Aula 2 Classicismo Quinhentismo;Barroco;Arcadismo

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AULA 2 – LITERATURA Classicismo/Quinhentismo; Barroco; Arcadismo 01. (ENEM – modificado) Com base nos estudos realizados até então sobre o Classicismo português (1527-1580), julgue as asserções. I. O novo estilo de época que caracteriza o Renascimento recebeu diferentes denominações na Europa, conforme suas manifestações. Em Portugal, costuma-se chama-lo Quinhentismo ou Classicismo. II. Em 1526, retorna a Portugal o poeta Sá de Miranda, trazendo novas ideias a respeito da arte. Lá o autor recebera diversas influências artísticas inovadoras. III. A redescoberta do mundo greco-latino não significa que durante Idade Média escritores gregos tivessem sido esquecidos. Eles eram lidos, mas apenas para servir de fundamento à teologia vigente. Platão e Aristóteles, por exemplo, foram estudados na Idade Média. IV. O clima de euforia, confiança e otimismo que marcou o Renascimento permitiu uma nova leitura das obras clássicas. Sendo assim, como o tema e a visão de mundo das obras da Antiguidade refletiam muitas preocupações do homem da Renascença, os clássicos passaram a ser considerados modelos de perfeição estética. A alternativa correta é: (A) apenas I e III. (B) apenas I, II e III. (C) apenas III. (D) todas. (E) nenhuma. 02. Observe as imagens com atenção. Antônio Canova, Eros e Psique, concluída por Antônio Tadoline, em 1824.

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AULA 2 – LITERATURAClassicismo/Quinhentismo; Barroco; Arcadismo

01. (ENEM – modificado) Com base nos estudos realizados até então sobre o Classicismo português (1527-1580), julgue as asserções.I. O novo estilo de época que caracteriza o Renascimento recebeu diferentes denominações na Europa, conforme suas manifestações. Em Portugal, costuma-se chama-lo Quinhentismo ou Classicismo.II. Em 1526, retorna a Portugal o poeta Sá de Miranda, trazendo novas ideias a respeito da arte. Lá o autor recebera diversas influências artísticas inovadoras.III. A redescoberta do mundo greco-latino não significa que durante Idade Média escritores gregos tivessem sido esquecidos. Eles eram lidos, mas apenas para servir de fundamento à teologia vigente. Platão e Aristóteles, por exemplo, foram estudados na Idade Média.IV. O clima de euforia, confiança e otimismo que marcou o Renascimento permitiu uma nova leitura das obras clássicas. Sendo assim, como o tema e a visão de mundo das obras da Antiguidade refletiam muitas preocupações do homem da Renascença, os clássicos passaram a ser considerados modelos de perfeição estética.A alternativa correta é:(A) apenas I e III.(B) apenas I, II e III.(C) apenas III.(D) todas.(E) nenhuma.

02. Observe as imagens com atenção.

Antônio Canova, Eros e Psique, concluída por Antônio Tadoline, em 1824.

Edvard Munch. O beijo, 1892.

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Gustav Klimt. O beijo, 1907-8.

As obras apresentadas, produzidas por artistas que viveram nos séculos XIX e XX, têm em comum o fato de todas mostrarem cenas em que dois amantes se beijam. De posse dessa informação, assinale o que for correto.(A) A obra de Antonio Canova apresenta referência à mitologia grega, tema comum nas obras de arte pertencentes ao Classicismo.(B) A tela de Edvard Munch apresenta maior realismo, tanto na abordagem do tema quanto na definição dos corpos das figuras representadas.(C) Nas obras de Klimt e Munch, a mulher está à esquerda do homem, o lado do coração, ou seja, da racionalidade que envolve o beijo.(D) No quadro de Klimt, Não é possível ver tanto o rosto homem quanto o da mulher.(E) A figura feminina, no último quadro, está numa posição que não impõe o movimento ao corpo masculino, ao segurar seu rosto para beijá-la.

