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1 Avaliação Postural FICHA DE AVALIAÇÃO POSTURAL Nome: Sexo: Masculino Feminino Lateralidade: Direita Esquerda Peso de Material (Bolsa, Escolar, etc.): Destro Canhoto Data da Avaliação: Nível Escolar: Altura: Peso Corporal: Queixa: VISTA ANTERIOR CABEÇA: Alinhada Inclinada à D Inclinada à E Rodada à D Rodada à E ALTURA DOS OMBROS: Simétricos Direito + alto Esquerdo + alto ALTURA DAS MÃOS: Simétricos Direito + alto Esquerdo + alto ROTAÇÃO DO TRONCO: À esquerda Á direita Ausente ÂNGULO DE TALES: Simétrico Maior à E Maior à D CICATRIZ UMBILICAL: Alinhada Desvio à D Desvio à E ALTURA DAS CRISTAS ILÍACAS: Simétricos D + alto E + alto JOELHOS: Valgo Varo Normal TORNOZELOS: Valgo Varo Normal PÉS: Planos Cavos Normal VISTA POSTERIOR ALTURA DA ESCÁPULAS: Simétricos Direito + alto Esq. + alto ESCÁPULA ALADA: Á E Á D Ausente GIBOSIDADE TORÁCICA: Á E Á D Ausente Bilateral > á D Bilateral > á E PREGAS GLÚTEAS: Simétricos D + alto E + alto + profunda á D + profunda à E PREGAS POPLÍTEAS: Simétricos D+alto E + alto + prof. á D + prof. à E COLUNA LOMBAR C/ CONCAVIDADE: Á esquerda Á direita Ausente COLUNA TORÁCICA C/ CONCAVIDADE: Á esquerda Á direita Ausente COLUNA CERVICAL C/ CONCAVIDADE: Á esquerda Á direita Ausente VISTA LATERAL DIREITA CABEÇA: Anteriorizada Posteriorizada Normal COLUNA CERVICAL: Hiperlordose Retificada Normal OMBRO: Protusos Retraídos Normal MEMBRO SUP. DIR.: Anteriorizado Posteriorizado Normal COL. TORÁCICA: Curvo Plano Normal ROTAÇÃO DE TRONCO: D E Normal ABDOMEN: Protuso Ptose COLUNA LOMBAR: Hiperlordose Retificada Normal PELVE: Antevertida Retrovertida Normal QUADRIL: Fletido Normal JOELHO: Fletido Hiperextendido Normal TORNOZELOS: Normal Dorsifletidos Flexão plantar Obs.: outras técnicas de avaliação postural estão disponíveis, mas a observacional é a mais fácil e a mais executada.

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Avaliação PosturalFICHA DE AVALIAÇÃO POSTURAL

Nome:Sexo: Masculino FemininoLateralidade: Direita EsquerdaPeso de Material (Bolsa, Escolar, etc.):

Destro CanhotoData da Avaliação: Nível Escolar:Altura: Peso Corporal:Queixa:

VISTA ANTERIORCABEÇA: Alinhada Inclinada à D

Inclinada à E Rodada à D Rodada à EALTURA DOS OMBROS: Simétricos

Direito + alto Esquerdo + altoALTURA DAS MÃOS: Simétricos

Direito + alto Esquerdo + altoROTAÇÃO DO TRONCO: À esquerda

Á direita AusenteÂNGULO DE TALES: Simétrico

Maior à E Maior à D

CICATRIZ UMBILICAL: Alinhada Desvio à D Desvio à E

ALTURA DAS CRISTAS ILÍACAS:Simétricos D + alto E + alto

JOELHOS: Valgo Varo NormalTORNOZELOS: Valgo Varo NormalPÉS: Planos Cavos Normal

VISTA POSTERIORALTURA DA ESCÁPULAS: Simétricos

Direito + alto Esq. + alto

ESCÁPULA ALADA: Á E Á D AusenteGIBOSIDADE TORÁCICA: Á E Á D

Ausente Bilateral > á D Bilateral > á EPREGAS GLÚTEAS: Simétricos D + alto

E + alto + profunda á D + profunda à EPREGAS POPLÍTEAS: Simétricos D+alto

E + alto + prof. á D + prof. à ECOLUNA LOMBAR C/ CONCAVIDADE: Á esquerda Á direita AusenteCOLUNA TORÁCICA C/ CONCAVIDADE: Á esquerda Á direita AusenteCOLUNA CERVICAL C/ CONCAVIDADE: Á esquerda Á direita Ausente

