Materiais Compósitos Propriedades mecânicas dos materiais ...
Aula 2 e 3 -Ciencias Dos Materiais e Propriedades Dos Materiais
-
Upload
vascoinovasao -
Category
Documents
-
view
18 -
download
2
description
Transcript of Aula 2 e 3 -Ciencias Dos Materiais e Propriedades Dos Materiais
09/03/2015
1
CIÊNCIAS DOS MATERIAIS,
PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS
MATERIAIS E NORMALIZAÇÕES
DISCIPLINA: MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
Eng. Civil, MSc. Danilo Gonçalves Batista
CIE
NC
IAS
DO
S M
AT
ER
IAIS
Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista
CIENCIAS DOS MATERIAIS
Os materiais têm sido importantes no desenvolvimento da cultura
humana desde os primórdios. Diversos foram e continuam sendo seus
usos: em transportes, habitação, comunicação, recreação, proteção,
etc...enfim, em tudo que está ligado a sua sobrevivência. Entretanto os
primeiros seres humanos, tiveram acesso apenas a um número limitado
de materiais, os naturais.
A noção de Ciência dos Materiais ao engenheiro tem por objetivo
formar um profissional capaz de entender os fundamentos e a
interrelação entre os diferentes níveis de estrutura que constituem os
materiais de engenharia e as principais propriedades apresentadas pelos
mesmos em função dos processos de fabricação, o que implicará em suas
seleções para diversas aplicações.
Os materiais de engenharia podem ser classificados em distintas
categorias: metálicos, cerâmicos, poliméricos, materiais compósitos, os
materiais biocompatíveis e os materiais semicondutores.
09/03/2015
2
CIE
NC
IAS
DO
S M
AT
ER
IAIS
Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
CIE
NC
IAS
DO
S M
AT
ER
IAIS
Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista
Metais : São combinações de elementos metálicos, bons condutores de eletricidade
e calor e não transparentes, também são muitos resistentes e deformáveis.
Cerâmicos: São compostos entre elementos metálicos e não metálicos
frequentemente óxidos, nitretos e carbetos. A grande variedade de materiais que se
enquadra nesta classificação são compostos de materiais argilosos, cimentos e vidros.
Os cerâmicos são duros, porém muito quebradiços. São materiais frágeis.
Polímeros: São materiais comuns de plásticos e borracha, compostos orgânicos
baseados no carbono, hidrogênio e outros não metálicos, estrutura molecular muito
grande, baixa densidade e extremamente flexíveis.
Compósitos: Consiste em um ou mais tipo de material, trabalhando juntos, sendo
que, as propriedades do conjunto são melhores do que a de um material individual.
Ex: concreto e fibras de carbono impregnadas.
Semi condutores: São materiais que possuem propriedades elétricas intermediárias
aos condutores normais. Eles tornaram possível os circuitos integrados que
revolucionaram as indústrias de eletrônicos.
Biomateriais: São empregados em componentes implantados no interior do corpo
humano. Todos os materiais citados anteriormente, podem ser usados com
biomateriais
09/03/2015
3
NO
ÇÕ
ES
DE
C
IÊN
CIA
S D
OS
MA
TE
RIA
IS Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
CIÊNCIAS DOS MATERIAIS
AT
AQ
UE
PO
R S
UL
FA
TO
S/S
UL
FE
TO
S
Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
CIENCIAS DOS MATERIAIS
Ciência dos Materiais: conhecimento básico da estrutura interna dos
materiais, suas propriedades e processos de fabricação.
Para o estudo dos diversos materiais usados na engenharia, é preciso conhecer
a sua estrutura atômica, propriedades e comportamento, quando submetidos à
tensões , esforços ou tratamento que modificam sua microestrutura.
A estrutura de um material pode ser dividida em quatro níveis:
● Estrutura atômica;
● Arranjo atômico;
● Microestrutura;
● Macroestrutura.
Modelo planetário: núcleo no centro com
elétrons “orbitando “ ao seu redor
09/03/2015
4
AT
AQ
UE
PO
R S
UL
FA
TO
S/S
UL
FE
TO
S
Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
ATRAÇÕES INTERATÔMICAS
Elas resultam da interferência de ondas estacionarias e eletrônicas, isto é, do
contato entre níveis e órbitas de elétrons, de dois ou mais átomos.
