Aula1 imuno clínica revisional

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Prof. Ms. Aline Helen Corrêa Garcia

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Prof. Ms. Aline Helen Corrêa Garcia

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Células do Sistema Imune

Linfócitos NK Células Dendríticas Macrófagos e Monócitos Neutrófilos Eosinófilos Mastócitos Basófilos

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Linfócitos

São as únicas células com receptores específicos para antígenos Chaves da imunidade adaptável.

Morfologicamente semelhantes São heterogêneos em:

Linhagem Funcionamento Fenótipo Capacidade de respostas e atividades biológicas

complexas e atividades.

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Linfócitos B

São as únicas células capazes de produzir anticorpos Imunidade humoral.

Expressão de anticorpos Receptores que reconhecem antígenos

Antígenos solúveis e antígenos na superfície de micróbios e outras células

Ativação celular Resposta imune humoral.

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Linfócito T

Imunidade Celular Receptores reconhecem fragmentos de peptídeos

de ag Ligados a major histocompatibility complex (MHC) ou

complexo de histocompatibilidade principal (MHC).

T CD4+ = helper ou auxiliares Ajudam B a produzir anticorpos Fagócitos a destruir micróbios fagocitados

T CD8+ = citotóxicos ou citolíticos Destroem células que abrigam micróbios intracelulares

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Linfócitos NK

NK = Natural Killer ou assassina natural Mediadores de

imunidade inata Não expressam

receptores de antígeno como as células B ou células T.

Importante contra vírus e tumores

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Células Apresentadoras de Antígenos ouAntigen Presenting Cells -APCs Portas de entrada para micróbios

a pele, área gastrointestinal e área respiratória, Contêm células especializadas localizadas

abaixo do epitélio que captura Ag e os transporta para tecidos linfóides. Células dendríticas e macrófagos

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Células Dendríticas

A função de APC é melhor representada pelas células dendríticas Nome por causa dos processos dendríticos

longos. Capturam ag protéicos Exibem partes dos Ags para os linfócitos T

Pele: células de Langerhans

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Macrófago

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Macrófagos

Célula grande com vacúolos citoplasmáticos Apresenta diferentes nomes, de acordo com

o tecido Presente em tecidos saudáveis Fagocitose Apresentação de antígenos

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Macrófago + pseudopodes

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macrófago interagindo com vários linfócitos

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Leucócitos Polimorfonucleares ou granulócitos Possuem inúmeros grânulos no citoplasma Núcleo irregular

Neutrófilos Menor que o macrófago, não presente em tecidos

saudáveis Fagocitose

Eosinófilos Defesa contra parasitas e vermes

Mastócitos/Basófilos Alergias

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Núcleo bilobado/reniforme

Núcleo multilobulado

Núcleo em forma de ferradura

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Leucócito PMN Neutrófilo

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Hem

atop

oiese

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Órgãos Linfóides

Linfócitos

sangue

Tecidos especializados

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Órgãos Linfóides

Órgãos linfóides primários ou centrais Maturação de linfócitos (TCR e BCR)

Timo e medula óssea

Órgãos linfóides secundários ou periféricos Resposta imune

Baço, linfonodos, placas de Peyer. Amigdala, etc

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Timo

Bilobulado Cada lobo se divide em múltiplos lóbulos, e

cada lóbulo é dividido em córtex e medula Mediastino anterior Maturação de linfócitos T

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Timo

Seleção tímica TCR CD4 ou CD8

Maturação de linfócitos T principalmente no período fetal e depois do nascimento

90-95 % dos timócitos entram em apoptose

Ausência de Timo: falta de células T

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Medula óssea e Bursa de Fabricius

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Órgãos Linfóides Periféricos

Linfonodos, baço,placas de Peyer e os tecidos linfóides associados a mucosa (BALT, GALT) Onde os linfócitos encontram os antígenos e onde

se inicia a resposta imune Estes tecidos estão conectados através dos vasos

linfáticos - Linfa

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Linfonodos

Agregados ovóides de tecido linfóide localizados ao longo de canais linfáticos no corpo. Transporta fluido chamado linfa dos epitélios,

tecidos conjuntivos e da maioria do órgãos parenquimatosos é escoado por vasos linfáticos dos tecidos para os linfonodos.

A linfa é uma mistura de substâncias que são absorvido nos epitélios e tecidos.

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A passagem da linfa no linfonodo Como as passagens de linfa por linfonodos

resulta: APCs podem capturar os antígenos de micróbios

que entraram pelos epitélios nos tecidos. Células dendríticas apanham antígenos de

micróbios do epitélios e transportam estes antígenos para linfonodos pela linfa.

O resultado líquido destes processos: captura, transporte e concentração dos Ags que

entram por epitélios ou tecidos colonizados que escoam para os linfonodos.

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Recirculação de linfócitos

Linfócitos circulam nos tecidos Linfócito virgem

Órgãos linfóides Linfócito efetor

Locais de infecção é melhor descrito melhor para T.

T citotóxico em qualquer local de infecção. B permanecem em órgãos linfóides não precisam migrar para locais de infecção. Secretam anticorpos Ac entram no sangue Micróbios de achado e toxinas microbianas na circulação ou

tecidos distantes.

