BIBLIOGRAFIA 58 -...

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( 1.Classificação INPE COM.10/PE 1- 2.Periodo CDU.:621.38SR:551(815,14 - 817.3) ....~..• . Critério de Distri buição: ..... 3.Palavras Chaves (selecionadas pelo autor) SENSORIAMENTO REMOTO interna LEVANTAMENTO GEOLóGICO REGIONAL LANDSAT externa X RECURSOS MINERAIS -N.---- 5. Relatario n9 6.Data 7. Revisado por INPE-1096-PE/073 Agasto 1977 or e de esciii75 r7- L ---A, 8. Titulo e Sub - Titulo APLICAÇÃO DE SENSORES REMOTOS PARA LEVANTAMEN- TOS GEOLÓGICOS E DE RECURSOS MINERAIS COM BASE NAS IMAGENS LANDSAT NO NORTE DE MINAS GERAIS 9. Autorizado por r-) 451,41_, Nelson de Jesus Parada Diretor 10. Setor COdigo 11. N9 de cópias t -) 12. 13 Autoria Roberto Pereira da Cunha juêrcio Tavares de Mattos 14. N9 de paginas 63 13. Assinatura Responsavel /4-e. . 16. 16. Sumario/Notas Este trabalho apresenta os resultados çãO de sensores remotos em levantamentos geoiagicos te do Estado de Minas Gerais e parte do Estado de imagens LANDSAT, imagens de RADAR, fOtografias ajreas, mãtricos e interpretaçães automáticas com fitas CCT apresentadas a geologia regional, os recursos minerais 143.000 Km2, e os resultados obtidos com o auvtlio sores para a área de estudo. 15. Preço do estudo da aplica- regionais no nor Goiás, utilizando-se mapas magneto- do LANDSAT. SãO de uma área de dos diferentes sen i 17. 0bserva0es Este trabalho será publicado nos Anais do vrr Simpasio Brasileiro de Mineração, realizado em Porto Alegre de 3 1/7 a 5/8/77. .

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( 1.Classificação INPE—COM.10/PE 1- 2.Periodo CDU.:621.38SR:551(815,14 -817.3)

....~..•

. Critério de Distri buição:

.....

3.Palavras Chaves (selecionadas pelo autor)

SENSORIAMENTO REMOTO interna

LEVANTAMENTO GEOLóGICO REGIONAL LANDSAT externa X RECURSOS MINERAIS

-N.---- 5. Relatario n9 6.Data 7. Revisado por

INPE-1096-PE/073 Agasto 1977

or e de esciii75 r7- L ---A,

8. Titulo e Sub - Titulo

APLICAÇÃO DE SENSORES REMOTOS PARA LEVANTAMEN-

TOS GEOLÓGICOS E DE RECURSOS MINERAIS COM BASE

NAS IMAGENS LANDSAT NO NORTE DE MINAS GERAIS

9. Autorizado por

r - ) 451,41_, Nelson de Jesus Parada

Diretor

10. Setor COdigo 11. N9 de cópias t

-)

12. 13

Autoria Roberto Pereira da Cunha

juêrcio Tavares de Mattos 14. N9 de paginas

63

13. Assinatura Responsavel /4 - e. —.

16.

16. Sumario/Notas

Este trabalho apresenta os resultados

çãO de sensores remotos em levantamentos geoiagicos

te do Estado de Minas Gerais e parte do Estado de

imagens LANDSAT, imagens de RADAR, fOtografias ajreas,

mãtricos e interpretaçães automáticas com fitas CCT

apresentadas a geologia regional, os recursos minerais

143.000 Km2, e os resultados obtidos com o auvtlio

sores para a área de estudo.

15. Preço

do estudo da aplica-

regionais no nor

Goiás, utilizando-se

mapas magneto-

do LANDSAT. SãO

de uma área de

dos diferentes sen

i17. 0bserva0es Este trabalho será publicado nos Anais do vrr Simpasio

Brasileiro de Mineração, realizado em Porto Alegre de 31/7 a 5/8/77.

.

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INDICE

SUMARIO

ABSTRACT vi

LISTA DE FIGURAS vii

LISTA DE TABELAS viii

CAPITULO I

INTRODUÇÃO 01

1.1 - Generalidades 01

1.2 - Sistemas 02

1.2.1 - LANDSAT 02

1.2.2 - RADAR 03

1.3 - Localização 03

1.4 - Materiais 03

1.4.1 - Dados 03

1.4.2 - IMAGE-100 05

1.5 - Método de Trabalho 05

CAPITULO II

DISCUSÃO DOS RESULTADOS 09

2.1 - Estratigrafia 09

2.1.1 - Complexos 09

2.1.2 - Grupo Espinhaço 10

2.1.3 - Grupo Macanbas 11

-

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2.1.4 -

2.1.5 -

2.1.6 -

2.1.7 -

2.1.8 -

2.1.9 -

Formação Jequital

Grupo Araxá

Grupo Canastra

Grupo Bambui

Formação Areado

Formação Urucida

12

14

15

16

19

20

2.1.10 - Coberturas Terciãrias 21

2.1.11 - Coberturas Terciãrias - Quaternãrias 22

2.1.12 - DepOsitos Quaternários 22

2.1.13 - Intrusivas Bísicas 23

2.1.14 - Intrusivas Acidas 24

2.2 - Recursos Minerais 25

2.3 - Sensores e Técnicas 31

2.3.1 - LANDSAT 31

2.3.1.1 - Unidades 32

2.3.1.2 - Estruturas 42

2.3.1.3 - Quadro "índice das Unidades LANDSAT 44

2.3.2 - RADAR 44

2.3.3 - Fotografias Aéreas 46

2.3.4 - IMAGE-100 49

2.3.5 - Mapas Magnetom -étricos 53

CAPITULO III

CONCLUSOES 57

BIBLIOGRAFIA 58

APENDICE A - Mapa Geo15gico A.1

- i v

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APLICAÇA0 DE SENSORES REMOTOS PARA LEVANTAMENTOS

GEOLMICOS E DE RECURSOS MINERAIS COM BASE NAS

IMAGENS LANDSAT NO NORTE DE MINAS GERAIS

por

Roberto Pereira da Cunha

e

Juercio Tavares de Mattos

Instituto de Pesquisas Espaciais - INPE

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

12 200 - São Jose dos Campos, SP, Brasil

SUMARIO

Este trabalho apresenta os resultados do estudo da apli

cação de sensores remotos em levantamentos geológicos regionais no nor

te do Estado de Minas Gerais e parte do Estado de Gois, utilizando-se

imagens LANDSAT, imagens de RADAR, fotografias aéreas, mapas magnetome

tricos e interpretações automíticas com fitas CCT do LANDSAT. São a-

presentados a geologia regional, os recursos minerais de uma ãrea de

143.000 km2, e os resultados obtidos com o auxilio dos diferentes sen

sores para a ãrea de estudo.

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SUMÁRIO

Este trabalho apresenta os resultados do estudo da qpli

cação de sensores remotos em levantamentos geol5gicos regionais no nor

te do Estado de Minas Gerais e parte do Estado de Goiás, utilizando-se

imagens LANDSAT, imagens de RADAR, fotografias aéreas, mapas magnetomé

tricos e interpretaçjes automáticas com fitas CCT do LANDSAT. São a-

presentados a geologia regional, os recursos minerais de uma área de 143.000 Km2, e os resultados obtidos com o auxilio dos diferentes sen

sores para a área de estudo.

- V -

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ABSTRACT

This work presente some resulta from the study of

application ofremote sensing to the survey of regional geology of the

northern Minas Gerais state and part of the state of Goiás, utilizing

images from LANDSAT, RADAR, aerophotographs, magnetometric maps and

automatic interpretation of computer compatible tapes (CCT's) of the

LANDSAT. Regional geology, mineral resources of a 143.000 km2, area,

and results obtained with the he/p of different sensors are presented

fôr the area under study.

- vi -

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1.1 - Localização da área 04

FIGURA 1.2 - Configuração do Sistema IMAGE-100 - 06

FIGURA 1.3 - Diagrama de Fluxo de Trabalho 07

- vii

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LISTA DE TABELAS

TABELA 11.1 - Quadro SinOptico das ocorrências minerais 26

TABELA 11.2 - Quadro 'índice das unidades LANDSAT 45

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CAPITULO I

INTRODUÇÃO

1.1 - GENERALIDADES

A aplicação de sensores remotos, em levantamentos geo

16gicos, vem sendo empregado jã hã bastante tempo no Brasil, através

de fotografias aéreas convencionais. O aprofundamento do conhecimento

dos sensores remotos tomou grande impulso com o estabelecimento do

Programa Brasileiro de Sensoriamento Remoto, que se iniciou com a exe

cução da Missão 96 (CNAE, 1970), no Quadrilãtero FerrTfero em Minas

Gerais. Nesta época formou-se no Instituto de Pesquisas Espaciais, um

grupo de pesquisa voltado para o estudo de sensores remotos

com aplicação ao levantamento de recursos naturais, denominado

então Projeto SERE.

Iniciaram- ,,e os primeiros levantamentos aéreos através

de RADPR de visada lateral (SLAR), em Minas Gerais, obtendo-se as pri

meiras imagens no ano de 1969. O recobrimento, desde 1972, através do

SLPR com o Projeto RADAM, desenvolveu-se na região Amazónica e esten

deu-se atualmente a todo o territ6rio nacional.

Em 1972, a NASA colocou em órbita um satélite denomina

do EARTH RESOURCES TECHNOLOGY SATELLITE (ERTS), com estaçóes de ras

treamento, inicialmente nos Estados Unidos da América do Norte, Cana

dã, Brasil e atualmente na Itãlia.

Este satélite, hoje denominado LANDSAT e jã na sua se

gunda versão, LANDSAT 2, estã equipado com sensores imageadores mui

tiespectrais adequados para a pesquisa de recursos naturais, cujas ima

gens geradas, recobrindo todo o pais, são recebidas pela estação

que o Instituto de Pesquisas Espaciais instalou em Cuiabá. Convém

frisar que as imagens LANDSAT e as imagens de RADAR formam um acervo

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valioso para levantamentos de recursos naturais do território nacional,

destacando-se, particularmente o caráter repetitivo das imagens do

LANDSAT, de singular utilidade, como será explicado mais adiante.

1.2 - SISTEMAS

1.2.1 - LANDSAT

Os satélites, LANDSAT 1 e 2, possuem, para recursos

terrestres, dois sensores: o "Multispectral Scanner" (MSS), e o

Return Beam Vidican (RBV).

O sensor MSS é um sistema imageador capaz de fornecer

quatro imagens simultãneas da mesma cena observada, em quatro bandas

espectrais diferentes, correpondendo cada imagem a um canal:

CANAL COMPRIMENTO DA ONDA (nm)

4 500-600 Visivel 5 600-700

6 700-800 Infravermelho próximo 7 800-1100

O satélite em uma órbita sincrona com o sol, quasi-cir-

cular, a 920 Km de altura, faz um imageamento repetitivo, permitindo

obter imagens de uma mesma cena a aproximadamente a mesma hora local.

Em cada passagem, a área imageada é uma faixa continua de Terra, com

185 Km de largura, e apresenta uma superposição lateral de pelo menos

14%, entre as faixas adjacentes.

Fornece, o sensor MSS, imagens com a largura mencionada

e uma área de cerca de 34.000 Km2.

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-3-

1.2.2 - RADAR,

O RADAR (Radio Detection and Range) é um sensor ati-

vo que opera numa larga faixa do espectroeletromagnético, especialmen

te na região das microondas.

No levantamento, realizado pelo projeto RADAMBRASIL foi

utilizado o RADAR de visada lateral (SLAR), empregando comprimento de

onda de 3,12 cm (região das microondas - banda X), a uma altitude nomi

nal de imageamento de 11.000 a 12.000 metros acima do nivel do mar,

com direção norte-sul. As imagens originais, obtidas na escala de

1:400.000 foram posteriormente processadas sob forma de fotoindice na

escala 1:1.000.000 e mosaicos semi controlados na escala 1:250.000.

1.3 - LOCALIZAÇÃO

A área estudada localiza-se na região norte do Estado de

Minas Gerais, incluindo parte sudeste do Estado de Gois. Estã com-

preendida entre as coordenadas 16 0 e 18 ° S e 42 0 e 48 0W, abrangen

do a bacia do alto rio São Francisco e parte meridional da Sa. do Es-

pinhaço (Figura I.1).

