Bioeletrogenese e Sinapse

24
06/05/2014 1 Bioexcitabilidade de Membranas UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE  CCBS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FISIOLÓGICAS - DCF DISCIPLINA: BIOFÍSICA Prof. Fabio de Souza Monteiro Bioeletrogênese Fabio de Souza Monteiro, 2014 Bioeletrogênese Circuito elétrico equivalente a membrana R = canais hidrofílicos C = bicamada lipídica, dielétrico lipídico E = diferença elétrica entre os lados da membrana I = corrente iônica

Transcript of Bioeletrogenese e Sinapse

  • 06/05/2014

    1

    Bioexcitabilidade de Membranas

    UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHO CENTRO DE CINCIAS BIOLGICAS E DA SADE CCBS

    DEPARTAMENTO DE CINCIAS FISIOLGICAS - DCF DISCIPLINA: BIOFSICA

    Prof. Fabio de Souza Monteiro

    Bioeletrognese

    Fabio de Souza Monteiro, 2014

    Bioeletrognese

    Circuito eltrico equivalente a membrana

    R = canais hidroflicos

    C = bicamada lipdica, dieltrico

    lipdico

    E = diferena eltrica entre os

    lados da membrana

    I = corrente inica

  • 06/05/2014

    2

    Bioeletrognese

    Fabio de Souza Monteiro, 2014

    Bioeletrognese

    Circuito eltrico equivalente a membrana

    Bioeletrognese

    Fabio de Souza Monteiro, 2014

    Bioeletrognese

    Potencial de Repouso

    Diferena de potencial que existe atravs da

    membrana das clulas em repouso

    Gerado pela alta permeabilidade ao K+ e baixa ao Na+

  • 06/05/2014

    3

    Bioeletrognese

    Fabio de Souza Monteiro, 2014

    Bioeletrognese

    Fabio de Souza Monteiro, 2014

    Importncia do canal de potssio

  • 06/05/2014

    4

    Bioeletrognese

    Fabio de Souza Monteiro, 2014

    Importncia do canal de potssio

    Ao relaxante da frao de alcaloides totais obtida de Solanum paludosum Moric. envolve

    modulao positiva da via do xido ntrico e dos canais de K+ em leo de cobaia e aorta de rato Protocolo Experimental (GURNEY, 1994)

    -

    +

    -

    +

    +

    -

    -

    +

    -

    +

    -

    A [5 mM]e

    [140 mM]c

    K+

    K+ K+ K+ K

    +

    A Repouso

    +

  • 06/05/2014

    5

    Efeitos relaxantes do extrato fenlico do plen apcola extrado

    de Apis mellifera em traquia de cobaia

    + -

    +

    +

    -

    -

    +

    -

    +

    -

    K+ K+

    B [140 mM]c

    K+

    +

    +

    + +

    +

    A [5 mM]e

    [140 mM]c

    K+

    K+ K+ K+ K

    +

    +

    -

    -

    -

    - -

    -

    +

    [30 mM]e

    Protocolo Experimental (GURNEY, 1994)

    A Repouso B 30 mM de KCl

    Efeitos relaxantes do extrato fenlico do plen apcola extrado

    de Apis mellifera em traquia de cobaia

    -

    -

    +

    -

    -

    +

    -

    +

    -

    K+ K+

    B

    [30 mM]e

    [140 mM]c

    K+

    +

    +

    + +

    +

    A [5 mM]e

    [140 mM]c

    K+

    K+ K+ K+ K

    +

    +

    -

    -

    -

    - -

    -

    + +

    +

    Protocolo Experimental (GURNEY, 1994)

    A Repouso B 30 mM de KCl

  • 06/05/2014

    6

    Efeitos relaxantes do extrato fenlico do plen apcola extrado

    de Apis mellifera em traquia de cobaia

    K+

    -

    + -

    +

    +

    -

    -

    +

    -

    +

    -

    K+

    C

    [80 mM]e

    [140 mM]c

    K+

    K+ K+

    B

    [30 mM]e

    [140 mM]c

    K+

    +

    +

    + +

    +

    K+ K+

    A

    K+

    [5 mM]e

    [140 mM]c

    K+

    K+

    +

    -

    -

    -

    - -

    -

    -

    -

    +

    -

    -

    +

    -

    +

    -

    + +

    +

    -

    +

    Protocolo Experimental (GURNEY, 1994)

    A Repouso B 30 mM de KCl C 80 mM de KCl

    Efeitos relaxantes do extrato fenlico do plen apcola extrado

    de Apis mellifera em traquia de cobaia

    +

    [140 mM]c

    +

    +

    A

    [140 mM]c

    K+

    K+ K+

    B -

    +

    [140 mM]c

    - -

    K+

    C +

    +

    +

    +

    - -

    -

    +

    +

    +

    [30 mM]e [80 mM]e

    K+

    K+

    K+ K+ K+ K

    +

    +

    +

    [5 mM]e

    +

    -

    -

    -

    - -

    -

    -

    -

    +

    -

    -

    +

    -

    +

    -

    + +

    +

    Protocolo Experimental (GURNEY, 1994) A Repouso B 30 mM de KCl C 80 mM de KCl

  • 06/05/2014

    7

    Bioeletrognese

    Fabio de Souza Monteiro, 2014

    Bioeletrognese

    Diferena de potencial eletroqumico () Trabalho til mximo necessrio para transportar 1 mol

    de um on de um compartimento interno para o meio externo de um sistema

    = Wq + We (gradiente de concentrao + eltrico)