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O baço

Órgão abdominal É o principal local de produção de Ac Mesmo papel em respostas imunes para

antígeno sanguíneos Sangue que entra no baço por uma cadeia de

canais (sinusóides) forrada de fagócitos. Apanham antígenos e os concentra

células de dendríticas e macrófagos.

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O baço

Polpa branca Rica em linfócitos

Polpa vermelha Local onde hemácias são removidas

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MALT e GALT

Sistemas linfóide debaixo dos epitélios da pele, do trato gastro-intestinal e áreas respiratórias Amígdalas e placas de Peyer são MALT

São locais de respostas imunes a antígenos que superam a barreira epitelial

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ANTÍGENOS e IMUNÓGENOS

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Definição

São substâncias químicas capazes de induzir resposta imune específica, pois são estranhas ao sistema imune, normalmente induzem a formação de anticorpos ou de resposta celular, ou ambas

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- Antígeno é toda a estrutura capaz de reagir com as células do sistema imune (fagócitos, linfócitos T e B). É qualquer molécula que possa ser

reconhecida pelos elementos do sistema ( ) imune inato inespecífico ou adaptativo

( ).específico

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Antígenos e Imunógenos

Antígenos ImunógenosAgente capaz de se ligar especificamenteà componentes da resposta Imunológica

Agente capaz de induzirresposta Imunológica

Funcional

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Características:

Imunogenicidadeé a capacidade de induzir resposta imune específica

Antigenicidadeé a capacidade de interagir com anticorpos (Ac) ou

linfócitos T (ly T) sensibilizados

Obs: imunógeno: substância que possuí epítopos estranhos ao organismo, são substâncias ativadoras

específicas) (depende de quanto a substância é estranha ao organismo)

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“TODO IMUNÓGENO é um ANTÍGENO. Nem TODO ANTÍGENO é IMUNÓGENO.”

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Determinante Antigênico ou Epítopo

- É a menor porção da molécula antigênica responsável pela propriedade de estimular a produção dos anticorpos, são responsáveis pela interação com o sítio combinatório de anticorpo ou do receptor de antígeno (TCR) de lyT

- Tamanho médio de 7x14x34u, correspondendo a 4-6 resíduos de aminoácidos

- Cada antígeno pode conter um ou mais epítopos, sendo iguais ou diferentes

- uma única molécula antigênica normalmente possui vários epítopos diferentes

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proteína

açúcar

bactéria

Epítopo é a menor porção de antígeno com potencial de gerar a resposta imune. É a área da molécula do antígeno que se liga aos receptores celulares e aos anticorpos.

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Epítopos de linfócitos B

• ligam-se a moléculas de imunoglobulina

• não necessitam de processamento por APC´s

• estão localizados na superfície das proteínas

• 3 a 20 resíduos de aminoácidos ou carboidratos

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Epítopos lineares

• Formados por resíduos dispostos seqüencialmente de maneira linear em um antígeno protéico ou polissacarídico

• Não são afetados por nenhum tratamento que altere a estrutura tridimensional da substância

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Epítopos conformacionais

• Formados pelas estruturas secundária, terciária ou quaternária de uma proteína

• Formados pelo dobramento tridimensional normal de um polissacarídeo

• Eles perdem funções de epítopos se desnaturados

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Epítopos de linfócitos T

• Ligam-se ao TCR após processamento, quando ligados a moléculas de MHC (Complexo Principal de Histocompatibilidade) presentes nas APCs.

• Molécula imunogênica - pelo menos um epítopo de célula T.

• Resíduos imunodominantes

- presentes dentro de um epítopo

- interagem com maior afinidade de ligação

- podem induzir uma resposta mais forte.

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Antígenos T-independentes

• Possuem a capacidade de estimular células B a produzirem Ac, sem a necessidade da ativação do linfócito TH – co-estímulo

• São polímeros com numerosos determinantes antigênicos repetidos.

• não produzem memória imunológica

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Haptenos

• Composto de baixo peso molecular.

• Pouca complexicidade.

• Sozinho não promovem resposta imune

• Ligação covalente a carregadores – indução de resposta.

• O complexo hapteno-carreador comporta-se como um epítopo de célula B.

• Não são imunógenos - quando acoplados a proteínas carreadoras tornam-se imunógenos, produzindo resposta imune, isto é, são capazes de combinar-se com a molécula de anticorpo, mas não são capazes de estimular resposta imune, a menos que estejam associados com uma molécula carreadora imunogênica

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Exemplos: a insulina, a penicilina, os lipídeos, os ácidos nucleícos, a anilina e o aminobenzeno.

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Antígenos Celulares Importantes

1) Antígenos de Histocompatibilidade As células T reconhecem como estranhos os peptídeos

ligados a proteínas de superfície, que provocam resposta imune se transferidas para outro indivíduo da mesma espécie (alogênico). Algumas dessas proteínas, muito imunógenas, são glicoproteínas e constituem o Principal Complexo de Histocompatibilidade (MHC – major histocompatibility complex ou sistema HLA – human leukocyte antigens) é um complexo de genes capaz de causar rejeição a enxertos.

