Aula 2 Evapotranspiração
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Curso:ENGENHARIA CIVIL
Disciplina: HIDROLOGIA
Professora: Nyadja Menezes
Email: [email protected]
Carga horária
72 h
TurnoNoite
Semestre/Ano01/2014
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EMENTA – AP 2:
Interceptação;Evaporação e Evapotranspiração;Água Subterrânea;Infiltração e Armazenamento de água no solo;Escoamento superficial e em rios e reservatórios;Aquisição e processamento de dados. Vazão máxima e hidrograma de projetoControle enchentes;Gestão dos Recursos Hídricos.
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EMENTA – AP 2:
Interceptação;Evaporação e Evapotranspiração;Água Subterrânea;Infiltração e Armazenamento de água no solo;Escoamento superficial e em rios e reservatórios;Aquisição e processamento de dados. Vazão máxima e hidrograma de projetoControle enchentes;Gestão dos Recursos Hídricos.
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A EVAPOTRANSPIRAÇÃO
A evapotranspiração é a forma pela qual a água da superfície
terrestre passa para a atmosfera no estado de vapor, tendo papel
importantíssimo no Ciclo Hidrológico em termos globais.
A evapotranspiração é importante para o balanço hídrico de
uma bacia como um todo e, principalmente, para o balanço
hídrico agrícola, que poderá envolver o cálculo da necessidade
de irrigação.
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O vento renova o ar em contato com a superfície que
está evaporando (superfície da água, do solo, da folha
da planta...), diminuindo a saturação desta porção de ar.
•Com vento forte, a turbulência do ar é maior, trazendo
para perto da superfície de evaporação o ar das regiões
mais altas da atmosfera. Isto torna a umidade nestes
locais menor, aumentando a taxa de evaporação.
O VENTO
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A principal fonte de energia do sistema Terra-atmosfera, utilizada
nos processos físicos, químicos e biológicos que ocorrem tanto na
superfície quanto na atmosfera, é a radiação eletromagnética
proveniente do sol (Yamasoe, 2006).
Maior fonte de energia para a Terra, principal elemento meteorológico e um dos fatores determinantes do tempo e do clima. Além disso, afeta diversos processos: físicos (aquecimento/evaporação), biofísicos (transpiração) e biológicos (fotossíntese)
Radiação solar
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O SolO Sol constitui a principal fonte de energia do planeta.
Constituído basicamente por hidrogênio (75% de
sua massa) e hélio além de alguns elementos mais
pesados como ferro, silício, neônio e carbono.
Temperaturas aproximadas no centro de 5 x 106 K e de 5780 K na
superfície.
A irradiância do Sol à distância média Terra-Sol, denominada
constante solar 0, vale, no topo da atmosfera (TOA) e em uma
superfície perpendicular à direção do feixe incidente:
20 1367 2Wm
Como não é exatamente constante, esse valor atualmente é
denominado irradiância solar total
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Radiação e o espectro eletromagnético
Define-se como radiação a emissão ou propagação de energia na forma de
onda eletromagnética ou fóton (a energia é transferida como unidades
discretas denominadas quanta ou fótons).
A energia (U) de um fóton está relacionada com seu comprimento de
onda () ou sua freqüência de oscilação () por:
sendo h a constante de Planck (= 6,626x10-34 J s) e c a velocidade da luz
(= 2,998x108 m s-1 no vácuo).
As unidades de comprimento de onda comumente utilizadas são: nanômetro (1nm = 10-9 m) e micrômetro (1µm=10-6 m). Em astrofísica também utiliza-se o Ångström (1Å = 10-10m).
hcU h
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A visível ou radiação fotossinteticamente ativa (PAR, do inglês Photosynthetically Active Radiation) : 0,4 m < < 0,7 m;
O espectro eletromagnético pode ser dividido em várias bandas ou intervalos espectrais (como mostra a Figura abaixo).
