus pés para deslizar minhabuceta para cima e para baixo em seu comprimento grosso, duro. Paracima e para baixo eu trepo com ele, minha passagem lisa levando-o

totalmente. Sua respiração se torna irregular e ele começa a ofegar duro

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~ 248 ~ 

e rápido. Seus punhos estão cerrados, descansando sobre minhas

coxas, e sua mandíbula está apertada.

 —  Goze, —  ele exige. —  Goze...

Eu fecho meus olhos, me perco no momento. Eu perdi a ducha aolongo do caminho, mas eu posso ouvir o assobio suave da água. Minhasmãos estão contra a parede de azulejos e eu deslizo para cima e parabaixo tão delicadamente quanto eu posso até que me sinto apertando

com força, pendurada na borda.

O dedo de Maddox encontra o meu clitóris, e eu gozo.

Deus, eu gozo.

Maddox, oh Deus, oh sim, —  eu grito.

 —  Porra, sim, —  ele geme.

Eu continuo pulando, ordenhando meu próprio orgasmo, quandoele encontra o dele pela segunda vez. Ele ruge e seu pau pulsa, jorrandodentro de mim. Quando eu desço, meu corpo parece incrível. Eugentilmente escorrego e me ajoelho chão. Eu deixo cair a minha cabeça

sobre a coxa dele e firmo minha respiração.

 —  Melhor chuveiro de sempre —  ele diz.

Eu ri baixinho.

Então eu pego o chuveiro e o limpo.

* * * * * *

 —  Jesus, o que diabos vocês dois estavam fazendo lá dentro?Eu ouço a voz de Krypt no minuto em que saímos do banheiro.

Minhas bochechas ficam rosa quando eu vejo que ele não está sozinho.Ele tem Pippa, Ash, Indi e Mack com ele. Eles estão segurandoalimentos, roupas e revistas. Oh cara. O braço de Maddox está em tornode meu ombro, mas eu sinto seu corpo tremer de tanto rir.

 —  Não ria, princesa, —  eu rosno para ele.

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~ 249 ~ 

Ele se inclina para baixo e morde minha orelha. Eu grito e deixoMack ajudá-lo de cima de mim. Quando ele está de volta na cama, eu

dou a ele um olhar desagradável. Ele apenas sorri para mim.

Idiota.

 —  Ah, —  Ash começa. —  Eu acho que ele não está completamente

quebrado.

 —  Cale a boca! —  eu digo a ela.

Ela está mordendo o lábio, tentando não rir. Pobre Pippa, parece

que ela está prestes a desmaiar - suas bochechas são tão vermelhas.

 —  Desculpe, Pippi, —  eu digo.

Ela balança a cabeça. —  Oh, não, está tudo bem.

Deus.

 —  Como você está, menina? —  Maddox pergunta a ela.

Ela ainda não sabe como levar Maddox, mas ela está chegando lá.

 —  Ah, eu estou bem. Obrigada.

Ele sorri para ela e então se vira para mim.  —  Vá comer alguma

coisa, eu tenho que conversar com Mack e Krypt.

Eu cruzo meus braços. Ele pisca para mim.

 —   Tudo bem, mas se houver uma discussão sobre aquilo no

chuveiro... você está morto.

Ele ri.

Eu não posso me conter, eu sorrio.

Então Ash, Pippa, Indi e eu saímos.

* * * * * *

 —  Oh. Meu. Deus. —  eu suspiro.

Maddox está sentado na cama, olhando para mim. Krypt está ao

lado dele, cortador na mão e Mack está sorrindo, claramente orgulhosode si mesmo.

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~ 250 ~ 

 —  Eu disse que não iria deixar você escovar.

Eu fico olhando para ele, chocada. Maddox já não tem cabelocomprido... ao invés disso ele está com o cabelo baixo e... puta merda...... ele está muito gostoso. Seu cabelo uma vez longo e espesso está

agora curto e bagunçado. O tipo sexy de bagunçado. Não só isso, eleraspou a barba também. Sua mandíbula parece mais cinzelada, com os

olhos mais azuis e os lábios mais cheios.

 —  Todo mundo sai, —  eu respiro.

Krypt vira para Maddox, então para mim.  —   Eu acho que você

está prestes a ser estuprado.

Os olhos de Maddox incendeiam e ele rosna, —  saiam.

 —  Tipo agora, —  eu exijo.