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2) Antígenos Eritrocitários Herdados geneticamente, são antígenos

(oligossacarídeos) presentes na superfície das hemácias e de outros fluídos corpóreos.

Tem grande importância, pois relacionam-se as transfusões (Sistema ABO)

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Resultado positivo

Resultado positivo

Ag eritrocitário

Ac Anti-eritrócito

Reagente de Coombs

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Natureza química dos Antígenos (Ag)

• Inorgânicos: não são imunógenos

• Proteínas: são fortes imunógenos

• Polissacarídeos: raramente são bons imunógenos

• *Lipídios: simplicidade estrutural - comuns

• *Carboidratos: pequenos, pouco imunógenos

• *Ácidos nucleicos: de relativa simplicidade e rápida degradação, não funcionam como imunógenos

*ligação com carreador melhora a imunogenicidade

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peptídeos, polímeros de aminoácidos

molécula quimicamente sintetizada

Sintético

iodo-proteínas, haptenos-proteínas

natural modificado quimicamente

Artificial

proteínas, toxinas, glicoproteinas

plantas, bactérias, vírus, fungos, animais

Natural

ExemploOrigemClasse

Classificação

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Fatores que influenciam imunogenicidade

1. Relação filogenética entre doador e receptor

• self x non-self :maior distância filogenética (relação biológica) = maior imunogenicidade

• Aloantígenos: substâncias que apresentam alguns determinantes antigênicos diferentes em indivíduos da mesma espécie. Ex:MHC e Ag Eritrocitários

2. Degradabilidade: substâncias instáveis e muito degradáveis não são bons imunógenos

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3. Complexidade molecular: complexa imunognicidade

4.Tamanho: tamanho número de epítopos - melhor resposta imune

5. Acessibilidade: exposição dos ag para linfócitos T ou B

6. Configuração espacial da molécula: depende da estrutura primária e determina especificidade imunológica

7. Via de Imunização e Dose do Antígeno: esquema de imunização

Vias de Inoculação: facilita o processo inflamatório e imune

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8. Hospedeiro respondedor

- herança genética (bons e maus respondedores)

- idade

- estado nutricional

- infecções concomitantes

- competência do sistema imune

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Adjuvantes

Adjuvantes são substâncias que podem aumentar a resposta a um imunógeno se for administrado junto a este. Isto pode ser feito prolongando a retenção do imunógeno, estimulando migração de células do sistema imunológico ou através da produção local de citocinas.

• Adjuvante de Freund: é o bacilo da tuberculose morto incorporado a uma emulsão de água e óleo

• Sulfato de Alumínio: precipita Ag e este precipitado quando inoculado, induz resposta imune

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Trabalho :

1) Diferencie antígeno e imunógeno, imunogenicidade e antigenicidade.

2) Discuta a frase: “Todo imunógeno é um antígeno. Nem todo antígeno é um imunógeno.”

3) O que são e quais são os Ag naturais? Qual a importância de seu estudo e caracterização?

4) Indique e explique os fatores que interferem na imunogenicidade de um antígeno.

5) O que são epítopos, quais os tipos existentes e qual a sua importância e forma de ação?

6) Caracterize a ação de haptenos ligados a carreadores e explique por que sozinhos não são imunogênicos.

7) Quais as vias de ação dos adjuvantes?

8) Para melhor memorização, faça um esquema mostrando a hematopoiese.

9) Quais as carcteristicas dos antígenos T –independentes?

10)O que são alógenos e qual a sua relação com MHC?

11)Cite os antígenos heritrocitários (ABO) relacionando-os com os grupos sanguíneos e as transfusões.

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Anticorpos

Imunoglobulinas (Ig) Moléculas de glicoproteína que são produzidas pelos plasmócitos em resposta a um imunógeno e que funcionam como anticorpos.

FUNÇÕES GERAIS DAS IMUNOGLOBULINAS A. Ligação a antígeno 

Imunoglobulinas se ligam especificamente a um ou a alguns antígenos proximamente relacionados. Cada imunoglobulina na verdade liga-se a um determinante antigênico específico.

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B. Funções Efetoras Freqüentemente a ligação de um anticorpo a

um antígeno não tem efeito biológico direto. Ao invés disso, os efeitos biológicos significantes são uma conseqüência de “funções efetoras” secundárias de anticorpos. 

1. Fixação ao complemento – Isso resulta na lise de células e liberação de moléculas biologicamente ativas . 

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2. Ligação a vários tipos celulares – Células fagocitárias, linfócitos, plaquetas,

células master, e basófilos têm receptores que se ligam a imunoglobulinas. Essa ligação pode ativar as células que passam a realizar algumas funções.

- Algumas imunoglobulinas também se ligam a receptores em trofoblastos placentários

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Estrutura básica das imunoglobulinas

-cadeias leves e pesadas

- Pontes dissulfeto- Regiões Variáveis

(V) e Constantes (C) 

- - Região da dobradiça 

- - Domínios- Carboidratos

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 FRAGMENTOS DE IMUNOGLOBULINA: RELAÇÕES ESTRUTURA/FUNÇÃO

Fragmentos de imunoglobulinas produzidos por digestão proteolítica têm-se mostrado úteis na elucidação das relações de estrutura e função em imunoglobulinas.