03.

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A pintura e o poema, embora sendo produtos de duas linguagens artísticas diferentes, participaram do mesmo contexto social e cultural de produção pelo fato de ambos(A) apresentarem um retrato realista, evidenciado pelo unicórnio presente na pintura e pelos adjetivos usados no poema.(B) valorizarem o excesso de enfeites na apresentação pessoal e na variação de atitudes da mulher, evidenciadas pelos adjetivos do poema.(C) apresentarem um retrato ideal de mulher marcado pela sobriedade e o equilíbrio, evidenciados pela postura, expressão e vestimenta da moça e os adjetivos usados no poema.(D) desprezarem o conceito medieval da idealização da mulher como base da produção artística, evidenciado pelos adjetivos usados no poema.(E) apresentarem um retrato ideal de mulher marcado pela emotividade e o conflito interior, evidenciados pela expressão da moça e pelos adjetivos do poema.

04.

Comparando os textos de Virgílio e Camões é possível afirmar que:(A) o poeta latino lamenta insucessos do herói ao passo que o autor português só conta vantagens.(B) os poetas épicos consagram os feitos heroicos na tessitura das epopeias que os imortalizaram.(C) Virgílio fantasia, evocando a mitologia, enquanto Camões prefere o enfrentamento dos limites (da realidade.(D) as conquistas dos heróis portugueses parecem mais exaltadas do que as proezas de Enéas.

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(E) tanto os portugueses como o troiano lograram a mesma ventura: conquistar a região do Lácio.

05. Um mover de olhos, brando e piedoso,Sem ver de quê; um riso brando e honesto,Quase forçado; um doce e humilde gesto,De qualquer alegria duvidoso;

Um desejo quieto e vergonhoso;Um repouso gravíssimo e modesto;Uma pura bondade, manifestoIndício da alma, limpo e gracioso;

Um encolhido ousar, uma brandura;Um medo sem ter culpa; um ar sereno;Um longo e obediente sofrimento;

Esta foi a celeste formosuraDa minha Circe, e o mágico venenoQue pôde transformar meu pensamento.

O soneto transcrito é de Luís de Camões e se enquadra em sua poesia lírica. Releia-o atentamente e indique a alternativa errada a respeito dele.a) Pinta o retrato da mulher amada, composto por traços físicos e da caráter e realçado por imagens construídas por antíteses.b) Apresenta uma sucessão de frases nominais que, no conjunto, caracterizam uma clara função descritiva.c) Marca-se por uma força poética que atravessa o texto e alcança seu ápice no nome Circe, núcleo da nomeação e metafórica da mulher amada.d) Configura, sintaticamente, os quartetos e o primeiro terceto como apostos da proposição contida no segundo terceto.e) Apresenta regularidade sintática porque tanto os quartetos quanto os tercetos se constroem a partir de idêntica estrutura lógica-oracional.

06. (ENEM 2013)

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Pertencentes ao patrimônio cultural brasileiro, a carta de Pero Vaz de Caminha e a obra de Portinari retratam a chegada dos portugueses ao Brasil. Da leitura dos textos, constata-se que(A) a carta de Pero Vaz de Caminha representa uma das primeiras manifestações artísticas dos portugueses em terras brasileiras e preocupa-se apenas com a estética literária.(B) a tela de Portinari retrata indígenas nus com corpos pintados, cuja grande significação é a afirmação da arte acadêmica brasileira e a contestação de uma linguagem moderna.(C) a carta, como testemunho histórico-político, mostra o olhar do colonizador sobre a gente da terra, e a pintura destaca, em primeiro plano, a inquietação dos nativos.(D) as duas produções, embora usem linguagens diferentes – verbal e não verbal –, cumprem a mesma função social e artística.(E) a pintura e a carta de Caminha são manifestações de grupos étnicos diferentes, produzidas em um mesmo momentos histórico, retratando a colonização.

