BE2012 Resumo Pinhal Interior
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Encontro Nacional BETÃO ESTRUTURAL - BE2012 FEUP, 24-26 de outubro de 2012 Aspetos Relevantes da Conceção de 3 Obras na Subconcessão do Pinhal Interior Domingos Moreira 1 Ricardo Leite 1 João Figueiredo 2 Fernando Pinto 2 João Ribeiro 2 Tema do BE2012: Edifícios Especiais. Obras de Arte. Barragens. O presente artigo aborda alguns dos aspetos particulares da conceção de três obras inseridas na Subconcessão do Pinhal Interior, no lanço Avelar Norte / Condeixa do IC3: Ponte sobre o Rio Cabra (PRCA), Viaduto do Vale do Fojo (VVFJ) e Viaduto da Ribeira da Flor da Rosa (VRFR). No presente artigo releva-se as vantagens da interação da equipa de projeto com a equipa da obra, desde as fases iniciais de projeto. A interação torna-se mais eficaz quando o projeto é desenvolvido após a designação da entidade construtora. A abertura para escolha e otimização de soluções estruturais e construtivas é favorecida relativamente às situações comuns de variantes parciais ao projeto. Existiu um espírito de colaboração que permitiu tomar decisões que favoreceram em muito a execução das obras. Conseguiu-se maximizar a geração de valor com recurso à Engenharia Cada obra tem um tabuleiro independente, em laje vigada, para cada sentido de trânsito. As características gerais das obras são: Quadro 1. Características das obras. Obra Tabuleiro Extensão e vãos Pilares Encontros Fundações PRCA Pré-fabricado 4 vigas I150 756m (2x 378) 26,0+10x32,6+26,0 Secção circular Travessa Perdidos, apoiados em 4 estacas Pilar-estaca, em geral. Sapatas, em 2 apoios VVFJ Pré-fabricado 4 vigas I150 220m 23,0+6x29,0+26,0 Retangular oca Capitel em T Em cofre, com 6 contrafortes Sapatas VRFR TT, com cimbre auto-lançável 503m 33,0+11*40,0+30,0 Retangular oca Capitel em T Perdidos, com 4 contrafortes Sapatas, em geral Estacas, em 2 apoios A PRCA é uma obra extensa (756m) com altura ao solo uniforme e moderada, entre 10m e 15m. As fundações são do tipo indireto, tendo-se optado por pilares-estaca. Existem 2 pilares por alinhamento e por tabuleiro, num total de 21 alinhamentos. As soluções tradicionais de execução da travessa que forma pórtico com os pilares consistem na utilização de cimbre ao solo ou cimbre aéreo, suportado nos pilares. Na PRCA, utilizou-se travessas pré-fabricadas em obra. A solução permitiu ganhos consideráveis no rendimento de execução. O VVFJ apresenta uma altura ao solo da ordem dos 30m. A secção dos pilares é retangular oca, com capitel em T para proporcionar a mesa para os apoios do tabuleiro. Para esta gama de alturas, o capitel é geralmente executado com a adoção de cimbre aéreo, fixo no fuste do pilar. Nesta obra, o capitel foi moldado com recurso a cofragem perdida, em betão armado, realizada no local e posteriormente içada para o topo do respetivo pilar, que foi concebido para o efeito. O tabuleiro do VRFR foi realizado com recurso a cimbre aéreo superior auto-lançável, dado que a altura ao solo ultrapassa os 50m, no vale. A operação da viga de lançamento beneficiou da execução prévia das carlingas do tabuleiro sobre os pilares, já que essa tarefa não ficou subordinada ao ciclo do cimbre o trabalho de fecho de cofragem resultou muito simplificado. Verificou-se, em obra, que o ciclo de movimentação da viga foi reduzido em um dia, em resultado desta alteração. 1 Gabinete de Estruturas e Geotecnia Lda, 4300-273 Porto, Portugal. [email protected] 2 Mota-Engil Engenharia e Construção, 4300-454 Porto, Portugal.