A.  Fab Digestão com papaína quebra a molécula de imunoglobulina na região da dobradiça antes da ponte dissulfeto intercadeia Figura 4. Isso resulta na formação de dois fragmentos idênticos que contém a cadeia leve e os domínios VH e CH1 da cadeia pesada.

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B. Fc Digestão com papaína também produz um fragmento que contém o restante das duas cadeias pesadas, cada uma contendo um domínio CH2 e CH3. Esse fragmento foi chamado Fc porque é facilmente cristalizado.

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Fab

Ligação com o antígeno específico É constituído de uma cadeia leve e de

uma porção da cadeia pesada, ambas possuindo um domínio constante e outro variável

Funções dos fragmentos dos anticorpos (Fab e Fc)

• Fc

Promove a ação efetora do anticorpo, pois interage com outras células e/ou proteínas do sistema imunológico

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Isotipos / Alotipos / Idiotipos

• Isotipos São as diferentes classes de anticorpo ex: IgA, IgD, IgE,IgG e IgM

• Alotipos São os isotipos de indivíduos diferentes ou espécies diferentes, devido a alterações na cadeia constante

• Idiotipos São alterações nos domínios variáveis dos anticorpos de mesma classe (especificidade)

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Neutralização Microrganismo Toxinas

Opsonização

Citotoxidade celular dependente

de anticorpo (ADCC)

Ativação do complemento

Principais funções dos anticorpos

OBS: Para o desencadeamento dessas funções é necessário que os anticorpos estejam ligados a alguma superfície (exceto neutralização) e estejam em dupla pelo menos (exceto a IgM).

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Neutralização de microrganismos e toxinas

*Neutralização é a ligação dos aniticorpos aos microrganismos e/ou toxinas, impedindo a aderência e ação dos mesmos nas células do hospedeiro.

ANIMAÇÕES: http://student.ccbcmd.edu/courses/bio141/lecguide/unit5/humoral/abydefense/adherence/blockadhesan.htmlhttp://student.ccbcmd.edu/courses/bio141/lecguide/unit5/humoral/abydefense/neutexo/toxin_neut.html

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Page 87: Aula1 imuno clínica  revisional

Opsonização e fagocitose

* Opsonizar é auxiliar o processo de fagocitose pelas células fagocitárias para que os microrganismos sejam destruídos enzimaticamente.

ANIMAÇÃO: http://student.ccbcmd.edu/courses/bio141/lecguide/unit5/humoral/abydefense/opsonization/opson_capsule_sum.html

Page 88: Aula1 imuno clínica  revisional

ADCC (Citotoxidade celular dependente de anticorpos)

*Liberação de perforinas e granzimas que ativam a via das caspases e promovem apoptose da célula infectada.

ANIMAÇÃO: http://student.ccbcmd.edu/courses/bio141/lecguide/unit5/humoral/abydefense/adcc/adccanim.html

Page 89: Aula1 imuno clínica  revisional

Ativação do sistema complemento (via clássica)

Formação do poro na membrana do parasita…

ANIMAÇÃO: http://student.ccbcmd.edu/courses/bio141/lecguide/unit4/innate/cytogn.html

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Classe IgG

- -São os mais abundantes no soro (70-75%) - -São muito versáteis- -4 subclasses: IgG1, IgG2, IgG3 e IgG4- -neutralizam toxinas (todos)- -Promovem ADCC- -fazem opsonização (IgG1 e IgG3)- -fixam a via clássica do complemento (IgG1, IgG2 e IgG3)- -são os únicos que podem atravessar a placenta (IgG2) em humanos -Ligação a células – Macrófagos, monócitos, PMN's e alguns linfócitos têm receptores para

a região Fc da IgG. Nem todas as subclasses se ligam com a mesma eficiência; IgG2 e IgG4 não se ligam a receptores de Fc. Uma consequência da ligação a receptores de Fc em PMN's, monócitos e macrófagos é que a célula pode então internalizar o antígeno melhor. O anticorpo preparou o antígeno para ser comido pelas células fagocitárias. O termo opsonina é usado para descrever substâncias que aumentam a fagocitose. IgG é uma boa opsonina. Ligação de IgG a receptores de Fc em outros tipos de células resulta na ativação de outras funções.

 

(Localização: plasma)

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Classe IgM

- Correspondem por cerca de 10% das Ig- SÃO OS PRIMEIROS A SEREM PRODUZIDOS NA FASE AGUDA DE

UMA INFECÇÃO - Funcionam como receptor de antígenos na superfície dos

linfócitos B virgens (naive) na forma monomérica- Neutralizam toxinas- Fixam a via clássica do complemento- IgM é a primeira Ig a ser feita pelo feto e a primeira Ig a ser feita

por uma célula B virgem quando é estimulada pelo antígeno.-  IgM liga-se a algumas células via receptores de Fc.

(Localização: plasma, membrana das cél. B)

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- Correspondem por cerca de 15-20% das Ig do soro

- NEUTRALIZAM TOXINAS

- PROMOVEM A IMUNIDADE DAS MUCOSAS ATRAVÉS DO BLOQUEIO DA LIGAÇÃO DE ANTÍGENOS (MICRORGANISMOS)

a) IgA é a 2a Ig mais comum no soro. b) IGA É A PRINCIPAL CLASSE DE IG EM SECREÇÕES – LÁGRIMAS, SALIVA, COLOSTRO, MUCO.

