Biblia Revelada Di Nelson

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7/22/2019 Biblia Revelada Di Nelson http://slidepdf.com/reader/full/biblia-revelada-di-nelson 1/57  EXPONDO 23 DA B BLIA R E ( Somente o DEPOI Por INTERPRETAÇÕES DUVI  VELADA – NOVO TESTA PLICADO DI NELSON Comentários Seleciona Carta aos Efésios) DA DAKE A DI NELS : Prof. Roberto dos Santos, PhD* Pastor. Teólogo. Exegeta 1 DOSAS MENTO os da N

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EXPONDO 23

DA B BLIA RE

( Somente o

DEPOI

Por

INTERPRETAÇÕES DUVI

  VELADA – NOVO TESTAPLICADO DI NELSON

Comentários SelecionaCarta aos Efésios)

DA DAKE A DI NELS

: Prof. Roberto dos Santos, PhD*

Pastor. Teólogo. Exegeta

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DOSAS

MENTO

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INTRODUÇÃO

Ao tomar conhecimento da chegada de mais uma Bíblia de Comentário noBrasil, alguns crentes sérios se preocuparam com as diferenças dessas Bíblias“particulares” em relação à verdadeira interpretação Palavra de Deus. Torna-sedifícil, às vezes, o trabalho dos pastores simples e crentes que pouco conhecede exegese bíblica e a formação da Palavra de Deus. Nos seus comentáriosda carta de Paulo aos Efésios, portanto, o pastorAldery Nelson Rocha comete no mínimo 23 erros cujas citações serão analisadas e corrigidas aseguir.

O nosso objetivo foi o de esclarecer algumas doutrinas da Palavra deDeus , que , supostamente , foram interpretadas equivocadamente pelasnotas da Bíblia Revelada. Não tivemos a intenção de criticar a conduta ilibadado responsável pela dita Bíblia , mas tão-somente o de contribuir com aigreja de Jesus Cristo , uma vez que muitos irmãos simples e até obreirosnos pediram que fizéssemos uma avaliação critico-exegética e teológica doscomentários expostos pelo Pastor Aldery Nelson Rocha.

Ao ser questionado por inúmeros obreiros no Brasil sobre a dita Bíbliade Comentário, resolvi apresentar a Igreja Evangélica Assembleia de Deusuma resposta de acordo com o que diz a Palavra de Deus, seguindo asregras da hermenêutica bíblica e exposição teológicas de renomadospastores e interpretes do cristianismo.

Como não nos foi possível até o presente momento analisar todos oscomentários dos vinte e sete livros do Novo testamento Explicado da BíbliaRevelada, achamos por bem apenas começarmos com a carta de Paulo aosEfésios, por ser considerada pelos eruditos da teologia como a Rainha dasCartas Paulinas.

São Paulo 16 de junho de 2011.

Roberto dos Santos, PhD

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1. " Não há eleição sem decisão. Deus não nos predestinaria para a

salvação incondicionalmente, pois isto invalidaria o sacrifício de Cristo,que entregou a sua vida em favor de todos..." (Comentário Efésios 1.4).

RESPOSTA: Aquela era a última ceia de Páscoa que Jesus celebraria comSeus discípulos antes da crucificação. Enquanto comiam, Jesus tomou umcálice, agradeceu e disse: “isto é o meu sangue, o sangue da [nova]

aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados ” (Mt26.28).  É incerto quanto os discípulos entenderam desse pronunciamentoprofético. Porém, seu significado se esclareceria pouco depois, aotestemunharem a morte sacrificial de Jesus na cruz e lembrarem as palavras

que Ele dissera ao erguer o cálice. Foi através de Sua morte e do Seu sanguederramado que Jesus estabeleceu uma Nova Aliança que mudaria o rumo dahistória da humanidade, tanto para os judeus quanto para os gentios. LendoHebreus 8-10 , podemos verificar sua relação com Mateus 26.28 . Jesus nãousa a expressão”...que entregou sua vida em favor de todos “, conformecomentário da Bíblia Revelada. Jesus disse: “em favor de muitos”

2. “ Mas o homem não passou no teste e comeu da árvore proibida quepertencia a Deus e era o dízimo da criação” (Comentário de Efésios 3.4)"

RESPOSTA: Em primeiro lugar, devemos notar que não há na Bíblia NADA que fale de Dízimo da Criação. Isto não passa de uma nova doutrina. Ospormenores sobre esta árvore são muito escassos no texto bíblico. Refere-seapenas a sua localização central no Jardim do Éden e que o primeiro casalhumano foi impedido de alcançar esta árvore após terem desobedecido aomandamento divino. Foram assim expulsos desse jardim ou paraíso original.Como forma de impedir que, tanto Adão e Eva, como provavelmente a suadescendência voltassem a entrar no Jardim, e consequentemente tomarem dosfrutos da Árvore da Vida, a Bíblia refere que Deus colocou criaturas sobre-humanas, designadas por querubins, que possuíam uma espada de fogo quese revolvia continuamente.

Segundo o relato bíblico, esta árvore já havia sido colocada no jardim antes dacriação do primeiro homem, Adão. Muitos comentaristas afirmam que estaárvore não possuiria qualidades intrinsecamente vitalizadoras nos seus frutos,mas seria um símbolo representativo da garantia de vida eterna, da parte deDeus, para aqueles a quem Ele permitisse comer do fruto dela. Visto que Deuscolocou essa árvore ali, crê-se que o objectivo seria permitir a Adão quecomesse do seu fruto, talvez após ficar provada a sua fidelidade ao ponto queDeus julgasse satisfatório e suficiente. Quando Adão desobedeceu, foi-lhecortada a oportunidade de comer daquela árvore, impedindo-o a ele e à suadescendência de alcançar a vida eterna.

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A Arvore da Vida aqui é simbolismo, representa Jesus Cristo. Joao em seuEvangelho nos deixa bem claro que Jesus Cristo estava aqui desde o principio(Jo 1.1-14).

Outro ponto de vista aponta para o fato de que Deus já permitia que Adão e

Eva comessem do fruto da árvore da vida, pois foi dito:

"E ordenou o SENHOR Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardimcomerás livremente," (Gen 2:16)Com exceção de UMA, a do conhecimentodo bem e do mal. Isso implica que eles já podiam comer o fruto da árvore davida sem aguardar autorização posterior. Aceitando esse raciocínio, era o frutoliteral da árvore que garantia a vida eterna.

A Bíblia faz referência directa a esta árvore apenas no primeiro e no últimolivro:

•  Génesis 2:9

"Jeová (Deus) fez assim brotar do solo toda árvore de aspecto desejávele boa para alimento, e também a árvore da vida no meio do jardim e aárvore do conhecimento do que é bom e do que é mau."  - Tradução doNovo Mundo das Escrituras Sagradas, (1986)

•  Génesis 3:22-24

"Então disse o Senhor Deus: Eis que o homem é como um de nós,

sabendo o bem e o mal; ora, para que não estenda a sua mão, e tometambém da árvore da vida, e coma e viva eternamente, o Senhor Deus,pois, o lançou fora do jardim do Éden, para lavrar a terra de que foratomado. E havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do jardim do Éden, e uma espada inflamada que andava ao redor, paraguardar o caminho da árvore da vida."   - Almeida, Versão Corrigida eFiel.

No último livro da Bíblia, o Apocalipse ou Revelação, ao se mencionarem setecartas enviadas por Jesus Cristo a igrejas ou congregações em sete cidades,faz-se a seguinte referência concernente aos cristãos em Éfeso:

•  Revelação ou Apocalipse 2:7

"Quem tiver ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedordarei de comer (do fruto) da árvore da vida, que se acha no paraíso deDeus."  - Bíblia Avé Maria 

Apesar de não terem associação com esta árvore do Jardim do Éden, existemoutras referências simbólicas a árvores frutíferas, de folhas curativas,

mencionadas nas visões registadas por Ezequiel e por João, em Ezequiel 47:7,12 e Revelação 22:2, 14. No livro de Provérbios surge a expressão "árvore de

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vida" associada com a verdadeira sabedoria, com os frutos do justo, com arealização de uma coisa desejada, e com a calma da língua (Provérbios 3:18;11:30; 13:12; 15:4).

3. “Quem criou o mal? Deus criou o mal. Satanás não é criado de nada.

Mas, há um segredo: Deus não criou o mal como pessoa, mas comoinstrumento de justiça; criou o mal como um estado(condição em queencontra-se um sistema). Então criou o mal como um ser ativo, mas nacondição estacionária,inativo” (Comentário de Efésios 1.4)

RESPOSTA: ISAÍAS 45:7 - Deus é o autor do mal?PROBLEMA: De acordo com este versículo, Deus forma a luz e cria as trevas,faz a paz e cria o mal (Lm 3.38; Am 3.6). Mas muitos outros textos dasEscrituras nos informam que Deus não é mau (1Jo 1.5), que ele não pode nemmesmo ver o mal (Hc 1.13), nem pode ser tentado pelo mal (Tg 1.13).

SOLUÇÃO: A Bíblia é clara ao dizer que Deus é moralmente perfeito (Dt 32. 4;Mt 5:48), e que lhe é impossível pecar (Hb 6.18). Ao mesmo tempo, suaabsoluta justiça exige que ele puna o pecado. Este juízo assume ambas asformas: temporal e eterna (Mt 25:41; Ap 20.11-15).

Na Sua forma temporal, a execução da justiça de Deus às vezes é chamada de"mal", porque parece ser um mal aos que estão sujeitos a ela ( Hb12.11).Entretanto, a palavra hebraica correspondente a mal (rá) empregada no textonem sempre tem o sentido moral. De fato, contexto mostra que ela deveria sertraduzida como "calamidade" ou "desgraça", como algumas versões o fazem(por exemplo, a BJ). Assim, se diz que Deus é o autor do "mal" neste sentido,mas não no sentido moral - pelo menos não da forma direta.

Além disso, há um sentido indireto no qual Deus é o autor do mal em seusentido moral. Deus criou seres morais com livre escolha, e a livre escolha é aorigem do mal de ordem moral no universo. Assim, em última instância Deus éresponsável por fazer criaturas morais, que são responsáveis pelo mal daordem moral. Deus tornou o mal possível ao criar criaturas livres, mas estas emsua liberdade fizeram com que o mal se tornasse real . É claro que apossibilidade do mal (i.e., a livre escolha) é em si mesma uma boa coisa.

Portanto, Deus criou apenas boas coisas, uma das quais foi o poder da livreescolha, e as criaturas morais é que produziram o mal. Entretanto, Deus é oautor de um universo moral, e neste sentido indireto, ele, em última instância, éo autor da possibilidade do mal. É claro, Deus apenas permitiu o mal, jamais opromoveu, e por fim irá produzir um bem maior através dele ( Gn 50.20; Ap 21-22).

4. “ Se o homem não tivesse comido do fruto da árvore do bem e domal, seria eleito nas mesmas condições em que se encontra hoje, depois

de aceitar o sacrifício de Cristo em seu lugar e de crer no Senhor JesusCristo; se comesse do fruto da árvore da vida, passaria a experimentar

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da natureza divina, conhecendo o amor de Deus para com os homensatravés de Cristo. O homem comeria da árvore da vida e tornar-se-iaeterno e santo como os anjos eleitos” (Comentário de Efésios 1.4) 

RESPOSTA: Quando Pelágio se fez notar dentro da Igreja Cristã, Agostinho

 já era uma figura influente. Pelágio era um monge britânico que apareceu emRoma, por volta do ano 400 d.C., para refutar as doutrinas de Agostinho.Pelágio escreveu um comentário sobre as epístolas paulinas em 409 d.C.. Asua posição teológica pode ser denominada de “monergismo humano”, e estafoi expressa de forma mais desenvolvida pelo seu principal discípulo Celestius.Esse “monergismo humano” de Pelágio é assim chamado porque para ele opoder da vontade humana é decisivo e suficiente na experiência da salvação.Sua célebre frase expressa claramente essa mentalidade, quando ele afirma“se eu devo, eu posso”. O posicionamento da Bíblia Revelada é o mesmo domonge Pelágio: condicionalismo teológico. A expressão “se” não existe noprograma divino, pois tudo foi muito bem planejado por Deus desde aeternidade. Pensar que a eleição ou salvação divina seria aplicada pelosacrifício de Cristo mesmo sem a intervenção do pecado ou o ato de comerdo fruto da arvore do conhecimento do bem e do mal , fica bem claro que ocomentarista nada entendeu do verdadeiro significado soteriológico de JesusCristo na Cruz dentro do programa divino. Por conseguinte, se o homem nãopecasse a semelhança de Gn 3 não seria necessário nenhum sacrificoexpiatório. A tese acima defendida pelo autor da Bíblia Revelada cárcere delógica e hermenêutica bíblica.

5. "Deus não tinha corpo humano, mas o homem havia sido preparado

uma imageme semelhança de Deus. Logo, havia preparado uma imagem,um corpo, pelo qual baseou-se para a formação do homem , Hb 10.5;Gn1.16. Tendo sido provada a parentela do homem com a sua imagemoriginal” (Comentário de Efésios 1.7).

RESPOSTA: Seria interessante que o comentarista da Bíblia Revelada lesse aseguinte obra: A imagem e Semelhança de Deus – a visão antropológica deIrineu de Lyon.

Do pensamento ireneano, destaca-se a importância da unidade. A unidade quese deve traduzir na compreensão de Deus como Pai e Criador em oposiçãoaos gnósticos. O mesmo Deus que cria, que plasma a obra é também o mesmoDeus que replasma , ou seja, que salva a obra criada. Esta unidade traduz-se,logicamente, na Escritura. Tanto o Antigo como o Novo Testamento nos falamde um único Deus que ao longo da história humana se revelou nas suaseconomias , ou seja, nas suas disposições. Um Deus que paulatinamente sedeu a conhecer para que o Homem conhecendo-O se torne naquele queconhece. O Homem composto de corpo e alma só se realiza em plenitude namedida em que responde positivamente ao convite de Deus. O HomemPerfeito ou Espiritual só se alcança pela ação do Espírito de Deus, ou seja,pelo Espírito Santo. O Homem para St. Ireneu não é apenas carne ( sarx ),

nem só alma ( psique ), como também o Espírito ( Pneuma ) de forma isoladanão constitui o Homem. É na totalidade das partes que encontramos o Homem

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perfeito. Os gnósticos, porém, defendiam três categorias de Homens: os hílicos(matéria), os psíquicos e os pneumáticos. Apenas os últimos eram passíveis desalvação. Só o elemento spiritus teria capacidade para empreender a viagemde regresso e reintegrar o pleroma inical. Só o homem pneumático possuía oconhecimento de si e o sentido da realidade efêmera. Perante esta

compreensão antropológica, o bispo de Lyon contrapõe uma visão maisharmoniosa da Salvação. Em Irineu, tudo gira à volta da Salus carnis . Naverdade, a salvação é possível à carne porque lhe foi prometida a ressurreiçãoe a incorruptibilidade em Jesus Cristo. Neste admirável mistério entra aparticipação do Espírito Santo. O Espírito anima, desde sempre, a históriahumana. Presente, com o Filho na Criação, colabora incansavelmente naplasmação do Homem à imagem e semelhança de Deus. Porque fomos feitosà imagem e semelhança divina, Deus ama a sua criatura e com perseverança aensina a voltar-se para o seu Criador. Paulatinamente Deus acostuma-se aoHomem para que este também se habitue e conviva com Deus. Neste longo epaciente processo, a ação do Espírito Santo é inestimável. As páginas que o

nosso teólogo consagra a tão admirável desempenho são de uma beleza e deuma intuição únicas. Ireneu está convicto de que existe uma harmonia aolongo de toda a História da Salvação. O Deus único e verdadeiro criou oHomem para conduzi-lo até a vida perfeita e incorruptível. O Homem que peloVerbo recebeu a imagem de Deus e que no Espírito recebeu a possibilidade defazer-se semelhante a Deus, só alcançará a sua inoperação plena uma vezhabituado a ter Deus, tornando-se Homem Espiritual de forma que no Filhopelo Espírito Santo se torne filho e participe da imortalidade de Deus.A Exegese de Gênesis 1.26, contrária ao ensinamento da Bíblia Revelada DiNelson, onde interpreta imagem e semelhança como sendo o corpo físico de

Jesus.Somente o homem foi criado à imagem de Deus. A importância disto éenfatizada quando Deus, na primeira vez na semana da criação, deliberou istoconsigo mesmo [vers. 26]. O pronome no plural [vers. 26] novamente indica aTri-unidade de Deus. Nós deveríamos questionar a nós mesmos o que significaa expressão "imagem de Deus?" Alguns têm sugerido que isto se refere à fala,inteligência, capacidade de domínio e a alma imortal.

Enquanto estas coisas podem ser incluídas no conceito, o ponto principal,entretanto, é a original natureza santa do homem. O ser humano foi criado comum amor a Deus e à sua bondade. Esta imagem foi corrompida e

principalmente perdida na queda de Adão [Romanos 5:12]. Através de JesusCristo esta imagem é restaurada no Novo Nascimento [Colossenses 3:10;Efésios 4:24]. Sem dúvida nenhuma a imagem será realmente mais clara naressurreição, quando nós seremos completamente redimidos por Cristo[Romanos 8:29; I João 3:2].

6. " Um corpo lhe foi preparado, Hb 10.5. Sua alma o encarnou e ele veiohabitar com os homens, Jo 1.14 “ (Comentário de Efésio 1.7).

RESPOSTA: Segunda a nota exegética de Strong (4983 do NT) , a palavracorpo no grego é soma e significa tanto de seres humanos como de animais. 

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O Concílio de Caledônia, diante de Constantinopla, em 451; foi o mais

concorrido da antigüidade, pois dele participaram mais de 600 membros, entre

os quais três delegados episcopais A assembléia rejeitou o “latrocínio de

Éfeso”; depôs Dióscoro e aclamou solenemente a Epístola Dogmática de Leão

a Flaviano; esta serviu de base a uma confissão de fé, que rejeitava os

extremos do Nestorianismo e do Monofisismo, propondo em Cristo uma só

pessoa e duas naturezas: “Ensinamos e professamos um Único e idêntico

Cristo... em duas naturezas, não confusas e não transformadas, não

divididas, não separadas, pois a união das naturezas não suprimiu as

diferenças; antes, cada uma das naturezas conservou as suas

propriedades e se uniu com a outra numa Única pessoa e numa Única

hipóstase”. 