A radiação solar está confinada majoritariamente na região espectral 4µm,sendo por isso denominada radiação de onda curta.
A radiação emitida por corpos terrestres (por exemplo, superfície, atmosfera) compreende majoritariamente a região espectral > 4µm, sendo denominada radiação de onda longa ou térmica.
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Radiação de Corpo Negro
O corpo negro absorve toda a radiação incidente sobre ele,
independentemente do comprimento de onda ou da direção de
incidência. Nenhuma parte da radiação incidente é refletida ou transmitida.
Lei de Kirchhoff - Para manter o equilíbrio radiativo e térmico do
corpo, a radiação absorvida por cada unidade de área do corpo
deve ser igual à radiação que cada unidade emite em determinado
comprimento de onda.
Por definição, um corpo negro é o que tem absortância unitária em
todos os comprimentos de onda.
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Prec. ET
Na escala local, no caso de
uma cultura, a ET da cultura é
composta pelos processos
de evaporação da água do
solo e da vegetação úmida e
de transpiração das plantas.
Prec. ET
Q
Numa escala intermediária, a
ET assume papel fundamental
no balanço hídrico de bacias
hidrográficas, juntamente com
a precipitação.
Bacia Hidrográfica
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EVAPOTRANSPIRAÇÃO
Evaporação + Transpiração
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Balanço Hídrico do Solo
A P I F R ET
Rn G H L ET
Balanço de Energia - Interface Solo-Planta-Atmosfera
Radiação, Condução e Convecção
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Definição de evaporação, transpiração e evapotranspiração
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Evaporação
A evaporação é um processo físico de mudança de fase,
passando do estado líquido para o estado gasoso.
Para que ocorra evaporação da água há a necessidade de energia.
Essa energia é chamada de calor latente de vaporização, que em
média corresponde a: E = 2,45 MJ/kg (20oC)
Transpiração É a evaporação da água que foi utilizada nos diversos processos
metabólicos necessários ao crescimento e desenvolvimento das
plantas. Essa evaporação se dá nos estômatos.
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EVAPOTRANSPIRAÇÃO - a perda de água por meio da
evaporação do solo e da transpiração das plantas. É um
processo biofísico que envolve o conteúdo de água do solo, a
passagem da água através da planta, a perda de água por
transpiração através dos estômatos das folhas e o transporte de
água na atmosfera por meio dos processos difusivos e
turbulentos (Rana et al., 1997).
EVAPOTRANSPIRAÇÃO POTENCIAL (ETP) - corresponde à água
utilizada por uma extensa superfície vegetada, cobrindo totalmente
o solo, estando este bem suprido de umidade, ou seja, em nenhum
instante a demanda atmosférica é restringida por falta d’água no
solo. Serve apenas como uma referência para a evaporação máxima
possível sob certas condições climáticas.
THORNTHWAITE – ETP ELEMENTO CLIMATOLOGICO PADRÃO
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EVAPOTRANSPIRAÇÃO DE REFERÊNCIA (ETo)
JENSEN et al. (1971)
Limite superior ou a evapotranspiração máxima que ocorre numa
cultura de alfafa, com altura de 0,3 a 0,5 m, numa dada condição
climática, e com aproximadamente 100 m de área tampão.
DOORENBOS & PRUITT (1977)
É a evapotranspiração de uma extensa superfície de grama com
altura de 0,08 a 0,15 m, em crescimento ativo, cobrindo totalmente
o solo e sem deficiência de água.
ALLEN et al. (1998)É a evapotranspiração de uma cultura hipotética, com altura fixa de
0,12 m, albedo igual a 0,23, e resistência da cobertura ao
transporte de vapor d’água igual a 70 s m-1, que representaria a
evapotranspiração de um gramado verde, de altura uniforme, em
crescimento ativo, cobrindo totalmente a superfície do solo, e sem
falta de água.
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EVAPOTRANSPIRAÇÃO REAL (ETR) – É aquela que ocorre
numa superfície vegetada, nas condições reais (existentes) de
fatores atmosféricos e umidade do solo.