UMA VEZ QUE É ENCONTRADA EM SECREÇÕES IGA SECRETORA É IMPORTANTE NA IMUNIDADE LOCAL (DE MUCOSA).

c) Normalmente IgA não fixa complemento, a menos que esteja agregada. d) IgA pode se ligar a algumas células - PMN's e alguns linfócitos.

Classe IgA(Localização: secreções )

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Classe IgD

- Correspondem por menos de 1% das Ig do soro

- Funcionam como receptor de antígenos na superfície dos linfócitos B virgens (naive)  IgD liga complemento.

(Localização: plasma, membrana das cél. B)

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Classe IgE

BAIXA CONCENTRAÇÃO NO SORO ADCC ENVOLVENDO EOSINÓFILOS NA IMUNIDADE CONTRA HELMINTOS DEGRANULAÇÃO DE MASTÓCITOS OCASIONANDO ALERGIAS. ENVOLVIDA EM REAÇÕES ALÉRGICAS – Como consequência da sua ligação a

basófilos e mastócitos, IgE é envolvida em reações alérgicas. Ligação do alergeno à IGe nas células resulta na liberação de vários mediadores farmacológicos que resulta em sintomas alérgicos.

c) IgE também participa em doenças parasitárias por helmintos. Uma vez que os níveis sorológicos de IgE aumentam em doenças parasitárias, a quantificação dos níveis de IgE auxilia no diagnóstico de infecções parasitárias. Eosinófilos têm receptores de Fc para IgE e a ligação de eosinófilos a helmintos cobertos por IgE resulta na morte do parasita.

d) IgE não fixa complemento.

(Localização: membrana de mastócitos e basófilos )

 

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A primeira resposta contra um antígeno é fraca e formada principalmente por anticorpos da classe IgM, onde depois de algum tempo ocorre mudança de isotipo e memória imunológica. A resposta secundária é bem mais intensa e composta por anticorpos das classes IgG, IgA ou IgE.

A resposta primária e secundária

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Molécula de Ac Sítio de ligação do Ag símbolo

Sítio de ligação do Ag antígeno Determinante antigênico (epítopo)

Cadeia leve

Cadeia pesada

Fab

Fc Região de dobradiça

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Natureza química da interação

- São forças fracas que se somam e formam complexos estáveis

- Não há ligações covalentes

- A interação é reversível

- A interação ocorre por complementariedade entre o sítio combinatório do anticorpo (Ac) e o determinante antigênico do antígeno (Ag)

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Afinidade dos Anticorpos pelo Antígeno

-Define a estabilidade do imunocomplexo Ag – Ac-Melhor complementariedade entre o sítio combinatório do Ac e o

determinante antigênico do Ag significa maior afinidade = maior número de interações

- Exprime a capacidade de ligação do sítio combinatório do Ac específico pelo determinante antigênico

- Quando a afinidade é baixa, o Ac pode interagir mais facilmente com sistemas antigênicos heterólogos (outros Ag)

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Anticorpos de alta afinidadeReconhecem uma grande porção da estrutura do determinante

antigênico específico.

Anticorpos de baixa afinidadeReconhecem pequena parte da estrutura, podendo estes anticorpos

reagir com moléculas que tenham estruturas semelhantes, porém com menor afinidade, ocorrendo reação

cruzada

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Valência e Avidez

Figura 2: Avidez e Valência na Interação Antígeno-Anticorpo

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Deve-se considerar que:

- Cada clone de plasmócitos produz sempre moléculas de Ac com uma especficidade, mas com dois sítios combinatórios semelhantes ou idênticos (Ac é bivalente)

- A complexidade da maioria dos antígenos pressupõe múltiplos determinantes antigênicos (epítopos)

- Para cada epítopo há Ac específico (às vezes de várias classes)

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Reação Cruzada

- É a interação de um anticorpo com um antígeno (heterólogo) que não tenha sido aquele que induziu a sua formação (homólogo)- Essa interação ocorre porque alguns dos determinantes: Antigênicos são semelhantes ou pelo fato de dois antígenos

diferentes apresentarem o mesmo determinante antigênico Quanto maior a similaridade maior a intensidade da interação

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Reação Inespecífica- Ocorrem em qualquer amostra, inclusive de indivíduos sadios- Pode ser devido a anticorpos naturais ou a substâncias metabólicas circulantes - Os anticorpos inespecíficos são chamados de “anticorpos naturais”

e são considerados na padronização dos testes imunológicos através da utilização de amostras-controle obtidas de indivíduos supostamente sadios

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Anticorpos Policlonais

Os anticorpos que surge num animal em resposta a único antígeno complexo são heterogêneos . São formados vários

clones diferentes de células B que diferenciam-se em plasmócitos, cada um deles expressando e secretando,

respectivamente, um tipo de anticorpo, capaz de reagir com um diferente epítopo no antígeno complexo.

Estes anticorpos são denominados policlonais.

