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TRABALHO DE BIOLOGIA BIOMAS BRASILEIROS Nome: Alan Rodrigues de Jesus Turma: 2M1 Nº: 01 Professor (a): Elvira

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TRABALHO DE BIOLOGIA

BIOMAS BRASILEIROS

Nome: Alan Rodrigues de JesusTurma: 2M1Nº: 01Professor (a): Elvira

Belo Horizonte, 30 de novembro de 2009

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ÍNDICE

Biomas..................................................................3

Biomas do Brasil...................................................4

Floresta Amazônica...............................................4

Cerrado..................................................................6

Caatinga................................................................11

Mata Atlântica.......................................................13

Pantanal.................................................................16

Pampas..................................................................18

Bibliografia...........................................................20

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Biomas

Bioma é um conjunto de diferentes ecossistemas. O bioma são

as comunidades biológicas, ou seja, as populações de organismos da fauna e

da flora interagindo entre si e interagindo também com o

ambientefísico chamado biótopo.

O termo "Bioma" (bios, vida, e oma, massa ou grupo) foi utilizado pela primeira vez

em 1943 por Frederic Edward Clements definindo-o como uma unidade biológica ou

espaço geográfico cujas características específicas são definidas pelo macroclima,

a fitofisionomia, o solo e a altitude. Podem, em alguns casos, serem caracterizados de

acordo com a existência ou não de fogo natural. Com o passar dos anos, a definição do

que é um bioma passou a variar de autor para autor.

Em outras palavras, um bioma é formado por todos os seres vivos de uma determinada

região, cuja vegetação tem bastante similaridade e continuidade, com um clima mais ou

menos uniforme, tendo uma história comum em sua formação. Por isso tudo sua

diversidade biológica também é muito parecida.

Desenvolvimento dos biomas

Um bioma pode ter uma ou mais vegetações predominantes podendo assim desenvolver

ecossistemas diferentes uns dos outros. O bioma é influenciado pelo macroclima, tipo

de solo, condição do substrato, tamanho em extensão, barreiras geográficas e outros

fatores físicos.

O desenvolvimento dos biomas é um processo muito lento, demora séculos para a

vegetação dos campos se desenvolverem ao ponto de se tornarem savana, as savanas por

sua vez podem demorar milênios para se tornarem florestas e isso se o biótopo permitir

porque todas as savanas e campos que conhecemos hoje em dia já existiam desde antes

da existência de humanos na biosfera. As florestas que conhecemos hoje, demoraram

milhões de anos para se formarem e serem o que são hoje em dia.

Comunidades subclímax e comunidades clímax:

Biomas florestais que foram degradados por desmatamentos e queimadas e que ficaram

com o biótopo desabitado, começam um difícil processo de reabilitação desenvolvendo

gramíneas, vegetação rasteira chamada de vegetação pioneira, depois com o passar de

muitos anos nessa vegetação rasteira começam a se desenvolver gramíneas mais altas,

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aparecem os primeiros arbustos e nessa fase essa comunidade vegetal pode ser chamada

de "comunidade subclímax". Essa vegetação arbustiva vai se desenvolvendo, ao longo

de muitas décadas, aparecem árvores de porte médio e, quando o bioma atinge o

máximo de seu desenvolvimento passa a ser chamado de comunidade clímax.

Biomas do Brasil

O Brasil tem seu território ocupado por 6 biomas, sendo cindo em terra firme e um bioma marinho:

Floresta Amazônica

O bioma Amazônia abrange 5% da superfície terrestre do planeta e 40% da América do Sul, sendo 61% em território brasileiro. A região do Amazonas possui a maior rede hidrográfica do mundo, fornecendo 20% do volume mundial da água doce. É considerada a maior reserva de biodiversidade da Terra.

A Floresta Amazônica abrange cerca de 4 milhões de km2 (50% do território brasileiro), dos quais 200.000 km2 foram reconhecidos em 2001 como Reserva da Biosfera. O Complexo da Amazônia Central (60.000 km2) incluiendo o Parque Nacional Jaú (22.000 km2) foi declarado Patrimônio Mundial pela UNESCO em 2000.

Situada na região norte da América do Sul, a floresta amazônica possui uma extensão de aproximadamente 7 mil quilômetros quadrados, espalhada por territórios do Brasil, Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Equador, Suriname, Guiana e Guiana Francesa. Porém, a maior parte da floresta está presente em território brasileiro (estados do Amazonas, Amapa, Rondônia, Acre, Pará e Roraima). Em função de sua rica biodiversidade e importância, foi apelidada de o "pulmão do mundo".

É o habitat de milhares de espécies vegetais e animais. Caracteriza-se pela presença de árvores de grande porte, situadas bem próximas umas das outras (floresta fechada). Como o clima na região é quente e úmido, as árvores possuem folhas grandes e largas. O solo desta floresta não é muito rico, pois possui apenas uma fina camada de nutrientes. Esta é formada pela decomposição de folhas, frutos e animais mortos. Este rico húmus é matéria essencial para as milhares de espécies de plantas e árvores que se desenvolvem nesta região. Outra característica importante da floresta amazônica é o perfeito equilíbrio do ecossistema. Tudo que ela produz é aproveitado de forma eficiente. A grande quantidade de chuvas na região também colabora para o seu perfeito desenvolvimento.

