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Coordenadores: Armando Sousa & Manuel Firmino
Coordenador do Curso: Francisco Piqueiro
Automação na Construção Processos de Construção em estaleiro de Obra
Grupo 2084:
Autores:
Álvaro Magalhães - up2013078111
Ricardo Mota - up201407980
Rita Borges - up201407981
Rodrigo Praça - up201407935
Rui Costa - up201407957
Tiago Teixeira - up201407805
Tiago Sousa - up201407865
Vítor Cunha - up201408567
Supervisor:
João Poças Martins – [email protected]
Monitora:
Rita Silva - [email protected]
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Agradecimentos
Gostávamos de deixar uma palavra de apreço ao nosso professor Poças Martins pela
disponibilidade e empenho na orientação e esclarecimento de todas as questões por
nós colocadas.
Gostávamos também de agradecer á nossa monitora, Rita Silva (10051014), pela
prontidão e auxilio prestado durante o decorrer deste projecto.
Deixamos também uma palavra de agradecimento ao Professor Hipólito pela
disponibilidade e ajuda que nos prestou na entrevista que nos concedeu.
Por fim queremos agradecer à FEUP por todos os meias disponibilidades para a
conclusão do nosso trabalho.
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Pensamento
“The first rule of any technology used in a business is that automation
applied to an efficient operation will magnify the efficiency. The second is
that automation applied to an inefficient operation will magnify the
inefficiency.” Bill Gates
(“A primeira regra de qualquer tecnologia utilizada nos negócios é que a
automação aplicada a uma operação eficiente aumentará a sua eficiência.
A segunda é que a automação aplicada a uma operação ineficiente
aumentará a sua ineficiência.”)
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Índice Introdução ................................................................................................................................ 6
O que é a Automação? .............................................................................................................. 7
História da Automação .......................................................................................................... 7
Atualmente, existe necessidade de introduzir a automação nos processos de construção? ....... 8
Quais os processos/métodos de construção existentes (tradicionais)? .................................... 10
Métodos aditivos e subtrativos ............................................................................................... 11
Contour Crafting – A possível solução ..................................................................................... 13
Que áreas da engenharia estão ligadas a estes métodos e como é que estes métodos vão
influenciar a criação de novos empregos? ............................................................................... 15
Entrevista ao Professor Hipólito Sousa .................................................................................... 17
Conclusão ............................................................................................................................... 18
Referências Bibliográficas ....................................................................................................... 19
Anexos .................................................................................................................................... 20
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Introdução
O Projecto FEUP é uma unidade curricular que permite aos estudantes universitários
terem uma primeira impressão do seu curso bem como o desenvolvimento e
aprofundamento do trabalho de equipa. Para além disso faz com que estejamos
disponíveis para falar com professores, colegas mais velhos e ainda pesquisar
informação às mais variadas fontes dando-nos o primeiro “boost” de experiencia
universitária.
Desta forma, o tema que nos foi atribuído é a “Automação Na Construção – Processos
De Construção Em Estaleiro De Obra”.
Neste trabalho vamos introduzir, inicialmente, o que é a automação na construção e
tentar responder a questões fundamentais sobre o tema. Em seguida pretendemos
apresentar os actuais processos de construção em estaleiro de obra assim como
alternativas actualmente existentes, apresentando aquilo que pensamos ser os
benefícios e as desvantagens de cada uma das alternativas bem como a viabilidade de
cada uma das opções de modo a que seja possível ser perceptível a actual realidade
dos processos de construção em estaleiro de obra. Para finalizar vamos aprofundar o
subtema mais inovador e aquele que está ligado á automação, de modo a que seja
mais perceptível que novidades começam a aparecer e como é que essas novidades
podem mudar o sector da construção num futuro próximo.
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O que é a Automação?
Automação – (Do latim Automatus, que significa mover-se por si)
O mesmo que automatização – 1. Acção ou efeito de automatizar; 2. Informática
técnica de que resulta a execução automática de tarefas administrativas, científicas ou
industriais; 3. Uso de aparelhos electrónicos para o controlo do funcionamento de um
sistema ou processo
História da Automação
A Automação surgiu com o intuito de reduzir os custos da produção e de aumentar a
produtividade diminuindo assim a necessidade da mão-de-obra humana.
