Aula de Literatura: Do Trovadorismo ao Barroco

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O Trovadorismo, considerado o primeiro movimento literário em Língua Portuguesa, estendeu-se pela Idade Média (séc. XII a séc. XIV), momento em que Portugal vivia um processo de formação nacional. Nesse momento, ainda, vigorava o feudalismo, em que os grandes proprietários exerciam poderes em suas próprias terras independentemente dos poderes do rei.

A produção poética desse movimento literário era uma combinação de texto e música, por isso, é chamada de cantiga (poesia cantada). Num primeiro momento, as cantigas eram apenas cantadas, mas, mais tarde, passaram a ser registradas por escrito, em compilações chamadas Cancioneiros.

A cantiga reconhecidamente mais antiga, produzida por volta de 1200, é “A ribeirinha”, de Paio Soares de Taveirós. Nela, o eu lírico apresenta uma relação de vassalagem com a mulher amada, já que esta lhe é inatingível.

“E vós, filha de Don PaaiMoniz, e bem vos semelha

Dhaver eu por vós guarvaia,Pois eu, mia senhor, dalfaiaNunca de vós houve nem hei

Valia dua correa.”

E vós, filha de Dom Paai Moniz, pareceis querer que eu vos cubra,Pois eu, minha senhora, com manto vos presenteareiE nunca houve, nem haverá para vósPresentes que não sejam valiosos

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Desde que seguissem as ordens do senhor feudal e pagassem a ele os tributos exigidos, os aldeões poderiam cultivar para subsistência. Assim, era o senhor feudal quem detinha o maior poder, e não o rei, apesar do título.

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Exemplos de igrejas europeias com arquitetura e vitrais em estilo gótico.

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O Trovadorismo manifestou-se tanto na poesia quanto na prosa.

Poesia líricaCantiga de amor – eu lírico masculino, sofredor por amar uma mulher

hierarquicamente superior que rejeita suas cantigas. Cantiga de amigo – eu lírico feminino, lamenta as saudades deixadas pelo amigo

(namorado) ausente. (No final deste slide há um link para que você veja como as cantigas fazem parte da cultura portuguesa até hoje, com canções típicas chamadas de Fado.)

Poesia satíricaCantiga de escárnio – crítica indireta a algo ou a alguém, cheia de trocadilhos e

jogos de sentido.Cantiga de maldizer – a crítica é feita diretamente; o nome da “vítima” era

mencionado em meio a uma linguagem vulgar e cheia de palavrões.

Prosa (permaneceram durante o Humanismo, com valor historiográfico. Fernão Lopes foi o maior expoente português.)

Novelas de cavalaria – aventuras e feitos de um povo.Cronicões – exaltações aos reis, baseadas em fatos históricos.Livros de linhagem – biografias de famílias importantes.Hagiografias – histórias dos santos.(Vale lembrar que tais obras mesclam dados históricos com passagens romanceadas pelos autores. Além disso, sua produção

perdura concomitantemente ao Humanismo.)

http://www.youtube.com/watch?v=QiZTuvYIgsshttp://www.letrasdemusica.com.br/a/amalia-rodrigues/amantes-separados.html

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O Humanismo foi uma época de transição entre a Idade Média e o Renascimento. Como o próprio nome já diz, o ser humano passou a ser valorizado – antropocentrismo.

Foi nessa época que se consolidou a burguesia como classe social. Os burgueses não eram servos, e sim pessoas que ganharam dinheiro trabalhando. Não faziam parte da nobreza, portanto.

Com o aparecimento dessa classe social, foram ganhando dimensão os espaços urbanos (mercantilismo, industrialização embrionária e manufatura) e muitos homens que moravam no campo se mudaram para morar nessas cidades – oportunidade de melhora de vida. Como consequência, o regime feudal de servidão enfraqueceu e desapareceu, voltando o poder absolutista com toda força.

O “status” econômico passou a ser muito valorizado, muito mais do que o título de nobreza, ao contrário da era medieval. E foi nesse contexto que a burguesia se destacou: patrocinava produção de conhecimentos e exercia poder junto ao monarca.

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As Grandes Navegações trouxeram ao homem confiança de sua capacidade e vontade de conhecer e descobrir várias coisas.

Assim, a religião começou a enfraquecer e o teocentrismo deu lugar ao antropocentrismo, ou seja, o homem e seus saberes passaram a ser o centro de tudo e não mais Deus e seus dogmas.

Mas não podemos nos enganar achando que o homem abandonou a religião: ele só não deixou que os princípios nos quais a Igreja acreditava o impedisse de fazer descobertas nos campos da matemática, da astronomia, da cartografia...

Os artistas começaram a dar mais valor às emoções humanas.

Gil Vicente , maior expoente do Humanismo lusitano, e rei D. Manuel, famoso pela grande prosperidade portuguesa durante seu governo – expansão ultramarítima, comércio de especiarias...