07. (Mackenzie – modificada) Assinale V (verdadeiro) ou F (falso) para as assertivas abaixo.( ) Julgada em bloco, a literatura brasileira do Quinhentismo é uma típica manifestação de cunho informativo e catequético.( ) Na poesia de José de Anchieta, percebe-se a mistura de religiosidade e sensualismo, misticismo e erotismo, valores terrenos e aspirações espirituais.( ) A literatura no Brasil colonial é clássica, tendo nascido pelas mãos do jesuítas, com intenção doutrinária.( ) Com José de Anchieta, a literatura atingiu o seu ponto alto em prosa no Brasil.( ) Não se deve dizer que a literatura quinhentista seja inferior, mas que é uma literatura indígena em processo de formação.

08. (Mackenzie) Assinale a alternativa INCORRETA.a) Na obra de José de Anchieta, encontram-se poesias que seguem a tradição medieval e textos, para teatro, com clara intenção catequista. b) A literatura informativa do Quinhentismo brasileiro empenha-se em fazer um levantamento da terra, daí ser predominantemente descritiva.c) A literatura seiscentista reflete um dualismo: o ser humano dividido entre a matéria e o espírito, o pecado e o perdão. d) O Barroco apresenta estados de alma expressos através de antíteses, paradoxos, interrogações. 

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e) O Conceptismo caracteriza-se pela linguagem rebuscada, culta, extravagante, enquanto o Cultismo é marcado pelo jogo de ideias, seguindo um raciocínio lógico, racionalista.

09. “Que és terra, homem, em terra hás de tornar-te,Te lembra hoje Deus por tua Igreja;De pó te fez espelho, em que se vejaA vil matéria, de que quis formar-te”.

Conforme sugere o excerto acima, o poeta Barroco não raro expressa:a) O medo de ser infeliz; uma imensa angústia em face da vida a que se consegue dar sentido; a desilusão diante da falência de valores terrenos e divinos.b) A consciência de que o mundo terreno é efêmero e vão; o sentimento de nulidade diante do poder divino.c) A percepção de que não há saídas para o homem; a certeza de que o aguardam o inferno e a desgraça espiritual.d) A necessidade de ser piedoso e caritativo, paralela à vontade de fruir até as últimas consequências o lado material.e) O convite a fruir o momento e desfrutar os prazeres da vida.

10. (ENEM 2012)

Com contornos assimétricos, riqueza de detalhes nas vestes e nas feições, a escultura barroca no Brasil tem forte influência do rococó europeu e está representada aqui por um dos profetas do pátio do Santuário do Bom Jesus de Matosinho, em Congonhas (MG), esculpido em pedra-sabão por Aleijadinho. Profundamente religiosa, sua obra revela(A) liberdade, representando a vida de mineiros à procura da salvação.(B) credibilidade, atendendo a encomendas dos nobres de Minas Gerais.(C) simplicidade, demonstrando compromisso com a contemplação do divino.(D) personalidade, modelando uma imagem sacra com feições populares.(E) singularidade, esculpindo personalidades do reinado nas obras divinas.

11. (VUNESP)

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Ardor em firme coração nascido;pranto por belos olhos derramado;incêndio em mares de água disfarçado;rio de neve em fogo convertido:tu, que em um peito abrasas escondido;tu, que em um rosto corres desatado;quando fogo, em cristais aprisionado;quando crista, em chamas derretido.Se és fogo, como passas brandamente,se és fogo, como queimas com porfia?Mas ai, que andou Amor em ti prudente!Pois para temperar a tirania,como quis que aqui fosse a neve ardente,permitiu parecesse a chama fria.