Page 115: Aula1 imuno clínica  revisional

Anticorpos Monoclonais

Os anticorpos que surgem a partir de um único clone de células, como, por exemplo, num tumor de plasmócitos

(mieloma) são homogêneos, isto é, são iguais entre si.

São ditos anticorpos monoclonais.

Page 116: Aula1 imuno clínica  revisional

Método de Produção de Anticorpo Monoclonal

O método envolve fusão celular (ou hibridização de células somáticas), entre um linfócitos B

normal produtor de anticorpo e uma linhagem de mieloma, seguindo-se subsequentemente a

seleção de células fusionadas que secretem anticorpo da especificidade desejada, derivada

do linfócito B normal.

Tais linhagens celulares imortalizadas, produtoras de anticorpos e derivadas de fusões, são

chamadas hibridomas. Os anticorpos que elas produzem são anticorpos monoclonais.

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Método de Produção de Anticorpo Monoclonal

http://highered.mcgraw-hill.com/olcweb/cgi/pluginpop.cgi?it=swf::535::535::/sites/dl/free/0072437316/120110/micro43.swf::Monoclonal%20Antibody%20Production

Clique

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A hibridização de linfócitos é o melhor método para produzir um anticorpo monoclonal contra um determinante

antigênico conhecido. Este anticorpo pode ser usado para identificar antígenos

desconhecidos presentes numa mistura, porque cada anticorpo é específico para

apenas um determinante antigênico.

Anticorpos Monoclonais

Page 119: Aula1 imuno clínica  revisional

1) Identificação de marcadores fenotípicos únicos para os tipos celulares individuais. A base para a classificação moderna de linfócitos e fagócitos mononucleares é a ligação de anticorpos monoclonais população específicos. Estes têm sido usado para definir moléculas típicas de cada célula.

Anticorpos Monoclonais - Aplicações

Page 120: Aula1 imuno clínica  revisional

2) Imunodiagnóstico: o diagnóstico de muitas doenças infecciosas e degenerativas, depende da detecção de antígenos e/ou anticorpos específicos na circulação ou nos tecidos, usando anticorpos monoclonais em imunoensaios.

Anticorpos Monoclonais - Aplicações

Para a imunodosagem de hormônios, marcadores

tumorais e de outras proteínas séricas, sempre se

usa Ac. monoclonais

Page 121: Aula1 imuno clínica  revisional

3) Diagnóstico e terapia de tumores: Anticorpos monoclonais específicospara tumores são usados para a detecção de tumores por técnicas de imagens e para a imunoterapia.

Anticorpos Monoclonais - Aplicações

Page 122: Aula1 imuno clínica  revisional

4) Análise funcional de moléculas da superfície celular e secretadas: na pesquisa imunológica, os anticorpos monoclonais que se ligam a moléculas da superfície celular e estimulam ou inibem funções celulares, são instrumentos inestimáveis para definir a função das moléculas de superfície, incluindo os receptores para antígenos. Anticorpo que neutralizam citocinas são usados para detectar a presença e os papéis funcionais destes compostos protéicos in vitro e in vivo.

Anticorpos Monoclonais - Aplicações

Page 123: Aula1 imuno clínica  revisional

Técnicas de engenharia genética são usadas para expandir a utilidade dos anticorpos monoclonais, produzindo: Anticorpos humanizados; Produção de anticorpos monoclonais sem a

necessidade de hibridomas;

Anticorpos Monoclonais - Perspectivas

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Sistema complemento

Page 125: Aula1 imuno clínica  revisional

Amostras utilizadas em Imunoensaios

Page 126: Aula1 imuno clínica  revisional

INTRODUÇÃO

- A validação dos imunoensaios é feita com base nos parâmetros de sensibilidade, especificidade, repetitividade, reprodutibilidade e estabilidade

- Problemas no imunoensaio = nova amostra = problema desaparece- Os imunoensaios são objeto de padronização e normatização- Controle de Qualidade – pré analítico

Page 127: Aula1 imuno clínica  revisional

PREPARO E INSTRUÇÕES AO PACIENTE

FATORES INERENTES AO PACIENTE:

Idade

Sexo

Etnia

Gravidez

Período de Ciclo Menstrual

Uso de medicamentos (anticoncepcional, vitaminas, etc)

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JEJUM

Não tem muita importância para Imunoensaios.

No entanto, concentração excessiva de lipídios pode interferir em teste

de imunoprecipitação e aglutinação.

Evitar coletar amostras até 2h após refeição (almoço, janta) – pós-

prandial.

Recomendável jejum padrão de 8h se for realizar também outros

exames.

Jejum de 4h, se somente for realizar exames de imunoensaios.

Beber água não invalida o jejum.

Evitar álcool, fumo (afeta os hormônios)

Page 129: Aula1 imuno clínica  revisional

GRAVIDEZ

Geralmente ocorre resultados

falso-positivos devido mudanças hormonais e protéicos como aumento

de hCG, lactogênio, cortisol e hormônios tireoidianos.

Perguntar a data da última menstruação e a semana gestacional,

principalmente na determinação de hormônios.

