Aula 7 - Metabolismo dos Caboidratos e Doenças
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METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS/
DOENAS
Msc. Danielle Rachel
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Carboidratos
Fontes mais importantes de energia do organismo;
So classificados como:
Monossacardios;
Oligossacardios;
Polissacardios;
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Carboidratos
- Monossacardeos: Acares simples (3 a 7 tomos de
carbono);
- Essas cadeias de carbono so hidroxiladas, com a
presena de grupos carbonila;
- Aldoses ou cetoses;
- Aldoses: polilcool-aldedo;
Ex: GLICOSE / GALACTOSE
- Cetoses: polilcool-cetona;
Ex: FRUTOSE
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Carboidratos - Oligossacardeos: Formados por ligaes glicosdicas
de dois ou mais (at dez) monossacardeos.
Trs mais importantes:
Maltose = Duas molculas de glicose;
Sacarose = Uma molcula de glicose e uma de frutose;
Lactose = Uma molcula de glicose e uma de galactose.
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Carboidratos - Polissacardeos: Carboidratos de elevada massa
molecular formados por mais de dez unidades
monossacardicas;
- Trs mais conhecidos: Amido, glicognio e celulose.
- Amido (forma de armazenamento de glicose nos
vegetais) o principal polissacardeo da dieta;
- Principal fonte: batatas, arroz e mandioca.
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Carboidratos - GLICOGNIO a mais importante forma de
polissacardeo de armazenamento para a glicose nos
animais!
Equivalente ao amido dos vegetais;
- Celulose: Polissacardeo de papel estrutural, isto ,
participa da parede das clulas vegetais;
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Carboidratos Os carboidratos da dieta fornecem a maior parte das
necessidades calricas do organismo;
Antes da absoro dos carboidratos pelas clulas do
intestino delgado, essencial que os polissacardeos e
oligossacardeos sejam HIDROLIZADOS em seus
componentes monossacardicos;
Isto ocorre em diferentes locais do sistema digestrio
por uma srie de ENZIMAS.
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Carboidratos Ex: Amido degradado pela enzima -amilase (salivar
e pancretica);
Forma maltose e isomaltose;
Maltose e isomaltose hidrolizados em GLICOSE por
enzimas ligadas membrana intestinal: maltase e
isomaltase;
Hidrlise ocorre na superfcie das clulas da mucosa
intestinal.
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Carboidratos Principais monossacardeos obtidos por hidrlise:
Glicose, Frutose e Galactose;
Absorvidos do lmem para as clulas e levados ao
fgado pelo sistema porta;
Glicose no fgado metabolizada ou armazenada como
glicognio;
Fgado libera glicose para a circulao sistmica,
tornando-a disponvel a todas as clulas do organismo.
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Carboidratos Frutose e galactose so convertidas em glicose, a forma
usual de acar circulante;
Concentrao de glicose no sangue regulada por uma
complexa interrelao de muitas vias e modulada por
vrios hormnios.
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Glicose Glicose a aldohexose mais importante para a
manuteno energtica do organismo;
Em condies normais, a glicose sangunea
(GLICEMIA) mantida em teores apropriados por meio
de vrios mecanismos regulatrios;
Ex: Aps uma refeio contendo carboidratos, ocorre a
elevao da glicose circulante que provoca:
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Glicose 1) Remoo pelo fgado de 70% da glicose transportada
via circulao porta:
A veia porta heptica fornece ao fgado uma quantidade
enorme de glicose que impossvel ser totalmente
degradada no metabolismo energtico;
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Glicose - Parte da glicose oxidada;
- Parte convertida em glicognio para ser utilizada
como combustvel no jejum;
Excesso de glicose parcialmente convertida em cidos
graxos e triglicerdios incorporados s VLDL
(lipoprotenas de densidade muito baixa) e transportados
para os estoques do tecido adiposo.
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Glicose
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2) Liberao de insulina pelas clulas do pncreas. INSULINA= Principal hormnio que afeta os nveis de
glicose sangunea;
Importante compreender suas aes para o estudo do
diabetes mellitus;
Insulina = Pequena protena sintetizada nas clulas das ilhotas de Langerhans do pncreas;
Ao = atravs de receptores das membranas;
Tecidos alvo = Fgado, msculo e tecido adiposo;
Liberada nos perodos ps prandiais.