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Gil Vicente, considerado o precursor do teatro português moderno, é o maior expoente do Humanismo ibérico, apesar de também ter escrito em espanhol.

Suas peças, de cunho moralizante – sacro e satíricas, tratam de críticas às mazelas da sociedade e das instituições falidas dos sécs. XV e XVI. Seu ideal eram as igrejas e a nobreza medievais. Para ele, o homem estava se tornando cada vez mais corrupto e ambicioso.

Para fazer suas críticas, Gil Vicente se apropriava do humor, da linguagem figurada e dos personagens tipificados. Assim, os alvos não se reconheciam e, ao contrário, se entretinham e colocavam o autor como um membro cativo da Corte.

Gil Vicente acabou se tornando um protegido da rainha D. Leonor, esposa de D. Manuel, por ter escrito e encenado uma peça em homenagem ao herdeiro do trono, D. João III.

Ainda assim, a peça de maior prestígio do autor é O auto da barca do inferno, uma verdadeira condenação aos pecados capitais e ao distanciamento dos valores medievais.

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Impulsionado pelos ideais humanistas, o racionalismo nunca esteve tão forte. O homem se encontrava em pleno crescimento científico (a ilustrar: Copérnico afirmou que o Sol é o centro do Universo; Galileu afirmou que a Terra é redonda), cultural, histórico e econômico.

Devido a tais descobertas, a Igreja e seus dogmas passaram a ser questionados. Os mistérios (caos) do mundo poderiam ser decifrados pelo próprio homem, sem necessidade da Igreja para intermediar os seus saberes.

Por isso, o homem resolveu buscar no racionalismo clássico (Antiguidade greco-romana) modelos e ideais de equilíbrio entre si próprio e o mundo que o cerca. Nesse momento, acreditava-se que foi nas civilizações greco-romanas a ocorrência dos maiores avanços de até então. Acontecia, então, o Renascimento intelectual.

Assim, a busca pelo modelo da Antiguidade clássica não era para mera imitação, mas sim superação. Daí vem o nome Classicismo.

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Em Portugal, o movimento teve início com a fundação da Universidade de Lisboa, em 1534. Contudo, o desenvolvimento cultural e científico estava condicionado aos interesses da Corte (entretenimento para ócios ilustrados). Isso porque eram os nobres e os burgueses que patrocinavam a descoberta de novos saberes.

Em se tratando de produção literária, teve início com a vinda de Sá de Miranda da Itália, trazendo consigo a “medida nova”. Essa “medida nova”, entre outros, trazia o soneto decassílabo, uma estrutura poética rigorosa com 14 versos, sendo dois quartetos e dois tercetos.

Essa estrutura rigorosa era um modo de organizar o caos tanto no que diz respeito à forma, quanto ao conteúdo de um poema. Isso porque havia uma simetria, além da riqueza de comparações e metáforas que remetiam à cultura greco-romana.

Além disso, os antigos Homero, grego autor da Ilíada e da Odisseia, e Virgílio, latino autor da Eneida, eram alvos de imitação tanto no que diz respeito à estrutura poética quanto aos jogos linguísticos.

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Veja um poema de Camões, considerado o maior expoente do Classicismo em Portugal.

Amor é fogo que arde sem se ver;É ferida que dói e não se sente;

É um contentamento descontente;É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;É solitário andar por entre a gente;É nunca contentar-se de contente;

É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;É servir a quem vence, o vencedor;É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favorNos corações humanos amizade,

se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Neste poema, Camões procurou conceituar a natureza contraditória do amor. Não é um tema novo, pois já na Antiguidade, o amor era visto como uma espécie de doença da razão. Aqui, o poeta buscou analisar o sentimento racionalmente, mas como o amor é um sentimento vago, acabou por concluir pela ineficácia de sua análise, desembocando no paradoxo do último verso. O sentir e o pensar são movimentos antagônicos: um deseja e o outro limita, e, como o poeta não podia separar aquilo que sentia daquilo que pensava, o resultado, na prática textual, só podia ser o acúmulo de contradições e paradoxos.

Para você conferir, seguem links com um clipe e a letra da música “Monte castelo”, da Legião Urbana. Na canção, Renato Russo se apropria dos versos de Camões para compor a letra.

http://www.youtube.com/watch?v=AKqLU7aMU7M

http://letras.terra.com.br/legiao-urbana/22490/

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Mas a produção camoniana não se restringia à lírica. O poeta ficou conhecido pela sua obra prima Os lusíadas, epopeia que conta os feitos do povo português (luso, daí o nome do poema).

O que não se pode perder de vista é que, sendo o povo português extremamente católico e, na época, pioneiro na expansão ultramarítima, é recorrente na produção artística local a ideia de que tal povo é escolhido por Deus, que é missão de tal povo espalhar a cultura e a ideologia portuguesa mundo afora, pois assim o caos que era o mundo seria organizado.