Assim terminou a fase principal das disputas cristológicas: em Cristo

não há duas naturezas e duas pessoas, pois isto destruiria a realidade da

Encarnação e da obra redentora de Cristo; mas também não há uma só

natureza e uma só pessoa, pois Cristo agiu como verdadeiro homem, sujeito à

dor e à morte para transfigurar estas nossas realidades. Havia, pois, uma só

pessoa (um só eu) divina, que, além de dispor da natureza divina desde

toda a eternidade, assumiu a natureza humana no seio de Maria e viveu

na terra agindo ora como Deus, ora como homem, mas sempre e somentecom o seu eu divino. O Espírito que havia em Jesus Cristo era o próprio

Deus e a alma que ele recebeu procedia de sua humanidade. Portanto,

afirmar que Jesus possuia uma pré-alma é heresia , pois o Verbo Divino é

Deus em sua natureza e não precisa de alma. A alma é parte da

antropologia. Jesus possuia uma ALMA RACIONAL e um ESPÍRITO

DIVINO.

O Significado de Alma No Antigo Testamento

ALMA (  נ , nephesh , hebraico;grego, psuche ; Latin anima ):

(1) Alma, assim como espírito, tem várias nuanças de significado no AntigoTestamento, que podem ser resumidas da seguinte forma: “alma”, “ser vivo”,“vida”, “eu”, “pessoa”, “desejo”, “apetite”, “emoção” e “paixão” (BDB sob apalavra). Em primeira instância, ela significava aquilo que respira, e como tal,distingue-se de basar , “carne” (Isa 10:18; Deu 12:23); de she'e  ̄ r , “a carneinterior”, próximo dos ossos (Prov 11:17, “a própria carne”); de beten , “barriga”(Sal 31:10, “Minha alma e meu ventre são consumidos com dor”), etc

(2) Como o fôlego de vida, que se afasta na morte (Gen 35:18; Jer 15:2). Daí, odesejo dos santos do Antigo Testamento de serem livrados do Sheol (Sal

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16:10, “Tu não deixarás a minha alma ao Sheol”) e de shachath , “a cova” (Jó33:18, “para reter a sua alma da cova”; Isa 38:17, “Tu ... livra-a (minha alma) apartir do poço de corrupção”).

(3) Por uma transição fácil a palavra vem a significa a vida individual e pessoal,a pessoa, com dois tons distintos de sentido que poderiam ser melhorindicados pelo latim anima  e animus . Como anima , “alma”, da vida inerente aocorpo, o princípio animador no sangue é denotado (compare Deut 12:23, 12:24,“Certificai-vos de não comer o sangue: Pois o sangue é a alma. Não deveiscomer a alma com a carne”). Como animus , “mente”, o centro de nossasatividades mentais e passividades. Assim, lemos de “uma alma faminta”(Psa_107: 9), “uma alma cansada” (Jer 31:25), “uma alma repugnante” (Lev26:11), “uma alma sedenta” (Psa_42: 2), “uma alma triste” (Jó 30:25), “almaamorosa” (Son 1:7), e muitas outras expressões. Cremer tem caracterizadoeste uso da palavra em uma frase: “nephesh (alma) no homem é o assunto da

vida pessoal, da qual pneuma , ou ruah  (espírito), é o princípio”(Léxico,795)

(4) Esta individualidade do homem, entretanto, pode ser indicada por pneuma  também, mas com uma distinção. Nephesh , ou “alma”, só pode denotar a vidaindividual com uma organização de material ou corpo. Pneuma , ou “espírito”não é tão restrito. Escritura fala de “espíritos dos justos aperfeiçoados” (Heb12:23), onde não pode haver pensamento de algo material, físico ouorganização corpórea. Eles são “seres espirituais livres de definhamentos ecorrupções da carne” (Delitzsch , no local citado). Para uma utilizaçãoexcepcional de psuche no mesmo sentido ver Ap 6:9; 20:4, e

(independentemente do sentido de Sal 16:10)Fonte:International Standard Bible Encyclopedia   de James Orr, M.A., D.D.,Editor General

7. “ O Pai é a primeira pessoa de sua divindade, e há uma pluralidade depessoas. Evidencias de sua divindade plural em pessoas, uma essênciaespiritual diversa em suas manifestações. Na criação do homem, elesfalaram de uma imagem para os três , Gn 1.26. Quando Adão foi expulsodo Éden , eles falaram : o homem tornou-se como cada um de nós, Gn3.22. Quando houve a confusão em babel, Deus falou no plural:

Desçamos e confundamos ali sua imagem” (Comentário de Efésios 1.10)RESPOSTA: Os termos Imagem e Semelhança de Gn 1.16, nada tem derelação com a doutrina da trindade de Deus. As expressões que aparecem noGenesis no plural dizem apenas a respeito da ação de Deus em conjuntocom os anjos. Talvez o sentido da Trindade de Deus nunca foi afirmado melhordo que está por A. H. Strong ! "em a natureza do Deus único há três distinçõeseternas que se nos representam sob a figura de pessoas e estas três sãoiguais" (Systematic Theology, pág. 144). A doutrina da Trindade não quer dizerque Deus meramente Se manifesta em três diferentes maneiras. Há trêsdistinções atuais na Divindade. A verdade disto aparecerá mais claramente

depois. Isto está provado, de um lado, pela imutabilidade de Deus. Se já houveum tempo em que estas distinções não existiram, então, quando vieram a

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existir, Deus mudou. Provado está outra vez pelas Escrituras, as quais afirmamou implicam a eternidade do Filho e do Espírito Santo. Vide João 1:1,2;Apocalipse 22:13,14; Hebreus 9:14.

"Não é resposta a isto, que as expressões "gerado" e "procedido de" envolvem,

a idéia da existência antecedente do que gera e de quem há processão, porqueestes são termos da linguagem humana aplicados a ações divinas e devem serentendidos ajustadamente a Deus. Não há aqui dificuldade maior do que emoutros casos em que este princípio está prontamente reconhecido (Boyce,Abstract of Systematic Theology, págs. 138, 139).

A Doutrina da Trindade não quer dizer triteismo. Quando falamos dasdistinções da Divindade como pessoas, devemos entender que usamos otermo figuradamente. Não há três pessoas na Divindade no mesmo sentido emque três seres humanos são pessoas. No caso de três seres humanos hádivisão de natureza, essência e ser, mas Deus não é assim. Tal concepção de

Deus está proibida pelo ensino da Escritura quanto à unidade de Deus.

Ao estudar por mais de vinte anos a famosa obra de teologia Sistemática deLouis Berkhof, compreendi que para entender a doutrina da Trindade dependedecisivamente da revelação. Isto para evitar interpretações heréticas eantibiblicas. É verdade que a razão humana pode sugerir algumas idéias paraconsubstanciar a doutrina, e que os homens, fundados em bases puramentefilosóficas, por vezes abandonaram a idéia de uma unidade nua e crua emDeus, e apresentaram a idéia do movimento vivo e de auto-distinção. Tambémé verdade que a experiência cristã parece exigir algo parecido com estaconstrução da doutrina de Deus. Ao mesmo tempo, é uma doutrina que nãoteríamos conhecido, nem teríamos sido capazes de sustentar com algum graude confiança, somente com base na experiência, e que foi trazida ao nossoconhecimento unicamente pela auto-revelação especial de Deus. Portanto, éde máxima importância reunir suas provas escriturísticas.

a . Provas do Velho Testamento. Alguns dos primeiros pais da igreja, assimchamados, e mesmo alguns teólogos mais recentes, desconsiderando ocaráter progressivo da revelação de Deus, opinaram que a doutrina daTrindade foi revelada completamente no Velho Testamento. Por outro lado, osocinianos e os arminianos eram de opinião que não há nada desta doutrina

ali. Tanto aqueles como estes estavam enganados. O Velho Testamento nãocontém plena revelação da existência trinitária de Deus, mas contém váriasindicações dela. É exatamente isto que se poderia esperar. A Bíblia nunca tratada doutrina da Trindade como uma verdade abstrata, mas revela a subsistênciatrinitária, em suas várias relações, como uma realidade viva, em certa medidaem conexão com as obras da criação e da providência, mas particularmenteem relação à obra de redenção. Sua revelação mais fundamental é revelaçãodada com fatos, antes que com palavras. E esta revelação vai tendo maiorclareza, na medida em que a obra redentora de Deus é revelada maisclaramente, como na encarnação do Filho e no derramamento do Espírito.Equanto mais a gloriosa realidade da Trindade é exposta nos fatos da história,

mais claras vão sendo as afirmações da doutrina. Deve-se a mais completa

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revelação da Trindade no Novo Testamento ao fato de que o Verbo se fezcarne, e que o Espírito Santo fez da igreja Sua habitação.

Têm-se visto, por vezes, provas da Trindade na distinção entre Jeová e Elohim,e também no Plural Elohim, mas a primeira não tem nenhum fundamento, e a

última é, para dizer o mínimo, duvidosa, embora ainda defendida porRottenberg, em sua obra sobre De Triniteit in Israels Godsbegrip. É muito maisplausível entender que as passagens em que Deus fala de Si mesmo no plural,Gn 1.26; 11.7, contêm uma indicação de distinções pessoais em Deus,conquanto não surgiram uma triplicidade, mas apenas uma pluralidade depessoas. Indicações mais claras dessas distinções pessoais acham-se naspassagens que se referem ao Anjo de Jeová que, por um lado, é identificadocom Jeová e, por outro, distingue-se dele. Ver Gn 16.7-13; 18.1.21; 19.1-28; Ml3.1. E também nas passagens em que a Palavra e a Sabedoria de Deus sãopersonificadas, Sl 33.4, 6; Pv 8.12-31. Em alguns casos mencionam-se mais deuma pessoa, Sl 33.6; 45.6, 7 (com. Hb 1.8,9), e noutros quem fala é Deus, que

menciona o Messias e o Espírito, ou quem fala é o Messias, que mencionaDeus e o Espírito, Is 48.16; 61.1; 63. 9,10. Assim, o Velho Testamento contémclara antecipação da revelação mais completa da Trindade no NovoTestamento.

b. Provas do Novo Testamento. O Novo Testamento traz consigo umarevelação mais clara das distinções da Divindade. Se no Velho TestamentoJeová é apresentado como o Redentor e Salvador do Seu povo, Jó 19.25; Sl19.14; 78.35; 106.21; Is 41.14; 43.3, 11, 14; 47.4; 49.7, 26; 60.16; Jr 14.3;50.14; Os 13.3, no Novo Testamento e o Filho de Deus distingue-se nessacapacidade, Mt 1.21; Lc 1.76-79; 2.17; Jo 4,42; At 5.3; Gl 3.13; 4.5; Fl 3.30; Tt2.13, 14. E se no Velho Testamento é Jeová que habita em Israel e noscorações dos que O temem, Sl 74.2; 135.21; Is 8.18; 57.15; Ez 43.7-9; Jl 3.17,21; Zc 2.10, 11, no Novo testamento é o Espírito Santo que habita na igreja, At2.4; Rm 8.9, 11; 1 Co 3.16; Gl 4.6; Ef 2.22; Tg 4.5 O Novo Testamento oferececlara revelação de Deus enviando Seu filho ao mundo, Jo 3.16; Gl 4.4; Hb 1.6;1 Jo 4.9; e do pai e Filho enviando o Espírito, Jo 14.26; 15.26; 16.7; Gl 4.6.Vemos o pai dirigindo-se ao Filho, Mc 1.11; Lc 3.22, o Filho comunicando-secom o Pai, Mt 11.25, 26; 26.39; Jo 11.41; 12.27, 28, e o Espírito Santo orandoa Deus nos corações dos crentes, Rm 8.26. Assim, as pessoas da Trindade,separadas, são expostas com clareza às nossas mentes. No batismo do Filho,

o pai fala, ouvindo-se do céu a Sua voz, e o Espírito Santo desce na forma depomba, Mt 3.16, 17. Na grande comissão Jesus menciona as três pessoas:“batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”, Mt 28.19.Também são mencionadas juntamente em 1 Co 12. 4-6; 2 Co 13.13; e 1 Pe1.2. A única passagem que fala de tri-unidade é 1.Jo 5.7, mas sua genuinidadeé duvidosa, razão pela qual foi eliminada das mais recentes edições críticas doNovo Testamento.

8. "...A seguir, vem a predestinação, que começa no nosso espírito etermina no nosso corpo. O conhecimento é do Espírito Santo e apredestinação é do Pai...” (Comentário de Efésios 1.11).

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RESPOSTA: Eleição e predestinação envolvem a salvação total do serhumano. O conhecimento e a predestinação são de toda a trindade. Sendoassim, dividir as habilidades metafísicas da divindade é transformar as trêspessoas da trindade em interdependentes entre si e isso invalida a unidadeque há nas pessoas da trindade. Deus só tem uma consciência! O

comentarista da Bíblia Revelada fica inventando “interpretação “ que acabapróximo ao gnosticismo. Deus não age em etapas; Ele age em unidade. Porisso, dividir as ações de Deus, como se o próprio Deus estivesse dividido emtrês consciências seria o mesmo que admitir o politeísmo.

O comentarista da Bíblia Revelada – Novo testamento Explicado , deveria terlido e estudado Romanos 8.29-30 , e observar que o texto bíblico não diznada disto.

Antes de verificarmos o alcance dos decretos divinos é necessáriocompreendermos a estreita relação entre os decretos e a natureza de Deus. Os

decretos são:

Imutáveis, pois baseiam-se na onisciência, presciência, sabedoria eimutabilidade divina: “que desde o princípio anuncio o que há de acontecer edesde a antiguidade, as cousas que ainda não sucederam; que digo: o meuconselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade” (Is 46.10; 14.26-27;Sl 33.11). O Senhor não muda o seu plano, pois é fiel e verdadeiro. De acordocom Agostinho:

“Deus não deseja uma coisa agora e outra, daqui a pouco; mas de uma vez só,e imediatamente, e sempre, Ele deseja todas as coisas que Ele deseja; nãorepetidas vezes, agora isto, depois aquilo; nem deseja depois o que antes nãoqueria; nem não deseja o que antes desejava; porque tal tipo de vontade émutável; e nenhuma coisa mutável é eterna”.

Exeqüíveis, pois tudo o que Deus, no seu eterno conselho decretou, é factível:“ Eu o disse, eu também o cumprirei; tomei este propósito, também oexecutarei.” (Is 46.11b; 14.26-27).

Inquestionáveis, “Todos os moradores da terra são por ele reputados emnada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exército do céu e os

moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Quefazes.” (Dn 4.35).

Absolutos, o decreto não depende, em nenhuma de suas particularidades, dequalquer coisa que lhe seja externa, como, por exemplo, das ações livres dascriaturas morais e racionais, da desobediência ou fé previstas. Deus não sódeterminou o que vai acontecer, mas também em que condições será realizado(At 2.23; Ef 2.8; 1 Pe 1. 2).

Fundamentados na sabedoria divina, “.. segundo o propósito daquele quefaz todas as cousas conforme o conselho da sua vontade” (Ef 1.11; cf 3.10,11).

Embora o estudo dos decretos divinos leve-nos a muitos labirintos, é certo queDeus elaborou Seu plano com sabedoria. O poeta entoa no Salmo 104.24:

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“Que variedade, Senhor, nas tuas obras! Todas com sabedoria as fizeste; cheiaestá a terra das tuas riquezas”.

Eternos, isto é, Deus criou o seu decreto na eternidade, embora a suaexecução seja no tempo. Sendo o decreto eterno, todas as suas partes são, na

mente de Deus, uma única intuição, embora na sua realização haja sucessão.É assim que o decreto, aparece sempre no singular, uma vez que Deus temapenas um único plano todo inclusivo. O decreto é antes do princípio do tempo,mas sua realização acontece no curso da historicidade humana. É nessaprojeção que Pedro vê a efetuação do plano salvífico em Cristo: “Conhecido,com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dostempos, por amor de vós” (1 Pe 1.20). No entanto, o decreto não é eterno, nosentido em que Deus é eterno, pois resulta da livre e soberano vontade deDeus. Tudo o que transpirou no tempo foi decretado desde a eternidade porDeus. Alguns eventos decretados ocorrem mediante a agência divina, taiscomo a eleição, a criação, a regeneração, e a encarnação do Verbo. Outros

são realizados na história mediante a atuação direta do homem, como porexemplo, na crucificação de Jesus Cristo.

Livres, as Escrituras asseveram: “Quem guiou o Espírito do Senhor? Ou, comoo seu conselheiro, o ensinou? Com quem tomou conselho, para que lhe dessecompreensão? Quem o instruiu na vereda do juízo, e lhe ensinou sabedoria, elhe mostrou o caminho do entendimento?” (Is 40.13,14). Suas determinaçõesnão foram influenciadas por nenhum outro ser.

Permissivos no campo moral e espiritual. Podemos afirmar que o decretodivino – considerando aquilo que é bom em oposição àquilo que é mal – podeser dividido em dois aspectos: por designação e permissão divina. É a segundacategoria que trata do chamado decreto permissivo. O decreto de Deus comrelação ao pecado é chamado de permissivo, porque não podemos admitir:

Que Deus tenha desejado o mal para suas criaturas. O ato de Deus saber queo homem pecaria não o faz responsável pelo pecado ou mal moral. Se Deusnão é o autor do pecado, então de onde procede o mal? Na verdade, o ato devocê saber que uma pessoa vai errar não lhe faz responsável pelo erro.Suponhamos que você observa um indivíduo que constantemente atravessauma rodovia movimentada sem respeitar a sinalização de trânsito. Você sabe

que isso é errado, mas, se num desses dias, ele atravessar e sofrer umacidente, você se sentiria culpado por isso? Ou você dirá: “eu sabia que isto,um dia ou outro, iria acontecer”. O ato de Deus saber que o homem iria pecar,não o faz responsável pelo pecado, visto que o pecado é anterior a criaturahumana, mas não à criação. Não é parte da criação perfeita de Deus, mas umarealidade introduzida na criação pela própria criatura. É a rebelião voluntária dacriatura contra a vontade revelada de Deus (Tg 1.13,14). Assim mesmo, comopoderia ser Deus o autor do pecado e daí condenar o homem a um inferno semfim por fazer aquilo que Ele o havia induzido? A filosofia de que Deus é o autordo pecado porque sabia que o homem haveria de pecar, é antibíblica erepugna a perfeição dos atributos divinos. Mas, como afirma Thiessen:

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“Baseado em Seu sábio e santo conselho, Ele decretou permitir que o pecadoviesse. Isto Ele fez à luz do que sabia que a natureza do pecado viria a ser; doque sabia que o pecado faria à criatura; e do que sabia que teria que fazer parasalvar quem quer que fosse” .