VISTA LATERAL DIREITACABEÇA: Anteriorizada Posteriorizada

NormalCOLUNA CERVICAL: Hiperlordose

Retificada NormalOMBRO: Protusos Retraídos NormalMEMBRO SUP. DIR.: Anteriorizado

Posteriorizado NormalCOL. TORÁCICA: Curvo Plano NormalROTAÇÃO DE TRONCO: D E NormalABDOMEN: Protuso Ptose

COLUNA LOMBAR: HiperlordoseRetificada Normal

PELVE: Antevertida RetrovertidaNormal

QUADRIL: Fletido NormalJOELHO: Fletido Hiperextendido

NormalTORNOZELOS: Normal Dorsifletidos

Flexão plantar Obs.: outras técnicas de avaliação postural estão

disponíveis, mas a observacional é a mais fácil e a mais executada.

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RPGREEDUCAÇÃO POSTURAL

GLOBAL

Fábio Luiz Mendonça Martins, MS, PT

Prof. UNILAVRASCurso de Fisioterapia

Ortopedia / ReumatologiaEstágio supervisionado

RPGA ESTÁTICAComo todos os sólidos, o nosso corpo está submetido às leis da gravidade.Para que um corpo esteja em equilíbrio, uma vertical traçada a partir de seu centro de gravidade cai na base de sustentação.Como nosso corpo é um sólido articulado, o centro de gravidade é a resultante de todas as posições no espaço dos centros de gravidade específicos de cada peça que o compõe.

1ª Lei da Estática – Lei das Compensações: para que nosso corpo fique em condições de equilíbrio, qualquer desequilíbrio deverá ser compensado por um desequilíbrio inverso, de mesmo valor e no mesmo plano.

2ª Lei da Estática: em posição ortostáticanão há desequilíbrio segmentar sem compensação.

3ª Lei da Estática: as posições humanas não são fixas. São equilíbrios controlados feitos de desequilíbrios permanentes que ou se corrigem ou se compensam.

• "Quando a linha de gravidade sai do polígono de sustentação, são necessárias manobras de reequilibração, as quais despendem mais energia do que o simples controle das oscilações da linha de gravidade no interior do polígono, quando o indivíduo está em equilíbrio"

(Souchard, 1984).

Músculos Dinâmicos: são responsáveis pelos nossos movimentos voluntários, conscientes, fásicos e ocasionais.Músculos Estáticos: são responsáveis pelo equilíbrio, reagindo de maneira reflexa para controlar todos os desequilíbrios segmentares.

As funções estáticas e dinâmicas são totalmente globais, pois elas fazem interagir todos todo o conjunto músculo-aponeurótico. Os nossos gestos são, portanto, globais e recrutam o conjunto do sistema locomotor.

GLOBALIDADE

No início dos anos 50, a terapeuta corporal francesa Françoise Mézières elaborou, através de observação cuidadosa, uma proposta de atuação que revolucionava a forma de trabalhar o corpo: surgiu assim a antiginástica.

Como Mézièries praticamente não deixou registros escritos, é através da obra de Thérèse Bertherat, aluna entusiasta de um dos cursos que ministrou, que temos acesso a sua proposta.

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Segundo a aluna, Mézières foi pioneira ao perceber por exemplo, que "o deslocamento das massas do corpo faz com que as curvas vertebrais se acentuem. A cabeça mantida para a frente obriga os músculos ligados às vértebras num arco côncavo. O mesmo se verifica com os músculos inferiores das costas em relação às vértebras lombares. E essa curva e achatamento da musculatura posterior - que é o preço dos nosso equilíbrio - só tendem a agravar-se com o correr dos anos"

(Bertherat, 1977).

Mézières afirmava que a questão não está na "fraqueza" da musculatura posterior, mas sim no excesso de força, sugerindo então que a solução seria "soltar os músculos posteriores para que eles libertem as vértebras mantidas num arco côncavo". Mézières ia mais longe, afirmando que "não é somente o esforço para ficar em equilíbrio que encurta os músculos posteriores mas, também todos os movimentos de média e grande amplitude executados pelos braços e pernas, solidários com a coluna vertebral”.

