Biorremediação de efluentes agroindustriais...
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Faculdade de Ciências e Tecnologia | Catarina Viegas | | 26 de novembro de 2015
Biorremediação de efluentes agroindustriais mediada por microalgas
Catarina Viegas (1), Margarida Gonçalves (1), Luísa Gouveia (2), Benilde Mendes (1)
(1) METRICS, FCT-UNL – Mechanical Engineering and Resources Sustainability Centre, Faculty of Sciences and Technology, Caparica
(2) LNEG – National Laboratory for Energy and Geology, I.P. Bioenergy Unit, Lisbon, Portugal
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Microalgas: Bioenergia e Biorremediação2
O que são microalgas?
Microorganismos fotossintéticos
Encontram-se em águas doces, salgadas e salobras
Elevadas taxas de sequestro de CO2
50% de carbono na sua biomassa proveniente do CO2
atmosférico
Elevada eficiência fotossintética
Apresentam altas taxas de produção de biomassa
Baixas exigências de cultivo
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Microalgas: Bioenergia e Biorremediação
Algumas das espécies mais utilizadas e composição geral
Lípidos (% ps)
Hidratos de carbono (% ps)
Proteínas (% ps)
Anabaena cylindrical 4 - 7 25 - 30 43 - 56
Botryococcus braunii 29 - 75 2 - 8 17
Chlorella vulgaris 5 - 58 12 - 37 51 - 58
Dunaliella salina 16 - 44 32 57
Euglena gracilis 14 - 20 14 - 18 39 - 61
Haematococcus pluvialis 8 - 40 37 - 60 10
Porphyridium cruentum 9 - 14 40 - 57 28 - 45
Scenedesmus obliquus 11 - 55 10 - 31 50 - 56
Spirogyra sp. 11 - 21 33 - 64 6 - 20
Spirulina platensis 4 - 9 8 - 14 52
Tetraselmis maculata 15 - 23 15 52
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Relação entre composição e utilização da biomassa algal
Elevado teor de proteínas
Alimentação humana e animal
Elevado teor de lípidos
Elevado teor de hidratos de carbono
Hidrogénio (por fermentação no escuro)Biogás (por digestão anaeróbica)
Bioetanol, diretamente ou por fermentação
Produtos farmacêuticos e nutricionais
Biodiesel
Microalgas: Bioenergia e Biorremediação4
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As Microalgas são uns dos poucos
organismos que permitem a
substituição completa dos combustíveis
fósseis para o transporte (Chisti, 2007)
Microalgas: Bioenergia e Biorremediação5
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Microalgas: Bioenergia e Biorremediação
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Métodos de produção de microalgas
• Tanques abertos (raceway ponds)• Menos dispendiosos• Menos exigentes• Maiores áreas• Menor controlo sobre os fatores de produção
• Fotobiorreatores• Produtividade superior• Menor área• Menor tempo de colheita• Maior controlo dos fatores de produção• Maior versatilidade• Mais dispendioso
Tanques abertos (Fonte: ieaghg.org)
Fotobiorreatores (Fonte: oilgae.com)
Microalgas: Bioenergia e Biorremediação7
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Microalgas: Bioenergia e Biorremediação
Para além de produzir biomassa as microalgaspodem contribuir para a biorremediação deefluentes
Ao utilizar nutrientes de efluentes ou materiaisresiduais reduz-se a necessidade de fornecersubstrato às microalgas
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Reduzir custos da remediação
Reduzir consumo de agentes de tratamento
Reduzir os custos de produção das microalgas
Microalgas: Bioenergia e Biorremediação
Biorremediação de efluentes - Objetivos
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Biorremediação de efluentes
Águas residuais urbanas e industriais
Águas Residuais Agroindustriais
Biomassa com contaminantes
Aplicações Energéticas
Biomassa sem contaminantes
Alimentação Animal e Fertilizantes para Solos
Microalgas: Bioenergia e Biorremediação10
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Efluentes da Indústria Avícola e de Suinicultura
Águas residuais com Elevado conteúdo Lipídico e/ou elevado
teor de azoto e fósforo
Produção de Biomassa Algal
Biomassa Algal
Irrigação
Água com baixa carga orgânica
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Microalgas: Bioenergia e Biorremediação
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Objetivo
Biorremediação de efluentes agroindustriaisutilizando duas espécies de microalgas:
Chlorella vulgaris
Chlorella protothecoides
Valorização da biomassa algal para produção derações para animais, de fertilizantes e corretoresde solo e biocombustíveis
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MetodologiaMeio de Cultura
Efluentes Avícolas
Efluentes de Suinicultura
Condições da experiência Volume: 500ml, agitado por borbulhamento de ar
Temperatura: 28ºC e 22ºC
Duração: 25 dias
Iluminação: artificial com lâmpadas fluorescentes (10000lux; 12h/dia)
Parâmetros controlados Crescimento algal: densidade ótica a 540nm e peso seco
Tratamento dos efluentes: azoto total, fósforo total, CQO,
composição mineral
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Resultados Preliminares
• As microalgas são capazes de crescer em ambos os efluentes avícolas.• A produção de biomassa é superior no efluente bruto.
Chlorella vulgaris em Efluentes Avícolas
14
0
2
4
6
8
10
12
14
0 1 2 3 6 7 8 9 10 13 14 15 16 17 20 21 22 24
Den
sid
ade
óti
ca (
54
0n
m)
Tempo (dias)
Efluente Bruto
Efluente Bruto filtrado
Flocculated Effl.
Flocculated Effl. 1:2
Controlo
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15Resultados Preliminares
Chlorella protothecoides e Efluentes de Suinicultura
0
1
2
3
4
0 2 5 7 9 12 13 14 16
Den
sid
ade
óti
ca (
54
0n
m)
Tempo (dias)
Controlo
Chorume 1:2
Chor. 1:2 + 1,5g/L Cinzas ñ digeridas
Chor. 1:2 + 1,5g/L Cinzas digeridas
Chor. 1:2 + 3g/L Cinzas ñ digeridas
Chor. 1:2 + 3g/L Cinzas digeridas
• As microalgas são capazes de crescer nos efluentes de suinicultura.• A produção de biomassa é superior no efluente com menos cinzas.
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Ambas as espécies de microalgas demonstram bom potencialpara remediar os efluentes testados, sendo uma alternativaàs processos existentes.
A Chlorella vulgaris mostra uma produtividade superior debiomassa e uma adaptação ao meio mais rápida.
A biomassa algal obtida poderá ser valorizada para produçãode rações avícolas e porcinas, constituindo um exemplo deeconomia circular.
Ideias a Reter16
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Agradecimentos
Obrigada pela vossa atenção!
Pelos recursos utilizados neste trabalho:
• METRICS, FCT-UNL – Mechanical Engineering and Resources SustainabilityCentre, Faculdade de Ciências e Tecnologia
&• LNEG