Aula - Contexto social e político da educação brasileira - entrelinhas de uma história de...

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Educar para a Cidadania crítica e para a emancipação popular em um país cuja história é marcada pela desigualdade social, certamente, representa um grande desafio. Educação como subproduto cultural his´torico da dominação imposta de fora para dentro, do centro para a periferia. O analfabetismo, a crise da escola e a dificuldade de aprendizagem da maioria dos alunos evidenciam que a educação nacional representa e sempre representou problema social grave que impede a construção de uma nação efetivamente democrática. História da educação brasileira fundmaenta-se no sincretismo entre exclusão/elitismo e dependência cultural em relação aos países centrais do sistema capitalista globalizado. Primeiro de Portugal e Inglaterra no século XIX, depois dos Estados Unidos no século XX, por causa do processo de industrialização e urbanização. Primeiro período: até 1549

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Educar para a Cidadania crítica e para a emancipação popular em um país cuja história é marcada pela desigualdade social, certamente, representa um grande desafio.

Educação como subproduto cultural his´torico da dominação imposta de fora para dentro, do centro para a periferia.

O analfabetismo, a crise da escola e a dificuldade de aprendizagem da maioria dos alunos evidenciam que a educação nacional representa e sempre representou problema social grave que impede a construção de uma nação efetivamente democrática.

História da educação brasileira fundmaenta-se no sincretismo entre exclusão/elitismo e dependência cultural em relação aos países centrais do sistema capitalista globalizado. Primeiro de Portugal e Inglaterra no século XIX, depois dos Estados Unidos no século XX, por causa do processo de industrialização e urbanização.

Primeiro período: até 1549

Pré-colonial: mercantilismo europeu, grandes navegações e esploração de novos continentes

O modelo de educação das comunidades indígenas patuava-se na transmissão de conhecimento de geração a geração, onde os mais novos aprendiam com os mais velhos. O Saber era algo comum, compartilhado entre todos para o bem comum sem ser usado para fins econômicos ou políticos => (eu digo que essa: visão é meio romantizada por que havia conhecimento restrito aos gêneros e as hierarquias como pajé, chefe da comunidade, embora ela use a palavra tribo etc). o exemplo e as

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atividades práticas ao ar livre eram fundamentais para o processo de aprendizagem.

Com a colonização e chegada dos padres jesuítas (soldados de Deus) o Modelo é substituído pela educação dos colonizadores portugueses que condena o modelo cultural acima citado e passa a impor seus princípios, regras, dogmas, adotando os dogmas da Igreja Católica. No entanto, a cultura indígena não morreu e encontrou formas diferenciadoas de ser disseminada na formação do povo brasileiro.

Segundo Período: 1549 até 1759

Chegada dos portugueses- jesuítas deviam catequizar os índios segundo os princípios da igreja católica, mas foram abandonando tal missão porque também deveriam oferecer para os filhos homens da elite portuguesa que vivia no Brasil. Os negros não eram considerados seres humanos pela Igreja e nem cidadãos pelo Estado então ficavam à margem de qualquer direito. As mulheres abastadas recebiam educação em casa ou em conventos. Ação pedagógica limita-se a formação de um pequeno estrato social de letrados, por meio do domínio do saber erudito e técnico europeu da época. Plano educacional: ratio Studiorium => gramática, humanidades e retórica.

A visibilidade que a igreja alcançou com diversas igrejas, conventos e toda a atuoridade adquirida pelos jesuítas chamou a atenção da coroa portuguesa que os expulsaram (marques de Pombal em nome do rei Dom Jo´se de Portugal) em 1759. Significou um corte dramático na história da educação do país.

Terceiro período – 1759-1808

Descoberta do ouro no Brasil. Marque de pombal estabelece o poder público como agente responsável pela definição de rumos na área educacional, com menos influencia da religião, mas utiliza a igreja para mostrar seu plano de ensino. A educação fica sob a responsabilidade das famílias aristocráticas e os professores vinham de países europeus. O

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ESTADO INSTITUIU AS Aulas régias e professores régios, promulga a lei que institui a real mesa censória(com o objectivo de transferir para o Estado, na totalidade, a fiscalização das obras que se pretendesse publicar ou divulgar no Reino, o que até então estava a cargo do Tribunal do Santo Ofício, do Desembargo do Paço e do Clero Ordinário), extingue as línguas nativas e obriga os índios e negros a falar apenas o português punindo seriamente os que desobedecessem, aumenta a cobrança de impostos destinando parte a educação.

As aulas eram autônomas, isoladas e os alunos podiam freqüentar só uma cadeira por vez dependendo das existentes no local, pois devido à escassez de professores era comum que não houvesse todas as aulas em todos os locais, somente nas principais vilas, o que tornava difícil e demorado a conclusão de todas as cadeiras.