Os tipos de ligações atômicas são : iônica , covalente, metálica e secundárias
de Van Der Waals.
Os materiais macroscópicos, da engenharia civil, como pôr exemplo, a
cerâmica , o aço, os plásticos, etc..., cada um deles se originou de um tipo de
ligação atômica.
a) Ligação iônica : Atração mútua entre positivo e negativo (propriedades
encontradas : Materiais isolantes, duros e quebradiços. Ex: cerâmica,
cimentos , sal de cozinha).
b) Ligação covalente : Compartilhamento de elétrons de átomos
adjacentes. (propriedades encontradas : Também isolantes, menos
quebradiços. Ex: Plásticos).
c) Ligação metálica : Caracterizada pôr uma nuvem de elétrons livres e
íons positivos. (propriedades encontradas : bons condutores de
eletricidade e calor. Ex: ferro, cobre e alumínio).
CIÊ
NC
IAS
DO
S M
AT
ER
IAIS
Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
CONCEITOS INICIAIS Massa atômica:
É a massa representativa de um átomo, considerando o total de
prótons e nêutrons.
Obs. Em termos de massa, o que importa, no átomo, é realmente o
núcleo, porque contém os elementos mais pesados. A massa do
elétron é praticamente desprezível, uma vez que é apenas 0,0005 g
da massa de um próton ou de um nêutron.
Número atômico:
O número atômico indica o número de elétrons ou de prótons de
cada átomo (considerando o átomo neutro, ou seja, com cargas
elétricas negativas e positivas iguais).
Ex: Um átomo de cobre, que contém 29 elétrons e 29 prótons, tem
um número atômico igual a 29.
09/03/2015
5
CIÊ
NC
IAS
DO
S M
AT
ER
IAIS
Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
TABELA PERIÓDICA DOS ELEMENTOS C
IÊN
CIA
S D
OS
MA
TE
RIA
IS
Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
IDENTIFICAÇÃO NA TABELA PERIÓDICA
09/03/2015
6
CIÊ
NC
IAS
DO
S M
AT
ER
IAIS
Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
ESTRUTURA ATÔMICA DO ATOMO
modelo planetário: núcleo no centro
com elétrons “orbitando “ ao seu redor Detalhes do átomo
Modelos simplificados do átomo.
Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista
ESTRUTURA ATÔMICA DO ÀTOMO
Níveis energéticos ou camadas eletrônicas:
Os elétrons que circundam o núcleo de um átomo não o fazem
dentro de um mesmo nível energético;
Eles respeitam níveis ou grupos quânticos, assim como, dentro
desses níveis, estão sujeitos a subníveis ou subgrupos específicos.
O nível energético ocupado por cada elétron obedece, inicialmente, a
uma estrutura de níveis ou camadas quânticas principais, designada por
números quânticos principais (n), cujos valores são: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7;
Esta sequencia diz respeito ao sentido crescente dos níveis quânticos
representada pelas letras K (n = 1), L (n = 2), M (n = 3), N (n = 4),
O (n = 5), P (n = 6) e Q (n = 7);
Assim, elétrons que pertençam ao nível quântico K pertencem ao
primeiro nível quântico (n = 1), de menor energia em relação aos
demais níveis.
Números quânticos:
09/03/2015
7
Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista
ESTRUTURA ATÔMICA DO ÀTOMO
Números máximos de elétrons em um dado nível quântico:
Números quânticos
K L M N O P Q
2 8 18 32 32 18 2
Subníveis de energia:
Nos átomos dos elementos conhecidos, podem ocorrer 4 subníveis possíveis (para cada nível
quântico), designados sucessivamente pelas letras:
s (“sharp”) => é o subnível de menor energia e o número máximo de elétrons desse
subnível é igual a 2;
p (“principal”) => tem maior nível energético que “s” e pode ter no máximo 6 elétrons;
d (“diffuse”); tem maior nível energético que “p” e “s” e pode ter um máximo de 10
elétrons;
f (“fundamental”) => subnível de maior energia em um dado nível, podendo ter, no máximo,
14 elétrons.
