aula1.metbio

3
1 Radiação Eletromagnética Representação do vetor campo elétrico de uma onda eletromagnética circularmente polarizada. A radiação eletromagnética é uma oscilação em fase dos campos elétricos e magnéticos, que, autossustentando-se, encontram-se desacoplados das cargas elétricas que lhe deram origem. As oscilações dos campos magnéticos e elétricos são perpendiculares entre si e podem ser entendidas como a propagação de uma onda transversal, cujas oscilações são perpendiculares à direção do movimento da onda (como as ondas da superficie de uma lâmina de água), que pode se deslocar através do vácuo. Dentro do ponto de vista da Mecânica Quântica, podem ser entendidas, ainda, como o deslocamento de pequenas partículas, os fótons. O espectro visível, ou simplesmente luz visível, é apenas uma pequena parte de todo o espectro da radiação eletromagnética possível, que vai desde as ondas de rádio aos raios gama. A existência de ondas eletromagnéticas foi prevista por James Clerk Maxwell e confirmada experimentalmente por Heinrich Hertz. A radiação eletromagnética encontra aplicações como a radiotransmissão, seu emprego no aquecimento de alimentos (fornos de microondas), em lasers para corte de materiais ou mesmo na simples lâmpada incandescente. A radiação eletromagnética pode ser classificada de acordo com a frequência da onda, em ordem crescente, nas seguintes faixas: ondas de rádio, micro-ondas, radiação terahertz, radiação infravermelha, radiação visível, radiação ultravioleta, raios X e radiação gama. Ondas eletromagnéticas Representação esquemática de uma onda eletromagnética linearmente polarizada produzida por um dipolo elétrico oscilante (à esquerda). A onda se propaga ao longo do eixo horizontal comcomprimento de onda λ (ao centro). O campo elétrico, o campo magnético e o vetor de onda são representados, respectivamente, em azul, vermelho e preto (à direita). As ondas eletromagnéticas primeiramente foram previstas teoricamente por James Clerk Maxwell e depois confirmadas experimentalmente por Heinrich Hertz. Maxwell notou as ondas a partir de equações de electricidade e magnetismo, revelando sua natureza e sua simetria. Faraday mostrou que um campo magnético variável no tempo gera um campo eléctrico. Maxwell mostrou que um campo eléctrico variável com o tempo gera um campo magnético, com isso há uma auto-sustentação entre os campos eléctrico e magnético. Em seu trabalho de 1862, Maxwell escreveu: "A velocidade das ondas transversais em nosso meio hipotético, calculada a partir dos experimentos electromagnéticos dos Srs. Kohrausch e Weber, concorda tão exactamente com a velocidade da luz, calculada pelos experimentos óticos do Sr. Fizeau, que é difícil evitar a inferência de que a luz consiste nas ondulações transversais do mesmo meio que é a causa dos fenômenos eléctricos e magnéticos." [] Ondas harmônicas Uma onda harmônica é uma onda com a forma de uma função sinusoidal, como na figura, no caso de uma onda que se desloca no sentido positivo do eixo dos . 2 A distância entre dois pontos consecutivos onde o campo e a sua derivada têm o mesmo valor, é designada por [comprimento de onda] (por exemplo, a distância entre dois máximos ou mínimos consecutivos). O valor máximo do módulo do campo, , é a sua {amplitude}. Onda Harmônica O tempo que a onda demora a percorrer um comprimento de onda designa-se por {período}, . O inverso do período é a frequência , que indica o número de comprimentos de onda que passam por um ponto, por unidade de tempo. No sistema SI a unidade da frequência é o hertz, representado pelo símbolo Hz, equivalente a . No caso de uma onda eletromagnética no vácuo, a velocidade de propagação é que deverá verificar a relação: A equação da função representada na figura acima é: onde a constante é a fase inicial. Essa função representa a forma da onda num instante inicial, que podemos admitir . Para obter a função de onda num instante diferente, teremos que substituir por , já que a onda se propaga no sentido positivo do eixo dos , com velocidade . Propriedades Os campos eléctrico e magnético obedecem aos princípios da superposição de ondas, de modo que seus vectores se cruzam e criam os fenômenos da refracção e da difração. ] Uma onda eletromagnética pode interagir com a matéria e, em particular, perturbar átomos e moléculas que as absorvem, podendo os mesmos emitir ondas em outra parte do espectro. Como qualquer fenômeno ondulatório, as ondas eletromagnéticas podem interferir entre si. Sendo a luz uma oscilação, ela não é afetada pela estática eléctrica ou por campos magnéticos de uma outra onda eletromagnética no vácuo. Em um meio não linear, como um cristal, por exemplo, interferências podem acontecer e causar o efeito Faraday, em que a onda pode ser dividida em duas partes com velocidades diferentes. Na refracção, uma onda, transitando de um meio para outro de densidade diferente, tem alteradas sua velocidade e sua direcção (caso esta não seja perpendicular à superfície) ao entrar no novo meio. A relação entre os índices de refracção dos dois meios determina a escala de refração medida pela lei de Snell: Nesta equação, i é o ângulo de incidência, N 1 é o índice de refração do meio 1, r é o ângulo de refração, e N 2 é o índice de refração do meio 2. A luz se dispersa em um espectro visível porque é reflectida por um prisma, devido ao fenômeno da refração. As características das ondas eletromagnéticas demonstram as propriedades de partículas e do onda ao mesmo tempo, e se destacam mais quando a onda é mais prolongada. Modelo de onda eletromagnética Um importante aspecto da natureza da luz é a frequência uma onda, sua taxa de oscilação. É medida em hertz, a unidade SIU de frequência, na qual um hertz (1,00 Hz) é igual a uma oscilação por segundo. A