EVAPOTRANSPIRAÇÃO DE CULTURA (ETc) – EVAPOTRANSPIRAÇÃO MÁXIMA (ETm)
Coeficiente de cultura (Kc) – representa a relação entre ETm
e ETo, ou seja, Kc = ETm/ETo
TANNER & JURY (1976) – ETm corresponde a ETP
DOORENBOS & KASSAM (1994) – ETm representa a ETc
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Observação: A metodologia proposta pela FAO, assumi valores constantes de Kc para uma determinada fase fenológica de uma cultura, não levando em conta o índice da área foliar.
coeficiente de cultura (Kc) proposto por Jensen (1968), o qual é obtido
pela razão entre ETc e ETo, determinados experimentalmente. O Kc varia com a cultura, estádio de desenvolvimento e índice de área foliar - IAF.
Assim:
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Evapotranspiração Máxima (ETm)
Coeficiente de Cultura
(Kc)
Cultura sem restrição hídrica e em condições ótimas de
desenvolvimento
ETm
é a evapotranspiração de uma cultura em dada fase de seu
desenvolvimento, sem restrição hídrica, em condições ótimas de
crescimento e com ampla área de bordadura para evitar a advecção
de calor sensível (H) de áreas adjacentes. Assim ETm depende das
condições meteorológicas, expressas por meio da ETo, do tipo de
cultura (maior ou menor resistência à seca) e da área foliar. Como a
área foliar da cultura padrão é constante e a da cultura real varia, o
valor de Kc também irá variar.
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Variação de Kc com o desenvolvimento de culturas anuais
Kc médio
Kc final
Estabele-cimento
Desenvolvimento Vegetativo
Florescimento e Frutificação
Maturação
Tempo (dias)
Observa-se que os valores de Kc acompanham basicamente a área foliar da cultura. No caso das culturas anuais o Kcini varia de 0,3 a 0,5, Kc médio de 0,8 a 1,2, e o Kc final de 0,4 a 0,7, dependendo do tipo de cultura.
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Comparação dos estágios de desenvolvimento (e do IAF) de diferentes tipos de cultura e da cultura de referência
Estação de Crescimento
Anual
Capins Perenes
Culturas Perenes
Árvores
Cultura de referência (gramado)
Tipo de CulturaInício Desenv.
VegetativoMeia-estação Final da
estação
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Fonte: Doorembos e Pruitt (1977).
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Evapotranspiração real da cultura (ETrc): É a evapotranspiração de uma cultura em condições de campo. Isto é, o solo pode estar com um conteúdo de umidade qualquer.
Assim: Etrc = Etc . KsOnde o Ks é o coeficiente de umidade no solo dado por:
1ln
1ln
DMA
DAAKs
Em que:DAA: disponibilidade atual de água no solo, em mm;DMA: disponibilidade máxima de água no solo, em mm.
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MÉTODOS DE MEDIÇÃO E ESTIMATIVA DA ET
MEDIÇÃO DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO
A medição de um parâmetro físico é a quantificação de um atributo do
material sob investigação, dirigido para a resolução de uma questão
específica num experimento.
Convencionalmente, se o valor do parâmetro é quantificado pelo uso de
um instrumento, ele é medido “diretamente” e quando ele é encontrado
por meio de uma relação entre parâmetros, ele é medido indiretamente.
ESTIMATIVA DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO
Um parâmetro físico pode ser considerado como “estimável” se ele é
expresso por um modelo. É mais conveniente se usar modelos com um
embasamento físico, mas frequentemente os dados somente permitem o
uso de modelos empíricos ou estatísticos.