Dessa maneira, o poema narrativo de Camões “não foge à regra” e também exalta o povo português, desde a formação do reino de Portugal até o século XVI, em que o país se tornara potência hegemônica. A ilustrar, as estrofes I e III, do Canto I.

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Nas artes plásticas, a valorização das formas humanas e dos motivos greco-romanos se manifestou em esculturas e pinturas. Exemplos disso são as obras de Botticelli (Nascimento de Vênus), Michelangelo (Davi) e Da Vinci (O homem vitruviano).

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Devido ao seu linguajar conflituoso, rico em paradoxo e antíteses, por meio do qual as tensões entre homem e sentimento nunca são resolvidas, Camões é considerado um poeta de transição entre Classicismo e Barroco. Assim, é denominado por muitos como um poeta maneirista.

Se por um lado, Camões se apropria das estruturas formais rígidas da medida nova e se esmera na cópia de modelos clássicos como Homero e Virgílio, por outro a vã tentativa de racionalização sentimental e a não resolução dos conflitos oriundos dessa frustração o aproxima do Barroco. Isso é o Maneirismo.

Já o Barroco foi uma tendência artística que se desenvolveu primeiramente nas artes plásticas e depois se manifestou na literatura, no teatro e na música. O berço do barroco é a Itália do século XVII, porém se espalhou por outros países católicos, num contexto de Reforma Protestante e Contra-Reforma.

De certo modo o Barroco foi uma continuação natural do Renascimento, porque ambos os movimentos compartilharam de interesse pela Antiguidade clássica, embora interpretando-a diferentemente. Enquanto no Renascimento as qualidades de moderação, economia formal, equilíbrio e harmonia eram as mais buscadas, o tratamento barroco de temas idênticos mostrava maior dinamismo, contrastes mais fortes, maior dramaticidade, exuberância e uma tendência ao decorativo, além de manifestar uma tensão entre o gosto pela materialidade opulenta e as demandas de uma vida espiritual.

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Obras de Aleijadinho, um dos maiores expoentes das artes plásticas do Barroco brasileiro.

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Com relação ao contexto histórico, podemos afirmar que a intensidade do século XVI foi devastadora para Portugal. Isso porque o país se viu num status de potência hegemônica e pioneiro na expansão ultramarítima, mas, como as colônias não garantiram um rápido retorno financeiro, teve início uma fase de crise econômica.

Somado a isso, os impulsos megalomaníacos de Dom Sebastião (o mesmo a quem Camões dedicou Os lusíadas) fizeram com que o rei desaparecesse no norte da África. Tal situação fez com que Portugal se visse novamente sob domínio espanhol, pois subiu ao trono Filipe II, cujo feito foi a unificação da Ibéria.

A partir disso, criou-se a mentalidade do sebastianismo, que acreditava na volta do rei desaparecido e na consequente retomada da autonomia portuguesa. Um dos sebastianistas mais fervorosos era Padre Antônio Vieira.

A unificação da Península veio favorecer a luta conduzida pela Companhia de Jesus em nome da Contra-Reforma: o ensino passa a ser quase um monopólio dos jesuítas e a censura eclesiástica torna-se um obstáculo a qualquer avanço no campo científico-cultural. Enquanto a Europa conhecia um período de efervescência no campo científico, a Península Ibérica era um reduto da cultura medieval.

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Tristes sucessos, casos lastimosos,Desgraças nunca vistas, nem faladas.São, ó Bahia, vésperas choradasDe outros que estão por vir estranhos

Sentimo-nos confusos e teimososPois não damos remédios as já passadas,Nem prevemos tampouco as esperadasComo que estamos delas desejosos.

Levou-me o dinheiro, a má fortuna,Ficamos sem tostão, real nem branca,macutas, correão, nevelão, molhos:

Ninguém vê, ninguém fala, nem impugna,E é que quem o dinheiro nos arranca,Nos arrancam as mãos, a língua, os olhos.

Fazer pouco fruto da Deus no Mundo pode proceder de um de três princípios: ou da parte do pregador, ou da parte do ouvinte, ou da parte de Deus. Para uma alma se converter por meio de um sermão, há se haver três concursos: há de concorrer o pregador com a doutrina, persuadindo; há de concorrer o ouvinte com entendimento, percebendo; há de concorrer Deus com a graça, alumiando. Para um homem ver a si mesmo, são necessárias três coisas: olhos, espelho e luz. Se tem espelho e é cego, não se pode ver por falta de olhos; se tem espelho e olhos, e é noite, não se pode ver por falta de luz. Logo, há mister luz, há mister espelhos e há mister olhos.