Por exemplo, toda vez que levantamos os braços acima dos ombros ou toda vez que afastamos as pernas num ângulo superior a 45 graus, os músculos das costas se encolhem: "A retração, a contração dos músculos posteriores é sempre acompanhada pela rotação interna dos músculos dos membros e pelo bloqueio do diafragma" .

(Bertherat, 1977)O bloqueio do diafragma, inclusive, é um dos grandes objetos de trabalho destas técnicas, pois ele é “lordosante”.

O Método MezièresA inovação proposta por Mézières pautou-se na seguinte observação: cada vez que tentava tomar menos acentuada a curva de um segmento da coluna vertebral, a curva era deslocada para outro segmento. Desta forma, era necessário considerar o corpo em sua totalidade e cuidar dele enquanto tal. A causa única de todas as deformações era, então, o encolhimento da musculatura posterior, conseqüência inevitável dos movimentos cotidianos do corpo.

O Surgimento do RPGPhilippe-Emmanuel Souchard ensinou o Método Mézières durante dez anos no Centro Mézières, na França.Fundamentou esta forma de trabalho em seus conhecimentos de anatomia, biomecânica e cinesiologia, campos que lhe permitiram embasar a técnica hoje conhecida como Reeducação Postural Global (RPG).

As CadeiasComo vimos, os músculos organizam-se em cadeias musculares estáticas. Segundo Souchard (1985), as cadeias musculares são:

1- Respiratória2- Posterior

3- Ântero-interna do quadril4-Anterior do braço e ântero-interna do quadril5-Anterior do braço e ântero-interna do ombro.

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MODELO CLÁSSICO X RPG• Em pé uma força

posterior deve manter a posição, caso contrário, o homem cairia para frente (excesso de peso das vísceras).

• A gravidade é inimiga da postura, levando a encurtamentos, dores e deformidades (joga o indivíduo para a frente).

• Causa Músculos posteriores fracos.

• Em pé posição de equilíbrio; não é preciso força para mantê-lo.

• A gravidade é amiga e o equilíbrio ocorre quando o centro de gravidade cai no polígono de sustentação.

• Os músculos posteriores não necessitam de mais força (são encurtados). A hipertonia é a causa das dores e deformidad.

• Para se manter em pé corretamente, só há um remédio: fortalecer os músc. paravertebrais e abdominais (mesmo nos indivíduos fortes).

• Problemas musculares e posturais são vistos de forma segmentada e o tratamento visa apenas a região comprometida.

• Para recuperar a função deficiente é necessário exercitar.

• Para o RPG, o sistema muscular é integrado, organizado em cadeias.

• O tratamento é global e não considera somente a região comprometida. A luta é contra os encurtamentos dos músculos posteriores.

• Para recuperar a função deficiente é necessário corrigir uma forma alterada.

Porque RPG ?- Todos os movimentos solicitam os músculos das cadeias.

- Pela tonicidade constante (nunca se relaxa totalmente), as cadeias tem um papel de freio, gerando dores, deformações, etc.

- Esses comprometimentos podem ser produzidos em qualquer parte do corpo.

- Todas as alterações provocadas pela hipertonia das cadeias são corrigíveis, mesmo nos adultos.

Rã no chão Rã no ar

RPG - as posturas

Asa Delta Rã sentadaRã no meio

Rã na parede

PosturaCruzada

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TERAPIA MANUAL

Terapia Manual– A manipulação vertebral existe há milhares de

anos. O mais antigo registro de uma manipulação da coluna foi descoberto em pinturas pré-históricas em uma caverna em Point le Merd(França), datadas de 17.500 a.C.

– Os chineses já usavam a manipulação vertebral como terapia em 2.700 a.C.

– Em 1500 a.C., os Gregos relataram seu sucesso no tratamento de dores lombares.

– No século V a.C., Hipócrates escreveu: "Manipulação e sua Importância para uma Boa Saúde" e "A Importância do Ajuste Articular".