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Como as árvores crescem muito juntas uma das outras, as espécies de vegetação rasteira estão presentes em pouca quantidade na floresta. Isto ocorre, pois com a chegada de poucos raios solares ao solo, este tipo de vegetação não consegue se desenvolver. O mesmo vale para os animais. A grande maioria das espécies desta floresta vive nas árvores e são de pequeno e médio porte. Podemos citar como exemplos de animais típicos da floresta amazônica: macacos, cobras, marsupiais, tucanos, pica-paus, roedores, morcegos entre outros. Os rios que cortam a floresta amazônica (rio amazonas e seus afluentes) são repletos de diversas espécies de peixes.

O clima que encontramos na região desta floresta é o equatorial, pois ela está situada próxima à linha do equador. Neste tipo de clima, as temperaturas são elevadas e o índice pluviométrico (quantidade de chuvas) também. Num dia típico na floresta amazônica, podemos encontrar muito calor durante o dia com chuvas fortes no final da tarde.

Problemas atuais enfrentados pela floresta amazônica:

Um dos principais problemas é o desmatamento ilegal e predatório. Madereiras instalam-se na região para cortar e vender troncos de árvores nobres. Há também fazendeiros que provocam queimadas na floresta para ampliação de áreas de cultivo (principalmente de soja). Estes dois problemas preocupam cientistas e ambientalistas do mundo, pois em pouco tempo, podem provocar um desequilíbrio no ecossistema da região, colocando em risco a floresta. 

Outro problema é a biopirataria na floresta amazônica. Cientistas estrangeiros entram na floresta, sem autorização de autoridades brasileiras, para obter amostras de plantas ou espécies animais. Levam estas para seus países, pesquisam e desenvolvem substâncias, registrando patente e depois lucrando com isso. O grande problema é que o Brasil teria que pagar, futuramente, para utilizar substâncias cujas matérias-primas são originárias do nosso território.

Com a descoberta de ouro na região (principalmente no estado do Pará), muitos rios estão sendo contaminados. Os garimpeiros usam o mercúrio no garimpo, substância que está contaminando os rios e peixes da região. Índios que habitam a floresta amazônica também sofrem com a extração de ouro na região, pois a água dos rios e os peixes são importantes para a sobrevivência das tribos.

Unidades de Preservação:

Parque Nacional da Amazônia            Parque Nacional Jaú

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Projeto para a Biodiversidade da Amazônia

A falta de um sistema padronizado de geração, organização, análise e disseminação de informações científicas sobre a biodiversidade da Amazônia é uma das principais lacunas para a definição de políticas públicas consistentes de conservação e uso sustentável dos recursos biológicos da região.

A Conservação internacional, o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), um dos mais tradicionais institutos de pesquisa da região, e outros centros de pesquisa da Amazônia estabeleceram em 2002 parcerias para desenvolver um projeto de longo prazo intitulado Biodiversidade da Amazônia, que tem por objetivos:

• a realização de inventários biológicos rápidos em áreas altamente ameaçadas; • o desenvolvimento e teste de tecnologias para inventários biológicos em florestas tropicais;• a organização, manutenção e disseminação das informações existentes em coleções biológicas; • o mapeamento da distribuição da biodiversidade; • o desenvolvimento de um sistema de avaliação do estado de conservação de espécies; • o desenvolvimento de um sistema de apoio à implementação e gestão de áreas protegidas; • a capacitação de recursos humanos em pesquisas sobre biodiversidade e biologia da conservação; • a disseminação do conhecimento sobre a biodiversidade regional para o público em geral.

As informações coletadas pelo projeto são apresentadas em workshops, documentos elaborados em conjunto e publicações.

Um exemplo destas parcerias foi a elaboração do documento “Transformando o Arco do Desmatamento no Arco do Desenvolvimento Sustentável: Uma Proposta de Ações Emergenciais”, elaborado pela CI-Brasil e o Museu Goeldi. O documento – entregue à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva em junho de 2003 - discute alternativas para minimizar o descontrolado desmatamento em algumas regiões da Amazônia.

Cerrado

O cerrado é o segundo maior bioma brasileiro com uma área total de aproximadamente 2 mil km2 (20% do territóreo brasileiro), dos quais 300.000 km2 foram reconhecidos em 1993 como Reserva da Biosfera, abrangendo oito estados do Brasil Central: Minas Gerais, Goiás, Tocantins, Bahia,Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí e o Distrito Federal. É também o nome regional dado à savana brasileira que se localiza no grande platô no planalto central brasileiro.

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Os Parques Nacionais Chapada dos Veadeiros e Emas foram declarados Patrimônio Mundial pela UNESCO em 2001.

É cortado por três das maiores bacias hidrográficas da América do Sul, com índices

pluviométricos regulares que lhe propiciam sua grande biodiversidade.