Se é correto o decreto permissivo acerca do pecado, também o é, da derrotado pecado. Ele decretou permiti-lo, mas também derrotá-lo pelo bem (Gn50.20; Sl 33.10,11; Sl 76.10; Dn 3.19-30; Fp 1.19,20). Em cada um destestextos, o pecado é derrotado pelo bem. Conforme Berkhof:

“O decreto de Deus com referência ao pecado é comumente chamado decretopermissivo. Torna o ato pecaminoso futuro absolutamente certo, mas nãosignifica que Deus, por Seu próprio ato, o fará acontecer. Deus decretou nãoimpedir o ato pecaminoso da auto-determinação da criatura, mas regular econtrolar os seus resultados (Sl 78.29; 105.15; At 14.16; 17.30)” (Fonte :Teologia & Graça).

9. "...O selo é para o corpo aquilo que o batismo com o Espírito Santo épara a alma e o corpo , conjuntamente. O selo garante a ressurreição e obatismo no Espírito Santo garante o testemunho...” (Comentário deEfésios 1.13).

RESPOSTA: A Bíblia não diz que o selo é para o corpo e que o batismo com

o Espírito santo é para a alma e o corpo. Na verdade , quando Deus trata

com o homem , Ele o trata em sua plenitude. A obra do Espírito Santo envolve

toda existência humana, todo o ser humano, integral, pleno e por inteiro. Estadoutrina não passa de mais uma inovação mística do novo gnosticismo.

Podemos considerar a resposta a seguir pelo seu teor escriturístico.

Neste parágrafo, o apóstolo Paulo move-se da eternidade (Ef. 1.4-6), onde

explica a doutrina da eleição de Deus em Cristo, da história passada (Ef. 1.7-

12) para a experiência e expectativa futura dos crentes (Ef. 1.13,14). O

apóstolo Paulo destaca duas bênçãos gloriosas procedentes do Espírito Santo:

selo e garantia:

Em primeiro lugar, temos o selo do Espírito Santo (Ef. 1.13)

“Nele, também vós, tendo ouvido a palavra da verdade, o evangelho da vossa

salvação, e nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da

promessa”. Paulo é enfático: O Espírito Santo selou-nos. O processo da

salvação é ensinado nesse versículo. Ele mostra como um pecador torna-se

santo: ele ouve o evangelho da salvação, como Cristo morreu pelos seus

pecados e ressuscitou; ele crê com a fé que traz a salvação e, depois, é selado

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com o Espírito Santo. Nós recebemos o Espírito imediatamente após confiar

em Cristo, como nosso Senhor e Salvador.

O que representa o selo do Espírito? William Hendriksen, ilustre escritor

reformado, fala das três funções do selo: garantir o caráter autêntico de umdocumento (Et 3.12), marcar uma propriedade (Ct 8.6) e proteger contra

violação e dano (Mt 27.66).

Dr. Warren Wiersbe, amplia esta idéia falando sobre quatro aspectos da

selagem do Espírito, como veremos a seguir:

O selo fala de uma transação comercial consumada.

Até hoje, quando documentos legais importantes são tramitados, recebem umselo oficial para indicar a conclusão da transação. Jesus consumou sua obra

de redenção na cruz. Ele comprou-nos com seu sangue. Somos propriedade

exclusiva dele. Portanto, fomos selados como garantia dessa transação final.

Os compradores de madeira em Éfeso colocavam o selo na madeira e, depois,

enviavam seus mercadores para buscá-la.

O selo fala de um direito de posse.

No mundo antigo, o selo representava o símbolo pessoal do proprietário ou do

remetente de alguma coisa importante, por isso, tal como numa carta,

distinguia o que era verdadeiro do que era espúrio. Era também a garantia de

que o objeto selado havia sido transportado intacto. Deus pôs o seu selo sobre

nós porque nos comprou para sermos sua propriedade exclusiva (1 Co 6.19,20;

1 Pe 2.9). John Stott diz que o selo é uma marca de possessão e

autenticidade.

O gado e até mesmo os escravos eram marcados com um selo por seus donosa fim de indicar a quem pertenciam. Mas tais selos eram externos, ao passo

que o de Deus está no coração. Deus põe seu Espírito no interior de seu povo

a fim de marcá-lo como sua propriedade.

O selo fala de segurança e proteção  

O selo romano sobre a tumba de Jesus era a garantia de que ele não seria

violado (Mt 27.62-66). Assim o crente pertence a Deus. O Espírito foi-nos dado

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para estar sempre conosco. Ele somente nos deixará se pecarmos e

apostatarmos da fé.

O selo fala de autenticidade  

O selo, bem como a assinatura do dono, atesta a genuinidade do documento.

O apóstolo Paulo diz: “Se alguém não tem o Espírito de Cristo, não pertence a

Cristo” (Rm 8.9).

Em segundo lugar, temos a garantia do Espírito Santo (Ef. 1.14).

“Que é a garantia da nossa herança, para a redenção da propriedade de Deus,

para o louvor da sua glória”. O apóstolo Paulo também falou do Espírito Santo

como garantia. O Espírito nos foi dado como garantia. A palavra grega(arrabon), de origem hebraica, entrou no uso da língua grega provavelmente

por intermédio dos fenícios.

Dr. William Barclay diz que, no grego clássico, Selo  – significava o sinal em

dinheiro que um comerciante tinha de depositar com antecedência ao fechar

um contrato, dinheiro que perderia casa a operação não se concretizasse.

Portanto, a palavra garantia, representa a primeira parcela de um pagamento, a

garantia de que o pagamento integral será efetuado. O Espírito Santo é o

primeiro pagamento que garante aos filhos de Deus que Ele terminará sua obra

em nós, levando-nos para a glória (Rm 8.18-23; 1 Jo 3.1-3).

A experiência do Espírito Santo que temos neste mundo é uma antecipação

das alegrias e bênçãos do céu. Assim, a garantia, ou primeira parcela, é a

comprovação da glória por vir, glória que não se manifestará apenas quando a

alma e o corpo se separarem, mas também, e especialmente, na grande

consumação de todas as coisas, na segunda vida de Cristo.

O que é o batismo do Espírito Santo?

Ao estudar o Got Questions.org  , podemos definir o Batismo do Espírito

Santo como a obra através da qual o Espírito de Deus coloca o crente em

união com Cristo e em união com outros crentes no Corpo de Cristo, no

momento da salvação. I Coríntios 12:12-13 e Romanos 6:1-4 são as passagens

centrais na Bíblia onde encontramos esta doutrina. I Coríntios 12:13 declara:

“Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo, quer

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 judeus, quer gregos, quer servos, quer livres, e todos temos bebido de um

Espírito.” Romanos 6:1-4 declara: “Que diremos pois? Permaneceremos no

pecado, para que a graça abunde? De modo nenhum. Nós, que estamos

mortos para o pecado, como viveremos ainda nele? Ou não sabeis que todos

quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? Desorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como

Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós

também em novidade de vida.” Apesar de Romanos 6 não mencionar

especificamente o Espírito de Deus, descreve a posição dos crentes perante

Deus e I Coríntios 12 nos diz como isto acontece. 

É necessário que observemos três fatos que ajudam a solidificar nossa

compreensão do Batismo do Espírito. Primeiramente, I Coríntios 12:13 afirmaclaramente que todos fomos batizados no momento em que bebemos

(recebemos o Espírito para habitar em nós). Em segundo lugar, em nenhum

lugar das Escrituras ela exorta que os crentes sejam batizados com/ no/ pelo

Espírito. Isto indica que todos os crentes já experimentaram este ministério. Por

último, Efésios 4:5 parece se referir ao batismo do Espírito. Se este é mesmo o

caso, o batismo do Espírito já é a realidade de cada crente, assim como o são

“uma fé” e “um Pai”.

Concluindo, o batismo do Espírito Santo faz duas coisas: (1) nos une ao Corpode Cristo, e (2) valida nossa co-crucificação com Cristo. Sermos parte de Seu

corpo significa que somos levantados com Ele para novidade de vida

(Romanos 6:4). Devemos então exercitar nossos dons espirituais a fim de

mantermos este corpo funcionando adequadamente como afirma o contexto de

I Coríntios 12:13. Experimentar o batismo do Espírito funciona como base para

mantermos a unidade da igreja, como no contexto de Efésios 4:5. Sermos

associados com Cristo em Sua morte, sepultamento e ressurreição através do

batismo do Espírito estabelece a base para a conquista da nossa separação dopoder do pecado que está dentro de nós e nossa caminhada em novidade de

vida (Romanos 6:1-10, Colossenses 2:12) .

O QUE É O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO? 

Revestimento de poder - Lc 24:49- “E eis que sobre vós envio a promessa demeu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidosde poder.”

Unção - I Jo 2:27 – “E a unção que vós recebestes dele fica em vós, e nãotendes necessidade de que alguém vos ensine; mas como a sua unção vos

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ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou,assim nele permanecereis.”

Virtude do Espírito - At 1:8 – “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, quehá de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em

toda Judéia e Samaria e até os confins da terra.”

Virtude é poder em ação. É o poder divino para testemunhar de Cristo, paraganhar os perdidos para Ele e ensinar-lhes a observar tudo quanto Eleordenou.

Diferença entre receber o Espírito Santo e o Batismo no Espírito Santo  Receber: Jo 20.19-22 - “ ... assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei oEspírito Santo.” Receber o Batismo: At 1.5, 8; At 2.4; At 2.39

Para quem é? – PARA TODOS

At 2:38-39 – “...Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome deJesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos que estãolonge: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar.”/

Joel 2:28-32 –“E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda acarne.....”

Existem duas coisas básicas que impedem uma pessoa de receber obatismo com o Espírito Santo: a incredulidade ou pecados não confessados.

10. "... Os principados são lideranças internacionais. Jesus estáassentado acima deles. As potestades são lideranças nacionais.Dominam nações. Jesus está assentado acima deles. Não devemosconfundir as potestades com os principados. Os principados atuamcoletivamente enas instituições internacionais. As potestades atuamsobre as nações. Os dominadores dominam as nações, e também peloslideres do povo...” (Comentário de Efésios 1.21). " 

RESPOSTA: O que são "tronos, dominações, principados e potestades",

segundo Colossenses 1.16?O apóstolo Paulo usa uma figura de linguagemchamada "hipérbole" (exagero), como faz em Romanos 8.38-39, quando diz,por exemplo, que nem altura, nem profundidade nos podem separar do amorde Jesus Cristo. O primeiro sentido, portanto, é este: tudo foi criado por Deus.Imagine a pessoa com mais poder no mundo: está sob o poder de Deus.Imagine a maior potência política, econômica e militar: está debaixo daonipotência de Deus.

A teologia judaica da época entendia que os anjos se organizavam em ordense esses termos (dominações, principados e potestades ) são uma descriçãodesta organização. O apóstolo Paulo usa os termos da época, que seus

leitores entendessem. Não estava ele referendando esta teologia rabínica, mas

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buscando fazer uma ponte com seus leitores, para dizer "Até os anjos, dosmais aos menos importantes, foram criados por Deus

Antes vejamos o que a Palavra de Deus nos diz:

Romanos 8:38 – “Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida,nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nempotestades...”

Efésios 2:2 

- nos quais outrora andastes, segundo o curso deste mundo, segundo opríncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos dedesobediência,

Efésios 3:10  - para que agora seja manifestada, por meio da igreja, aosprincipados e potestades nas regiões celestes,

Efésios 6:12 - pois não é contra carne e sangue que temos que lutar, massim contra os principados, contra as potestades, conta os príncipes domundo destas trevas, contra as hostes espirituais da iniqüidade nas regiõescelestes.

Colossenses 1:16 - porque nele foram criadas todas as coisas nos céus ena terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejamprincipados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele.

Colossenses 2:15 - e, tendo despojado os principados e potestades, osexibiu publicamente e deles triunfou na mesma cruz.

I Pedro 3:22 - que está à destra de Deus, tendo subido ao céu; havendo-se-lhe sujeitado os anjos, e as autoridades, e as potestades.

De acordo com a Bíblia potestades, tem 2 significados e se refere a anjos e poderes.

11. "Jesus quis revelar esse mistério aos seus discípulos quando disse-lhes: “Naquele dia compreendereis que eu estou em meu Pai”. O EspíritoSanto está em Cristo porque somos parte do Corpo de Cristo. Jesusassume o corpo (cabeça da Igreja). O corpo é a Igreja, mas o Pai habitaráno corpo do filho porque, no fim de tudo , o Filho de sujeitará ao Pai, para

que eles sejam tudo em tos (no seu corpo, e isto somente será possívelem um só corpo. Veremos no fim de todas as coisas quando todas ascoisas estiverem sujeitas ao Filho; veremos diante de nossos olhos oPai habitado no corpo do Filho , 1 Cor 15.26-28, e o mistério estaráplenamente revelado...” (Comentário de Efésios 1.23).

RESPOSTA: Em nenhuma parte da Escritura temos o ensinamento de queDeus no fim de tudo habitará no corpo de Jesus. Segundo a metafísica, taldoutrina não passa de fantasia. O comentarista diz  “ para que eles sejamtudo em todos (no seu corpo, e isto somente será possível em um sócorpo). Eu não sei onde o nosso irmão estudou teologia e filosofia, porque o

que ensina contradiz todos os princípios da lógica, da metafísica e da teologia.Podemos classificar nesta tese da Bíblia Revelada – Novo Testamento

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Explicado , os seguintes erros teológicos: 1). Que Deus habitará no fim detudo no corpo de Jesus; 2) Que eles (isto é, os três membros da trindade),habitarão no corpo de Jesus; 3) Que veremos diante de nossos olhos o Paihabitado no corpo do Filho. Vamos por parte. Primeiro, o texto bíblico diz:” E,quando todas as coisas lhe estiverem sujeitas, então também o próprio Filho

se sujeitará àquele (Deus – Pai) que todas as coisas lhe sujeitou , a fim deque Deus (Divindade em Plenitude) seja tudo em todos” (1 Co 15.28). É umabsurdo como a nota do referido texto bíblico na Bíblia Revelada diz a mesmaheresia: “Quando o Pai habitará no Corpo do Filho – Cl 1.19;2.9;Ef 4.3-4, P.719); Segundo, a Bíblia não diz que Deus será revelado na eternidade nocorpo de Jesus. Pelo contrário, na eternidade, a Bíblia diz que Deus serátudo em todos, isto é, todos os seres espirituais terão plena consciência deDeus; Terceiro, a Bíblia não diz que Deus – Pai habitará o corpo de Jesus. Osque sabemos segundo 1 João 3.2 lemos: “ Mas amados, agora somos filhosde Deus, e até agora não se manifestou o que haveremos de ser. Mas nóssabemos que quando ele manifestar-se, seremos semelhante a ele, e o

veremos como ele é” (Bíblia Revelada). Como é possível Deus habitar nocorpo de Jesus se Jesus é Deus revelado nas naturezas divina e humana deJesus? E ainda: Jesus após a ressurreição recebeu um corpo glorificado ,espírito vivificante , exaltado por Deus. De acordo com a Bíblia não é o Paique revela o Filho , é o filho que revela o Pai (Mt 11.27; Jo 1.18). É Jesus , oFilho de Deus , que revelada Deus. Agora esse negócio de Deus habitar emum só corpo, o corpo de seu Filho , é doutrina que desconhecemos na Bíbliae na história da teologia cristã. A Bíblia diz que Deus (Pai-Filho-Espírito Santo)será tudo em todos, e não que o Pai habitará em um só corpo. Não haverácorpo para Deus habitar na eternidade. O que a Bíblia ensina é que Deusserá tudo em todos (isto é, todos os espíritos dos justos aperfeiçoados,inclusive os anjos eleitos de Deus). O grande mistério é que todos os salvos eseres celestiais terão o mesmo privilégio da manifestação da glória de Deusem suas consciências, espíritos, poderes cognitivos da natureza criada.Veremos a Jesus , assim como ele é , mas ao sujeitar-se todas as coisas aDeus, Deus será tudo em todos. Ensinar o que a bíblia não diz é cometerenganos .

12. "...A eternidade tem três dimensões , de acordo com o nome doSenhor Jeová: era é e será...” (Comentário de Efésios 3.2).

RESPOSTA: “Veja a exegese de dispensação no original grego:(oikonomeo) de 3623 (oikonomos); administração – de uma casa oupropriedade; especialmente uma administração religiosa: dispensação,administração” (Bíblia de Estudo PALAVRAS CHAVES : Hebraico/Grego).

No Novo Testamento encontramos as seguintes referências bíblicassobre a palavra diispensação: Ef.110; Ef. 3.2; Ef. 3.9 e Cl 1.25. Portanto, apalavra dispensação não tem nehuma implicação com a invenção detrês dimensões, ou mesmo com o nome “Senhor Jeová: era é e será”.Tudo isto não passa de uma falácia hermenêutica. A expressão de Ap1.4 , diz respeito a ação do Logos no Tempo/Espaço e não na eternidade .

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O comentário de rodapé de Êxodo 3.14 da Bíblia de Estudo PALAVRASCHAVES – hebraico/grego publicada pela CPAD não está muito claro oubem colocado , pois o Nome do Eterno (IHVH) não possui correspondeem nenhuma língua ou dialeto. Mesmo a nota de referência do hebraico(1961) do termo (hãyah) raiz primitiva - compare com 1933; existir, isto

é., ser ou vir a ser , acontecer (sempre enfático, e não um mero verbo deligação ou auxiliar): - vir a ser, ser fazer-se; alcançar , cumprir , andarfazendo , haver (semelhante) , passar , dar ocasião , será que, fazer ,enfrequecer , vir, + seguir , suceder, X ter , durar, pertencer, portai(vos),era (apressado), X ser/servir (para). Vervo que significa existir , ser, vir aser, acontecer , suceder ,ser feito. É usado mais de 3.500 vezes no AntigoTestamento” (Bíblia de Estudo – PALAVRAS CHAVES – Hebraico/Grego,CPAD”>

Na verdade a explicação acima em nada coorpera para explicar a relaçãode Deus com a temporalidade, a especialidade, a existencialidade e

materialidade em uma perspectiva metafísica da natureza de Deus emsua relação com o universo e o próprio homem. Esta questão exigemuito conhecimento de lógica, metafísica e ontologia.

