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BASE NACIONAL COMUM E AVALIAO NACIONAL DA
EDUCAO INFANTIL: DESAFIOS PARA A FORMAO DOCENTE
Zilma de Moraes Ramos de Oliveira
HISTRICO
Constituio
brasileiraLDB Plano Nacional de Educao
CONSTITUIO FEDERAL DE 1988
Art. 210. Sero fixados contedos mnimos para o ensino fundamental, de maneira a
assegurar formao bsica comum e respeito aos valores culturais e artsticos, nacionais
e regionais.
Lei 9394/96 - LDB
Art. 26. Os currculos da educao infantil, do ensino fundamental e do ensino
mdio devem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema
de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida
pelas caractersticas regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos
educandos (Redao dada pela Lei n 12.796, de 2013)
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12796.htm#art1
PLANO NACIONAL DE EDUCAO
Meta 7: Fomentar a qualidade da educao bsica em todas as etapas e modalidades, com
melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem, de modo a atingir as seguintes mdias nacionais
para o IDEB: 6,0 nos anos iniciais do ensino fundamental; 5,5 nos anos finais do ensino
fundamental; 5,2 no ensino mdio.
Estratgias: 7.1. Estabelecer e implantar, mediante pactuao interfederativa, diretrizes
pedaggicas para a educao bsica e a base nacional comum dos currculos, com direitos e
objetivos de aprendizagem e desenvolvimento dos(as) alunos(as) para cada ano do ensino
fundamental e mdio, respeitada a diversidade regional, estadual e local.
Como se deu o processo de criao da BNC?
Principais cenrios, tendncias e/ou concepes presentes no
contexto brasileiro em relao s discusses de currculo na
educao infantil?
O que o Brasil j produziu de subsdios para apoiar a
formulao de uma Poltica Nacional de Currculo foi
incorporada nas discusses da BNC?
Quais desafios e quais oportunidades se abrem?
O que significa uma BNC?
A Base Nacional Comum orienta a construo e efetivao do currculo no que se refere aos
objetivos de aprendizagem.
A partir da Base, os professores continuaro podendo escolher os melhores caminhos de como
ensinar e que outros elementos (a parte diversificada) precisam ser somados no processo de
aprendizagem e desenvolvimento de seus alunos.
BNC eEducaoInfantil
Para a Educao Infantil, a Base Nacional Comum - BNC uma sntese dos
conhecimentos, saberes e valores que todas as crianas brasileiras que frequentam
creche e pr-escola tm o direito de se apropriar. H ainda uma parte diversificada
que considera as caractersticas regionais e locais da sociedade, da cultura, da
economia e da comunidade escolar
Currculo
A definio da BNC para a EI partiu das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educao
Infantil que evidenciam os direitos das crianas a acessar a processos de apropriao,
renovao e articulao de saberes e conhecimentos e proteo, sade, liberdade,
confiana, ao respeito, dignidade, brincadeira, convivncia e interao com outros
meninos e meninas.
BNC eDCNEI
O currculo da Educao Infantil concebido como um conjunto de prticas que buscam articular as experincias e os saberes das crianas com os
conhecimentos que fazem parte do patrimnio cultural, artstico, ambiental,
cientfico e tecnolgico, de modo a promover o desenvolvimento integral de
crianas de 0 a 5 anos de idade. (Art. 3 das DCNEI).
Currculo
Segundo as DCNEI para organizar o currculo da Educao Infantil preciso considerar
dois grandes eixos, as interaes e a brincadeira (a ludicidade);
os princpios ticos, polticos e estticos e a indissociabilidade entre o cuidar e
educar;
a criana como ser integral que se relaciona com o mundo a partir do seu corpo
em vivncias concretas com diferentes parceiros e em distintas linguagens.
E tambm
a seleo de saberes e conhecimentos socialmente significativos e
contextualmente relevantes a serem compartilhados e reelaborados com as
novas geraes como tarefa da escola numa sociedade complexa.
que as instituies de EI so contextos de promoo da equidade de
oportunidades de acesso pluralidade de bens culturais.
que o currculo age no sentido de constituir subjetividades humanas;
Base NacionalComumCurricular
Direitos deAprendizagem
CONVIVER
BRINCAR
PARTICIPAR
EXPLORAR
COMUNICAR
CONHECER-SE
Cincias HumanasCincias da NaturezaLinguagensMatemtica
A partir dos princpios e objetivos j anunciados
nas DCNEI, considera-se que seis grandes
direitos de aprendizagem devem ser garantidos
a todas as crianas nas turmas de creche ou
pr-escolas.