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MEDIÇÃO DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO
MÉTODOS HIDROLÓGICOS
LISÍMETROS DE PESAGEM
BALANÇO HÍDRICO
MÉTODOS MICROMETEOROLÓGICOS
BALANÇO DE ENERGIA – RAZÃO DE BOWEN
MÉTODO AERODINÂMICO
MÉTODO DA CORRELAÇÃO DOS TURBILHÕES
MÉTODOS – FISIOLOGIA VEGETAL (transpiração)
ESTIMATIVA DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO
MODELOS ANALÍTICOS
MODELOS EMPÍRICOSMÉTODOS BASEADOS NO Kc
MODELO DE PENMAN-MONTEITH
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Balanço hídrico do lago ou reservatório
V = volume de água contido no reservatório; t = tempo; I =
vazão total de entrada no reservatório; Q = vazão de saída do
reservatório; E = evaporação; P = precipitação sobre o
reservatório; A = área do reservatório.
A evaporação é obtida da equação acima por :
APAEQIdt
dV
Adt
dVP
A
QIE
MEDIÇÃO DA EVAPORAÇÃO
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O uso do método depende da avaliação de cada um dos seus termos.
As principais dificuldades são na avaliação da vazão afluente e na
precipitação direta sobre o lago.
A distribuição espacial da precipitação é outro fator que pode ser fonte
de incertezas.
O erro diminui à medida que aumenta o período avaliado.
As outras fontes de incertezas são:
-as relações entre cota, área e volume
-curva-chave dos extravazores e do rio afluente
-perdas para o aqüífero.
Para reservatório ou lago, deve ser realizada uma avaliação de cada um
dos termos para se ter uma idéia da magnitude dos erros envolvidos.
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A precipitação total no mês de janeiro foi de 154 mm, " vazão de
entrada drenada pelo rio principal foi de 24 m3/s. Este rio drena
75 % da bacia total que escoa para o reservatório. Com base nas
operações do reservatório ocorreu uma vazão média de saída de
49 m3/s. A relação entre o volume e a área do reservatório
encontra-se na tabela abaixo. O volume no início do mês era de
288 106 m3 e no final 244 106m3. Estime a evaporação no
reservatório.Considere a área média igual 86,78 Km².
![Page 38: Aula 2 Evapotranspiração](https://reader030.fdocuments.net/reader030/viewer/2022020102/55cf8fa0550346703b9e273d/html5/thumbnails/38.jpg)
MEDIÇÃO DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO
BALANÇO HÍDRICO DO SOLO
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COMPONENTES DO BALANÇO HÍDRICO
A P I F R E
f if iA L A A
1
10
0 50 0 50L n
L i ni
A z dz , z z , z z
tF K
![Page 40: Aula 2 Evapotranspiração](https://reader030.fdocuments.net/reader030/viewer/2022020102/55cf8fa0550346703b9e273d/html5/thumbnails/40.jpg)
Medida da EvapotranspiraçãoA evapotranspiração é medida com tanques vegetados denominados de lisímetros ou evapotranspirômetros, que servem para determinar qualquer tipo de ET.