1.4 - MATERIAIS

1.4.1 - DADOS

Neste trabalho foram utilizadas imagens LANDSAT em c6-

pias de papel (preto e branco), principalmente na escala 1:1.000.000.

Utilizaram-se também imagens de RADAR em mosaicos semi-controlados nas

escalas 1:250.000 e 1:1.000.000, fotografias aéreas preto e branco na

escala 1:60.000, fotografias infravermelho em falsa cor na escala

1:21.000, mapas magnetometricos nas escalas 1:100.000 e 1:1.000.000 e

fitas CCT (fitas magnéticas compativeis com o computador), de dados do

MSS do LANDSAT.

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- 4 -

LOCAL IZ AÇÃO DA ARE A

4O 42°

16 ° 16°

20° 20°

4 e 42°

ESCALA 1:11000000

70°

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1.4.2 - IMAGE-100

O sistema IMAGE-100 i um sistema de anãlise de imagens

baseado no caráter multiespectral das mesmas. Este analisador mul-

tiespectral permite a classificação automática de imagens da qual se

podem extrair informações temáticas, bem como realçar dados das ima

gens, produzindo maiores contrastes entre os alvos.

A Figura 1.2 mostra as componentes principais do siste

ma IMAGE-100.

1.5 - M£TODO DE TRABALHO

As etapas deste estudo estão representadas no Diagra-

ma de Fluxo de Trabalho (Figura 1.3).

Constou, basicamente, de interpretação fotogeolOgicacon

vencional (resguardadas as proporções de escala, nTvel de coleta dos

dados e a discriminação espectral) das imagens LANDSAT na primeira

fase. Durante todo o estudo houve realimentações no fluxo de trabalho,

voltando-se ã reinterpretação das imagens, depois da verdade terrestre

e interpretaç3es de novas imagens. Isto é possivel devido ã repetivi-

dade das mesmas, podendo-se deste modo usufruir das diferentes datas

de aquisição das imagens (diferentes datas de passgem do satélite), em

função de fatores vantajosos ou prejudiciais, decorrentes das varia

çóes sazonais e anuais, como por exemplo estação seca ou chuvosa, co-

bertura de nuvens, processamento eletrônico e outros, que irão influir

na qualidade para a interpretação dos diferentes alvos.

Na segunda etapa do trabalho, apOs a conclusão do mapa

geológico preliminar das imagens LANDSAT e caracterizando-se progres

sivamente os problemas inerentes ã geologia, geomorfologia e ã inter-

pretação dos seus conceitos, passou-se a utilizar os demitis sensores

e técnicas (RADAR, Fotografias Aéreas, IMAGE-100, Mapas magnetométri

cos) adicionando-se no mapa geológico as novas observações.

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CAPITULO II

DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Os resultados aqui apresentados compreendem uma síntese

dos conhecimentos geológicos, caracteristicas e dados obtidos com os

diversos sensores utilizados no mapeamento geolEgico regional.

A parte de estratigrafia envolve, somente, aspectos que

possam melhor caracterizar as diversas unidades mapeadas.

A descrição dos resultados dos sensores e técnicas, a

brange os aspectos mais importantes considerados pelos autores do tra

balho.

O mapa geol5gico em anexo engloba todos os resultados ob

tidos com os sensores, completando assim, aspectos aqui não descritos.

2.1 - ESTRATIGRAFIA

2.1.1 - COMPLEXOS

As rochas que compõem esta unidade são constituídas de

gnaisses, granito-gnaisses e xistos cristalinos, ocupando a parte sudes

te da área - regiões de Capelinha, Malacacheta e Agua Boa - e a região

do eixo Itacambira - Barroco, estendendo-se ai, na direção N-S parale

la ã serra do Espinhaço.

Estas rochas encontram-se sotopostas e discordantes

(discordãncias erosionais) com outras sequencias estratigráficas, po

rem, devido a altos estruturais, que atualmente encontram-se rebaixa

das pela erosão, elas constituem belas exposições, como em Senador Mo-

destino Gonçalves e Itacambira.

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Como estes complexos mostram distribuições restritas em

írea torna-se, dificil de correlacioní-los podendo-se, somente, estabe

lecer relaçEes entre elas e as unidades mais novas. Constituem ro-

chas intensamente perturbadas, apresentando fortes alinhamentos estru

turais com direções NW-SE, a norte de Capelinha. Apresentam-se bem

metamorfisadas e alteradas, com micaxistos e gnaisses em muitos pontos

cortados por veios de quartzo e de pegmatito, com cianita abundante.

Morfologicamente correspondem a íreas muito arrasadas,

apresentando um controle estrutural condicionante do relevo.

2.1.2 - GRUPO ESPINHAÇO

Aplicou-se o termo Grupo Espinhaço Os sequências de ro

chas quartziticas, conglomeríticas e filiticas que ocorrem nas serras

do Espinhaço e do Cabral. Esta unidade praticamente apresenta a mes-

ma distribuição em írea da "Série Itacolomi" de Moraes (1930-1937),po

rem, o termo Espinhaço, aqui empregado, se deve a Freyberg (1932) e Mo

raes Rego (1936).

A distribuição deste grupo é representada pelo serra do

Cabral e, na cordilheira do Espinhaço, pelas serras dos Macacos, da

Contagem, das Almas, Nova, da Itacambira, do Machado, do Curral, do

Areão $ Pico da Gordura, de Cantagalo, do Barão, da Bocaina, Gado Bravo,

Morro do Balão Velho.

As rochas predominantes são os quartzitos e arenitos com

leitos conglomeríticos e camadas finas de filitos. Os quartzitos cons

tituem a litologia que ocupa as maiores extensões e que, devido O sua

maior resistencia, são os que mais se destacam na topografia. Os fili

tos ocorrem, geralmente, intercalados com os quartzitos, são bem lami-

nados e com uma distribuição alongada paralela ao acamamento dos mes

mos.

Os metassedimentos deste grupo são encontrados ao longo

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da serra do Espinhaço (ao sul da área), recobrindo rochas do embasamen

to e ou Grupo Minas e, em discordância erosional, sobre o complexo

granitõide de Itacambira.

Quanto ao aspecto estrutural, o Grupo Espinhaço apresen-

ta-se dobrado em anticlinais e sinclinais, com orientação preferencial

dos dobramentos na direção N-S. Os falhamentos, que são bem evidencia

dos pelas drenagens, apresentam direções preferenciais NW NS, cons

tituindo-se na sua maioria de falhas normais, fraturas menores e linea

mentos, em geral, podem ser observados cortando este grupo e estenden-

do-se além do limite ocidental da serra, através do Grupo Bambui. Suas

direções situam-se perpendicularmente ou em diagonal, em relação aos

eixos estruturais principais.

2.1.3 - GRUPO MACAOBAS

Moraes (1937), estudando o norte de Minas Gerais, denomi

nou as rochas deste grupo de Formação Macaribas, enquadrando-as, junto

com a Formação Sopa, na Série Lavas.

Neste trabalho considerou-se, tanto em.distribuição em

ãrea como estratigraficamente, a Formação Macaúbas de Moraes (op at), po

rém, elevada a categoria de grupo.

Este grupo ocorre na borda ocidental da serra do Espinha

ço margeando a com uma faixa de três a quatro quilõmetros de largura,

fazendo contato nesta área, com os quartzitos do Grupo Espinhaço e com

rochas do Grupo Bambui. É na borda oriental da serra, rumando para

leste, que o Grupo MacaUbas atinge um grande desenvolvimento, principal

mente no eixo Carbonita-Virgem da Lapa, regiões banhadas pelos Rios A-

raçuai e Jequitinhonha. Também estende-se para norte, além das re

giões de Rubelita, Salinas e médio Rio Vacarias.

Esta unidade é constituida, essencialmente, de quartzi

tos, metarenitos, metaconglomerados, filitos e micaxistos. Os quart-

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zitos, ao sul dá área, são predominantes, geralmente impuros, diferen

ciando-se dos quartzitos do Espinhaço pela má seleção granulométrica e

por serem levemente conglomeráticos. Também os filitos nesta área são

impuros e quase sempre intercalados nos quartzitos.

Pode-se observar que, na medida em que se distancia da

borda oriental da serra do Espinhaço, no sentido leste, o grau metam6r

fico desta unidade aumenta, chegando a atingir fácies anfibolito.

Sob o ponto de vista estrutural, os Grupos Macaúbas e

Espinhaço se assemelham, pois apresentam igual direção de acamamento,

bem como dobramento com eixos NS, embora, estes sejam menos frequen

tes no Grupo Macaiíbas. Falhamentos inversos ou de empurrão ocorrem ao

longo da borda ocidental da serra, fazendo com que as rochas do Maca&

bas se sobreponham ãs do Grupo Bambui. Ao longo do rio Araçuai e a

norte de Capelinha, fortes alinhamentos estruturais com direções NE

são bem destacados, junto ao contato do Grupo MacaUbas com os xistos

e gnaisses dos complexos.

2.1.4 - FORMAÇÃO JEQUITAI

Derby (1889) foi o primeiro a descrever um conglomera

do nas proximidades de JequitaT, o qual continha seixos de vários tama

nhos, desgastados e formados de diversas rochas, denominando-os de con

glomerados Jequi taT.

Em vários trabalhos, as rochas desta formação foram men

cionadas ou estudadas com respeito ã sua origem (glacial), bem ocmo cor

relacionadas com as rochas do Grupo MacaGbas em função da variação es

pacial do grau metam6rfico que elas apresentam.

Neste trabalho consideraram-se pertencentes ã Formação

Jequitai, não somente os diamiètitos da região de Jequital, como tam-

bém os arenitos conglomeráticos, que se encontram assentados em dis-

cordãncia sobre quartzitos do Grupo Espinhaço, em toda a borda ociden

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tal e oriental da serra do Cabral e serra da Agua Fria. Considerou-se,

portanto, pertencente a esta formação, um conjunto de litologias carac

terizadas pela má seleção granulomgtrica e diversidade petrogrãfica de

seus sedimentos, que estrutural e estratigraficamente apresentam-se se

melhantes em toda a borda da serra do Cabral.

Esta formação em vários aspectos, litolOgicos estrati

gráficos e estruturais é comparável com as sequencías do Grupo MacaLl

bas prOximos ãs bordas da serra do Espinhaço. quanto ao grau de me

tamorfismo que estas sequencias são bem diferenciáveis, motivo pelo

qual a separação e feita.

A maioria das ocorrências da Formação JequitaT caracte

rizam-se por um metamorfismo de baixo grau, preservando estruturas

primãrias e alguns aspectos de textura dos sedimentos originais.

Os sedimentos desta formação, na sua maior parte, apre-

sentam-se bem estratificados, com direção preferenciais para NE e mer-

gulhos acentuados no sentido leste. Nos dois flancos da Serra do Ca-

bral, esta unidade pode ser observada assentada em discordãncia sobre

os quartzitos do Grupo Espinhaço e, tambêm, em discordáncia sobre eia,

encontram-se os metassiltitos, calcários e alguns quartzitos do Grupo

Bambui.

Segundo Morais (1937), esta formação sofreu dobramen

tos, acompanhados de laminação, e falhamentos com intrus&es de dia

bãsio, ocorrendo sob forma de anfibolitos diabasdides. Pode-se obser — var que várias falhas e fraturas do Grupo Espinhaço estendem-se para

esta formação colocando-se em direOes diagonais aos eixos estruturais

principais.

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2.1.5 - GRUPO ARAXA

Definido por Barbosa (1955), na cidade do mesmo nome, o

cupa o Grupo Araxã, na ãrea estudada, uma estreita faixa meridiana

abrangendo quase uma centena de quilómetros de largura a sul de Campo

Alegre de Gois; para o norte torna-se mais estreita, chegando ati

as cercanias de Luziãnia, onde inflete-se para oeste. Esta faixa,

contida na sua maior parte no Estado de Gois, e constituída, predomi-

nantemente, de micaxistos (muscovita-xisto, biotita-xisto, "sericita-

xistos"), filitos, quartzitos, metabasitos (raros).

As estruturas mais proeminentes situam-se a sul de Cam-

po Alegre de Gois. São lineamentos, fraturas e pequenos falhamentos

noroeste paralelizados estrutura que ocorre neste local, assinalada

como um falhamento de empurrão. Ao sul desta estrutura localizam-se

as intrusivas Mesozóicas de Catalão e, ao norte, os corpos graniticos

de Sesmaria e Pires Belo. As estruturas deste grupo, que a sul são

essencialmente NW, assumem quase que direção meridiana (NNW) em dire

ção ao norte reassumindo próximo a Lusiinia, a direção NW e daT pro

longando-se para oeste com direções WNW.