A automação já existia na Pré-história, apesar de só no séc. XVIII terem nascido os
automatismos mais complexos. Foi graças ao aproveitamento da energia calorifica do
carvão que surgiu a Primeira Revolução Industrial e com ela os primeiros mecanismos
automáticos (Máquina a vapor, Máquina de Fiar, Tear Mecânico).
A Segunda Revolução Industrial iniciou-se em 1870, surgiram novos processos de
fabrico de aço e um avanço dos meios de transporte que implicaram a construção de
vias de comunicação adaptadas às novas formas de deslocação. No campo da indústria
automóvel a racionalização do trabalho e a coordenação entre máquinas e
trabalhadores (fordismo e taylorismo) foram processos importantes para a automação
industrial.
Após a Segunda Guerra Mundial, o Mundo viveu evoluções tecnológicas severas. Uma
das maiores consequências destes desenvolvimentos foi o crescimento da automação
que continuou a crescer até aos dias de hoje. Hoje em dia o progresso da robótica e da
informática permite evoluir ainda mais a construção e o desenvolvimento técnico da
produção industrial.
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Atualmente, existe necessidade de introduzir a
automação nos processos de construção?
Atualmente, a grande maioria dos produtos existentes, desde aquilo que comemos
aquilo que vestimos, é fabricado por processos automáticos que diminuem os custos e
o tempo de produção, pois os processos de fabrico automáticos exigem pouca mão-
de-obra e resultam (maioritariamente) num produto final com menos defeitos, ao
contrário dos produtos fabricados manualmente que exigem muita mão-de-obra (que
eleva os custos e o tempo de produção) e que tendem a ter pequenos defeitos.
Estamos inseridos numa sociedade em constante metamorfose, onde a cada segundo
que passa surge uma nova solução para a resolução dos problemas que assombram o
nosso quotidiano. Tudo isto se deve essencialmente à necessidade que os humanos
têm em evoluir e se tornar cada vez melhores tentado mesmo atingir a perfeição em
tudo levando assim à busca de condições cada vez melhores em todas as situações
sendo que a construção não escapa a esta lei da vida.
A cada minuto que passa somos mais (anexo 1), a população mundial não pára de
aumentar e, assim sendo, cada vez mais é preciso que haja seja introduzida a
automação na construção/fabricação massiva. Os objetivos principais são minimizar o
tempo que demora a produção e o seu custo final (anexo 2). Diminuindo o custo de
produção, diminui também o preço da venda, tornando as obras mais baratas e
aliciantes à sua aquisição.
Focando mais especificamente a automação na construção, a emersão de novos
métodos de construção e de novas tecnologias veio tornar mais simples, eficaz e
metódico o planeamento e a própria execução da obra. Deixaram de existir problemas
em relação às diferentes mãos de obra a utilizar passando a haver algo mais específico
e concreto que realiza o mesmo trabalho mais rápida e eficazmente do que através da
mão-de-obra tradicional.
Ainda nesta vertente, deixa de haver tanta poluição proveniente de todas as máquinas
necessárias para a construção (desde gruas, lagartas, empilhadoras e outras
maquinarias) que para além disto também têm um custo elevado de manutenção
passando a existir uma quantidade reduzida de máquinas que vão abranger todo o
processo de construção que mobilizava tantos recursos agora dispensáveis. Podemos
também afirmar que todo aquele material que acabava por ser desperdiçado, quer por
má utilização quer por erros naturais ligados á falibilidade do homem, e que fazia com
que houvesse uma acumulação massiva de resíduos prejudiciais ao meio ambiente
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deixa de existir sendo também mais produtivo para quem financia a obra e em ultimo
lugar para a pessoa que depois vai adquirir aquilo que foi construído.
Deste modo, podemos afirmar que a automação visa um objetivo mais concreto, a
sustentabilidade na etapa da conceção do empreendimento.
Por fim, conseguimos concluir que a automação permite um melhor planeamento
e/ou concretização do projeto, um menor custo tanto para o construtor como para o
comprador e uma maior sustentabilidade que permite uma melhor utilização de todos
os recursos disponíveis para que a obra se realize mais rápida e eficientemente.
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Quais os processos/métodos de construção existentes
(tradicionais)?
Em todas as construções são incutidos métodos e processos que, na opinião do(s)
engenheiro(s) encarregue(s) pela planificação da obra, são os mais eficientes para que
o resultado final seja atingido com a melhor qualidade possível. Obviamente nunca
esquecendo todas as reduções de custos e tempo necessário para a concretização do
projeto.
