BIOSSEGURANÇA OCUPACIONAL Prof. Fernando Ramos Gonçalves-Msc.
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BIOSSEGURANÇBIOSSEGURANÇA A
OCUPACIONALOCUPACIONAL
Prof. Fernando Ramos Gonçalves-Msc
DEFINIÇÃODEFINIÇÃO
““É um É um conjunto de medidasconjunto de medidas voltadas voltadas para prevenção, minimização ou para prevenção, minimização ou eliminação de eliminação de riscosriscos inerentes às inerentes às atividades de pesquisa, produção, atividades de pesquisa, produção,
ensino, desenvolvimento tecnológico e ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços que podem prestação de serviços que podem
comprometer a saúde do homem, dos comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a animais, do meio ambiente ou a
qualidade dos trabalhos desenvolvidos”qualidade dos trabalhos desenvolvidos”
Biossegurança onde?Biossegurança onde?
hospitaishospitais indústriasindústrias veterináriasveterinárias laboratórioslaboratórios hemocentroshemocentros universidadesuniversidades
engenharia de engenharia de segurançasegurança
medicina do medicina do trabalhotrabalho
saúde do saúde do trabalhadortrabalhador
higiene industrialhigiene industrial infecção hospitalarinfecção hospitalar CIPACIPA
LEGISLAÇÃOLEGISLAÇÃO
RDC 153RDC 153““Os serviços de hemoterapia devem manter Os serviços de hemoterapia devem manter procedimentos escritos a respeito das normas procedimentos escritos a respeito das normas de biossegurança a serem seguidas por todos de biossegurança a serem seguidas por todos os funcionários. O serviço deve disponibilizar os funcionários. O serviço deve disponibilizar
os equipamentos de proteção individual e os equipamentos de proteção individual e coletiva necessários para a segurança dos coletiva necessários para a segurança dos
seus funcionários.seus funcionários.
Deve haver treinamento periódico de toda a Deve haver treinamento periódico de toda a equipe acerca dos procedimentos de equipe acerca dos procedimentos de
biossegurança”biossegurança”
BIOSSEGURANÇABIOSSEGURANÇA
NR - NORMAS REGULAMENTADORASNR - NORMAS REGULAMENTADORAS NR-1: Disposições GeraisNR-1: Disposições Gerais NR-2: Inspeção PréviaNR-2: Inspeção Prévia NR-3: Embargo e InterdiçãoNR-3: Embargo e Interdição NR-4: SESMTNR-4: SESMT NR-5: CIPANR-5: CIPA NR-6: EPINR-6: EPI NR-7: Exames MédicosNR-7: Exames Médicos NR-8: EdificaçõesNR-8: Edificações NR-9: Riscos AmbientaisNR-9: Riscos Ambientais NR-10: Instalações e Serviços de EletricidadeNR-10: Instalações e Serviços de Eletricidade
BIOSSEGURANÇABIOSSEGURANÇA NR-11: Transporte, Movimentação, Armazenagem e NR-11: Transporte, Movimentação, Armazenagem e
Manuseio de MateriaisManuseio de Materiais NR-12: Máquinas e EquipamentosNR-12: Máquinas e Equipamentos NR-13: Vasos Sob PressãoNR-13: Vasos Sob Pressão NR-14: FornosNR-14: Fornos NR-15: Atividades e Operações InsalubresNR-15: Atividades e Operações Insalubres NR-16: Atividades e Operações PerigosasNR-16: Atividades e Operações Perigosas NR-17: ErgonomiaNR-17: Ergonomia NR-18: Obras de Construção, Demolição e ReparosNR-18: Obras de Construção, Demolição e Reparos NR-19: ExplosivosNR-19: Explosivos NR-20: Combustíveis Líquidos e InflamáveisNR-20: Combustíveis Líquidos e Inflamáveis NR-21: Trabalhos a Céu AbertoNR-21: Trabalhos a Céu Aberto NR-22: Trabalhos SubterrâneosNR-22: Trabalhos Subterrâneos
BIOSSEGURANÇABIOSSEGURANÇA NR-23: Proteção Contra IncêndiosNR-23: Proteção Contra Incêndios NR-24: Condições Sanitárias dos Locais de TrabalhoNR-24: Condições Sanitárias dos Locais de Trabalho NR-25: Resíduos IndustriaisNR-25: Resíduos Industriais NR-26: Sinalização de SegurançaNR-26: Sinalização de Segurança NR-27: Registro de ProfissionaisNR-27: Registro de Profissionais NR-28: Fiscalização e PenalidadesNR-28: Fiscalização e Penalidades NR-29: Segurança e Saúde no Trabalho PortuárioNR-29: Segurança e Saúde no Trabalho Portuário NR-30: Segurança e Saúde no Trabalho AquaviárioNR-30: Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário NR-31: Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços NR-31: Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços
ConfinadosConfinados NR-32: Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de NR-32: Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de
SaúdeSaúde
PORTARIA 485PORTARIA 485
Voltando...Voltando...