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1  R

adia

ção

Ele

trom

agn

étic

a

Rep

rese

ntaç

ão d

o ve

tor c

ampo

elé

tric

o de

um

a on

da e

letr

omag

nétic

a ci

rcul

arm

ente

pol

ariz

ada.

A r

adia

ção

elet

rom

agné

tica

é um

a os

cila

ção

em fa

se d

os c

ampo

s el

étric

os e

mag

nétic

os, q

ue,

auto

ssus

tent

ando

-se,

enc

ontra

m-s

e de

saco

plad

os d

as c

arga

s el

étric

as q

ue lh

e de

ram

orig

em. A

s os

cila

ções

do

s ca

mpo

s m

agné

ticos

e e

létri

cos

são

perp

endi

cula

res

entre

si e

pod

em s

er e

nten

dida

s co

mo

a pr

opag

ação

de

um

a on

da tr

ansv

ersa

l, cu

jas

osci

laçõ

es s

ão p

erpe

ndic

ular

es à

dire

ção

do m

ovim

ento

da

onda

(com

o as

on

das

da s

uper

ficie

de

uma

lâm

ina

de á

gua)

, que

pod

e se

des

loca

r atra

vés

do v

ácuo

. Den

tro d

o po

nto

de v

ista

da

Mec

ânic

a Q

uânt

ica,

pod

em s

er e

nten

dida

s, a

inda

, com

o o

desl

ocam

ento

de

pequ

enas

par

tícul

as, o

s fó

tons

.

O e

spec

tro v

isív

el, o

u si

mpl

esm

ente

luz

visí

vel,

é ap

enas

um

a pe

quen

a pa

rte d

e to

do o

esp

ectro

da

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ação

el

etro

mag

nétic

a po

ssív

el, q

ue v

ai d

esde

as

onda

s de

rádi

o ao

s ra

ios

gam

a. A

exi

stên

cia

de o

ndas

el

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mag

nétic

as fo

i pre

vist

a po

r Ja

mes

Cle

rk M

axw

ell e

con

firm

ada

expe

rimen

talm

ente

por

Hei

nric

h H

ertz

. A

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ação

ele

trom

agné

tica

enco

ntra

apl

icaç

ões

com

o a

radi

otra

nsm

issã

o, s

eu e

mpr

ego

no a

quec

imen

to d

e al

imen

tos

(for

nos

de m

icro

onda

s), e

m la

sers

par

a co

rte d

e m

ater

iais

ou

mes

mo

na s

impl

es lâ

mpa

da

inca

ndes

cent

e.