Primeiro, vamos desmistificar o termo Jeová. Veja a explicação dosestudiosos a respeito do nome Jeová: “No hebraico moderno do século VIdepois de Cristo, os Massoretas colocaram os sinais das vogais adonay nasconsoantes do tetragrama, daí em diante que os clérigos católicos começarama tentar escrever o nome divino: Iahweh, Jehovah, Iavé e Jeová.A partir do anode 1514 depois de Cristo, começaram a usar o nome JEOVÁ e assim ficouconhecido e usado não porque seja a forma correta, mas por questão de serbem mais conhecidaPortanto, em algumas traduções João Ferreira de Almeida,revista e corrigida, antigas, ali encontram o nome Jeová (somente no AntigoTestamento). Esta é a forma incorreta. O certo é Senhor ou Iahweh que estãocom as vogais de Adonay que se traduz por Senhor” (www.cacp.org.br). Nãoexiste no hebraico a expressão Senhor Jeová. Ou é Senhor(Adonay) ou éJeová (com sinais das vogais de Adonay). Segundo, entende-se por eternidade  a duração  de um ser  que excluitodocomeço  e todo fim, bem como toda mudança  ou sucessão. Boécio define a eternidade  como "posse  total, simultânea e perfeita de uma vida interminável". Convém unicamente a Deus. — A eternidadenão  permite

nenhuma verdadeira comparação com os acontecimentos temporais;propriamente não os precede, nem os acompanha, nem se segue a eles. Deusé presente a todos os tempos e coisas, na medida em que as conserva.Dizerque eternidade tem dimensões, é o mesmo que compará-la com o tempo. Aexpressão era é e será nada tem de comparação com a metafísica daeternidade, apenas diz respeito as etapas da revelação da história (tempo-espaço). Trata-se de uma linguagem condicional ao pensamento judaico-cristão.

13. "A imagem é o corpo do Filho que foi preparado antes da fundação domundo, e foi criada. Por isso, Paulo diz que ele, na imagem, no seu

corpo(somente), é o primogênito da criação. A imagem do seu corpo foi oprincipio da criação, a primeira coisa a ser criada. O corpo de Adão não

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foi criado, mas formado, pois a imagem de seu corpo já havia sidocriada..." (Comentário de Efésios 3.4).

RESPOSTA: Se a imagem é o corpo do Filho e foi criada, então o filho foicriado, porque neste caso, o comentarista na separa a imagem do Filho,

criando assim, uma espécie de arianismo moderno. Temos aqui três grandesproblemas teológicos: Primeiro, que a imagem criada por Deus é a essênciado corpo do seu Filho; segundo, que a imagem é a base da criação; terceiro,cria-se um problema seriíssimo entre imagem e espírito, porque tanto nohebraico quanto no grego , as expressões imagem e espírito não são amesma coisa. Vamos considerar a exegese do Rev. Gildásio Reis , a seguir: 

“Este talvez seja um dos capítulos mais importantes que estudaremos.Tentaremos responder perguntas como: Em que consiste a imagem de Deusno homem? Que efeito teve a queda do homem sobre a imagem de Deus? Oque queremos dizer quando afirmamos que o homem foi criado à imagem e

semelhança de Deus?

O conceito de imagem de Deus é o coração da antropologia cristã. Precisamosentender bem este conceito.

O homem distingue-se das demais criaturas de Deus, porque foi criado de umamaneira singular. Apenas do homem é dito que ele foi criado à imagem deDeus. Esta expressão descreve o homem na totalidade de sua existência, ele éum ser que reflete e espelha Deus. (Gn 1:26-28).

Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossasemelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves doscéus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteisque rastejam pela terra.

Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homeme mulher os criou.

E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei aterra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus esobre todo animal que rasteja pela terra. (Gn 1:26-28).

A imagem de Deus no homem não é algo acidental(como o corpo de Jesus),mas é algo essencial à natureza humana. O homem não pode ser homem sema imagem de Deus. O homem é a imagem de Deus, não simplesmente apossui, como se fosse algo que lhe foi acrescentado.

“Imagem” e “Semelhança”?

Qual o significado destas palavras?

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Aqui eu quero ver com os irmãos, os 4 estágios da imagem de Deus nohomem. A imagem original, a imagem desfigurada, A imagem original, aImagem desfigurada, A imagem restaurada e a Imagem aperfeiçoada.

1 - A imagem de Deus no homem originalmente 

No Velho Testamento encontramos apenas três passagens que tratam deforma específica a questão da imagem de Deus. (Gen. 1:26-28; 5:1-3; 9:6).

“Façamos o homem à nossa imagem e semelhança” . Sobre o significado daspalavras "Imagem e Semelhança" entendemos que elas não se referem acoisas diferentes, embora alguns defensores da fé do passado tivessem cridodiferente (1).

Veja as razões porque entendemos que estes dois termos querem significar amesma coisa:

Em Gen. 1:26, aparecem as duas palavras "imagem e semelhança"; em 1:27 oautor usou apenas o termo "imagem"; em 5:1 ele resolve substituir o termo poroutro - "semelhança", e, em 5:3, o autor novamente volta a usar as duaspalavras , contudo em ordem diferente daquela usada em 1:26 - "semelhança eimagem" e em 9:6 ele volta a usar apenas um dos termos, optando agora pelotermo "imagem". Isto, deixa suficientemente claro para nós que "imagem esemelhança" são termos sinônimos, e que querem dizer a mesma coisa. Casonão fosse assim, o autor não faria estas mudanças alternando os termos.

O Que Significa ser Criado á Imagem e Semelhança? 

Mas o que entendemos por Imagem e Semelhança? Por estes dois termosqueremos dizer que o homem foi criado para refletir, espelhar e representarDeus. Nossos primeiros pais foram criados para refletir as qualidades quehaviam em Deus, e isto em perfeita obediência, sem pecado. Agostinho diz queo homem foi criado "capaz de não pecar" (2). O homem podia agirperfeitamente e obedientemente na adoração , no serviço a Deus, no domínio ecuidado da criação e no amor e companheirismo uns com os outros.

Berkhof diz que na concepção reformada, a Imagem de Deus consiste naintegridade original da natureza do homem, integridade esta expressa:

a. No Conhecimento Verdadeiro - Cl 3:10

“E vos revestistes do novo homem, que se refaz para o pleno conhecimento,segundo a imagem daquele que o criou”.

b. Na Justiça - Ef. 4:24 

“E vos revestais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão

procedentes da verdade”.

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c. Na Santidade - Ef 4:24

“E vos revestiais do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidãoprocedentes da verdade” (3).

Van Groningen assevera que:

Ao criar a humanidade á sua própria imagem, Deus estabeleceu uma relaçãona qual a humanidade poderia refletir, de modo finito, certos aspectos doinfinito Rei-Criador. A humanidade deveria refletir as qualidades éticas deDeus, tais como "retidão e verdadeira santidade"... e seu "conhecimento" (Cl3:10). A humanidade deveria dar expressão ás funções divinas em ralação aocosmos e atividades tais como encher a terra, cultivá-la e governar sobre omundo criado. A humanidade em uma forma física, também refletiria aspróprias capacidades do Criador: apreender, conhecer, exercer amor, produzir,controlar e interagir (4).

Percebemos nas palavras do Dr. Van Groningen que ele apresenta a imagemde Deus como tendo uma tríplice relação:

A. Relação com Deus,B. Relação com o próximoC. Relação com a criação.

Iremos verificar em nosso estudo que em seu estado glorificado, os santosrefletirão esta imagem e semelhança restaurando no estado final, esta tríplicerelação em sua perfeição.

Antes do homem cair em pecado, ele refletia perfeitamente a imagem de Deus.Tudo estava em perfeita harmonia. Mas em que consistia este refletir a imagemde Deus?(5)

1 - O homem reflete a imagem de Deus como um ser que é relacional . Ele nãoé um ser que vive isolado, assim como Deus não vive só. Deus é Tripessoal, ese relaciona entre as pessoas da Trindade (Gn 1:26 - "Façamos o homem ... ")

O homem é uma pessoa, e como tal ele se relaciona. Foi por isto que Deus lhe

fez uma companheira.2 - O homem reflete a imagem de Deus pela sua capacidade de dominar sobreas outras coisas criadas. 

O homem foi colocado como "senhor" da terra, para governá-la e cuidar dela.(Gn 1:26-28). O domínio do homem sobre as coisas criadas é parte essencialde sua natureza. Nesse sentido, o homem imita o Seu Criador, pois Deus é oSenhor soberano e absoluto exercendo domínio sobre toda a terra.

3 - O homem reflete a imagem de Deus por Ter atributo que chamamos

"essenciais" nele; sem os quais ele não poderia continuar sendo o que é :

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a) Poder intelectual: É a faculdade de raciocinar, inteligência e outrascapacidades intelectivas em geral, que refletem aquilo que Deus tem.

b) Afeições naturais: É a capacidade que o homem tem de ligar-seemocionalmente e afetivamente a outros seres e coisas. Deus tem esta

capacidade.

c) Liberdade moral: Capacidade que o homem tem de fazer as coisasobedecendo a princípios morais.

d) Espiritualidade: A Escritura diz que o homem foi criado "alma vivente" (Gn2:7). É a natureza imaterial do homem. Deus é espírito, e num certo sentido, ohomem tem traços desta espiritualidade.

e) Imortalidade: Depois de criado, o homem não deixa mais de existir. A mortenão é para o corpo, mas para o homem. Morte é separação e não cessação de

existência. A imortalidade é essencial para Deus (I Tm 6:16). O homem, numcaráter secundário derivado, passa a Ter a imortalidade.

2 - A queda e a Imagem Desfigurada

Como sabemos, este estado de integridade (“posso não pecar ”) não foimantido até o fim pelos nossos primeiros pais. Veio a desobediência econsequentemente a queda. Nossos primeiros pais, criados para refletir erepresentar Deus não passaram no teste. Provados, caíram e deformaram aimagem de Deus neles.

Podemos fazer a seguinte pergunta: Quando o homem caiu, perdeu eletotalmente a Imago Dei?

Respondemos que em seu aspecto estrutural ou ontológico (aquilo que ohomem é), não foi eliminado com a queda, o homem continuou homem, masapós a queda, o aspecto funcional (aquilo que o homem faz) da imago Dei,seus dons, talentos e habilidades passaram a ser usados para afrontar a Deus.

Para Calvino, a imagem de Deus não foi totalmente aniquilada com a Queda,mas foi terrivelmente deformada Ele descreveu esta imagem depois da queda

como “uma imagem deformada, doentia e desfigurada” (6).O homem antes criado para refletir Deus, agora após a queda, precisa ter estacondição restaurada. Restauração esta que se estenderá por todo o processoda redenção. Esta renovação da imagem original de Deus no homem significaque o homem é capacitado a voltar-se para Deus, a voltar-se para o próximo etambém voltar-se para a criação para governá-la.

3 - Cristo e a Imagem Renovada

Num sentido, como já dissemos, o homem ainda é portador da imagem de

Deus, mas também num sentido, ele precisa ser renovado nesta imagem.

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Esta restauração da imagem só é possível através de Cristo, porque Cristo é aimagem perfeita de Deus, e o pecador precisa agora tornar-se maissemelhante a Cristo. Lemos em Cl. 1:15 "Ele é a imagem do Deus invisível" eem Romanos 8:29 que Deus nos predestinou para sermos "Conforme aimagem de Seu Filho ..." (I Jo 3:2; II Co 3:18)

4 - A Imagem Aperfeiçoada

A completação da perfeição dos cristãos será a participação da finalglorificação de Cristo Jesus. Não somos apenas herdeiros de Deus, mastambém co-herdeiros com Cristo, “Se com ele sofremos, para que também comele sejamos glorificados” (Rm 8:17). Não podemos pensar em Cristo separadode seu povo, nem de seu povo separado dele. Assim será na vida futura: aglorificação dos cristãos ocorrerá junto com a glorificação do Senhor Jesus . Éexatamente isto que Paulo nos ensina em Cl 3:4:

“Quando Cristo que é a nossa vida, se manifestar, então vós também sereismanifestados com ele, em glória”.

A glorificação é voltar à perfeição com a qual fomos criados por Deus, é voltara imagem de Deus . Este é o propósito último de nossa redenção. Estaperfeição da imagem será o auge, a consumação do plano redentivo de Deuspara o seu povo. E isto só é possível em Cristo.

Em Cristo, o eleito não apenas volta ao que era Adão antes de pecar, mas vaium pouco mais à frente:

Note as palavras de Anthony Hoekema: 

Devemos ver o homem à luz de seu destino final (...) Adão ainda podia perdera impecabilidade e bem aventurança, mas aos santos glorificados isso nãopoderá mais ocorrer. Adão era "Capaz de não pecar e morrer"(posse nonpeccare et mori), os santos na glória, porém "não serão capazes de pecar emorrer" (non posse peccare et mori). Esta perfeição, que não se poderá perder,é aquilo para o qual o homem foi destinado e nada menos do que isto (7)

Sabemos que os santos glorificados, em seu estado final não vão pecar nemmorrer. Várias passagens das Escrituras nos garantem isto. (Is. 25:8 I Cor.15:42,54; Ef. 5:27; Ap. 21:4)

Paulo em sua carta aos Efésios nos ensina que o propósito de Deus para suaigreja, é apresentá-la “a si mesmo Igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nemcoisa semelhante, porém santa e sem defeito” ( Ef. 5:27)

Nesta dispensação, até a Segunda Vinda de Cristo, carregamos conosco,conforme lemos em I Cor. 15:49, a “imagem do que é terreno”, mas naglorificação, teremos plena e perfeitamente a “imagem do celestial”, ou seja, a

imagem de Cristo. No porvir, nossa vida será gloriosa, porque teremos a

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imagem de Cristo, seremos como Ele é, e Cristo sendo a imagem de Deus,teremos a imagem de Deus de volta em nós de forma completa e perfeita.

Calvino comentando este texto de I Cor. 15:49 diz:

Pois agora começamos a exibir a imagem de Cristo, e somos transformadosnela diária e paulatinamente; porém esta imagem depende da regeneraçãoespiritual. Mas depois seremos restaurados à plenitude, que em nosso corpo,quer em nossa alma, o que agora teve início será levado à completação, ealcançaremos, em realidade, o que agora esperamos(8)

Note ainda as palavras de João: “Amados, agora somos filhos de Deus, e aindanão se manifestou o que havemos de ser. Sabemos que quando Ele semanifestar, seremos semelhantes a Ele, porque havemos de vê-lo como ele é”(I Jo. 3:2).

O que João nos diz, é que, na ocasião da Segunda Vinda de Cristo, seremosassemelhados a Ele, perfeita e completamente. E como Cristo é a imagem deDeus invisível, os santos glorificados terão a imagem de Cristo. Isto significadizer que a nossa imagem na glorificação, será restaurada à imagem de Deus.Esta semelhança a Deus e a Cristo é o propósito final da nossa redenção, ouseja, a glorificação.

Por enquanto, a imagem de Cristo em nós está em processo contínuoconforme nos diz Paulo em II Cor. 3:18 que estamos “sendo transformados deglória em glória” , mas após a nossa ressurreição, poderemos refletir aperfeição desta imagem, que Deus começou em nós, e assim, só então,poderemos ser tudo aquilo para o qual fomos destinados pelo Pai.

Neste processo de restauração da imagem de Deus em nós, através de Cristo,chamamos de santificação que é a “conformidade progressiva à imagem deCristo aqui e agora (...); a glória é a conformidade perfeita a imagem de Cristolá e então, Santificação é a glória começada; glória é a santificaçãocompletada ” (9)

Gerrit C. Berkouwer, teólogo holandês, nos mostra que a verdadeira imagemde Deus se pode conseguir apenas em Jesus Cristo que é a imagem perfeita

de Deus. Ser renovado á imagem de Deus é tornar-se parecido com Jesus(10).

Todo o povo de Deus, de todas as nações, tribos, línguas, estará então comDeus por toda a eternidade, glorificando a Deus pela adoração, serviço elouvor. Todos nossos atos serão enfim feitos sem pecado com perfeição e aí opropósito que Deus estabeleceu para seus remidos terá sido alcançado.

A Imagem de Deus para João Calvino (1509 - 1564) -

Veja como Calvino responde ás seguintes questões sobre a Imagem de Deus:

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1 - Onde situa-se a imagem de Deus no homem?

R: Segundo Calvino, ela é encontrada fundamentalmente na alma do homem.

2 - Em que constitui originalmente a imagem de Deus?

R: Com base em Cl 3:10 e Ef 4:24, Calvino conclui que a imagem de Deus nohomem incluía originalmente o verdadeiro conhecimento, justiça e santidade.

3 - Existe algum aspecto sob o qual o homem decaído ainda é a imagem deDeus?

R: Antes da queda, de acordo com Calvino, o homem possuía a imagem deDeus em sua perfeição. A queda, contudo, teve um efeito devastador sobreesta imagem. A imagem de Deus não é totalmente aniquilada pela queda, masé terrivelmente afetada, deformada.

4 - O que a queda fez à imagem de Deus?

R: O que aconteceu foi que quaisquer dons ou habilidades que o homemreteve, tais como razão e a vontade foram pervertidos e deturpados pelaqueda. Todas as suas faculdades estão viciadas e corrompidas.

5 - Como a imagem de Deus é renovada no homem?

R: Para Calvino, esta imagem é restaurada pela fé e começa na conversão. É anossa conformação com a pessoa de Cristo. Isto é uma obra da graça de Deusque se inicia na regeneração e progressivamente termina na glorificação dossantos.

6 - Quando será completada a renovação da imagem de Deus?

R: Calvino responde: Na vida por vir. Seu explendor pleno será alcançadoapenas no céu.

NOTAS

(1) Tertuliano (160-225); Orígenes e Clemente de Alexandria Deus (São Paulo,Ed. Cultura Cristã, 1999), 46-8.

(2) Santo Agostinho, citado por Hoekema, op cit, p. 98.

(3) L. Berkhof, Teologia Sistemática (São Paulo: Luz para o Caminho, 1990),206.

(4) Gerard Van Groningen, Revelação Messiânica no Velho testamento (Luzpara o caminho: Campinas) 1995.

(5) Extraído adaptado de Apostila do Dr. Héber C. de Campos.

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(6) As Institutas, I, XV, 3.

(7) Anthony Hoekema - Criados Á Imagem de Deus (São Paulo, Ed. CulturaCristã , 1999), 108.

(8) João Calvino, Comentário de I Coríntios , (Edições Paracletos, São Paulo,1996), 488.