Ecossistemas do bioma cerrado do Brasil:

cerrado (ecossistema)

cerradão

campestre

floresta de galeria

Há também os ecossistemas de transição com os outros biomas que fazem limite com o

Cerrado.

Por fazer fronteira com os biomas Mata Atlântica, Caatinga, Amazônia e Pantanal, a

fauna e flora do cerrado são extremamente ricas. O clima do cerrado é quente, semi-

úmido, com verão chuvoso e inverno seco.

.A paisagem do Cerrado possui alta biodiversidade, embora menor que a mata atlântica

e a floresta amazônica. Pouco afetado até a década de 1960, está desde então

crescentemente ameaçado, principalmente os cerradões,[2] seja pela instalação de

cidades e rodovias, seja pelo crescimento das monoculturas, como soja e o arroz,

a pecuária intensiva, a carvoaria e o desmatamento causado pela atividade madeireira e

por freqüentes queimadas, devido às altas temperaturas e baixa umidade, quanto ao

infortúnio do descuido humano.

Nas regiões onde o cerrado predomina, o clima é quente e há períodos de chuva e de

seca, com incêndios espontâneos esporádicos, com alguns anos de intervalo entre eles,

ocorrendo no período da seca. Nele há grandes extensões cobertas de vegetação

fantasmagórica, um solo aparentemente árido e pouca vida animal visível. Suas árvores

e arbustos têm a aparência que costumamos atribuir à vegetação que vive em ambientes

onde a água é escassa. Mas a água não é o fator limitante do cerrado (diferente da

Caatinga). Mesmo na estação seca, o solo contêm um teor apreciável de umidade, a

partir de 2 metros de profundidade. O problema do cerrado é a falta de nutrientes no

solo, a excessiva acidez e a grande quantidade de alumínio, substância tóxica para a

maioria dos vegetais. Todos esses fatores dão às plantas o aspecto xeromórfico: casca

grossa, galhos retorcidos e pequeno porte.

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Dependendo de sua concentração e das condições de vida do lugar, pode apresentar

mudanças diferenciadas denominadas de cerradão,campestre e cerrado (latu sensu),

intercalado por formações de florestas, várzeas, campos rupestres e outros. Nas matas

de galeria aparecem por vezes as veredas.

Outros ecosssistemas: Campo Sujo, Campo Cerrado, Cerrado Rupestre, Mata Seca ou

Mata Mesofítica e Parque Cerrado.

Grande parte do Cerrado já foi destruída, em especial para a instalação de cidades e

plantações, o que o torna um bioma muito mais ameaçado do que a Amazônia.[3]

 O cerrado é um verdadeiro mosaico de formações vegetais, que vão desde o cerradão (com árvores altas, densidade maior e composição distinta), passando pelo cerrado mais comum no Brasil central (com árvores baixas e esparsas), até o campo cerrado, campo sujo e campo limpo (com progressiva redução da densidade arbórea). Ao longo dos rios há fisionomias florestais, conhecidas como florestas de galeria ou Mata Ciliar.

Outro fator importante na caracterização do cerrado é o fogo, que chega a aparecer nos incêndios espontâneos em épocas de seca. Ele pode ser gerado de diversas formas naturais, mas a principal delas são as descargas elétricas. Mas a vegetação do cerrado já está adaptada às queimadas, como demostra a grande rebrota após, principalmente das gramíneas.

Flora

Com uma rica biodiversidade, caracteriza-se pela presença de gramíneas, arbustos e

árvores retorcidas. As plantas possuem longas raízes para retirar água e nutrientes em

profundidades maiores.

O Cerrado tem um tipo de bromélia diferente das outras do mundo. a bromélia do

cerrado é azul com bolinhas roxas, mudando de cor de dia que fica rosa com amarelo,

de tarde laranja com vermelho e de noite volta a ser roxa com azul

Mesmo que não totalmente conhecida, a flora do Cerrado é riquíssima. Sua cobertura

vegetal é a segunda maior do Brasil, abrangendo uma área de 20% do território

nacional. Apresenta as mais diversas formas de vegetação, desde campos sem árvores,

ou arbustos, até o cerrado lenhoso denso com florestas-galeria. Reconhecido como a

savana mais rica do mundo em biodiversidade com a presença de diversos ecossistemas,

riquíssima flora com mais de 10.000 espécies de plantas, sendo 4.000endêmicas desse

bioma.

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Os campos cobrem a maior parte do território. É essencialmente coberto porgramíneas,

com árvores e arbustos. É subdividido em campo de cerrado e campo limpo, que se

diferenciam na formação do terreno e na composição do solo, com declives ou plano.

As árvores mais altas do Cerrado chegam a 15 metros de altura e formam estruturas

irregulares. Apenas nas matas ciliares as árvores ultrapassam 25 metros e possuem

normalmente folhas pequenas. Nos chapadões arenosos e nos quentes campos rupestres

estão os mais exuberantes e exóticos cactos, bromeliáceas e orquídeas, contando com

centenas de espécies endêmicas. E ainda existem espécies desconhecidas, que devido à

ação do homem podem ser destruídas antes mesmo de serem catalogadas.