CIE
NC
IAS
DO
S M
AT
ER
IAIS
Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
CIENCIAS DOS MATERIAIS
Para se dar a configuração eletrônica de um
átomo, colocam-se os elétrons,
primeiramente, nos subníveis de menor
energia.
Exemplo : Sódio (Na) - elemento de n°
atômico 11
Na: 1s2 2s2 2p6 3s1
Configuração eletrônica de um átomo :
Estrutura eletrônica do Na, mostrando
as camadas ou níveis quânticos K, L e
M com seus elétrons (em vermelho).
Valência do átomo:
A valência de um átomo está relacionada com a
habilidade do átomo para entrar em
combinação química com outros elementos,
sendo frequentemente determinada pelo
número de elétrons na camada mais externa,
em especial nos subníveis “s p”.
Camada mais externa =
camada de valência
(importante no tipo de
ligação química que
átomo desenvolverá)
09/03/2015
8
CIE
NC
IAS
DO
S M
AT
ER
IAIS
Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
CIENCIAS DOS MATERIAIS
“Os átomos tendem a buscar um arranjo altamente estável de 8
elétrons na camada de valência (exceto H e He que se estabilizam
com 2 elétrons)”
Valência baixa (em geral < 3) : átomos perdem elétrons da
camada de valência;
Valência alta (de 5 a 7) : átomos recebem elétrons na
camada de valência;
Valência 4: em geral há compartilhamento de elétrons.
CIE
NC
IAS
DO
S M
AT
ER
IAIS
Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista
LIGAÇÕES ATÔMICAS
• Ligação iônica: Bons isolantes térmicos e elétricos. Predominante nos
cerâmicos.
• Ligação covalente: Materiais são bons isolantes térmicos e elétricos,
Ligação bastante comum nos polímeros e materiais cerâmicos.;
• Ligação metálica: Apresentam boa capacidade de deformação e
tratamentos térmicos; Comportam-se com boa ductilidade; Ligação não-
direcional, geralmente forte.
Ligações primárias (fortes):
Ligações secundárias – forças de van der Waals:
• Moléculas polares;
• Dipolos induzidos;
• Pontes de hidrogênio.
O tipo de ligação interatômica influencia nas propriedades dos materiais. Os
elementos se ligam para formar os sólidos com uma configuração mais estável:
geralmente oito elétrons na camada de valência (= gases nobres He , Ne , Ar , Kr , Xe ,
Rn)
09/03/2015
9
CIE
NC
IAS
DO
S M
AT
ER
IAIS
Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista
LIGAÇÕES ATÔMICAS
As interações atômicas ocorrem porque, uma das leis que regem a matéria, é
de que os materiais tendem a estabilidade, ou seja, a um mínimo nível
energético. No caso de estarem ligados quimicamente, há um decréscimo em
seu nível energético, favorecendo a uma condição energética mais estável.
As ligações secundárias são muito mais fracas que as ligações metálicas,
iônicas e covalentes. A força de Van der Walls é uma força de atração muito
fraca que tem sua origem na atração dos núcleos positivamente carregados de
cada molécula pelos elétrons de outra molécula. Este tipo de ligação tem sua
importância ressaltada nos polímeros (plásticos).
Tanto a força de Van der Walls como as pontes de hidrogênio são facilmente
formadas e facilmente rompidas.
Embora seja tratado isoladamente cada um dos tipos de ligação, muitos
materiais podem apresentar mais de uma ligação simultaneamente.
CIE
NC
IAS
DO
S M
AT
ER
IAIS
Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
ENERGIA DE LIGAÇÃO
A energia de ligação é, por definição, a energia mínima requerida
para criar ou para quebrar a ligação.
Ligação Energia de ligação (kJ/mol)
Iônica 625 – 1550
Covalente 520 – 1250
Metálica 100 – 800
Forças de van der Waals < 40
Faixas de energia em função do tipo de ligação atômica.