Focando toda a parte de construção tradicional, temos como exemplos os seguintes
processos/métodos:
Utilização de alvenarias (construção de edificações baseada na montagem de
pequenas unidades, isto é, colocação das mesmas uma a uma, com ou sem
ligações de argamassa entre si);
Utilização de pré-fabricados (construção/montagem de unidades relativamente
grandes em diferentes locais e posterior montagem destas unidades no local da
obra);
Utilização de moldes (tipo de construção que se serve do uso de pré fabricados
usando estes como guia do produto final)
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Métodos aditivos e subtrativos
Com resultado da tentativa de introdução da automação na construção civil
apareceram dois grandes grupos no que respeita aos processos de construção em
estaleiro de obra.
Estes dois grandes grupos que têm o mesmo objetivo mas regem-se por métodos
contrários. De um lado temos os processos de construção por métodos aditivos e do
outro, os processos de construção por métodos subtrativos.
Como o nome indica, nos processos aditivos parte-se de uma situação “em branco”
onde se vai adicionando o material por camadas nos locais necessários até o modelo
pretendido estar completo podendo criar os mais complexos objectos.
No caso dos processos subtractivos parte-se de um bloco sólido onde, através
principalmente de laser, se vai retirando o material para que no final da subtracção o
modelo apresentado seja aquele que foi projetado.
Estes dois grandes grupos são completamente contrários e, desta forma, cada um
deles é mais ou menos rentável dependendo da situação que nos for apresentada. Em
comum têm tanto a relativa rapidez com que reproduzem aquilo que foi projetado
como também o facto de serem alternativas inicialmente mais caras em relação à
mão-de-obra tradicional.
No caso dos processos aditivos temos de ter muito em conta que o desperdício de
material é praticamente nulo visto que tudo é calculado para que todo o material seja
gasto apenas no local necessário. Em contrapartida os processos subtrativos têm esse
facto como desvantagem visto que todo o material que é retirado não é aproveitado é
desperdício e o desperdício não rende aos olhos de quem investe nestas situações.
Um dos grandes factores a ter em conta e que dá vantagem a estas técnicas perante
aquilo que é o tradicional é que com a introdução da automação a taxa de acidentes
na construção iria diminuir significativamente, a qualidade do trabalho iria ser maior, o
controlo da construção seria mais eficiente e iriamos ver a força brutal ser substituída
pelo intelecto.
Este tipo de conceitos só podem ser vistos como alternativa a médio prazo e nunca a
curto prazo nem para executar tarefas de menor escala porque o custo inicial para a
compra de máquinas que funcionem, quer por um, quer por outro processo é
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extremamente dispendioso. Desta forma podemos “criar” vários mercados onde estas
opções seriam mais que viáveis. Este tipo de alternativas seria mais que benéfico para
situações de emergência natural onde os habitantes vêem as suas casas destruídas e
necessitam urgentemente de abrigo e, com recurso a estas tecnologias, a construção
de habitações em série seria extremamente compensadora tendo em conta que neste
tipo de casos não há tempo para projetar uma habitação específica e, utilizando uma
“habitação tipo” que já estivesse programada o tempo de desenho, projecção e
construção seria reduzido apenas ao tempo de construção. Para além de situações de
emergência, os países emergentes ou sub desenvolvidos podiam beneficiar bastante
com estas alternativas porque muitos destes países possuem habitações com relativa
qualidade nos centros das cidades principais mas, mesmo nos arredores dessas
cidades, existe muito espaço não habitado ou habitado precariamente que,
actualmente, está a ser “remodelado” ou construído de raiz. Assim sendo, nesse tipo
de construções em massa seria muito útil uma ferramenta como esta que permite
quase uma cópia de edifícios a um ritmo bastante elevado e com uma eficácia
bastante significativa. Um dos problemas que pode ser equacionado nestas situações é
o transporte da “máquina” em si mas, como muitas das construtoras que actualmente
desenvolvem e constroem nesses países emergentes são construtoras de países
desenvolvidos e, a desmontagem das máquinas é rápida, assim o transporte por mais
dispendioso que fosse iria compensar visto que o tempo que se iria poupar e a mão-
de-obra que não se iria pagar cobriria o transporte.
Como pequeno resumo podemos concluir que estas alternativas de automação nos
processos de construção ajudam a reduzir custos quer na parte de financiamento, quer
na parte de desperdício de materiais como também na parte de custos laborais. Para
além disto, são mais rápidos e eficazes do que a mão-de-obra tradicional e podem ser
vitais em construções em série do zero como também em construções de emergência.