““Biossegurança é um Biossegurança é um conjunto de conjunto de medidasmedidas voltadas para a prevenção voltadas para a prevenção
de de riscosriscos...”...”
O QUE É RISCO?O QUE É RISCO?
BIOSSEGURANÇABIOSSEGURANÇA
RISCORISCO: perigo mediado pelo : perigo mediado pelo conhecimentoconhecimento!!
PERIGOPERIGO: é o : é o desconhecidodesconhecido!!
ACIDENTESACIDENTES!!
BIOSSEGURANÇABIOSSEGURANÇA
ACIDENTEACIDENTEACIDENTES NOTIFICADOS SEGUNDO CATEGORIA ACIDENTES NOTIFICADOS SEGUNDO CATEGORIA
PROFISSIONAL - RJPROFISSIONAL - RJ 35%-enfermagem de nível médio35%-enfermagem de nível médio18%-médicos18%-médicos15%-estagiários15%-estagiários13%-equipe de limpeza13%-equipe de limpeza 6%-enfermeiros6%-enfermeiros 5%-laboratoristas5%-laboratoristas 2%-odontólogos Fonte: Relatório da SMS da pref. 2%-odontólogos Fonte: Relatório da SMS da pref.
do Rj do Rj 1997-2001 1997-2001
BIOSSEGURANÇABIOSSEGURANÇA
DE ONDE VÊM A FALTA DE DE ONDE VÊM A FALTA DE CONHECIMENTOCONHECIMENTO??
instrução inadequada;instrução inadequada; supervisão ineficiente;supervisão ineficiente; práticas inadequadas;práticas inadequadas; mau uso de EPI;mau uso de EPI; trabalho falho;trabalho falho; não observação de normas.não observação de normas.
O QUE É RISCO?O QUE É RISCO?
Entende-se por agente de risco qualquer Entende-se por agente de risco qualquer componente de natureza FÍSICA, componente de natureza FÍSICA,
QUÍMICA ou BIOLÓGICA que possa QUÍMICA ou BIOLÓGICA que possa “comprometer a saúde do homem, dos “comprometer a saúde do homem, dos
animais, do meio ambiente ou a animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos”qualidade dos trabalhos desenvolvidos”
Para que tenhamosPara que tenhamos AÇÃO AÇÃO em em Biossegurança, é imprescindível realizar Biossegurança, é imprescindível realizar
umauma
AVALIAÇÃO DE RISCOSAVALIAÇÃO DE RISCOS!!
TIPOS DE RISCOSTIPOS DE RISCOS
GRUPO 1: RISCOS FÍSICOSGRUPO 1: RISCOS FÍSICOS GRUPO 2: RISCOS QUÍMICOSGRUPO 2: RISCOS QUÍMICOS GRUPO 3: GRUPO 3: RISCOS BIOLÓGICOSRISCOS BIOLÓGICOS GRUPO 4: RISCOS ERGONÔMICOSGRUPO 4: RISCOS ERGONÔMICOS GRUPO 5: RISCOS DE ACIDENTESGRUPO 5: RISCOS DE ACIDENTES
RISCO DE ACIDENTERISCO DE ACIDENTE
ALGUNS EXEMPLOS DE ACIDENTES DE TRABALHO EM
POTENCIAL
RISCO BIOLÓGICORISCO BIOLÓGICO
RISCO BIOLÓGICORISCO BIOLÓGICOConsideram-se agentes de Consideram-se agentes de risco biológicorisco biológico
todo microorganismo (bactérias, fungos, todo microorganismo (bactérias, fungos, vírus, parasitos, etc...) que ao invadirem vírus, parasitos, etc...) que ao invadirem o organismo humano causam algum tipo o organismo humano causam algum tipo
de patologia (tuberculose, AIDS, de patologia (tuberculose, AIDS, hepatites, tétano, micoses, etc...).hepatites, tétano, micoses, etc...).