09/03/2015
10
CIE
NC
IAS
DO
S M
AT
ER
IAIS
Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
LIGAÇÕES ATÔMICAS CARACTERÍSTICAS
DOS PRINCIPAIS MATERIAIS
Materiais Tipo de ligação
predominante Informações gerais
Cerâmico
e
Vidros
Iônica, mas às
vezes aparece em
conjunto com
ligações
covalentes fortes.
Cerâmicas em geral são duras e frágeis, com
baixa ductilidade e baixas condutividades elétrica
e térmica – não existem elétrons livres, e ligações
iônicas e covalentes têm alta energia de ligação.
Com relação aos materiais cerâmicos, tem-se
que suas propriedades de resistência ao desgaste,
resistência ao calor, baixo coeficiente de atrito e
baixo peso são vantajosos do ponto de vista de
eficiência mecânica.
Como características os cerâmicos apresentam
elevada dureza, grande resistência mecânica em
temperaturas elevadas, porém manifestam grande
grau de fragilidade.
Tipos predominantes de ligação em função do tipo de material e outras informações.
CIE
NC
IAS
DO
S M
AT
ER
IAIS
Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
LIGAÇÕES ATÔMICAS CARACTERÍSTICAS
DOS PRINCIPAIS MATERIAIS
Materiais Tipo de ligação
predominante Informações gerais
Metais Metálica
Metais apresentam elevadas ductilidade e
condutividades elétrica e térmica – os elétrons
livres transferem com facilidade carga elétrica e
energia térmica.
Por apresentarem elétrons livres nas últimas
camadas de valência, tem importância
fundamental quando as propriedades específicas
de aplicação dos mesmos são condução térmica
e elétrica.
Como exemplo de materiais não metálicos e
que podem fazer parte da composição dos
metais temos o carbono, o nitrogênio e o
oxigênio.
Tipos predominantes de ligação em função do tipo de material e outras informações.
09/03/2015
11
CIE
NC
IAS
DO
S M
AT
ER
IAIS
Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
LIGAÇÕES ATÔMICAS CARACTERÍSTICAS
DOS PRINCIPAIS MATERIAIS
Tipos predominantes de ligação em função do tipo de material e outras informações.
Materiais Tipo de ligação
predominante Informações gerais
Polímeros
Covalente, mas às
vezes existem ligações
secundárias entre
cadeias.
A origem da composição dos
materiais poliméricos é orgânica, ou
seja, constituídos de longas cadeias
carbônicas, compondo moléculas.
Polímeros podem ser pouco dúcteis e,
em geral, são pobres condutores
elétricos. Se existirem ligações
secundárias, podem ter sua
ductilidade bastante aumentada, com
quedas de resistência e do ponto de
fusão.
CIE
NC
IAS
DO
S M
AT
ER
IAIS
Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
LIGAÇÕES ATÔMICAS CARACTERÍSTICAS
DOS PRINCIPAIS MATERIAIS
Tipos predominantes de ligação em função do tipo de material e outras informações.
Materiais Tipo de ligação
predominante Informações gerais
Semicondutores
Covalente, mas alguns
compostos
semicondutores têm
elevado caráter iônico.
Semicondutores em geral têm baixas
ductilidade e condutividade elétrica
em função das ligações covalentes e
iônicas.
09/03/2015
12
CIE
NC
IAS
DO
S M
AT
ER
IAIS
Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
ARRANJOS ATÔMICOS – ESTRUTURA DOS MATERIAIS
Os arranjos atômicos, que propiciam a formação dos materiais, podem
ser de três tipos básicos, gerando, então, três classes estruturais
principais:
• Estruturas moleculares;
• Estruturas cristalinas;
• Estruturas amorfas.
CIE
NC
IAS
DO
S M
AT
ER
IAIS
Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
MICROESTRUTURA DOS MATERIAIS
COMENTÁRIOS SOBRE ENSAIOS DE CARACTERIZAÇÃO
MICROESTRUTURAL
09/03/2015
13
MIC
RO
ES
TR
UT
UR
A
MICROSCÓPIA ÓTICA : EXEMPLO NA INVESTIGAÇÃO
DE MINERAIS SULFETOS
Legenda:
Po= pirrotita;
Py= pirita;
Cpy= calcopirita;
Bo = bornita;
Ptl: Pentlandita
MIC
RO
ES
TR
UT
UR
A
CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA E MINERALÓGICA
DOS AGREGADOS E MATERIAIS ROCHOSOS
visão geral do agregado graúdo representado por uma rocha granítica formada
principalmente por plagioclásio (1), microclínio (2) e quartzo (3) com biotita
restrita (4), que às vezes está associada com epidoto e allanita (5).
