Autopoiese

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Organizações Vistas como Fluxo e Transformação Autor: Rubilar Toniazzo [email protected] www.producente.com.br

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Organizações Vistas como Fluxo e Transformação

Autor: Rubilar [email protected]

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O que acontece quando examinamos abaixo da superfície aparente das organizações e as consideramos como expressões de processos mais profundos de transformação e mudança?

Questionamento do Autor

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Heráclito, filósofo grego, que por volta de 500 a.C. observou:

• Não se pode pisar 2 vezes no mesmo rio, já que as águas continuam constantemente rolando;

• Concebeu a idéia de que o universo se encontra em constante transformação, incorporando características tanto de permanência como de mudança;

Organizações Vistas como Fluxo e Transformação

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“Em outras palavras: as pessoas intuem uma forma de inteligência que, no passado, organizou o universo, e a personalizam chamando-a Deus”.

“Poderíamos imaginar o místico como alguém em contato com as espantosas profundezas da matéria ou da mente sutil, não importa o nome que lhes atribuamos”.

Frases de David Bohm

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• 1 - Baseia-se na teoria de autopoiese, uma perspectiva nova e interessante que vê a relação entre sistemas e seus ambientes sob uma nova luz;

• 2 - Baseia-se em algumas das últimas descobertas da teoria do caos e da complexidade;

• 3 - Baseia-se em idéias relacionadas a cibernética, sugerindo que a mudança resulta dos atritos e tensões encontrados em relações circulares;

• 4 - Baseia-se que a mudança é o produto de tensões dialéticas entre opostos.

As Quatro Lógicas da Mudança

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• As quatro lógicas da mudança mostram as estreitas relações entre organização e o ambiente;

• Morgan compara a organização como fluxo e transformação porque são constituídas por processos, mudanças e fluxos.

As Quatro Lógicas da Mudança

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Autopoiese ou autopoiesis (do grego auto "próprio", poiesis "criação") é um termo cunhado na década de 70 pelos biólogos e filósofos chilenos Francisco Varela e Humberto Maturana para designar a capacidade dos seres vivos de produzirem a si próprios. Segundo esta teoria, um ser vivo é um sistema autopoiético, caracterizado como uma rede fechada de produções moleculares (processos), onde as moléculas produzidas geram com suas interações a mesma rede de moléculas que as produziu. A conservação da autopoiese e da adaptação de um ser vivo ao seu meio são condições sistêmicas para a vida.

Autopoiese

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Por tanto um sistema vivo, como sistema autônomo está constantemente se autoproduzindo, autorregulando, e sempre mantendo interações com o meio, onde este apenas desencadeia no ser vivo mudanças determinadas em sua própria estrutura, e não por um agente externo.

De origem biológica, o termo passou a ser usado em outras áreas por Steven Rose na neurobiologia, por Niklas Luhmann na sociologia, e por Gilles Deleuze e Antonio Negri na filosofia.

Autopoiese

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Autopoiese: A lógica da auto referência

O que Maturana e Varela comprovaram foi que os seres vivos não são agregados de partes, são padrões de interrelacionamentos entre essas partes, padrões dinamicamente renováveis. E que a realidade não “entra” em nós, de fora para dentro, pela visão e demais sentidos; ela pode no máximo estimular uma reorganização desse padrão de interrelacionamentos – um processo interno, autônomo. Para todo e qualquer ser vivo, não existe o mundo em si, cada um cria o seu próprio “mundo”. E esse mundo é criado e renovado a partir daquilo que o ser... é – até aquele instante.

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Uma reunião dos Alcoólicos Anônimos, Estados Unidos. O monitor faz um breve discurso: “palavras são só palavras, cada um interpreta de um jeito. Mas hoje, nada de palavras. Vocês vão travar contato direto com a realidade, nua e crua”. Ele pega então dois frascos de vidro, enche um com água e outro com álcool. Pega um pequenino verme e deixa-o cair no frasco com água. O verme afunda, alguns segundos depois começa a movimentar-se, chega à superfície e nada até a borda. O monitor apanha novamente o verme, deixando-o cair desta vez no frasco com álcool. Ele novamente afunda, só que dessa vez permanecendo inerte. Instantes depois ele começa a se desintegrar. Depois de algum tempo, dele só resta um borrão acinzentado turvando a cristalinidade do líquido. O monitor pergunta: “todos viram?”. Sim, todos. “E a que conclusão podemos chegar?”. Uma mão se levanta: “Entendo que, se bebermos álcool, não teremos vermes”.

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“A vida não tem sentido fora de si mesma. O sentido da vida de uma mosca é viver como mosca, mosquear, ser mosca. O sentido da vida de um cachorro é viver como cachorro, ou seja, ser cachorro ao cachorrear. O sentido da vida de um ser humano é o viver humanamente ao ser humano no humanizar.”

O sentido da vida

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Roger Sperry, 1945.

Biologia do conhecer

experiência da visão do sapo

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“Na percepção do anfíbio, não há nenhum acesso a um real exterior, pré-definido, mas “somente uma correlação interna entre o lugar da retina que recebe uma perturbação e uma contração muscular que move a sua língua, pescoço, e, de fato, todo o corpo do sapo.”

Biologia do conhecerexperiência da visão do sapo

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“Cada vez que um ser humano morre, um mundo humano desaparece, muitas vezes de maneira irrecuperável. Isto não é uma banalidade sentimental, é uma realidade biológica. O mundo é o que vivemos, nosso fazer em qualquer dimensão, desde o caminhar até a palavra, é a concretização de nossa estrutura biológica.”

Biologia do conhecermultiplicidade de mundos

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Biologia do conhecermodelo vigente do processo cognitivo

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“Tudo que é dito, é dito por um observador”

Biologia do conhecero observador

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Desdobramentos filosóficosonde está a cor verdadeira?

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Desdobramentos filosóficosonde está o movimento?

E na sua empresa, vc sabe onde está o movimento?????

Se sabe a direção está correta?

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Desdobramentos filosóficos

conte os pontos pretos

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Desdobramentos filosóficos

6 triângulos ou hexágono?

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Insights

A metáfora: “Revelando a Lógica da Mudança: A Organização como Fluxo e Transformação” oferece uma nova compreensão da natureza e fonte de mudança.

A autopoiese sugere que a maneira como vemos e gerenciamos a mudança é, em última análise, um produto de como vemos a nós mesmos e, consequentemente, como nos relacionamos com o ambiente.

A teoria sugere que devido a sua capacidade de autorreflexão, as organizações e os indivíduos tem a oportunidade de adotar novas identidades que abre novos limites entre organização e ambiente.