A ra

diaç

ão e

letro

mag

nétic

a po

de s

er c

lass

ifica

da d

e ac

ordo

com

a fr

equê

ncia

da

onda

, em

ord

em c

resc

ente

, na

s se

guin

tes

faix

as: o

ndas

de

rádi

o, m

icro

-ond

as, r

adia

ção

tera

hertz

, rad

iaçã

o in

frav

erm

elha

, rad

iaçã

o vi

síve

l, ra

diaç

ão u

ltrav

iole

ta, r

aios

X e

radi

ação

gam

a.

On

das

elet

rom

agn

étic

as

R

epre

sent

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esq

uem

átic

a de

um

a on

da e

letr

omag

nétic

a lin

earm

ente

pol

ariz

ada

prod

uzid

a po

r um

dip

olo

elét

rico

osci

lant

e (à

esqu

erda

). A

ond

a se

pro

paga

ao

long

o do

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o ho

rizon

tal c

omco

mpr

imen

to d

e on

da λ

(ao

cen

tro)

. O c

ampo

elé

trico

, o c

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mag

nétic

o e

o ve

tor

de o

nda

são

repr

esen

tado

s, r

espe

ctiv

amen

te, e

m a

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verm

elho

e p

reto

(à d

ireita

).

As

onda

s el

etro

mag

nétic

as p

rimei

ram

ente

fora

m p

revi

stas

teor

icam

ente

por

Jam

es C

lerk

Max

wel

l e d

epoi

s co

nfirm

adas

exp

erim

enta

lmen

te p

or H

einr

ich

Her

tz. M

axw

elln

otou

as

onda

s a

parti

r de

equa

ções

de

ele

ctric

idad

e e

mag

netis

mo,

reve

land

o su

a na

ture

za e

sua

sim

etria

. Far

aday

mos

trou

que

um c

ampo

m

agné

tico

variá

vel n

o te

mpo

ger

a um

cam

po e

léct

rico.

Max

wel

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trou

que

um c

ampo

elé

ctric

o va

riáve

l com

o

tem

po g

era

um c

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mag

nétic

o, c

om is

so h

á um

a au

to-s

uste

ntaç

ão e

ntre

os

cam

pos

eléc

trico

e m

agné

tico.

E

m s

eu tr

abal

ho d

e 18

62, M

axw

ell e

scre

veu:

"A v

eloc

idad

e da

s on

das

trans

vers

ais

em n

osso

mei

o hi

poté

tico,

cal

cula

da a

par

tir d

os e

xper

imen

tos

elec

trom

agné

ticos

dos

Srs

. Koh

raus

ch e

Web

er, c

onco

rda

tão

exac

tam

ente

com

a v

eloc

idad

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cal

cula

da

pelo

s ex

perim

ento

s ót

icos

do

Sr.

Fize

au, q

ue é

difí

cil e

vita

r a in

ferê

ncia

de

que

a lu

z co

nsis

te n

as o

ndul

açõe

s tra

nsve

rsai

s do

mes

mo

mei

o qu

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a ca

usa

dos

fenô

men

os e

léct

ricos

e m

agné

ticos

."[]

Ond

as h

arm

ônic

as

Um

a on

da h

arm

ônic

a é

uma

onda

com

a fo

rma

de u

ma

funç

ão s

inus

oida

l, co

mo

na fi

gura

, no

caso

de

uma

onda

que

se

desl

oca

no s

entid

o po

sitiv

o do

eix

o do

s .

2  A

dis

tânc

ia

ent

re d

ois

pont

os c

onse

cutiv

os o

nde

o ca

mpo

e a

sua

der

ivad

a tê

m o

mes

mo

valo

r, é

desi

gnad

a po

r [co

mpr

imen

to d

e on

da] (

por e

xem

plo,

a d

istâ

ncia

ent

re d

ois

máx

imos

ou

mín

imos

con

secu

tivos

). O

val

or

máx

imo

do m

ódul

o do

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po,

, é a

sua

{am

plitu

de}.