09/03/2015
14
MEV - DOT MAPPING
Grão de pirrotita
analisado
Pirrotita observada
pelo MEV
FASE
Elementos
Mg
MIC
RO
ES
TR
UT
UR
A
MICROESTRUTURA COM NEOFORMAÇÕES
IDENTIFICADAS POR MEV
Rosáceas da RAA
09/03/2015
15
PR
OP
RIE
DA
DE
S D
OS
MA
TE
RIA
IS
Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
Os critérios que um engenheiro deve adotar para selecionar um
material:
- condições de serviço e propriedades requeridas para tal aplicação,
- fatores de degradação de propriedades, como temperatura, agentes
corrosivos, radiações,
- propriedades de interesse e qual o desempenho e limitações no uso,
disponibilidade de matéria-prima e viabilidade técnica de
processamento,
- impacto ambiental e reciclabilidade após uso;
- custo total.
PR
OP
RIE
DA
DE
S D
OS
MA
TE
RIA
IS
Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
PROPRIEDADES DOS
MATERIAIS
09/03/2015
16
Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista
PROPRIEDADES GERAIS DOS MATERIAIS
a) seco em estufa: isento de umidade livre, quer seja na superfície externa ou
umidade interna, expelidas pelo calor;
b) seco ao ar: sem umidade superficial, mas com alguma umidade interna;
c) saturado com superfície seca (sss): o agregado é considerado na condição de s.s.s.
quando, durante o amassamento, não absorver nenhuma parte da água adicionada e
nem contribui com qualquer de sua água contida, na mistura. Qualquer agregado na
condição de s.s.s. possui água absorvida (água mantida aderente à superfície por ação
físico-química) na sua superfície, desde que esta água não possa ser removida
facilmente do agregado;
d) úmido: com água livre em excesso, o que contribui para alterar o teor de água da
mistura.
Considerações iniciais sobre a umidade dos agregados (exemplo!) P
RO
PR
IED
AD
ES
ME
CÂ
NIC
AS
DO
S M
AT
ER
IAIS
Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista
PROPRIEDADES GERAIS DOS MATERIAIS
Considerações iniciais sobre a umidade dos agregados (exemplo!)
Ab sorção efet iva
C apaci dade de a bsorção Umida de superfic ial
Umi dade to tal
Vazios
in ternos
Vazios
ex ternosÁgua
absorv ida
Água
liv re
(a) (b ) (c) (d )
PR
OP
RIE
DA
DE
S M
EC
ÂN
ICA
S D
OS
MA
TE
RIA
IS
09/03/2015
17
Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
PROPRIEDADES GERAIS DOS MATERIAIS
A relação entre a massa e o volume dos materiais permite caracterizar
objetivamente alguns materiais de construção civil.
A massa corresponde à quantidade de matéria encerrada num corpo e a
unidade utilizada para a quantificar é quilograma (kg).
A unidade utilizada para quantificar o peso de um corpo é quilograma força
(kgf).
PRINCIPAIS GRANDEZAS:
Volume aparente, V (ou volume total): representa o volume aparente de um corpo
consideram-se o volume de matéria e o volume dos vazios nele encerrados:
V=Vr + Vv
V Volume aparente (m³)
Vr Volume absoluto (m³)
Vv Volume de vazios (m³).
PR
OP
RIE
DA
DE
S M
EC
ÂN
ICA
S D
OS
MA
TE
RIA
IS
Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista
PROPRIEDADES GERAIS DOS MATERIAIS
PRINCIPAIS GRANDEZAS (Continuação):
Volume absoluto, Vr (ou volume real): corresponde ao volume ocupado pela
matéria, não se considerando o volume de vazios desse corpo;
Vr =V – Vv
Massa específica: é a relação entre a massa do agregado seco e seu volume, excluindo
os poros permeáveis.
