AULA II - Síndrome do Edifício Doente
-
Upload
camila-abe -
Category
Documents
-
view
1.436 -
download
6
description
Transcript of AULA II - Síndrome do Edifício Doente
![Page 1: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/1.jpg)
SÍNDROME DOS EDIFÍCIOS DOENTES (SED)
SÍNDROME DOS EDIFÍCIOS CONTAMINADOS
2009
![Page 2: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/2.jpg)
Recinto fechado = criação da era moderna
Prédios antigos x Prédios modernos
Recirculação de ar (partículas e substâncias químicas)
Efeitos na saúde humana
INTRODUÇÃO
![Page 3: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/3.jpg)
QUALIDADE DO AR EM AMBIENTE FECHADO
Qualidade do ambiente:
- Conforto térmico: 20-24oC- Umidade relativa: 40-65%- Odor confortável- Níveis aceitáveis de agentes biológicos, físicos e químicos
Risco à saúde dos ocupantes
Ambiente interno (artificial-controlado)
x
Ambiente externo (natural)
![Page 4: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/4.jpg)
Dificuldades do controle do ar interno (ventilação...)
Estimativa: 70% de vida em casas e escritórios!
Problemas de saúde = edifícios fechados + materiais sintéticos de construção
Fatores que influenciam a qualidade do ar interno:
• Idade, modelo, construção e manutenção• Clima externo• Qualidade do ar externo• Sistema de aquecimento-ventilação-condicionamento• Fontes potenciais de contaminantes• Ocupantes do edifício
![Page 5: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/5.jpg)
Contaminantes comuns:
• Agentes biológicos: microrganismos, insetos, pólen, esporos
• Produtos de combustão: CO2, CO, NO2, O3, SO2
• Poeira e materiais fibrosos (asbesto e fibras de vidro)• Produtos de materiais de construção (formaldeído,
voláteis)• Agrotóxicos• Fumaças de cigarro, etc.
Homem – exposição direta
![Page 6: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/6.jpg)
CO2: principal indicador da qualidade do ar interno.
Atividade metabólica (homem ou animal)
+ fontes de combustão
– diluição (ventilação)
Ventilação adequada: baixa [CO2] e de outros contaminantes
Brasil: < 1000 ppm CO2 (indicador da renovação do ar)
Doenças relacionadas a edifícios:
Específicas
Não específicas
![Page 7: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/7.jpg)
DOENÇAS ESPECÍFICAS (PESSOAIS)
Transmissão de doenças infecciosas: tuberculose, legionelose, etc.
Reações alérgicas a poeiras de espanador, produtos vegetais ou de fungos
(20-42% da população urbana é alérgica!)
Irritação através de substâncias químicas (voláteis)
Envenenamento por CO (recirculação da fumaça de cigarro ou esvaziamento de cinzeiros)
![Page 8: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/8.jpg)
DOENÇAS NÃO ESPECÍFICAS
Sintomas relacionados ao trabalho:
a) Irritação da peleb) Secura da boca, nariz e gargantac) Dores de cabeçad) Cansaçoe) Respiração ofegantef) Tosseg) Vertigemh) Dificuldade de concentração
Ar frio: paralisação dos pêlos do sistema respiratório.
Sinusite, rinite, otite, amidalite, faringite, bronquite, pneumonia, asma, gripes e resfriados...
![Page 9: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/9.jpg)
Otite
Sinusite
Amidalite
Rinite
![Page 10: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/10.jpg)
Fatores associados:
a) Juventudeb) Sexo femininoc) Fumanted) Tipo de trabalho (máquina de xerox)e) Nível de aglomeraçãof) Presença de tapetesg) Tipo-tamanho de ventilação
AULA: DOENÇAS NÃO ESPECÍFICAS (SED)
![Page 11: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/11.jpg)
PROBLEMAS DE DEFINIÇÃO:
SÍNDROME DOS EDIFÍCIOS DOENTES (SED)X
DOENÇA RELACIONADA A EDIFÍCIOS (DRE)
Edifícios doentes x sadios ? É uma infecção ?Há transmissão para outros edifícios ?
SED: Quadro de sintomas que afetam os ocupantes – os poluentes específicos ou fontes não podem ser identificados
DRE: Doença discreta e identificável - pode ser identificado o poluente específico ou fonte dentro do edifício.