Fauna

O Cerrado apresenta grande variedade em espécies em todos os ambientes, que dispõem

de muitos recursos ecológicos, abrigando comunidades de animais com abundância de

indivíduos, alguns com adaptações especializadas para explorar o que fornece seu

habitat.

No ambiente do Cerrado são conhecidos até o momento mais de 1.500 espécies animais,

formando o segundo maior conjunto animal do planeta. Cerca de 50 das 100 espécies

de mamíferos (pertencentes a 67 gêneros) estão no Cerrado. Apresenta mais de 830

espécies de aves, 150 de anfíbios (das quais 45 são endêmicas), 120 espécies

de répteis (das quais 45 são endêmicas). Apenas no Distrito Federal há 90 espécies

de cupins, 1.000 espécies de borboletas e 500 de abelhas e vespas.

Devido à ação do homem, o Cerrado passou por grandes modificações, alterando os

diversos habitats e, conseqüentemente, apresentando espécies ameaçadas de extinção.

Dentre as que correm risco de desaparecer estão o tamanduá-bandeira, aanta, o lobo-

guará, o pato-mergulhão, o falcão-de-peito-vermelho, o tatu-bola, o tatu-canastra,

o cervo, o cachorro-vinagre, a onça-pintada, a ariranha e a lontra.

Unidades de Consevação: Parque Nacional Chapada dos Guimarães            Parque Nacional Chapada dosVeadeiros            

Parque Nacional das Emas             Parque Nacional de Brasília            Parque Nacional da Serra da Bodoquena

Apesar do seu tamanho e importância, o Cerrado é um dos ambientes mais ameaçados do mundo. Dos mais de 2 milhões de km² de vegetação nativa restam apenas 20% e a

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expansão da atividade agropecuária pressiona cada vez mais as áreas remanescentes. Essa situação faz com que a região seja considerada um Hotspot de biodiversidade e desperte especial atenção para a conservação dos seus recursos naturais.

Estudos realizados pelos pesquisadores do Programa Cerrado da CI-Brasil indicam que o bioma corre o risco de desaparecer até 2030. Dos 204 milhões de hectares originais, 57% já foram completamente destruídos e a metade das áreas remanescentes estão bastante alteradas, podendo não mais servir aos propósitos de conservação da biodiversidade. 

O desmatamento do Cerrado é alarmante, chegando a 1,5% ou três milhões de hectares/ano. Isso equivale a 2,6 campos de futebol/minuto. Esforços de todos os setores da sociedade são necessários para reverter esse quadro.

Durante o XIX Encontro Internacional da Sociedade da Biologa da Conservação, pesquisadores e ambientalistas assinaram uma moção pedindo ao governo federal medidas urgentes de manutenção e expansão das áreas protegidas do Cerrado.

Corredor Jalapão-Oeste da BahiaO Corredor de Biodiversidade do Jalapão possui uma área de aproximadamente três milhões de hectares. Localiza-se na porção leste de Tocantins, na divisa entre Piauí, Maranhão e Bahia. O corredor abrange os municípios de Ponte Alta do Tocantins, Mateiros, São Félix do Tocantins, Novo Acordo, Rio da Conceição, Almas, Cristalândia do Piauí, Lagoa do Tocantins, Corrente, Formosa do Rio Preto, São Gonçalo do Gurgueia, Barreiras do Piauí, Rio do Sono, Lizarda e Alto Parnaíba. A CI-Brasil trabalha para implementar o corredor desde 2004.

Cinco unidades de conservação integram o corredor, totalizando uma área de 1.912.416 hectares. São elas: o Parque Estadual do Jalapão, o Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba, a Estação Ecológica da Serra Geral do Tocantins, a Área de Proteção Ambiental Estadual do Jalapão e a Reserva Particular do Patrimônio Natural Minnehaha. 

A região é alvo de diversos estudos científicos e ações de conservação. Atualmente, os esforços concentram-se na busca por alternativas sustentáveis de utilização dos recursos naturais, incluindo atrativos turísticos, de forma a garantir a manutenção desses para as gerações futuras.

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Caatinga

Caatinga (do Tupi: caa (mata) + tinga (branca) = mata branca) é o único bioma exclusivamente brasileiro, o que significa que grande parte do seu patrimônio biológico não pode ser encontrado em nenhum outro lugar do planeta. A caatinga ocupa uma área de cerca de 850.000 km², cerca de 10% do território nacional, englobando de forma contínua parte dos estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas,Sergipe, Bahia (região Nordeste do Brasil) e parte do norte de Minas Gerais (região Sudeste do Brasil).

A caatinga é típica de regiões com baixo índice de chuvas (presença de solo seco).

As principais características da caatinga são:

- forte presença de arbustos com galhos retorcidos e com raízes profundas;

Curiosidade:

- Durante o período de seca, o gado da região alimenta-se do mandacaru (rico em água). Já algumas espécies de bromélias (exemplo da caroá) são aproveitadas para a fabricação de bolsas, cintos, cordas e redes, pois são ricas em fibras vegetais. 