Gregório de Matos – Boca do Inferno

Pe. Antônio Vieira – Sermão da sexagésima

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O Quinhentismo corresponde ao estilo literário que abrange todas as manifestações literárias produzidas no Brasil à época de seu descobrimento, durante o século XVI. A ilustrar:

A literatura informativa, também chamada de literatura dos viajantes ou dos cronistas, consiste em relatórios, documentos e cartas que se empenham em levantar a fauna, flora e habitantes da nova terra, com o objetivo principal de encontrar riquezas. Daí o fato de ser meramente descritiva e de pouco valor literário. A exaltação da terra exótica e exuberante seria sua principal característica, marcada pelo uso de adjetivos.

A Literatura Catequética ou Literatura Jesuítica foi consequência da Contra-Reforma. A principal preocupação dos jesuítas era o trabalho de catequese, objetivo que determinou toda a sua produção literária, tanto na poesia como no teatro. Além da poesia de devoção, os jesuítas cultivaram o teatro de caráter pedagógico, baseado também em trechos bíblicos, e as cartas que informavam aos superiores na Europa o andamento dos trabalhos na Colônia.

José de Anchieta se propôs ao estudo da língua tupi e guarani e é considerado o precursor do teatro no Brasil. Sua obra já apresenta traços barrocos.

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1 – (Mackenzie) Sobre a poesia trovadoresca em Portugal, é INCORRETO afirmar que:

a) refletiu o pensamento da época, marcada pelo teocentrismo, o feudalismo e valores altamente moralistas.

b) representou um claro apelo popular à arte, que passou a ser representada por setores mais baixos da sociedade.

c) pode ser dividida em lírica e satírica. d) em boa parte de sua realização, teve influência provençal. e) as cantigas de amigo, apesar de escritas por homens trovadores, expressam o

eu lírico feminino.

2 – (Vunesp) A partir do século XII, em algumas regiões europeias, nas cidades em crescimento, comerciantes, artesãos e bispos aliaram-se para a construção de catedrais com grandes pórticos, vitrais e rosáceas, produzindo uma “poética da luz”, abóbadas e torres elevadas que dominavam os demais edifícios urbanos. O estilo da arte da época é denominado

a) renascentista. b) bizantino. c) românico.d) gótico.e) barroco.

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3 – Nas cantigas de amor,a) o trovador expressa um amor à mulher amada, encarando-a como um objeto

acessível a seus anseios.b) o trovador velada ou abertamente ironiza personagens da época.c) o “eu lírico” é feminino, expressando a saudade da ausência do amado. d) o poeta pratica a vassalagem amorosa, pois, em postura platônica, expressa

seu amor à mulher amada.e) existe a expressão de um sentimento feminino, apesar de serem escritas por

homens.

4 – (FAAP) Tomemos a palavra AMIGO. Todos conhecem o sentido com que esta forma linguística é usualmente empregada no falar atual. Contudo, na Idade Média, como se observa nas cantigas medievais, a palavra AMIGO significou:

a) colega b) companheiro c) namorado d) simpático e) acolhedor

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5 – Leia:

Ai, dona fea, foste-vos queixarque vos nunca louv’em meu cantar;mais ora quero fazer um cantarem que vos loarei toda via;e vedes como vos quero loar:dona fea, velha e sandia!…

Os versos acima são representantes de que tipo de cantiga trovadoresca? Justifique.

6 – (Fuvest) “Coube ao século XIX a descoberta surpreendente da nossa primeira época lírica. Em 1904, com a edição crítica e comentada do Cancioneiro da Ajuda, por Carolina Michaëlis de Vasconcelos, tivemos a primeira grande visão de conjunto do valiosíssimo espólio descoberto” (Costa Pimpão)

a) Qual é essa primeira época lírica portuguesa?

b) Que tipos de composições poéticas se cultivavam nessa época?

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7 – Sobre o Humanismo, identifique a alternativa falsa:a) Em sentido amplo, designa a atitude de valorização do homem, de seus

atributos e realizações.b) Configura-se na máxima de Protágoras: “O homem é a medida de todas as

coisas”.c) Rejeita a noção do homem regido por leis sobrenaturais e opõe-se ao

misticismo.d) Designa tanto uma atitude filosófica atemporal quanto um período especifico

da evolução da cultura ocidental.e) Fundamenta-se na noção bíblica de que o homem é pó e ao pó retornará, e de

que só a transcendência liberta o homem de seu insignificância terrena.

8 – (Fuvest) Aponte a alternativa correta em relação a Gil Vicente:a) Compôs peças de caráter sacro e satírico.b) Introduziu a lírica trovadoresca em Portugal.c) Escreveu a novela Amadis de Gaula.d) Só escreveu peças e português.e) Representa o melhor do teatro clássico português.

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9 – (Fuvest) Indique a afirmação correta sobre o Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente: a) A sátira é aqui demolidora e indiscriminada, não fazendo referência a qualquer exemplo de

valor positivo.b) O moralismo vicentino localiza os vícios, não nas instituições, mas nos indivíduos que as fazem

viciosas.c) É intricada a estruturação de suas cenas, que surpreendem o público com a inesperado de cada

situação.d) É complexa a critica aos costumes da época, já que o autor primeiro a relativizar a distinção

entre Bem e o Mal.e) A ênfase desta sátira recai sobre as personagens populares mais ridicularizadas e as mais

severamente punidas.