O

nda

Har

môn

ica

O te

mpo

que

a o

nda

dem

ora

a pe

rcor

rer u

m c

ompr

imen

to d

e on

da d

esig

na-s

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ríodo

},

.

O in

vers

o do

per

íodo

é a

freq

uênc

ia

, que

indi

ca o

núm

ero

de c

ompr

imen

tos

de o

nda

que

pass

am

por u

m p

onto

, por

uni

dade

de

tem

po. N

o si

stem

a S

I a u

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de d

a fr

equê

ncia

é o

her

tz, r

epre

sent

ado

pelo

mbo

lo H

z, e

quiv

alen

te a

.

No

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de

uma

onda

ele

trom

agné

tica

no v

ácuo

, a v

eloc

idad

e de

pro

paga

ção

é qu

e de

verá

ver

ifica

r a re

laçã

o:

A

equ

ação

da

funç

ão re

pres

enta

da n

a fig

ura

acim

a é:

onde

a c

onst

ante

é

a fa

se in

icia

l. E

ssa

funç

ão re

pres

enta

a fo

rma

da o

nda

num

inst

ante

inic

ial,

que

pode

mos

ad

miti

r .

Par

a ob

ter a

funç

ão d

e on

da n

um in

stan

te d

ifere

nte,

tere

mos

que

sub

stitu

ir p

or

, já

que

a on

da s

e pr

opag

a no

sen

tido

posi

tivo

do e

ixo

dos

, com

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ocid

ade

.

Pro

prie

dade

s

Os

cam

pos

eléc

trico

e m

agné

tico

obed

ecem

aos

prin

cípi

os d

a su

perp

osiç

ão d

e on

das,

de

mod

o qu

e se

us

vect

ores

se

cruz

am e

cria

m o

s fe

nôm

enos

da

refr

acçã

o e

da d

ifraç

ão.] U

ma

onda

ele

trom

agné

tica

pode

inte

ragi

r co

m a

mat

éria

e, e

m p

artic

ular

, per

turb

ar á

tom

os e

mol

écul

as q

ue a

s ab

sorv

em, p

oden

do o

s m

esm

os e

miti

r on

das

em o

utra

par

te d

o es

pect

ro.

Com

o qu

alqu

er fe

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eno

ondu

lató

rio, a

s on

das

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rom

agné

ticas

pod

em in

terf

erir

entre

si.

Sen

do a

luz

uma

osci

laçã

o, e

la n

ão é

afe

tada

pel

a es

tátic

a el

éctri

ca o

u po

r cam

pos

mag

nétic

os d

e um

a ou

tra o

nda

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agné

tica

no v

ácuo

. Em

um

mei

o nã

o lin

ear,

com

o um

cris

tal,

por e

xem

plo,

inte

rfer

ênci

as p

odem

ac

onte

cer e

cau

sar

o ef

eito

Far

aday

, em

que

a o

nda

pode

ser

div

idid

a em

dua

s pa

rtes

com

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ades

di

fere

ntes

.

Na

refr

acçã

o, u

ma

onda

, tra

nsita

ndo

de u

m m

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para

out

ro d

e de

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ade

dife

rent

e, te

m a

ltera

das

sua

velo

cida

de e

sua

dire

cção

(cas

o es

ta n

ão s

eja

perp

endi

cula

r à s

uper

fície

) ao

entra

r no

novo

mei

o. A

rela

ção

entre

os

índi

ces

de re

frac

ção

dos

dois

mei

os d

eter

min

a a

esca

la d

e re

fraç

ão m

edid

a pe

la le

i de

Sne

ll:

N

esta

equ

ação

, i é

o â

ngul

o de

inci

dênc

ia, N

1 é

o ín

dice

de

refr

ação

do

mei

o 1,

r é

o ân

gulo

de

refr

ação

, e

N2

é o

índi

ce d

e re

fraç

ão d

o m

eio

2.

A lu

z se

dis

pers

a em

um

esp

ectro

vis

ível

por

que

é re

flect

ida

por u

m p

rism

a, d

evid

o ao

fenô

men

o da

re

fraç

ão. A

s ca

ract

erís

ticas

das

ond

as e

letro

mag

nétic

as d

emon

stra

m a

s pr

oprie

dade

s de

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tícul

as e

do

onda

ao

mes

mo

tem

po, e

se

dest

acam

mai

s qu

ando

a o

nda

é m

ais

prol

onga

da.