Agentes BiológicosAgentes Biológicos: vírus, bactérias, : vírus, bactérias, fungos, protozoários, parasitas, etc.fungos, protozoários, parasitas, etc.
Vias de contaminaçãoVias de contaminação: cutânea, digestiva, : cutânea, digestiva, respiratória.respiratória.
RISCO BIOLÓGICORISCO BIOLÓGICOOs agentes de risco biológico podem ser Os agentes de risco biológico podem ser
distribuídos em 4 classes por distribuídos em 4 classes por ordem ordem crescente decrescente de riscorisco, segundo os seguintes , segundo os seguintes
critérios:critérios: patogenicidade;patogenicidade; virulência;virulência; transmissibilidade;transmissibilidade; medidas profiláticas;medidas profiláticas; tratamento eficaz;tratamento eficaz; endemicidade.endemicidade.
RISCO BIOLÓGICORISCO BIOLÓGICO
RISCO 1RISCO 1: escasso risco individual e comunitário: escasso risco individual e comunitário
Ex: bacillus subtilisEx: bacillus subtilis RISCO 2RISCO 2: risco individual moderado, : risco individual moderado,
comunitário limitadocomunitário limitado
Ex: HbC, HIVEx: HbC, HIV RISCO 3RISCO 3: risco individual elevado, comunitário : risco individual elevado, comunitário
baixobaixo
Ex: Mycrobacterium tuberculosisEx: Mycrobacterium tuberculosis RISCO 4RISCO 4: elevado risco individual e comunitário: elevado risco individual e comunitário
Ex: vírus EbolaEx: vírus Ebola
RISCO BIOLÓGICORISCO BIOLÓGICO
CLASSESCLASSES RISCO 1RISCO 1
RISCO 2RISCO 2
RISCO 3RISCO 3
RISCO 4RISCO 4
NÍVEIS DE NÍVEIS DE BIOSSEGURANÇABIOSSEGURANÇA
NÍVEL 1: NB 1NÍVEL 1: NB 1
NÍVEL 2: NB 2NÍVEL 2: NB 2
NÍVEL 3: NB 3NÍVEL 3: NB 3
NÍVEL 4: NB 4NÍVEL 4: NB 4
*requisitos de segurança*requisitos de segurança
RISCO BIOLÓGICORISCO BIOLÓGICO
BARREIRAS DE CONTENÇÃOBARREIRAS DE CONTENÇÃO Barreiras PrimáriasBarreiras Primárias: equipamentos : equipamentos
de segurançade segurança
Ex: , EPIs, EPCsEx: , EPIs, EPCs Barreiras SecundáriasBarreiras Secundárias: desenho e : desenho e
organizaçãoorganização
RISCO BIOLÓGICORISCO BIOLÓGICO
EXEMPLOEXEMPLO
Bacillus subtilisBacillus subtilis Agente que não é conhecido por Agente que não é conhecido por
causar doença em adultos sadios.causar doença em adultos sadios.
Barreiras PrimáriasBarreiras Primárias: não são : não são necessáriosnecessários
Barreiras SecundáriasBarreiras Secundárias: bancadas : bancadas abertas com pias próximasabertas com pias próximas
RISCO BIOLÓGICORISCO BIOLÓGICOHbC-HcB-HIVHbC-HcB-HIV
Associados com doenças humanas.Associados com doenças humanas. Risco: lesão percutânea, ingestão, Risco: lesão percutânea, ingestão,
esposição da membrana mucosa.esposição da membrana mucosa.
Barreiras PrimáriasBarreiras Primárias: EPIs, acesso : EPIs, acesso limitado, avisos de risco biológico, limitado, avisos de risco biológico, precauções com pérfurocortantes, etc.precauções com pérfurocortantes, etc.
Barreiras SecundáriasBarreiras Secundárias: autoclave: autoclave
Voltando...Voltando...
““Biossegurança pode ser definida Biossegurança pode ser definida como o como o CONJUNTO DE MEDIDASCONJUNTO DE MEDIDAS
voltadas para a prevenção, voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação de minimização ou eliminação de
riscos...”riscos...”