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Encontro Nacional BETÃO ESTRUTURAL - BE2012
FEUP, 24-26 de outubro de 2012
Aspetos Relevantes da Conceção de 3 Obras na Subconcessão do
Pinhal Interior
Domingos
Moreira1
Ricardo Leite1 João Figueiredo
2 Fernando Pinto
2 João Ribeiro
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Tema do BE2012: Edifícios Especiais. Obras de Arte. Barragens.
O presente artigo aborda alguns dos aspetos particulares da conceção de três obras inseridas na
Subconcessão do Pinhal Interior, no lanço Avelar Norte / Condeixa do IC3: Ponte sobre o Rio Cabra
(PRCA), Viaduto do Vale do Fojo (VVFJ) e Viaduto da Ribeira da Flor da Rosa (VRFR).
No presente artigo releva-se as vantagens da interação da equipa de projeto com a equipa da obra,
desde as fases iniciais de projeto. A interação torna-se mais eficaz quando o projeto é desenvolvido
após a designação da entidade construtora. A abertura para escolha e otimização de soluções
estruturais e construtivas é favorecida relativamente às situações comuns de variantes parciais ao
projeto. Existiu um espírito de colaboração que permitiu tomar decisões que favoreceram em muito a
execução das obras. Conseguiu-se maximizar a geração de valor com recurso à Engenharia
Cada obra tem um tabuleiro independente, em laje vigada, para cada sentido de trânsito. As
características gerais das obras são:
Quadro 1. Características das obras.
Obra Tabuleiro Extensão e vãos Pilares Encontros Fundações
PRCA Pré-fabricado
4 vigas I150
756m (2x 378)
26,0+10x32,6+26,0
Secção circular
Travessa
Perdidos, apoiados em 4 estacas
Pilar-estaca, em geral.
Sapatas, em 2 apoios
VVFJ Pré-fabricado
4 vigas I150
220m
23,0+6x29,0+26,0
Retangular oca
Capitel em T
Em cofre, com 6 contrafortes
Sapatas
VRFR TT, com cimbre auto-lançável
503m
33,0+11*40,0+30,0
Retangular oca
Capitel em T
Perdidos, com 4 contrafortes
Sapatas, em geral
Estacas, em 2 apoios
A PRCA é uma obra extensa (756m) com altura ao solo uniforme e moderada, entre 10m e 15m. As
fundações são do tipo indireto, tendo-se optado por pilares-estaca. Existem 2 pilares por alinhamento e
por tabuleiro, num total de 21 alinhamentos. As soluções tradicionais de execução da travessa que
forma pórtico com os pilares consistem na utilização de cimbre ao solo ou cimbre aéreo, suportado nos
pilares. Na PRCA, utilizou-se travessas pré-fabricadas em obra. A solução permitiu ganhos
consideráveis no rendimento de execução.
O VVFJ apresenta uma altura ao solo da ordem dos 30m. A secção dos pilares é retangular oca, com
capitel em T para proporcionar a mesa para os apoios do tabuleiro. Para esta gama de alturas, o capitel
é geralmente executado com a adoção de cimbre aéreo, fixo no fuste do pilar. Nesta obra, o capitel foi
moldado com recurso a cofragem perdida, em betão armado, realizada no local e posteriormente içada
para o topo do respetivo pilar, que foi concebido para o efeito.
O tabuleiro do VRFR foi realizado com recurso a cimbre aéreo superior auto-lançável, dado que a
altura ao solo ultrapassa os 50m, no vale. A operação da viga de lançamento beneficiou da execução
prévia das carlingas do tabuleiro sobre os pilares, já que essa tarefa não ficou subordinada ao ciclo do
cimbre o trabalho de fecho de cofragem resultou muito simplificado. Verificou-se, em obra, que o
ciclo de movimentação da viga foi reduzido em um dia, em resultado desta alteração.
1 Gabinete de Estruturas e Geotecnia Lda, 4300-273 Porto, Portugal. [email protected] 2 Mota-Engil Engenharia e Construção, 4300-454 Porto, Portugal.