Lisímetros de drenagem
Lisímetros de pesagem
Montagem de um lisímetros
Lisímetro de balança
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Sistema de pesagem
hidráulica
Grama
ou
cultur
a
Estrutura de
contenção
Sistema de
transmissão do fluido
Casa de
medição e
Abrigo
Subterrâneo
acesso
Sistema
de leitura
Sistema de
drenagem
Lisímetro de pesagem hidráulica
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Lisímetro de pesagem hidráulica
![Page 43: Aula 2 Evapotranspiração](https://reader030.fdocuments.net/reader030/viewer/2022020102/55cf8fa0550346703b9e273d/html5/thumbnails/43.jpg)
ESCAVAÇÃO
Lisímetro de pesagem hidráulica
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BASES DE APOIO
Lisímetro de pesagem hidráulica
![Page 45: Aula 2 Evapotranspiração](https://reader030.fdocuments.net/reader030/viewer/2022020102/55cf8fa0550346703b9e273d/html5/thumbnails/45.jpg)
Estrutura de contenção e sistema de pesagem
Lisímetro de pesagem hidráulica
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SISTEMA DE DRENAGEM (CASCALHINHO)
SISTEMA DE DRENAGEM (TUBULAÇÃO DE DRENAGEM)
Lisímetro de pesagem hidráulica
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SISTEMA DE DRENAGEM (AREIA SOBRE BIDIM)
MANTA BIDIM PARA FILTRAGEM DO SOLO
Lisímetro de pesagem hidráulica
![Page 48: Aula 2 Evapotranspiração](https://reader030.fdocuments.net/reader030/viewer/2022020102/55cf8fa0550346703b9e273d/html5/thumbnails/48.jpg)
PREENCHIMENTO DO TANQUE COM MESMO SOLO DA ESCAVAÇÃO
PLANTAÇÃO DA GRAMA INGLESA
Lisímetro de pesagem hidráulica
![Page 49: Aula 2 Evapotranspiração](https://reader030.fdocuments.net/reader030/viewer/2022020102/55cf8fa0550346703b9e273d/html5/thumbnails/49.jpg)
VISTA FRONTAL(TANQUE + CASA MEDIÇÃO)
TRANSMISSÃO DE FLUIDO E DRENAGEM
Lisímetro de pesagem hidráulica
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Arm
S
DIouPETo
Lisímetro de percolação
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Arm
S
DIouPETo
em que:
(P ou I) : precipitação ou irrigação no período, em litros;
D: drenagem da água coletada no período, em litros;
S: área do lisímetro, em m2; : variação no armazenamento de água dentro do lisímetro, entre um período e outro, em mm.
Arm
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Métodos de Estimativa da ETo LISIMETRIA (EXEMPLO)
Durante uma semana choveu 15 mm aferidos no pluviômetro e, foram aplicados 25 litros via irrigação a um lisímetro de percolação com 1,24 m de diâmetro, cujo o volume é de 500litros. Sabendo-se que o teor de água na semana anterior era de 0,28 cm³/cm³ e agora é de 0,3cm³/cm³, e ainda, que a drenagem foi de 8 litros. Calcule a ETo diária média da semana.
Seja “S” (área do lisímetro), temos:
S= (1,24 m÷2)²= 1,21 m² para um volume de 0,5 m³ logo : h(altura) = vol/área= 0,5/1,21 =0,414m ou 414 mm= 0,3 – 0,28 = 0,02cm³/cm³Arm = .h = 0,02 x 414mm = 8,28mm Assim:
ETo = [(25,0 l – 8 ,0 l)/1,21m² ]+ 15mm – 8,28 mmETo (semana) = 20,77mm
ETo (diária) = 20,77÷7 = 2,97mm/dia
Arm
S
DPouIETo
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BALANÇO DE ENERGIA – RAZÃO DE BOWEN
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sendo Rn a Radiação líquida (W m-2); G o Fluxo de calor no solo
(W m-2); H o Fluxo de calor sensível (W m-2); LE o Fluxo de calor
latente de evaporação (W m-2), isto é o produto do fluxo
evaporativo, E (g m-2 s-1), e o calor latente de vaporização, L (com
um valor aproximado de 2,45 MJ kg-1).
Rn G H LE Balanço de Energia
Radiação, Condução e Convecção
e
T
LE
H
1
GRnLE GRnH
1
Razão de Bowen ()
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Métodos de Estimativa da ETo
Método de Thornthwaite
Método empírico baseado apenas na temperatura média do ar,
sendo esta sua principal vantagem.
Desenvolvido para condições de clima úmido e, por isso,
normalmente apresenta sub-estimativa da ETo em condições de
clima seco.
Método bastante empregado para fins climatológicos, na escala
mensal.
Esse método parte de uma ET padrão (ETp), a qual é a ET para
um mês de 30 dias e com N = 12h.