(9) F. F. Bruce, citado por Geoffrey B. Wilson, Romanos - Um Resumo dePensamento Reformado, (SP - PES) 130.

(10) G.C.Berkouwer, Man, The image of God, p. 107.

Em termos bem simples, ter a “imagem” e “semelhança” de Deus significa quefomos feitos para nos parecermos com Deus. Adão não se pareceu com Deus

no sentido de que Deus tivesse carne e sangue. As Escrituras dizem que “Deusé espírito” (João 4:24) e portanto existe sem um corpo. Entretanto, o corpo deAdão espelhou a vida de Deus, ao ponto de ter sido criado em perfeita saúde enão ser sujeito à morte.

A imagem de Deus se refere à parte imaterial do homem. Ela separa o homemdo mundo animal, e o encaixa na “dominação” que Deus pretendeu (Gênesis1:28), e o capacita a ter comunhão com seu Criador. É uma semelhançamental, moral e social.

Mentalmente, o homem foi criado como um agente racional e com poder deescolha: em outras palavras, o homem pode raciocinar e fazer escolhas. Isto éum reflexo do intelecto e liberdade de Deus. Todas as vezes que alguéminventa uma máquina, escreve um livro, pinta uma paisagem, se delicia comuma sinfonia, faz uma conta ou dá nome a um bichinho de estimação, estapessoa está proclamando o fato de que somos feitos à imagem de Deus.

Moralmente, o homem foi criado em justiça e perfeita inocência, um reflexo dasantidade de Deus. Deus viu tudo que tinha feito (incluindo a humanidade), edisse que tudo era “muito bom” (Gênesis 1:31). Nossa consciência, ou “bússolamoral” é um vestígio daquele estado original. Todas as vezes que alguém

escreve uma lei, volta atrás em relação ao mal, louva o bom comportamento ouse sente culpado, esse alguém está confirmando o fato de que somos feitos àprópria imagem de Deus.

Socialmente, o homem foi criado para a comunhão. Isto reflete a naturezatriúna de Deus e Seu amor. No Éden, o primeiro relacionamento do homem foicom Deus (Gênesis 3:8 indica comunhão com Deus), e Deus fez a primeiramulher porque “não é bom que o homem esteja só” (Gênesis 2:18). Todas asvezes que alguém escolhe uma esposa e se casa, faz um amigo, abraça umacriança ou vai à igreja, esta pessoa está demonstrando o fato de que somosfeitos à semelhança de Deus.

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Parte de sermos feitos à imagem de Deus significa que Adão tinha acapacidade de tomar decisões livres. Apesar de ter sido dada a ele umanatureza reta, Adão fez uma má escolha em se rebelar contra seu Criador.Fazendo isto, Adão manchou a imagem de Deus dentro de si, e passou adianteesta semelhança danificada a todos os seus filhos, incluindo a nós (Romanos

5:12). Hoje, ainda trazemos conosco a imagem de Deus (Tiago 3:9), mastambém trazemos as cicatrizes do pecado. Mentalmente, moralmente,socialmente e fisicamente, mostramos os efeitos.

As boas novas são que, quando Deus redime uma pessoa, Ele começa arestaurar a imagem original de Deus, criando “o novo homem, que segundoDeus é criado em verdadeira justiça e santidade” (Efésios 4:24; veja tambémColossenses 3:10).

14. "O homem tinha algo a mais, o corpo que Deus mesmo não tinha.Deus era dicótomo (duas partes). As partes imateriais (espirituais) têm

capacidade de compartilhar do mesmo espaço ao mesmo tempo, semperder a sua identidade... " (Comentário de Efésios 3.9).

RESPOSTA: Que loucura de tese teológica! Declarar que Deus é dicótomo(duas partes) me parece que beira ao dualismo, politeismo, gnosticismo,paganismo, mitologia grega,etc. “As partes imateriais”. Deus não se divideem sua essência; Deus não têm parte ; Deus é Único , Dt 6.4. Verifiquei emvários sites que esta heresia está se espalhando rapidamente. É só buscarpelo termo: Deus dicótomo.

Teologia é para poucos. Não é qualquer pessoa que tem capacidade decompreender as profundezas da teologia. É por isso que resolvemos refutarensinamentos contrários a revelação bíblica e aos ensinamentos da igreja deJesus Cristo, desde a época dos apóstolos, passando pelos concílioseclesiásticos , chegando na reforma e até nós com o movimento dopentecostalismo que nos trouxe grandes aberturas para a Palavra de Deus .Afinal, quem é Deus? O que constitui a natureza divina? Qual é o modo de serde Deus? Estas perguntas nos levam à sarça ardente e à terra santa. Nósdevemos caminhar suavemente, andar humildemente e evitar suposições. Maspodemos ir até onde a revelação divina for.

Existe realmente uma natureza divina. Com a palavra "natureza" indicamos ascaracterísticas que diferenciam um ser dos demais. Falamos, portanto, danatureza angélica, da natureza humana e da natureza das bestas feras. Apossibilidade de falarmos da natureza de Deus foi sugerida pelo apóstolo Pauloquando disse que os gálatas, antes de serem convertidos, serviam aqueles quepor natureza não eram deuses. Gálatas 4:8. Isto claramente implica aexistência de alguém que por natureza é Deus.

DEUS É UM SER PESSOAL 

A pessoa de Deus é bem distinta do panteísmo, que diz que tudo o que é

agregado é Deus. Deus é tudo e tudo é Deus. Como um ser pessoal, Deus éimanente e transcendente, isto significa que, Ele está na Sua criação e ao

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mesmo tempo acima de Sua criação. Ele é uma pessoa na Sua criação e aomesmo tempo Ele está separado e bem distinto dela. Ele também está acimade Sua criação, isto é, Ele é maior que Sua criação, distinto dela e não fazparte dela. Na oração de Salomão por ocasião da dedicação do templo, eleprestou tributos à grandeza transcendental de Deus com estas palavras: "Mas

na verdade habitará Deus na terra? Eis que os céus e até o céu dos céus, tenão poderiam conter, quanto menos esta casa que eu tenho edificado". 1 Reis8:27.

Existem três marcas de personalidade: a auto-consciência, auto-determinaçãoe consciência moral e todas estas três qualidades pertencem a Deus.

DEUS É UM SER ESPIRITUAL 

Deus é exclusivamente espírito. João 4:24. O leitor deverá reconhecer estaverdade ou terá problema para entender as três pessoas da trindade. Como

espírito Deus não pode ser dividido ou composto. Como espírito Ele é invisívele intangível. "Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito que está noseio do Pai, esse o fez conhecer". João 1:18.

ARGUMENTO 

1. Ele é o criador dos espíritos, e desde que o ser espiritual é o nível mais altode ser, Ele deve ter a natureza pertencente a este nível.

2. As Escrituras atribuem espiritualidade a Deus. João 4:24, Hebreus l2:9.

3. Sua espiritualidade pode ser argumentada do ponto de Sua imensidade eeternidade. Ele é infinito quanto a espaço e tempo. A matéria é limitada aotempo e espaço, mas Deus é onipresente e eterno.

4. Sua espiritualidade pode ser argumentada através de Sua independência eimutabilidade. Tudo o que é matéria pode ser dividido, somado ou diminuído. Amatéria é sujeita as mudanças, mas Deus é imutável.

5. Sua espiritualidade pode também ser argumentada através de Suasperfeições absolutas. A matéria impõe limitações e não é sistemática nem

consistente com a perfeição absoluta. A palavra perfeição é usada aqui comum significado amplo e não só no sentido de não ter pecado. O Salvador, emSeu corpo humano tinha Seus limites ainda que sem pecado. Ele não podiaestar em todos os lugares ao mesmo tempo. Ele não estava imune à fome,sede, cansaço e dor.

OBJEÇÃO 

Muitas passagens nas Escrituras atribuem partes do corpo a Deus. Falam de

Seus olhos, Sua face, Suas mãos e Seus braços, etc. Em réplica podemosdizer que a linguagem é figurativa e é usada de modo conveniente ao

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entendimento humano. Tal linguagem é chamada de antropomorfismo, isto éatribuição de características humanas a seres que não são humanos. O corpode Jesus é apenas o veículo da revelação (Jo 1-14). Deus não precisa deum corpo. Negar a humanidade de Jesus e a manifestação divina no corpode Jesus é heresia, como da mesma forma, é heresia dizer que Deus passou

a ser tricotomo, porque antes era dicótomo , porque não tinha um corpo, eagora o tem , é cometer heresia. O corpo de Jesus não é a ultima realidade deDeus, veja: 1 Co 15.28.

DEUS É UM SER TRIÚNO 

Existe uma essência Divina de ser que subsiste em três pessoas: Pai, Filho eEspírito Santo. Deus é uma trindade, três em um. Na primeira parte do séculoIV quando o arianismo ameaçava dominar o setor religioso, um jovem teólogo,Atanásio, formulou uma declaração que foi incorporada no credo Nicenos.Dizia: "Nós adoramos um Deus na trindade e trindade em união, não

confundindo as pessoas nem dividindo a substância". Esta afirmação é notóriae profunda, mas clara e simples. A noção ariana fazia do Pai, o supremo Deuse do Filho apenas um ser divino, mas subordinado. De acordo com ÁRIUS, oFilho era semelhante, mas não da mesma substância do Pai.

A noção Sabeliana é que Deus é uma pessoa, que se manifesta certas vezescomo o Pai, às vezes como o Filho e ainda outras vezes como o Espírito Santo.Mas tal noção faria com que Ele deixasse de existir como Pai quandomanifestado como Filho.

Se Deus fosse um ser físico existindo como uma trindade, Ele estaria em trêspartes, e se estas partes fossem pessoas, cada pessoa seria apenas parte deDeus. Mas como espírito, Ele é três pessoas mas uma só substância e cadapessoa é em si o todo de Deus. Concernente ao Filho, lemos que nEle habitoucorporalmente toda a plenitude da divindade. Colossenses 2:9. E também Ele échamado a imagem do Deus invisível em Colossenses 1:15.

Deus não é três pessoas no mesmo sentido que um pai, mãe e filho são trêspessoas de uma só família.

Deus tem três modos de ser, três centros de consciência pessoal.

Essencialmente Ele é um, mas relativamente Ele é três pessoas. E nestasrelações, Ele existe como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. O Doutor Strongresume o fato da seguinte maneira: Na questão da fonte, origem e autoridade,Ele é Pai: No questão de expressão, meio e revelação, Ele é Filho. E naquestão de compreensão, realização e concepção, Ele é Espírito. O DoutorStrong em quatro pensamentos faz um resumo da diferença entre o trabalho doFilho e do Espírito Santo.

15. "Efésios 3.21: a ele seja a glória, na igreja e por meio de Cristo Jesus,em todas as gerações, idades, mundos e por toda a eternidade. Amém!,Rm 11.36 "

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RESPOSTA: Que tradução é esta?Vejamos este mesmo texto em váriasversões : 1) “ A esse glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações,para todo o sempre. Amém” (ACF);2) “Glória a Deus por meio da Igreja e pormeio de Cristo Jesus, por todos os tempos e para todo o sempre! Amém!(NTLH). 3) “ A ele seja a glória na igreja e em Cristo Jesus, por todas as

gerações, para todo o sempre! Amém” (NVI). 4) “A ele seja a glória, na igreja eem Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém! (RA). 5) “AUTÔ Ê DOXA EN TÊ EKKLÊSIA KAI EN KHRISTÔ IÊSOU EIS PASAS TASGENEAS TOU AIÔNOS TÔN AIÔNÔN AMÊN ( Novo Testamento em gregoNestle-Aland 26). 6) αυτω η δοξα εν τη εκκλησια εν χριστω ιησου εις πασας τας γενεας του αιωνος των αιωνων αµην (TR); 7) “Unto him be glory in the churchby christ Jesus throughout all ages, world without and. Amem “ (King JamesVersion); 8) “Receba da igreja e de Cristo Jesus a glória em todas asgerações, pelos séculos dos séculos. Amem” (Bíblia do Peregrino); 9) “Degeração a geração ,para todo o sempre. Essa linguagem é amesma dossalmos –ver: Salmo 48.13;119-90;145.4,13” (Comentário Bíblico Judaico do

NT) ;10) A ele seja a glória na Igreja e em Jesus Cristo, por todas as geraçõesdos ´seculos dos séculos! Amém” (Bíblia de Jerusalém);11) “Para El, sea lakavod em La comunidad Mesianica y em El Mashiaj Yshuah de generacion ageneracion para siempre. Amem” (Brit Hadashah – Pacto Renovado); 12) “ a Elsea gloria enla iglesia en Cristo Jesús por todas lãs edades , por los siglos delos siglos. Amem” ( Nueva Bíblia de Estudio SCOFIELD); 13) “ A El sea Laglória em La iglesia y en Jesus El Mesías , por todas las generaciones de todaslãs edades, por los siglos, amem” (Bíblia Textual – De regreso a lãs fuentes );15) “ a él sea gloria en la iglesia en Cristo Jesús por todas las edades, por lossiglos de los siglos. Amén.” (Bíblia Reina Valera, 1960) Foram verificadasquinze traduções/versões diferentes e não encontramos a expressão“mundos”.

Exegese das Palavras: Geração (Genea; Aion; Cosmos).

“ Genea. Época (i.e, espaço de tempo normalmente ocupado por cada geraçãosucessível), espaço de 30-33 anos. Aion. Para sempre, uma idade ininterrupta,tempo pérpetuo, eternidade – os mundos , universo, pe´riodo de tempos, idade,geração. É unicamente numa parte de seus significados que estas duaspalavras são num sentido real sinônimas, e é esta parte que é aquiconsiderada. Ambas A.V e R.V freqüentemente traduzem aion por mundo,

dessa forma obscurecendo a distinção entre esta e cosmos. Aion é geralmentemelhor traduzida como geração , é o mundo num dado momento , um períodoparticular na história universal. Aion é encontrado , aparentemente em Hb 1.1;11.3 , onde denota os mundos em referência ao espaço antes que o tempo”. (RA – Almeida Revista e Atualizada , com números de Strong , SBB, 1993).

A conclusão que chegamos é que não podemos inserir a frase: “mundos” ,porque mudaria o sentido bíblico do texto em relação as palavras geração eeternidade , pois uma vez esses mesmo termos incluídos , fica desnecessárioadmitir a expressão “ mundos” em Efésios 3.21, para assim , evitar idéiasgnósticas ou interpretações perigosas ao texto bíblico em questão.

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Comentário: “No verso 21 está escrito: “... a esse glória na igreja, por JesusCristo”. Numa outra versão do original, o texto fica assim: “... a ele seja a glóriana igreja”. Que glória? A glória de Cristo refletida na sua Igreja. Em todas asgerações, essa glória sempre lhe pertencerá, e na atual dispensação Ele é omotivo da manifestação da graça de Deus.

As expressões “para todo o sempre”  (v. 21) ou, em outra versão, “por todos osséculos” equivalem a dizer que todos os séculos formam a eternidade. A glóriade Cristo na Igreja brilhará por toda a eternidade.

A glória de Cristo na igreja refere-se, também, ao testemunho da Igreja arespeito de Cristo, bem como o caráter genuíno do Cristianismo mantido contratodas as intempéries dos séculos. A Igreja é sempre uma instituição divina, enunca uma instituição meramente humana. A glória de Cristo reflete-se naIgreja, isto é, nos crentes que vivem com inteireza os seus ensinos. Nada deveempanar essa glória”. Idades e Mundos não constam nos melhores e mais

antigos manuscritos gregos do NT.

Gerações, idades ,mundos e eternidades. Na verdade não consta nosmanuscritos mais antigos e aceitos pela Igreja a palavra “Mundos”. Será oquer dizer o comentarista da Bíblia Revelada? O teólogo A.T . Robertsoncomenta:”Enla iglesia (em tëi ekklesiai ) . La iglesia universal, El cuerpo deCristo. Y em cristo jesús (kai em christöi Iësou). La cabebeza de La gloriosaiglesia” ( Comentário Al Texto Griego Del Nuevo Testamento - de La epistola alos efésios). É complicado quando um pastor , pregador ou teólogo traduz umtexto sem citar a fonte do manuscrito. Qual foi o manuscrito usado pelocomentarista da bíblia revelada? Ele afirma que o seu trabalho foi traduzido,comentado e editado por ele mesmo. Na página 6 da bíblia Revelada lemos: “tradução dos mais antigos textos em hebraico (como o Massorético), emaramaico e em Grego (como o Textus Receptus), em comparação com asversões Vulgata latina , Sptuaginta , o texto do Rei Tiago , o texto Reina Valera, de 1909, e com as melhores partes dos textos em grego de Eramus (1516-1522), de Stephanus (1550) , de Beza (1565), de Elzevir (1524-1678) , econferida com mais de 115 versões modernas , por Aldery Nelson da SilvaRocha; este trabalho foi iniciado no ano de 1980 e finalizado no ano de 2011”.

O termo “Mundos” , parece que expressa uma idéia de outros mundos habitadosou sistemas de seres inteligentes idêntico ou superior ao nosso. De todo o caso , seriabom que o teólogo Aldery Rocha explicasse melhor o que ele quis dizer por“mundos” , uma vez que tal expressão não consta nos manuscritos mais antigos eaceitos pela Igreja. O tradutor da Bíblia Revelada cita a Vulgata latina . Vejamos otexto original: “ipsi gloria in ecclesia et in Christo Iesu in omnes generationes saeculisaeculorum amen (Efésios 3.21) . na da diz de “mundos”. Este texto é um dos maisantigos da Igreja. Conseguir uma cópia digitalizada através de um teólogoJesuíta.Posso prová para quem quiser , mas só não posso alterar o texto deJerônimo! 

Será que tal termo “mundos” se encontra no Textus Receptus? Vejamos : αυτω η δοξα εν  τη εκκλησια εν χριστω  ιησου εις πασας τας γενεας του αιωνος των αιωνων αµην  (Novo Testamento Grego do Textus Receptus – Efésios 3.21).

Não consta! Então de onde o tradutor da Bíblia Revelada tirou a expressão“Mundos”? Ele mesmo deverá responder a esta questão.

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Este é o texto original do Codex Sinaíticus:

µιν αυτω η δοξα εν τη εκκληϲια και εν χω ιυ ειϲ παϲαϲ 

ταϲ γενεαϲ του αι ωνοϲ των αιω νων αµην  (Efésios 3.21)

Tradução em inglês: to him be glory in the church in Christ Jesus through all thegenerations of the age of ages: amen (Efésios 3.21).