A abordagem de Geoff Maitland, fisioterapeuta australiano, na década de 60, espalhou-se pelo resto do mundo e é, até hoje, a base da terapia manual. É uma abordagem sistemática, que envolve a avaliação dos sinais e sintomas clínicos do paciente e a avaliação que os efeitos das técnicas de tratamento tem sobre esses sinais e sintomas.Grande parte do conceito Maitland reside na avaliação manual dos movimentos fisiológicos e acessórios das articulações.

Algumas lesões ou patologias podem produzir disfunções destes movimentos fisiológicos; eles podem ser reestabelecidos através de técnicas de mobilização e manipulação. Pesquisas têm mostrado que tal tratamento é mais eficaz do que o tratamento tradicional.OSTEOPATIAÉ diferente da Terapia Manual. Foi desenvolvida por A.T. Still, médico alopata dos Estados Unidos, no final do século XIX, definida como "tratamento das moléstias cujas origens encontram-se nas estruturas".

É na perda de mobilidade da estrutura óssea que os osteopatas encontram a causa das doenças. Segundo eles, a restrição da mobilidade altera a circulação dos líquidos (sangue, linfa, LCR) perturbando o influxo nervoso.A ação terapêutica da OSTEOPATIA consiste em restabelecer a mobilidade natural do corpo. Através da intervenção manual, ela “permite ao corpo realizar sua própria cura”, o que lhe assegura um lugar de grande importância no quadro das medicinas naturais.

THRUST E MANIPULAÇÃO ESPINHAL

O método Maitland é um método que é usado para alongar ou liberar determinadas estruturas, a fim de recolocar as estruturas em suas posições normais ou próximas do normal.Como ativa os mecanoreceptores que fazem feedback com os nociceptores do cérebro, a técnica alivia a dor.Indicações: disfunção osteomioarticular; analgesia; aderência, arco de movimento incompleto e reposicionamento articular.

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Fundamentos da Técnica Thrustde Manipulação Espinhal

MOVIMENTO PASSIVO LOCALIZADOA Técnica de Thrust (TT) objetiva produzir efeitos (no local e nos músc. paravertebrais) pela aplicação de um movimento passivo numa unidade espinhal funcional.É essencial que o movimento passivo seja localizado numa unidade espinhal funcional e que a manipulação por thrust seja dirigida para uma articulação zigapofisária.

Para que a articulação não seja movida além de seu arco indolor ou 'normal', a articulação é posicionada no final da sua ADM.Assim, o thrust é aplicado no fim da ADM, mas não no fim da ADM disponível para cada movimento (movimento acessório). A aplicação do thrust é em alta-velocidade e baixa-amplitude.• O thrust é indolor e deve ser explicado ao paciente o que será feito.• O paciente deve estar totalmente relaxadopara que se consiga uma boa técnica.

Efeitos da TTSão variados: de movimento do núcleo pulposo a uma redução da hipertonicidade do músculo paravertebral. Infelizmente, a qualidade da evidência na qual algumas destas observações têm sido feitas são pobres.Sugere-se, ainda, que a TT pode causar cavitação dentro da articulação sinovial, um aumento temporário no grau de deslocamento e uma alteração na atividade eletromiográficalocal e distal dos músculos espinhais.

Indicações para a TTSinais e sintomas que demonstrem que a articulação zigoapofisária e estruturas circunvizinhas locais estão acometidas.História sugestiva de deficiência mecânica:- Dor local.- Dor que tem agravamento mecânico claro e alivia em certas posições ou movimentos. - Padrões de movimento espinhais que, à movimentação ativa e passiva, sugerem uma restrição de movimento.

Contra-indicações para a TT• NÃO REALIZAR AVALIAÇÃO ESPECÍFICA• IRRITABILIDADEObs.: dor severa não indica uma condição irritável e não impede o uso da TT.• FINAL DE ADM IMPRÓPRIOÉ preciso avaliar a qualidade do final da ADM (ou 'Iock’) antes de aplicar o thrust. Se, ao adotar a pré-manipulação (no começo da posição), o terapeuta sente que a articulação não vai, o thrust não deve ser executado.

TENS

• Convencional:Dores agudasFreqüência = 50 - 100 HzLargura de Pulso = < 100 ms

• Burst:Dores crônicasFrequência = 2 - 5 HzLargura de Pulso = > 150 ms

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LASER

• Anti-inflamatório = 1 a 3 J• Analgésico = 2 a 4 J• Regeneração Tecidual = 3 – 6 J