Mod

elo

de o

nda

elet

rom

agné

tica

Um

impo

rtant

e as

pect

o da

nat

urez

a da

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é a

freq

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ia u

ma

onda

, sua

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de

osci

laçã

o. É

med

ida

em h

ertz

, a u

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de S

IU d

e fr

equê

ncia

, na

qual

um

her

tz (1

,00

Hz)

é ig

ual a

um

a os

cila

ção

por s

egun

do. A

Page 2: aula1.metbio

3  

luz

norm

alm

ente

tem

um

esp

ectro

de

freq

uênc

ias

que,

som

adas

, jun

tos

form

am a

ond

a re

sulta

nte.

D

ifere

ntes

freq

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ias

form

am d

ifere

ntes

âng

ulos

de

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ação

. Um

a on

da c

onsi

ste

nos

suce

ssiv

os b

aixo

s e

alto

s, e

a d

istâ

ncia

ent

re d

ois

pont

os a

ltos

ou b

aixo

s é

cham

ado

de c

ompr

imen

to d

e on

da. O

ndas

el

etro

mag

nétic

as v

aria

m d

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ordo

com

o ta

man

ho, d

e on

das

de ta

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hos

de p

rédi

os a

ond

as g

ama

pequ

enas

men

ores

que

um

núc

leo

atôm

ico.

A fr

equê

ncia

é in

vers

amen

te p

ropo

rcio

nal a

o co

mpr

imen

to d

a on

da,d

e ac

ordo

com

a e

quaç

ão:

.

Nes

ta e

quaç

ão, v

é a

vel

ocid

ade,

λ (

lam

bda

) é

o co

mpr

imen

to d

e on

da, e

f é

a fr

equê

ncia

da

onda

.

Na

pass

agem

de

um m

eio

mat

eria

l par

a ou

tro, a

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ade

da o

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mud

a, m

as a

freq

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ia p

erm

anec

e co

nsta

nte.

A in

terf

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cia

acon

tece

qua

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duas

ou

mai

s on

das

resu

ltam

em

um

nov

o pa

drão

de

onda

. S

eos

cam

pos

tiver

em a

s co

mpo

nent

es n

as m

esm

as d

ireçõ

es, u

ma

onda

"co

oper

a" c

om a

out

ra (i

nter

ferê

nia

cons

trutiv

a); e

ntre

tant

o, s

e es

tiver

em e

m p

osiç

ões

opos

tas,

pod

e ha

ver u

ma

inte

rfer

ênci

a de

stru

tiva.

Mod

elo

de p

artíc

ulas

Um

feix

e lu

min

oso

é co

mpo

sto

por p

acot

es d

iscr

etos

de

ener

gia,

car

acte

rizad

os p

or c

onsi

stire

m e

m

partí

cula

s de

nom

inad

as fo

tões

(por

tugu

ês e

urop

eu) o

u fó

tons

(por

tugu

ês b

rasi

leiro

) . A fr

equê

ncia

da

onda

é

prop

orci

onal

à m

agni

tude

da

ener

gia

da p

artíc

ula.

Com

o os

fóto

ns s

ão e

miti

dos

e ab

sorv

idos

por

par

tícul

as,

eles

act

uam

com

o tra

nspo

rtado

res

de e

nerg

ia. A

ene

rgia

de

um fó

ton

é ca

lcul

ada

pela

equ

ação

de

Pla

nck-

Ein

stei

n:

.

Nes

ta e

quaç

ão, E

é a

ene

rgia

, h é

a c

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ante

de

Pla

nck,

e f

é a

freq

uênc

ia.

Se

um fó

ton

for a

bsor

vido

por

um

áto

mo,

ele

exc

ita u

m e

létr

on, e

leva

ndo-

o a

um a

lto n

ível

de

ener

gia.