O texto pertencente a Gregório de Matos e apresenta todas seguintes características:(A) Trocadilhos, predomínio de metonímias e de símiles, a dualidade temática da sensualidade e do refreamento, antíteses claras dispostas em ordem direta.(B) Sintaxe segundo a ordem lógica do Classicismo, a qual o autor buscava imitar, predomínio das metáforas e das antíteses, temática da fugacidade do tempo e da vida.(C) Dualidade temática da sensualidade e do refreamento, construção sintática simétrica por simetrias sucessivas, predomínio figurativo das metáforas e pares antitéticos que tendem para o paradoxo.(D) Temática naturalista, assimetria total de construção, ordem direta predominando sobre a ordem inversa, imagens que prenunciam o Romantismo.(E) Verificação clássica, temática neoclássica, sintaxe preciosista evidente no uso das síntese, dos anacolutos e das alegorias, construção assimétrica.

12. (FEBASP)”Basta, senhor, que eu, por que roubo em uma barca, sou ladrão,e vós porque roubais em uma armada sois imperador? Assim é.O roubar muito é grandeza: o roubar com pouco poder faz os piratas,o roubar com muito, os Alexandres... O ladrão que furta para comer,não vai nem leva ao inferno: os que não só vão, mas que levam, deque eu trato, são os outros – ladrões de maior calibre e de mais altaesfera.... os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidadese reinos; os outros furtam debaixo de seu risco, estes, sem temornem perigo; ou outros, se sem temor nem perigo, os outros, sefurtam, são enforcados, estes furtam e enforcam.”(Sermão do bom ladrão – Pe. Vieira)

Em relação ao estilo empregado por Vieira, neste trecho, pode-se afirmar:a) O autor recorre ao cultismo da linguagem com o intuito de convencer o ouvinte e por isto cria um jogo de imagens.b) Vieira recorre ao preciosismo da linguagem, isto é, através de fatos corriqueiros, cotidianos, procura converter o ouvinte.c) Padre Vieira emprega, principalmente, o conceptismo, ou seja, o predomínio das ideias, da lógica, do raciocínio.d) O pregador procura ensinar preceitos religiosos ao ouvinte, o que era prática comum entre os escritores gongóricos.

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e) O pregador, fazendo uso do estilo cultista, tenta convencer o ouvinte a arrepender-se; do contrário iria para o inferno.

13. (ENEM 2008)Torno a ver-vos, ó montes; o destino (verso 1)

Aqui me torna a pôr nestes outeiros, Onde um tempo os gabões deixei grosseiros Pelo traje da Corte, rico e fino. (verso 4)

Aqui estou entre Almendro, entre Corino, Os meus fiéis, meus doces companheiros, Vendo correr os míseros vaqueiros (verso 7)Atrás de seu cansado desatino.

Se o bem desta choupana pode tanto, Que chega a ter mais preço, e mais valia (verso 10)Que, da Cidade, o lisonjeiro encanto,

Aqui descanse a louca fantasia, E o que até agora se tornava em pranto (verso 13)Se converta em afetos de alegria.

Cláudio Manoel da Costa. In: Domício Proença Filho. A poesia dos inconfidentes. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002, p. 78-9.

Considerando o soneto de Cláudio Manoel da Costa e os elementos constitutivos do Arcadismo brasileiro, assinale a opção correta acerca da relação entre o poema e o momento histórico de sua produção.(A) Os “montes” e “outeiros”, mencionados na primeira estrofe, são imagens relacionadas à Metrópole, ou seja, ao lugar onde o poeta se vestiu com traje “rico e fino”.(B) A oposição entre a Colônia e a Metrópole, como núcleo do poema, revela uma contradição vivenciada pelo poeta, dividido entre a civilidade do mundo urbano da Metrópole e a rusticidade da terra da Colônia.(C) O bucolismo presente nas imagens do poema é elemento estético do Arcadismo que evidencia a preocupação do poeta árcade em realizar uma representação literária realista da vida nacional.(D) A relação de vantagem da “choupana” sobre a “Cidade”, na terceira estrofe, é formulação literária que reproduz a condição histórica paradoxalmente vantajosa da Colônia sobre a Metrópole.(E) A realidade de atraso social, político e econômico do Brasil Colônia está representada esteticamente no poema pela referência, na última estrofe, à transformação do pranto em alegria.