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Contour Crafting – A possível solução
Depois de uma pesquisa em volta dos métodos subtractivos e aditivos a solução que
nos pareceu mais realista e talvez mais avançada para ser vista como solução é o
Contour Crafting.
O senhor Behrokh Khoshnevis projetou uma máquina gigante (algo similar a uma
impressora 3D) com fim a construir habitações através de um processo de automação
adaptado para a construção civil com um custo reduzido, quer para o construtor, quer
para o comprador final.
Atualmente esta solução ainda está em fase de desenvolvimento sendo que já é
possível fazer paredes em qualquer formato sendo que o próximo passo é conseguir
mesmo reproduzir uma habitação na sua totalidade. Estima-se que dentro de dois
anos e com algum financiamento esta possível solução seja uma solução real.
Projecta-se que, assim como todas as máquinas, esta seja também cara e, desta forma,
seja necessário um grande investimento inicial, no entanto esta alternativa torna-se
lucrativa a médio/longo prazo, pois substitui muitos trabalhadores da construção civil
e estima-se que seja possível fazer uma casa em 18 horas.
Existem situações específicas em que a Contour Crafting poderá ser muito útil que já
foram mencionadas em tom de exemplo aquando foi falado dos métodos subtractivos
e aditivos e as suas vantagens. Por exemplo, em situações de ajuda humanitária após a
ocorrência de catástrofes naturais como, sismos, tsunamis, ou mesmo para situações
de refugiados de guerras em que as pessoas vivem em situações muito precárias e que
uma alternativa como estas permitiria construir habitações com o mínimo de
condições e com a rapidez necessária. Outra das situações que já foi referida é no caso
da construção de habitações de boa qualidade, em série, para pessoas com baixos
rendimentos ou mesmo para países emergentes que precisam urgentemente de
soluções para o constante crescimento populacional ao menor custo possível. Estima-
se que esta máquina seja capaz de construir uma habitação com 200 metros
quadrados (já com instalação eléctrica e hidráulica) em apenas 20 horas. Outro
exemplo em que esta “impressora 3D” gigante poderia ser utilizada seria na
reconstrução de habitações com condições bem melhores que as existentes agora nas
favelas e bairros com enorme precariedade espalhadas por todo o mundo onde vivem
milhões de pessoas necessitadas em condições não humanas.
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Como já foi possível entender esta é uma solução para construções em série em que
existe uma quantidade de trabalho considerável onde a máquina pode ser programada
para efectuar um “n” número de habitações todas com as mesmas dimensões e
características á imagem daquilo que é bastante usual actualmente mas, sendo que
nesta situação o trabalho serie muito mais eficaz porque a programação da máquina
seria similar para todas as casas conseguindo poupar uma enorme quantidade de
tempo e para os grandes investidores tempo é dinheiro.
Uma das grandes vantagens que também já foi abordada em cima é que, substituindo
os trabalhadores pelas máquinas para além do processo ser mais rápido e eficaz torna-
se, os trabalhadores de obra deixam de estar expostos a situações que põem em risco
a sua vida sendo que esse tipo de profissão seria substituída por uma “profissão de
gabinete” sendo perceptível uma substituição entre a força muscular por uma força
mental pautando desta forma um caminho onde a superior capacidade intelectual seja
aquilo que prevalece.
Uma das aplicações que este projecto pode vir a ter e, que é mesmo um objectivo do
seu criador, é usar esta invenção para criar uma colónia lunar. Actualmente a NASA
está a trabalhar com a colaboração do Contour Crafting para que nos próximos anos
seja possível construir, com recurso a esta máquina, aquilo que seria uma colónia lunar
sendo que seria por demais benéfico visto que a rapidez e eficácia da construção
directa pelos astronautas e pela máquina é incomparável sendo esta a possível grande
solução para outro grande passo para o desenvolvimento mundial.
Um dos contras que se pode pensar é que a máquina do Contour Crafting é uma
máquina de grandes dimensões, no entanto, ela pode ser facilmente desmontada e
levada por transporte aéreo fazendo com que esteja acessível para qualquer parte do
mundo sendo portanto uma falsa questão porque o tempo e o dinheiro que com ela
poupamos é suficiente para esta situação seja mais que rentável.