![Page 12: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/12.jpg)
COMO SABER SE O EDIFÍCIO ESTÁ “DOENTE”:
a) Sintomas enquanto se trabalha ou está no edifíciob) Eliminação dos sintomas ao sair do edifício ou trabalhar
fora por um momentoc) Retorno dos sintomas quando volta ao edifíciod) Presença coletiva dos sintomas
AB
C
A: sem sintomas
B: sintomas moderados
C: severamente afetados
![Page 13: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/13.jpg)
FATORES NORMALMENTE ASSOCIADOS À CAUSA DA SED:
FATORES DE CONSTRUÇÃOFATORES E POLUENTES DO AMBIENTE
FATORES PESSOAIS
1) FATORES DE CONSTRUÇÃO
• Ventilação mecânica
• Níveis de ventilação de ar fresco
• Umidade relativa
• Prédios comerciais com ar-condicionado (predisposição)
• Conforto ambiental: altas temperaturas
• Ambiente visual: iluminação deficiente
![Page 14: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/14.jpg)
2) FATORES E POLUENTES ESPECÍFICOS DO AMBIENTE
• Compostos orgânicos voláteis: solventes, formaldeido, etc.
• CO: fumo, fogões, aquecedores e fornos
• Fibras: asbestos, fibras de vidro
• Bioaerossois: bactéria, fungos, vírus, pólen, excrementos
• Poluentes externos: poeiras, fumaças de veículos e indústrias
• Fatores físicos: iluminação, vibração, barulho, T, etc.
![Page 15: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/15.jpg)
3) FATORES PESSOAIS
• Sexo feminino
• Histórico de alergia
• Tensões relacionadas ao trabalho
• Insatisfação do trabalho
• Psicológico
![Page 16: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/16.jpg)
VENTILAÇÃO
Tipo e quantidade = maiores problemas
Velocidade do ar (1,5m): 0,025 a 0,25 m s-1
Brasil: renovação do ar: > 27m3 h-1 pessoa-1
RESOLUÇÃO Nº 003, 28/06/1990 (CONAMA)
PORTARIA Nº 3.523, 28/08/1998 (MS)
RESOLUÇÃO No 176, 24/10/2000 (ANVISA)
RESOLUÇÃO No 9, 16/01/2003 (ANVISA)
Literatura:
52% ventilação inadequada ***
![Page 17: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/17.jpg)
Ar fresco: respiração, diluições do CO2, cigarro, conforto pessoal (temperatura do ar)
Padrão: > 27m3 h-1 pessoa-1 (renovação do ar)
Locais de muito movimento: > 17m3 h-1 pessoa-1
Selamento de edifícios (ventilação mecânica e condicionamento do ar): controle do ambiente, mas não controle pessoal ou local
Recirculação do ar
Suscetibilidade a falhas
Projetos, instalações mal-feitos
![Page 18: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/18.jpg)
UMIDADE (controle)
- Umidade ALTA: desconforto (alta T) e condensação
- Umidade BAIXA: ressecamento das membranas das mucosas (desconforto respiratório), olhos e nariz
Maioria ideal: UR 40-60% (Brasil: 40-65%)
Umidificadores (spray, atomização): contaminação !
Doença da Segunda-feira – Monday Sickness
Febre dos umidificadores
Equipamentos para controle: evitar gotículas de água
Suprimento de água: limpo e livre de contaminação
![Page 19: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/19.jpg)
CONFORTO AMBIENTAL
Padrões aceitos internacionalmente (ISO 7730-1984):
a) T de 20-24oC (Brasil: verão 23-26oC, inverno 20-22oC)
b) Variação vertical da T: < 3oC
c) T superfície do piso: 19-26oC (29oC se aquecido)
d) Velocidade média do ar: < 0,15 m s-1 (Brasil < 0,25)
Insatisfação com o ambiente térmico: > em grandes edifícios (sem controle dos ocupantes)
Estufa: SED (insatisfação com o ambiente de trabalho)
![Page 20: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/20.jpg)
AMBIENTE VISUAL
Iluminação inadequada
Luminosidade opaca ou desuniforme
Brilho desconfortável
Pisca-pisca de luminárias
Janelas com vidros pintados
Esforço visual e dores de cabeça = SED
Instalação de luz temporizada
Redução de luz ultravioleta (filtros)
“CONTROLE”
![Page 21: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/21.jpg)
CONTAMINANTES
As principais fontes de contaminação são:
1) Ocupantes do prédio: CO2, H2O, microrganismos, fumo
2) Materiais de construção e decoração: desgaste de materiais, poeira* de carpetes (aerodispersoides), pisos, formaldeido (irritante)
3) Máquinas: fotocopiadoras e ozônio
4) Ventilação e ar-condicionado: doenças e infecções (água)
* Brasil: < 80 µg m-3 (grau de pureza do ar e limpeza do ambiente)
![Page 22: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/22.jpg)
RUÍDOS
Não têm sido considerados como causa principal da SED.