    > zero i > e Ir zero i e (Ex.: K+)

    = zero i = -e Ir = zero equilbrio

    < zero i < e Ir zero e i (Ex.: Na+)

    Bioeletrognese

    Fabio de Souza Monteiro, 2014

    Bioeletrognese

    Deduzindo a Equao de Nernst Fornece a diferena de potencial eltrico para um nico

    on no equilbrio. Pose ser obtida da seguinte forma:

    = Wq + We (J/mol) = RTlnCi/Ce + zF(Vi-Ve)

    R = Constante dos gases (8,31J.K-1.mol-1)

    T = Temperatura absoluta (25C = 298K)

    Esboo: PV = cte. T

  • 06/05/2014

    8

    Bioeletrognese

    Fabio de Souza Monteiro, 2014

    Bioeletrognese

    Equao de Nernst

    Fornece a diferena de potencial eltrico para um

    nico on no equilbrio. Pose ser obtida da seguinte forma:

    = Wq + We (J/mol) = RTlnCi/Ce + zF(Vi-Ve)

    ln = logaritmo natural ou n de Euler (2,3.log)

    = RT 2,3.logCi/Ce + zF(Vi-Ve)

    Bioeletrognese

    Fabio de Souza Monteiro, 2014

    Bioeletrognese

    Equao de Nernst

    Fornece a diferena de potencial eltrico para um nico on no equilbrio. Pode ser obtida da seguinte

    forma:

    = RT 2,3.logCi/Ce + zF(Vi-Ve)

    Ci = Concentrao intracelular (mM/L)

    Ce = Concentrao extracelular (mM/L)

    z = carga do on

    F = constante de Faraday (96500C/mol)

  • 06/05/2014

    9

    Bioeletrognese

    Fabio de Souza Monteiro, 2014

    Bioeletrognese

    Equao de Nernst

    Fornece a diferena de potencial eltrico para um

    nico on no equilbrio

    = 0 RT 2,3.logCi/Ce + zF(Vi-Ve) = 0

    Vi-Ve = - 2,3RT logCi/Ce = - 59 logCi/Ce

    zF z

    Bioeletrognese

    Fabio de Souza Monteiro, 2014

    Bioeletrognese

    Aplicao da Equao de Nernst

    Espcies

    de ons

    Concentrao

    Intracelular

    (mM)

    Concentrao

    Extracelular

    (mM)

    Potencial de

    Equilbrio

    (mV)

    Na+ 12 145 +64

    K+ 155 4 ?

    Cl- 4,2 123 ?

  • 06/05/2014

    10

    Bioeletrognese

    Fabio de Souza Monteiro, 2014

    Bioeletrognese

    Aplicao da Equao de Nernst

    Sabendo que a ddp transmembrana numa clula -86

    mV, responda

    1. Qual desses ons est em equilbrio eletroqumico?

    Vi-Ve = - 59 logCi/Ce VNa = - 59.log12/145

    - 59 . ( - 1,082) = + 64 mV

    z

    Bioeletrognese

    Fabio de Souza Monteiro, 2014

    Bioeletrognese

    Aplicao da Equao de Nernst

    Sabendo que a ddp transmembrana numa clula -86 mV, responda

    2 Qual o sentindo resultante de cada on?

    = Wq + We (J/mol) = 2,3.R.T.logCi/Ce + zF(Vi-Ve)

    Na = 2,3.8,31.298 log 12/145 + 1.96500.( -86 x 10-3)

    Na = 5695,7.(- 1,082) + (- 8299) = - 6164 8299 =

    - 14463 < 0 e i

  • 06/05/2014

    11

    Bioeletrognese

    Fabio de Souza Monteiro, 2014

    Bioeletrognese

    Exerccio ddp do axnio gigante de lula (~ -70 mV)

    Qual desses ons est em equilbrio eletroqumico?

    Qual o sentindo resultante de cada on?

    Espcies

    de ons

    Concentrao

    Intracelular

    (mM)

    Concentrao

    Extracelular

    (mM)

    Potencial de

    Equilbrio

    (mV)

    K+ 400 20 ?

    Na+ 50 440 ?

    Cl- 52 560 ?