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Que áreas da engenharia estão ligadas a estes métodos
e como é que estes métodos vão influenciar a criação de
novos empregos?
Todas estas inovações requerem uma melhor organização por parte dos vários ramos
da engenharia civil principalmente. Por exemplo, apesar dos novos processos de
automação retirarem o emprego a alguns trabalhadores da área da construção civil,
eles também criam novos postos de trabalho a empregados mais qualificados, entre
eles, mestres engenheiros.
Serão então necessários engenheiros qualificados na área de geotecnia para avaliarem
processos que vão desde a identificação e caracterização dos terrenos, as fundações,
as obras de suporte, os aterros, as obras subterrâneas e a estabilidade de taludes para
que as construções sejam realizadas com a maior das seguranças e com eficácia.
Também serão necessários engenheiros especializados em materiais e processos de
construção para analisarem a estrutura interna e o comportamento reológico dos
materiais tanto os metálicos, os cerâmicos, os poliméricos e os compósitos. Estes
poderão também estudar as características e os recursos envolvidos na produção, na
sustentabilidade, na durabilidade, nas exigências de manutenção e nas aplicações dos
principais produtos e materiais de construção a incorporar nestas obras com ênfase
nos materiais betuminosos, pedras naturais, cerâmicos, ligantes, argamassas, betões,
metais e polímeros.
Ao nível da engenharia estrutural vão ser precisos engenheiros dedicados
primariamente ao projecto e cálculo de estruturas. O objetivo destes é permitir que a
estrutura atenda à sua função sem entrar em colapso e sem vibrar ou deformar
excessivamente. Dentro destes limites, os quais são precisamente definidos pelas
normas técnicas, o engenheiro estrutural almeja o melhor uso dos materiais
disponíveis e o menor custo possível de construção e manutenção da estrutura.
Este profissional é ainda responsável ainda pela utilização de materiais com a
qualidade prevista e que visem a segurança e a durabilidade da construção a curto,
médio e longo prazo, para além de organizar toda a logística necessária para o
transporte e a utilização dos materiais e equipamentos.
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Para além de todos estes, os engenheiros formados no planeamento do território e do
ambiente têm também um papel fulcral na conceção das obras. Estes lidam com
questões relacionadas com o planeamento urbano (hoje em dia cada vez mais
importante visto que a localização da obra está diretamente ligada ao seu valor de
mercado). O planeamento regional também é essencial por causa da desigual evolução
dos territórios. Por fim, o planeamento ambiental tornou-se hoje em dia num ponto de
enorme importância devido à poluição existente em algumas zonas.
Como já dissemos são necessários imensos engenheiros civis especializados nas mais
diversas áreas. Felizmente, estes novos processos de construção também empregam
outros engenheiros, tais como, engenheiros informáticos. Estes terão um papel
insubstituível na programação eficaz destas máquinas inovadoras. Para além de
tratarem de toda a programação (software) e de alguma parte do hardware (onde
serão auxiliados por engenheiros eletrotécnicos) também vão ser responsáveis por:
analisar toda a informação dentro dos programas adequados; conceber a forma de
informatizar o computador da máquina em questão e por estabelecer mecanismos de
segurança (criar palavras passes para a utilização da máquina e para a edição da
programação, entre outras coisas).
Finalmente, temos os engenheiros mecânicos que iam estar responsáveis pelo projeto
e conceção das peças mecânicas necessárias para que a máquina funcionasse nas
melhores condições.
A manutenção da máquina em si também iria empregar alguns profissionais.
Só com o trabalho e dedicação de todos estes profissionais será possível dar este
grande passo que liga a era artesanal à era mais moderna da construção.
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Entrevista ao Professor Hipólito Sousa
Nesta fase do trabalho, o grupo optou por fazer uma entrevista a um docente que estivesse na área das construções, tendo como finalidade solidificar as ideias acerca de algumas questões. Assim, após uma breve discussão optou-se por falar com o professor Hipólito de Sousa. Este docente foi um elemento crucial para a obtenção de informações para o trabalho. Nesta entrevista abordou-se grande parte dos temas do projecto, obtendo, assim, a opinião do professor acerca da envolvente da automação das construções.
Sobre a perspectiva do docente a automação tem como obje vo tornar um processo produ vo automá co. Nos dias de hoje podemos observar que a automação já um processo muito utilizado de forma singular em construções, como por exemplo nas estradas.
