Aula Sondagem Fundamentos Vinicius
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Nutrição e Hidratação
• Prof: Vinícius Faleiros Martins
Tipos de Dieta
• Hídrica• Líquida sem resíduos • Líquida• Pastosa• Leve • Branda • Geral • Enteral
Hídrica
• Pré e pós-operatório, preparo de alguns exames, hidratação, manutenção do trato gastrointestinal. Baixo teor calórico e protéico.
• Ex.: chá, caldo de carne e vegetais, suco coado não laxante (limonada e laranjada).
• Isenta de fibras
Líquida S/R
• Pré e pós-operatório do TGI, mastigação, deglutição, perturbações do aparelho digestivo, diarréia aguda, infecções graves.
• Dieta altamente restritiva, e nutricionalmente inadequada em nutrientes. Não deve ser utilizada por mais de 3 dias por fornecer quantidade inadequada de caloria.Ex.: canja, gelatina, sopa de legumes, chá.
Líquida
• Problemas de mastigação e deglutição, casos de afecções do TGI, e em alguns pré e pós-operatórios.
• Alimentos liquidificados, líquidos, leite, suco, caldo, gelatina e mingau ralo.
• Baixo teor de fibras
Pastosa
• Alterações da boca ou esôfago, dificuldade de mastigação e deglutição, em alguns pós-operatórios, idosos, danos neurológicos ou sem arcada dentária.
• Sopa em consistência de creme, purê, mingau, carne batida ou triturada e fruta na forma de purê.
Leve
• Função do TGI reduzida, dificuldade de mastigação e deglutição e pós-operatórios
• Sopa, purê, carne macia, moída ou desfiada, legumes e verduras bem cozidos. Proibido frituras.
Branda
• Dificuldade de mastigação e deglutição, pós-operatórios, presença de gastrite ou úlcera péptica.
• Retirar alimentos gordurosos, frituras, condimentos picantes, conservas, bebidas alcoólicas. Abrandar todos os alimentos.Ex.: arroz papa, caldo de feijão, carne macia. Proibido frituras e condimentos.
Geral
• Não necessitam modificações em nutrientes e na consistência.
• Consistência normal, fracionamento de 5 a 6 refeições por dia.
Sondagem Nasogástrica e Nasoentérica
Sondagem Nasogástrica: Consiste na passagem de uma sonda através das vias aéreas superiores até o estômago
Sondagem Nasoentérica: Consiste na introdução de uma sonda do nariz até o nível duodeno/jejunal
Tipos:• Sonda Levine (sonda de cloreto de polivinila-
PVC) • Sonda Enteral (sonda de silicone ou poliuretano)
8fr, ou 12fr.
Localização da Sonda
Sonda Nasogástrica com Sonda Levine
Nasoentérica com Sonda Dobhoff
Sonda Nasogástrica com Sonda Levine
Indicações• Descompressão gástrica;• Remoção de gás e líquidos;• Lavagem gástrica• Diagnósticos da motilidade intestinal;• Obtenção de conteúdo gástrico para
análise;• Preparo pré-operatório com dieta
elementar;
Sondagem Nasogástrica e Nasoentérica com Sonda
Dobhoff • Administração de medicamentos e alimentos;• Problemas gastrintestinais com dieta
elementar (Fístulas, síndrome do intestino curto, doença de crohn, colite ulcerativa, indigestão não específica ou má-absorção);
• Presença de tumor na boca ou na garganta;• Terapia para o câncer (irradiação,
quimioterapia) quando a boca ou garganta fica muito edemaciadas, doloridas e irritadas;
• Cuidados na convalescença (cirurgias, traumatismos, doenças graves, coma, semiconsciência)
Sondagem Nasogástrica e Nasoentérica com Sonda
Dobhoff• Condições hipermetabólicas
(queimaduras, sepse, transplante de órgãos);
• Alcoolismo, depressão crônica, anorexia nervosa;
• Cirurgia maxilofacial ou cervical;• Paralisia orofaríngea ou esofagiana.