QUE CONJUNTO DE QUE CONJUNTO DE MEDIDAS?MEDIDAS?
CONJUNTO DE MEDIDASCONJUNTO DE MEDIDAS
1. 1. MEDIDAS ADMINISTRATIVASMEDIDAS ADMINISTRATIVAS
-POP’s-POP’s
2. 2. MEDIDAS TÉCNICASMEDIDAS TÉCNICAS
-programa de prevenção de acidentes-programa de prevenção de acidentes
3. 3. MEDIDAS EDUCACIONAISMEDIDAS EDUCACIONAIS
-treinamentos-treinamentos
4. 4. MEDIDAS MÉDICASMEDIDAS MÉDICAS
-programa de medicina ocupacional-programa de medicina ocupacional
Resumindo...Resumindo...
PARA TRABALHAR BIOSSEGURANÇA PARA TRABALHAR BIOSSEGURANÇA PRECISAMOS:PRECISAMOS:
1. REALIZAR AVALIAÇÃO DE RISCOS;1. REALIZAR AVALIAÇÃO DE RISCOS;
2. SE RISCO BIOLÓGICO, CLASSIFICAR;2. SE RISCO BIOLÓGICO, CLASSIFICAR;
3. USAR NÍVEIS DE CONTENÇÃO;3. USAR NÍVEIS DE CONTENÇÃO;
4. USAR CONJUNTO DE MEDIDAS.4. USAR CONJUNTO DE MEDIDAS.
PPRAPPRA
RISCO BIOLÓGICORISCO BIOLÓGICO
RISCO BIOLÓGICORISCO BIOLÓGICODe onde ele vem?De onde ele vem?
PROCEDIMENTOS
RISCO BIOLÓGICORISCO BIOLÓGICODe onde ele vem?De onde ele vem?
RISCO BIOLÓGICORISCO BIOLÓGICO
POR QUE A POR QUE A EXPOSIÇÃO A EXPOSIÇÃO A
MATERIAL MATERIAL BIOLÓGICO BIOLÓGICO
PREOCUPA TANTO?PREOCUPA TANTO?
RISCO BIOLÓGICORISCO BIOLÓGICOrisco de quê?risco de quê?
Bactérias
Vírus
Fungos
Ectoparasitas
Protozoários
RISCO BIOLÓGICORISCO BIOLÓGICOrisco de quê?risco de quê?
Hepatite A
Hepatite B
Hepatite C
Tuberculose
Vírus herpes
Staphylococcus sp.
Escabiose
Meningites
Influenzae
RISCO BIOLÓGICORISCO BIOLÓGICO
EUAEUA 600.000 a 800.000 picadas de agulhas/ano600.000 a 800.000 picadas de agulhas/anoESTIMATIVA:ESTIMATIVA: 1.000 profissionais contraem doenças 1.000 profissionais contraem doenças
sérias/ano devido a acidentes com agulhas sérias/ano devido a acidentes com agulhas contaminadas;contaminadas;
2% do total de acidentes ocorrem com 2% do total de acidentes ocorrem com agulhas contaminadas com o HIV (194 agulhas contaminadas com o HIV (194 casos documentados pelo CDC até junho casos documentados pelo CDC até junho de 2000, de infecção ocupacional pelo de 2000, de infecção ocupacional pelo HIV).HIV).
RISCO BIOLÓGICORISCO BIOLÓGICO
EXPOSIÇÃO A EXPOSIÇÃO A MATERIAL MATERIAL
BIOLÓGICO É BIOLÓGICO É UMA URGÊNCIA UMA URGÊNCIA
MÉDICA!MÉDICA!
RISCO BIOLÓGICORISCO BIOLÓGICO
COMO POSSO PREVENIR COMO POSSO PREVENIR ACIDENTES OU PELO ACIDENTES OU PELO MENOS REDUZIR O MENOS REDUZIR O
RISCO DE TRANSMISSÃO RISCO DE TRANSMISSÃO DE DOENÇAS CASO DE DOENÇAS CASO ELES OCORRAM?ELES OCORRAM?