No entanto para uma automação completa, isto , construção de uma obra sem a ação do homem, ainda existe um longo caminho a percorrer, devido à grande diversidade de fatores envolvidos.
O contour crafting, um dos processos de construção inovadores, que sobre a perspe va do professor ainda vai necessitar de muito desenvolvimento, visto que ainda muitos fatores numa construção que dependem da ação do homem, e que as máquinas, se sujeitas a essas adversidades, não suportariam.
Sobre a questão de empregabilidade, o docente Hipólito de Sousa acredita que com o desenvolvimento da automação as pessoas mais especializadas, nomeadamente os engenheiros informáticos, geotécnicos etc, terão uma grande oferta de emprego. As máquinas vão depender destes a muitos níveis nomeadamente na utilização do software, na avaliação do tipo de terreno.
or m, o professor ip lito de ousa a rma que a automação das construções poderá vir a ser uma das vias de futuro mas nunca o futuro, pois nunca há um só caminho nas construções e os conceitos de construção estão em constante mudança.
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Conclusão
Com este trabalho, pensamos ter alcançado os objetivos inicialmente delineados tentando dar a conhecer aquilo que é o presente e aquilo que poderá vir a ser o futuro da automação em processos de construção em estaleiro de obra. Para tal, investigámos sobre o tema, analisámos diferentes fontes de informação e explorámos várias perspetivas para podermos recolher o maior e melhor número de informação possível para que fosse possível apresentar os factos de forma mais apoiada possível. Procurámos ainda comparar os métodos tradicionais com os modernos para que fosse mais percetível a diferença que entre eles existe. Além de tudo isto explicamos os benefícios e as desvantagens destes processos inovadores com a finalidade de encontrarmos ainda mais soluções para o futuro da construção civil. Tentamos também focar numa das alternativas referentes a um processo aditivo que nos pareceu com capacidade para avançar e ser uma das grandes alternativas no futuro. Por fim, podemos afirmar que este trabalho despertou não só a nossa curiosidade em relação ao tema do trabalho mas tamb m sobre tudo aquilo que engloba o “ser engenheiro” e reiteramos que esta experiência de procura de informação sobre o “nosso” mundo de trabalho elevou-nos o nível de aprendizagem sendo mais um passo para que um dia possamos ser engenheiros mais aptos e com outra perspetiva do mundo de trabalho, procurando estar sempre abertos e disponíveis á novidade e á constante metamorfose não só do mundo de trabalho mas como do mundo em geral.
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Referências Bibliográficas
https://pt.wikipedia.org/wiki/Automa%C3%A7%C3%A3o
https://ise.ualg.pt/rc/sites/default/files/ise/Electrica/automacao.pdf
http://www.todamateria.com.br/primeira-revolucao-industrial/
http://www.coladaweb.com/geografia/as-tres-revolucoes-industriais
http://www.coladaweb.com/historia/revolucao-industrial
http://www.todamateria.com.br/terceira-revolucao-industrial/
http://www.todamateria.com.br/segunda-revolucao-industrial/
http://lppufes.org/artigos/automa%C3%A7%C3%A3o-sustent%C3%A1vel-uma-nova-
vis%C3%A3o-do-emprego-de-tecnologias-na-constru%C3%A7% C3%A3o-civil
http://www.videos.engenhariacivil.com/contour-crafting-automacao-da-construcao
http://pt.wikipedia.org/wiki/Engenharia_inform%C3%A1tica
http://www.ipcb.pt/index.php/engenharias-e-informatica/engenharia-civil-est
http://pt.wikipedia.org/wiki/Engenharia_estrutural
http://pt.wikipedia.org/wiki/Engenharia_civil#Constru.C3.A7.C3.A3o
http://www.contourcrafting.org/how-does-it-work
http://www.contourcrafting.org/technical-resource
http://www.contourcrafting.org/faq
“A qualidade em pavimentos com elementos pr -fabricados: algumas questões
relativas ao fabrico de vigotas de betão pré-reforçado” – (Francisco Camacho Baião,
Manuel);
Paredes de alvenaria – Situação actual e novas tecnologias (Lourenço, Paulo B., de
Sousa, Hipólito).
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Anexo 1: Evolução da população mundial até 2050.
Anexo 2: Comparação dos custos da mão-de-obra (linha verde) com os custos dos
processos inovadores (linha azul) em função do tempo de construção da obra.
Anexos