Ash ri.  —   Eu acho que é melhor você ouvir, ela parece estarprestes a rasgar as roupas dele. Você está quente, a propósito, —  ela diz

para Maddox.

Krypt olha pra ela.

 —  Oh pare com isso. Ninguém é tão quente como você. Venha.

Ele balança a cabeça e ele e Mack passam por mim. Mack seinclina quando ele vai passando e sussurra  —  Vá com calma com ele,

tigre.

Em seguida, todos eles se foram.

Eu não hesito, eu ando para a frente, subo em cima da cama. Eume inclino até Maddox e eu o beijo. Eu o beijo tão duro e tãoprofundamente que sua respiração rapidamente se transforma empequenas rajadas irregulares e selvagens saindo sua garganta. Ele me

beija de volta, tão duro e tão doce. Mmmmmm. Eu puxo de volta depoisde alguns minutos e sussurro, —  Você está tão quente.

Ele ri e enrola a mão ao redor da parte de trás do meu pescoço. —  Se você olhar para mim assim pelo resto da minha vida, eu vou morrer

um homem feliz para caramba.

 —  Se você olhar como assim pelo resto de sua vida, não haverá

nenhum problema comigo fazendo isso.

Ele ri e me puxa para seu lado.

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 —   Foi o melhor dia da merda da minha vida quando eu te

encontrei, Santana.

Meu coração fraqueja e eu aconchego mais perto.  —   Para mim,

também.

 —  Eu vou me casar com você quando esta merda acabar, então

eu vou colocar um bebê dentro de você...

 —  Tão romântico, —  eu rio.

Ele corre um dedo pelo meu braço.  —  Eu vou estar te comendo

bem devagar quando eu colocar um bebê em você, isso é romântico.

 —  Eu coro. —  Devagar?

 —  Realmente lento.

 —  Mmmmm.

 —  Tana?

 —  Sim?

Ele me puxa para mais perto. —  Melhor dia da minha vida... vocême ouviu?

 —  Sim, bonito.

 —  Quer saber o que mais você precisa ouvir?

Concordo com a cabeça em seu peito.

 —  Eu te amo.

Merda. Lá vai meu coração.

 —  Jesus, —  eu sussurro. —  Eu também te amo.

 —  Então nada mais importa.

Ele está certo sobre isso. Nada mais importa.

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Capítulo trinta e sete

SANTANA 2014

DUAS SEMANAS DEPOIS

 —  Você tem que dizer a ele, —  diz Ash, andando pelo quarto.

 —  Ele vai pirar,  —  eu entro em pânico, me balançando na cama. —   Acabamos de passar alguns dias enterrando pessoas que ele ama,

não é o momento certo.

 —   Ele vai entender,  —   diz Pippa, esfregando minhas costas.  —  

Isso vai ajudá-lo... confie em mim.

 —   Não,  —   eu coaxo.  —   Ele não vai. Ele disse depois dessa

merda... não antes.

 —  Ele vai entender, —  ela repete.

 —  Sua irmã está certa, —  Ash acalma. —  Vamos lá, você tem que

dizer a ele.

 —  Não é possível... oh Deus...

 —  Ele está no clube, porque não te levamos lá e você pode falar

com ele? —  Ash sugere.

 —  De jeito nenhum!

 —  Santana, —  avisa ela. —  Eu vou acabar com isso de uma forma

que eu não quero ter que fazer isso. Você vai e diga a ele, ou eu vou.

Eu empurro minha cabeça erguida. —  Sério?

Ela cruza os braços. —  Inferno sim.

 —  Te odeio.

 —  Oh você não odeia não.

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Pippa ri por trás de mim.

 —  Não é engraçado, —  eu agarro.

 —  Meio que é.

Eu não posso ajudar, mas suavizo ao som de risos da minhairmã. É um som que eu ainda estou curtindo. Ela está indo tão bem, evê-la feliz faz tudo valer a pena. Ela passa dois dias por semana com osconselheiros, o que realmente parece ajudar. Os outros dias ela passacomigo em casa, ajudando em sua nova vida.

 —   Tudo bem,  —   eu digo, deixando cair a minha cabeça emminhas mãos. —  Mas ele vai pirar.

Ash me ajuda a sair da cama e eu olho para baixo, para os testespositivos de gravidez que se encontram por toda parte.

Cara, estou em apuros.

* * * * * *

 —  Ohhhh Maddox! —  Ash chama assim que entramos no clube.

 —  Pare com isso, —  eu digo, empurrando ela.