Diferentemente do curso de humanidades realizado pelos jesuítas, que tinha por objetivo formar novos sacerdotes, as Aulas Régias buscavam dar às disciplinas uma utilidade para a vida cotidiana do homem. A cadeira de Gramática Grega era indispensável para os advogados, médicos, teólogos e artistas; a Gramática Latina deveria ser instrumento de domínio da cultura latina e língua portuguesa; a Retórica deveria ser útil a vida diária dos homens, porém a Filosofia não sofreu muitas modificações em relação ao seu ensino no período anterior.

Revolução Frances 1789, Independencia do EUA 1776 e do império de Napoleão Bonaparte, faz com que Portugal preste mais atenção a colônia e fuja para o Brasil.

Quarto Período: 1808-1889

Chegada da família real 1808, independência e a transição para a condição de império em 1822, primeira constituição 1824 (DETERMINA S INSTRUÇÃO PRIMÁRIA GRATUITA PARA TODOS OS CIDADÃOS, QU NÃO INCLUI NEGROS INDIOS E POBRES), período das regências 1831-1840, guerra do Paraguai 1864-1870, abolição dos escravos e os movimentos políticos em prol da proclamação da republica.

Para facilitar a vida da família real são instituídos cusrso na área de defesa e saúde priorizando Rio de Janeiro e Salvador, surgem algumas academias

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da marinha e militar, alguns cursos de cirurgia e anatomia, depois medicina, também imprensa, biblioteca, museu, jardim botânico. Nada foi feito para a educação das massas.

EM 1827 SURGE A PRIMEIRA ldb – LEI DE DIRETRIZES E BASES – DETERMINA QUE TODAS AS CIDADES, VILAS E LUGAREJOS TIVESSEM ESCOLAS PRIMÁRIAS FIXANDO NORMAS PARA AS METODOLOGIAS DE ENSINO E FORMAÇÃO DE PROFESSORES. EM 1837 uma lei descentraliza a responsabilidade da educação passando para as províncias, acentuando as disparidades regionais privilegiando mais uma vez a elite.

Inglaterra acabou o século XIX com apenas 10% de analfabetos o Brasil com 90% sem incluir escracos e índios.

A chegada dos italianos leva a reflexão sobre as condições de vida das massas.

Quinto período: 1889-1930

Proclamação da República- exigências de educação gratuita, obrigatória e universal ficam no papel.

Primeira Guerra Mundial – 1914-1919

Constituição de 1891 só contribui para a política de descentralização do ensino. 75 % de analfabetos.

Questão social explode com revoltas populares, greves e reinvindicações.

Surge movimento Pioneiros da Educação – nova escola (John Dewey). – mais democrática, mais acessível e lutavam por uma metodologia de ensino menos tradicional que primasse pela aprendizagem a partir de experiências vividas pelo aluno. A ======================================================================aprendizagem deveria ocorrer pela prática e experiência, ou seja, aprender fazendo, principio pedagógico q marca o inicio da educação para as massa no Brasil.

O Brasil não se constituía como um país segundo Holanda porque era coordenado segundo as vontades e necessidades de grandes latifundiários e comerciantes que davam contitnuidade aos sitema colonial de exportação e

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importação, não havia um projeto voltado para os interesses internos, que surge só em 1930.

Sexto Período = 1930-1964

Era Vargas – direitos sócias desertam pela primeira vez como meio utilizado pelo governo para diminuir as pressões populares por melhores condições de vida e justiça social – o período mais democrático que evoluiu para o autoritarismo e nacionalismo.

Segunda guerra mundial 1939-1945. A ONU é fundada, também a Declaração universal dos direitos humanos em 1948, minimiza efeitos da guerra fria entre EUA e URSS que se finda em 1990. A GF justificou invasões em cuba em 1961, Vietnã 1959-1975, Afeganistão 1978-1989. Apartheid social na áfrica do sul de 1948-1994.

1930 cria ministério da educação e saúde e a USP e a UFRJ.

A CONSTITUIÇAÕ DE 1934 DETERMINA O PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO CAPAZ DE COORDENAR TODOS OS NIVEIS DE ENSINO, vincula recursos para união, estados e municípios e fixa-lhes responsabilidades e competências. O ensino religioso é facultativo e a gratuidade e obrigatoriedade do ensino primário são implementadas.

Prioriza a definição de um estrutura orgânica para o ensino superios, secundário e comercial em todo o território nacional, ponto em comum com a nova escola (Fernando Azevedo, Lourenço filho, Anísio Teixeira).

Esse movimento defendia o ensino laico, público e gratuito para ambos os sexos, sob responsabilidade do estado e demais instituições sociais, defendia a ampliação proggressiva da obrigatoriedade do ensino ate os 18 anos, assim como a gratuidade em todos os níveis.

1937-1945 – ditadura de Vargas – Estado Novo. Constituição outrogada autoritariamente de inspiração fascista – representou um grande retrocesso na educação revogando a vinculação de recursos para a educação e reforçando a dualidade entre a escola de ricos e pobres, apesar de manter alguns princípios da carta anterior. Surge a escola voltada para a produção de mão de obra destinada as classes menos privilegiadas. O ensino profissionalizante ganha força e se espalha rapidamente em todas as regiões

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atendendo as necessidade de uma nação que começava a investir na industrialização.