O Codex Sinaiticus é um dos mais importantes livros do mundo. Escrito à mãohá mais de 1600 anos, o manuscrito contém a Bíblia cristã em Grego, incluindoa cópia mais antiga do Novo Testamento. O seu texto rigorosamente corrigidoé de uma importância extraordinária para a história da Bíblia e o manuscrito – o

mais antigo e importante livro que sobreviveu à Antigüidade – é de supremaimportância para a história do livro.

16. "O Espírito é dos três , pois é o vinculo da unidade.Segundo Efésio4.4, há um só Espírito. Não há o Espírito Santo do Pai, o Espírito Santodo Filho e o Espírito Santo . O Espírito Santo é de Cristo, é do Pai e é doEspírito Santo. Todos têm o mesmo Espírito, porque há somente umEspírito. O Espírito que estava em Cristo no seu ministério é o Espíritodo Pai que também é o Espírito Santo. Jesus nasceu depois de gerado oespírito humano de Cristo , e como Cristo já era uma alma antes de seencarnar, temos diante de nós duas partes que já existiam antes daencarnação: espírito e alma. Isto não sucede com o homem natural...”(Comentário de Efésios 4;3).

RESPOSTA: Jesus não recebeu espírito humano em sua encarnação; elerecebeu uma alma racional e o espírito que nEle habitava era o próprioEspírito de Deus que constituía no seu EU.A declaração da Bíblia Reveladaque Jesus possuía um espírito humano é contrária aos ensinamentos do NT edos pais da igreja antiga.  Temos aqui mais dois problemas teológicos:Primeiro Jesus antes da encarnação não possuía alma e espírito ao mesmotempo. A alma ele recebe na encarnação e o Espírito que lhe é próprio é o

mesmo que o Logos, Segundo, não é possível aplicar a natureza do Logo adoutrina dualista: alma e espírito. Tal ensinamento não tem o apoio de umaexcelente exegese bíblica. Não sabemos o que a Bíblia Revelada quer dizerpor alma e espírito em relação a Jesus, mas me parece que o comentarista éconfuso e novato em teologia.

O Primeiro Concílio de Constantinopla se realizou em 381, foi debatida anatureza de Cristo e o arianismo.Até cerca de 360 D.C, debates teológicostratavam principalmente da divindade de Jesus, a segunda pessoa doTrindade. No entanto, o Concílio de Nicéia não esclareceu a divindade doEspírito Santo, a terceira pessoa da Santíssima Trindade, que se tornou um

tema de debate, sendo que os macedonianos negavam a divindade do EspíritoSanto.

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O concílio foi presidido sucessivamente por Timóteo de Alexandria, Manuel daAntioquia, Gregório Nazianzeno e Nectario, arcebispo de Constantinopla. Oconcílio reconfirmou o credo nicenocomo uma verdadeira exposição de féortodoxa, e desenvolveu uma declaração de fé que incluía a linguagem deNiceia, mas ampliou a discussão sobre o Espírito Santo para combater a

heresia dos macedonianos. É o chamado Credo Niceno-Constantinopolitano efoi um comentário sobre a declaração original de Niceia. Expandiu-se o terceiroartigo do credo para lidar com o Espírito Santo, assim como algumas outrasmudanças. Sobre o Espírito Santo o artigo de fé, disse que é "o Senhor, oDoador da vida, que procede do Pai, com o Pai e o Filho é adorado eglorificado ". Com isso ficou estabelecido que o Espírito Santo deve ser domesmo ser (ousia) que Deus Pai. Esta decisão do concílio sobre o EspíritoSanto também deu apoio oficial para o conceito de Trindade. Está bem claroque a teologia da bíblia revelada é inovadora no sentido de criar novasformas teológicas para a doutrina da divindade. Basta !

17. "Por causado vinculo entre o Pai e o filho, não há três deuses, mastrês pessoas unidascom um vinculo inseparável para não haverindividualidade...” (Comentário deEfésios 4.4).

RESPOSTA: Individualidade! Será que cada pessoa da trindade é distinta?Vejamos o credo de Atanásio

ORIGEM

O Credo de Atanásio, subscrito pelos três principais ramos da Igreja Cristã, é

geralmente atribuído a Atanásio, Bispo de Alexandria (século IV), masestudiosos do assunto conferem a ele data posterior (século V). Sua formafinal teria sido alcançada apenas no século VIII. O texto grego mais antigodeste credo provém de um sermão de Cesário, no início do século VI.

O credo de Atanasio, com quarenta artigos, é um tanto longo para um credo,mas é considerado “um majestoso e único monumento da fé imutável de toda aigreja quanto aos grandes mistérios da divindade, da Trindade de pessoas emum só Deus e da dualidade de naturezas de um único Cristo.” [1]

TEXTO

1. Todo aquele que quiser ser salvo, é necessário acima de tudo, que sustentea fé universal. [2] 2. A qual, a menos que cada um preserve perfeita einviolável, certamente perecerá para sempre. 3. Mas a fé universal é esta, queadoremos um único Deus em Trindade, e a Trindade em unidade. 4. Nãoconfundindo as pessoas, nem dividindo a substância. 5. Porque a pessoa doPai é uma, a do Filho é outra, e a do Espírito Santo outra. 6. Mas no Pai, noFilho e no Espírito Santo há uma mesma divindade, igual em glória e co-eternamajestade. 7. O que o Pai é, o mesmo é o Filho, e o Espírito Santo. 8. O Pai é

não criado, o Filho é não criado, o Espírito Santo é não criado. 9. O Pai éilimitado, o Filho é ilimitado, o Espírito Santo é ilimitado. 10. O Pai é eterno, o

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Filho é eterno, o Espírito Santo é eterno. 11. Contudo, não há três eternos, masum eterno. 12. Portanto não há três (seres) não criados, nem três ilimitados,mas um não criado e um ilimitado. 13. Do mesmo modo, o Pai é onipotente, oFilho é onipotente, o Espírito Santo é onipotente. 14. Contudo, não há trêsonipotentes, mas um só onipotente. 15. Assim, o Pai é Deus, o Filho é Deus, o

Espírito Santo é Deus. 16. Contudo, não há três Deuses, mas um só Deus. 17.Portanto o Pai é Senhor, o Filho é Senhor, e o Espírito Santo é Senhor. 18.Contudo, não há três Senhores, mas um só Senhor. 19. Porque, assim comocompelidos pela verdade cristã a confessar cada pessoa separadamente comoDeus e Senhor; assim também somos proibidos pela religião universal de dizerque há três Deuses ou Senhores. 20. O Pai não foi feito de ninguém, nemcriado, nem gerado. 21. O Filho procede do Pai somente, nem feito, nemcriado, mas gerado. 22. O Espírito Santo procede do Pai e do Filho, não feito,nem criado, nem gerado, mas procedente. 23. Portanto, há um só Pai, não trêsPais, um Filho, não três Filhos, um Espírito Santo, não três Espíritos Santos.24. E nessa Trindade nenhum é primeiro ou último, nenhum é maior ou menor.

25. Mas todas as três pessoas co-eternas são co-iguais entre si; de modo queem tudo o que foi dito acima, tanto a unidade em trindade, como a trindade emunidade deve ser cultuada. 26. Logo, todo aquele que quiser ser salvo devepensar desse modo com relação à Trindade. 27. Mas também é necessáriopara a salvação eterna, que se creia fielmente na encarnação do nosso SenhorJesus Cristo. 28. É, portanto, fé verdadeira, que creiamos e confessemos quenosso Senhor e Salvador Jesus Cristo é tanto Deus como homem. 29. Ele éDeus eternamente gerado da substância do Pai; homem nascido no tempo dasubstância da sua mãe. 30. Perfeito Deus, perfeito homem, subsistindo de umaalma racional e carne humana. 31. Igual ao Pai com relação à sua divindade,menor do que o Pai com relação à sua humanidade. 32. O qual, embora sejaDeus e homem, não é dois mas um só Cristo. 33. Mas um, não pela conversãoda sua divindade em carne, mas por sua divindade haver assumido suahumanidade. 34. Um, não, de modo algum, pela confusão de substância, maspela unidade de pessoa. 35. Pois assim como uma alma racional e carneconstituem um só homem, assim Deus e homem constituem um só Cristo. 36.O qual sofreu por nossa salvação, desceu ao Hades, ressuscitou dos mortosao terceiro dia. 37. Ascendeu ao céu, sentou à direita de Deus Pai onipotente,de onde virá para julgar os vivos e os mortos. 38. Em cuja vinda, todo homemressuscitará com seus corpos, e prestarão conta de sua obras. 39. E aquelesque houverem feito o bem irão para a vida eterna; aqueles que houverem feito

o mal, para o fogo eterno. 40. Esta é a fé Universal, a qual a não ser que umhomem creia firmemente nela, não pode ser salvo. [3]

NOTAS

* Extraído de Paulo Anglada, Sola Scriptura : A Doutrina Reformada dasEscrituras (São Paulo: Os Puritanos, 1998), 180-82.

[1] A. A. Hodge, The Confession of Faith ( Edinburgh & Pennsylvania: TheBanner of Truth Trust, 1992 ), 7.

[2] O termo universal traduz a palavra católica , a qual também poderia sertraduzida por geral .

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[3] Traduzido a partir do inglês de A. A. Hodge, Outlines of Theology (Edinburgh, & Pennsylvania: The Banner of Truth Trust, 1991), 117-118.

Quando um individuo não entende de doutrina bíblica , fica claro que passa aensinar o que pensa ou o que busca em fontes duvidosas. Qual é a fonte da

teologia da Bíblia Revelada? Será nas religiões orientais? Será no gnostisimo ?Será no misticismo moderno? Ou será em sua própria fonte, isto é, na BíbliaRevelada?

18. "A divindade tem três almas. A alma é a pessoa; elas fazem parte damesma família, a família Jeová. O nome de cada uma dessas almas éJeová. Essas três almas comungam a mesma . Essa unidade éproporcionada pelo Espírito da unidade. São uma pluralidade de pessoas, Ef. 4.4-6. Assim é o seu nome, um nome para três pessoas. E este nomeé o Senhor – Jeová. Eles conmungam um só nome próprio. E, por essenome, têm um só senhorio...” (Comentário de Efésios 4.5).

RESPOSTA: Primeiro, não existe uma tal de família Jeová. Isso é coisa dopoliteísmo. E nem a divindade tem três almas. As almas só pertencem aoshomens. Jesus Cristo tinha uma alma racional por causa da sua naturezahumana (Jo 1.1-14). Onde é que está registrado na Bíblia que o nome de cadauma dessas “supostas almas” trinitarianas existem ? Senhor ou Jeová não énome , é titulo. Aliás, existem cerca de setenta e dois títulos para Deus nosestudos judaicos. O nome mesmo é IHVH e não Jeová, que é o resultado dasvogais de Adonay com IHVH. É muita confusão a explicação da BíbliaRevelada. Veja abaixo o nome de Deus em hebraico. Não existe nada de trêsalmas na divindade e nem que o nome é Jeová.

O Tetragrama Sagrado YHVH ou YHWH (mais usado),  הי) הו- , na grafiaoriginal, o hebraico), refere-se ao nome do Deus de Israel em forma escrita játransliterada e, pois, latinizada, como de uso corrente na maioria das culturasatuais.

A forma da expressão ao declarar o nome de Deus YHVH (ou JHVH na formalatinizada) deixou de ser utilizada há milhares de anos na pronúncia correta dohebraico original (que é declarada como uma língua quase que completamenteextinta). As pessoas perderam ao longo das décadas a capacidade depronunciar de forma satisfatória e correta, pois a língua precisaria se curvar(dobrar) de uma forma em que especialistas no assunto descreveriam hoje em

dia como impossível.

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Originariamente, em aramaico e hebraico, era escrito e lido horizontalmente, dadireita para esquerda יה-וה ; ou seja, HVHY. Formado por quatro consoanteshebraicas — Yud  Hêi  Vav    Hêiו ou הו-הי , o Tetragrama YHVH tem sidolatinizado para JHVH já por muitos séculos.

As letras da direita para esquerda segundo o alfabeto hebraico são:

Hebraico Pronúncia Letra

Yodh ou Yud "Y"

He ou Hêi  "H"

 וWaw ou Vav  "V"

He ou Hêi  "H"

O tetragrama aparece 6.828 vezes — sozinho ou em conjunção com outro"nome" — no texto hebraico do Antigo Testamento, a indicar, pois, tratar-se denome muito conhecido e que dispensava a presença de sinais vocálicosauxiliares (as vogais intercalares).

Os nomes YaHVeH   (vertido em português para Javé), ou YeHoVaH   (vertido

em português para Jeová), são transliterações possíveis nas línguasportuguesas e espanholas, mas alguns eruditos preferem o uso mais primitivodo nome das quatro consoantes YHVH; já outros eruditos favorecem o nomeJavé (Yahvéh ou JaHWeH ). Ainda alguns destes estudiosos concordam que apronúncia Jeová (YeHoVaH ou JeHoVáH ), seja correcta, sendo esta última apronúncia mais popular do Nome de Deus em vários idiomas.

19.. "Porque somente um pessoa as divindade tem o corpo, há uma únicarevelação física de Deus. Este é o grande segredo teológico.Entre ostrês , um foi escolhido para revelar, por seu corpo, toda a plenitude dadivindade. Isto quer dizer que foi do agrado de Deus, isto é, o Pai, o

Espírito Santo no corpo do Filho." (Comentário de Efésios 4.6).

RESPOSTA: Deus não é física, química ou biologia. O fato de a Bíblia dizerque o Verbo (Logos) se fez carne (Natureza Humana), não quer dizer queDeus em sua natureza é composto de física ou de um corpo. O corpo deJesus foi tão-somente um veículo da revelação divina no processo histórico-cristológico da salvação da humanidade. Notaremos a seguir uma análiseexegética das línguas originais da Bíblia, a fim de eliminarmos toda a idéia deque Deus tem ALMA ou um CORPO FÍSICO.

4 termos hebraicos relativos à natureza humana:

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Existem 4 palavras hebraicas relativas ao substantivo – “homem” , “ser

humano” (adam, ish, enosh, gever).

Veremos as 4 palavras relativas à natureza humana: basar ou se’er (“carne”),

ruakh  (“espírito”), nephesh  (“alma”) e lev  (“coração”). O A.T nenhuma vezexplica esses aspectos da natureza humana de modo sistemático. Cada termo

tem mais de um sentido, às vezes físico, outras vezes psíquico.

Basar ou se’er referem-se à parte visível, externa, física e material da

natureza humana. Essas duas palavras hebraicas traduzíveis por “carne” tem

muito pouca diferença em seu sentido. Basar ocorre 273 vezes, enquanto se’er

é encontrado apenas 17 vezes. Os dois termos se referem primordialmente às

partes musculares das pessoas e dos animais. Nenhum dos dois refere-se a

Deus no A.T. Na verdade, uma passagem afirma explicitamente que Deus não

é carne (Is. 31.3). A carne liga o ser humano ao mundo animal, não ao divino.

A “carne” no A.T, é fraca (2 Cr 32.8; Sl 56.4; Jr 17.5). Com frequência o termo

se refere a alimentos (Ex 21.10; Lv 4.11; Sl 78.20; Is 22.13). Ele pode indicar

uma pessoa ou individuo (Lv 13.18; Pv 11.17). A carne também tem qualidades

psíquicas no A.T. Ela pode “ter esperança” (Sl 16.9), “ansiar por Deus” (Sl

63.1), “cantar de alegria para o Deus vivo” (Sl 84.2).

Ruakh, “vento”, “espírito”, “fôlego”,  ocorre 378 vezes no texto hebraico e 11vezes nas porções aramaicas da Bíblia. Aproximadamente 113 vezes ruakh  se

refere a “vento” ou ar em movimento. Em 136 lugares ruakh   se refere ao

“Espírito de Deus”, e 130 referências para o “espírito humano”.

A idéia básica de ruakh, como na palavra grega pneuma, é “vento”.  Jesus

comparou a obra do Espírito ao vento (Jo 3.6-8), seguindo os profetas e

escritores do A.T que viam em ruakh uma energia ou poder ativo, sobre-

humano, invisível e misterioso. Ruakh  se refere ao vento oriental  (Ex 10.13;14.21), ao vento norte (Pv 25.23), ao vento ocidental (Ex. 10.19), aos quatro

ventos  (Jr 49.36; Ez 37.9), ao vento forte  (Sl 55.8) e ao vento do céu  (Gn

8.1; Ex 15.10).

No começo do A.T é feita a associação entre o “sopro” de Deus e o “principio

de vida” no ser humano (Gn 2.7; 6.17; 7.15-22). O sopro que energizou o ser

humano foi uma dádiva do Espírito de Deus (Jó 9.18; 19.17; 27.3; Is 42.5;

57.16). Os ídolos não têm o “espírito” ou “fôlego”. Eles não tem vida nem poder

(Jr 10.14; Hc 2.19). Os “ossos” de Israel voltam a ter vida quando o “espírito”vem dos quatro ventos e sopra sobre eles (Ez 37.6, 8-10, 14).

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Nephesh (“alma”, “vida”, “garganta”) é um termo difícil de definir, com um amplo

espectro de significados. A tradução tradicional de nepesh em português como

“alma” remonta à tradução anima, da Septuaginta, mas mesmo ela admite

outros significados em 155 das 755 ocasiões em que a palavra é usada. O

erudito Eichrodt disse: “A tradução infeliz do termo por ‘alma’ abriu a porta paraentrada das idéias gregas sobre a alma”.

O significado básico de nephesh provavelmente é “garganta” ou “pescoço”.

Isaías 5.14 diz que o mundo dos mortos abre bem a sua nepesh, “garganta” (cf.

Sl 107.9; Hc 2.5). Jonas 2.5 diz que a água cercou sua nepesh, “garganta” ou

“pescoço”). Parece que o sentido de nepesh mudou de “garganta” ou “pescoço”

para “respiração”, indicando vida e vitalidade. Nephesh  não se limita à “vida” do

ser humano. Os animais também são chamados “seres vivos” (nepesh hayâ –Gn 1.21,24; 2.19; 9.10). Em Isaías 10.18 fala metaforicamente de nepesh e

basar “alma” e “corpo” da floresta e da terra.

A forma verbal da raiz nps  ocorre apenas três vezes no A.T, com o significado

de “exalar” , “prender a respiração”, “refrescar-se”. Davi suspirou aliviado ao

chegar ao Jordão, depois que Absalão se rebelou contra ele (2Sm 16.14). Duas

vezes para o descanso no sábado é explicado como “exalar”, respirar

refrigério”, uma vez pelas pessoas (Ex 23.12; 31.17).