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ETp = 16 (10 Tm/I)a (0 ≤ Tm < 26,5oC)
ETp = -415,85 + 32,24 Tm – 0,43 Tm2 (Tm 26,5oC)
I = 12 (0,2 Ta)1,514 sendo Ta = temp. média anual normal
a = 0,49239 + 1,7912 10-2 I – 7,71 10-5 I2 + 6,75 10-7 I3
ETo = ETp * COR (mm/mês) COR = N/12 * NDP/30
N = fotoperíodo do mês em questão e NDP = dias do período em questão
Método de Thornthwaite
Local: Piracicaba (SP) – latitude 22o42´S
Janeiro – Tmed = 24,4oC, N = 13,4h, NDP = 31 dias, Ta = 21,1oC
I = 12 (0,2 21,1)1,514 = 106,15
a = 0,492 + 1,7912 10-2 (106,15) – 7,71 10-5 (106,15)2 + 6,75 10-7 (106,15)3 = 2,33
ETp = 16 (10 24,4/106,15)2,33 = 111,3 mm/mês
ETo = 111,3 * COR COR = 13,4/12 * 31/30
ETo = 111,3 * 13,4/12 * 31/30 = 128,4 mm/mês ou 4,14 mm/dia
Exemplo
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Método do Tanque Classe A
Método empírico, baseado na proporcionalidade existente entre a
evaporação de água do tanque classe A (ETCA) e a ETo, visto que
ambas dependem exclusivamente das condições meteorológicas.
A conversão de ETCA em ETo depende de um coeficiente de
proporcionalidade, denominado coeficiente do tanque (Kp).
Kp depende por sua vez de uma série de fatores, sendo os principais
o tamanho da bordadura, a umidade relativa do ar e a velocidade do
vento.
ETo = ETCA * Kp
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Monteith, com base no método de Penman, propôs um novo método que estimava diretamente a ETc, denominando-o de Penman-Monteith, e Doorenbos & Pruitt (1977) introduziram o conceito de evapotranspiração de referência (ETo). Mas foi em 1990 que a FAO promoveu, em Roma, um novo conceito proposto para a ETp, que passou a ser de fato, a ETo, tornando-se, este conceito largamente utilizado, desde então, e o método recomendado para sua estimativa foi o desenvolvido por Penman-Monteith, que, após parametrização, passou a denominar-se Penman-Monteith FAO (PM-FAO), o qual foi bastante aceito internacionalmente, até os dias de hoje.
Métodos de Estimativa da ETo Equação Penman-Monteith-FAO
22
34,01273
900408,0
u
euT
RETo
n
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Métodos de Estimativa da ETo Equação Penman-Monteith-FAO
22
34,01273
900408,0
u
euT
RETo
n
em que: ETo: evapotranspiração de referência, (mmd-1); Rn: radiação líquida, (MJm-2d-1);T: temperatura média do ar diária medida a 2 m de altura, (°C);u2: velocidade do vento medido a 2 m de altura, (ms-1);: declividade da curva de pressão de vapor, (kPa°C-1);e: déficit da pressão de saturação de vapor, (kPa);: constante psicrométrica, (kPa°C-1).
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Métodos de Estimativa da ETo O saldo de Radiação Líquida (Rn)
Corresponde à diferença entre o saldo de radiação de ondas curtas (Rns) e o saldo de radiação de ondas longas (Rnl) e também são expressos em MJm-2d-1.
Rn = Rns - Rnl
O Rns é o resultado entre o balanço de radiação que entra e o que é refletido. A fração da radiação solar refletida pela superfície é conhecida como albedo (). O albedo é altamente variável para diferentes superfícies e ângulo de incidência solar ou declividade do terreno. Como referência se utiliza à grama com 0,12m de altura, onde o albedo assume valor igual a 0,23. A equação para calcular o saldo de radiação de ondas curtas é dada por:
Rns = (1 - ) Rs
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-TANQUE:....... DIÂMETRO= 1,21M ALTURA= 30 CM
-POÇO TRANQUILIZADOR
-MICRÔMETRO (PARAFUSO MEDIDOR)
Método do Tanque Classe A
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Evaporímetros ou tanques de evaporação
Esse método Baseia-se na proporcionalidade existente entre a evaporação do tanque Classe A (ECA) e a evapotranspiração de referência (ETo). Essa proporcionalidade leva em consideração um coeficiente de ajuste, denominado coeficiente do tanque Classe A, Kp .