10 – (Fuvest) Diabo, Companheiro do Diabo, Anjo, Fidalgo, Onzeneiro, Parvo, Sapateiro, Frade, Florença, Brísida Vaz, Judeu, Corregedor, Procurador, Enforcado e Quatro Cavaleiros são personagens do Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente.

Analise as informações abaixo e selecione a alternativa incorreta cujas características não descrevam adequadamente a personagem:

a) O Corregedor representa a justiça e luta pela aplicação integra e exata das leis; leva papéis e processos.

b) O Frade representa o clero decadente e é subjugado por suas fraquezas: mulher e esporte; leva a amante e as armas de esgrima.

c) O Anjo, capitão da barca do céu, é quem elogia a morte pela fé; é austero e inflexível.d) O Diabo, capitão da barca do inferno, é quem apressa o embarque dos condenados; é

dissimulado e irônico.e) O Onzeneiro idolatra o dinheiro, é agiota e usurário; de tudo que juntara, nada leva para a

morte, ou melhor, leva a bolsa vazia.

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11 – (UNICAMP) Leia o diálogo abaixo, de Auto da Barca do Inferno:

DIABOCavaleiros, vós passais

e não perguntais onde ir?

CAVALEIROVós, Satanás, presumis?Atentai com quem falais!

OUTRO CAVALEIROVós que nos demandais?Siquer conhece-nos bem.

Morremos nas partes d’além,e não queirais saber mais.

(Gil Vicente, Auto da Barca do Inferno, em Antologia do Teatro de Gil Vicente. Org. Cleonice Berardinelli, Rio de Janeiro: Nova Fronteira/ Brasília: INL, 1984, p.89.)

a) Por que o cavaleiro chama a atenção do Diabo?b) Onde e como morreram os dois Cavaleiros?c) Por que os dois passam pelo Diabo sem se dirigir a ele?

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12 – (PUC) Considerando a peça Auto da Barca do Inferno como um todo, indique a alternativa que melhor se adapta à proposta do teatro vicentino.

a) Preso aos valores cristãos, Gil Vicente tem como objetivo alcançar a consciência do homem, lembrando-lhe que tem uma alma para salvar.

b) As figuras do Anjo e do Diabo, apesar de alegóricas, não estabelecem a divisão maniqueísta do mundo entre o Bem e o Mal.

c) As personagens comparecem nesta peça de Gil Vicente com o perfil que apresentavam na terra, porém apenas o Onzeneiro e o Parvo portam os instrumentos de sua culpa.

d) Gil Vicente traça um quadro crítico da sociedade portuguesa da época, porém poupa, por questões ideológicas e políticas, a Igreja e a Nobreza.

e) Entre as características próprias da dramaturgia de Gil Vicente, destaca-se o fato de ele seguir rigorosamente as normas do teatro clássico.

13 – Leia:

“Anjo – Eu não sei quem te cá traz... Brísida – Peço-vo-lo de giolhos! (joelhos)

Cuidais que trago piolhos, anjo de Deos, minha rosa?

Eu sô aquela preciosa que dava as moças a molhos,

a que criava as meninas pera os cónegos da Sé... Passai-me, por vossa fé,

meu amor, minhas boninas, (margaridas) olhos de perlinhas finas!

E eu som apostolada, angelada e martelada,

e fiz cousas mui divinas. Santa Úrsula nom converteu

tantas cachopas (raparigas) como eu”

Por que é correto afirmar que a fala de Brísida Vaz é inadequada tanto na linguagem quanto no conteúdo, considerando-se a situação em que a personagem se encontrava naquele momento?

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14 – (UNOPAR-PR) Desenvolvimento do comércio de reduzida importância na Idade Média; crescente utilização do dinheiro, invenções e melhoramentos técnicos decorrentes das grandes navegações. Os dados anteriores integram o painel histórico do:

a) Classicismo. b) Arcadismo.c) Barroco. d) Modernismo.e) Romantismo.

15 – Identifique a alternativa que não contenha ideais clássicos de arte: a) Liberdade de criação e predomínio dos impulsos pessoais.b) Formalismo e perfeccionismo.c) Universalismo e racionalismo.d) Valorização do homem (do aventureiro, do soldado, do sábio e do amante) e

verossimilhança (imitação da verdade e da natureza).e) Obediência às regras e modelos e contenção do lirismo.