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Insulina Efeito geral / Funo = Incorporao celular e
armazenamento de combustveis metablicos;
Sua ausncia = Impede penetrao de glicose nas
clulas da maioria dos tecidos do corpo;
- Tecidos insulino-dependentes: Muscular, adiposo,
diafragma, aorta, hipfise anterior, glndulas mamrias e
lente dos olhos;
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Insulina - Tecidos insulino-independentes: Clulas do fgado,
crebro, eritrcitos e nervos;
NO NECESSITAM DE INSULINA PARA A CAPTAO
DE GLICOSE!!!
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Glucagon Hormnio produzido pelas clulas das ilhotas de
Langerhans do pncreas;
liberado nos perodos de jejum;
No jejum importante que o organismo produza glicose
e que os tecidos perifricos utilizem cidos graxos como
principal fonte energtica, poupando a glicose para o
SNC, o que realizado pelas aes do glucagon.
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Glicose Hormnios (adrenalina, hormnio de crescimento,
glicocorticides, hormnios da tireide) tambm atuam
na regulao da glicemia;
Em situaes de estresse:
- Aumentam a liplise e a produo heptica de glicose
(ativao da gliconeognese e/ou glicogenlise );
- Diminuem a captao e a utilizao perifrica da
glicose;
- Intensificam as aes metablicas do glucagon.
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Glicose Estas atividades metablicas levam a reduo da
glicemia em direo aos teores encontrados em jejum;
Quando os nveis de glicose no sangue em jejum esto
acima dos valores de referncia, denomina-se
HIPERGLICEMIA, quando abaixo destes valores,
HIPOGLICEMIA.
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Glicose G l i c o s e n o r m a l m e n t e F I LT R A D A P E L O S
GLOMRULOS e quase totalmente REABSORVIDA
PELOS TBULOS RENAIS;
Quando os teores sanguneos atingem a faixa de 160 a
180 mg/dL, a glicose aparece na urina = glicosria.
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Metabolismo do carboidrato
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Alimentao (grande quantidade de glicose);
Eleva nveis de acar = Nvel Glicmico;
Participao da insulina;
Liberao pelo pncreas.
Metabolismo do carboidrato
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Insulina se liga a protenas nas membranas das clulas do
fgado e outros tecidos;
Permite que a glicose entre nas clulas do corpo e saia da
corrente sangunea;
Insulina funciona como um SINALIZADOR;
Valor glicmico normaliza;
Pncreas no libera mais insulina.
Metabolismo do carboidrato
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Hiperglicemia = Aumento anormal do nvel de glicose no
sangue;
Torna o sangue muito concentrado alterando os
mecanismos osmticos de reabsoro de gua nos
tbulos renais (induz a uma diurese excessiva =
desidratao);
Provoca uma srie de alteraes patolgicas especficas
tpicas de uma doena metablica muito comum, o
DIABETES MELLITUS!
Hiperglicemia - Diabetes mellitus
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TIPOS:
- Tipo 1: Dependente de insulina (Falta de insulina);
- Tipo 2: No dependente de insulina (Defeito no receptor
de membrana);
- Tipo 3: Outros tipos especficos;
- Diabetes gestacional.
Diabetes mellitus
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Diabetes mellitus tipo 1 Responsvel por 15% de todos os casos;
Mais comum no jovem com menos de 20 anos;
Tambm chamada de IMUNO-MEDIADA;
Destruio das clulas do pncreas, levando a uma
deficincia de insulina pancretica;
Vrus e substncias txicas s clulas podem iniciar
uma ao auto-imune progressiva que causa a
destruio das clulas.
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Diabetes mellitus tipo 1 O processo auto-imune lentamente progressivo
tornando-se o DMT1 clinicamente manifesto somente
depois que mais de 90% das clulas foram destrudas
(aps vrios anos);
Hereditariedade pode influenciar;
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Diabetes mellitus tipo 1 Indivduos geneticamente susceptveis iniciam suas vidas
sem qualquer alterao detectvel
Fator precipitante
Diminuio da massa de clulas , contudo reserva
funcional suficiente para manter nveis normais de
glicemia.
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Diabetes mellitus tipo 1
Processo auto-imune continua;
Sendo lesivo s clulas, provocando uma grande perda
destas que causa diminuio de secreo de insulina.
Diabetes se manifesta clinicamente
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Diabetes mellitus tipo 1 Paciente insulino-dependente;
Insulina importante para manter a vida e prevenir
cetoacidose;
Tem presena de anticorpos:
- Anti-insulina;
- Anti-ilhotas.
A presena desses anticorpos no soro pode ser um
indicador do desenvolvimento futuro de diabetes.
