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PRODUÇÃO ACADÊMICA SOBRE CLIMA ORGANIZACIONAL: UMA REVISÃO BIBLIOMÉTRICA ANDRE SPURI GARCIA (UFLA) [email protected] JOSE WILLER DO PRADO (UFLA) [email protected] Ana Flavia Rezende (UFLA) [email protected] Thatiana Stacanelli Teixeira (UFLA) [email protected] MICHELLA CHRISTIAN DO PRADO (IFMG) [email protected] A questão norteadora deste artigo é: Como se configura o campo de pesquisas sobre clima organizacional? Nesse sentido, o objetivo é demonstrar como se encontra estruturado o campo de pesquisas sobre clima organizacional. Para tanto, utilizamos a base de dados Web of Science para realizar uma pesquisa caracterizada como um estudo bibliométrico com a utilização do software CiteSpace. Os principais resultados indicam que o tema está em alta, o que se evidencia no aumento do número de artigos publicados na última década. Os resultados mostram também que Benjamin Schneider, Lawrence James e George Litwin são os autores mais citados e influentes do campo. Ainda, foi possível observar que o termo ainda é pouco explorado na Administração Pública. XXXVII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO “A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens avançadas de produção”

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PRODUÇÃO ACADÊMICA SOBRE

CLIMA ORGANIZACIONAL: UMA

REVISÃO BIBLIOMÉTRICA

ANDRE SPURI GARCIA (UFLA)

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JOSE WILLER DO PRADO (UFLA)

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Ana Flavia Rezende (UFLA)

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Thatiana Stacanelli Teixeira (UFLA)

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MICHELLA CHRISTIAN DO PRADO (IFMG)

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A questão norteadora deste artigo é: Como se configura o campo de

pesquisas sobre clima organizacional? Nesse sentido, o objetivo é

demonstrar como se encontra estruturado o campo de pesquisas sobre

clima organizacional. Para tanto, utilizamos a base de dados Web of

Science para realizar uma pesquisa caracterizada como um estudo

bibliométrico com a utilização do software CiteSpace. Os principais

resultados indicam que o tema está em alta, o que se evidencia no

aumento do número de artigos publicados na última década. Os

resultados mostram também que Benjamin Schneider, Lawrence James

e George Litwin são os autores mais citados e influentes do campo.

Ainda, foi possível observar que o termo ainda é pouco explorado na

Administração Pública.

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“A Engenharia de Produção e as novas tecnologias produtivas: indústria 4.0, manufatura aditiva e outras abordagens

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Palavras-chave: Clima Organizacional, bibliometria, revisão

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1. Introdução

De forma ampla e genérica, clima organizacional está relacionado com a atmosfera da

organização, isto é, a atmosfera organizacional percebida pelos funcionários (RANDHAWA;

KAUR, 2014). Nesse sentido, o clima organizacional deriva do clima psicológico (JAMES et

al., 2008), ou seja, é um agregado de diversas análises individuais, pois está relacionado com

a percepção dos trabalhadores sobre o ambiente de trabalho. Este clima é um componente

significativo para a motivação e comportamento dos colaboradores, pois o ambiente

organizacional é um fator imoprtante para o bem-estar destes (RANDHAWA; KAUR, 2014;

RIZATTI, 2002).

O conceito de clima organizacional é bastante utilizado no campo da administração. Suas

ideias iniciais remetem a década de 1930 e, desde então, o conceito passou por modificações,

sendo aprimorado ao longo dos anos (MENEZES; GOMES, 2010; DUTRA et al., 2009).

Além disso, por sua importância empírica, vários são os estudos dedicados a discutir

categorias, variáveis e modelos para pesquisas de clima organizacional (RIZATTI, 2002;

BISPO, 2006). Segundo Randhawa e Kaur (2014), as pesquisas de clima organizacional

continuam evoluindo, pois os pesquisadores continuam buscando fatores ambientais internos

e externos que influenciam no clima da organização.