Leb, Lebab (“coração”),  são dois termos correlatos com o mesmo sentido. Oprimeiro ocorre 598 vezes e o segundo, 252, tornando “coração” o termo

antropológico usado com mais frequência no Antigo Testamento.

No Antigo Testamento conhecia-se o coração como órgão físico, mas não

sua função essencial de fazer bombear o sangue. Poucas referências no

Antigo Testamento referem-se ao coração como órgão físico. O profeta Oséias

falou da “envoltura” (segôr) ou recipiente do coração (Os. 13.8), provavelmente

referindo-se à caixa torácica que protege o coração. A expressão “dentro dele”

(qereb) é uma indicação de que os israelitas sabiam que o coração ficava

dentro da pessoa (1 Sm 25.37; Sl 39.3; 64.6).

“Coração”   pode ser usado como sinônimo de nephesh (“alma”) e ruakh

(“espírito”), em termos de sentimentos e emoções. Alegria e tristeza podem

muito bem ser descritas por expressões como “dar força ao coração” ou “trazer

refrigério à alma” (Gn 18.5; Jz 19.5,8; Sl 104.15); “derramar o coração” ou

“derramar a alma” (Sl 62.8; Lm 2.19).

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No A.T, o coração como centro do conhecimento ou da razão é freqüentemente

associado ao ouvir (Dt 29.4; Pv 2.2; 18.15; 22.17). Uma pessoa inteligente era

alguém de coração (Jó 34.10, 34), enquanto ao tolo faltava coração (Pv 10.13),

ou dizia em seu coração: “não há Deus” (Sl 14.1; 53.1). A memória também é

vinculada ao coração (Dt 4.9,39; Sl 31.12; Is 33.17).

Quando o A.T diz: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda

a tua alma e de toda a tua força” (Dt 6.5), “coração” está em primeiro lugar e

tem principalmente o sentido de “mente” – se bem que não em sentido

estrito. Devemos amar a Deus com todo o intelecto, com os sentimentos, com

as emoções, com a vontade – com todo o ser.

Bibliografia: Smith, Ralph. Teologia do A.T. Edições Vida Nova

Bruce, F.F. Biblical Exegesis in the Qumran Texts. Tyndale Press.

Heschel, Abraham J. The profets. New York – 1962

20. " O estudante da palavra de Deus deve considerar que o Inferno (Lagode Fogo) não é o Hades. O lago de fogo é o Inferno, que ainda não foiinaugurado."(Comentário de Efésios 4.10).

RESPOSTA: Vamos nos aternesta exegese aos termos Seol e Hades, queaparecem nos originais hebraicos e gregos, das Sagradas Escrituras e dosEscritos da Brit Chadasha, respectivamente, para podermos chegar a uma

compreensão melhor.

Tendo conhecimento disto, poderemos, ao ler certos textos, entender e daruma definição exata do seu significado.

"Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nossepulcros ouvirão a sua voz." (Jo 5:28)

Por que a palavra "inferno" causa tanta confusão?

"Muita confusão e compreensão errônea foram causadas pelo fato de osprimitivos tradutores da Bíblia terem traduzido persistentemente o termohebraico Seol e os termos gregos Hades e Geena pela palavra inferno..." (TheEncyclopedia Americana - 1942- Vol. XIV, pg. 81).

Como fica a palavra "inferno" nos Ketuvim Netsarim (NT) e quais seus reaissignificados?

Nas passagens abaixo, a palavra aparece doze vezes e foi transliterada como"Geena": Mt 5:22, 29, 30; 10:28; 18:9; 23:15, 33; Mc 9:43, 45, 47; Lc 12:5 e Tg3:6.

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Geena: deriva do hebraico gê (ben)(benê) hinnõm, o vale dos filhos de Hinnom,próximo de Jerusalém (Js 15:8; 18:16) onde crianças eram sacrificadas pelofogo, atendendo a rituais pagãos (2Rs 23:10; 2Cr 28:3; 33:6; Jr 7:31; 32:35).(New Bible Dictionary, pg. 463)

O lugar era usado para a incineração do lixo de Jerusalém e onde também selançavam os corpos de animais mortos.

Lá também eram lançados os criminosos, o que dá a idéia de um lugar depunição pelos pecados (Dt 32:22).

Hades: Já esta palavra grega significa sepultura e corresponde a Seol, doTanach (AT) e aparece onze vezes nos Ketuvim Netsarim (NT): Mt 11:23;16:18; Lc 10:15; 16:23; At 2:27, 31; 1Co 15:55; Ap 1:18; 6:8; 20:13, 14.

Tártaro: Do grego, aparece em 2Pe 2:4, que representa um abismo para a

confinação dos deuses rebeldes. (Expository Dictionary of Bible Words, pg.337).

Portanto, Geena está associada com fogo e castigo, mas Hades, refere-se asepultura, ou o lugar dos mortos.

Que dizer do lago de fogo e do fogo eterno? Por que "eterno"?

Todos os que ressuscitarem na segunda ressurreição serão julgados perante otrono branco e serão lançados no lago de fogo, para o castigo da segundamorte. Lá estarão também o diabo e seus anjos.

Neste lago de fogo, finalmente, serão destruídos a morte e o inferno, ouHades/Seol: "E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é asegunda morte." (Ap. 20:14)

Bicho não morre: Isto que dizer o mesmo, ou seja, que enquanto existirsubstância a ser consumida, o bicho vai consumí-la totalmente (Mc 9:44, 46,48; Is 66:24).

Atormentado para sempre: O diabo será atormentado para sempre, no lago defogo (Ap 20:10), significa que não mais escapará, ou seja, sofrerá a morteeterna.

E no Tanach (AT)? como fica a palavra inferno? De onde vem?

A palavra inferno, no AT, deriva-se de "seol" ou "sheol" termo hebraico quesignifica sepultura, lugar de habitação dos mortos, ou o mesmo que "hades", doNT.

"Seol" aparece 65 vezes no AT, mas nem sempre traduzida como "inferno".

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21. "Lembre-se que o casamento é testemunhado pelos anjos. Os anjosde proteção familiar trabalham em função da aliança contínua domatrimônio. Aquele matrimonio que vive um relacionamento quebrado eenfraquecido vive sem proteção angelical...” (comentário de Efésios5.26).

RESPOSTA: Estudo teologia desde 1985 e nunca na minha vida depesquisador soube que os anjos testemunham casamento de crente. Essa énova! Quem sabe a Bíblia Revelada está se referindo a anjos de proteçãofamiliar? Talvez. Veremos agora o que a doutrina dos anjos significa para opovo de Deus .

A palavra portuguesa anjo possui origem no latim angelus , que por sua vezderiva-se do grego angelos . No idioma hebraico, temos malak . Seusignificado básico é "mensageiro" (para designar a idéia de ofício demensageiro). O grego clássico emprega o termo angelos para o mensageiro,

o embaixador em assuntos humanos, que fala e age no lugar daquele que oenviou.

No AT, onde o termo malak ocorre 108 vezes, os anjos aparecem comoseres celestiais, membros da corte de Yahweh, que servem e louvam a Ele(Ne 9:6; Jó 1:6), são espíritos ministradores (1Rs 19:5), transmitem a vontadede Deus (Dn 8:16,17)), obedecem a vontade de Deus (Sl 103:20), executamos propósitos de Deus (Nm 22:22), e celebram os louvores de Deus (Jó 38:7;Sl 148:2).

No NT, onde a palavra angelos aparece por 175 vezes, os anjos aparecemcomo representativos do mundo celestial e mensageiros de Deus. Funçõessemelhantes às do AT são atribuídas a eles, tais como: servem e louvam aCristo (Fp 2:9-11; Hb 1:6), são espíritos ministradores (Lc 16:22; At 12:7-11;Hb 1:7,14), transmitem a vontade de Cristo (Mt 2:13,20; At 8:26), obedecem avontade dEle (Mt 6:10), executam os Seus propósitos (Mt 13:39-42), ecelebram os louvores de Cristo (Lc 2:13,14). Ali, os anjos estão vinculados aeventos especiais, tais como: a concepção de Cristo (Mt 1:20,21), Seunascimento (Lc 2:10-12), Sua ressurreição (Mt 28:5,7) e Sua ascensão eSegunda Vinda (At 1:11).

O termo teológico apropriado para esse estudo que ora iniciamos éAngelologia (do grego angelos , "anjo" e logia , "estudo", "dissertação").Angelologia, se constitui, portanto, de doutrina específica dentro do contextodaquilo que denominados de Teologia Sistemática, a qual se ocupa emestudar a existência, as características, natureza moral e atividades dos anjos.Iniciaremos, portanto, pelo estudo da existência dos anjos.

Segundo a Bíblia , podemos extrair os seguintes ensinamentos sobre osanjos em relação aos os crentes: 

a. Ajudam os crentes em geral (Heb 1:14).

b. Envolvidos em responder às orações (Atos 12:7).

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c. Dão encorajamento (Atos 27:23-24).

d. Anjos da guarda (Heb 1:14 ; Mat 18:10).

e. Observam a experiência dos Cristãos (1Co 4:9; 1Tim 5:21).

f. Interessados no esforço evangelístico (Luc 15:10; Atos 8:26).

g. Cuidam dos crentes na morte (Luc 16:22; Judas 1:9).

Veja o que diz a Bíblia Revelada: “Os anjos de proteção familiar trabalhamem função da aliança contínua do matrimônio”. A benção de Deus em nossasvidas não tem nada a ver com matrimonio, e, sim, com a nossa obediência.

Novamente a Bíblia Revelada: “Aquele matrimonio que vive umrelacionamento quebrado e enfraquecido vive sem proteção angelical...”(comentário de Efésio 5.26). É incrível como o comentarista associa aproteção divina a uma aliança de matrimonio. A única aliança que temvalidade, segundo à Bíblia , é o Sangue da Nova Aliança .

E a exegese de Efésio 5.26? Jesus purificou a igreja (26). Alguns fatosimportantes aqui: (1) Na aplicação ao casamento, entendemos que o homemdeve se dedicar à salvação da sua mulher. O homem que ama a sua mulher jamais tentaria envolvê-la no erro. Sempre procurará ser um bom líderespiritual, conduzindo a sua família no caminho de Cristo. (2) No "casamento"de Cristo com a igreja, aprendemos que Jesus santifica e purifica a igreja "pormeio da lavagem de água pela palavra". Para entender esta afirmação,precisamos lembrar que a igreja não é uma instituição; é pessoas chamadaspara fora do mundo. Então, ele santifica e purifica pessoas. Como? "Por meioda lavagem de água" claramente se refere ao batismo, pelo qual entramos emCristo (Mateus 28:18-20; Marcos 16:16; João 3:5; Atos 2:38; 22:16; Romanos6:3-4; Gálatas 3:26-27; Tito 3:5; 1 Pedro 3:20-21). "Pela palavra" deixa bemclaro que aprendemos sobre Cristo e a necessidade do batismo pela pregaçãodo evangelho dele. O batismo citado aqui é de pessoas capazes de ouvir apalavra e tomar as suas próprias decisões.

22. "...Esses anjos são chamados de anjos caídos enquanto estão ali, noseu domicilio. Quando eles saem de lá, e entram no mundo dos homens,estão fora de seu domicilio e sujeitos a serem enviados ao Abismo deescuridão. Os demônios sabem disso, Lc 8.31. Os demônios sãochamados de espíritos imundos porque assumem corpos; por isso sãochamados imundos, imorais. Em Lucas 8.26-39, eles são chamados deespíritos malignos, espíritos imundos, legião, demônios, v.29. A esses ,aos quais a Palavra de Deus chama de espíritos , também Judas chamade anjos, que são espíritos em sua natureza, Hb 1.14 e Jd 6." (Comentáriode Efésios 6.12).

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RESPOSTA: Temos aqui uma critica teológica sobre a exegese da carta deJudas , porque o que o autor da referida carta diz em sua escrita vai muitoalém de meras conjecturas teológicas.

Em primeiro lugar vamos relatar o comentário da Bíblia de Estudo Pentecostal

sobre este assunto. Vejamos: ”v.6 Aos anjos . Judas refere-se a njos que nãopermaneceram na sua posição original de autoridade, mas que se rebelaramcontra Deus, violaram a sua lei , e agora estão aprisionados , aguardando o juízo. Nem todos os anjos caídos,porém, estão encacerados,pois Satanás emuitos demônios estão na terra atualmente - ver 2 Pe 2.4” (Comentário deJudas da Bíblia de Estudo Pentecostal, p. 1975).

É incrível como outro comentário se posiciona: “ Anjos... Havendo-os lançadono inferno. Provavelmente, trata-se dos anjos que se rebelaram juntamentecom Satanás, contra Deus (Ez 28.15), e tornaram-se os espíritos mausreferidos no NT. As Escrituras não explicam por que uns espírito s malignos

estão em cadeias, enquanto outros estão livres para agir com Satanás naterra – ver Jd 6)” (Comentário de 2 Pe 2.4 da Bíblia de Estudo Pentecostal, p.1950).

O autor das notas da Bíblia de Estudo Pentecostal é o teólogo Donald Stampse o Editor é o conhecidíssimo pastor e teólogo Antônio Gilberto, responsávelpela consultas teológicas das lições bíblicas dominicais da CPAD.

"...Esses anjos são chamados de anjos caídos enquanto estão ali, noseu domicilio. Quando eles saem de lá, e entram no mundo dos homens,estão fora de seu domicilio e sujeitos a serem enviados ao Abismo deescuridão(Bíblia Revelada).

Como é possível um tradutor, editor e teólogo do porte do pastor AlderyNelson Rocha, declarar que os anjos caídos ao mesmo tempo em que estãoem seu domicilio podem saí dele? Não é assim que diz as cartas de Pedroe Judas. É melhor verificar com profundo exame de leitura e exegese bíblica oque realmente os autores estão a dizer sobre o domicilio, bem como aslimitações de seu domínio. Por outro lado, o próprio teólogo Donald Stamps ,da Bíblia de Estudo Pentecostal , afirma não ter certeza sobre a razão porqueuns estão encarcerados , enquanto outros permanecem livres em suas

atividades. Ora, se um teólogo do porte do doutor Donald Stamps sustentasobre a limitação do conhecimento teológico a respeito da ação dos espíritosmalignos, como é que o comentarista da Bíblia Revelada ensinacategoricamente que os anjos caídos têm livre acesso de onde estão, e saemquando querem? E mais: declara que eles estão sujeitos a serem enviadosaoabismo de escuridão. Baseado nestes comentários é que vamos nosubmeter a algumas teorias teológicas de renomados teólogos para nãoencerarmos o assunto como conclusão. Exponho aqui uma tradução para oportuguês de Judas 6:

“E os anjos que não conservaram a sua posição original, mas abandonaram a

sua própria moradia correta, ele reservou com laços sempiternos, em profundaescuridão, para o julgamento do grande dia.”  (Judas 6)

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Notemos aqui os seguintes termos usado por Judas: posição original, moradacorreta, laços sempiternos, profunda escuridão e julgamento do grande dia.

Os anjos foram criados quais criaturas espirituais, tendo a perspectiva de vidaeterna no céu. (Salmo 103:20; 104:4; Hebreus 1:7) Esse foi o seu começo, a

“posição original” (αρχην) deles. “A sua própria moradia correta” (οικητηριον),ou intencionada habitação, era nos céus invisíveis. Mas certos anjospresunçosamente abandonaram o seu apropriado lar celestial. O apóstoloPedro disse que eles “pecaram” e imediatamente em seguida citou eventos dosdias de Noé. (2 Pedro 2:4, 5) Isso lembra o período pré-diluviano, quando “osfilhos [o Manuscrito Alexandrino, do quinto século, da LXX diz “anjos”] doverdadeiro Deus”, aparentemente por materializarem corpos carnais,desobedientemente tomaram belas mulheres quais esposas. (Gênesis 6:1, 2)Visto que a coabitação com mulheres era desnatural para criaturas espirituais,esses anjos pecaram por cederem ao que, para eles, era desejo totalmenteerrado. ( Mt. 22:30 (a); Tiago 1:13-15) Similarmente, os “homens ímpios”, dos

quais Judas falou, desejavam ter relações imorais com pessoas do sexooposto. Esta é uma posição critica adotada pela maioria dos exegetas do NT.

Estes anjos rebeldes e imorais acharam que poderia escapar dos julgamentosadversos de Deus, pois durante o Dilúvio eles abandonaram seus corposcarnais para que não morressem afogados com os demais seres humanos, eassim, tentaram retornar a sua “posição original”, ou seja, os céus espirituais(b). Mas, aguardava-lhes uma surpresa, visto que o Criador havia ‘reservadocom laços sempiternos, em profunda escuridão,’ um lugar simbólico onde estesficariam apenas aguardando ‘o julgamento do grande dia.’

I.a. “Laços sempiternos”. A palavra aqui traduzida “laços” (Gr.: desmon )ocorre cerca de 20 vezes nas Escrituras: Marcos 7:35; Lucas 8:29; 13:16; Atos16:26; 20:23; 22:30; 23:29; 26:29, 31; Filip. 1:7, 13, 14, 16; Col. 4:18; 2Ti. 2:9;Fl. 1:10, 13; Heb. 10:34; 11:36; Judas 1:6. Ela pode se referi a um ligamento docorpo ou a algema, correntes de prisioneiro. Figurativamente tem o sentido deimpedimento e incapacidade.

Teoria Teológica de Strong :

“Deus não só os rebaixou de seus anteriores privilégios celestiais e os entregouàs densas trevas quanto aos propósitos de Deus, mas a referência aos laçosindica que ele os restringiu. De quê? Evidentemente, de assumirem corpos

carnais para terem relações com as mulheres, como haviam feito antes doDilúvio. A Bíblia relata que anjos fiéis, quais mensageiros de Deus, realmentese materializavam, no cumprimento de seus deveres, até o primeiro séculoD.C. Mas, depois do Dilúvio, aqueles anjos que fizeram mau uso de seus donsforam privados da capacidade de assumir forma humana.” Strong éconsiderado como um dos maiores teólogos dos estados Unidos da Americapelos historiadores da igreja.

Teoria Teológica de Steen K. Muller:

“Em vez de obterem a liberdade com a sua desobediência, estes anjos

passaram a estar sob uma forma de restrição. Por isso o apóstolo Pedro faladeles como sendo “espíritos em prisão, os quais outrora tinham sido

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desobedientes, quando a paciência de Deus esperava nos dias de Noé,enquanto se construía a arca, na qual poucas pessoas, isto é, oito almas,foram levadas a salvo através da água.” (1 Ped. 3:19, 20) É evidentemente porcausa desta forma de encarceramento que não se podem mais materializar eviver com mulheres quais maridos.”