As ãreas de ocorrência do Grupo Araxã são bastante ar — rasadas pela erosão e recobertas por crostas laterTticas. São morros

arredondados, com vales pouco profundos, cujo grau elevado de arrasa

mento dissimulou as estruturas e seus contatos com as outras unidades.

A identificação da unidade Araxã no campo, na porção

sudeste de Gois, e em parte facilitada pelo seu grau metamórfico (fã

cies epidoto-anfibolito), quando em afloramento fresco, e também preju

dicada, pois os xistos estão geralmente fortemente intemperizados. As

principais ocorrências localizam-se prOximo aos rios São Bartolomeu e

Furnas (sericita-xistos), em Campo Alegre de Gois, no trecho Catalão

ã Cristalina, e na estrada Unal-Brasília.

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As relações de contato do Grupo Araxã com o Grupo Bam

bui estão associadas com falhamentos de empurrão os quais, nem sempre,

sio distinguiveis nas imagens LANDSAT. As relações de contato com o

embasamento (sul de Minas Gerais), são discordantes.

2.1.6 GRUPO CANASTRA

Esta unidade foi definida como a anterior por Barbosa

(1955). Na porção sudeste da ãrea.mapeada, ocupa a Serra dos Pilões

e dal prolonga-se at'ê o rio Corumb -ã, a norte de Campo Alegre de Goiás.

constituTda exclusivamente, por filitos e quartzitos, ora predomi-

nando este ora aquele. Os filitos são de cores variadas, prateadas,

cinzentas, roxas, predominando, entretanto, os Ultimos. Geralmente,

GOM presença de veios de quartzo, este filitos, formam uma morfologia

de campo mostrando paisagem de colinas, comdrenagemdendritica, ãs ve

zes variando para o padrão baioneta, denunciando intercalações de

quartzi to.

As estruturas mostram orientações predominantes NNW po

dendo, localmente (a sul de Guarda-Mor), mostrar direções NE. As es

truturas são denunciadas pelos quartzitos, que formam cristas orien-

tadas segundo as orientações citadas.

Os criterios adotados, para a identificação desta uni-

dade nas imagens, são coincidentes nos trabalhos de campo e cornos tra

balhos existentes. Os mapas existentes assinalam esta unidade, desen-

volvendo-se desde a serra da Canastra no sul de Minas Gerais e aden-

trando-se em Gois, próximo a Luziãnia.

Suas relações de contato com o Grupo BambuT, não são su

ficientemente definidas, quer nas imagens quer no campo. Mostram po

rém, em certos lugares. ser de caracter tectónico (Falhamento de empur

rio). Os contatos com o Grupo Araxã, são citados através de falha

mentos de empurrão, nem sempre claros.

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Os criterios utilizados para separar os metamorfitos Ca

nastra do Grupo Araxã, nesta írea, foram a monotonia da sua sequência

litolEgica (filitos e quartzitos), seu grau metamOrfico menor (fã

cies xistos verde), e sua deformação menos intensa.

2.1.7 - GRUPO BAMBU!

Derby (1880-1881) iniciou .o primeiro trabalho sobre a

distribuição geogrãfica e as litologias desta unidade. Depois segui

ram-se trabalhos de outros autores como Rimann em 1917, criando a "Se

rie Bambui", Freyberg (1932), Branco e Costa (1961), Oliveira (1967),

Barbosa (1965-1967), entre outros.

Braun (1968), estudando a estratigrafia do Grupo Bambul

notou que as colunas estratigrãficas estabelecidas atê então não eram

aplicíveis a toda a extensão da unidade. Dividiu, então, o grupo em

tres formações: Fm. Paranoã (inferior), Fm. Paraopeba(intermediSria)

e Fm. Três Marias (superior).

Amaral e Kawashita (1967) realizaram datações em fo -- lhelhos, na região de Vazante (MG), encontrando uma idade de 600 - +

30 m.a, o que permitiu incluir esta unidade no Pre-c superior.

Os limites do Grupo Bambui, tanto ocidental como orien

tal, são mencionados como tectanicos através de falhas de empurrão ou

inversas, porem isto e mais evidente para os limites orientais. No li

mite ocidental, região de Gois, não se observam tão claramente os

falhamentos de cavalgamento, comumente assinalados para separar os gru

pos Bambul, Araxã e Canastra ao longo de todos os seus contatos, e sim

somente, em alguns trechos. Deve-se ter em conta que, ao longo deste

contato ocidental do Grupo Bambui, houve uma grande dissimulação causa

da pelo aplainamento dos diferentes ciclos erosivos.

As relações de contato, ate o momento estudadas, mos-

tram estar este grupo discordante das sequências Araxã e Canastra, ou

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perturbadas por falhamentos. O contato com as rochas do Espinhaço é

discordante e também estrutural. Alguns autores salientam a passagem

gradual entre as sequências Araxã, Canastra e Bambu'''.

A constatação nas imagens LANDSAT, de subunidades do

Grupo Bambuí, seio melhor traduzidas pela divisão estratigrãfica fei

ta por Braun (1968) a qual apresentaremos com comentários vãlidos

para a área de estudo.

Formação Paranoã (Andrade Ramos, 1956) - composta de quart-

zito, arenitos finos e médios, argilitos, metasiltitos e conglo

metados é identificada, com certa facilidade, nos arredores

de Cristalina (GO). E composta nesta ãrea, por metasiltitos ,

quartzitos e diamictitos.

Nesta região de Goiás, as rochas da Fm. Paranoã estão cortadas

por dois sitemas de fraturas, um NE e outro NW. O primeiro,

mineralizado com cristal de rocha e, outro, estéril. Nas ima

gens LANDSAT, os sistemas de falhas e fraturas NW são os que

mais se destacam. A estrutura "d5mica", onde se situam as li

tologias da Fm. Paranoã, é bem identificãvel e denunciada por

um sistema de drenagem radial centrífugo.

Formação Paraopeba (Branco e Costa, 1961) - Reune uma sequên

cia litolOgica bastante variada na qual se incluem calcãrios, a

renitos, quartzitos, arc6seos, conglomerados, fintas, folhe

lhos, siltitos, margas, dolomitos, ard5sias e argilitos.

Tomando-se como linha de referência as cidades de João Pinhei

ro, a sul, e Bonfin5polis de Minas, a norte se podem situar

as litologias desta formação em dois setores: oriental e oci-

dental.

O setor ocidental, estruturalmente mais complexo, com camadas

raramente horizontais, bastante dobradas, falhadas e fratura

mente intenso, caracterizou-se por uma grande variação litolOgi

ca horizontal e vertical. Desde João Pinheiro, observam-se fo

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lhelhos e calcãrios dobrados e a norte, próximo a Bonfinópolis

de Minas, passam estas litologias a um predominio de ardósias,

secundadas por metasiltitos igualmente dobrados. No trecho en

tre Vazante (MG) e Unai a variação litológica é mais acentuada

de filitos assentados sobre calcãrios, seguindo-se para norte,

encontramos em Vazantes metasiltitos e calcãrios. Jã na serra

das Araras observam-se filitos e quartzitos em contato com ar

dósias e doiomitos. Na'região deParacat6 observam-se metasil-

titos, ardósias e filitos intercalados com lentes de calcãrios.

Para a região de Unai predominan as ardósias e os arc6seos sem

faltarem as lentes de calcãrios que, juntamente com estas lito-

logias, mostram um dobramento bastante caracterTstico na re giJo.

As características estruturais da Fm. Paraopeba, neste setor,

enquadram-se nas descrições das Camadas Indaiã de Freiberg

(1932).

A tentativa de uma subdivisão da Formação Paraopeba, neste se-

tor, como a proposta por Branco e Costa (1961), é inexequivel.

As litologias apresentam-se descontinuas, com característicasse

dimentares a metamórficas bem diversificadas.

A Fm. Paraopeba, no setor oriental, mostra uma monotonia lito

lógica e estrutural maior. formada por ardósias e calcários

horizontais a subhorizontais. Esta rochas mostram continui-

dade lateral em grandes extensões, formando uma sequéncia coei-

posta essencialmente de clásticos finos e carbonatos, com me

tamorfismo incipiente.

O fraturamento dos calcãrios mostram duas direções, uma a no

roeste, principal, e outra nordeste. Este fraturamento evi

denciado pelos processos de dissolução, que tormam as fraturas

mais amplas, o que as tornam mais visíveis nas imagens. Os do

bramentos são isolados, descontinuas, e as maiores deformações

ocorrem próximo a serra do Cabral e do Espinhaço.

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Formaçío Três Marias (Branco e Costa, 1961) ocupa a porção

central da ãrea, mapeada em uma faixa com direção noroeste. São

litologias essencialmente horizontais, localmente subhorizon

tais, que se assentam trangressivamente tanto is rochas hori-

zontais da Fm. Paraopeba como is rochas dobradas.

As litologias componentes desta formação são, principalmente,sil

titos, arcOseos e arenitos finos.

Na região central da bacia do Bambui o contato, devido i hori

zontalidade das rochas subjacentes aparenta ser concordante. Na

região dobrada, setor ocidental da formação Paraopeba, local

onde as litologias sotopostas estio inclinadas (dobradas),a

Três Marias, assentando-se horizontalmente, mostra-se discordan

te da Fm. Paraopeba.

2.1.8 - FORMAÇÃO AREADO

Sob a designação de Formação Areado, proposta por Bar-

bosa (1965), porêm não sendo enfocada a divisão adotada pelo autor

em membros ou, como aceita por outros, como fácies, considerou-se um

conjunto de litologias, arenitos argilosos, conglomerados, siltitos

e folhelhos (em sequência ritmica), que ocorrem entre as bacias do

rio Paracatú e do São Francisco e entre este e o rio das Velhas, cor

respondendo ao chapado dos Gerais e serra do Repartimento.

Os sedimentos desta formação acham-se assentados na

Formação Três Marias e em alguns pontos recobertos parcialmente pela

Formação Uructlia.

Em toda a sua irea de ocorrência, esta formação encon

tra-se afetada por processos erosivos (erosão diferencial) mostrando

morfologia caracteristica, com feições escarpadas, topos aplainados,

predominando os tipos mesas e torres.

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A idade destes sedimentos, devido ao contendo fossili

fero, permite correlacioni-los ao Cretáceo Inferior.

Grossi Sad et alli (1971) sugerem considerar tal forma

ção, compreendida no intervalo Aptiano-Albiano.

2.1.9 - FORMAÇÃO URUCOIA

Em trabalhos de "Mesa Redonda" sobre o Cretáceo de Mi

nas Gerais, realizado no XXV Congresso Brasileiro de Geologia, ficou

estabelecida a área de ocorrência da Formação Urucuia (área setentrio

nal da bacia Sanfranciscana) embora sujeita a alterações, a medida

em que novos estudos de caráter sistemático e detalhados sejam feitos,

no sentido de definir os limites de ocorrência de tais sedimentos cre

tácicos.

Na área de estudo, a Formação

região situada a norte de Jequitai, entre os

de Grande, onde seus sedimentos encontram-se

cia erosiva, sobre as rochas do Grupo Bambui

Santo Antonio, constituindo a Serra do Morro

tos da Formação Areado.

Urucuia, restringe-se á

rios São Francisco e Ver-

assentados, em discordin-

Tambêm a leste do rio

Vermelho ocorrem sedimen-

Esta sedimentação detritica, contemporãnea ao vulcanis

mo Mata da Corda, revela domináncia de arenitos, incluindo, localmen

te, conglomerados, sendo que suas espessuras são variáveis, não ultra-

passando a 100 metros.

Devido aos efeitos dos ciclos erosionais, estes sedimen

tos, atualmente, apresentam-se retalhados, com morfologia bem horizon-

tal e distribuidas irregularmente. A silicificação ou laterização dos

arenitos tornou-os bem resistentes, produzindo, assim, chapadas exten

sas e mesetas com escarpas abruptas, que constituem uma caracteristica

marcante da presença destes sedimentos.