Massa específica aparente: É a relação entre a massa do agregado seco e seu volume,
incluindo os poros permeáveis.
Massa específica relativa: É a relação entre a massa da unidade de volume de um
material, incluindo os poros permeáveis e impermeáveis, a uma temperatura
determinada, e a massa de um volume igual de água destilada, livre de ar, a uma
temperatura estabelecida.;
Densidade: relaciona a massa de um corpo com a massa de igual volume de água a
uma temperatura de 4º C;
Porosidade: corresponde ao quociente entre o volume de vazios e o volume
aparente (expresso em %).
PR
OP
RIE
DA
DE
S D
OS
MA
TE
RIA
IS
09/03/2015
18
Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista
PROPRIEDADES GERAIS DOS MATERIAIS
PRINCIPAIS GRANDEZAS (Continuação):
O conceito de massa específica relativa pode ser aplicado tanto à massa específica,
quanto à massa específica aparente, dividindo-se os resultados obtidos pela massa
específica da água a uma determinada temperatura. A massa específica relativa é uma
grandeza adimensional, devendo ser expressa sempre em função da temperatura.
Quando determinada de acordo com esta Norma, deve ser expressa com duas casas
decimais.
A norma NBR NM 52 (ABNT, 2002) traz ainda que agregado saturado superfície seca
refere-se a condição onde as partículas de agregado culminaram suas possibilidades de
absorver água e mantém a superfície seca.
PR
OP
RIE
DA
DE
S D
OS
MA
TE
RIA
IS
Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista
PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS
PR
OP
RIE
DA
DE
S M
EC
ÂN
ICA
S D
OS
MA
TE
RIA
IS
TENSÃO E DEFORMAÇÃO DOS MATERIAIS
Os materiais, quando submetidos a um esforço de natureza mecânica
tendem a deformar-se.
Conforme a sua natureza, o comportamento varia durante a
deformação. Podem apresentar apenas deformação elástica até a
ruptura, como no caso de elastômeros, ou sofrer apreciável
deformação plástica antes da ruptura, como nos metais e
termoplásticos.
A deformação elástica é resultado de uma pequena elongação ou
contração do retículo cristalino na direção da tensão (tração ou
compressão) aplicada.
A resistência mecânica de um material é caracterizada pelo parâmetro
chamado tensão, que é a resistência interna de um corpo a uma força
externa aplicada sobre ele, por unidade de área.
09/03/2015
19
Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista
PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS
P
RO
PR
IED
AD
ES
ME
CÂ
NIC
AS
DO
S M
AT
ER
IAIS
TENSÃO E DEFORMAÇÃO DOS MATERIAIS (observações!)
Deve-se observar que a tensão tem a dimensão de força por unidade de
área e a deformação é uma grandeza adimensional.
A tensão pode ser relacionada com a deformação através da equação
correspondente a lei de Hooke, onde a constante E é uma constante do
material denominada módulo de elasticidade.
Quanto mais intensas as forças de atração entre os átomos, maior é o
módulo de elasticidade E.
Qualquer elongação ou contração de uma estrutura cristalina em uma
direção, causada por uma tensão, produz uma modificação na dimensão
perpendicular (lateral).
Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista
PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS
O dimensionamento estrutural de uma edificação só é possível quando se
conhecem as propriedades mecânicas dos materiais que vão ser utilizados na sua
construção.
Qualquer corpo quando é submetido à ação de uma solicitação exterior (força
ou momento) sofre uma deformação, que podem ter caráter reversível ou
irreversível.
Em cada secção o esforço distribui-se pela área de sua aplicação. Se a área da secção
transversal é pequena, o esforço será grande; se a área aumentar, o esforço diminuirá. A
relação entre as forças aplicadas numa determinada secção e a sua área designa-se por
tensão, s.
PR
OP
RIE
DA
DE
S M
EC
ÂN
ICA
S D
OS
MA
TE
RIA
IS
09/03/2015
20
PR
OP
RIE
DA
DE
S M
EC
ÂN
ICA
S D
OS
MA
TE
RIA
IS
Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista
PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS MATERIAIS
Principal propriedade: Resistências à compressão e módulo de
elasticidade.