Se

o ní

vel d

e en

ergi

a é

sufic

ient

e, e

le p

ula

para

out

ro n

ível

mai

or d

e en

ergi

a, p

oden

do e

scap

ar d

a at

raçã

o do

cleo

e s

er li

bera

do e

m u

m p

roce

sso

conh

ecid

o co

mo

foto

ioni

zaçã

o. U

m e

létro

n qu

e de

scer

ao

níve

l de

ener

gia

men

or e

mite

um

fóto

n de

luz

igua

l a d

ifere

nça

de e

nerg

ia. C

omo

os n

ívei

s de

ene

rgia

em

um

áto

mo

são

disc

reto

s, c

ada

elem

ento

tem

sua

s pr

ópria

s ca

ract

erís

ticas

de

emis

são

e ab

sorç

ão.

Esp

ectr

o el

etro

mag

nét

ico

E

spec

tro

elet

rom

agné

tico

com

o e

spec

tro

de lu

z vi

síve

l ind

icad

o

O e

spec

tro e

letro

mag

nétic

o é

clas

sific

ado

norm

alm

ente

pel

o co

mpr

imen

to d

a on

da, c

omo

as o

ndas

de

rádi

o, a

s m

icro

-ond

as, a

radi

ação

infr

aver

mel

ha, a

radi

ação

vis

ível

, os

raio

s ul

travi

olet

a, o

s ra

ios

X, a

a ra

diaç

ão g

ama.

O c

ompo

rtam

ento

da

onda

ele

trom

agné

tica

depe

nde

do s

eu c

ompr

imen

to d

e on

da. F

requ

ênci

as a

ltas

são

curta

s, e

freq

uênc

ias

baix

as s

ão lo

ngas

. Qua

ndo

uma

onda

inte

rage

com

um

a ún

ica

partí

cula

ou

mol

écul

a,

seu

com

porta

men

to d

epen

de d

a qu

antid

ade

de fó

tons

por

ela

car

rega

da. A

travé

s da

técn

ica

deno

min

ada

Esp

ectro

scop

ia ó

ptic

a, é

pos

síve

l obt

er-s

e in

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açõe

s so

bre

uma

faix

a vi

síve

l mai

s la

rga

do

que

a vi

são

norm

al. U

m e

spec

trosc

ópio

com

um p

ode

dete

ctar

com

prim

ento

s de

ond

a de

2 n

m a

250

0 nm

.

Ess

as in

form

açõe

s de

talh

adas

pod

em in

form

ar p

ropr

ieda

des

físic

as d

os o

bjet

os, g

ases

e a

té m

esm

o es

trela

s. P

or e

xem

plo,

um

áto

mo

de h

idro

gêni

o em

ite o

ndas

em

com

prim

ento

s de

21,

12 c

m. A

luz

prop

riam

ente

dita

cor

resp

onde

à fa

ixa

que

é de

tect

ada

pelo

olh

o hu

man

o, e

ntre

400

nm

a 7

00 n

m

(um

nan

ômet

ro v

ale

1,0×

10-9

met

ro).

As

onda

s de

rádi

o sã

o fo

rmad

as d

e um

a co

mbi

naçã

o de

am

plitu

de,

freq

uênc

ia e

fase

da

onda

com

a b

anda

da

freq

uênc

ia.

Inte

raçã

o da

rad

iaçã

o co

m a

mat

éria

 

Efe

itos

biol

ógic

os

O e

feito

bio

lógi

co m

ais

óbvi

o da

s on

das

elet

rom

agné

ticas

se

dá e

m n

osso

s ol

hos:

a lu

z vi

síve

l im

pres

sion

a as

cél

ulas

do

fund

o da

retin

a, c

ausa

ndo

a se

nsaç

ão v

isua

l. P

orém

, exi

stem

out

ros

efei

tos

mai

s su

tis.