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DM tipo 1 Quadro clnico Poliria (glicosria e diurese osmtica);
Polidipsia (desidratao pela diurese osmtica);
Emagrecimento (estado catablico);
Evoluo para a cetoacidose (descompensao
metablica mxima).
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DM tipo 1 Tratamento Terapia Mdica Nutricional:
- 6 refeies;
- Refeies principais devem conter: carboidratos,
gordura e protenas;
- Recomenda-se que as principais fontes de carboidratos
sejam: os cereais, as frutas, os vegetais e o leite
desnatado.
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DM tipo 1 Tratamento Atividade fsica:
- Regularmente praticada;
- 30 min 5 dias;
Insulinoterapia:
- Duas doses antes do caf da manh e uma dose antes
do jantar, ou antes de deitar, aplicadas no tecido
subcutneo;
Transplante do pncreas.
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Diabetes mellitus tipo 2 Responsvel por cerca de 85% dos casos;
Mais comum entre os 40 a 80 anos;
Em geral se instala de forma lenta em pacientes obesos;
Motivos: Maus hbitos alimentares, falta de atividade
fsica e obesidade;
Pacientes apresentam sintomas moderados e no so
dependentes de insulina;
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Diabetes mellitus tipo 2 Receptores esto bloqueados, impedindo o contato com
a insulina;
Bloqueio ocorre devido presena de lipdios, ou
clulas adiposas, ou ainda por anticorpos produzidos
pelo prprio organismo, que impedem o contato da
insulina com os seus devidos receptores;
Atividade fsica e dietoterapia so fundamentais!
Raramente apresenta cetoacidose diabtica.
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DM tipo 2 Quadro clnico Diagnstico feito aps vrios anos de doena porque a
hiperglicemia desenvolve-se gradualmente;
Sintomas leves: Fadiga, fraqueza, tontura;
Se o grau de hiperglicemia no for suficiente para produzir sintomas, diagnstico s aps complicaes macro e microvasculares;
Diagnstico muitas vezes feito por dosagem da glicemia em exames de rotina;
Com a evoluo da doena: poliria, polidipsia, emagrecimento e micoses de pele ou do trato genital.
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DM tipo 2 Tratamento Terapia Mdico Nutricional:
- Dieta igual para o DM1
- Exceto quanto necessidade de reduo do peso;
Atividade fsica:
- Igual para o DM1;
Antidiabticos Orais;
Insulinoterapia:
- Dose pequena de insulina antes do paciente se deitar com
manuteno da posologia antidiabtica oral durante o dia.
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DM tipo 2 Tratamento Tratamentos Associados:
Mudanas do estilo de vida:
Alimentao saudvel;
Reduo de peso;
Abandono de vcios (fumo e lcool);
Aspirina = Indicada (dose baixa) nos diabticos com
complicaes vasculares ou como profilaxia auxiliar das
doenas cardiovasculares, em todo diabtico acima dos 30
anos de idade.
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Diabetes mellitus gestacional Alto nvel de glicose cujo incio ou reconhecimento
feito durante a gestao;
Diagnosticada pela primeira vez durante a gravidez
podendo ou no persistir aps o parto;
Geralmente aparece no segundo trimestre da gravidez;
Por que?
Porque hormnios antagonistas da insulina atingem seu
valor mximo.
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Diabetes mellitus gestacional
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Diabetes mellitus gestacional Encontrada entre 1-20% das grvidas;
FATORES DE RISCO:
Mais de 25 anos ao engravidar;
Possuir histrico familiar de diabetes;
Apresentar acar (glicose) na urina quando fizer uma consulta de pr-natal peridica;
Tiver hipertenso;
Ganho de peso excessivo durante a gestao;
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Diabetes mellitus gestacional Sndrome dos ovrios policsticos;
Histria prvia de bebs grandes (mais de 4 kg);
Tiver passado por um aborto espontneo de causa
indeterminada ou tiver tido um natimorto;
Estava acima do peso antes de engravidar.
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Diabetes mellitus gestacional Uma vez diagnosticado, Diabetes gestacional persiste
at o fim da gravidez;
Depois do parto, geralmente nveis glicmicos se
normalizam;
Dentro de 5 a 10 anos, mulheres podem vir a
desenvolver diabetes;
Em certos casos, a gravidez um fator precipitante para
o DM1.