Page 130: Aula1 imuno clínica  revisional

EXERCÍCIO

Exercícios com perda de água e suor alteram a

concentração de parâmetros bioquímicos e

hormônios.

Fazer 30 minutos de repouso no laboratório

antes da coleta.

Page 131: Aula1 imuno clínica  revisional

IDADE

Importante na determinação de hormônios, proteínas e substâncias do

metabolismo bioquímico.

Page 132: Aula1 imuno clínica  revisional

CICLO MENSTRUAL E RITMO CIRCADIANO

Deve conter no laudo o dia do ciclo menstrual.

Cortisol é o parâmetro mais afetado ao longo do

dia. Preconiza-se coletar entre 7:00 e 9:00h da

manhã.

Page 133: Aula1 imuno clínica  revisional

Laboratório de Análises Clínicas

Finalidades:Verificar estágios da condição biológica humanaVerificar ausência de patologias, como parte de algoritmos médicosex.: Diabetes Mellitus (adulto)Estabelecer diagnósticosFornecer informações para diagnóstico e acompanhamento de

patologias agudas e crônicas

Page 134: Aula1 imuno clínica  revisional

COLETA DE SANGUE

O tipo de amostra para cada analito é definido por protocolos

internacionais.

Evitar hemoconcetração: não deixar o torniquete por mais de

1minuto.

Evitar hemólise: ruptura de hemácias.

Coleta em tubo seco ou gel, e anticoagulantes (citrato, heparina, EDTA

e inibidor de glicose).

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AMOSTRAS

COLETA -É o primeiro passo para TODAS as análises efetuadas no Laboratório Clínico

-Todas as etapas seguintes dependem da coleta do material

- É importante que o procedimento apropriado (indicado) seja seguido = para obtenção de resultados exatos

- Utilizar material completamente limpo para evitar falsos resultados

Page 136: Aula1 imuno clínica  revisional

OBTENÇÃO DE SORO OU PLASMA

É necessário certo tempo para formação do coágulo e retração ideal.

Não é aconselhável refrigerar a amostra.

Após centrifugação, obtêm o soro ou plasma.

Page 137: Aula1 imuno clínica  revisional

OUTROS ESPÉCIMES BIOLÓGICOS USADOS NOS IMUNOENSAIOS

URINA Determinação hormonal ou de drogas

Líquido Cefalorraquidiano (LCR) Pesquisa de antígenos bacterianos, virais e parasitários Pesquisa de Ac

LÍQUIDO AMNIÓTICO Amniocentese procedimento para obtenção de líquido após 16ª. Semana de gestação. Não deve conter sangue. Pesquisar presença de patógenos.

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OUTROS ESPÉCIMES BIOLÓGICOS USADOS NOS IMUNOENSAIOS

FEZES Pesquisar a presença de antígenos

SALIVA Determinação de hormônios livres: cortisol, progesterona, estradiol e testosterona; e as drogas teofilina, digoxina e diazepam.

SÊMEN Pesquisa de anticorpos antiespermatozóides. Manter 3 dias de abstinência sexual. Após ejaculação aguardar 30 min, e usar o material em até 2h

Page 139: Aula1 imuno clínica  revisional

Especificidade Especificidade se refere à habilidade de um sítio de combinação de anticorpo em particular de reagir com apenas um antígeno. Em geral, há um elevado grau de especificidade nas reações antígeno-anticorpo. Anticorpos podem distinguir diferenças em 1) estrutura primária de um antígeno, 2) formas isoméricas de um antígeno, e 3) estrutura secundária e terciária de um antígeno.

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PROPRIEDADES DE UM TESTE DIAGNÓSTICO

ESPECIFICIDADE (E) É A CAPACIDADE DE UM TESTE DE DETECTAR OS NEGATIVOS ENTRE OS NÃO DOENTES TESTES DE BAIXA ESPECIFICIDADE RESULTAM EM MAIOR NÚMERO DE FALSOS POSITIVOS

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Sensibilidade é a

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PROPRIEDADES DE UM TESTE DIAGNÓSTICO

SENSIBILIDADE (S):

É A CAPACIDADE DE UM TESTE DE DETECTAR OS POSITIVOS ENTRE OS DOENTES EXAMINADOS TESTES DE BAIXA SENSIBILIDADE RESULTAM EM MAIOR NÚMERO DE FALSOS NEGATIVOS.

Page 143: Aula1 imuno clínica  revisional

Reatividade cruzada Reatividade cruzada se refere à habilidade de um sítio de combinação de anticorpo em particular de reagir com mais de um determinante antigênico ou a habilidade de uma população de moléculas de anticorpos de reagir com mais de um antígeno. A Figura 5 ilustra como reações cruzadas podem ocorrer. Reações cruzadas aparecem porque o antígeno envolvido na reação cruzada compartilha um mesmo epitopo com o antígeno imunizador ou porque ele tem um epitopo que é estruturalmente semelhante ao epitopo no antígeno imunizante (multi-especificidade).