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16 – (POLI) Camões em alemão:

“Nas pequenas obras líricas de Camões encontramos graça e sentimento profundo, ingenuidade, ternura, melancolia cativante, todos os graus de sentimentos mais debilitados, indo do prazer mais suave até o desejo mais ardente, saudade e tristeza, ironia, tudo na pureza e claridade da expressão simples, cuja beleza não podia ser mais acabada, e cuja flor não podia ser mais florescente. Seu grande poema, Os Lusíadas, é um poema heroico no pleno sentido da palavra. Camões tira do poeta Virgílio a ideia de um poema épico nacional que compreenda e apresente, sob a luz mais fulgurante, a fama, o orgulho e a glória de uma nação desde suas mais antigas tradições.”

(Esse trecho foi extraído do curso de Friedrich Schlegel, 1772-1829, conceituado filósofo romântico alemão, sobre história da literatura europeia, e publicado no Caderno Mais da Folha de São Paulo, em 21 de maio de

2000.)

Tendo em vista o texto acima, seria incorreto afirmar que:a) em Os Lusíadas, Camões resgata alguns episódios tradicionais portugueses, como o de Inês

de Castro. b) em Os Lusíadas, Camões invoca as Tágides, ninfas do rio Tejo, a fim de que lhe deem

inspiração na construção deste seu poema heroico.c) em Os Lusíadas, Camões canta a fama e a glória do povo português.d) em Os Lusíadas, Camões narra a viagem de Vasco da Gama às Índias, sendo este navegador

o grande herói português aclamado no poema. e) em Os Lusíadas, Camões dedica o poema a Dom Sebastião, e encerra tal obra um tanto

quanto melancólico diante da estagnação cultural portuguesa.

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17 – Em Os Lusíadas, Camões:a) Narra a viagem de Vasco da Gama às Índias.b) Tem por objetivo criticar a ambição dos navegantes portugueses que abandonam

a pátria à mercê dos inimigos para buscar ouro e glória em terras distantes.c) Afasta-se dos modelos clássicos, criando a epopéia lusitana, um gênero

inteiramente original na época.d) Lamenta que, apesar de ter dominado os mares e descoberto novas terras,

Portugal acabe subjugado pela Espanha.e) Tem como objetivo elogiar a bravura dos portugueses e o faz através da narração

dos episódios mais valorosos da colonização portuguesa.

18 – Leia os seguintes versos d’Os lusíadas, episódio do Velho do Restelo.

Justifique a afirmação: “O discurso do Velho do Restelo está em oposição a certas concepções dominantes na sociedade portuguesa da época dos grandes descobrimentos, expressas pelo discurso que exalta a empresa navegadora posta em marcha pela coroa lusitana”.

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19 – (UNISA) Assinale a alternativa incorreta, em relação a Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões:

a) Foi publicada em 1572.b) Contém 10 cantos.c) Contém 1102 estrofes.d) Conta a viagem de Vasco da Gama às Índias.e) N.d.a.

20 – (PUC-PR) Sobre o narrador ou narradores de os Lusíadas, é lícito afirmar que:

a) Existe um narrador épico no poema: o próprio Camões;b) Existem dois narradores no poema: O eu-épico, Camões fala através dele, e o

outro, Vasco da Gama, que é quem dá conta de toda a História de Portugal.c) O narrador de Os Lusíadas é Luiz Vaz de Camões;d) O narrador de os Lusíadas é o Velho do Restelo;e) O narrador de Os Lusíadas é o próprio povo português.

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21 – (Fuvest) Leia:“Amor é um fogo que arde sem se ver,

É ferida que dói e não se sente;É um contentamento descontente,

É dor que desatina sem doer.”

De poeta muito conhecido, está é a primeira estrofe de um poema que parece comprazer-se com o paradoxo, enfeixando sensações contraditórias do sentimento humano, se examinadas sob o prisma da razão. Indique, na relação a seguir, o nome do autor.

a) Bocage. b) Camilo Pessanha. c) Gil Vicente. d) Luís de Camões. e) Manuel Bandeira.

22 – (Fuvest) Na LÍRICA de Camões,a) o metro usado para a composição dos sonetos é a redondilha maior. b) encontram-se sonetos, odes, sátiras e autos. c) cantar a Pátria é o centro das preocupações. d) encontra-se uma fonte de inspiração de muitos poetas brasileiros do século

XX. e) a Mulher é vista em seus aspectos físicos, despojada de espiritualidade.

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23 – (Vunesp) Os paradoxos do sentimento amoroso constituem um dos temas favoritos de sua poesia lírica, exercida sobretudo nos sonetos.

a) De que poeta se trata?b) Indique um texto do poeta em que este sentimento contraditório se manifesta.

24 - (Unicamp) Leia:

“Amor é fogo que arde sem se ver;é ferida que dói, e não se sente;

é um contentamento descontente;é dor que desatina sem doer.”

Camões

“Terror de amar num sítio tão frágil como o mundoMal de amar neste lugar de imperfeição

Onde tudo nos quebra e emudeceOnde tudo nos mente e separa.”