No Brasil já foram realizadas algumas revisões sobre clima organizacional (MENEZES;

GOMES, 2010; KELLER; AGUIAR, 2004; CALADO; SOUZA, 1993; DUTRA et al., 2009;

RIZATTI, 2002). No entanto, estas revisões estão mais preocupadas com a construção

histórica do construto ou com o levantamento de estudo empíricos que utilizaram a pesquisa

de clima organizacional. Não foram encontradas pesquisas bibliométricas ou revisões

quantitativas sobre o conceito, como a pretendida nestes artigo. Assim, a questão norteadora

deste artigo é: Como se configura o campo de pesquisas sobre clima organizacional? Nesse

sentido, o objetivo é demonstrar como se encontra estruturado o campo de pesquisas sobre

clima organizacional. Para tanto, utilizamos a base de dados Web of Science para realizar uma

pesquisa caracterizada como um estudo bibliométrico com a utilização do software CiteSpace

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(CHEN, 2004, 2006) que, apesar das limitações, avalia a produção científica e possibilita

encontrar tendências, autores, obras, palavras-chave e temáticas centrais (PRADO et al.,

2016).

2. Referencial Teórico

Como nossa pesquisa é uma revisão de literatura, que apesar de quantitativa busca mostrar

tendências conceituais e um delineamento inicial de como vem sendo tratado o clima

organizacional, não buscamos neste tópico definir e hermetizar o conceito de clima

organizacional. Buscaremos neste tópico apresentar outras pesquisas que se propuseram a

revisar o campo de conhecimento relacionado a clima organizacional. Esta recuperação de

algumas revisões permite: a) agregar nossos resultados, pois coloca em um mesmo trabalho

conclusões encontradas em várias revisões sobre um determinado tema e; b) comparar

resultados de revisões distintas em períodos distintos.

Em uma revisão qualitativa, Menezes e Gomes (2010) estudaram a evolução do conceito de

clima organizacional em três momentos, a saber: entre as décadas de 1930 e 1960, entre as

décadas de 1970 e 1980 e, por fim, a partir da década de 1990. De acordo com os autores,

“clima organizacional é um dos construtos de maior centralidade dentro do campo do

comportamento organizacional e têm sido uma das variáveis psicológicas mais investigadas

em organizações.” (MENEZES; GOMES, 2010, p. 159). Os autores apontam um problema

em relação ao conceito de clima organizacional. De acordo com estes, devido a grande

aplicabilidade prática, há negligência em relação a construção e reflexão sobre o construto.

Entre 1930 e 1960, a preocupação “estava dirigida para a identificação das variáveis que

compunham ou constituíam o construto” (MENEZES; GOMES, 2010, p. 162) e o trabalho

mais representativo da época foi Forehand e Gilmer (1964). Adiante, entre 1970 e 1980 o

campo ficou marcado pela discussão e aproximação entre cultura organizacional e clima

organizacional. Por fim, “na atualidade, a principal preocupação em relação ao estudo do

clima organizacional diz respeito à investigação da sua dimensionalidade, devido à

diversidade operacional da constituição do atributo.” (MENEZES; GOMES, 2010, p. 169).

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Em sentido semelhante, Keller e Aguiar (2004) buscaram demonstrar a evolução do conceito

de clima organizacional. Corroborando com Menezes e Gomes (2010), os autores ressaltam

que as pesquisas de clima organizacional começaram na década de 1930. Os autores destacam

também a discussão sobre cultura organizacional e clima organizacional. Sobre essa

discussão, os autores colocam que os métodos utilizados para pesquisas sobre clima e cultura

divergem, pois nas pesquisas sobre clima prevalecem as pesquisas quantitativas, enquanto nas

pesquisas sobre cultura prevalecem pesquisas qualitativas (KELLER; AGUIAR, 2004).