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Os sedimentos da Formação UrucGia, quanto ã sua idade

são considerados pertencentes ao Cretãceo Superior. Grossi Sad etalli

(1971), quando se referiram ã . idade da Formação Mata da Corda, consi

derando o Uruct -lia como fãcies desta, comentam: "As datações, empreen

didas por Hasui e Cordani (1968), estabeleceram idades em torno de

80 milhões de anos para o vulcanismo tufãceo, o que assegura idade

cretãcea superior (Cenomaneana-Turoniana) para a formação".

2.1.10 - COBERTURAS TERCIARIAS

As coberturas terciãrias, na área mapeada, são observa

das em toda a extensão, entre os rios Jequitinhonha e Araçuai, e

pr6ximo ãs cidades de Itamarandiba, Capelinha, Minas Novas e Araçuai

estendendo-se em direção ao norte, formando extensas chapadas recober

tas por um solo pardo a avermelhado, com muitos fragmentos de quartzo

e canga.

Estas coberturas, são observadas, capeando litologias

do Grupo Macaribas (principalmente xistos) e que devido a ciclos ero

sionais e ã erosão fluvial, estes sedimentos apresentam-se fortemente

retalhados, sendo que seus contatos são definidos pelos processos ero-

sivos,

Na Chapada de São Domingos, os sedimentos ocorrem em

grandes afloramentos atingindo espessuras considerãveis sendo consti

tuidos por arenitos brancos ã amarelados, friãveis com alguns niveis de argilas intercalados. Nestes afloramentos, dois niveis mais ou me

nos distintos de sedimentos podem ser observados e separados: um de

arenito (areno-conglomerãtico) compacto e outro mais argiloso, que

se intercalam.

Nesta localidade e arredores, tem-se uma das melhores

exposições de tais sedimentos cenoz6icos. Por este motivo, usou-se

aqui, informalmente, o nome de Formação São Domingos.

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Recomendamos que uma secção tipica nesta chapada, nas

proximidades de Coronel Murta e Leliverdia, deva ser feita para que as

sim estes arenitos finos com niveis mais argilosos, possam caracteri

zar uma proposição formal.

2.1.11 - COBERTURAS TERCIARIAS-QUATERNARIAS

As coberturas do Terciãrio-Quaternãrio, na área, ocor-

rem capeando quase todas as unidades mapeadas, cobrindo tanto as ro

chas do Grupo BambuT como as da serra do Espinhaço a leste, e as dos

elevados a oeste, em Goiás.

Estas coberturas geralmente cascalhentas (areno-argilo

sas), encontram-se em diversos niveis de diferentes cotas, podendo mui

tas vezes estarem laterizadas ou não.

Geralmente, nas regiões baixas e vales, estas cobertu

ras são constituidas de areias residuais, mostrando vestTgios de late-

rização incipiente.

Em boa parte as coberturas apresentam-se como tipicas

lateritas como e o caso das ocorrencias das serras dos Pilões, Aldeia,

Tiririca, do Contraforte Central, etc., produzindo um solo avermelha

do com concreções e pisalitos ferruginosos.

Tais capeamentos, em todo a área, apresentam uma morfo-

logia suave, sem expressões que sobressaiam no relevo regional, atin-

gindo cotas alem de 600 metros e mostrando também vãrios &h/eis, onde

ciclos erosionais atuaram.

2.1.12 - DEPOSITOS QUATERNÁRIOS

Sob a designação de depasitas quaternários consideramos

os sedimentos recentes, aluviões, acumulados ao longo dos cursos d'

ãgua, ocupando suas calhas ou constituindo terraços fluviais.

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Tais depOsitos, geralmente cascalhentos a areno-argilo-

sos, encontram-se restritos aos vales dos rios sob forma de bancos de

areia e cascalhos, is vezes diamantiferos, não ocupando maiores exten

sões, exceto os aluviões do vale do rio Jequitinhonha, do rio das Ve-

lhas e do rio Sio Francisco, onde chegam a formar planTceis de inunda-

ção.

Dentre estes depOsitos quaternirios, principalmente os

de terraço, que se encontram distribuTdos em diversos niveis, alguns p0

dem ser considerados como detriticos, porém a sua separação seria di-

ficil de se fazer na escala do trabalho.

E importante frizar que os aluviões da área considera

da apresentam-se de grande importância, devido ao seu cariter diamanti

fero.

2.1.13 - INTRUSIVAS BASICAS

A ocorrencia de rochas bisicas ou metabasitos no norte

de Minas Gerais e relativamente frequente, encontrando-se na sua maior

parte encaixadas no Grupo Espinhaço, rochas dos complexos, e • sendo

raras ou ausentes nas unidades mais novas.

Os ciclos erosionais que atuaram nesta regiSo, no senti

do de rebaixar o relevo, permitiram que estas rochas atualmente aflo-

rem, cortando até rochas dos complexos, mostrando assim que elas pos

sam ser de virias gerações.

Estas rochas podem alcançar espessuras consideriveis,com

extensões razoáveis e com grande frequencia na serra do Espinhaço. Ge

ralmente estas intrusivas manifestam-se fortemente intemperizadas, mos

trando umaaterial avermelhado, bem decomposto. Correspondem a diques

ou sills de diabisio, preenchendo fraturas com direções diversas.

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Devido ã escala de trabalho, não foi possivel, mapear

tais rochas, porém, Moraes (1937) descreve exposições destas rochas

junto ao rio Jequitinhanha, entre Desembargador Otoni e Terra Branca, a

NW de Itacambira e serra do mesmo nome, em Barroco, região de Brejo

das Almas, na serra Gigante, entre Serrinha e São Gil, a SE de Grão

Mogol, nas encostas da serra do Cabral, próximo a Buriti Grande etc.

Também no trabalho de Frank (1968), este autor plotou

as ocorrências destas intrusivas bísicas numa parte da serra do Espi-

nhaço (Folha Inhal).

2.1.14 - INTRUSIVAS ACIDAS

As intrusivas cidas encontram-se encaixadas nas rochas

do Grupo Macaribas (xistos), próximo a Coronel Murta, Virgem da Lapa

e Araçuai.

Nesta região nordeste (médio rio Jequitinhonha) as in

trusivas cidas afloram constituindo um relevo montanhoso, que se des

taca na topografia regional. Tais afloramentos bastante frequentes,

constituem-se de granitos que, devido i sua maior resistencia a ero-

são, em comparação aos xistos que lhes são circunjacentes, constituem

belas exposições destas intrusivas permitindo sua localização a dis

tincia.

Tais granitos ocorrem como corpos homogéneos em forma de

grandes blocos dentro dos xistos intensamente deformados, apresentando

cores cruzadas, de granulação fina e média, ricos em bi , tita, com al

guns finos crisais de feldspato, e veios pegmatõides.

Também na região sudeste de Goiás, são assinalados no

mapa do Projeto Goiania I, corpos intrusivos ácidos prõximo is locali-

dades de Sesmarias e Pires Belo (GO).

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2.2 - RECURSOS MINERAIS

Através do conhecimento da geologia de uma região é que

se tem uma base fundamental para as descobertas de rochas e minerais

5teis.

O fato de certos recursos minerais não formarem dep6si

tos economicamente aproveitáveis, nunca será motivo para não cadas-

trá-los, pois os dep5sitos atualmente atribuidos como não aproveita

veis, devido mesmo a falta de tecnologia de aproveitamento que os tor

nem econOmicos, além de servirem para estudar a sua distribuição e mo

do de jazimento contribuindo para o conhecimento dos fatores condi

cionantes do seu nemplacement", podem vir a ser depósitos de valor e-

conõmico no futuro, em função da demanda e desenvolvimento tecnológica

O Grupo Bambus devido ao seu caráter litolOgico e estru

tural, constitue a unidade mais importante na prospecção de minerais

metálicos como chumbo e zinco e sua clã paragenética. A ocorrênciades

tas mineraliza0es, estão, geralmente, associadas ás rochas carbonata-

das, e suas concentrações estão relacionadas a áreas afetadas por fa

lhas e dobras. Apresentam também estas rochas, bom condicionamento pa

ra mineralizaç5es de fosfato, fluorita e barita. Da mesma forma , que

estes minerais, o diamánte, outro e quartzo constituem riquezas mine

rais da área, as quais desde o inScio do século tem sido exploradas.

As ocorrências minerais são sumarizadas na Tabela 11.1.

- Zinco, Chumbo, Prata e Cobre

As suas jazidas formam o mais importante depOsito mineral da

área estudada. Estes minerais concentram-se em zonas de pre-

dominãncia de calcários do Grupo Bambul. Segundo Amaral (1974),

o eixo entre Vazante (MG) e Itacarambi (MG) tem sido motivo de

diversos estudos com as descobertas dos dep5sitos da região de

Vazante. Tais dep5sitos estão geralmente associados ã zona de

falhas ou, ás vezes, a mineralização é disseminada, formando pe

quenos depOsitos com a presença de fluorita e vanádio, que po

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TABELA II.]

QUADRO SIWTICO DAS OCORRÊNCIAS MINERAIS

RECURSO MINERAL

LOCALIZAÇA0 E OBSERVAÇA0

Zn, Pb, Cu

Zn, Pb, Cu

ZN. Pb

Vazante (MG), Mina do Ingí. Depósito filoniano bre

cha de falha.

Vazante (MG), Cia Mineira. Depósito filoniano bre

cha de falha.

Vazante (MG). Morro Lapa Nova. Depósito filoniano.

Pb, (Zn) Morro Agudo (MG). Depósitos filonianos e dissemima

do.

Pb, Zn, Ag Paracatu (MG). Faz. Trairas. Disseminado e veio

de quartzo.

Zn, Pb Brasilia de Minas (MG). Veios de calcita

Cd Vazante (MG). Minérios primários de zinco.

Au Veios de quartzo dos filitos do Gr. Canastra.

Au Paracatu (MG). Morro das Almas. Aluvionar.

Au Minas Novas (MG). Vale do Araçuai - jazidas.primí-

rias, depósitos de aluvião, veeiros de quartzo.

Ainda nos rios Jequitinhonha, Velhas e Paracat6.

Mn Associado aos filitos do Gr. Macaúbas, ás ardó .... sias do Gr. Bambui e aos xistos do Gr. Araxí.

Va Veios enriquecidos em vanadinita e descloizita,jun .... to ao contato dos veios, como nas planícies de es-

tratificaçáo dos dolomitos do Gr. Bambu'' '.

Fe Itamarandiba (MG). Itabiritos.

Fe Região do médio Vacarias. Peixe Bravo. Itabiritos.

Ni Xistos do Araxí (ultrabísica), e ultrabísicas do

Espinhaço.

Co No Grupo Araxã (asbolana), ligada a complexos ul .._. trabásico.

Cr Complexos ultrabísicos nos micaxistos do Gr. Araxã.

Sn ProvTncia estanifera no nordeste de Minas Gerais.

AracuaT. Salinas. Viroem da Laoa).

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continuação Tabela 11.1

RECURSO MINERAL

LOCALIZAÇÃO E OBSERV

Pt Nas fraturas dos quartzitos Espinhaço e conglomera-

dos Macúbas (intrusão nas rochas dos Grupos Espi -

nhaço e Macúbas).

Li Ambligonita nos pegmatitos de Salinas e Itamarandi-

ba (MG).

Berilo Salinas, Virgem da Lapa, Coronel Murta, Capelinha,A

raçuaT (MG).

Pirita Vazante(MG).

Fluorita Nos calcários do Grupo Bambul.

Fosfato DelSósitos sedimentares no Grupo Bambul.

Caolim Buenópolis (MG). Derivado de filitos.

Calcários Buenapolis, Bocaiuva, Montes Claros, Francisco Sã,

São Romã°, Vazante, João Pinheiro, Paracatu e Unal,

em Minas Gerais.

Grafita Itamarandiba, Barreiras (MG), no Grupo MacaGbas e

filitos do Grupo Canastra.

Cianita Itamarandiba, Minas Novas, Capelinha (MG) e Seixos

rolados no Rio Jequitinhonha.

Barita No Grupo Bambui associado a depósito de Pb-Zn, ou

em veios-camada cortando calcarios.°

Amianto Salinas e AraçuaT (MG).

Abrasivo Buenópolis (MG). Em ardósias decompostas do Grupo

Bambu.

Mica Capelinha (MG).

Cristal de serra do Cabral, serra Mineira, serra da Itacam-

Rocha bira, Buen5polis, Montes Claros em Minas Gerais,

Cristalina em Gois.

Diamante Grão Mogol (MG), sul de Goiás, rio Pilões, rio Cla

ro e Verissimo.