Ela se vira e me empurra para trás.  —  Você que tem que pararcom isso.

 —  Cadela.

 —  Idiota.

Eu fico de boca aberta com ela e ela começa a rir.

 —  Você vai pagar por isso, —  eu rosno.

 —  O que você vai fazer?

Eu a empurro novamente. Ela me empurra de volta. Ambastentando não rir. Pippa olha entre nós, sacudindo a cabeça com o seu

próprio fantasma de um sorriso.

 —  Senhoras?

Nós duas nos viramos para ver Maddox, Mack e Krypt em pé nobar.

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Ash me empurra para frente.  —  Santana tem algo a pra te dizer,

Maddox.

Ele se vira para mim, um pedaço de seu novo cabelo curto caindosobre a testa. Ele está tão bom. Ele está bem melhor agora, mas ele não

está totalmente curado. Seus olhos piscam para mim e ele inclina acabeça para o lado, tentando, sem dúvida, adivinhar o que estou

prestes a jogar sobre ele.

 —  Você vai pagar por isso,  —   eu atiro em Ash enquanto eu me

aproximo de Maddox.

Ele ainda está me observando, sua expressão mostrando sua

confusão.

 —  Podemos... ah... conversar?

Ele balança a cabeça, pegando a minha mão e girando, melevando pelo corredor até seu escritório. Quando entramos, ele fecha aporta e me puxa para o sofá, onde eu me sento. Eu não olho para ele,ao invés disso eu puxo minha mão da dele e as coloco no meu colo.

 —  Santana...

Eu engulo. Deus. Ele vai pirar.

 —  Ah, então, ah...

 —  Santana, —  ele adverte. —  Fala.

 —  É só que... bem...

Ele pega meu queixo, me obrigando a olhar para ele. Seus olhosme estuda, meu rosto e ele se inclina, roçando seus lábios nos meus.Eu me afundo um pouco. Pode ser o último beijo que eu consiga por

alguns dias, quando ele descobrir o quão estúpida eu fui.

 —  Vamos lá, querida, —  ele murmura contra a minha boca. —  Mediga.

Me afasto, respirando fundo.  —  Bem, a coisa é... eu um... bem...

quando estávamos longe eu não tomei minha pílula.

Seu corpo se encolhe e seus olhos se arregalam. Ah, não. Aquivamos nós.

 —  E..., —  ele diz, com a voz baixa.

 —  Bem. Ah. Merda.

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~ 255 ~ 

 —  Santana, —  ele rosna.

 —  Estou grávida, Maddox.

Silêncio. Silêncio de morte.

Eu olho para cima, apavorada. Ele está olhando para mim, comos olhos fixos no meu rosto. Não há nada em sua expressão. Eu não

posso dizer se ele está com raiva ou feliz ou triste...

 —  Você está... grávida?

 —  Sim, —  eu chio. —  Eu descobri ontem e... -

Ele me interrompe com um grito tão alto que eu pulo para tráscom um guincho. Então ele se levanta, coloca seu ombro em minha

barriga e me levanta no ar. Ele tem uma clavícula quebrada e um braçoquebrado, mas ele usa o seu ombro e braço bom para me jogar em cima

dele. Isso não é bom. Ele vai fazer seus ferimentos piorarem.

 —  Maddox! —  eu choro.

Ele literalmente me carrega para fora do escritório para corredor.Eu bato em suas costas, sabendo que ele não deve estar me carregandoassim, mas ele não se importa. Ele chega ao bar e ruge,  —  Eu vou ser

pai porra!

Os homens irrompem em aplausos e vaias, e eu não posso deixarde rir. Maddox me coloca para baixo, me puxando em seus braços eplantando beijos no meu rosto. Ash está gritando e pulando para cima epara baixo, batendo as palmas. Pippa está rindo, sua brilhante face.Feliz.

Quando eu estou finalmente de volta em meus pés, Maddox cai de joelhos na minha frente, circulando minha cintura e puxando minhabarriga para ele.  —  Nós vamos ter a porra de um bebê!  —  ele respira,

pressionando os lábios à camisa cobrindo meu estômago. Lágrimas vêmnos meus olhos quando eu olho para o homem grande se ajoelhando

diante de mim.

 —  Nós vamos ter um bebê, —  eu sussurro.

 —  Eu te amo porra, Santana.