Diabetes tipo 1 e 2 DMG
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DMG Quadro clnico Geralmente quadros de hiperglicemia leve;
- Viso borrada
- Fadiga
- Infeces frequentes, incluindo na bexiga, vagina e pele
- Aumento da sede
- Aumento da mico
- Nusea e vmitos
Necessrio acompanhamento para no prejudicar o feto;
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DMG Tratamento Controle feito na maioria das vezes atravs de uma
orientao nutricional adequada;
Prtica de atividade fsica = medida de grande eficcia
para reduo dos nveis glicmicos.
Se dentro de duas semanas a taxa de glicemia no se
normaliza = Insulina!
Aproximadamente 6 semanas aps o parto a mulher
que teve diabetes gestacional deve realizar um novo
teste oral de tolerncia a glicose.
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Outros tipos especficos de Diabetes
Defeitos genticos:
DAS CLULAS = Formas raras; MODY (Maturity-Onset Diabetes of the Young) Diabetes de incio na maturidade do tipo juvenil;
um subtipo da Diabetes Mellitus;
Manifestam na adolescncia;
Difere do tipo 2 por pacientes serem:
Normotensos, normolipidmicos e no apresentarem obesidade;
Estabilidade do diabetes.
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Outros tipos especficos de Diabetes
Por que ocorre?
Distrbios genticos nas clulas , provocados por alteraes em vrios genes;
Tipo mais comum um defeito no cromossomo 12;
Provoca alteraes nos hepatcitos.
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Outros tipos especficos de Diabetes
Diagnstico :
Diagnstico efetuado antes dos 25 anos de idade em, pelo
menos, um membro da famlia;
Transmisso autossmica dominante com, pelo menos, 3
geraes atingidas pela diabetes;
Capacidade de controle da diabetes sem recurso da
insulinoterapia (e sem desenvolver cetose) durante um
perodo de, pelo menos, 2 anos.
Bom controle metablico apenas com medidas dietticas.
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Outros tipos especficos de Diabetes
Doenas do pncreas:
- Pancreatites (alcoolismo);
- Hemocromatose;
- Pancreatopatias;
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Outros tipos especficos de Diabetes
Induzido por drogas ou agentes qumicos :
Glicocorticides = Tendncia a levar hiperglicemia,
principalmente devido ao aumento da gliconeognese
heptica e do antagonismo perifrico ao da insulina;
Leva a diminuio da captao de glicose no msculo e
tecido gorduroso;
Podem induzir o aparecimento de diabetes, usualmente
sem cetose, relacionado com a dose e a durao do
tratamento;
51
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Outros tipos especficos de Diabetes
Na maioria das vezes reversvel com a parada da
administrao;
Atividade fsica regular um importante recurso;
Indivduos com predisposio gentica podem
permanecer diabticos.
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Outros tipos especficos de Diabetes
Induzido por drogas ou agentes qumicos :
Antipsicticos = olanzapina, quetiapina, e risperidona;
Causam ganho de peso, hiperlipidemia, hiperglicemia,
e hipertenso arterial;
Hiperglicemia: Secundariamente ao ganho de peso ou
de forma independente;
Pacientes precisam fazer verificaes de peso, glicemia,
presso arterial, circunferncia abdominal e perfil
lipdico pelo menos a cada 4 meses.
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-
Condio mdica aguda caracterizada pela concentrao
da glicose sangunea abaixo dos limites encontrados no
jejum;
-
Pode ocorrer reduo em uma hora e meia a duas horas
aps refeio;
comum a obteno de teores de glicose plasmtica ao
redor de 50 mg/dL no teste ps - prandial de 2 horas;
Hipoglicemia
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Fatores que levam hipoglicemia:
- Insulinoma: Tumores das culas = produzem insulina
em excesso (remoo cirrgica);
- Doena de Addison: Leva a deficincia de glicocorticide
e gera hipoglicemia;
- No comer o suficiente, ou demorar a comer.
Hipoglicemia
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Razes para hipoglicemia em diabticos:
- Usar medicaes para diabetes em excesso;
- Exerccio fsico vigoroso;
- Ingesto excessiva de lcool.
Hipoglicemia
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Hipoglicemia Quadro clnico No existem sintomas especficos;
Reduo rpida da glicose plasmtica a teores
hipoglicmicos geralmente desencadeia uma
RESPOSTA SIMPTICA com liberao de adrenalina;
Produz sintomas clssicos da hipoglicemia: fraqueza,
suor, calafrios, nusea, pulso rpido, fome e tonturas;
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Hipoglicemia Quadro clnico Crebro = totalmente dependente da glicose sangunea!