PrevençãoPrevenção
Vacinação para Hepatite B;Vacinação para Hepatite B; Treinamento e educação continuada;Treinamento e educação continuada; Precauções universais: luvas, Precauções universais: luvas,
aventais, máscaras, protetores aventais, máscaras, protetores oculares, gorros; lavar as mãos; oculares, gorros; lavar as mãos; NÃONÃO reencapar agulhas; reencapar agulhas;
Boas práticas laboratoriais.Boas práticas laboratoriais.
BOM SENSO!BOM SENSO!
RISCO BIOLÓGICORISCO BIOLÓGICO
APÓS UM CONTATO APÓS UM CONTATO COM MATERIAL COM MATERIAL
CONTAMINADO, QUAIS CONTAMINADO, QUAIS SÃO MEUS RISCOS DE SÃO MEUS RISCOS DE
ADQUIRIR UMA ADQUIRIR UMA DOENÇA INFECCIOSA?DOENÇA INFECCIOSA?
RiscosRiscos
Vários fatores determinam o risco de Vários fatores determinam o risco de transmissão:transmissão:
agente etiológico (patógeno envolvido);agente etiológico (patógeno envolvido); tipo e tempo de exposição;tipo e tempo de exposição; quantidade de sangue no material quantidade de sangue no material
contaminado;contaminado; quantidade de vírus presente no mesmo quantidade de vírus presente no mesmo
sangue;sangue; ferimentos mais profundosferimentos mais profundos
VírusVírus
Vírus Emergentes - EbolaVírus Emergentes - Ebola
Os virólogos acreditam que o vírus se originou no Os virólogos acreditam que o vírus se originou no interior da caverna Kitum, que fica nas encostas do interior da caverna Kitum, que fica nas encostas do monte Elgon, às margens do Lago Vitória, no Quênia, monte Elgon, às margens do Lago Vitória, no Quênia, país da África Central. A primeira manifestação da país da África Central. A primeira manifestação da doença foi em 1967. doença foi em 1967.
Uma espécie de "antepassado" do Ébola, o Marburgo, Uma espécie de "antepassado" do Ébola, o Marburgo, manifestou-se pela primeira vez na Alemanha, na manifestou-se pela primeira vez na Alemanha, na cidade que lhe deu este nome. Quatro macacos cidade que lhe deu este nome. Quatro macacos vindos de Uganda levaram o vírus aos laboratórios da vindos de Uganda levaram o vírus aos laboratórios da empresa Behring Works, que usava células de rins empresa Behring Works, que usava células de rins destes primatas para fazer vacina. O encarregado da destes primatas para fazer vacina. O encarregado da limpeza e alimentação dos animais foi o primeiro a limpeza e alimentação dos animais foi o primeiro a falecer, após 14 dias de contacto. A seguir, 31 falecer, após 14 dias de contacto. A seguir, 31 pessoas foram infectadas e sete morreram.pessoas foram infectadas e sete morreram.
Vírus Emergentes - EbolaVírus Emergentes - Ebola Depois disso, a cidade de Nzara, no Sudão teve centenas Depois disso, a cidade de Nzara, no Sudão teve centenas
de mortos. Mas foi na zona de Bumba, às margens do rio de mortos. Mas foi na zona de Bumba, às margens do rio Ébola, que a doença se manifestou com todo rigor, Ébola, que a doença se manifestou com todo rigor, estendendo-se por 55 aldeias próximas e matando 90% das estendendo-se por 55 aldeias próximas e matando 90% das pessoas infectadas. O exército zairense isolou a área e a pessoas infectadas. O exército zairense isolou a área e a Organização Mundial de Saúde (OMS) teve de mandar Organização Mundial de Saúde (OMS) teve de mandar especialistas para conter a epidemia. Posteriormente, especialistas para conter a epidemia. Posteriormente, outras manifestações da doença apareceram em várias outras manifestações da doença apareceram em várias cidades africanas.cidades africanas.
Não foi o vírus que atacou o homem, mas sim o Não foi o vírus que atacou o homem, mas sim o inverso. O Ébola vive em meio às florestas inverso. O Ébola vive em meio às florestas inexploradas, africanas, parasitando animais, para os inexploradas, africanas, parasitando animais, para os quais é inofensivo. Ao explorar as matas virgens, o quais é inofensivo. Ao explorar as matas virgens, o homem destrói o ambiente natural do vírus, fazendo homem destrói o ambiente natural do vírus, fazendo com que ele se depare com uma população atrasada com que ele se depare com uma população atrasada em nível sanitário e médico. Daí o termo vírus em nível sanitário e médico. Daí o termo vírus emergente.emergente.