Ele me puxa para perto e deixa sua testa na minha barriga. Seusinal de amor. Seu sinal de afeto. Eu sorrio através das minhas

lágrimas e coloco meus braços em volta de sua cabeça. Dois anos atrás,eu estava sozinha, pensando que minha irmã estava morta e que eu

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~ 256 ~ 

nunca iria encontrar o meu feliz para sempre. Agora eu tenho homemque eu amo me embalando com a nossa criança crescendo lentamente

dentro da minha barriga.

Eu vou ter uma família, a minha própria. Eu perdi tudo, mas

devagar... bem devagar...

Eu estou começando tudo de novo.

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~ 257 ~ 

 Epílogo

SANTANA 2014

Uma batida soa na porta de Mack e eu coloco os biscoitos que euestava assando para baixo e limpo as mãos no meu avental. É oaniversário dele e Pippa, Ash e eu passamos a manhã cozinhando para

quando ele chegasse em casa. Eu tento remover o máximo de farinha deminhas mãos enquanto eu faço o meu caminho para a porta. Eu abro evejo uma mulher de pé no degrau da frente com um bebê em seusbraços.

 —  Posso ajudá-la? —  pergunto.

 —  Ah..., —  ela olha para mim, confusa. —  Eu estou procurando ..Miakoda...

 —  Mack? —  eu digo, querendo saber quem ela é. —  Sim.

 —  Ele não está aqui agora, você queria que eu ligasse para ele?

Ela olha para baixo, para o pacote em seus braços, e depois olha

de volta para mim. —  Por Favor.

Concordo com a cabeça e puxo o meu telefone, discando o

número de Mack.

 —  Qual é seu nome? —  pergunto.

 —  Tracy.

Dou a ela um sorriso caloroso, querendo saber quem ela é. Eununca ouvi falar de Mack de uma Tracy antes.

 —  Sim.

 —  Mack, é Santana. Há uma senhora aqui para te ver... ela diz

que seu nome é Tracy.

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~ 258 ~ 

Silêncio.

 —  O Quê?

 —  Uma mulher... à sua porta. O nome dela é Tracy.

Mais silêncio.

 —  Porra.

 —  Ah...

 —  Estou chegando.

Em seguida, ele desliga. Interessante. Eu olho para trás para amulher e sorrio novamente. Ela parece terrível. Ela tem o cabelo longo,

preto que é maçante e os mais escuros olhos azuis que eu já vi. Suapele é pálida e ela é magra... realmente magra.

 —  Ele está a caminho. Posso te arranjar uma bebida?

 —  Não, eu vou esperar aqui.

Concordo com a cabeça, mas não saio do seu lado. Eu jogoconversa fora até que o estrondo de uma Harley Davidson enche a ruatranquila. Ela se vira e nós duas assistimos quando Mack estaciona. Ele joga a perna por cima da moto e caminha até o caminho da frente, mas

para quando ele a vê com o bebê em seus braços.

Oh cara.

 —   Tracy?  —   diz ele, com os olhos ainda no pacote em seus

braços.

 —  Miakoda... Sinto muito ter que fazer isso, mas... Eu não tive

escolha.

 —  O que você está fazendo aqui?Eu deveria me afastar, mas eu não posso.

 —  Isto é o que ela queria... Eu tinha que seguir os desejos dela...

Ela? Ela? Quem é ela?

O rosto de Mack empalidece.

 —  Tracy... —  diz ele. —  Por que você está aqui?

 —  Ingrid morreu... houve um acidente e...

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~ 259 ~ 

Mack se parece com alguém que acabou de lhe dar um soco nacara. Todo o seu corpo se encolhe e ele dá um passo atrás. Isso não ébom. Eu não sei quem é Ingrid, mas é claro que ela queria dizer algopara ele.

 —  O quê? —  ele grosa.

 —  Acidente de carro. Ela morreu e...

Ele balança a cabeça.  —   Não  —   ele grosa.  —  Eu a vi... apenasdoze meses atrás.

 —  Eu sinto muito, Mack.

 —   Ela me deixou porra  —   ele ruge.  —   Ela me deixou há dozemeses, e eu não poderia encontrá-la... agora você está aqui me dizendoque ela está morta?

Ah, não. Isso não é bom.

 —  Ela saiu porque... ela te deixou porque...,  —   ela olha para acriança e isso ela se encaixe. Ah, não. Uh oh . —  Ela estava grávida.

Mack realmente leva alguns passos para trás, com a mãopressionando ao seu coração. —  Você está mentindo...