Nveis muito baixos (menos de 20 a 30 mg/dL) provocam disfunes severas do SNC;
Durante jejum prolongado ou hipoglicemia, os corpos cetnicos so utilizados como fonte de energia;
Sintomas e sinais : enxaqueca, confuso, letargia e perda de conscincia.
Restaurao da concentrao da glicose plasmtica, geralmente provoca recuperao, apesar de uma provvel leso irreversvel.
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Hipoglicemia O que fazer?
Tomar gua com acar ou refrigerante;
2 a 3 balas doces;
Controlar a glicemia (> 80mg/dl) dentro de 15 minutos;
Opo de tratamento para indivduos que tm
hipoglicemias com facilidade:
Glucagon injetvel 1 mg intramuscular.
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INVESTIGAO LABORATORIAL
O diagnstico dos distrbios no metabolismo da glicose
depende da demonstrao de alteraes na
concentrao de glicose no SANGUE e tambm na
URINA;
So usados vrios testes bioqumicos para o diagnstico
e monitoramento a longo prazo dos pacientes.
61
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INVESTIGAO LABORATORIAL
ANLISE DA URINA
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INVESTIGAO LABORATORIAL
Glicose na urina:
GLICOSRIA permite uma boa varredura inicial do
diabetes;
Maior parte dos exames mdicos de rotina e das
internaes em hospitais incluir anlise de GLICOSE na
URINA;
Glicose no aparece na urina at que o nvel de glicose do
plasma se eleve acima de 10 mmol/L.
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INVESTIGAO LABORATORIAL
Glicose na urina:
EXCEO EM INDIVDUOS SADIOS
Glicose pode transbordar para a urina em concentraes
plasmticas bem inferiores!
Esses indivduos possuem um LIMIAR RENAL de glicose
baixo;
Apresentam GLICOSRIA sem que tenham Diabetes
mellitus.
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INVESTIGAO LABORATORIAL
Cetonas na urina:
Corpos cetnicos = Acetona, Acetoacetato e -hidroxibutirato;
Pode haver acmulo no plasma de um paciente diabtico;
Podem aparecer em indivduos NORMAIS como
resultado de JEJUM PROLONGADO;
65
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INVESTIGAO LABORATORIAL
Cetonas na urina:
Existe um mtodo para testar cetonas na urina (em casa)
atravs de fitas teste;
Chemstrip K
66
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INVESTIGAO LABORATORIAL
Cetonas na urina:
Chemstrip K;
Padres:
- 15 mmol/L = Baixa 80 mmol/L= Alta
- 40 mmol/L = Moderada 160 mmol/L = Muito
Alta
67
-
INVESTIGAO LABORATORIAL
ANLISE DO SANGUE
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INVESTIGAO LABORATORIAL
Peptdeo C:
Norma de Coleta: Jejum de 8 horas.
Valor de Referncia: 0,9 a 4,0 ng/mL
Mtodo: Quimioluminescncia
Instruo de Coleta: Coletar 1,0 mL de soro
Exame no pedido para diagnosticar diabetes !
69
-
INVESTIGAO LABORATORIAL
Peptdeo C:
70
-
INVESTIGAO LABORATORIAL
Peptdeo C:
Aumento = Em DM tipo 2 e quando acompanhado de
hipoglicemia sugestivo de insulinoma.
Diminuio = Pacientes em uso de insulina exgena e DM
tipo 1.
71
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INVESTIGAO LABORATORIAL
TESTE DE ESTMULO DO PEPTDEO C COM
SUSTACAL
- Indicao: Avaliao da reserva pancretica em
diabticos do tipo 1 e 2.
- Orientaes:
- Teste realizado somente pela manh, em jejum de 8
horas.
- Mede-se a glicemia capilar antes do incio do teste (deve
estar entre 70 e 200 mg/dL)
72
-
INVESTIGAO LABORATORIAL
TESTE DE ESTMULO DO PEPTDEO C COM
SUSTACAL
- Pacientes em uso de insulina devem realizar sua
aplicao logo aps o trmino do teste, a critrio
mdico.
- Medicaes que estimulam a secreo de insulina
(sulfonilurias e meglitinidas) podem interferir na
avaliao do teste.
- proibido fumar durante o teste.