Em mais uma revisão, Calado e Souza (1993) destacam que o primeiro texto a discutir o

conceito de clima organizacional foi o trabalho de Argyris (1958). Segundo os autores, desde

a origem o conceito de clima organizacional possui distintas significações, pois “as definições

de clima obedecem a diferentes critérios.” (CALADO; SOUZA, 1993, p. 201).

A definição e operacionalização do conceito, variam em

função do tipo de medições feitas, dos objetivos dos estudos e

dos resultados obtidos. As inúmeras definições produzidas

para clarificar o conceito de Clima Organizacional

conduziram a inconsistências impeditivas da cimentação do

saber na área. (CALADO; SOUZA, 1993, p. 201)

Em uma perspectiva diferente, Dutra et al. (2009) realizaram uma revisão para investigar o

uso da pesquisa de clima organizacional pelo mercado brasileiro. Segundo os autores, o

“diagnóstico de clima organizacional é utilizado para compreender as necessidades,

preocupações e percepções dos empregados.” (DUTRA et al., 2009, p. 46). Corroborando

com os textos acima apresentados, Dutra et al. (2009) destacam que as pesquisas de clima

organizacional existem desde a década de 1930. Por meio de pesquisa empírica e aplicação de

questionários, os autores encontraram que 78% das empresas utilizam frequentemente a

pesquisa de clima organizacional para melhorar o ambiente de trabalho e a organização.

Rizzatti (2002), em sua tese de doutorado, também desenvolveu uma revisão não sistemática

sobre clima organizacional. Segundo Rizatti (2002, p. 41), “a análise de clima é um

instrumento eficaz que estabelece o elo de ligação entre o nível individual e o nível

organizacional” e por isso “é muito utilizada para detectar as possíveis causas e consequências

de problemas ocorridos nas organizações”. No trabalho de Rizatti (2002) não há uma

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recuperação histórica da construção do construto como observado em Menezes e Gomes

(2010) e Keller e Aguiar (2004).

3. Metodologia

Webster e Watson (2002) colocam que revisões de literatura são essencias para qualquer

projeto acadêmico. Considerando que a ciência está em constante evolução, isto é, um projeto

acadêmico eternamente inacabado, ressaltamos que artigos de revisão são importantes para

mostrar àqueles pesquisadores de um determinado campo de conhecimento o estado da arte,

as tendências e as lacunas deste campo.

Ademais, Moreira (2004) ressalta que hoje em dia a quantidade de textos e trabalhos

produzidos é muito grande e acontece de forma muito rápida. Segundo o autor, esse cenário

foi denominado de “explosão da informação” (MOREIRA, 2004, p. 21). Nesse contexto, as

revisões de literatura assumem uma função importante.

As revisões de literatura podem apresentar um caráter mais qualitativo ou uma ênfase mais

quantitativa, como é o caso da bibliometria e da cientometria (SILVA; HAYASHI;

HAYASHI, 2011). Enquanto as abordagens qualitativas estão mais preocupadas com o

resgate de conceitos, abordagens, paradigmas, entre outros, as abordagens quantitativas estão

mais preocupadas com análises estatísiticas das produções e atividades científicas. Diante

disso, este artigo pode ser entendido como uma revisão de literatura quantitativa.

Alguns autores costumam comparar a bibliometria com um censo demográfico (ARAÚJO,

2006). Segundo Araújo (2006, p. 12), a bibliometria consiste em “aplicação de técnicas

estatísticas e matemáticas para descrever aspectos da literatura e de outros meios de

comunicação (análise quantitativa da informação)”. A bibliometria permite identificar quais

são as palavras-chave mais citadas, os autores e obras mais referenciados, as instituições,

países e periódicos que mais publicam em um determinado campo de conhecimento. Ambas

as formas de revisão de literatura, seja ela qualitativa ou quantitativa, possuem sua

importância científica.