 Tracy balança a cabeça.  —  Ela estava com medo. Ela não achavaque você iria ficar por aqui... as coisas estavam se quebrando entrevocês dois. Ela ia te dizer, depois que ele nasceu, ela começou procurar

por você, mas... houve o acidente e...

 —  Não! —  Mack fole.

Eu passo por Tracy, cuidadosamente me aproximando Mack.

 —  Não chegue perto de mim! —  ele ruge.

Ah Merda.

 —  Ela fez um testamento... ela deixou claro que ela queria queacontecesse a Diesel se algo a levasse...

Diesel. Isso é o nome do meio de Maddox.

 —  Como é o nome dele? —  Mack respira, ofegante.

 —   Ela deu o nome dele de Diesel por causa do seu irmão. Ela

sabia o quanto você amava Maddox e...

 —  Não! —  Mack ruge novamente.

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~ 260 ~ 

Ela vira o bebê, mostrando o rostinho dele. Deus, ele não poderiaser mais do que alguns meses de idade, coitadinho. Não há como issopassar despercebido, porém, mesmo com essa idade. Ele tem um tufode cabelo escuro, os olhos mais marrons que eu já vi, e sua pele é um

lindo verde-oliva claro. Isso é um mini Mack... sem dúvida. Deus, ele élindo.

Me dirijo lentamente para Mack e ele está olhando para o bebê,

tão ofegante que seu corpo está tremendo.

 —  Esse não é meu filho...

 —  É... e você precisa levá-lo, Miakoda. Você é tudo o que ele temsobrando. Você sabe que era apenas Ingrid e eu... não temos ninguém

que possa levá-lo.

 —  Você pega ele, —  diz Mack, sua voz frenética.

 —   Você sabe que eu não posso... Eu tenho quatro filhos e euestou lutando. Eu não posso dar a ele a vida que ele precisa. Ela queriaque você ficasse com ele, por favor, não me faça enviar seu filho para

adoção.

 —  Não, —  diz Mack, com as mãos na cabeça.

Ele volta em direção a sua moto. —  Não.

 —  Mack, —  eu digo.

 —  NÃO!

Ele se vira e caminha em direção a sua moto, dando partida. Elaruge para a vida e ele desaparece. Merda. Me viro para Tracy, que temlágrimas escorrendo pelo seu rosto. Droga. Eu me aproximo, colocando

uma mão em seu ombro. Ash e Pippa estão na porta, observando acoisa toda em silêncio.

 —  Está tudo bem,  —   eu a acalmo.  —  Eu prometo que vai ficar

tudo bem.

 —  Eu não posso levá-lo comigo, —  ela soluça. —  Ele precisa estar

com o pai.

 —  Ele vai estar, eu prometo. Mack virá, ele virá.

Ela se vira para mim, olhos azuis escuros digitalizando meu rosto. —  Você é a namorada dele?

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~ 261 ~ 

 —  Não  —  eu digo rapidamente.  —  Eu sou Santana... Estou com

Maddox.

Ela balança a cabeça. —  Já ouvi falar de você...

 —  Vai ficar tudo bem —  eu a asseguro, mesmo que eu não tenhocerteza se vai.

 —  Eu tenho que ir e...  —   ela olha fixamente para Diesel.  —  Eu

não posso levá-lo.

 —  Eu posso fica com ele —  eu ofereço.

 —  Se Miakoda não aceitá-lo... Eu não posso deixá-lo se ele não

vai aceitar o bebê, e...

 —  Que escolha você tem? —  eu digo suavemente. —  Se você pegarele, você vai ter que levá-lo direto para um centro de adoção. Deixe eleaqui, nós temos a chance de trazer Mack de volta. Eu prometo a você, Tracy, aqui e agora... Eu não vou deixar nada acontecer com ele.

Ela me estuda, realmente me estuda. —  Você vai cuidar dele?

 —   Ele é meu sobrinho, em certo sentido, por isso, sim. Euprometo a você que nenhum dano virá a ele. Se Mack se recusa aaceitá-lo, eu vou ter certeza que ele vai para uma casa muito amorosa,

mas não antes de eu fazer tudo ao meu alcance para mantê-lo com agente.

 —  Santana —  diz Ash por trás de mim.

Me viro e olho para ela. —  Ele é da família, Ash. Nós vamos ficar

com ele.

Enfrentando Tracy novamente, eu digo. —  Eu prometo.