_

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continuação Tabela 11.1

RECURSO MINERAL

LOCALIZAÇÃO E OBSERVAÇOES

Ãgua Marinha Minas Novas, Salinas e Itamarandiba (MG), rio Je

quitinhonha e AraçuaT.

Turmalinas AraçuaT (MG) (rubelita-turmalina vermelha), Barra

de Salinas (MG), Coronel Murta (MG), Itamarandi _. ba (MG).

Citrino Salinas (MG), Cristalina, Santa Luzia e serra dos

Cristais, em Gois.

Kunzita Minas Novas, AraçuaT, Barra de Salinas em MG

Andaluzita Barra de Salinas (MG) e nas areias da bacia do A _ raçuaT, nos Municipios de Minas Novas e AracuaT

(MG).

Apatita Salinas (MG).

Diopsidio AraçuaT e Salinas (MG)

(Cromifero)

Epidoto Salinas (MG)

Heliodoro Minas Novas (MG)

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dem ser explorados como subproduto.

As principais ocorrências de zinco e chumbo podem ser assim

descritas:

Distrito de Vazante - é explorado o minério oxidado, as-

sociado a brecha hematitica.

Região de Morro Agudo (MG) - situados na estrada Vazante-

Paracatu (MG), ocorrem depósitos de galena, esfalerita e

pirita, em veios de quartzo, associados a falhas e fratu

ras, ou galena e esfalerita associadas a dolomitos com mi

neralização estratiforme.

Região de Brasilia de Minas - (São João da Ponte) - também

apresentando mineralizaçóes associadas a zonas de falha,

que cortam cãlcírios intercalados com folhelhos.

As zonas com maior permeabilidade ã circulação de ãguas sub

terrãneas, em especial as ãreas afetadas por falhamentos e

fraturamentos, segundo Amaral (op.cit) são as de maior impor-

tância para a prospeçção destes depósitos. A região de Coro-

mandei (MG) ate Paracatu, apresenta vãrias lentes calcãrias,a

fetadas por processos tectOnicos, as quais são bem favorãveis

a estes depósitos minerais. O eixo de Paracatu a Una''' . talvez

venha a se constituir numa excelente ãrea para a prospecção

destes recursos, jH que são abundantes as lentes de calcarios

e dolomitos, contribuindo também o dobramento e falhamento

imposto a estas litologias. Sob o ponto de vista estrutural ,

esta constitui-se em uma das melhores ãreas do Grupo Bambui,

para tal prospecção.

Existem descriçóes de ocorrências de minerais não metílicos

como barita, fosfato, fluorita, que aumentam o interesse eco-

nómico das rochas deste grupo.

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- Calcãrio

A lentes de calcário do Grupo Bambui, com espessuras conside

rãveis, tornam-se de expressão económica. Estes calcários,

relativamente ouros, com teores baixos em sílica, tem sua

utilização na fabricação de cimento, cal, corretivo de solo,

etc.. As reservas mais importantes encontram-se nas regiões

de Montes Claros, BuenSpolis, e Unai, todas em Minas Gerais.

- Diamantes e Ouro

Os diamantes são praticamente lavrados a partir dos conglome

rados diamantiferos do Grupo Espinhaço, de jazidas residuais

que capeiam estas rochas e, em maior escala, nos depósitos

aluvionares dos rios Jequitinhonha, AraçuaT, Velhas, Jequi-

ta e seus afluentes.

O ouro aluvial, a exemplo do diamante e largamente dissemina

do, porem, uma lavra direta visando esta mineral não exis-

te atualmente, sendo obtido como sub-produto da lavra do

diamante. Provavelmente associa-se a veios de quartzo ou a

depósitos detriticos mais antigos, como os paraconglomerados

do Grupo MacaUbas. Sua exploração concentra-se nos rios das

Velhas, Jequitai, Jequitinhonha, parte media do Araçuai, na

pbrção sudeste de Goiás (em veios de quartzo), nos Grupos Bam

buí e Canastra. Almeida (1968) salienta que as rochas peli-

ticas do estigio inferior da faixa de dobramentos (Grupo Ca-

nastra) são por toda a parte auríferas.

- Quartzo (Cristal de rocha)

Predominantemente nas regiões de Cristalina (serra dos Cris-

tais-GO) e serra do Cabral (MG), existem veios, geodos e dru

sas de cristal de rocha, com valor económico de exploração.

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Provavelmente de origem hidrotermal, ou com associação de

pegmatitos preenchem fraturas nas rochas quartziticas. O

cristal de rochaenfumaçadoacha-se associado em quartzitosse

riciticos e nos filitos. Concentram-se, os veeiros de quart

zo, nas rochas dos Grupos Espinhaço, Macaúbas e Bambul.

Existem ainda, ocorrencias de cristal de rocha nas localida

des de Buen6polis, Salinas (em pegmatitos), e serra de Ita-

cambira, todas em Minas Gerais.

Alem dos depósitos minerais citados, a área abrangida pelo

trabalho apresenta inGmeras outras ocorr'encias minerais de

interesse económico.

Ocorrem depósitos de ferro (Itabiritos) em sedimentos do Gru

po Macaúbas, na região do rio Peixe Bravo. Nos xistos ver

des do Grupo Araxã, ocorrem niveis de cassiterita, e os ser

pentinitos são portadores de cromita e talco (Braun, 1970).

As regiSes de Araçuai, Salinas e Fortaleza constituem uma pro

vincia pegmatitica bastante rica em ocorrencias minerais, co

mo os depósitos de turmalina, berilo, ãgua marinha, etc.

A este da serra do Espinhaço, um estudo das intrusivas ultra

básicas poderá levar ao conhecimento de ocorrências de cobre

cobalto, platina, niquel, cromo, baucita, etc.

2.3 - SENSORES E TÉCNICAS

2.3.1 - LANDSAT

São apresentadas as caracteristicas das diferentes u-

nidades e estruturas, identificadas e interpretadas, a partir das ima

gens LANDSAT e constantes no mapa geol5gico em anexo.

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2.3.1:1 - UNIDADES

UNIDADE Pc - (COMPLEXOS)

Esta unidade concentra-se em duas áreas distintas, apre

sentando, em cada uma, diferentes tons de cinza e texturas, os quais

não permitiram, através deste sensor, caracterizar e correlacionar as

varias litologias entre estas duas "áreas.

No canal 5, na parte sudeste, regiões de Itamarandiba

e Setubinha esta unidade é bem caracterizada pelos tons fotograficos

(cinza escuro para as areas de xisto e cinza claro para os gnaisses) e

pela textura, que e grosseira para os gnaisses e média para os xistos.

A rede de drenagem nestas regiões embora mostrasse uma grande densida-

de, não apresentou condições de ser extra :ida devido ã intensa ramifica

ção de seus tributarias. Portanto, não foi possivel, observar alguma

caracter'istica marcante, expressa por ela, como fator de individuali

zação da unidade.

No eixo Itacambira-Barroção e estendendo-se para o

norte, esta unidade e individualizada, no canal 7, pelo forte contras-

te morfolOgico apresentado entre suas rochas e as da unidade Espinhaço.

O limite entre estas unidades é marcado por um relevo bem escarpado,

permitindo assim, uma delimitação bem precisa.

As diferenças de tons de cinza no canal 5, e de textura

no canal 7, constituem outros elementos para a separação das unidades

sobrejacentes a ela, como e o caso das coberturas Terciarias-Quaterna-

rias, que constituem manchas escuras e homogeneas espalhadas sobre es-

ta unidade, que apresenta tons mais claros e textura mosqueada.

UNIDADE pee - (Grupo Espinhaço)

Devido persistencia do relevo das rochas que consti

tuem esta unidade, principalmente os quartzitos, boas informações pude

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ram ser obtidas nos quatro canais.

A morfologia de suas rochas permite uma delimitação bem

precisa desta unidade, tanto na serra do Cabral, em contato com a For-

mação Jequitai, como na serra do Espinhaço, em contato com as rochas do

Grupo Bambui (borda ocidental) e com as rochas do Grupo Macanbas e Com

plexos (borda oriental).

Devido ã escala de trabalho, não foi possivel estabele-

cer ou diferenciar sub-unidades para este grupo, embora, através do

tom fotográfico, no canal 5, separam-se nas áreas dos quartzitos, que

apresentam tons de cinza escuros, áreas de filitos, cujas as tonalida

des são bem mais claras. As áreas de conglomerados foram, também, di-

ferenciadas dos quartzitos e filitos, pelos tons de cinza médio e uni

forme.

O tom fotográfico, foi um átimo elemento de reconheci

mento para observações dos contatos destas rochas, com as do Grupo Ma-

cabas e coberturas recentes, nas regiões de Olhos P'água e a oeste

de Bocaitiva.

Um outro critério para a individualização desta unidade,

principalmente nos canais 6 e 7, foi a grande intensidade de feições

estruturais, principalmente fraturas, que são peculiares da unidade e

tão bem evidenciadas neste sensor.

A rede de drenagem, nesta unidade, "é bem visualizada nos

canais 6 e 7. Embora condicionada as estruturas e ã litologia, não a

presenta um padrão tipico que possa caracterizar a unidade.

Unidades pcm e Pci - (Grupo Macanbas è Fm. Jequitail

As rochas da unidade Pai (Macanhas) e a unidade pcj (Je

quitai), aparecem nos canais 5 e 7, com tons mais claros que as rochas

da unidade Espinhaço, e mais escuras que as da unidade Bambui e Com-

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plexos. Podemos considerar o tom fotográfico como principal critério

de identificação destas unidades e da demarcação do contato entre e-

las.

A unidade Macúbas, por apresentar uma grande distribui

ção em área, mostra nas imagens, variações tonais e texturais bem a

centuadas. Nas observações feitas verificou-se, principalmente na ca

nal 5, que o tom fotogrãfico apresenta uma variação gradacional com o

grau metamOrfico de suas rochas. Assim, esta unidade na serra do Es

pinhaço, próximo ã borda, mostra tons de cinza médios e, ã medida que

se distancia para leste, estes tons tornam-se mais claros, acompanhan

do o aumento do grau metamórfico.

No canal 7, podemos verificar que a textura varia de

fina e homogénea, para uma textura grosseira e não tão uniforme, devi

do ã alteração da densidade de drenagem e do conjunto de estruturas

(zonas cizalhadas e falhadas) que esta unidade apresenta.

Na região entre Itamarandiba e Queixada, a demarcação

do contato com os Complexos apresenta uma grande dificuldade, pois as

rochas de ambas as unidades possuem litologias semelhantes. Nas ima

gens foram utilizadas diferenças.sutis,entre tons fotográficos, a fim

de estabelecer uma zona provável onde o contato possa ser traçado.

As rochas da Formação Jequitai, constituem uma unidade

de fãcil delimitação nas imagens, principalmente canal 5, pelo tom fo

togrãfico, como jã mencionado, e no canal 7 pela textura fina e homo-

genea, contrastando com as rochas circunjacentes.

Esta unidade, pej, que se apresenta com uma faixa es

treita e descontinua, mostra em certas partes dos flancos da serra

do Cabral, uma morfologia escarpada que constitue um bom critério pa-

ra sua delimitação com as rochas da unidade Bambui.

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UNIDADE oca - (Grupo Araxí)

Esta é a unidade de mais difícil identificação, para

írea de estudo, nos quatro canais, das imagens LANDSAT.

A textura predominantemente média e, tom de cinza cla-

ro, no canal 7 e canal 6, não são critérios definidores desta unidade,

porém, mesmo assim, os melhores.

A drenagem, onde preddminam xistos em vales rasos, de

maneira geral dendritica, com tributírios curtos que, em muitas 'g

reas, tornam-se dificéis de traçar mostrando praticamente uma textura

de drenagem.

Os limites com a unidade pEb (Grupo Bambui) são devi

dos, principalmente ã drenagem mais complexa e ã textura mais grossei

ra em relação a propria unidade, como por exemplo a região de Lu-

ziínia, analtsando-se o canal 5. Nos canais 6 e 7 esta unidade, pEa,

mostra tons de cinza mais claros que aquela.

Os limites unidade da lua coma unidade Canastra nas re

gi6es do rio Corumbí (por estrutura), e cercanias de Campo Alegre de

Gois (por textura), não são tão claros como o brusco contraste (de

drenagem, tom e textura), da região de Santo Antonio do Rio Verde.

