Aula : Introdução à obra de Durkheim.

- Biografia do autor e contexto de produção de sua obra.

Durkheim: 1858 – 1917

Judeu francês, pai rabino, formou-se na ENS, teve Henri Bergson como colega de classe, fundador da sociologia como cátedra acadêmica, tal fundação se deu em diferenciação a psicologia e filosofia.

Contexto de mudança social (segunda revolução industrial, conflitos nacionalistas, aceleração da economia, urbanização – HOBSBAWM – Era dos Impérios), certa impressão coletiva na elite intelectual europeia de que a sociedade estava se “desfazendo”.

Membro do Partido Socialista Francês.

Debate entre Gabriel Tarde e Durkheim. (MARCIA CONSOLIN - ÉMILE DURKHEIM E GABRIEL TARDE: ASPECTOS TEÓRICOS DE UM DEBATE HISTÓRICO (1893-1904))

Criação da revista L'ané Sociologique.

- Principais noções da obra, qual perspectiva produziu os conceitos.

Para Durkheim a metáfora que melhor representa a sociedade é a do corpo cartesiano(Rene Descartes: Discurso do Método.): um organismo interdependente e passível de análise, ou seja, de separação das partes, de estudo e redução, para Durkheim, a sociedade poderia ser tratado como uma “coisa” e por isso poderia se tornar objeto de estudo, daí, a necessidade de uma “sociologia”.

Sendo uma coisa, uma sociedade é diferente de um humano, muito menos é a soma de todos os humanos, o que seria uma operação impossível. A sociedade é algo que transcende o indivíduo, é superior a ele.

- Apresentação parcial dos conceitos fundamentais: solidariedades, divisão social do trabalho, fato social, representação.

No decorrer da história, a sociedade se desenvolveu (e se desenvolve) por solidariedade mecânica (semelhança) e por solidariedade orgânica (diferença).

Anômia é o processo de diminuição da solidariedade produzida pela superindividualização da sociedade.

O fato social é coletivo, supraindividual e é o recorte de objeto característico da sociologia e também deve ser tratado como “coisa”.

Rituais são processos de atualização da representação de fatos sociais.