Repassar texto elaborado sobre considerações do módulo de elasticidade do concreto!!!
NBR 8522 (ABNT, 2008)
Tensão é a relação entre a carga aplicada e a área
resistente.
A tensão é expressa em kgf/cm² ou N/m²=Pa, é mais
usual expressar em MPa=N/mm².
A TENSÃO ACEITÁVEL, PARA CADA MATERIAL, É OBTIDA PELA TENSÃO
DE RUPTURA MINORADA POR UM COEFICIENTE DE SEGURANÇA.
Deformação é definida como a relação entre a variação de comprimento (após aplicar
determinada carga no material) e o comprimento inicial (base de comprimento marcado
no material) conforme a seguinte equação:
Onde L0 é o comprimento inicial e
Lf é o comprimento final após aplicar
determinada solicitação no material.
Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
DUCTILIDADE: Deformação plástica total até o ponto de ruptura
Metais => “facilidade do metal de se transformar em fio”
Medidas da ductilidade:
- Alongamento (%)
- Estricção (%)
A ductilidade é a propriedade que representa o grau de
deformação que um material suporta até o momento de sua
fratura. Materiais que suportam pouca ou nenhuma
deformação no processo de ensaio de tração são
considerados materiais frágeis. Isto é quando por exemplo
um plástico é rasgado ao meio, esse processo entre estica-
lo até rasga-lo é chamado de ductibilidade.
A ductilidade reflete na
capacidade de se deformar o
material. O materila Fragil
possui ruptura brusca, sendo
pouco ou quase nada ductil.
PR
OP
RIE
DA
DE
S M
EC
ÂN
ICA
S D
OS
MA
TE
RIA
IS
09/03/2015
21
Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
DUREZA:
Resistência da superfície do material à penetração ou à
resistência do material ao risco
Ex: Material duro => diamante
Obs.: o material pode ter alta dureza, alta resistência
mecânica, mas ter comportamento frágil.
PR
OP
RIE
DA
DE
S M
EC
ÂN
ICA
S D
OS
MA
TE
RIA
IS
Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
TENACIDADE:
Medida da energia necessária para romper o material
“ energia absorvida no estado elastoplástico”
PR
OP
RIE
DA
DE
S M
EC
ÂN
ICA
S D
OS
MA
TE
RIA
IS
09/03/2015
22
Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
PROPRIEDADES DOS MATERIAIS
RESILIÊNCIA: Mesmo conceito de resiliência, só que no regime
plástico.
Energia absorvida no estado elástico e representa a capacidade do material
se deformar elasticamente, sem atingir o regime plástico.
Resiliência refere à propriedade de que são dotados
alguns materiais, de acumular energia quando exigidos ou
submetidos a tensões sem ocorrer ruptura. Após a tensão
cessar poderá ou não haver uma deformação residual
causada pela histerese do material
A resiliência é a capacidade que o material tem de reter
energia enquanto se deforma elasticamente e quando livre
da tensão devolver esta energia. O módulo de resiliência é
calculado através da área do gráfico onde ocorre o
comportamento elástico.
PR
OP
RIE
DA
DE
S M
EC
ÂN
ICA
S D
OS
MA
TE
RIA
IS
Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Na prática a importância do conhecimento da deformação elástica na maioria das peças,
estruturas e equipamentos que fabricamos é que estas não devem sofrer modificações na
sua forma com o tempo. Por exemplo, não queremos montar um telhado sobre uma
estrutura metálica, e o peso deste telhado deformar algumas tesouras, podendo ocasionar
um efeito catastrófico. Por isto, projetamos esta estrutura para suportar apenas
deformação elástica.
A capacidade dos metais de serem deformados de modo permanente é chamada de
plasticidade. Portanto, deformação plástica é aquela que ocorre quando um carregamento
causa um deslocamento permanente, ou seja, a retirada da tensão não implica no retorno
dos planos cristalinos as suas posições originais.