Sophia de Mello Breyner Andresen

Dos dois textos transcritos, o primeiro é de Luís Vaz de Camões (século XVI) e o segundo é de Sophia de Mello B. Andresen (século XX). Compare-os, discutindo, através de critérios formais e temáticos, aspectos em que ambos se aproximam e aspectos em que ambos se distanciam um do outro.

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25 – (Fuvest) Leia os versos transcritos de Os lusíadas, de Camões, para responder ao teste.

Tu, só tu, puro Amor, com força crua,Que os corações humanos tanto obriga,

Deste causa à molesta morte sua,Como se fora pérfida inimiga.

Se dizem, fero Amor, que a sede tuaNem com lágrimas tristes se mitiga,

É porque queres, áspero e tirano,Tuas aras banhar em sangue humano.

Assinale a afirmação incorreta em relação aos versos transcritos:a) A apóstrofe inicial da estrofe introduz um discurso dissertativo a respeito da

natureza do sentimento amoroso.b) O amor é compreendido como uma força brutal contra a qual o ser humano

não pode oferecer resistências.c) A causa da morte de Inês é atribuída ao amor desmedido que subjugou

completamente a jovem.d) A expressão "se dizem" indica ser senso comum a idéia que brutalidade faz

parte do sentimento amoroso.e) Os versos associam a causa da morte de Inês não só à força cruel do amor,

mas também aos perigosos riscos que a jovem inimiga representava para o rei.

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26 – (Mackenzie) Assinale a alternativa INCORRETA.a) Na obra de José de Anchieta, encontram-se poesias que seguem a tradição

medieval e textos, para teatro, com clara intenção catequista. b) A literatura informativa do Quinhentismo brasileiro empenha-se em fazer um

levantamento da terra, daí ser predominantemente descritiva. c) A literatura seiscentista reflete um dualismo: o ser humano dividido entre a

matéria e o espírito, o pecado e o perdão. d) O Barroco apresenta estados de alma expressos através de antíteses,

paradoxos, interrogações. e) O Conceptismo caracteriza-se pela linguagem rebuscada, culta, extravagante,

enquanto o Cultismo é marcado pelo jogo de ideias, seguindo um raciocínio lógico, racionalista.

27 – (UNIV. CAXIAS DO SUL) Escolha a alternativa que completa de forma correta a frase abaixo:

A linguagem ______, o paradoxo, ________ e o registro das impressões sensoriais são recursos linguísticos presentes na poesia ________.

a) subjetiva o verso livre românticab) rebuscada a antítese barroca c) detalhada o subjetivismo simbolistad) simples a antítese parnasiana

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28 – (Vunesp) Leia:

Ardor em firme coração nascido;pranto por belos olhos derramado;

incêndio em mares de água disfarçado;rio de neve em fogo convertido:

tu, que em um peito abrasas escondido;tu, que em um rosto corres desatado;quando fogo, em cristais aprisionado;quando crista, em chamas derretido.

Se és fogo, como passas brandamente,se és fogo, como queimas com porfia?

Mas ai, que andou Amor em ti prudente!

Pois para temperar a tirania,como quis que aqui fosse a neve ardente,

permitiu parecesse a chama fria.

O texto pertencente a Gregório de Matos apresenta quais características?a) Dualidade temática da sensualidade e do refreamento, construção sintática por simetrias

sucessivas, predomínio figurativo das metáforas e pares antitéticos que tendem para o paradoxo.b) Temática naturalista, assimetria total de construção, ordem direta predominando sobre a ordem

inversa, imagens que prenunciam o Romantismo.c) Trocadilhos, predomínio de metonímias e de símiles, a dualidade temática da sensualidade e do

refreamento, antíteses claras dispostas em ordem direta.d) Sintaxe segundo a ordem lógica do Classicismo, a qual o autor buscava imitar, predomínio das

metáforas e das antíteses, temática da fugacidade do tempo e da vida.

Page 35: Aula de Literatura: Do Trovadorismo ao  Barroco

29 – Com referência ao Barroco, todas as alternativas são corretas, exceto:a) O homem centra suas preocupações em seu próprio ser, tendo em mira seu

aprimoramento, com base na cultura greco-latina.b) O Barroco apresenta, como característica marcante, o espírito de tensão,

conflito entre tendências opostas: de um lado, o teocentrismo medieval e, de outro, o antropocentrismo renascentista.

c) O Barroco estabelece contradições entre espírito e carne, alma e corpo, morte e vida.

d) A arte barroca é vinculada à Contra-Reforma.e) O barroco caracteriza-se pela sintaxe obscura, uso de hipérbole e de metáfora.

30 – (Santa Casa) A preocupação com a brevidade da vida induz o poeta barroco a assumir uma atitude que:

a) desiste de lutar contra o tempo, menosprezando a mocidade e a beleza. b) quer gozar ao máximo seus dias, enquanto a mocidade dura.c) descrê da misericórdia divina e contesta os valores da religião.d) se deixa subjugar pelo desânimo e pela apatia dos céticos.e) se revolta contra os insondáveis desígnios de Deus.