 Tracy está chorando muito agora, Deus pobre mulher. Eu nãoposso aguentar, eu a puxo para um abraço. —  Eu sinto muito pela suaperda.

 —  Ela era tudo que eu tinha  —  ela soluça. —  A única família que

eu tive... agora ela se foi, e...

 —  Vai ficar tudo bem.

 —  Este bebê era a vida dela, eu não posso suportar vê-lo sendo

deixado sem uma família também.

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~ 262 ~ 

 —   Ele não vai ficar sem, eu vou fazer tudo que posso para ter

certeza disso.

E eu vou. Não há nenhuma maneira se eu deixar Mack correrdisso, e se ele fizer, então eu vou encontrar alguém que vai dar a este

pequeno bebê o amor que ele merece. Nós somos uma família agora,todos nós, todo o clube... este pequeno homem é uma parte disso.

 Tracy, soluçando, abaixa o rosto e beija o bebê. Meu coração se

parte.

 —  Posso... você pode por favor me deixar saber o que aconteceu?

 —   Claro,  —   eu sussurro, minhas emoções tendo o melhor de

mim.

 —  E... talvez eu possa visitar... trazer meus filhos para vê-lo.

 —  Claro.

Ela balança a cabeça, lágrimas ainda escorrendo pelo rosto. —  Euteria ficado com ele, mas... eu mal posso alimentar os meus filhos... nãoé justo.

 —   Eu entendo,  —   eu digo, minha voz trêmula. Nós vamos nos

certificar que nada ruim aconteça com ele.

Com um soluço de cortar o coração, ela estende os braços com opequeno embrulho para mim. Meu coração aperta e lágrimas derramampelo meu rosto quando eu olho para o bebê que se parece com o paidele. Ele é tão quente, ele cheira tão bem. Meus próprios hormônios porcausa do meu bebê entram em erupção e começo a chorar também. Ash

corre para baixo, levando o bebê dos meus braços.

Eu estendo a mão e abraço Tracy, porque eu não posso imaginarcomo isso é para ela. Ela se agarra a mim por um longo tempo, e então

ela solta.

 —   Aqui está o meu número  —   ela coaxa, tirando um pequenopedaço de papel. —  Por favor... me deixe saber que ele está bem.

 —  Eu prometo.

Ela acena com a cabeça e com um último olhar quebrado para obebê e sai. Meus ombros caem, enquanto eu assisto o carro dela

desaparecer. Me viro para o pequeno embrulho nos braços de Ash.

 —  A merda vai bater no ventilador.

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~ 263 ~ 

Ela olha para o bebê. —  Você está certa sobre isso.

* * * * * *

 —   O que diabos você estava pensando?  —   Maddox rosna,andando pela sala de estar.

Eu tenho Diesel dobrado firmemente em meus braços, sentada nosofá. Nós ainda estamos esperando por Mack a voltar.

 —  É filho dele, Maddox.

 —  E ele está perdendo a sua merda em algum lugar. Não era asua escolha a fazer.

 —  Sério? —  eu choro. —  Você prefere que eu deixasse ela o levarpara adoção? O que diabos está errado com você?

Ele para, suspira, e se vira para mim. —  Porra... não... não é issoque eu quero. Mas Mack não vai ficar bem... ele não pode cuidar de

uma criança.

 —  Eu posso...

 —  Você tem o nosso bebê crescendo dentro de você, você precisaestar lá quando ele ou ela nascer. Você não pode ser mãe deste bebê...

 —   Não, mas eu posso cuidar dele e ajudar Mack até que eledescubra algo. Se o bebê for colocado para adoção, ele precisa estar lá

por ele, Maddox.

 —  Eu sei disso, —  ele murmura, olhando para o teto.

 —  Até então, há meninas suficientes no clube para se certificar deque ele é cuidado.

 —  Porra.

 —  Sim, —  eu concordo.

Ouvimos o som de uma moto até a calçada, e eu olho paraMaddox. Aqui vamos nós. Alguns momentos depois, a porta da frenteabre e Mack entra. Ele olha para Maddox, então seus olhos se voltampara mim e ele endurece.  —   O que porra do inferno você está comesse... esse bebê?

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 —  Ele é seu filho, Mack. Ela não podia ficar com ele.

 —  Não —  ele late. —  Você não poderia fazer essa escolha.

 —  Eu fiz, e eu faria novamente. Vá em frente e grite para mim,

t é filh ã d lh í t A ã d l tá t