EbolaEbolaSintomas
Começa com uma dor de cabeça. Os olhos ficam vermelhos e rijos. Surge a febre. Perde-se a lucidez. Aparecem comichões na pele, que amarelece e ganha feridas. Por baixo das chagas, a carne se rasga. O peito, os braços e o rosto cobrem-se de hematomas. O estômago regurgita um vômito negro e sangue. Mais sangue sai por todos os poros e orifícios do corpo. Caem cabelos, pedaços da língua, da garganta e da traquéia. Os genitais apodrecem. Com as convulsões, sangue contaminado é jorrado por todos os lados. O cérebro se liquefaz. Depois vem a morte.
HIVHIV
Riscos - HIVRiscos - HIV
Quando há um acidente com objetos Quando há um acidente com objetos pérfuro-cortantes, o risco médio de pérfuro-cortantes, o risco médio de infecção pelo HIV é de 0,1% a 0,3% infecção pelo HIV é de 0,1% a 0,3% (cerca de 0,09% através da mucosa), (cerca de 0,09% através da mucosa), caso não seja feita a quimioprofilaxia caso não seja feita a quimioprofilaxia
logo em seguida. Pacientes com logo em seguida. Pacientes com carga viral alta (AIDS avançada) carga viral alta (AIDS avançada)
podem transmitir o vírus com mais podem transmitir o vírus com mais intensidade.intensidade.
Riscos - HIVRiscos - HIV
O risco após contato único com olhos, O risco após contato único com olhos, nariz ou boca com sangue infectado nariz ou boca com sangue infectado é estimado em 0,1%. O contato com é estimado em 0,1%. O contato com lesões de pele e o aumento do tempo lesões de pele e o aumento do tempo
de exposição ao material de exposição ao material contaminado aumentam o risco de contaminado aumentam o risco de
transmissão pelo contato de sangue transmissão pelo contato de sangue com a pele.com a pele.
RISCO BIOLÓGICORISCO BIOLÓGICO
EXISTEM CUIDADOS EXISTEM CUIDADOS APÓS O ACIDENTE APÓS O ACIDENTE QUE DIMINUEM O QUE DIMINUEM O
RISCO DE RISCO DE TRANSMISSÃO?TRANSMISSÃO?
CuidadosCuidados
Lavagem exaustiva do local com Lavagem exaustiva do local com água e sabão;água e sabão;
Conjuntiva ocular: irrigar Conjuntiva ocular: irrigar intensamente com qualquer solução intensamente com qualquer solução estéril ou água corrente;estéril ou água corrente;
Em caso de acidente com Em caso de acidente com transfixação percutânea, deve-se transfixação percutânea, deve-se deixar sangrar livremente (não se deixar sangrar livremente (não se deve espremer a lesão)deve espremer a lesão)
RISCO BIOLÓGICORISCO BIOLÓGICOO que fazer em caso de O que fazer em caso de
exposição?exposição? 1º passo: Cuidados locais1º passo: Cuidados locais 2º passo: Registro2º passo: Registro 3º passo: Avaliação da Exposição3º passo: Avaliação da Exposição 4º passo: Avaliação da Fonte4º passo: Avaliação da Fonte 5º passo: Manejo específico HIV, hepatite B e 5º passo: Manejo específico HIV, hepatite B e
CC 6º passo: Acompanhamento clínico-6º passo: Acompanhamento clínico-
sorológico sorológico MS, Manual de Condutas em exposição ocupacional a material MS, Manual de Condutas em exposição ocupacional a material biológico,1999biológico,1999MS, Recomendações para terapia ARV, 2002/2003MS, Recomendações para terapia ARV, 2002/2003www.ucsf.edu/hivcntrwww.ucsf.edu/hivcntr
RISCO BIOLÓGICORISCO BIOLÓGICO
EXISTE TRATAMENTO EXISTE TRATAMENTO PÓS-EXPOSIÇÃO QUE PÓS-EXPOSIÇÃO QUE REDUZA O RISCO DE REDUZA O RISCO DE
DESENVOLVER A DESENVOLVER A DOENÇA?DOENÇA?