    Bioeletrognese

    Fabio de Souza Monteiro, 2014

    Bioeletrognese

    axnio gigante de lula

  • 06/05/2014

    12

    Bioeletrognese

    Fabio de Souza Monteiro, 2014

    Bioeletrognese

    Equao de Goldman-Hodgkin-Katz

    Determina o potencial de membrana permevel a vrios ons (Na+, K+ e Cl-)

    Vm = -58.log CNai.PNa + CKi.PK + CCle.PCl

    CNae.PNa + CKe.PK + CCli.PCl

    Permeabilidades relativas para o axnio gigante da lula a 25 C, PNa = 0,04; PK = 2 e PCl = 0,45

    Bioeletrognese

    Fabio de Souza Monteiro, 2014

    Bioeletrognese

    Perturbaes na membrana (potenciais graduais)

    Etapas

    1. Despolarizao: Abertura dos canais de

    Na+, com influxo desse on suficiente para

    anular a diferena do potencial

    transmembranal

  • 06/05/2014

    13

    Bioeletrognese

    Fabio de Souza Monteiro, 2014

    Bioeletrognese

    Perturbaes na membrana 2 Polarizao invertida: Continua a entrada de Na+, e

    com um pouco mais desses ons, a parte interna da clula fica positiva

    3 Repolarizao: fecham-se os canais de Na+, e o on K+ sai da clula, repolarizando-a

    A bomba de sdio/potssio expulsa o pequeno excesso de ons Na+ que estava no interior da clula e coloca o K+ para dentro, voltando ao estado inicial

    Bioeletrognese

    Fabio de Souza Monteiro, 2014

    Bioeletrognese

    Bomba de Na+-K+

  • 06/05/2014

    14

    Bioeletrognese

    Fabio de Souza Monteiro, 2014

    Bioeletrognese

    Bomba de Na+-K+

    Bioeletrognese

    Fabio de Souza Monteiro, 2014

    Bioeletrognese

    Potenciais graduais

    mudana de potencial com amplitude e durao variveis que conduzida de forma

    decremental; no tem limiar nem perodo

    refratrio

  • 06/05/2014

    15

    Bioeletrognese

    Fabio de Souza Monteiro, 2014

    Bioeletrognese

    Potenciais graduais

    Bioeletrognese

    Fabio de Souza Monteiro, 2014

    Bioeletrognese

    Potencial de Ao

    despolarizao que atinge o limiar de excitao da membrana e reverte a

    polaridade das clulas excitveis; tem

    perodo refratrio e sem decremento

  • 06/05/2014

    16

    Bioeletrognese

    Fabio de Souza Monteiro, 2014

    Bioeletrognese

    Potencial de Ao (neurnio e msculo esqueltico)

    Bioeletrognese

    Fabio de Souza Monteiro, 2014

    Bioeletrognese

  • 06/05/2014

    17

    Bioeletrognese

    Fabio de Souza Monteiro, 2014

    Bioeletrognese

    Bioeletrognese

    Fabio de Souza Monteiro, 2014

    Bioeletrognese

  • 06/05/2014

    18

    Bioeletrognese

    Fabio de Souza Monteiro, 2014

    Bioeletrognese

    Bioeletrognese

    Fabio de Souza Monteiro, 2014

    Bioeletrognese

  • 06/05/2014

    19

    Bioeletrognese

    Fabio de Souza Monteiro, 2014

    Bioeletrognese

    Potencial de Ao (msculo cardaco)

    Bioeletrognese

    Fabio de Souza Monteiro, 2014

    Bioeletrognese

    Potencial de Ao (clulas marca-passo cardaca)

  • 06/05/2014

    20

    Bioeletrognese

    Fabio de Souza Monteiro, 2014

    Bioeletrognese

    Potencial de Ao (msculo liso)

    Bioeletrognese

    Fabio de Souza Monteiro, 2014

    Sinapse

    uma estrutura formada por um neurnio pr-sinptico e uma regio ps-sinaptica

  • 06/05/2014

    21

    Bioeletrognese

    Fabio de Souza Monteiro, 2014

    Classificao das sinapses

    Sinapse eltrica

    membranas

    celulares em

    ntimo contato

    Permite a troca

    bidirecional de

    substncias e ons

    Ocorrem entre dendritos,

    clulas gliais, msculos liso

    Bioeletrognese

    Fabio de Souza Monteiro, 2014

    Classificao das sinapses

    Sinapses qumicas

    Neurotransmisssores:

    Acetilcolina Noradrenalina Serotonina

    Neurotransmisssores:

    Glicina

    GABA

  • 06/05/2014

    22

    Bioeletrognese

    Fabio de Souza Monteiro, 2014

    Toxina tetnica nas sinapses

    Bioeletrognese

    Fabio de Souza Monteiro, 2014

    sinapses

    Sinapses qumicas excitatrias

    PEPS Potencial excitatrio ps-sinaptico

    potencial gradual que se espalha de modo decremental, e se frequente poder disparar o PA

  • 06/05/2014

    23

    Bioeletrognese

    Fabio de Souza Monteiro, 2014

    sinapses

    Sinapses qumicas excitatrias

    PIPS Potencial inibitorio ps-sinaptico

    potencial gradual hiperpolarizante

    Bioeletrognese

    Fabio de Souza Monteiro, 2014

    Sinapses

  • 06/05/2014

    24

    Bioeletrognese

    Fabio de Souza Monteiro, 2014

    Auto-receptor (retroalimentao negativa)

    Bioeletrognese

    Fabio de Souza Monteiro, 2014

    Importncia das sinapses

    Base para a fisiologia do SNC, SNP, junes neuromusculares