Produtividade e conforto = ambiente acústico
Medidas físicas adequadas e divisórias
(privacidade < 5 pessoas)
![Page 23: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/23.jpg)
FUNGOS
Reações alérgicas (nariz e garganta): esporos
Mais comumente associadas à SED !
Micotoxinas: em poeiras, normalmente há baixa concentração.
Condições que contribuem para infecção fúngica:
1) Antibióticos2) Sistema imunológico debilitado (AIDS, leucemia,
transplantes)3) Predisposição hereditária a infecções (aspergilose)4) Pele com aberturas, queimaduras ou com traumas5) Tuberculose, hiperglicemia, etc.6) Fumaça de cigarro
![Page 24: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/24.jpg)
FONTES DE CONTAMINAÇÃO
a) Ar-condicionado próximo a ninhos de pássaros
b) Ar-condicionado com água parada
c) Janelas fechadas todo o tempo
d) Vazamentos e condensação nas paredes
e) Tapetes que acumulam água
f) Telhados planos e azulejos = meios de cultura
![Page 25: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/25.jpg)
MEDIDAS DE CONTROLE DA UMIDADE
• Evitar condensação de água no teto, paredes e pisos
• Remover tapetes que acumulam água
• Limpar freqüentemente o ar-condicionado (drenagem)
• Consertar vazamentos de tubulações
• Retirar e descartar tetos e tapetes embolorados (com fungos)
• Descontaminar áreas contaminadas (água sanitária 10% e repetir 2 vezes a cada 30 min. Limpar com água não clorada após 2h)
Uma das fontes alergênicas e de toxinas = pode não eliminar a SED !
![Page 26: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/26.jpg)
BACTÉRIAS
1) Legionelose (Legionella pneumophila): pneumonia, febre, dores de cabeça, tosse, etc. = aerossóis (tubos quentes, refrigeradores)
2) Pseudomonas aerguinosa (ar-condicionado): fadiga, erupção cutânea, otite externa, pneumonia, etc.
3) Endotoxinas bacterianas: tosse, olhos vermelhos, febre e hipertensão.
![Page 27: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/27.jpg)
PÓLEN E SUBSTÂNCIAS ORGÂNICAS
Pólen = reações alérgicas
Formaldeído: tábuas, tacos
Compostos orgânicos voláteis: associados a tapetes, materiais de construção, mobílias, produtos de limpeza, equipamentos de escritório, fumaças de cigarro.
(irritação e cancerígenos)
![Page 28: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/28.jpg)
FUNGOS E BACTÉRIAS EM SISTEMAS DE VENTILAÇÃO
Fungos = potencialmente os mais associados à SED.
Absidia, Rhizopus, Mucor, Cryptococcus, Blastomyces, etc.
Aspergillus (Aspergilose)
Histoplasma (Histoplasmose)
Penicillium (Irritação respiratória e alergias)
Alternaria
Cladosporium
Helminthosporium
Micromonospora Hifas nopulmão
![Page 29: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/29.jpg)
Esporos: 1 a 100 m = disseminação pelo ar
FILTROS
Esporos de Candida Nocardia no cuspo
Muitos, se não a maioria dos casos de baixa qualidade do ar e SED estão associados à ocorrência de fungos em sistemas de ventilação ou em paredes dos edifícios.