Page 144: Aula1 imuno clínica  revisional

RESULTADOS DOS TESTES DIAGNÓSTICOS

VERDADEIRO POSITIVO RESULTADO POSITIVO NA PRESENÇA DA DOENÇA

FALSO POSITIVO RESULTADO POSITIVO NA AUSÊNCIA DA DOENÇA

VERDADEIRO NEGATIVO RESULTADO NEGATIVO NA AUSÊNCIA DA DOENÇA

FALSO NEGATIVO RESULTADO NEGATIVO NA PRESENÇA DA DOENÇA

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IMPORTÂNCIA DOS TESTES SOROLÓGICOS NA PATOLOGIA CLÍNICA

Page 146: Aula1 imuno clínica  revisional

Importância dos Testes Sorológicos na Patologia Clínica

- Grande desenvolvimento dos testes sorológicos

- Diagnóstico de certeza- Demonstração do patógeno- Identificação dos seus produtos nos tecidos ou fluidos do hospedeiro

Problemas relacionados (encontrados)- Nem sempre é possível- Ausência do agente- Falta de sensibilidade dos métodos empregados = direto ou indireto- Longos períodos de análises

Page 147: Aula1 imuno clínica  revisional

Métodos imunológicos

- São amplamente empregados- Suprem as falhas dos métodos parasitológicos ou microbiológicos- Pesquisam antígenos, anticorpos ou imunocomplexos- Rápidos, simples execução, possibilidade de automação, baixo custo operacional

Aplicação dos Testes Sorológicos e Interpretação dos resultados- Auxilia os clínicos, patologistas- Orientação- Diagnóstico correto- Associar à investigações clínicas e epidemiológicas

Page 148: Aula1 imuno clínica  revisional

Importância da Pesquisa de Anticorpos no Diagnóstico Individual

(a) Elucidar processos patológicos com sintomas e sinais clínicos confundíveis – pesquisa de anticorpos específicos com testes padronizadosEx: toxoplasmose x mononucleose; toxoplasmose x rubéola

(b) Diferenciar a fase da doença – detecção das diferentes classes de anticorpos, acompanhamento do surgimento das imunoglobulinas Ex: doenças congênitas (toxoxplasmose, sífilis)

(c) Diagnosticar doença congênitaIgM – não atravessa a placenta x IgG – atravessa a placentaIgM – fase aguda da doença – pesquisa no sangue do cordão umbilicalAcompanhamento do recém-nascido

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(d) Selecionar doadores de sangueTriagem sorológico para a prevenção da doença transfusional – Chagas, HIV, HTLV I e II*, Sífilis, hepatites B e CSelecionar doadores e receptores de órgãos para transplantes

(e) Pesquisa de anticorpos altamente específicos – antígenos do complexo principal de histocompatibilidadeTipagem dos antígenos de CPH

(f) Avaliar o prognóstico da doença Pesquisa de anticorpos contra determinados componentes antigênicos – marcadores imunológicos para a avaliação do prognóstico de uma doençaEx: na hepatite B – pesquisa de antígeno HBeAg = componente de infectividade e a contagiosidade do vírus.* Os vírus T-linfotrópicos humanos, tipo 1 (HTLV-I) e tipo 2 (HTLV-II), foram os primeiros retrovírus humanos descobertos (1,2), pertencem à subfamília Oncornavirus dos Retrovirus e podem transformar linfócitos humanos que podem ser auto-sustentar "in vitro". Eles são distantemente relacionados aos vírus

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(g) Avaliar a eficácia terapêutica e a suspensão da terapêuticaAcompanhar a queda de anticorpos na circulação do pacienteEficácia e suspensão da terapêuticaEx: sífilis – acompanhar os títulos no teste de VDRL

(h) Avaliar a imunidade específica naturalmente adquirida ou artificialmente induzidaIgG – marcador de imunidade específicaAnticorpos protetoresComplexa constituição do patógenoTestes sensíveis

(i) Verificar o agravamento da patologiaPresença de auto-anticorpos, imunocomplexos

Page 151: Aula1 imuno clínica  revisional

Importância da Pesquisa de Anticorpos em Inquéritos Soroepidemiológicos

(a) Estabelecer prevalência da doençaPesquisa de anticorpos IgG x prevalência da doença

(b) Verificar a erradicação da doençaInvestigação da presença da doença - erradicação da doença Ausência de anticorpos em crianças nascidas em local suspeito – erradicação

(c) Verificar a reintrodução de novos casos em áreas consolidadasPresença de anticorpos IgM ou o aumento de anticorpos IgG – reintrodução do patógenoMonitoramento sorológico

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Importância dos Testes Sorológicos na Pesquisa de Antígenos

(a) Como critério de curaAusência do patógeno ou de seus produtos após processo infeccioso

(b) Definição da etiologia da doençaEncontro do patógeno no hospedeiro define o processo infecciosoEmprego da PCR e métodos imunológicos

(c) Na seleção de doadores de sangueSelecionar doadores de sangue pela pesquisa do agente etiológicoEx: hepatite B – pesquisa do HBsAg

(d) Em inquéritos epidemiológicosRestritaMapeamento das regiões

Page 153: Aula1 imuno clínica  revisional

Variações

-Resposta imune do hospedeiro: -falso positivo (reações cruzadas), -falso negativo

-Todos os fatores devem ser analisados para definir o quadro patológico mais próximo possível do estado clínico do paciente

Importancia da triagem e Entrevista