O bioma Caatinga abrange cerca de 850.000 km2 (10% do território brasileiro), dos quais 200.000 km2 foram reconhecidos em 2001 como Reserva da Biosfera. O Parque Nacional Serra da Capivara foi declarado Patrimônio Mundial pela UNESCO em 1991.

A caatinga se desenvolve sob terrenos cristalinos e maciços antigos com cobertura sedimentar. Apesar de pouco profundos e às vezes salinos, os solos da caatinga contêm boa quantidade dos minerais básicos para as plantas (diferente do Cerrado). O maior problema da caatinga é realmente o regime incerto e escasso das chuvas (a maioria dos rios secam no verão). Uma irrigação bem planejada e executada transformaria a caatinga quase num jardim.

A caatinga apresenta três estratos: arbóreo (8 a 12 metros), arbustivo (2 a 5 metros) e o herbáceo (abaixo de 2 metros). A vegetação adaptou-se ao clima seco para se proteger. As folhas, por exemplo, são finas ou inexistentes. Algumas plantas armazenam água, como os cactos, outras se caracterizam por terem raízes praticamente na superfície do

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solo para absorver o máximo de chuva. os arbustos costumam perder, quase que totalmente, as folhas em épocas de seca (propriedade usada para evitar a perda de água por evaporação). Há forte presença de arbustos com galhos retorcidos e com raízes profundas. A maioria dos animais da caatinga tem habitos noturnos.

Ao contrário do que muitos pensam, a caatinga é um ecossistema único que apresenta grande variedade de paisagens, relativa riqueza biológica e endemismo. Apesar de que o bioma Caatinga é pouco conhecido, estudos identificaram até agora uma gama de espécies bastante ampla. A biodiversidade da caatinga se compõe de mínimo 1.200 espécies de plantas vasculares, 185 espécies de peixes, 44 lagartos, 47 cobras, 4 tartarugas, 3 crocodilos, 49 anfíbios, 350 pássaros e 80 mamíferos. A porcentagem de endemismo é muito alto entre as plantas vasculares (aprox. 30%), e um pouco menor no caso dos vertebrados (até 10%).

Alguns mitos foram criados em torno da biodiversidade da Caatinga e três deles são comumente mencionados:

É homogênea;

Sua biota é pobre em espécies e em endemismo (grupos taxonómicos que se desenvolveram numa região restrita.);

Está ainda pouco alterada. Na verdade, a Caatinga não é homogênea, mas extremamente heterogênea; é rica, pois inclui pelo menos uma centena de diferentes tipos de paisagens únicas; e, ao contrário de permanecer inalterado, o bioma tem sofrido muitas ameaças.

Unidades de Conservação:Parque Nacional Serra da Capivara Parque Nacional de Sete Cidades Parque Nacional de Ubajara            

Parque Nacional Serra dos Confusões Parque Nacional de Catimbau

Workshop de Áreas Prioritárias

O subprojeto “Avaliação e Ações Prioritárias para a Conservação da Biodiversidade da Caatinga” foi conduzido por meio de consórcio entre a Universidade Federal de Pernambuco – UFPE (Coordenação Geral), a Fundação Biodiversitas, a CI-Brasil e a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da UFPE. A esses órgãos se juntou, durante a fase de reunião de trabalho, a EMBRAPA / Semi-Árido.Esse conjunto de instituições é responsável por todas as etapas de planejamento e de execução do subprojeto, assim como pelo posterior acompanhamento da implementação dos resultados. A iniciativa recebeu também o apoio da Secretaria de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia de Pernambuco, da SUDENE, da Prefeitura Municipal de Petrolina e da Universidade Federal Rural de Pernambuco.

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A reunião de trabalho, etapa decisória do processo, contou com a participação de 140 especialistas, que durante cinco dias estabeleceram as prioridades para a conservação da biodiversidade da Caatinga, com base tanto em experiências pessoais como em informações levantadas durante a fase preparatória.

A dinâmica de trabalho foi iniciada com a formação de seis grupos temáticos biológicos – flora, mamíferos, aves, invertebrados, anfíbios e répteis –, os quais discutiram sobre o estágio de conhecimento e as lacunas de informações por área temática.

Para a identificação das áreas prioritárias de cada grupo, foram consideradas a distribuição e riqueza de elementos especiais da biodiversidade e a especificade de fenômenos biológicos ocorrentes, como zonas de contato entre biotas, áreas de repouso ou invernada de migrantes e comunidades biológicas.

O resultado foi a identificação de 57 áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade e outras 25 para a realização de investigação científica

Mata Atlântica

A Mata Atlântica é o terceiro maior bioma brasileiro que se estende por 4.000 km pela costa Atlântica entre Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul.

Segundo Conservation International, é um dos 5 hotspots de biodiversidade mais valiosos da Terra. Compreende a segunda maior Reserva da Biosfera no mundo e aproximadamente 600 dos 900 unidades de conservação brasileiras. As Reservas de Mata Atlântica do Sudeste e da Costa do Descobrimento foram declaradas Patrimônio Mundial pela UNESCO em 1992.