![Page 30: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/30.jpg)
MODOS DE AMOSTRAGEM DO AR INTERNO
1) Após o horário de trabalho (atividade mínima ou ausente)
2) Coleta do ar semi-agressivo (cerca de 20% trabalhando)
3) Coleta do ar agressivo (100% das pessoas trabalhando)
Melhor método ?
Descobrir fontes de contaminação: (3)
Caracterizar a ecologia do fungo: (2) a (3)
Amostrador de Anderson: meios para fungos com rosa bengala (EUA)
Padrões: Lab. Ambiental do US Air Force: < 200 UFC m-3
Amostragem do ar interno e externo!
![Page 31: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/31.jpg)
BRASIL:
PADRÕES REFERENCIAIS – ASPECTOS MICROBIOLÓGICOS:
1) Valor máximo recomendável: < 750 UFC m-3
2) Relação I/E (interno/externo): < 1,5
3) Inaceitável a presença de fungos patogênicos e toxigênicos
AMOSTRAGENS:
1) Avaliação semestral
2) Amostrador de ar por impactação com acelerador linear
3) Instalação: 1,5 m do chão (interno e externo)
4) Amostragem por 10 min, vazão 25 a 35 L min-1
5) Meios de cultura: vários (ágar Sabouraud Dextrose 4%)
6) Incubação por 7 dias a 25oC
7) 1 amostra externa e 1 amostra interna por andar ou por ar-condicionado
![Page 32: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/32.jpg)
SED - CUIDANDO DO PACIENTE
a) Evitar locais fechados com aglomeração de pessoas por longo tempo e sobre carpetes;
b) A pessoa pode adquirir sensibilidade – alergias
c) Evitar contato com fontes alergênicas
d) Tratar a alergia quando as crises surgirem
e) Alérgicos e acima de 50 anos: vacinas contra gripe, etc.
f) Tomar banho na temperatura ambiente
g) Fazer exercícios físicos
h) Praticar natação (piscina fria – menos para quem tem sinusite)
![Page 33: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/33.jpg)
SED - CUIDANDO DO EDIFÍCIO
a) Planejamento eficiente (espaço, organização)
b) Gerenciamento voltado às pessoas (satisfação)
c) Manutenção adequada e limpeza regular (aparelhos, dutos, etc.)
d) Limpeza de carpetes, estofados, cortinas (cuidado com os produtos!) – a vapor
e) Arquivos limpos com aspirador
![Page 34: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/34.jpg)
REFERÊNCIAS
Carmo, A.T.; Prado, R.T.A. Qualidade do ar interno. São Paulo :
EPUSP, 1999. 35 p. -- (Texto técnico da Escola Politécnica da USP,
Departamento de Engenharia de Construção Civil, TT/PCC/23)
ISSN 1413-0386. http://publicacoes.pcc.usp.br/PDF/ttcap23.pdf
RESOLUÇÃO Nº 003, 28/06/1990 (CONAMA)
PORTARIA Nº 3.523, 28/08/1998 (MS)
RESOLUÇÃO No 176, 24/10/2000 (ANVISA)
RESOLUÇÃO No 9, 16/01/2003 (ANVISA)
McL Niven, A.M. et al. Building sickness syndrome in healthy and unhealthy
buildings: an epidemiological and environmental assessment with
cluster analysis. Occupational & Environmental Medicine, London,
v.57, p.627-634, 2000.
![Page 35: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/35.jpg)
Building sickness syndrome in healthy and
unhealthy buildings: an epidemiological and
environmental assessment with cluster
analysis
Síndrome dos Edifícios Doentes em prédios saudáveis e não
saudáveis: uma avaliação epidemiológica e ambiental com
análise em grupo
Occupational & Environmental Medicine, London, v.57, p.627-
634, 2000.
R McL Niven, A M Fletcher, C A C Pickering, E B Faragher, W B Booth,
T J Jones, P D R Potter
![Page 36: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/36.jpg)
A Síndrome dos Edifícios Doentes
(SED) é um conjunto de sintomas não
específicos causados por uma série
de fatores, dentre os quais destacam-
se as variáveis ambientais e os
microrganismos.
![Page 37: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/37.jpg)
OBJETIVOS
Relacionar os sintomas da SED com
as variáveis ambientais em prédios
com design moderno, eficientes ar
condicionados e com um programa
de manutenção satisfatória.