Page 36: Aula de Literatura: Do Trovadorismo ao  Barroco

31 – A respeito de Gregório de Matos, assinale a alternativa incorretaa) Na poesia sacra, o homem não busca o perdão de Deus; não existe o sentimento

de culpa, ignorando-se a busca do perdão divino.b) Alguns de seus sonetos sacros e líricos transpõem, com brilho, esquemas de

Gôngora e de Quevedo.c) As suas farpas dirigiam-se de preferência contra os fidalgos caramurus.d) A melhor produção literária do autor é constituída de poesias líricas, em que

desenvolve temas constantes da estética barroca, como a transitoriedade da vida e das coisas.

e) Alma maligna, caráter rancoroso, relaxado por temperamento e costumes, verte fel em todas as suas sátiras.

32 – (UEL) Identifique a afirmação que se refere a Gregório de Matos: a) Dos poetas arcádicos eminentes, foi sem dúvida o mais liberal, o que mais

claramente manifestou as ideias da ilustração francesa.b) No seu esforço da criação, a comédia brasileira realiza um trabalho de crítica

que encontra seguidores no Romantismo e mesmo no restante do século XIX.c) Sua obra é uma síntese singular entre o passado e o presente: ainda tem os

torneios verbais do Quinhentismo português, mas combina-os com a paixão das imagens pré-românticas.

d) Teve grande capacidade em fixar num lampejo os vícios, os ridículos, os desmandos do poder local, valendo-se para isso do engenho artificioso que caracteriza o estilo da época.

e) Sua famosa sátira à autoridade portuguesa na Minas do chamado ciclo do ouro é prova de que seus talento não se restringia ao lirismo amoroso.

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33 – (UEL) - É lícito dizer que a literatura brasileira nasceu marcada: a) pela cultura clássica greco-romana. b) pelas luzes do racionalismo francês. c) pelo renascimento italiano, filtrado através da experiência nativa. d) pela cultura barroca dos padres jesuítas. e) pelo folclore indigenista.

34 – (UFV) Não houve desenvolvimento literário no Brasil-Colônia porque...

Assinale a incorreta: a) o isolamento das capitanias e seu desenvolvimento irregular

dificultou o contato entre escritores. b) inexistência, praticante, da vida urbana. c) Portugal sempre manteve o Brasil afastado das influências culturais

de outros países. d) a imitação estrangeira dificultou a imaginação de nossos escritores. e) nenhuma das anteriores.

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35 – (Fuvest) - Assinale V (verdadeiro) ou F (falso), após analisar as afirmações que se seguem sobre o Quinhentismo:

( ) A literatura de informação ressalta a importância do trabalho com o estilo, com a forma.

( ) A atitude de Caminha em frente à terra recém-descoberta é de decepção e de repulsa pelo índio.

( ) A produção informativa do Quinhentismo frente à terra tem maior valor histórico-documental que literário.

( ) A exaltação ufanista das virtudes da terra prestava-se, também, ao incentivo à imigração e aos investimentos da Europa na Colônia.

( ) Autores românticos e modernistas valeram-se de sugestões temáticas e formais das crônicas de viagem.

( ) A literatura dos viajantes é ocorrência exclusiva brasileira, não tendo nenhum similar em nenhuma outra parte do mundo.

( ) A poesia de Anchieta está presa aos modelos renascentistas e reflete, em seus sonetos, uma transparente influência de Camões.

A sequência é: a) F, F, V, V, V, F, F b) F, F, F, V, V, V, F c) F, F, F, F, F, V, V d) V, V, V, V, V, V, V e) V, V, V, V, V, F, F

Page 39: Aula de Literatura: Do Trovadorismo ao  Barroco

36 – (UFV) Leia a estrofe abaixo e faça o que se pede:

Dos vícios já desligadosnos pajés não crendo mais,

nem suas danças rituais,nem seus mágicos cuidados

(Anchieta , José de. O Auto de São Lourenço [Tradução e adaptação de Walmir Ayala] Rio de Janeiro: Ediouro[s.d.] pg 110)

a) Os meninos índios representam o processo de aculturação em sua concretude mais visível, como produto final de todo um empreendimento do qual participam com igual empenho a Coroa Portuguesa e a Companhia de Jesus.

b) A presença dos meninos índios representa uma síntese perfeita e acabada daquilo que se convencionou chamar de literatura informativa.

c) Os meninos índios estão afirmados os valores de sua própria cultura, ao mencionar as danças rituais e as magias praticadas pelos pajés.

d) Os meninos índios são figuras alegóricas cuja construção como personagens atende a todos os requintes da dramaturgia renascentista.

e) Os meninos índios representam a revolta dos nativos contra a catequese trazida pelos jesuítas, de quem quer libertar-se tão logo seja possível.

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