A extraordinária biodiversidade dos ecossistemas da Mata Atlântica resultam da complexa história geológica, fortes variaçðes climáticas no passado, significantes desníveis de altura (do nível do mar até quasi 3.000 m). As cadeias montanhosas da Serra do Mar e Mantiqueira compreenden os picos mais altos na costa Atlântica das Americas. Adicionalmente, florestas pluviais costeiras são mais ricas em biodiversidade que as do interior (como por exemplo a amazônia).

A Mata Atlântica contêm cerca de 250 espécies de mamíferos, 340 anfíbios, 1.023 pássaros e aproximadamente 20.000 árvores. Metade das espécies de árvores e 80% dos primatas são endêmicos.

Biodiversidade

Nas regiões onde ainda existe, a Mata Atlântica caracteriza-se pela vegetação

exuberante, com acentuado higrofitismo. Entre as espécies mais comuns encontram-se

algumas briófitas,cipós, e orquídeas.

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A fauna endêmica é formada principalmente por anfíbios (grande variedade de anuros),

mamíferos e aves das mais diversas espécies. É uma das áreas mais sujeitas a

precipitação no Brasil. As chuvas são orográficas, em função das elevações

do planalto e das serras.

A biodiversidade da Mata Atlântica é semelhante à biodiversidade da Amazônia. Há

subdivisões do bioma da Mata Atlântica em diversos ecossitemas devido a variações de

latitude e altitude. Há ainda formações pioneiras, seja por condições climáticas, seja por

recuperação, zonas de campos de altitude e enclaves de tensão por contato. A interface

com estas áreas cria condições particulares de fauna e flora.

A vida é mais intensa no estrato alto, nas copas das árvores, que se tocam, formando

uma camada contínua. Algumas podem chegar a 60 m de altura. Esta cobertura forma

uma região de sombra que cria o microclima típico da mata, sempre úmido e

sombreado. Dessa forma, há uma estratificação da vegetação, criando

diferentes habitats nos quais a diversificada faunavive. Conforme a abordagem,

encontram-se de seis a onze estratos na Mata Atlântica, em camadas sobrepostas.

Da flora, 55% das espécies arbóreas e 40% das não-arbóreas são endêmicas ou seja só

existem na Mata Atlântica. Das bromélias, 70% são endêmicas dessa formação

vegetal,palmeiras, 64%. Estima-se que 8 mil espécies vegetais sejam endêmicas da

Mata Atlântica.

Observa-se também que 39% dos mamíferos dessa floresta são endêmicos, inclusive

mais de 15% dos primatas, como o mico-leão-dourado. Das aves 160 espécies, e

dos anfíbios 183, são endêmicas da Mata Atlântica.

Flora - Exemplos de vegetação da Mata Atlântica 

- Palmeiras- Bromélias, begônias, orquídeas, cipós e briófitas- Pau-brasil, jacarandá, peroba, jequitibá-rosa, cedro- Tapiriria- Andira- Ananas- Figueiras

Fauna - Exemplos de espécies animais da Mata Atlântica:

- Mico-leão-dourado (risco de extinção)- Bugio  (risco de extinção)- Tamanduá bandeira  (risco de extinção)- Tatu-canastra (risco de extinção)- Arara-azul-pequena (risco de extinção)

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- Muriqui- Anta- Onça Pintada (risco de extinção)- Jaguatirica - Capivara

Preservação

Atualmente existem menos de 10% da mata nativa. Existem diversos projetos de

recuperação da Mata Atlântica, que esbarram sempre na urbanização e o não

planejamento do espaço, principalmente na região Sudeste. Existem algumas áreas de

preservação em alguns trechos em cidades como São Sebastião (litoral norte de São

Paulo).

No Paraná, graças à reação cultural da população, à criação de APAs (Áreas de

Preservação Ambiental), apoiadas por uma legislação rígida e fiscalização intensiva dos

cidadãos, aparentemente a derrubada da floresta foi freada e o pequeno remanescente

dessa vegetação preserva um alto nível de biodiversidade, das quais estão o mico-leão-

dourado, as orquídeas e as bromélias.

Um trabalho coordenado por pesquisadores do Instituto Florestal de São Paulo mostrou

que, neste início de século, a área com vegetação natural em São Paulo aumentou 3,8%

(1,2 quilômetro quadrado) em relação à existente há dez anos. O crescimento, ainda

tímido, concentrou-se na faixa de Mata Atlântica, o ecossistema mais extenso do estado.

A Constituição Federal de 1988 coloca a Mata Atlântica como patrimônio nacional,

junto com aFloresta Amazônica brasileira, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e

a Zona Costeira. A derrubada da mata secundária é regulamentada por leis posteriores,

já a derrubada da mata primária é proibida.

A Política da Mata Atlântica (Diretrizes para a política de conservação

e desenvolvimento sustentável da Mata Atlântica), de 1998, contempla a preservação

da biodiversidade, o desenvolvimento sustentável dos recursos naturais e a recuperação

das áreas degradadas.