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Tudo exposto, para realização da pesquisa utilizamos a base dados Web Of Science. Nesta

base buscamos o termo “organizational climate” em todos os anos desponíveis na base – até

2016, pois consideramos o último ano completo. Além disso, o termo deveria constar no título

do artigo. Essa busca resultou em 341 artigos. Depois disso, para análise dos dados utilizamos

os softwares CiteSpace e Excel. Insta ressaltar que não foi realizada a leitura dos artigos, uma

vez que se trata de uma revisão de literatura quantitativa.

4. Resultados e discussões

Apresentamos inicialmente (Figura 1) o número de artigos publicados por ano. Pela Figura 1 é

possível observar que 2015 e 2016 foram os anos com maior número de artigos publicados, o

que indica a relevância e pertinência do tema. É possível observar também um grande número

de trabalhos publicados entre 1970 e 1980, seguido de uma queda considerável entre 1985 e

2005. Esta queda pode estar associada a pouca discussão teórica sobre o conceito de clima

organizacional nesse período.

Figura 1 - Frequência de artigos publicados por ano.

Fonte: Elaborado pelos autores a partir da Web Of Science

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Após 2005 observamos uma retomada do tema, o que se evidencia pelo alto número de

artigos publicados entre 2005 e 2016. Esta retomada pode estar associada a um maior

interesse teórico pela temática e também pelo grande número de pesquisas empíricas de clima

organizacional.

Adiante, a próxima figura (Figura 2) mostra as palavras-chave mais utilizadas pelos artigos da

busca. A análise das palavras-chave mais utilizadas é importante, pois elas “servem como

representações temáticas” dos artigos (SILVA; SMIT, 2009, p. 98). Nesse sentido, observar as

palavras-chave mais utilizadas pode indicar aspectos importantes de um campo de

conhecimento.

No caso deste estudo, as palavras-chave job-satisfaction, satisfaction e perceptions nos

fornecem um primeiro delineamento do que seja clima organizacional. Assim, clima

organizacional está relacionado com a percepção e satisfação dos colaboradores com o

ambiente de trabalho (RIZZATI, 2002; McMURRAY; SCOTT; PACE, 2004; BISPO, 2006).

Além disso, a palavra work deixa claro que clima organizacional está, de alguma forma,

relacionado ao trabalho – pode ser ambiente de trabalho, condições de trabalho, qualidade de

vida no trabalho, dentre outras relações possíveis.

Ainda nesse contexto podemos ressaltar a palavra turnover, que está relacionada com a

rotatividade dos funcionários em uma determinada organização. Bispo (2006) coloca que um

clima organizacional desfavorável gera um alto nível de rotatividade dos funcionários. Outros

trabalhos também destacam a relação entre clima e rotatividade como Dutra et al. (2009),

Keller e Aguiar (2004), entre outros.

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Figura 2 - Palavras-chave mais citadas.

Fonte: Elaborado pelos autores por meio do software CiteSpace

Além disso, a palavra innovation sugere uma relação entre clima organizacional e inovação.

Diversos autores destacam a importância de um clima organizacional saudável para estimular

a confiança e criatividade dos colaboradores e, consequentemente, a inovação (EKVALL,

1996).

Outra palavra que aparece entre as mais citadas é burnout. Assim, podemos concluir que

muitos trabalhos relacionam clima organizacional e Síndrome de Burnout, que é caracterizada

como “um fenômeno psicossocial que surge como resposta aos estressores interpessoais

crônicos presentes no trabalho.” (FERREIRA; LUCCA, 2015, p. 70). Pode ser entendida

também como um esgotamento causado pelo stress vivenciado no ambiente de trabalho.

O termo psychological climate refere-se ao clima psicológico. De acordo com Gomes (2002),

o clima organizacional não está relacionado apenas com o ambiente físico de trabalho, mas

também com o clima psicológico, mesmo que os elementos deste último não sejam tão

concretos.