73
-
INVESTIGAO LABORATORIAL
TESTE DE ESTMULO DO PEPTDEO C COM
SUSTACAL
- Tcnica:
Coleta de sangue basal para dosagem de Peptdeo C
Administrao de soluo de Sustacal 6 ml/kg de peso em
at 10 minutos, no excedendo 360 ml;
- Preparo da soluo de Sustacal:
Diluir 40 gramas de Sustagen em 1 copo de leite integral
(200 mL);
Se necessrio (peso do paciente) preparar duas medidas. 74
-
INVESTIGAO LABORATORIAL
TESTE DE ESTMULO DO PEPTDEO C COM
SUSTACAL
- Tcnica:
- Coleta de sangue aos 90 minutos aps completa
ingesto do Sustacal;
75
-
INVESTIGAO LABORATORIAL
TESTE DE ESTMULO DO PEPTDEO C COM
SUSTACAL
- Interpretao:
IMC at 25 Kg/m: 0,75 a 3,73 ng/mL
IMC entre 25 e 30 Kg/m: 0,98 a 4,39 ng/mL
IMC acima de 30 Kg/m: 1,39 a 5,87 ng/mL.
76
-
INVESTIGAO LABORATORIAL
TESTE DE ESTMULO DO PEPTDEO C COM
SUSTACAL
M T O D O : E n s a i o i m u n o e n z i m t i c o p o r
quimioluminescncia.
77
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INVESTIGAO LABORATORIAL
TESTE DE ESTMULO DO PEPTDEO C COM
GLUCAGON
- Indicao: Avaliao da reserva pancretica (funo da
clula beta).
- Tcnica:
Aps jejum 8 horas, puno venosa com cateter e
repouso de 20 minutos (amostra basal).
Administrao por via endovenosa de 1mg de Glucagon;
Coletar amostra aps 6 minutos da administrao do
glucagon. 78
-
INVESTIGAO LABORATORIAL
TESTE DE ESTMULO DO PEPTDEO C COM
GLUCAGON
- Interpretao:
Valor mdio 1,6 ng/mL;
Valor inferior a 0,8 ng/mL indica reserva pancretica
funcional comprometida.
- MTODO:
Ensaio imunoenzimtico por quimioluminescncia.
79
-
INVESTIGAO LABORATORIAL
Glicose sangunea:
Glicose dosada em amostras de sangue colhidas em tubos
contendo fluoreto;
Tambm pode ser dosada fora do laboratrio por TIRAS
DE DOSAGEM;
80
-
INVESTIGAO LABORATORIAL
Glicose sangunea aleatria (GSA):
Em situaes de emergncia a GSA a nica dosagem
requerida;
GSA deve ser menor que 8 mmol/L nos NO
DIABTICOS;
GSA acima de 11 mmol/L geralmente indica Diabetes.
81
-
INVESTIGAO LABORATORIAL
Glicose sangunea em jejum (GSJ):
GSJ medida aps jejum de pelo menos 10 horas;
Para diagnstico: GSJ melhor que GSA;
Normais: at 100 mg/dL
Glicemia de jejum inapropriada: de 110 a 126 mg/dL
Diabticos: acima de 126 mg/dL
82
-
INVESTIGAO LABORATORIAL
Glicose Plasmtica ps-prandial de duas horas:
Verificar concentrao da glicemia duas horas aps a
ingesto de 75 g de glicose em soluo aquosa (ou refeio
contendo 75 g de carboidratos);
Por que 2 horas?
Aps a ingesto de carboidratos, a glicose sangunea
tende a retornar ao normal dentro de 2 horas!!
83
-
INVESTIGAO LABORATORIAL
Glicose Plasmtica ps-prandial de duas horas:
Aps duas horas da sobrecarga, valores de glicemia
plasmtica:
200 mg/dL so considerados diagnsticos de
DIABETES;
Entre 140 e 200 mg/dL na tolerncia glicose alterada;
140 mg/dL so considerados normais.
84
-
INVESTIGAO LABORATORIAL
Glicose Plasmtica ps-prandial de duas horas:
Valores tendem a crescer com a idade (10 mg/dL por
dcada de vida, aps a idade de 40 anos);
Concentraes acima de 200 mg/dL podem ser
encontradas em indivduos idosos que no apresentam
diabetes!