Há milhares de ONGs, órgãos governamentais e grupos de cidadãos espalhados pelo

país que se empenham na preservação e revegetação da Mata Atlântica. A Rede de

ONGs Mata Atlântica tem um projeto de monitoramento participativo, e desenvolveu

com o Instituto Socio-Ambiental um dossiê da Mata, por municípios do domínio

original.

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Corredor de Biodiversidade da Serra do Mar

A porção da Serra do Mar entre os estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais é uma região de grande importância biológica e uma das prioridades para conservação da Mata Atlântica, por sua riqueza de espécies e endemismos.

O Corredor da Serra do Mar é uma das áreas mais ricas em diversidade biológica da Mata Atlântica. Apesar dessas florestas estarem situadas perto das duas maiores metrópoles do Brasil (São Paulo e Rio de Janeiro), elas possuem um dos principais trechos de Mata Atlântica do hotspot.

Nessa região, muitos remanescentes de mata compõem unidades de conservação, o que os tornam propícios para ações e investimentos em conservação a longo prazo – particularmente para a implementação de corredores destinados a aumentar a conectividade entre fragmentos.

Pantanal

O Complexo do Pantanal, ou simplesmente Pantanal, é um bioma constituído principalmente por savana estépica alagada em sua maior parte com 250 mil km² de extensão, altitude média de 100 metros [1], situado no sul de Mato Grosso e no noroeste de Mato Grosso do Sul, ambos Estados do Brasil, além de também englobar o norte do Paraguai e leste daBolívia (que é chamado de chaco boliviano), considerado pela UNESCO Patrimônio Natural Mundial e Reserva da Biosfera. O nome complexo vem do fato de a região ter mais de um Pantanal dentro de si. Em que pese o nome, há um reduzido número de áreas pantanosas na região pantaneira.

O Pantanal brasileiro, que abrange cerca de 150.000 km2 (2% de território brasileiro), em 2000 foi reconhecido como Reserva da Biosfera. O Complexo de Conservação do Pantanal (2.000 km2), incluindo o Parque Nacional do Pantanal Matogrossense (1.400 km2), foi declarado Patrimonio Mundial pela UNESCO em 1981.

A planície do Pantanal está posicionada em um nível de altitude entre 80 e 150m e seus solos são predominantemente pouco permeáveis. Estas características fazem com que a cada ano, após alguns meses de chuvas, a planície do Pantanal se transforma em uma imensa área alagada, com grande parte dos ecossistemas terrestres passando para ecossistemas aquáticos, situação que só começa a se reverter a partir do início do outono.

A vegetação do Pantanal é um mosaico de paisagens constituindo-se de lagoas com plantas aquáticas (baias), vegetação flutuante (baceiro), áreas não inundáveis com vegetação de cerrado e caatinga (cordilheira), canais de escoamento de água (corixo) e savanas com ipê amarelo (paratudal).

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Fauna do Pantanal: vida animal

O ecossistema do Pantanal é muito diversificado, abrigando uma grande quantidade de animais, que vivem em perfeito equilíbrio ecológico. Podemos encontrar, principalmente, as seguintes espécies: jacarés, capivaras, peixes (dourado, pintado, curimbatá, pacu), ariranhas, onça-pintada, macaco-prego,veado-campeiro, lobo-guará, cervo-do-pantanal, tatu, bicho-preguiça, tamanduá, lagartos, cágados, jabutis, cobras (jibóia e sucuri) e pássaros (tucanos, jaburus, garças, papagaios, araras, emas, gaviões). Além destes citados, que são os mais conhecidos, vivem no Pantanal muitas outras espécies de animais.

Flora do Pantanal

Assim como ocorre com a vida animal, o Pantanal possui uma extensa variedade de árvores, plantas, ervas e outros tipos de vegetação. Nesta região, podemos encontrar espécies da Amazônia, do Cerrado e do Chaco Boliviano.Nas planícies (região que alaga na época das cheias) encontramos uma vegetação de gramíneas. Nas regiões intermediárias, desenvolvem-se pequenos arbustos e vegetação rasteira. Já nas regiões mais altas, podemos encontrar árvores de grande porte. As principais árvores do Pantanal são: aroeira, ipê, figueira, palmeira e angico.

Problemas Ambientais

Entre os problemas ambientais do Pantanal estão o desequilíbrio ecológico provocado

pela pecuária extensiva, pelo desmatamento para produção de carvão com destruição da

vegetação nativa; a pesca e a caça predatórias de muitas espécies de peixes e do jacaré;

o garimpo de ouro e pedras preciosas, que gera erosão, assoreamento e contaminação

das águas dos rios Paraguai e São Lorenço; o turismo descontrolado que produz o lixo,

esgoto e que ameaça a tranqüilidade dos animais, etc.

Uma atividade relativamente nova é o ecoturismo, já existem diversas pousadas

pantaneiras praticando esta modalidade de turismo sustentável.

Em Corumbá a atividade de mineração e siderúrgica são importantes geradoras de

emprego e renda, os impactos ambientais destas atividades estão sendo avaliados

existindo muita controvérsia.

O incentivo dado pelos governos a partir da década de 1960 para desenvolver a região

Centro-Oeste através da implantação de projetos agropecuários, trouxe muitas

alterações nos ambientes do cerrado ameaçando a sua biodiversidade.