14.

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A tirinha dialoga com um motivo pertinente à poesia NEOCLÁSSICA porque(A) o encantamento de Mafalda com a paisagem permanece em toda a tirinha.(B) a personagem Mafalda aceita o conceito de que a vida ideal, tranquilidade está no campo.(C) o pai da menina reproduz o idealismo dos poetas do arcadismo quanto ao bucolismo rural.(D) o senhor usa um vocabulário adequado à linguagem infantil ao explicar o tipo de moradia rural.(E) a criança consegue ter uma percepção crítica e questionadora da realidade dos pobres.

15. A poetisa modernista, Cecília Meireles, presta uma homenagem aos poetas árcades do Brasil na obra Romanceiro da Inconfidência.

O poema destacado da obra modernista permitem a conclusão de que(A) a morte do país da Arcádia se deve a complicações por envolvimento político dos autores, no século XVIII, com a rebeldia contra a administração opressiva de Portugal na colônia.(B) as musas – Marília, Nise, Anarda – e os poetas da Arcádia mineira, Glaucestee Dirceu, são citados porque Cecília Meireles quis rememorar a fidelidade dos poetas a suas pastoras.(C) os elementos comuns à tranquilidade árcade como bosque ovelhinhas, Sanfonas e flautas estão em harmonia com os fatos da história à qual a autora se refere na metáfora “A luz é sem data...”(D) a poetisa endossa que a ação voraz de um “tempo indelével” é insuficiente para apagar da memória dos poetas árcades os mais autênticos sonhos de liberdade.(E) a oposição entre a ideia da festa de nácar (cor avermelhada) e o conteúdo do verso “Em cinza adormece”, indicam o fim do caráter idealista do arcadismo, frente ao destino dramático dos poetas inconfidentes condenados.

16. “O Neoclassicismo foi um movimento artístico que se desenvolveu especialmente na arquitetura e nas artes decorativas. Floresceu na França e na Inglaterra, por volta de 1750, sob a influência do arquiteto Palladio (palladianismo), e estendeu-se para o resto dos países europeus, chegando ao apogeu em 1830. Inspirado nas formas grecoromanas, renunciou às formas do

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barroco (que não tinha tido grande repercussão na França e na Inglaterra) revivendo os princípios estéticos da antiguidade clássica. Enquanto os artistas neoclássicos se preocupavam em imitar a arte greco-romana e os mestres do renascimento italiano, os artistas românticos procuraram se libertar das convenções acadêmicas em favor da livre expressão da personalidade do artista.”Com base nesse texto, assinale a única opção que não representa a arte neoclássica.(A) (B)

(C) (D)

PARA EXERCITAR EM CASA01. Leia os poemas a seguir para compará-los.

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O texto I é Barroco; o texto II é Árcade. Comparando-os, apenas pode ser afirmado que(A) os poetas do barroco e do arcadismo, em análise, expressam sentimentos amorosos de um modo peculiar, subjetivo, ainda que tenha uma preocupação em comum: a passagem do tempo.(B) o árcade sofre mais com a angústia pela efemeridade da existência, ao passo que o barroco se alivia ao procurar a evasão no erotismo e no Carpe Diem.(C) a passagem rápida do tempo é temática marcante no texto barroco, mas ausente no poema árcade, porque há tendência do eu-lírico à aceitação passiva.(D) o desejo egoísta das personagens poéticas leva-os a aconselhar que as mulheres deixo-os aproveitar a juventude.(E) o prazer deve ser vivido intensamente ensina o eu-lírico a Maria; o amor requer tranquilidade e espera avisa o poeta a Marília.