85
-
INVESTIGAO LABORATORIAL
Teste de tolerncia oral glicose (TOTG):
Diagnstico de Diabetes feito com base na resposta do
paciente a CARGA ORAL DE GLICOSE;
1) Coleta de amostra de sangue basal, pela manh, aps
perodo de jejum de 8-10 horas;
2) Paciente ingere 75 g de glicose oral em cerca de 300 mL
de gua, bebida dentro de 5 minutos;
86
-
INVESTIGAO LABORATORIAL
Teste de tolerncia oral glicose (TOTG):
3) Medio dos nveis de glicose do plasma a cada 30
min, durante 2 horas (0, 30, 60, 90 e 120 min)
Paciente deve estar:
- Confortavelmente sentado durante todo o teste;
- No deve fumar;
- Dieta normal pelo menos 3 dias antes do teste;
- Com ingesto mnima de 250 g de carboidratos/dia, por
pelo menos 3 dias que antecedem o teste.
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-
INVESTIGAO LABORATORIAL
Indicaes do TOTG:
Existem poucas indicaes para o teste;
- Glicose Sangunea em jejum ou ps-prandial no
LIMIAR (110 126 mg/dL);
- Glicosria persistente;
- Glicosria em mulheres grvidas;
- Grvidas com histrico familiar de Diabetes mellitus
ou perda inexplicada do feto.
88
-
INVESTIGAO LABORATORIAL
Interpretao do TOTG:
Diagnstico de Diabetes mellitus quando:
H aumento no nvel de glicose de 2 horas e quando a
glicose for igual ou maior do que 11 mmol/L em algum
ponto do teste;
Glicose em jejum maior que 8 mmol/L;
Glicose de 2 horas acima de 11 mmol/L;
89
-
INVESTIGAO LABORATORIAL
Interpretao do TOTG:
Paciente com GLICOSE plasmtica de JEJUM NORMAL e
APENAS glicose de 2 horas na faixa diabtica = Repetir o
teste aps 6 semanas;
90
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INVESTIGAO LABORATORIAL Interpretao do TOTG:
Tolerncia glicose diminuda: No deve ser encarada como uma doena!
Mostra o que?
Paciente se encontra em ESTGIO INTERMEDIRIO entre a normalidade e o Diabetes;
Risco AUMENTADO de desenvolver Diabetes!
Acompanhamento anual!
Valores entre 140 e 199 mg/dl (7,8 a 11,1 mmol/L) JEJUM e 2 HORAS;
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INVESTIGAO LABORATORIAL /GRVIDAS
Recomendaes preconizam screening para:
- TODAS as mulheres grvidas;
- Mais de 25 anos;
- Obesas;
- Histrico familiar de diabetes;
Teste efetuado entre a 24 e 28 semana de gravidez;
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INVESTIGAO LABORATORIAL /GRVIDAS
Critrios diagnsticos so ligeiramente diferentes em
gestantes;
Colhe-se sangue para saber o nvel de acar ainda em
jejum;
Administrase: 100 g de glicose e as amostras de sangue
so colhidas nos tempos 0, 60, 120 e 180 minutos;
Valores em mulheres no diabticas:
Jejum
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O diagnstico de diabetes gestacional ocorre quando
dois desses limites forem atingidos ou ultrapassados;
Em gestantes no incio da gravidez ou a partir da 20
semana, indica-se teste de glicemia em jejum;
Valores maiores que 85 mg/dL so considerados
positivos, sendo necessrio proceder ao TOTG;
Considera-se, tambm, confirmatrios de diabetes
gestacional valores obtidos de duas glicemias em jejum
105 mg/dL.
INVESTIGAO LABORATORIAL /GRVIDAS
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TESTE DE OSULLIVAN Dibetes gestacional
Empregado para detectar o diabetes gestacional e deve ser
realizado entre 24 e a 28 semana de gestao;
Paciente em jejum administrada 50 g de glicose em
soluo aquosa por via oral;
Sangue colhido aps 1 hora;
Resultados iguais ou superiores a 140 mg/dL indicam a
necessidade de um teste completo.
INVESTIGAO LABORATORIAL /GRVIDAS
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INVESTIGAO LABORATORIAL
Hemoglobina A1c ou Hemoglobina Glicada
- Obtidas pela adio espontnea de glicose ao grupo amino livre das protenas hemoglobnicas;
- Estudo realizado, principalmente, pela medida da sub-frao HbAl c;
- Indica o controle metablico do paciente nas 8 a 10 semanas precedentes ao teste (1/2 vida da hemoglobina);
- Bom ndice de controle diabtico;
- Monitorada:
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INVESTIGAO LABORATORIAL
Hemoglobina A1c ou Hemoglobina Glicada
- Cada 3 ou 4 meses em diabticos estveis;
- Cada 1 ou 2 meses, em diabticos com pobre controle glicmico;
- Grvidas diabticas (especialmente tipo 1) avaliadas 1 a 2 vezes ao ms;
- til para:
Complementar as informaes dos nveis de glicose sangunea;
Registrar dosagens de glicose do paciente.