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Em relação ao termo culture (cultura), Bispo (2006) coloca que a cultura organizacional é um

fator que afeta o clima organizacional, pois está relacionada com as tradições, práticas e

costumes da organização e sua influência sobre os trabalhadores. Puentes-Palacios e Freitas

(2006) diferenciam cultura e clima organizacional. Segundo os autores, cultura é “àquilo que

é defendido e valorizado pela organização, e serve de sustento para a definição tanto da

estrutura adotada, quanto do comportamento a ser privilegiado” (PUENTES-PALACIO;

FREITAS 2006, p. 50). Corroborando com Bispo (2006), os autores colocam que a cultura

“serve de base para a construção do clima” (PUENTES-PALACIO; FREITAS, 2006, p. 50).

Assim, cultura e clima são construtos teóricos distintos, mas não são independentes (BISPO,

2006; PUENTES-PALACIOS; FREITAS, 2006; McMURRAY; SCOTT; PACE, 2004).

Em relação aos termos behavior (comportamento) e performance (desempenho), diversos

autores mostram que o clima organizacional exerce impacto sobre o comportamento e

desempenho dos colaboradores (MARTINS et al., 2004; PUENTES-PALACIOS; FREITAS,

2006; BISPO, 2006). Puentes-Palacios e Freitas (2006, p. 46) colocam que o “clima da

organização [...] orienta tanto o comportamento como o desempenho dos atores que nela

participam”. O fato de influenciar desempenho e comportamento explica a presença das

palavras outcomes (resultados) e management (gestão), pois o clima organizacional deve ser

administrado (LUZ, 2003; LIMA; AMORIM; FISCHER, 2015) para que os resultados e a

produtividade sejam os melhores possíveis.

A figura 3 abaixo mostra quais são os autores mais citados pelos artigos da busca – os 341

artigos da Web Of Science. Conhecer quem são os autores mais citados é importante, pois

evidencia quem são os mais influentes em um determinado campo de conhecimento ou em

uma determinada temática.

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Figura 3 - Autores mais citados pelos artigos da busca

Fonte: Elaborado pelos autores por meio do software CiteSpace – corte em 35.

Nesse sentido, ao realizar uma pesquisa de clima organizacional, por exemplo, já se sabe

quais autores pesquisar. Pela figura é possível observar que o autor mais citado do campo é

Benjamin Schneider (127 citações), seguido por Lawrence James (75 citaçãoes) e George

Litwin (56 citações). Estes três autores possuem diversas e importantes obras sobre clima

organizacional, o que justifica o grande número de citações. Completam a lista dos dez

autores mais citados: Don Hellriegel (45 cit.), Rensis Likert (45 cit.), Roy Payne (39 cit.),

Robert Pritchard (38 cit.), Garlie Forehand (38 cit.), Edward Lawler (35 cit.).

A tabela 1 abaixo evidencia as obras mais referenciadas pelos artigos da busca. A obra de

George Litwin e Robert Stringer “Motivation and Organizational Climate” (1968) é a mais

citada, o que reforça a importância de George Litwin para o campo de clima organizacional.

Por ser uma obra da década de 1960, provavelmente foi uma das primeiras a tratar do assunto,

lançando assim as bases conceituais e teóricas do que viria a ser clima organizacional, mesmo

que a ideia de satisfação no trabalho seja ainda mais antiga. Benjamin Schneider, que é o

autor mais citado, conta também com duas obras entre as mais referenciadas, evidenciado sua

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importância para o campo. Além destes, Hellriegel, James, Pritchard, Lawler e Forehand

também constam entre os mais citados e com obras mais referenciadas.

Tabela 1 - Obras mais referenciadas pelos artigos da busca

Autores/Ano Título Cit.