Nesta ultima região, Santo Antonio do Rio Verde, a unidade Araxí, a-

presenta um tom de cinza escuro, drenagem menos proeminente e textura

mais lisa, que a apresentada pela Unidade Canastra.

UNIDADE 'Dec - (Grupo Canastra)

A delimitação desta unidade, que possue uma das respos

tas mais altas nos canais 6 e 7 (vide Image-100), é feita facilmente

nestes canais.

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Os seus limites com a unidade Bambuí, pooem ser obtidos

com os canais 5, 6 e 7, sendo que o contato, por estrutura e morfolo-

gia, fica mais facilitado nos dois canais do infravermelho.

A drenagem dos filitos desta unidade, por ser mais den-

sa (dendrítica - ver fotografias aéreas), permite estabelecer o conta-

to com a Unidade Araxe„ por exemplo, o limite sul da unidade.

A separação de subunidades, através dos componentes li-

tolegicos, s possivel em termos de predominãncia. Por exemplo, o

flanco mais oriental desta unidade, mostra resposta em tons bastantes

claros no canal 7, indicando uma predominãncia de quartzitos. O flan-

co mais a ocidente apresenta, no canal 5, uma drenagem dendrítica e

tons de cinza escuros, denotando a influência, na resposta, dos fili

tos desta unidade.

Os limites desta unidade para o setor ocidental, com a

unidade Araxã, situada a oeste, e com a unidade Bambul, a norte, são

muitas vezes se identificãveis nos canais 6 e 7, e em outras partes u-

nicamente no canal 7. Na ãrea em estudo, a interpretação desta unida-

de exige bastante cautela levando-se sempre em consideração os crité-

rios da metodologia adotada.

UNIDADE Nb - Grupo Bambui

UNIDADE pcbpa - (Fm. Paranoã)

Esta unidade e identificada somente nos arredores de

Cristalina (GO), com quase igual facilidade nos quatro canais.

A textura e o elemento principal de identificação. E

uma textura média a grosseira, mais denunciada no canal 7. Correspon

dem os limites desta textura, com grande coincidência nos diferentes

canais, aos limites da formação Paranoã, nos mapas existentes.

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Esta unidade fica situada nos domínios de drenagem ra

dial centrifuga da estrutura regional dOmica, do alto de Cristalina.

Os seus componentes litológicos, os quartzitos, não são denunciados

por nenhuma carcteristica de drenagem, textura, etc., mas são os prin

cipais responsáveis pela resposta da unidade, com tons de cinza cia

ros a médios nos canais 4 e 5, e médios nos demais. No canal 4, es-

ta unidade apresenta-se com uma forma ovalada e bem destacada.

UNIDADE pebpb - (Formação Paraobepa)

A identificação e demarcação desta unidade se faz com

os canais 5, 6 e 7 (principalmente canais 5 e 7).

Inicialmente, vamos dizer que a subdivisão desta unida

de nas imagens LANDSAT, para esta região, não vai encontrar uma cor-

respondéncia com a subdivisão estratigráfica existente.

Podemos identificar com o auxílio do canal 5, nas re

giões do eixo Unai-Vazante e nas regiões de Montes Claros e Buenop5 -

lis, os calcários desta unidade. Estes "calcários", para determina

das regiões, são identificados, no canal 5, devido á vegetação e ao

solo, apresentando um tom de cinza escuro e textura lisa que, para a

região de Vazante á Paracatu, podem confundir-se com as coberturas

lateriticas, que apresentam tons e texturas semelhantes. Os calcá

rios da região de Montes Claros, são evidenciados por apresentarem es

carpas, podemdo na sua identificação utilizar-se os canais 6 e 7.

As dolinas servem somente como feições de identifica-

ção indireta, não sendo indicativas de áreas mapeáveis como "calcá

rios", já que ocorrem, geralmente (vide fotografias aéreas) em aé-

reas cobertas com depósitos terciãrios-quaternários como, por exemplo,

a planicie de inundação do rio São Francisco e os depósitos aluviona-

res e, em parte eluvionares, da região drenada pelas bacias do rio Pa

racatu e Preto. Podem ser, dependendo do local, estas dolinas, cons

truidas em função da rocha sobrejacente (calcários), ou do próprio ma

terial aluvio-eluvionar, muitas vezes, com grande conteúdo de mate

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rial carbonãtico.

Areas delimitadas, como Vazante, Montes Claros e Buenõ

polis, com diferentes formas de afloramentos, correspondem â delimi-

tação de unidades (no canal 5 a ãrea Vazante, e no canal 7 as demais),

com predominância de material carbonãtico, não sendo os calcãrios ex

clusivos.

Nas regiões de UnaT, Paracatu, Vazante, BonfinSpolis é

que foi poss .- R/e] identificar, nas imagens do LANDSAT, a maior varieda

de de componentes litolOgicos desta unidade. Próximo a Vazante, de

nunciado por uma drenagem dendritica densa, muito caracterTstica, i

dentificamos, principalmente no canal 5, ãreas de ocorrências de fi-

litos, que nas imagens seguem com este padrão para sul. A oeste de

UnaT delimitam-se com boa precisão, através da drenagem dendrTtica fi

na e do tom de cinza escuro no canal 5, ãreas com predominància de sil

titos. Os quartzitos desta unidade podem ser identificados, especial

mente, através dos canais 6 e 7, desde Vazante até UnaT. Na região de

BonfinOpolis, com uma textura mosqueada no canal 5, as vezes confundi-

da com a textura da Fm. Três Marias, identificam-se ardõsias. Esta

textura, porém,não lhe é peculiar e somente aplicâvel nesta ãrea.

Para as regióes mais a oeste, onde as coberturas late-

rTticas mostram sua exuberância, a identificação de tipos litolagicos

e subunidades torna-se mais difIcil, se não inapta (vide fotografias

aéreas). No setor a leste do rio São Francisco, os tons e as textu-

ras, nos canais 5 e 7 são, de modo geral, contInuos em grandes ãreas,

com pequenas variações locais e sem um padrão de drenagem caracterTs-

tico. Nesta ârea a monotomia das caracteristicas de fotointerpreta

ção, indica o predominio de um mesmo tipo litolOgico (ardõsias).

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UNIDADE pebtm - (Formação Tres Marias)

Apresenta uma textura mosqueada, elemento bastante in-

dicativo, no canal 5, que não e, porem, uma feição exclusiva sua. Nas

regiões de Unai e Bonfinõpolis e sul de João Pinheiro, o uso somente

da textura para a separação desta unidade, pode levar a confusões, já

que a unidade adjacente (pebpb) apresenta muita semelhança neste as

pecto. Por isso, aliado ao canal 5, utilizou-se o canal 7, principal

mente para demarcar os limites desta unidade.

sabido que as litologias desta unidade são, na sua

maioria, horizontais, e ocorrem em nivel topográfico superior ao das

demais litologias deste grupo. Isto faz com que os arc5seos e silti-

tos formem mesas ou chapadas, bordejadas por escarpas bem nitidas, e

observáveis nos canais 6 e 7 como, por exemplo, na serra da Onça, prO

ximo a Jequitai e na serra da Maravilha, próximo a Caatinga. O pro-

cedimento, para a individualização desta unidade, sempre constou de

uma identificação preliminar no canal 5, e posterior delimitação no

canal 7, auxiliadas com o canal 6. E bom salientar, que os aflora

mentos desta unidade, sendo resultantes do relevo de rochas horizon

tais (relevo tabular), motivo de freqüentes coberturas (lateritas, e

luviões, etc.), devem ser observados com cautela, quando por elas re

cobertos, para evitar confundir esta unidade com as unidades do cre-

táceo.

Interessante feição, observa-se nas imagens LANDSAT

desta unidade, num perfil de Unai a Bonfinõpolis. As litologias bas

tante dobradas da Fm. Paraopeba sio observadas serem interrompidaspe

la cobertura horizontal a sub horizontal, da Fm. Tres Marias e, lo-

go apõs, voltam aparecer no outro lado da Chapada do rio Preto, moS

trando um dos mais interessantes exemplos, talvez, de discordncia no

Grupo Bambui.

Os limites do Grupo Bambui com outras unidades estão,

por sua parte, jã salienteados, com a descriçio dessas outras.

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UNIDADEX(Cretãceo)

A estas unidades correspondem as formações Urucuia e A

reado. São litologias de fácil identificação nos canais 5 (principal

mente) e 7. Formam relevos tabulares, recobertos com solos e vegeta

ção caracteristicas, mantidas, em certos casos, ãs custas de uma cros

ta lateritica, dando uma textura lisa, nos canais 5 e 7, e um tom

cinza escuro, no canal 5.

Estas unidades mostram, ate certo ponto, uma pobreza

de drenagem que, quando existente, denunciada por tributãríos no ca

nal 5, com um traçado grosseiro em virtude de mata galeria que os a-

companha:

Na zona central da ãrea interpretada, região das cha-

padas dos Gerais, ocorrem as duas unidades, Urucúia e Areado. A dis

tinção destas, no canal 5, pode ser feita nesta região, da seguintema

neira: A unidade mais nova, Ku (Urucilia), apresenta uma menor densi

dade de drenagem, um tom de cinza mais escuro e a textura mais lisa,

devido a possuir maior cobertura eluvionar, (com solos vermelhos),que

pode estar parcialmente laterizada, sendo seu relevo, tabular, contro

lado por este fator. A unidade Ka (Areado) possue um tom de cinza

mais claro, uma drenagem mais abundante e textura menos lisa, devido

ã erosão jã ter ultrapassado o nivel de aplainamento, que a unidade U

ruciiia ainda testemunha. Ainda esta Unidade Areado, distingue-se da

Unidade Tres Marias, por possuir textura lisa (tom de cinza, claro

mais continuo), e drenagem com traçado dos tributãrios, nas imagens,

mais largos que a Fm. Tres Marias, na qual os tributãrios da rede

de drenagem possuem um traçado mais fino e mais definido.

A unidade Urucjia na região de Montes Claros, apresen

ta as mesmas caracteristicas do Chapado dos Gerais. Distingue-se

mais facilmente das rochas adjacentes, por estar em contato direto

com as unidades pcb (Grupo Bambu), as quais possuem uma textura mais grosseira. Os limites da unidade Ku (Uruciiia) apresentam-se com bor

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das escarpadas, que facilitam sua identificação (ver RADAR), princi-

palmente no canal 7.

UNIDADE T (Coberturas Terciãrias

Nas imagens LANDSAT, o critério de identificação des-

tas coberturas é a morfologia. Aparecem com formas alongadas, acom-

panhando os divisores d'ígua, possuindo superfícies continuas com

grandes extensões. Seus limites, na sua maioria, são escarpados, fa

cilitando sua observação em qualquer canal, porém, mais bem evidencia

do nos canais do infravermelho. Esta unidade apresenta também tom fo

togrífico bem representativo para sua individualização e separação

de solos (refletidos pela vegetação), que os recobrem.

A rede de drenagem nestas litologias, é bem evidencia

da, mostrando ser superimposta e responsãvel pelo grau de dissecamen-

to.

UNIDADES TQ e Q (Terciãrio e Quaternírio e Aluviões)

Estas unidades, de fãcil identificação em quase todos

os canais das imagens LANDSAT, apresentam, no canal 5, uma textura li

sa, um tom de cinza escuro e com padrão de drenagem denunciado pela

mata galeria, que ocorre em quase todos os tributãrios, dando-lhes um

traçado grosseiro nas imagens. Tais características são realmente

decisivas para a identicação desta unidade TQ.

Quando em planícies de inundação, estas unidades TQ,

diferenciam-se dos depõsitos aluvionares (Q), das calhas dos rios,

principalmente por possuirem um tom de cinza mais claro, na região ma

peada e no canal 5, e um entalhamento da drenagem mais característico

e bem definido.

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2.3.1.2 - ESTRUTURAS

As estruturas observadas nas imagens LANDSAT, muitas

vezes ji estão citadas na descrição das prõprias unidades geológicas ou

assinaladas no mapa geológico. Apresentamos aqui, as principais

caracterTsticas delas.

As estruturas de primeira ordem, traçadas a partir das

imagens LANDSAT, correspondem is que os mapas existentes assinalam co-

mo falhas de empurrão ou inversas. Assim, podemos observar na serra

do Espinhaço, uma serie de longas e proeminentes estruturas, tidas co

mo falhamentos inversos. Assinaladas, também, como falhamentos de em

purrão, as estruturas da borda da serra servem de limite entre o Gru-

po Macaribas e o Grupo Bambul.