A obra The Exposition of the Letter of Jude  comenta:

“Deus não lhes permitiu que tivessem qualquer esclarecimento divino edesignação de serviço adicionais, e eles estão restritos. Há evidência de que,desde o Dilúvio, não podem mais materializar-se, mas que, para se entregar aoseu desejo pervertido de relações carnais, eles têm possuído ou habitadohumanos e os têm controlado. Quando o Filho de Deus, Jesus Cristo, estavana terra, ele encontrou tais pessoas possessas em condições lastimáveis e assarou, expulsando os demônios. — Mat. 12:22; Mar. 5:1-6.”

Fica claro também por estes comentários que os “laços sempiternos” não sãoo mesmo que o abismo mencionado em Apocalipse (Ap 20:1-3). Os laçossempiternos a que esses anjos imorais foram subjugados é uma forma derestrição, assim como o abismo o é, no entanto, o abismo é o estado deinatividade total, e fica claro que esses laços sempiternos, embora restritivos,ainda dá aos demônios certa liberdade para agirem neste mundo mau.

O teólogo Willian R. Bush diz:

“Deus restringiu os anjos desobedientes com “laços sempiternos, em profundaescuridão”. (Ju 6) Diz-se que também foram entregues a “covas de profundaescuridão”. (2Pe 2:4) A evidência bíblica indica que não se lhes nega toda

liberdade de movimento, visto que têm conseguido apossar-se de humanos, eaté mesmo tinham acesso aos céus até serem expulsos de lá por Miguel eseus anjos, e serem lançados para baixo, à terra. (Mr 1:32; Re 12:7-9) Satanás,o Diabo, há de ser acorrentado com uma grande cadeia pelo anjo que possui achave do abismo, e será lançado no abismo por mil anos, após o que ele serásolto por um pouco. (Ap 20:1-3) Visto que os anjos não são criaturas de carnee sangue, tais cadeias, sem dúvida, referem-se a alguma força restritiva quenão conhecemos.”

A teoria teológica de Donald Stamps:

A nossa igreja Evangélica Assembleia de Deus não faz constar em seusartigos de fé esta polêmica teológicas , mas considera que os anjos de Gn 6 ,“sem dúvida , eram os descendentes da linhagem piedosa de Sete” (ver notassobre Gn 6.2 na Bíblia de Estudo Pentecostal, p. 41).

Fizemos esta exposição , por percebermos que o comentário da BíbliaRevelada sobre Judas 6, ficou um pouco duvidoso , visto que pela análisegeral da Bíblia ou dos estudos sobre anjos e demônios , a traduçãoapresentada não está de acordo com a nossa , que é uma tradução emportuguês dos melhores textos em grego.

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O segundo exemplo diz respeito aos anjos que não protegeram (guardaram) oseu estado original -uma referência a Gn 6:1-4. (domínio, ofício,autoridade)pode significar várias coisas: “1) como ‘origem, descendência’;uniram-se com seres de outra espécie; 2) como ‘território de poder’; então asegunda parte determina mais o sentido: deixaram sua morada celeste; 3) em

relação com ‘função’, ‘dignidade’”. O exemplo de Jd seria tirado de Hen   6-10(citação no v. 14) que acentua o fato de se misturarem com mulheres efinalmente corromperam a terra, o que, em comparação com o v. 7, faz suporser a idéia também de Judas. Os anjos agora “são mantidos” (perfeitoindicativo ativo) presos em “cadeias eternas nas trevas”, para o dia do juízoeterno

Finalmente o comentarista conclui: “A esses, aos quais a Palavra deDeus chama de espíritos, também Judas chama de anjos, que são espíritos emsua natureza, Hb 1.14 e Jd 6." (Comentário de Efésios 6.12). Em nenhummomento Judas usa a expressão “demônios” para os anjos caídos, apesar de

serem identificados pela tradição da igreja como tais. Por conseguinte, asmelhores características dos anjos caídos que podem ser aplicadas a todosaqueles que agem como se fossem impuros, malignos e até demônios, sãoos termos:causadores de divisões, sensuais, e sem o espírito “ (Jd 1.19). Quetal estudarmos no original grego a oração: “... “Mas que não têm o Espírito”?

Teoria teológica do Pe. Paulo Augusto Tamanini:

“Tal como conhecemos, os demônios já eram objeto de estudo e deespeculações desde os povos Sumérios e Acádios, que influenciaram por suavez a Mesopotâmia , os povos Hebreus, os caldeus e o mundo helênico. Na

Mesopotâmia, os males que não constituíam grandes catástrofes naturaiseram atribuídos a influência dos demônios. Os demônios, acreditavam osmesopotâmicos, eram numerosos, divididos em legiões encarregados deespalhar o mal aos homens e à natureza, segundo cada espécie. Havia ogrupo que cuidava de espalhar as doenças contagiosas (lepra e malária), ogrupo que influenciava na natureza (vendavais, maremotos) e o grupo queinfluenciava o comportamento do homem (raiva, ódio, fúria, epilepsia,distúrbios) . Para cada grupo específico havia os “sacerdotes”, homensestudados e preparados para enfrentá-los e exorcizá-los com rituais,magias,sacrifícios e chás preparados com ervas próprias. Havia, entretanto, omaior de todos, que nenhum sacerdote conseguia derrotar: o demônio da

morte que atemorizava principalmente as gestantes e crianças recémnascidas. O índice de mortalidade infantil era muito elevado nesta região eépoca, e isto era atribuído a um ser espiritual horrível que não poupava ascrianças de viverem. Este demônio era concebido sob a forma de umaserpente.

Tais pensamentos chegaram ao povo de Israel e a superstição arespeito do assunto fez crescer as especulações e o temor. O judaísmo doperíodo neotestamentário demonstrava uma crença forte nos poderes dodemônio, derivada em muitos aspectos da Mesopotâmia como também dosgregos. A cultura helênica colocava o demônio como um ser intermediárioentre os deuses e os homens. E, também lá era forte a crença de que odemônio fosse causa de muitas doenças e desgraças.

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Para os judeus e cristãos, a origem dos demônios se explica pelaexegese bíblica: nos livros apócrifos eles são descritos como anjos decaídos.No livro dos Gênesis, teriam eles surgidos da união entre os filhos de Deus eas filhas dos homens (Gn 6,1-4). Nesta passagem observamos que osdemônios são filhos de Satanás (que se apresentou sob a forma de serpente

no Paraíso) com as filhas de Adão, dando origem aos gigantes da mitologia edo folclore judaico. No livro da Sabedoria, vemos refletida a idéia de que odemônio é o gerador da morte e das desgraças, no versículo 24 do capítulo2: “é por inveja do diabo que a morte entrou no mundo”.( cf Jó 1,6; Gn 3,1; Sl72,9) A tentação do pecado, além de doenças e desgraças, após o pecadodos primeiros pais, também era atribuída aos demônios. Os Judeus, como osmesopotâmicos, acreditavam que os demônios estavam organizados emgrupos chamados legiões sob a chefia de Satanás, Mastema ou Belial. NoLivro de Judite, Capítulo 6, são denominados “anjos que não conservaram oseu principado, abandonando a sua morada e estão, por isso, presos emcadeias eternas à espera do grande juízo”.

A presença dos demônios no Novo Testamento, é fruto de crençastrazidas do judaísmo e das religiões mesopotâmicas. As possessõesdemoníacas que aparecem nos Evangelhos, Atos e nas Cartas de Paulo,ilustram a forte crença de que os demônios agem sobre os homens,manifestando seu poder através de doenças e mortes; as escrituras a partirdaí, os chamam de “espíritos”: “Quando um espírito impuro sai do homem,perambula por lugares áridos, procurando repouso, mas não encontrando diz‘voltarei para minha casa, de onde saí’. Chegando lá, encontra-a varrida earrumada. Diante disto, vai e toma outros sete espíritos piores que ele parahabitar aí. E com isso a condição final daquele homem torna-se pior que

antes. Eis o que vai acontecer com esta geração má”. (Mt 12 e Lc 11)As passagens que se referem à possessão demoníaca trazendodoenças graves e contagiosas, como a epilepsia e a lepra, as privaçõesfísicas como cegueira, mudez e aleijamento corporal são inúmeras: (Mt12,43; Lc 8,31; Mt 8,29; Lc 4,6; Jo 13,2; 1Cor 2,6;1Jo3,8; Jo12,31;1Cor5,5etc).

Os demônios são freqüentemente chamados de “espíritos”,especialmente com o acréscimo de “impuros”: “Certa vez veio ao nossoencontro uma escrava que era possuída por um espírito impuro que faziaadivinhações trazendo muito lucro para seus donos”. (At16,16) São também

chamados de “anjos de Satanás” por São Paulo: “Para que eu não me enchade soberba e orgulho foi me dado um aguilhão na carne, um anjo de satanás,para me espancar...” (2Cor 12,7).” (www.ecclesia.com.br).

Concluindo: A Bíblia Revelada, neste caso em especial, deveria terdesenvolvido um estudo mais consistente com a visão geral das Escrituras,evitando dessa forma, interpretações truncadas, comprometendo a doutrinados demônios e dos anjos ao mesmo tempo.

23. "A oração do Espírito é a oração direta a Deus. Ela é eficaz. As línguasdo Espírito são mistérios que falamos pela fé. (Comentário de Efésios

6.18. "

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RESPOSTA: A Bíblia não fala nada sobre “as línguas do Espírito”. Na Bíbliade Estudo Pentecostal nas páginas 1756 a 1758 , encontramos um forteensinamento sobre os dons espirituais. Portanto, não precisamos denovidades místicas. Em 1 Coríntios 14. 1-12, onde Paulo aborda sobre o domde profecia, ele nunca menciona o dom de línguas como “línguas do Espírito”.

È obvio que Deus possui uma linguagem peculiar ao seu ser e ação nacriação e na igreja, mas dizer que as línguas “estranhas” que falamos noscultos pentecostais são línguas do Espírito é o que a Bíblia não diz emhipótese alguma. Vejamos o que nos diz o teólogo Donald Stamps:

“ Dom de variedades de línguas (12.10). No tocante às línguas” (Gr. Glossa,que significa língua) como manifestação sobrenatural do Espírito, notemos osseguintes fatos: (a) Essas línguas podem ser humanas e vivas (At 2.4-6), ouuma língua desconhecida na terra, e.g., “línguas... dos anjos” (13.1)” - Bíbliade Estudo Pentecostal, p. 1757.

Observe que o teólogo Donald Stamps nunca fala em “línguas do Espírito”.

Novamente o teólogo Donald Stamps declara:

“ O falar noutras línguas, ou glossolalia (gr. Glossais lalo), era entre os crentesdo NT , um sinal da parte de Deus para evidenciar o batismo no Espírito Santo(ver 2.4; 10.45-47; 19.6). Esse padrão bíblico para o viver na plenitude doEspírito continua o mesmo para os dias de hoje. O verdadeiro falar em línguas. (1) As línguas como manifestação do Espírito . Falar noutras línguas é umamanifestação sobrenatural do Espírito Santo, i.e., uma expressão vocalinspirada pelo Espírito, mediante a qual o crente fala numa língua (Gr. Glossa)que nunca aprendeu (2.4; 1 Co 14.14,15). Estas Línguas podem ser humanas, i.e, atualmente faladas (2.6), ou desconhecidas na terra )1 Co 13.1). Não é“fala extática” , como algumas traduções afirmam , pois a Bíblia nunca se refereà “expressão vocal extática” para referir-se ao falar noutras línguas peloEspírito” (Bíblia de Estudo Pentecostal , p. 1631).

É muito clara a interpretação do teólogo Donald Stamps. Línguas são dons doEspírito, mas não são extáticas; elas na verdade,também, não são “línguas doEspírito”, porque não podemos dizer que as línguas que falamos nos cultospentecostais são as mesmas que o Espírito fala..Por qual razão? É simples!

Alguém já conversou com o Espírito Santo nessas línguas? Claro que não.Mas todos os crentes pentecostais batizados no Espírito Santo podem orar aDeus em mistérios (Gr. Glossa).

Quando Deus falava com Moisés, eles se comunicam em hebraico;quando o anjo Gabriel falou a Maria à comunicação, provavelmente, foi emaramaico, quando muito em hebraico. Assim, da mesma forma , quando oscrentes de Atos 2 foram batizados no Espírito Santo , eles falaram em línguasconhecidas (gr. Glossa). Agora essa doutrina de dizer que as línguascompreendem “a linguagem do Espírito” é coisa nova, visto que não sabemosqual é a linguagem da divindade. Em outras palavras, como é que a divindade

se comunica, se há mesmo, necessidade de comunicação no mistério da

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trindade. É claro que Deus possui uma linguagem, mas não é a que Atos eCoríntios se referem.

Há três ocasiões no livro de Atos que falar em línguas era acompanhado pelorecebimento do Espírito Santo (Atos 2:4; 10:44-46; 19:6). No entanto, essas

três ocasiões são os únicos lugares na Bíblia onde falar em línguas era umaevidência de receber o Espírito Santo 

As línguas de Atos 2 e 1 Coríntios 12 não têm nenhum relacionamentoespiritual com as línguas do Espírito, que,aliás, não existe nenhuma referênciabíblica a “línguas do Espírito”. Temos na Bíblia: dom de línguas, variedadesde línguas e interpretação de línguas. Agora “línguas do Espírito”desconhecemos tal ensinamento, porque as línguas que falamos nos cultos aDeus , oramos em mistério , mas não diz que são línguas do Espírito.Devemos tomar cuidado para não criarmos coisas que não existem nos textosbíblicos.

CONCLUSÃO

Esta é apenas uma simples contribuição para a Igreja EvangélicaAssembléia de Deus, que pude preparar ao ler cuidadosamente as notas daBíblia mais moderna, já lançada no Brasil.

É lamentável como a Bíblia Revelada (NT) Di Nelson vem circulando emnossas igrejas sem uma análise profunda da exegese bíblica por parte doConselho de Doutrina e da Comissão de Apologética da CGADB, pelo que,do ponto de vista da teologia evangélica, fica muito complicado aceitar osensinamentos duvidosos desta “Bíblia de Comentário”.

Creio sinceramente que há na Assembleia de Deus, pastores e teólogoscompetentes o suficiente para estudar livro por livro da Bíblia Revelada – NovoTestamento Explicado, de autoria do pastor Aldery Nelson Rocha, que,atualmente, prega e ensina sutilmente suas doutrinas ditas “reveladas”.Chegou à hora de darmos um basta em tantas heresias que, paulatinamente,vem doutrinando pastores e pregadores, sem muitas das vezes, teremconsciência teológica do que estão aceitando como “Palavra de Deus” ou“Doutrina da Palavra de Deus”.

Desafio a qualquer um que tenha a coragem de provar que muitos dosensinamentos da Bíblia Revelada, por mim consultados, possam ser justificados pela correta exegese e teologia evangélicas.

Ainda no comentário de Efésios 2.12, lemos : “ ...(porque, sem Cristo)Deus não podia mudar seus planos , pois ele era imutável quanto ao destino dohomem, Gn 6.3)...”.

O teólogo John A. Kohler, III, diz: “A imutabilidade de Deus é Sua“constância” ou o fato dEle ser “sempre-o-mesmo”. Deus é absolutamente

perfeito e não pode mudar para melhor, nem mudar para pior. Embora tudo

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mais esteja em estado de constante mudança, Deus permanece o mesmo parasempre e sempre”.

I. Deus é imutável em Sua essência.

A. Êxodo 3:14B. Salmos 102:25-27C. Malaquias 3:6D. Romanos 1:23E. Hebreus 1:10-12F. Tiago 1:17

II. Deus é imutável em Sua vontade.

A. Números 23:19B. I Samuel 15:29C. Jó 23:13D. Salmos 33:11E. Provérbios 19:21F. Isaías 46:9-10G. Romanos 11:29H. Hebreus 6:17

III. Deus é imutável em Seus atributos.

A. Ele é imutável em Seu amor (Jeremias 31:3; João 13:1).B. Ele é imutável em Suas promessas (I Reis 8:56; Romanos 4:20-21; IICoríntios 1:20).C. Ele é imutável em Sua justiça (Gênesis 18:25; Jó 8:3; Romanos 2:2).D. Ele é imutável em Sua misericórdia (Êxodo 34:6-7; Salmos. 100:5; 103:17;107:1; Lamentações 3:22-23).E. Ele é imutável em Sua verdade (Salmos 119:89; Romanos 3:3-4; II Timóteo

2:13; Tito 1:2).F. Ele é imutável em Sua santidade (Jó 34:10; Tiago 1:13).G. Ele é imutável em Seu conhecimento (Isaías 40:13-14,27-28).H. Ele é imutável em Sua glória (Salmos 104:31).

Aqueles versos que ensinam que ‘Deus se arrependeu’ (Gênesis 6:6-7; Êxodo32:14; I Samuel 15:11,35; Salmos 106:45; Jeremias 18:7-11; etc.) devem serentendidos como significando que Deus mudou de um curso de ação dentro doSeu plano eterno para outro curso de ação dentro do mesmo plano eterno. Elesnão devem ser tomados como significando que Deus subitamente mudou Seuplano baseado numa mudança de circunstâncias. Qualquer e todas as

circunstâncias que possam se levantar, são elas mesmas uma parte do plano

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eterno de Deus, e Ele é, no final das contas, o responsável por trazê-las àexistência.

Amor e respeito o nosso estimado irmão Pastor Aldery Nelson da SilvaRocha, mas na condição de pastor e teólogo da Igreja Evangélica Assembléia

de Deus no Brasil, a exemplo do que muitos outros fizeram com a polêmicaBíblia DAKE, editada pela CPAD, não posso ficar calado diante de tantasinterpretações particulares das Escrituras ( 2 Pe 1.120).

*Roberto dos Santos

Bacharel, mestre e doutor em Teologia, PhD em Estudos Religiosos (FriendsInternational Christian University), Doctor Of Philosophy in philosophy(Cambridge Internacional University),Magister em Ciências de La Educación(UEP) e Docência do Ensino Superior (Universidade Gama Filho). Pedagogo, jornalista e conferencista internacional. Especialista em Grego do NovoTestamento Possui três certificados de professor/conferencista visitante daPUC-GO – Pontifícia Universidade Católica de Goiás.

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