Litwin e Stringer (1968) Motivation and organizational climate 55

Hellriegle e Slocum (1974) Organizational climate: Measures, research and contingencies. 41

Pritchard e Karasick (1973)The effects of organizational climate on managerial job

performance and job satisfaction38

James e Jones (1974) Organizational climate: A review of theory and research 36

Campbell el al (1970) Managerial behavior, performance, and effectiveness 34

Guion (1973)A note on organizational climate. Organizational Behavior and

Human 31

Forehand e Gilmer (1964) Environmental variation in studies of organizational behaviour 30

Schneider (1975) Organizational climates: an essay 28

Lawler, Hall e Oldman (1974)Organizational climate: Relationship to organizational structure,

process, and performance26

Schneider e Reichers (1983) On the etiology of climates 25

Fonte: Elaborado pelos autores por meio do software CiteSpace – corte em 25.

Outra informação importante da Tabela 1 é que todas as obras mais referenciadas são

anteriores a 1985 – mais especificamente, 9 das 10 obras são anteriores a 1975. Isso pode

significar, dentre outras coisas, que o campo não avançou em termos conceituais e teóricos.

Nesse sentido, as pesquisas sobre clima organizacional são mais aplicadas, instrumentais, do

que teóricas. Além disso, os mesmos autores que estão entre os mais citados estão também

entre aqueles que possuem obras entre as mais referenciadas. Nesse sentido, o campo está

fechado em torno destes autores e parece não apresentar grandes avanços nos últimos anos,

uma vez que não possui nenhuma obra ou autor mais citado no século XXI.

A figura 4 mostra os países que mais publicaram – em relação à nacionalidade dos autores. Os

EUA aparecem com o maior número de publicações (145), seguido de Espanha (13),

Austrália (13), Inglaterra (13), Canadá (12), Taiwan (11), Suécia (10), Holanda (8), Brasil (8),

Irã (7) e China (7). Importante ressaltar que a Web Of Science “privilegia” a literatura dos

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EUA e Europa, devido à característica das bases indexadas na principal coleção da Web Of

Science (PRADO et al., 2016).

Figura 4 - Países com maior número de artigos

Fonte: Elaborado pelos autores por meio do software CiteSpace – corte em 7

Além de possuir o maior número de publicações, é notória a grande quantidade de redes que

os EUA fazem com outros países – tem ligações com China, Inglaterra, Suécia, entre tantos

outros. Isso significa que autores de países distintos estão trabalhando em conjunto. Esse

intercâmbio tende a ser benéfico e incentivado por programas como Ciências Sem Fronteira,

por exemplo. Por outro lado, o Brasil não possui redes com nenhum outro país. A tabela 2

apresenta os artigos brasileiros que aparecem na busca. Insta ressaltar que oito dos dez artigos

foram publicados após 2014.

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Tabela 2 - Artigos brasileiros encontrados na busca

Autor Título

Coda, Silva e Custódio (2014) Multidimensional configurations of the organizational climate construct

Silva, Azevedo e Pinho (2015)

El Clima Organizacional En Las Bibliotecas Universitarias: Un Estudio De

Las Bibliotecas Sectoriales De La Universidad Federal De Pernambuco

Tortorella, Escobar e Rodrigues (1977)

Organizational climate research: a proposed approach focused on banking

institutions

Silva et al (2016)

Pesquisa de Clima Organizacional: ferramenta de modelo de Gestão na

promoção de melhorias contínuas no Ambiente Institucional Financeiro

Sanches e Castro (2015)

Relação entre a percepção do clima organizacional e o comportamento

organizacional positivo: estudo no setor de obras da prefeitura de

Tamboara-PR

Rodrigues et al (2016)

Paradigms for Assessment of Organizational Climate in a Public Research

Institute

Rodrigues et al (2016)

A importância da pesquisa do Clima Organizacional para o funcionamento

de uma Instituição Federal de Ensino Superior

Hesketh (1977) Motivação e clima organizacional Fonte: elaborado pelos autores

Em relação às categorias, a figura 5 mostra como o termo orgnizational climate tem sido

utilizado em múltiplas áreas do conhecimento. Entretanto, as categorias com maior destaque

foram Business & Economics, Management e Psycology. Não há surpresas diante destas

categorias, pois clima organizacional, conforme já sabemos pelo referencial teórico e por

alguns resultados já expostos, está diretamente relacionado a gestão e psicologia.