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INVESTIGAO LABORATORIAL
Hemoglobina A1c ou Hemoglobina Glicada
- Valores normais para pessoas sem diabetes: entre 4% e
6%;
- Diabetes bem controlado: valores abaixo de 7%;
- Nveis acima de 7% associados a um maior risco de
complicaes.
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INVESTIGAO LABORATORIAL - Albumina
Valor Normal = 2,5 25 mg/dia;
Macroalbiminria = > 250 mg/dia;
Microalbuminria = Intermediria;
Pequeno aumento na excreo urinria no detectado em testes de tiras;
Quantificao em urina de 24 horas;
Excreo de pequenas quantidades (albumina) por diabticos com nefropatia com reduo da filtrao glomerular;
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INVESTIGAO LABORATORIAL - Albumina
Microalbuminria: Medida de nefropatia diabtica!
Determinao da microalbuminria permite a deteco de
complicaes renais;
Sinal PRECOCE e REVERSVEL de leso renal.
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DOENA RENAL
10-25% dos pacientes tratados com doena renal
terminal apresentam NEFROPATIA DIABTICA;
Provocado por doena dos pequenos vasos sanguneos
(glomrulo renal) associada ao diabetes;
Manifestao inicial: Proteinria;
Depois, a funo renal declina com ELEVAO DA
URIA E CREATININA PLASMTICA, levando
insuficincia renal;
COMPLICAES
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DOENA RENAL
Avaliao da microalbuminria til para detectar esta
desordem precocemente;
Permite o retardamento da evoluo pela estabilizao
dos nveis de glicemia;
A presena de microalbuminria em diabticos tipo 1
sugere maior risco de contrair nefropatia diabtica;
Nos diabticos tipo 2, um fator de risco para acidentes
cardiovasculares e infarto do miocrdio.
COMPLICAES
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CETOACIDOSE DIABTICA
Pacientes portadores de episdios hiperglicmicos,
quando no tratados, desenvolvem cetoacidose!
Caracterizado por deficincia grave de insulina
associada elevao do glucagon e demais hormnios
contra-reguladores;
Como se desenvolve???
COMPLICAES
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CETOACIDOSE DIABTICA
Diminuio do transporte de glicose para os
tecidos
Hiperglicemia
Glicosria = Diurese osmtica
Desidratao
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CETOACIDOSE DIABTICA
Deficincia/resistncia
insulina
Liplise
Excesso de produo de cidos graxos
Cetonas = Acidose metablica e Cetonria
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CARACTERSTICAS CETOACIDOSE DIABTICA
Ocorre geralmente com Hiperglicemia >300 mg/dL;
Controle importante nas situaes em que a glicemia
se encontra acima dos 250 mg/dl;
Acidose metablica apresenta: anons indeterminados
elevados, pH sanguneo < 7,30 e bicarbonato < 15
mmol/L;
Cetonemia e Cetonria;
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CARACTERSTICAS CETOACIDOSE DIABTICA
Dor abdominal: Elevaes da amilase (diagnsticos errneos de pancreatite aguda);
Perda de gua e eletrlitos;
Vmito;
Nveis de creatinina elevados em virtude da desidratao;
Alteraes do ritmo respiratrio;
Gasometria arterial = CO2 reduzido (abaixo de 5 mmol/L nos casos severos);
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CARACTERSTICAS CETOACIDOSE DIABTICA
Hlito cetnico (acetona);
Cefalia, mal-estar;
Em situaes de normalidade, os resultados da
cetonemia devem encontrar-se abaixo dos 0,6 mmol/L;
Glicemia superior a 250 mg/dl, cetonemia maior que 3
mmol/l.
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TRATAMENTO CETOACIDOSE DIABTICA
ADMINISTRAO DE:
- Lquidos: Geralmente paciente DESIDRATADOS, sendo
essencial administrar salina para restaurar circulao;
- Insulina: Insulina intravenosa!
Intramuscular = Alternativa
- Potssio: Pacientes com CAD sempre tem nveis de
potssio anormais.
Objetivo: Manter o potssio srico entre 4 e 5 mEq/l
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TRATAMENTO CETOACIDOSE DIABTICA
Em casos graves (concentrao de on hidrognio alta >
100nmol/L) administrar bicarbonato de sdio IV;
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