MÉTODO DO TANQUE CLASSE A:Tinta aluminizada por dentro e por fora.
Estrado de madeira de 15 cm.
Construído com chapa de ferro galvanizado nº 22, com 1,21m de diâmetro e 0,255m de profundidade.
Devendo ser gramado para estimativa da Eto.
Coeficiente do Tanque Classe A (Kp) é dependente das condições de umidade relativa (UR, em %), velocidade do vento (U, em km.d-1) e do comprimento da bordadura da grama (L, em m), nas quais o tanque está instalado. Snyder (1992) propôs:
Kp = 0,482 + 0,024 . Ln (L) - 0,000376 . U + 0,0045 . UR
Apesar das limitações, esse método de estimativa de ETo é bastante utilizado no manejo da irrigação, sendo recomendado pela FAO.
Métodos de Estimativa da ETo
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Métodos de Estimativa da ETo
Irrigâmetro indicando a necessidade de irrigação (10mm), o momento de irrigar (faixa amarela) e o tempo de irrigação (3 horas).
![Page 78: Aula 2 Evapotranspiração](https://reader030.fdocuments.net/reader030/viewer/2022020102/55cf8fa0550346703b9e273d/html5/thumbnails/78.jpg)
Métodos de Estimativa da ETo
Evaporímetro ou atmômetro de Pichê
O Irrigâmetro
Também são equipamentos utilizados em métodos empíricos para a estimativa da evapotranspiração .
![Page 79: Aula 2 Evapotranspiração](https://reader030.fdocuments.net/reader030/viewer/2022020102/55cf8fa0550346703b9e273d/html5/thumbnails/79.jpg)
![Page 80: Aula 2 Evapotranspiração](https://reader030.fdocuments.net/reader030/viewer/2022020102/55cf8fa0550346703b9e273d/html5/thumbnails/80.jpg)
![Page 81: Aula 2 Evapotranspiração](https://reader030.fdocuments.net/reader030/viewer/2022020102/55cf8fa0550346703b9e273d/html5/thumbnails/81.jpg)
![Page 82: Aula 2 Evapotranspiração](https://reader030.fdocuments.net/reader030/viewer/2022020102/55cf8fa0550346703b9e273d/html5/thumbnails/82.jpg)
Método do Tanque Classe A
O valor de Kp é fornecido por tabelas, equações, ou ainda pode-se
empregar um valor fixo aproximado, caso não haja disponibilidade
de dados de UR e U para sua determinação.
Duas situações são consideradas para a obtenção do Kp.