Vantagens da nutrição enteral:
• São baratas; • Seguras quando bem locadas;• Bem toleradas pelo paciente fáceis de
usar tanto nos hospitais como no domicílio;
• Mantém a integridade TGI preservada por haver entrega intraluminar de nutrientes, a seqüência normal do metabolismo intestinal e hepático é preservada e o metabolismo das gorduras e as sínteses das lipoproteínas são mantidas.
Complicações da sonda levine:
• Lesões na asa do nariz• Refluxo gastroesofágico, esofagite• Fístula traqueosofágica
Complicações sonda nasoentérica:
• Relacionadas à sonda: Posicionamento incorreto (trato respiratório,
esofágico) Deslocamento Obstrução Irritação nasofaríngea
• Relacionadas à dieta: Distensão abdominal e vômitos Diarréia Cólicas Aspiração pulmonar Interação com drogas
Complicações sonda nasoentérica:
•Metabólicas: Desidratação
Desequilíbrios hidroeletrolícos.
TESTES DE POSICIONAMENTO DA SONDA NASOGÁSTRICA
1) O melhor método para determinação da localização da sonda o “padrão ouro” é o Raio X.
• Segundo a Resolução de Diretoria Colegiada RDC 63/2000
• “é responsabilidade do enfermeiro encaminhar o paciente para exame radiológico, visando a confirmação da localização da sonda”
TESTES DE POSICIONAMENTO DA SONDA NASOGÁSTRICA
2) Importante verificar sinais de tosse, cianose e dispnéia;
3) Observação de borbulhamento em água: consiste em observar o borbulhamento quando colocamos a ponta da sonda em um copo com água. Pode dar um resultado falso positivo pela presença de ar no estômago e provocar a retirada desnecessária da sonda. Pode também dar um resultado falso positivo se a ponta da sonda, mesmo na árvore respiratória estiver entupida ou aderida a uma parede.
4) Injeção de ar pela sonda: este embora muito usado, só é útil para verificar se a sonda está dobrada ou entupida. Ele pode dar muitos resultados falsos positivos se a ponta da sonda estiver no esôfago ou no pulmão.
TESTES DE POSICIONAMENTO DA SONDA NASOGÁSTRICA
5) Observar as características do fluído aspirado: Conectar a seringa à sonda e aspirar;
Se estiver no estômago provavelmente sairá suco gástrico este pode ser verde grama com sedimento, marrom (se há presença de sangue) ou descolorido (frequentemente com pedaços de sedimento de muco cuja cor branco a marrom). O Fluido pulmonar é semelhante. O fluído pleural é aquoso e de cor palha, podendo ter raias de sangue vermelho brilhante. O aspirado intestinal é normalmente mais claro que o aspirado gástrico e sua cor pode variar muito (desde amarelo-claro até marrom acastanhado).
TESTES DE POSICIONAMENTO DA SONDA NASOGÁSTRICA
6) Teses de PH: este é um teste adicional que não se mostra útil para distinguir a colocação intestinal da respiratória, uma vez que o PH dos fluídos destes locais é praticamente o mesmo (acima de 7). O Ph do fluído gástrico é bem mais baixo (1 a 5), mas pode ser influenciado pelo tempo decorrido desde a última alimentação ou pelo uso de medicamentos.
7) Testes enzimáticos: são úteis e confiáveis, mas não costumam ser usado. Devem ser positivos para pepsina no trato gástrico e para tripsina no suco intestinal
Sondagem Nasogástrica
Material• Sonda tipo Levine • Lubrificante hidrossolúvel (xilocaína geléia) ou SF 0,9%• Micropore ou esparadrapo• Gazes• Estetoscópio• Luvas• Seringa de 20ml• Copo com água• Copo ou recipiente para fazer testes de PH ou
enzimático • Sistema de drenagem se necessário (frasco coletor e
extensão)
Sondagem Nasogástrica
Procedimento e seqüência proposta:1) Lavar as mãos;2) Reunir todo o material e levá-lo próximo ao
leito do paciente;3) Explicar o procedimento e sua finalidade
enfatizando a importância da sua colaboração durante o procedimento
4) Cortar o esparadrapo/micropore para fixar e marcar a sonda;
5) Calçar luvas; 6) Examinar as fossas nasais em busca de
possível obstrução ou alterações estruturais na face;
Sondagem Nasogástrica
7) Posicionar o paciente em decúbito horizontal aferindo a partir do primeiro orifício da sonda, medindo do tragus, ao apêndice xifóide e até região média da cicatriz umbilical, Ceribelli & Malta (2006).