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Figura 5 - Categorias nas quais os artigos estão indexados

Fonte: Elaborado pelos autores por meio do software CiteSpace – corte em 11

Ainda, a figura 5 mostra uma timezone, mostrando em ordem cronológica em quais categorias

os artigos foram aparecendo. Em relação a esta ordem, é interessante notar que a questão do

clima organizacional demorou aparecer na categoria Public Administration. Enquanto o termo

apareceu nas categorias Business & Economics e Management em 1958, foi aparecer em

Public Administration apenas em 1984 e aparece ainda de forma bastante tímida. Neste

sentido, podemos supor que o campo da Administração Pública não dedica muita atenção a

questão do clima organizacional. Diante disso, pesquisas teóricas e empíricas são necessárias

para entender esse distanciamento do campo e como o clima organizacional está inserido nas

organizações da Administração Pública.

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A figura 6 apresenta os journals (periódicos) mais referenciados pelos artigos – isto não

significa citação do próprio journal, mas de artigos publicados nos respectivos. Essa análise é

importante, pois pode auxiliar a busca de artigos sobre determinado tema e também indicar

possíveis periódicos para publicação de eventuais trabalhos.

Figura 6 - Periódicos mais referenciados

Fonte: Elaborado pelos autores por meio do software CiteSpace

Pela figura observa-se que o periódico mais referenciado é o Journal of Applied Psychology

(183 citações), seguido por Academy of Management Journal (137 cit.), Personnel

Psychology (129 cit.) e Psychological Bulletin (110 cit.). Observa-se que dos quatro

periódicos mais referenciados, três estão relacionados com psicologia, o que indica, mais uma

vez, forte relação entre clima organizacional e assuntos relacionados ao psicológico dos

colaboradores. Completam a lista dos dez periódicos mais referenciados: Organizational

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Behavior and Human Performance (109 cit.); Administrative Science Quarterly (106 cit.);

Journal of Organizational Behavior (82 cit.); Human Relations (81 cit.); Journal of

Management (76 cit.).

Por fim, ressaltamos que os resultados apresentados nos forneceram um panorama de como

está configurado o campo de pesquisas sobre clima organizacional. Na próxima seção

apresentamos as considerações finais e deixamos uma agenda de pesquisa.

5. Considerações finais

Buscamos responder neste trabalho como se configura o campo de pesquisas sobre clima

organizacional. Nesse sentido, nosso objetivo foi demonstrar como se encontra estruturado o

campo de pesquisas sobre clima organizacional. Para tanto utilizamos uma pesquisa

bibliométrica, uma revisão de literatura de caráter quantitativo.

Os principais resultados indicam que o tema está em alta, o que se evidencia no aumento do

número de artigos publicados na última década. Aumento este que sucedeu um período com

baixo número de artigos publicados entre 1985 e 2005. Tal aumento pode ser decorrência de

maiores discussões teóricas sobre o conceito ou também devido a retomada de pesquisas

empíricas de clima organizacional.

Os resultados mostram também que Benjamin Schneider, Lawrence James e George Litwin

são os autores mais citados e influentes do campo. Em relação aos países, observamos que o

maior número de trabalhos sobre clima organizacional foi produzido nos EUA.

Ainda, foi possível observar que o termo ainda é pouco explorado na Administração Pública.

Diante disso, sugerimos como agenda de pesquisa explorar o conceito no campo da

Administração Pública, pois esta também é composta de organizações e funcionários.

Ressaltamos que nosso trabalho tem um caráter limitado, uma vez que utiliza apenas uma

base de dados. Além disso, nos propusemos a uma analise quantitativa, o que limita a revisão.

Sugerimos, portanto, revisões qualitativas e que incluam outras bases de dados.

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