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Vento (km/d) Bordadura UR
<40% 40 a 70% >70%
Leve 1 0,55 0,65 0,75
(<175) 10 0,65 0,75 0,85
100 0,70 0,80 0,85
1000 0,75 0,85 0,85
Moderado 1 0,50 0,60 0,65
(175 a 425) 10 0,60 0,70 0,75
100 0,65 0,75 0,80
1000 0,70 0,80 0,80
Valores de Kp para o Caso A
Vento (km/d) Bordadura UR
<40% 40 a 70% >70%
Leve 1 0,70 0,80 0,85
(<175) 10 0,60 0,70 0,80
100 0,55 0,65 0,75
1000 0,50 0,60 0,70
Moderado 1 0,65 0,75 0,80
(175 a 425) 10 0,55 0,65 0,70
100 0,50 0,60 0,65
1000 0,45 0,55 0,60
Valores de Kp para o Caso B
![Page 84: Aula 2 Evapotranspiração](https://reader030.fdocuments.net/reader030/viewer/2022020102/55cf8fa0550346703b9e273d/html5/thumbnails/84.jpg)
Vento (km/d) Bordadura UR
<40% 40 a 70% >70%
Leve 1 0,55 0,65 0,75
(<175) 10 0,65 0,75 0,85
100 0,70 0,80 0,85
1000 0,75 0,85 0,85
Moderado 1 0,50 0,60 0,65
(175 a 425) 10 0,60 0,70 0,75
100 0,65 0,75 0,80
1000 0,70 0,80 0,80
Valores de Kp para o Caso A
![Page 85: Aula 2 Evapotranspiração](https://reader030.fdocuments.net/reader030/viewer/2022020102/55cf8fa0550346703b9e273d/html5/thumbnails/85.jpg)
Vento (km/d)
Bordadura UR
<40% 40 a 70% >70%
Leve 1 0,70 0,80 0,85
(<175) 10 0,60 0,70 0,80
100 0,55 0,65 0,75
1000 0,50 0,60 0,70
Moderado 1 0,65 0,75 0,80
(175 a 425) 10 0,55 0,65 0,70
100 0,50 0,60 0,65
1000 0,45 0,55 0,60
Valores de Kp para o Caso B
![Page 86: Aula 2 Evapotranspiração](https://reader030.fdocuments.net/reader030/viewer/2022020102/55cf8fa0550346703b9e273d/html5/thumbnails/86.jpg)
Método do Tanque Classe A
Exemplo
Além das tabelas, Kp pode ser determinado pela seguinte equação:
ECA = 6,4 mm/d, UR = 68%, U = 2,0 m/s (172,8 km/d), B = 10m
Kp Tabelado para o Caso A – Kp = 0,75 ETo = 0,75 * 5,6 = 4,8 mm/d
Caso A Caso B
FET = bordadura (Fetch), em m; U = velocidade do vento, em m/s;
UR = umidade relativa do ar, em %
![Page 87: Aula 2 Evapotranspiração](https://reader030.fdocuments.net/reader030/viewer/2022020102/55cf8fa0550346703b9e273d/html5/thumbnails/87.jpg)
Índice de aridez
Semi-árido: regiões onde incidem secas prolongadas
Índice de aridez: Precipitação/ ETo
Hiper- árido < 0,03
Árido 0,03 - 0,20
Semi- árido 0,21 - 0,50
Sub- úmido seco 0,51 - 0,65
Sub- úmido úmido > 0,65
![Page 88: Aula 2 Evapotranspiração](https://reader030.fdocuments.net/reader030/viewer/2022020102/55cf8fa0550346703b9e273d/html5/thumbnails/88.jpg)
Terras Áridas + Semi-áridas + Sub-úmidas Secas = 33% da Superfície do Planeta
Desertos = 16% da Superfície do Planeta
Climas Áridos = 49% da Superfície do Planeta
Terras áridas no planetaTerras áridas no planeta
![Page 89: Aula 2 Evapotranspiração](https://reader030.fdocuments.net/reader030/viewer/2022020102/55cf8fa0550346703b9e273d/html5/thumbnails/89.jpg)
Desertificação: degradação da terra
Desertificação : Degradação da terra nas regiões áridas, semi-áridas
secas, resultante de vários fatores, entre eles as variações climáticas e
as atividades humanas”, sendo que por “degradação da terra” se
entende a degradação dos solos, dos recursos hídricos, da vegetação
e a redução da qualidade de vida das populações”
![Page 90: Aula 2 Evapotranspiração](https://reader030.fdocuments.net/reader030/viewer/2022020102/55cf8fa0550346703b9e273d/html5/thumbnails/90.jpg)
ÁREAS AFETADAS PELA DESERTIFICAÇÃO NO ÁREAS AFETADAS PELA DESERTIFICAÇÃO NO NORDESTE DO BRASILNORDESTE DO BRASIL