8) Marcar com esparadrapo a porção da sonda a ser introduzida;
9) Elevar a cabeceira da cama posição de fowler (45º);
10) Lubrificar a narina SF0,9% ou a sonda com lubrificante hidrossolúvel xilocaína geléia;
Sondagem Nasogástrica
10)Solicitar ao paciente que mantenha o pescoço alinhado em ligeira flexão e que degluta várias vezes, facilitando a passagem da sonda pelo esôfago, atentar para presença de náusea e vômito, interrompendo o procedimento se necessário;
11)Introduzir a sonda lentamente até a altura delimitada com esparadrapo;
Sondagem Nasogástrica
12) Executar testes para verificar a localização da sonda:
• Solicitar que o paciente fale para verificar alguma anormalidade na voz, a sonda pode estar na traquéia;
• Teste do borbulhamento;• Injetar 10ml de ar pela sonda, auscultando o
ruído de ar na região epigástrica;• Aspirar com a seringa, verificando o retorno
de líquido gástrico • Realizar teste enzimático ou PH ou o que
tiver na instituição;
Sondagem Nasogástrica
13)Fechar a extremidade da sonda;14)Fixar a sonda à face do paciente; 15)Se necessário, Conectar ao sistema de
drenagem (frasco coletor) mantendo-a aberta se necessário;
16)Identificar a sonda com fita adesiva ou esparadrapo;
17)Manter o paciente em posição confortável, preferencialmente em posição de fowler (45º) e organizar o ambiente,
Fixação da Sonda
Sondagem Nasogástrica
18.Lavar as mãos;19.Checar a prescrição médica,
escrevendo o nome horário;20.Registrar na anotação de
enfermagem o procedimento, o número da sonda, as possíveis intercorrências, tipo de drenagem, data, horário e assinatura.
Sondagem Nasoentérica
Material• Sonda tipo Enteral (sonda de silicone ou
poliuretano) dobhoff 8fr, ou 12fr• Fio guia• Lubrificante hidrossolúvel (xilocaína geléia)• Micropore, esparadrapo ou adesivo próprio;• Gazes• Estetoscópio• Luvas• Seringa de 20ml• Copo com água• Sistema de drenagem se necessário (frasco
coletor e extensão)
Sondagem Nasoentérica
Procedimento e seqüência proposta:1) Lavar as mãos;2) Reunir todo o material e levá-lo próximo ao
leito do paciente;3) Explicar o procedimento e sua finalidade
enfatizando a importância da sua colaboração durante o procedimento
4) Cortar o esparadrapo/micropore para fixar SN;5) Calçar luvas; 6) Examinar as fossas nasais em busca de
possível obstrução ou alterações estruturais na face;
Sondagem Nasoentérica
7) Posicionar o paciente em decúbito horizontal aferindo a partir do primeiro orifício da sonda, medindo do tragus da orelha, ao apêndice xifóide e até região média da cicatriz umbilical, Ceribelli & Malta (2006). Se posição duodenal acrescentar 30 cm (neste caso administrar medicação gastro-cinética antes do procedimento);
8) Marcar com esparadrapo a porção da sonda a ser introduzida;
9) Verificar a instruções do fabricante no que se refere à necessidade de lubrificação interna e externa da sonda com auxílio de uma gaze embebida em lubrificante hidrossolúvel;
10) Elevar a cabeceira da cama posição de fowler (45º)
Sondagem Nasoentérica
10)Solicitar ao paciente que mantenha o pescoço alinhado em ligeira flexão e que degluta várias vezes, facilitando a passagem da sonda pelo esôfago;
11)Introduzir a sonda lentamente até a altura delimitada com esparadrapo;
12)Retirar o mandril e guardá-lo na própria embalagem registrando a data do procedimento;
Sondagem Nasoentérica
13)Executar testes para verificar a localização da sonda;
14)Solicitar que o paciente fale para verificar alguma anormalidade na voz, a sonda pode estar na traquéia;