Na região de Santo Antonio do Rio Verde, observa-se uma

grande estrutura em forma de um "esse" aberto, acompanhada de linea

mentos paralelos, marcados em todos os mapas existentes, como falha-

mento de . empurrão, jogando o Grupo Araxã sobre a Fm. Ibiã. Ê bem

possivel que esta estrutura seja realmente, uma falha de cavalgamento.

Para as regiões da chapada do rio Preto, e a leste de

Bonfinópolis, ocorrem duas longas estruturas. A mais ocidental (falha

do rio Preto) prolonga-se ate João Pinheiro e, a mais oriental, am

bas em parte com coberturas, estende-se até Canoeiros, possivelmente.

A estrutura situada mais a oeste, falhamento seguido desde a serra de

São Domingos, talvez seja uma das feições estruturais mais notãveisdas

imagens LANDSAT, pois este longa estrutura, possivelmente corresponde

ao limite da faixa de dobramentos Brasilia, ou ao limite do craton do

Sio Francisco.

As estruturas de segunda e terceira ordem, falhamen

tos, fraturas e lineamentos, sio proeminentes, por exemplo, na região

de Una i e Paracatu, onde se observa um padrão de dobramento

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("geossinclinal folding") holomOrfico estruturalmente típico, com

cristas constituindo um relvo "apalachiano" igualmente tipico. Es-

tas estruturas refletem-se debaixo das coberturas lateriticas, graças

à diminuição da espessura de laterização nas cristas existentes as

quais, apOs a época das chuvas, ficam mais ressaltadas.

Estruturas de segunda e terceira ordem são, também, ex

pressivas em toda a região central e setentrional da ãrea, constituin

do, em rochas do Grupo Bambui, uma série de lineamentos com direções

preferenciais NW. A sul de Juramento, São João da Lagoa e norte de

Joaquim Felicio, são observados grandes lineamentos, refletindo es

trúturas antigas dobradas e arrasadas, formando sinclinais e anticli

nais com padrão idiomErfico.

Nas rochas do Grupo Espinhaço, principalmente, e na

serra do Cabral, observa-se também, tanto no canal 5 como 7, linea-

Oes nitidas de grande extensão, algumas tendo seguimento nas rochas

do Grupo Bambui. As direções predominantes dos falhamentos nestas

rochas são visTveis pela rede de drenagem, seguindo, aparentemente,

as principais direções de toda a parte sul da serra, embora as dire

ções, das falhas paralelas aos principais eixos estruturais e às dia

gonais a este rumo, variem acentuadamente. Os quartzitos além destas

feições (falhamentos) mostram vãríos sistemas de diaciasamento, predo

minando os com direções transversais, isto é E-W. Na serra do Ca-

bral, os quartzitos apresentam um fraturamento intenso quase sempre

com direções longitudinais e diagonais ã serra.

Mais a leste da serra do Espinhaço, as estruturas tor

nam-se menos visiveis, devido ao intenso intemperismo e às extensas

coberturas aluviais e terciãrias. Situação semelhante ocorre na re-

gião do Estado de Goiãs, onde as extensas coberturas laterlticas mar-

caram a maior parte das estruturas.

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2.3.1.3 - QUADRO INDICE DAS UNIDADES LANDSAT

A Tabela 11.2 sumaria as observações feitas com as

imagens LANDSAT, das diversas unidades geolegicas, em função dos ele

mentos de reconhecimento mais significativos nas anãlises.

O número marca a características peculiar da unidade,

e o valor do número corresponde ao canal onde esta determinada carac-

terTstica é mais acentuada. O número sem parenteses indica uma prio-

ridade sobre o outro. bom salientar que tambem contribuem, como cri

trio complementar, as demais caracteristicas, mas não são tão defi

nidoras como as assinaladas.

2.3.2 - RADAR

Os resultados das interpretações de imagens de RADAR, foram adicionados ao mapa geolegico final.

Na anãlise das imagens deste sensor, a tonalidade e

textura, permitiram distinguir corpos d'ãgua, sistema de drenagens,

formas de relevo e individualizar a maioria das unidades geolegicas.

O sistema de drenagem, extraido das imagens, permitiu

observar o condicionamento de seus cursos e, nas serras do Cabral e

Espinhaço, estabelecer limites entre zonas com relevo acidentado. Nas

regiões com maior grau metamerfico e com morfologia suave, embora a

densidade de drenagem fosse maior, o seu traçado foi difícil, ao con

trerio de ãreas menos metamerficas e com relevo acidentado.

As unidades geolegicas, delimitadas neste sensor, fo-

ram observadas quase que exclusivamente pela textura e, as diferenças

de tom e textura em terrenos com pequena variação de altitude e decli

vidade, permitiram evidenciar tipos litolOgicos diferentes.

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As unidades geolõgicas com destaque topográfico (escar

pas ou com cristas alinhadas) foram facilmente mapeadas, devido ao

sombreado que o RADAR fornece. Esta caracterTstica de sombreado faz

com que a morfologia do terreno seja realçada dando, assim, contras

tes entre as unidades.

Na região do complexo, a sudeste, a individualização de

subunidades e delimitação com outras unidades foram difTcies, fazen

do com que muitos contatos fossem inferidos.

Quanto as aspecto estrutural, o RADAR mostrou ser ex

celente, destacando com grande nitidez feições lineares, lineamentos

fraturas e falhas, principalmente nas unidades da serra do Espinhaço

e do Cabral. Nas regiões sedimentares (ãreas calcãrias do Grupo Bam

buT) e junto ás coberturas cretãcicas e recentes, tais estruturas e

ram nitidas, refletindo possiveis fraturamentos ou falhamentos das ro

chas subjacentes.

A disponibilidade de mosaicos fotográficos de RADAR,

na escala 1:250.000, muito influenciou na obtenção de bons resulta

dos de fotointerpretação, os quais, permitiram obter maior precisão

dos contatos entre unidades e realçaram mais as estruturas.

2.3.3 - FOTOGRAFIAS AÉREAS

Observaram-se, principalmente nas fotografias aéreas

branco e preto, as características e as relações de contato das uni-

dades Araxã, Canastra e BambuT. Foi escolhida uma área teste conhe-

cida através da literatura geolõgica e da verdade terrestre, da qual

extralram-se as informações, auxiliares, para interpretação das carac

terTsticas regionais.

A unidade Araxã, representada na ãrea te:te pela cha-

mada Fm. Ibiã, apresenta, nas fotografias aereas, a textura mais lis

ta e o tom de cinza mais escuro das tres unidades. A sua drenagem e

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mais esparsa, com tributírios longos em relação ãs outras unidades.

Somente através do padrão de drenagem, j -a. é possível separar esta u

nidade na ãrea teste.

A unidade Canastra, nestas fotografias, pode se dividi

da em duas unidades:

A) mais a oeste, constituída com predominância de filitos; e

8) mais a leste com predomínio de quartzítos.

A unidade A, apresenta a drenagem mais característica

de todas. r um padrão dendrítico denso com tributírios principais en

caixados em vales em "V", estreitos e, os secundários retalhando

as vertentes dos vales. A textura e ligeiramente íspera, e o tom de

cinza é médio. O simples traçado da drenagem desta unidade, jí indi

ca as íreas de ocorrencia de filitos.

A unidade B, composta de quartzitos, apresenta uma dre

nagem mais pobre. Os tributírios, apresentam-se acompanhados de uma

mata galeria menos desenvolvida, mais alinhada, condicionada pelas es

truturas (falhas, fraturas, cristas), mostrando, is vezes, um padrão

em baioneta.

Esta unidade Canastra apresenta, na área teste, estru

turas predominantemente NE, o que é um padrão local, jí que o padrão

regional, mostrado pelas imagens, ê preferencialmente NNW.

Identificaram-se dentro da unidade Canastra, que na

maior parte de sua írea de ocorrencia e recoberta por crosta lateríti

ca, varias íreas de quartzitos não mapeadas anteriormente, que jazem

debaixo destas crostas e afloram nos vales. Para o estudo utilizou-

se uma identificação ao longo dos vales, ravinas e escarpas, através

da visão estereoscOpica.

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Em certos segmentos o contato da unidade, acima citada,

com a unidade BambuT, mostra-se nestas fotografias, sem utilizar-se a

visão estereoscépica, difIcil ou imperceptivel, naqueles trechos em

que a escarpa (20 a 30m) existentes no limite entre as duas unida-

des, era vertical.

Este contato entre estas duas unidades, em toda a sua

extensão por escarpa, foi bem delimitado nas fotografias e pode, pos

teriormente, ser acompanhado nas imagens LANDSAT. A unidade Bambui,

mostrou uma textura lisa com drenagem mais desenvolvida, depois da

unidade Canastra, e facilmente traçada. Este contato pode ser con

siderado tectOnico. As litologias que podem ser consideradas como cal

cários, não mostram afloramentos, apresentando dolinas e solos escu

ros, nos quais se observa uma maior atividade de uso da terra.

As coberturas lateriticas salientam uma textura leve

mente ãspera e tom de cinza médio a escuro. Os rios apresentam-selar

gos, graças a mata galeria, e evoluem a partir de cabeceiras com uma

vegetação de galeria, disposta de modo ovalado.

As fotografias aéreas infravermelhas (escala 1:21.000)

abrangem as regiées de Morro Agudo e Paracatu, onde existem ocor-

rincias de "calcãrios", alguns mineralizados a chumbo e zinco.

Os calcários a norte de Paracatu mostram-se recobertos

por matas exuberantes, apresentando afloramentos volumosos, o que

muito auxiliou na sua identificação. São lentes possantes que, pos

teriormente observadas nas imagens LANDSAT, conhecidas suas carac-

teristicas, mostraram um direcionamento NNW coincidente com a direção

regional. São as maiores lentes de calcário aflorantes nesta região.

As ocorrências de rochas carbonãticas nesta zona, que

vai de hal' a Vazante, mostram dois aspectos distintos. De um modo

geral as ãreas de ocorrências, situadas a norte de Paracatu, são mais

facilmente mapeãveis, devido a apresentarem afloramentos mais expres

sivos, com matas, e com atividades agropastoris menores. Já para a

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região a sul de Paracatu, os afloramentos são menores, mais escassos,

e as atividades de uso da terra (desmatamentos, queimadas) dificultam

a interpretação nestes locais, anteriormente com matas densas.

Nas transparencias infravermelhas positivas foram iden

tificadas ãreas de ocorrencia de calcários que, posteriormente demar-

cadas nas imagens LANDSAT, serviram de padrão de interpretação para

estas litologias.

2.3.4 - IMAGE-100

A análise de imagens LANDSAT no IMAGE-100, em setores

da área estudada, permitiu conhecer a utilidade deste sistema, como

auxiliar, durante os trabalhos desta finalidade.

Uma das primeiras considerações a levar em conta, e

que o trabalho, realizado no analisador, foi feito apOs completada to

da a análise visual e interpretação das unidades e estruturas nas ima

gens LANDSAT, isto e apos um conhecimento regional e local da área

a ser estudada (áreas testes), bastante grande e com proposições jã

definidas.

Assim, por exemplo, nas análises visuais de composi

ções coloridas, variadas, na tela da televisão, como a área da serra

do Cabral, tinha-se a interpretação previa das imagens LANDSAT em pre

to e branco. A analise da imagem, em composição a cores, ressaltou

muito mais resultados que o processo inverso. (A análise de uma com-

posição colorida gera muito mais resultados se esgotada previamente

a analise de sua correspondente em preto e branco, do que se iniciar

a analise em. composição colorida e depois passar-se para o preto e

branco - ver também LAMAR, 1974).

Os filitos e quartzitos, da serra do Espinhaço, e os

quartzitos da serra do Cabral, nas composições coloridas, a partir de

transparéncias, puderam ser delimitados com maior facilidade do que

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nas cópias em preto e branco. Por exemplo usando o canal 4-azul, ca

nal 5- verde (complementar) e canal 7-vermelho, estes quartzitos e fi

litos são bem diferenciãveis pela sua cor azul cinzenta, das litolo -

gias do Macúbas que aparecem com cores azuladas escuras e das do Gru

po Bambul, com cores amareladas. Também, neste tipo de composição, as

coberturas terciãrias quaternárias e as cretãcicas são facilmente

identificadas pelas cores marrons e azuladas, respectivamente.