Tratamento pós-Tratamento pós-exposiçãoexposição HEPATITE BHEPATITE B: a pessoa pode ser : a pessoa pode ser
vacinada ou revacinada a partir do vacinada ou revacinada a partir do momento imediatamente após o momento imediatamente após o acidente, o que reduz o risco de acidente, o que reduz o risco de infecção, se ela responder a vacina.infecção, se ela responder a vacina.
HEPATITE CHEPATITE C: tratamento a base de : tratamento a base de Ribavirina e Interferon, proteína que Ribavirina e Interferon, proteína que estimula o sistema imunológico a estimula o sistema imunológico a combater a doença.combater a doença.
-Interferon Peguilado! -Interferon Peguilado!
Tratamento pós-Tratamento pós-exposiçãoexposição HIVHIV: o tratamento quimioprofilático : o tratamento quimioprofilático
reduz em 82% o risco de transmissão reduz em 82% o risco de transmissão após acidente com material após acidente com material contaminado com o vírus. Ele também é contaminado com o vírus. Ele também é realizado quando não se pode confirmar realizado quando não se pode confirmar a sorologia da fonte expositora. Este a sorologia da fonte expositora. Este tratamento deve ser iniciado dentro de tratamento deve ser iniciado dentro de 48 horas após o acidente e mantido por 48 horas após o acidente e mantido por 28 dias.28 dias.
-AZT, Lamivudina e Indinavir-AZT, Lamivudina e Indinavir
RISCO BIOLÓGICORISCO BIOLÓGICO
E SE ALGUNS E SE ALGUNS EFEITOS DAS EFEITOS DAS
MEDICAÇÕES FOREM MEDICAÇÕES FOREM PREJUDICIAIS À PREJUDICIAIS À
SAÚDE?SAÚDE?
Efeitos colaterais do Efeitos colaterais do tratamentotratamento
Todas as drogas anti-retrovirais podem Todas as drogas anti-retrovirais podem levar a efeitos colaterais como náuseas, levar a efeitos colaterais como náuseas,
vômitos,diarréia, fraqueza, cefaléia, vômitos,diarréia, fraqueza, cefaléia, etc...etc...
Apesar disso, não se deve interromper Apesar disso, não se deve interromper arbitrariamente o esquema profilático.arbitrariamente o esquema profilático.
Os esquemas profiláticos para hepatite B e Os esquemas profiláticos para hepatite B e HIV podem ser utilizados durante a HIV podem ser utilizados durante a
gravidez, sendo a monoterapia com AZT gravidez, sendo a monoterapia com AZT mais segura nesse caso.mais segura nesse caso.
RISCO BIOLÓGICORISCO BIOLÓGICOComo minimizar o risco?Como minimizar o risco?
Conhecimento/ Conhecimento/ ConscientizaçãoConscientização
Equipamentos de Proteção Equipamentos de Proteção IndividualIndividual
Precauções padrão e especiaisPrecauções padrão e especiais
RISCO RISCO BIOLÓGICOBIOLÓGICO
Conhecimento/ Conhecimento/ ConscientizaçãoConscientização Conhecer os possíveis agentes Conhecer os possíveis agentes
etiológicos e os meios de transmissãoetiológicos e os meios de transmissão Lavagem das mãos Lavagem das mãos BPLBPL ImunizaçõesImunizações Manuseio e descarte de pérfuro-Manuseio e descarte de pérfuro-
cortantescortantes Conhecer a rotina para atendimento Conhecer a rotina para atendimento
de acidentes com material biológicode acidentes com material biológico Conhecer as limitações da profilaxia Conhecer as limitações da profilaxia
pós exposiçãopós exposição
BPLBPL
Shiguela: diarréiaShiguela: diarréia Influenza: pneumoniaInfluenza: pneumonia Staphylococcus: furúnculoStaphylococcus: furúnculo Streptococcus: faringiteStreptococcus: faringite Bacillus: contaminante comumBacillus: contaminante comum Klebsiella: infecções em Klebsiella: infecções em
ferimentosferimentos Clostridium: coliteClostridium: colite Haemophilus: conjuntiviteHaemophilus: conjuntivite Pseudomona: infecções em Pseudomona: infecções em
feridasferidas E. coli: diarréias, infec. E. coli: diarréias, infec.
urináriasurinárias Proteus: inf. trato urinárioProteus: inf. trato urinário
EPIsEPIs