02. Observe este soneto de Vinícius de Moraes.Soneto de Separação

De repente do riso fez-se o prantoSilencioso e branco como a brumaE das bocas unidas fez-se a espumaE das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o ventoQue dos olhos desfez a última chamaE da paixão fez-se o pressentimentoE do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repenteFez-se de triste o que se fez amanteE de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante

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Fez-se da vida uma aventura erranteDe repente, não mais que de repente.

Disponível em: http://www.webartigos.com/artigos/breve-comparacao-entre-os-sonetos-de-camoes-e-vinicius-de-moraes/

99664/#ixzz3iVVidXtcO autor modernista sofreu grande influência da poesia clássica camoniana, a qual podemos encontrar nos versos da alternativa:(A) “Aquela triste e leda madrugada,Cheia toda de mágoa e de piedade,Enquanto houver no mundo saudadeQuero que seja sempre celebrada.

Ela só, quando amena e marchetadaSaía, dando ao mundo claridade,Viu apartar-se de ua outra vontade,Que nunca poderá ver-se apartada.”

(B) “Que és terra, homem, em terra hás de tornar-te,Te lembra hoje Deus por tua Igreja;De pó te fez espelho, em que se vejaA vil matéria, de que quis formar-te”.

(C) “Que falta nesta cidade? Verdade.Que mais por sua desonra? Honra.Falta mais que se lhe ponha? VergonhaO demo a viver se esponha,Por mais que a fama a exalta,Numa cidade onde faltaVerdade, honra, vergonha”.

(D) “Longe do estéril turbilhão da rua, Beneditino, escreve! No aconchegoDo claustro, na paciência e no sossego, Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!

Mas que na forma se disfarce o emprego Do esforço; e a trama viva se construa De tal modo, que a imagem fique nua, Rica mas sóbria, como um templo grego.”

03. (ENEM 2012)

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O trecho do sermão do Padre Antônio Vieira estabelece uma relação entre a Paixão de Cristo e(A) a atividade dos comerciantes de açúcar nos portos brasileiros.(B) a função dos mestres de açúcar durante a safra de cana.(C) o sofrimento dos jesuítas na conversão dos ameríndios.(D) o papel dos senhores na administração dos engenhos.(E) o trabalho dos escravos na produção de açúcar.

04. (UFV-MG)O povo, Doroteu, é como as moscas,Que correm ao lugar, onde sentemO derramado mel; é semelhanteAos corvos e aos abutres que se ajuntamNos ermos, onde fede a carne podre.À vista pois dos fatos, que executaO nosso grande Chefe, decisivosDa piedade, que finge, a louca genteDe toda a parte corre a ver se encontraAlgum pequeno alívio à sombra dele.

(Cartas Chilenas)

Assinale a alternativa que não corresponde ao texto:a) O fragmento do poema faz parte do conjunto das 13 cartas remetidas a Doroteu e assinadas por Critilo.b) Para o poeta, o povo é um espectador passivo, gravitando cegamente em torno do chefe autoritário como “moscas” ou “abutres”.c) O texto constitui uma sátira fortíssima à “servidão voluntária” do povo ao governo.d) A expressão “nosso grande Chefe” visa a ridicularizar o corrupto governador mineiro Luís da Cunha Meneses.e) O objetivo das Cartas é despertar a piedade do povo para com os governantes.

05. Observe as duas imagens abaixo.

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Qual é o recurso de recriação artística empregado por Maurício de Souza para o processo decriação de sua obra?A) intertextualidade, pois recria o original de que se apropria para introduzi-lo em um novo contexto.B) Restauração, porque apresenta novos materiais para recompor uma tela universal.C) ambiguidade, dado que não explicita o objetiva da reutilização do original de Sandro BOTTICELLI.D) metaforização, para se apropriar de um novo conceito acerca das artes plásticas,E) paráfrase por manter a mesma identidade ideológica com a pintura renascentista.