A EMBRAPA Pantanal tem desenvolvido tecnologias sustentáveis para a região.

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Unidade de Conservação: 

Parque Nacional Pantanal Matogrossense

Corredor de Biodiversidade Cuiabá–São Lourenço

Com 10.091.600 hectares, o Corredor de Biodiversidade Cuiabá - São Lourenço se estende por 25 municípios, divididos entre os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. As características de vegetação e relevo variam entre áreas de planalto, planícies e morrarias, com elementos do Cerrado, da Amazônia, da Mata Atlântica e do Chaco, o que lhe confere uma grande variedade de espécies animais e vegetais. No Corredor, nasce o rio São Lourenço, um dos principais afluentes da Bacia do Alto Paraguai.

A região possui dois importantes parques nacionais, o PARNA do Pantanal Mato-grossense e o da Chapada dos Guimarães, além de cinco parques estaduais. A Conservação Internacional e a Fundação Ecotrópica desenvolvem ações para a proteção desse patrimônio natural, mapeando as pressões da ocupação humana sobre os recursos naturais e indicando novas áreas com relevante interesse para a conservação.

O incentivo à criação e implementação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural é outra atividade que contribui para aumentar as áreas protegidas neste Corredor. Essa estratégia é fortalecida pela Associação dos Proprietários de RPPNs do Estado de Mato Grosso, criada em 2006.

Na porção mato-grossense do Corredor localizam-se os municípios de Alto Araguaia, Rosário Oeste, Campo Verde, Cáceres, Cuiabá, Dom Aquino, Nossa Senhora do Livramento, Jaciara, Poconé, Santo Antônio do Leverger, São Pedro da Cipa, Juscimeira, Rondonópolis, Barão de Melgaço, Itiquira, Jangada, Poxoréo, Várzea Grande, Pedra Preta, Acorizal e Chapada dos Guimarães. Já a porção sul-mato-grossense engloba os municípios de Corumbá, Coxim, Pedro Gomes e Sonora.

Pampa

Pampa é um nome de origem quechua genericamente dado à região pastoril de

planícies com coxilhas (colina localizada em regiões de campos). A abrange a metade

meridional do estado brasileiro do Rio Grande do Sul, ocupando cerca de 63% do

território gaúcho[1], se estendem pelos territórios do Uruguai e pelas

províncias argentinas de Buenos Aires, La Pampa, Santa Fé, Entre Ríos e Corrientes.

No Brasil o Pampa também é conhecido como Campos do Sul, Campos Sulinos ou

Campanha Gaúcha.

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Ecologicamente, é um bioma caracterizado por uma vegetação composta porgramíneas,

plantas rasteiras e algumas árvores e arbustos encontrados próximos a cursos d'água,

que não são abundantes. Comparados às florestas e às savanas, os campos têm

importante contribuição na preservação da biodiversidade, principalmente por atenuar o

efeito estufa e auxiliar no controle da erosão. Na parte brasileira do bioma, existem

cerca de três mil espécies de plantas vasculares, sendo que aproximadamente 400 são

gramíneas, como capim-mimoso, pelo menos 385 espécies de aves, como pica-

paus, caturritas, anus-pretos e 90 de mamíferos terrestres,

como guaraxains, veados, tatus. No Brasil é um bioma ameaçado.

O clima da região é o subtropical, que caracteriza-se por temperaturas amenas e chuvas

com pouca variação ao longo do ano. O solo em geral é fértil, sendo bastante utilizado

para a agropecuária.

Características principais dos Campos:

- vegetação formada por gramíneas e arbustos e árvores de pequeno porte.

- não dependem de grande quantidade de chuvas.

- sua extensão atingem os territórios da Argentina e Paraguai.

Na Área de Proteção Ambiental do Rio Ibirapuitã, inserida neste bioma, ocorrem

formações campestres e florestais de clima temperado, distintas de outras formações

existentes no Brasil. Além disso, abriga 11 espécies de mamíferos raros ou ameaçados

de extinção, ratos d’água, cevídeos e lobos, e 22 espécies de aves nesta mesma situação.

Pelo menos uma espécie de peixe, cará (Gymnogeophagus sp., Família Cichlidae) é

endêmica da bacia do rio Ibirapuitã.

Ameaça

Indubitavelmente o Pampa sofre a influência e pressão seletiva da atividade econômica que mais se desenvolveu na região, a monocultura da pecuária. Por anos o pastejo selecionou algumas espécies de plantas que melhor se adaptavam às patas e bocas, dificultando o desenvolvimento de espécies arbóreas de maior porte, sobretudo nas matas ciliares. Isso seria remediado com a implementação das áreas de Proteção Permanente e Reservas Legais nas propriedades, previstas no novo código florestal.

Este cenário mais parece de extrema-unção, pois o Bioma só foi reconhecido quando está em vias de acabar.

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BIBLIOGRAFIA

www.brazadv.com.br/brasil/ www.suapesquisa.com/geografia/biomas_brasileiros www.conservation.org.brwww.wikipedia.com

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