RESUMO DAS PRINCIPAIS PROPRIEDADES MECÂNICAS
a) Resistência mecânica – pode-se conceituar resistência mecânica como sendo a
capacidade do material de resistir a esforços de natureza mecânica, como tração,
compressão, cisalhamento, torção, flexão entre outros, sem romper e/ou se deformar. O
termo “resistência mecânica”, porém abrange na prática um conjunto de propriedades que
o material deve apresentar, dependendo da aplicação ao qual se destina. É muito comum
para efeito de projeto relacionar diretamente a resistência mecânica com resistência à
tração do material.
PR
OP
RIE
DA
DE
S M
EC
ÂN
ICA
S D
OS
MA
TE
RIA
IS
09/03/2015
23
Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
RESUMO DAS PRINCIPAIS PROPRIEDADES MECÂNICAS (Continuação)
b) Elasticidade – é a capacidade que o material apresenta de deformar-se
elasticamente. A deformação elástica de um material ocorre quando o material é
submetido a um esforço mecânico e o mesmo tem suas dimensões alteradas, e
quando o esforço é cessado o material volta às suas dimensões iniciais;
c) Ductilidade e/ou plasticidade – é a capacidade que o material apresenta de
deformar-se plasticamente (ou permanentemente) antes de sua ruptura. Nota-se
que houve deformação plástica de um material quando este é submetido a um
esforço mecânico e o mesmo tem suas dimensões alteradas, e quando o esforço é
cessado o material não retorna à sua dimensão inicial.
d) Dureza – A dureza possui várias definições. Talvez a que mais se adapte ao
nosso curso seja: dureza é a medida da resistência que o material possui a
deformação plástica localizada.
e) Tenacidade – é a capacidade que o material possui em absorver energia
antes de sua ruptura. Dentro deste mesmo conceito pode-se associar a tenacidade
com a resistência ao impacto.
PR
OP
RIE
DA
DE
S M
EC
ÂN
ICA
S D
OS
MA
TE
RIA
IS
NO
RM
AL
IZA
ÇÕ
ES
Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
NORMAS E ORGANISMOS RELACIONADOS COM OS
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
Para aferir todas as intervenções no domínio dos materiais de
construção existem as Normas. As Normas são documentos do
domínio público com funções diversas, mas que relativamente aos
materiais de construção visam a satisfação de alguns dos seguintes
objetivos:
estabelecer regras para cálculos ou métodos para a execução dos
trabalhos;
especificar características de materiais e meios de as controlar;
descrever pormenorizadamente procedimentos de ensaios;
estabelecer dimensões e tolerâncias de materiais e produtos;
criar terminologia técnica específica e atribuir convenções
simbólicas em desenhos;
definir classes de produtos ou materiais.
09/03/2015
24
NO
RM
AL
IZA
ÇÕ
ES
Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
NORMAS E ORGANISMOS RELACIONADOS COM OS
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
Em todos os países existem organismos responsáveis pela realização de
normas:
ABNT NBR – Associação Brasileira de Normas Técnicas
ISO – Organização Internacional de Normalização
ASTM – American Society for Testing Material
BS – British Standards Institution
ACI – American Concrete Institute
UNE – União das Normas Espanholas
NP – Normas Portuguesas – Instituto Português da Qualidade
ATIC / ONS – Associação Técnica da Indústria do Cimento /
Organismo de Normalização Setorial (portugal).
PCA – Portland Cement Association
NO
RM
AL
IZA
ÇÕ
ES
Prof. MSc. Danilo Gonçalves Batista
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
NORMAS E ORGANISMOS RELACIONADOS COM OS
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
DIN – Deutsche Normenausschuss
CEN – Comissão Europeia de Normalização
LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil
IETCC – Instituto Eduardo Torroja de la Construcción y del Cemento
CEB – Comissão Europeia de Betão
RILEM – Reunião Internacional de Laboratórios de Ensaios de
Materiais
CSTB – Centro Científico e Tecnológico de Edifícios (França)
LCPC – Laboratório Central de Pontes e Estradas (França)
CEMBUREAU – Associação Europeia de Cimento
AFNOR – Associação Francesa de Normalização
09/03/2015
25
Eng. Civil, MSc. Danilo Gonçalves Batista
AULAS 2 e 3