CONVIVER democraticamente com outras crianas e adultos utilizando e
produzindo diversas linguagens, ampliando gradativamente o conhecimento, o
relacionamento e o respeito a natureza, a cultura, a sociedade e as
singularidades e diferenas entre as pessoas.
BRINCAR cotidianamente de diversas formas e com diferentes parceiros, interagindo e
recriando a cultura infantil, acessando o patrimnio cultural, social e cientfico e
ampliando suas capacidades emocionais, motoras, cognitivas e relacionais.
PARTICIPAR com protagonismo de todo o processo educacional vivido na
instituio de educao infantil, tanto nas atividades recorrentes da vida cotidiana
como na realizao e avaliao das atividades propostas, na escolha das
brincadeiras, dos materiais, dos ambientes etc., apropriando-se ativamente de
prticas sociais, linguagens e conhecimentos de sua cultura.
EXPLORAR movimentos e gestos, sons, palavras, histrias, linguagens
artsticas, materiais, objetos, elementos da natureza e do ambiente urbano
e do campo, interagindo com o repertrio cultural, artstico, ambiental,
cientfico e tecnolgico.
COMUNICAR, por meio de diferentes linguagens, opinies, sentimentos e desejos,
pedidos de ajuda, narrativas de experincias, registro de vivencias, etc.
CONHECER-SE e construir sua identidade pessoal e cultural, constituindo uma
imagem positiva de si e de seus grupos de pertencimento (gnero, religio,
grupo tnico racial, etc.) nas diversas interaes e brincadeiras que vivencia na
unidade de educao infantil.
O arranjo curricular proposto na definio da BNC para a Educao Infantil
est fundamentado em experincias a serem oferecidas, preparadas,
efetivadas com as crianas, de forma a garantir esses direitos de
aprendizagem das crianas.
Campos de Experiencia
Na Educao Infantil, em consonncia com as formas de pensar e agir no
mundo que as crianas de at seis anos possuem, as reas de Conhecimento
da BNCEB (Linguagens, Cincias Humanas, Cincias da Natureza e Matemtica)
so rearticuladas em campos de experincias, ou seja, em conjunto de
experincias reunidas a partir do artigo 9 das DCNEI.
Os campos de experincias, organizao interdisciplinar por excelncia,
devem oferecer s crianas oportunidades de atribuir um sentido
pessoal aos saberes e conhecimentos que vo sendo a ele articulados
como uma rede e construdos na complexidade e transversalidade dos
patrimnios da humanidade.
CAMPOS DE EXPERINCIAS
O EU, O OUTRO, O NS
CORPO, GESTOS E MOVIMENTOS
ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAO
TRAOS, SONS, CORES E IMAGENS
ESPAOS, TEMPOS, QUANTIDADES, RELAES E TRANSFORMAES
Campos de Experiencia
CAMPO DE EXPERINCIAS: O EU, O OUTRO, O NS - As crianas esto se constituindo, na interao
com outras crianas e adultos, como algum com um modo prprio de agir, sentir e pensar. Elas so
curiosas em relao ao entorno social. Conforme vivem suas primeiras experincias na coletividade,
elaboram perguntas sobre si e os demais, aprendendo a se perceberem e a se colocarem no ponto de
vista do outro, entendendo os sentimentos, os motivos, as ideias e o cotidiano dos demais parceiros.
Conhecer outros grupos sociais, outros modos de vida atravs de narrativas, de contatos com outras
culturas, amplia o modo de perceber o outro e desfaz esteretipos e preconceitos. Ao mesmo tempo
em que participam das relaes sociais e dos cuidados pessoais, as crianas constroem sua autonomia
e senso de autocuidado.
Campos deExperincia
Objetivos de aprendizagem:
Conviver com crianas e adultos em pequenos e grandes grupos, percebendo e valorizando as
diferenas individuais e coletivas existentes, a lidar com conflitos e a respeitar as diferentes identidades
e culturas.
Brincar com diferentes parceiros e envolver-se em variadas brincadeiras, como as exploratrias, as de
construo, as tradicionais, as de faz-de-conta e os jogos de regras, de modo a construir o sentido do
singular e do coletivo, da autonomia e da solidariedade.
Explorar os materiais, brinquedos, objetos, ambientes, entorno fsico e social, identificando suas
potencialidades, limites, interesses e desenvolver sua sensibilidade em relao aos sentimentos,
necessidades e ideias dos outros com quem interage.
Campos deExperincia
Participar ativamente das situaes do cotidiano, tanto daquelas ligadas ao cuidado de si e do ambiente,
como das relativas s atividades propostas pelo professor, aprendendo a respeitar os ritmos, os interesses e
os desejos das outras cri