Nos programas de "slicer", as combinaçóes em 8 ni-

veis, muitas vezes dividiam a imagem em maior número de unidades que

as existentes. Isto significava que unidades ficavam subdivididas em

duas ou mais subunidades. Em alguns casos, mereceram consideração.

Por exemplo, em algumas áreas do Grupo Canastra ficavam separadas nes

ta unidade, as subunidades correspondentes aos filitos e quartzitos,o

mesmo ocorrendo no Grupo Espinhaço, na serra do mesmo nome.

No estudo das assinaturas e classificações, Me-se ob

servar que poucas são as que possuiram expressão em toda as imagens

fato talvez comum a quase todas as unidades geológicas. Este proble

ma pode dificultar muito os resultados para a finalidade de mapeamen

to geológico regional, jã que as unidades, em grande parte, são só

classificíveis localmente, ou nem mesmo assim. Isto e devido, prin

cipalmente s variações, alem de litologia, de vegetação, solo e dre-

nagem.

Das unidades estudadas, Grupo Bambui . , Grupo Canastra,

Terciírio, Quaternãrio, Grupo Araxã, pró parte Ibiã, Formação Três

Marias, Formação Areado, em função de suas assinaturas, pode-se che

gar "ãs seguintes considerações:

0 Grupo Bambui - e uma unidade, como visto na descrição da

mesma, com uma variação litológica bastante grande. A classifi

cação de suas unidades no analisador e antes de tudo, um proble

ma de caracter geológico - geomorfológico. Estudaram-se dentro

desta unidade alguns de seus componentes.

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Os calcários deste grupo, como visto na discussão das fotogra

fias aérea infravermelho, são classificãveis somente em certas

porções da imagem com resultados significantes, refletindo o

caráter bem local da expressão de sua assinatura na imagem.

Sua identificação no IMAGE-100 não e de grande emprego para

grandes áreas, alem de suas classificações sofrerem superposi

ção das coberturas Terciírias - Quaternárias.

Os quartzitos, ao contrário, mostram-se discriminíveis, apre

sentando assinaturas mais expressivas geograficamente. Os fi

litos, com resultados espetaculares em determinadas ãreas. si

tuam-se como um caso intermediário entre estas duas litologias

citadas.

O Grupo Canastra - foi uma das unidades que mais se prestou

para este estudo. Mostrou, em seus componentes litolOgicos,as

sinaturas de grande expressão na ãrea (global).

A expressão do Grupo Canastra, deve-se ao volume de rochas

quartziticas sobre o que se faz uma consideração. Estas rochas,

devido ã sua exposição, no sentido de jazimento, garantem re

sultados de classificações de grandes fundamentos para esta

unidade. A partir do conhecimento prévio do modo e local de

afloramento (quer através das fotografias aéreas, quer através

dos trabalhos de campo), e da expressão da assinatura (glo-

bal) dos seus quartzitos, foi conseguido, com os resultados

das classificações, concluir que a quantidade de quartzitosdes

ta unidade e maior do que originalmente se pensava (interpre

tação visual). Isto deve-se ao fato que, se conhecida a área

de treinamento em quase todo o seu detalhe, e conhecida a qua

lidade de continuidade da assinatura da amostra, os resultados

das classificações desta unidade serão indicativos da conti-

nuidade deste tipo litolOgico.

Certas áreas de treinamento, nesta unidade Canastra, nos histo

gramas construidos mostraram em alguns canais duas modas. Com

a observação dos resultados dos cortes nos histrogramas, pode

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mos verificar que a estas duas modas, correspondem as respos-

tas dos filitos e quartzitos. Desta maneira, conhecidos os li

mites das respostas (via "slicer" ou histogramas) destas lito

logias, pode-se individualiza-las obtendo-se, assim, um modo

de separar os quartzitos dos filitos, para estas áreas.

Outro fato que se deve levar em consideração, para esta regiãq

é o aumento da variãncia em zonas de quartzitos krespostas ai

tas), no canal 7, principalmente devido ao englobamento na

área de treinamento, da drenagem e queimadas, causando imper-

feições nas classificações, o que pode ser corrigido com cor

tes nos histogramas. Estes cortes foram estabelecidos a par

tir de tentativas, e estudo da listagem de pixels das áreas

de treinamento.

O Terciário-Quaternário - constitui uma unidade chave para

a interpretação automática. Esta unidade, constituTda de co

bertura lateritica, foi a que possuiu maior expressão de as-

sinatura (global) de todas as analisadas.

Com base nisto, efetuou-se a classificação para saber as áreas

abrangidas por esta cobertura e, utilizando os resultados para

corrigir a distribuição nas interpretações visuais das imagens

LANDSAT, das unidades em seu contato.

As coberturas lateriticas, como as demais unidades, exigiram

muitas vezes cortes nos limites de assinatura, ou redução por

limiar em classificações por multicêlula. A finalidade do re-

finamento foi de evitar superposições com outras unidades.

O Grupo Araxã - e em parte, a chamada Formação Ibiá - não

apresentam nem mesmo assinatura com expressão local, salvo ca

sos restritos. A sua classificação através do IMAGE-100, para

a finalidade proposta, não é desejável, devido ã sua expressão

geolõgica e geomorfolõgica.

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A Formação Três Marias - traz, em algumas áreas, devido ã sua

expressão topográfica e ãs unidades adjacentes, mais que assuas

próprias caracteristicas peculiares, resultados de classifi-

cação razoãveis.

As Formações Areado e Urucilia - como a maioria das coberturas

cretãcicas, dão resultado com significado geolOgico, em função

da cobertura e da vegetação.

O Grupo Espinhaço - foi uma unidade de fácil classificação au

tomática, pois apresenta um conjunto litol5gico bem caracte

ristico (principalmente quartzitos) e com uma distribuição tilai

ca na ãrea. Através da classificação multicélula dos canais 4

e 6, esta unidade é bem diferenciada das demais unidades, mos

trando limites nitidos nos contatos entre elas.

Com resultado paralelo, foram observadas, quando das classifi

cações, uslicer" e composições coloridas, uma serie de estru-

turas de grandes extensões, cortando rochas do Grupo Espinhaço

e estendendo-se para as do Grupo Bambui. Na serra dos Pilões,

e na região de Brasilia, também observaram-se novas estruturas.

A identificação destas novas estruturas, por si s5, já justifi-

ca o emprego do IMAGE-100 na análise das imagens

LAN DSAT.

2.3.5 - MAPAS MAGNETOMETRICOS

Nas análises dos mapas magnetometricos da área, pOde-

se observar diversos tipos de anomalias as quais, para facilidade de

estudo, foram interpretadas quanto ao seu tamanho (anomalias de exten

são regional e anomalias de pequenas extensões) ou quanto sua forma

e caracteristicas de campo magnético criado (anomalias isoladas que

predominam aos pares, anomalias alongadas e alinhadas e anomolias

fracas-irregulares).

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Correlacionando estes tipos de anomalias com o mapa

geolagico obtido com as imagens dos diversos sensores, cabem as se-

guintes considerações:

Anomalias de extensão regional - Concentram-se na parte nor-

deste mapeada (regiões entre as bacias do rio Preto, Paracatu

e Urucuia). Apresentam extensões de até cem quilometros, com

amplitudes que chegam a ter ordem de grandeza de algumas cente

nas de gamas. Na sua maioria, encontram-se alinhadas, com dire

ções preferenciais nordeste-sudeste.

Estas anomalias magnéticas mostram, aparentemente, não estarem

relacionadas "al - s unidades geolOgicas superficiais e tão pouco a

problemas estruturais. A causa da existéncia de tais anomalias

deve estar relacionada diretamente com camadas de maior profun-

didade ou mesmo com o embasamento.

Nas regiões ao norte da serra da Onça e a leste de Varzea da

Palma, ocorrem duas grandes anomalias do tipo regional, que ca-

racterizam bem uma magnetização anormal de algum corpo, ou al-

teração do cristalino magnético. A presença da serra do Cabral,

representando um alto estrutural, pode constituir aT, um forte

indlcio destas anomalias.

Anomalias de pequenas extensões - Praticamente concentram-se

na parte sudeste da ãrea. Nesta região, pode-se identificar um

campo magnético totalmente diferente das demais regiões. Estas

anomalias ocorrem em grande niimero, com extensões pequenas a

médias, formando verdadeiros elos alongados e alinhados segun-

do direção NE. Tais anomalias concentram-se nas rochas aqui de

nominadas de Complexos, mostrando, no eixo Itamarandiba - Quei

xada alinhamentos magnéticos coincidentes, em direção, com os

alinhamentos estruturais (zonas de falhas) visiveis nas ima-

gens LANDSAT.

Acreditamos que estas anomalias estão relacionadas praticamente

com os Complexos, e que os alinhamentos NE são Rimos fatores

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indicativos de fencimenos de intrusão nestas zonas de falhas.

Estas anomalias também estão praticamente delimitando unidades

geológicas diferentes, constituindo-se portanto, um bom crité-

rio para demarcar o contato entre elas (Grupo Macaúbas e Com-

plexos), pois, nas imagens de RADAR e do LANDSAT, isto tornou-

se dificil.

Anomalias fracas-irregulares - São as encontradas a sudoeste

da área, concentrando-se nas regióes do Grupo Bambul, com cober

turas cretãcicas e quaternárias. São bem caracterizadas pelo en

crespamento das curvas de isoanomalias. Estes encrespamentos

são representativos de influências magnéticas próximas ã super-

ficie, indicando diferenças minimas de magnetização das camadas

aflorantes com as subjacentes.

Anomalias isoladas - Predominam aos pares (máximo e minimo) e

são raras, ocorrendo apenas praximo a Jogo Pinheiro, Brasilia

de Minas e a sul de Grão Mogol. Segundo dados bibliogrãficos de

magnetometria, estas anomalias indicam corpos relativamente li

mitados em área e de grandes profundidades, que podem ser inter

pretados geologicamente como corpos tipos chaminé, constituin

do intrusóes bãsicas locais ou complexos alcalinos rochosos.

Estas anomalias não estão relacionadas com nenhum padrão super-

ficial que possa ser observado nas imagens LANDSAT ou de RADAR.

Acreditamos que somente pesquisas geológicas e geofisicas, de

campo, possam vir elucidã-las.

Anomalias alongadas e alinhadas - Estas anomalias ocorrem aos

pares (máximo e minimo), ou simplesmente apresentando valores

negativos ou positivos. O que as caracteriza, é a sua lineari-

dade, chegando atingir dezenas de quilometros, como pode ser

observado nas anomalias das regiões de Brasilia de Minas e

Patis .

Estas anomalias, provavelmente constituem diques bãsicos intru-

sivos em zonas de falha, não refletindo, porém em nada na super

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Vicie que os possa identificar.

Nas regiões da serra da Tapera, médio rio Vacarias e Peixe Bra-

vo sobressai, de maneira especial, este tipo de anomalia ali-

nhada, acompanhando as estruturas geolõgicas existentes. Nestas

localidades elas constituem, uma enorme densidade de pequenas a

nomalias, em formas semi circulares, que se configuram de for-

ma a retratarem um contorno estrutural, reproduzindo as estrutu

ras aflorantes dos anticlinais e sinclinais existentes.

Acreditamos que estas anomalias foram causadas pelos itabiri

tos, porém, estudos mais detalhados, devem ser feitos para es-

tabelecer qual a relação destes dep6sitos com as estruturas al

existentes. Devem ser observados com mais detalhe, também, os

horizontes de itabirito desta região, pois devem estender-se pa

ra norte (conforme observações magnetométricas) constituindo tal

vez, áreas favorãveis de ocorrência destes depõsitos.

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CAPITULO III

CONCLUSÕES

A elaboração de mapas geológicos regionais através das

imagens LANDSAT constituem excelentes bases para planejamento de ava

nação e pesquisa de recursos minerais. A outros fatores vantajosos,

alia-se o fato de se poderem obter mapas de grandes ãreas, em escala

apropriada e na mesma escala de execução.

A possibilidade de se dispor de fitas CCT, utilizãveis

no IMAGE-100 durante os trabalhos de execução de mapeamento, permite

descer-se a niveis mais detalhados de informação, quando necessãrio, e

traze-los ã escala de trabalho. Além disso se pode qualificar, quan-

tificar ou, até mesmo, modificar dados originais.

O uso de outros sensores permitiu o intercãmbio das in

formações extraldas, e, assim, uma melhor analise dos resultados obti

dos.

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APÊNDICE A

MAPA GEOLOGICO