Sab

e-se

que

, em

det

erm

inad

as fr

equê

ncia

s, a

s on

das

elet

rom

agné

ticas

pod

em in

tera

gir

com

mol

écul

as p

rese

ntes

em

org

anis

mos

viv

os, p

or re

sson

ânci

a, is

to é

, as

mol

écul

as c

ujas

freq

uênc

ias

fund

amen

tais

sej

am ig

uas

à da

ond

a em

que

stão

"ca

ptam

" es

sa o

scila

ção,

com

o um

a an

tena

de

TV. O

ef

eito

sob

re a

mol

écul

a de

pend

e da

inte

nsid

ade

(am

plitu

de) d

a on

da, p

oden

do ir

do

sim

ples

aqu

ecim

ento

à

mod

ifica

ção

da e

stru

tura

mol

ecul

ar.[c

arec

e de

font

es] O

exe

mpl

o m

ais

fáci

l de

ser o

bser

vado

no

dia-

a-di

a é

o de

um

forn

o de

mic

ro-o

ndas

: as

mic

ro-o

ndas

do

apar

elho

, cap

azes

de

aque

cer a

águ

a pr

esen

te n

os a

limen

tos,

m e

xata

men

te o

mes

mo

efei

to s

obre

um

teci

do v

ivo.

Os

efei

tos

da e

xpos

ição

de

um a

nim

al a

um

a fo

nte

pote

nte

de m

icro

-ond

as p

odem

ser

cat

astró

ficos

. Por

isso

se

exig

e o

isol

amen

to fí

sico

de

equi

pam

ento

s de

te

leco

mun

icaç

ões

que

traba

lham

na

faix

a de

mic

ro-o

ndas

, com

o as

est

açõe

s rá

dio-

base

de

tele

foni

a ce

lula

r.

Ass

im c

omo

as m

icro

-ond

as a

feta

m a

águ

a, o

ndas

em

out

ra fr

equê

ncia

de

ress

onân

cia

pode

m a

feta

r um

a in

finid

ade

de o

utra

s m

oléc

ulas

. Já

foi s

uger

ido

que

a pr

oxim

idad

e al

inha

s de

tran

smis

são

teria

rela

ções

co

m c

asos

de

cânc

er e

m c

rianç

as, p

or v

ia d

e su

post

as a

ltera

ções

no

DN

A, p

rovo

cada

s pe

la p

rolo

ngad

a ex

posi

ção

ao c

ampo

ele

trom

agné

tico

gera

do p

elos

con

duto

res.

Tam

bém

já s

e es

pecu

lou

que

o us

o ex

cess

ivo

do te

lefo

ne c

elul

ar te

ria re

laçã

o co

m c

asos

de

cânc

er n

o cé

rebr

o, p

elo

mes

mo

mot

ivo.

Até

hoj

e,

nada

dis

so fo

i pro

vado

.

Tam

bém

já fo

ram

feita

s ex

periê

ncia

s pa

ra a

nalis

ar o

efe

ito d

e ca

mpo

s m

agné

ticos

sob

re o

cre

scim

ento

de

plan

tas,

sem

nen

hum

resu

ltado

con

clus

ivo.

Rad

iaçã

o de

cor

po n

egro

V

er a

rtigo

prin

cipa

l:R

adia

ção

de c

orpo

neg

ro

A r

adia

ção

de c

orpo

neg

ro, t

ambé

m c

onhe

cida

por

rad

iaçã

o té

rmic

a, é

a ra

diaç

ão e

letro

mag

nétic

a em

itida

por

um

cor

po e

m q

ualq

uer

tem

pera

tura

2 , co

nstit

uind

o um

a fo

rma

de tr

ansm

issã

o de

cal

or, o

u se

ja,

por m

eio

dest

e tip

o de

radi

ação

oco

rre

trans

ferê

ncia

de

ener

gia

térm

ica

na fo

rma

de o

ndas

el

etro

mag

nétic

as. Q

uand

o a

mat

éria

em

ite e

abs

orve

per

feita

men

te q

ualq

uer c

ompr

imen

to d

e on

da e

est

á em

equ

ilíbr

io te

rmod

inâm

ico,

con

side

ra-s

e qu

e é

um c

orpo

neg

ro, e

sua

radi

ação

é c

ham

ada

de ra

diaç

ão

de c

orpo

neg

ro.3

A e

nerg

ia c

inét

ica

de á

tom

os e

mol

écul

as v

aria

, con

verte

-se

em e

nerg

ia té

rmic

a e

resu

lta n

a ra

diaç

ão

elet

rom

agné

tica

térm

ica.