15)Teste do borbulhamento;16)Injetar 10ml de ar, auscultando o ruído
de ar na região epigástrica; Aspirar com a seringa, verificando o
retorno de líquido gástrico
Sondagem Nasoentérica
13)Verificar novamente a posição da sonda;
14)Fechar a extremidade da sonda;15)Fixar a sonda à face do paciente; 16)Se necessário, Conectar ao sistema de
drenagem (frasco coletor) mantendo-a aberta se necessário;
Sondagem Nasoentérica
17)Checar prescrição a médica, escrevendo o nome horário;
18)Registrar na anotação de enfermagem o procedimento, o número da sonda, as possíveis intercorrências, tipo de drenagem, data, horário e assinatura;
Sondagem Nasoentérica
20) Solicitar que o paciente permaneça em decúbito lateral direito durante duas a três horas, para favorecer a migração e administrar medicação gastro-cinética conforme prescrição médica;
21) Aspirar o líquido duodenal após esse tempo, medir o PH (6 a 8) ou realizar testes enzimáticos ;
22) Encaminhar o paciente para RX de abdômen para confirmação da localização da sonda duas a três horas após o procedimento,
Cuidados com a manutenção da dieta:
• Antes de administrar a dieta ou medicação checar antes a localização. Se a dieta for contínua estabelecer horários a cada 6 horas;
• Verificar o volume residual gástrico: Conectar a seringa na sonda e aspirar
lentamente; Colocar o resíduo num copo, até não haver
mais retorno de líquido; Observar resíduo aspirado e re-injetar o
resíduo para evitar perda de nutrientes e eletrólitos;
Cuidados com a manutenção da dieta:
• Volume residual menor que 50% do valor total da dieta a ser instalada, instalar a dieta
• Volume residual maior que 50% do valor total da dieta a ser instalada, não instalar a dieta e lavar a sonda com 20ml de água para evitar obstrução.
• Registrar na folha de controle o volume aspirado;
• Observar ocorrência de distensão abdominal, desconforto, dor, náuseas, RHA;
• Administrar medicação gastro-cinética conforme prescrição médica;
Cuidados com a manutenção da dieta:
• Repetir o controle após uma hora se o volume for menor 50% da dieta instalar a dieta, se maior que 50% solicitar avaliação médica.
• A solução da dieta deve ser administrada com o paciente sentado ou com a cabeceira elevada, caso o paciente esteja acamado;
• Nunca introduzir a solução muito gelada ou muito quente;
• O ideal é que a dieta seja administrada por bomba de infusão no mínimo em 1 hora;
• O controle do gotejamento deve ser realizado da seguinte forma:
Cuidados com a manutenção da dieta:
• Pendurar o frasco de dieta no suporte de soro com a pinça totalmente fechada;
• Abrir a pinça totalmente e ir descendo o frasco. Conforme a ação da gravidade controlar o gotejamento sendo-135gt/m para sonda gástrica;-60gt/m para sonda enteral;
• Deve-se observar o gotejamento freqüentemente, pois pode diminuir o gotejamento conforme o frasco vai esvaziando ou devido à consistência da dieta;
Cuidados com o local da inserção da dieta:
• Observar irritação da pele;• Limpar com cotonetes umedecidos;• Fixar a sonda adequadamente, trocar
adesivo diariamente e alternar locais de fixação
• Proporcionar higiene oral freqüentemente• Lubrificar os lábios, hidratar as narinas; • Verificar periodicamente a permeabilidade
da sonda;
Cuidados com o local da inserção da dieta:
• Não utilizar sonda Levine para administrar dieta e retirar precocemente esta sonda (24 á 72h);
• Alternar a narina quando for repassá-la;• Lavar a sonda com 20ml de água a cada
6 horas se infusão contínua e após a dieta e medicação.