![Page 38: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/38.jpg)
METODOLOGIA
Edifícios:
- A, B e C: Design moderno e ar
condicionados eficientes;
- D: Com ventilação natural controlada;
- E: Conhecidamente um prédio doente.
![Page 39: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/39.jpg)
Edifícios: A B C D E
Idade
(anos)10 4 2 18 20
População 1200 600 250 600 500
% homens 60 50 50 60 40
TABELA 1: Características principais dos 5 edifícios
![Page 40: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/40.jpg)
![Page 41: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/41.jpg)
METODOLOGIA
População Alvo:
• Critério: pessoas que passavam mais de 80% do
tempo de trabalho nos escritórios e que tinham sido
empregadas há mais de três meses;
• Questionário: sintomas e freqüências.
Coriza, letargia, nariz congestionado,
coceira nos olhos, garganta seca, pele
ressecada e dores de cabeça.
![Page 42: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/42.jpg)
Edifícios: A B C D E
Média de idade 30,7 30,5 39,1 38,2 37,8
População 233 224 140 258 276
Não avaliados (%) 15 23 3 17 30
Fumantes (%) 19,5 20,7 14,2 26,6 17,3
TABELA 2: Características principais da população alvo (de estudo)
![Page 43: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/43.jpg)
![Page 44: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/44.jpg)
METODOLOGIA
Questionário
Sintomas
Hot Spots(áreas com muitos sintomas)
Cold Spots(áreas com poucos sintomas)
Variáveis
Ambientais
![Page 45: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/45.jpg)
METODOLOGIA
Variáveis Ambientais:
- Movimento do ar;
- Conforto térmico;
- Umidade relativa;
- Partículas respiráveis;
- Variáveis sonoras;
- Iluminação;
- Dióxido de Carbono;
- Monóxido de Carbono;
- Íons atmosféricos;
- Formaldeído;
- Carbono Orgânico.
Ao todo foram avaliadas
mais de 118 variáveis
![Page 46: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/46.jpg)
METODOLOGIAAnálise Estatística:
- Método Multivariável;
- 99,99% de representatividade (p=0,01%);
- Foram realizados mais de 5000 testes de
significância.
![Page 47: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/47.jpg)
RESULTADOS
• Prédios A e B: Prédios saudáveis e menor prevalência de
sintomas;
• Prédio C: Maior freqüência de sintomas (inesperado);
• Prédio D: Baixa freqüência de sintomas, porém com
desempenho inferior ao do A e B;
•Prédio E: Conhecidamente um prédio doente, apresentou o
pior ambiente;
![Page 48: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/48.jpg)
![Page 49: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/49.jpg)
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Nariz
congestionado
Coriza Coceira nos olhos Garganta
ressecada
Dor de cabeça Letargia Pele ressecada
A B C D E
GRÁFICO 1: Sintomas individuais da população alvo (%)
Edifícios:
![Page 50: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/50.jpg)
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Nariz
congestionado
Coriza Coceira nos
olhos
Garganta
ressecada
Dor de cabeça Letargia Pele ressecada
A CEdifícios:
GRÁFICO 2: Sintomas individuais da população alvo nos prédios A e C
![Page 51: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/51.jpg)
RESULTADOS
Sintomas Causas Valor de pNariz entupido Ruídos de baixa freqüência <0,001
Garganta ressecada Temperatura <0,01
Letargia Temperatura <0,01
Sintomas Causas Valor de p
Coceira nos olhos Umidade relativa baixa <0,01
Dor de cabeçaParticulados <0,001
Umidade relativa baixa <0,001
Letargia Particulados <0,01
Pele ressecada Particulados <0,001
TABELA 3: Sintomas e variáveis ambientais no prédio A
TABELA 4: Sintomas e variáveis ambientais no prédio B
Prédios A e B:
![Page 52: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/52.jpg)
RESULTADOS
Prédio C:
•Alto nível de sintomas (inesperado): modificações durante o
experimento e população-alvo menor.
• Maior freqüência de letargia: altas concentrações de CO2
devido a má ventilação.
• Aumentos de temperatura, redução da umidade e índices
térmicos foram prognósticos de sintomas.