Com

o as

ond

as e

letro

mag

nétic

as ta

mbé

m p

odem

se

prop

agar

no

vácu

o, a

tra

nsfe

rênc

ia d

e ca

lor d

e um

cor

po a

out

ro o

corr

e m

esm

o se

não

exi

stir

mei

o m

ater

ial e

ntre

os

dois

, com

o é

o ca

so d

a en

ergi

a em

itida

pel

o S

ole

que

cheg

a à

Terr

a.

Le

is d

e W

ien

e de

Pla

nck:

à m

edid

a qu

e a

tem

pera

tura

dim

inui

, o p

ico

da c

urva

da

radi

ação

de

um c

orpo

neg

ro s

e

desl

oca

para

men

ores

inte

nsid

ades

e m

aior

es c

ompr

imen

tos

de o

nda.

A L

ei d

e W

ien

rela

cion

a o

com

prim

ento

de

onda

em

que

máx

ima

emis

são

de ra

diaç

ão d

e co

rpo

negr

o co

m u

ma

tem

pera

tura

e d

eter

min

a qu

e o

com

prim

ento

de

onda

em

itido

dim

inui

com

o a

umen

to d

a te

mpe

ratu

ra. A

Lei

de

Pla

nck

para

radi

ação

de

corp

o ne

gro

expr

ime

a ra

diân

cia

espe

ctra

l em

funç

ão d

o co

mpr

imen

to d

eon

da e

da

tem

pera

tura

do

corp

o ne

gro

e fo

rnec

e a

dist

ribui

ção

dos

com

prim

ento

s de

ond

a no

esp

ectro

em

funç

ão d

a te

mpe

ratu

ra. A

mai

or p

arte

da

irrad

iaçã

o oc

orre

em

um

com

prim

ento

de

onda

esp

ecífi

co, c

ham

ado

de c

ompr

imen

to d

e on

da p

rinci

pal d

e irr

adia

ção,

que

dep

ende

da

tem

pera

tura

do

corp

o. Q

uant

o m

aior

a te

mpe

ratu

ra, m

aior

a fr

equê

ncia

da

radi

ação

e m

enor

o c

ompr

imen

to d

e on

da.

Page 3: aula1.metbio

5  

Ap

lica

ções

tec

nol

ógic

asE

ntre

inúm

eras

apl

icaç

ões

dest

acam

-se

o rá

dio,

a te

levi

são,

rada

res,

os

sist

emas

de

com

unic

ação

sem

fio

(tele

foni

a ce

lula

r e c

omun

icaç

ão w

i-fi),

os

sist

emas

de

com

unic

ação

bas

eado

s em

fibr

as ó

ptic

as e

forn

os d

e m

icro

-ond

as. E

xist

em e

quip

amen

tos

para

a e

ster

iliza

ção

de lâ

min

as b

asea

dos

na e

xpos

ição

do

inst

rum

ento

a

dete

rmin

ada

radi

ação

ultr

avio

leta

, pro

duzi

da a

rtific

ialm

ente

por

um

a lâ

mpa

da d

e lu

z ne

gra.

Ref

erên

cias

1.

Ele

trici

dade

e M

agne

tism

o. P

orto

: Jai

me

E. V

illat

e, 2

0 de

mar

ço d

e 20

13. 2

21 p

ágs]

. Cre

ativ

e

Com

mon

s A

tribu

ição

-Par

tilha

(ver

são

3.0)

ISB

N 9

78-9

72-9

9396

-2-4

. Ace

sso

em 2

1 ju

n. 2

013.

2.

S. B

lund

ell,

K. B

lund

ell.

Con

cept

s in

Mod

ern

Phy

sics

. [S

.l.: s

.n.],

200

6.

3.

K. H

uang

. Sta

tistic

al M

echa

nics

. [S

.l.: s

.n.],

200

3.

Bib

liog

rafi

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Jo

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ssis

che

Ele

ktro

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mik

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N 9

78-3

1101

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4.

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10.

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