![Page 53: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/53.jpg)
Sintomas Causas Valor de p
Nariz
congestionado
Umidade relativa baixa <0,01
Particulados <0,001
Coceira nos olhosAumento de temperatura <0,01
Ruído de alta freqüência <0,001
Letargia
Gradiente vertical de temperatura <0,001
Temperatura assimétrica horizontal <0,01
Temperatura de bulbo seco <0,001
Aumento da concentração de CO2
<0,001
Particulados <0,01
Pele ressecada
Gradiente vertical de temperatura =0,01
Temperatura global <0,001
Temperatura assimétrica horizontal <0,01
Aumento do ruído de baixa freqüência <0,01
Particulados <0,01
TABELA 5: Sintomas e variáveis ambientais no prédio C
![Page 54: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/54.jpg)
RESULTADOS
Prédio D:
• Desempenho inferior em relação aos edifícios A e B.
• Aumentos de temperatura, gradientes de temperatura e redução
de conforto térmico foram prognósticos dos sintomas.
• As medidas de conforto térmico e particulados tiveram grande
influência nos sintomas desse edifício.
Ventilação Natural !
![Page 55: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/55.jpg)
Sintomas Causas Valor de p
Coriza Conforto térmico <0,01
Coceira nos olhosGradiente de temperatura na superfície <0,001
Temperatura média <0,001
Dor de cabeça
Taxa de difusão do ar =0,01
Turbulência do ar <0,001
Temperatura média <0,01
Redução do ruído de alta frequência <0,01
Letargia Particulados =0,01
TABELA 6: Sintomas e variáveis ambientais no prédio D
![Page 56: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/56.jpg)
RESULTADOSPrédio E:
• Conhecidamente um prédio doente;
• Pior ambiente e maior número de sintomas;
• Possui a maior concentração global de particulados que
influenciou em todos os sintomas, exceto pele seca.
Má ventilação → Grande vilã
![Page 57: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/57.jpg)
RESULTADOS
Sintomas Causas Valor de pNariz entupido Ruídos de baixa freqüência <0,001
Garganta ressecada Temperatura <0,01
Letargia Temperatura <0,01
Sintomas Causas Valor de p
Garganta ressecada
Gradiente de temperatura vertical <0,01
Temperatura radiante =0,01
Aumento da concentração de CO2
=0,01
Redução de íons negativos <0,01
Particulados <0,01
LetargiaRedução de ruído de alta frequência <0,01
Aumento do ruído de baixa frequência =0,01
Particulados =0,01
TABELA 7: Sintomas e variáveis ambientais no prédio A
TABELA 8: Sintomas e variáveis ambientais no prédio E
![Page 58: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/58.jpg)
RESULTADOS
Análise Conjunta:
• Na análise conjunta particulados e ruídos estiveram
relacionados a todos os sintomas ;
• Grande número de particulados, especialmente os de grande
diâmetro, estiveram relacionados com coceira nos olhos,
garganta seca, dor de cabeça e letargia.
![Page 59: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/59.jpg)
Sintomas Causas Valor de p
Nariz entupidoRuídos de baixa freqüência <0,01
Aumento do ruído de baixa freqüência <0,01
Coriza Turbulência do ar <0,01
Coceira nos olhosGradiente de temperatura dos pés a cabeça <0,01
Aumento do ruído de baixa freqüência =0,001
Particulados <0,01
Garganta ressecadaVariação diurna da temperatura <0,001
Particulados <0,001
Dor de cabeçaTemperatura de bulbo seco <0,01
Particulados <0,001
LetargiaDiversas medidas de barulho -------
Particulados <0,001
Garganta ressecada Aumento do ruído de baixa freqüência <0,01
TABELA 9: Sintomas e variáveis ambientais na análise conjunta
![Page 60: AULA II - Síndrome do Edifício Doente](https://reader034.fdocuments.net/reader034/viewer/2022050712/5571f7c249795991698bf152/html5/thumbnails/60.jpg)
CONCLUSÃO
• Edifícios bem planejados, com condicionadores de ar eficientes
e boa manutenção podem gerar ambientes internos melhores que
os naturalmente ventilados.
• Altas concentrações de particulados e ruídos (especialmente os
de baixa freqüência) possuem grande influência nos sintomas da
SED e devem ser melhor estudados em futuras pesquisas.