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Curso Instrumentação Cirúrgica Aula: Microbiologia Aplicada ao Controle de Infecç Monique Oliveira Finoti Centro Cirúrgico O Centro Cirúrgico é uma unidade de alta complexidade; . É uma unidade especializada, . formada por salas destinadas à realização das mais variadas cirurgi . nidades de recuperação p!s"anestésica e . Central de #aterial $sterilizado, geralmente fazem parte da composi %loco cirúrgico. O Centro Cirúrgico é uma unidade &ospitalar considerada Cr'tica; cuidados pro(ssionais de um setor cr'tico devem estar respaldados nos princ'pios da micro%iologia. . Garantia de ambiente com menor risco de contami . Profissionais . Exposição a microrganismos em suspensão nas sala . Tecido livre de colonização . Paciente Objetivo do centro cirúrgico O principal objetivo da Unidade de entro ir!rgico " o de atender poss%vel# o paciente &ue ser' submetido a um procedimento cir! urg(ncia ou emergencial# propiciando ) e&uipe cir!rgica todas as condiç paciente a certeza de um atendimento seguro. +s principais finalidades do entro ir!rgico são, - realizar intervenç*es cir!rgicas e devolver o paciente ) sua unidade condição poss%vel de integridade - servir de campo de est'gio para o aperfeiçoamento de recursos $umanos - servir de local de pes&uisa e aprimoramento de novas t"cnicas cir!rgi )egurança %iol!gica

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Curso Instrumentao CirrgicaAula: Microbiologia Aplicada ao Controle de InfecoMonique Oliveira Finoti

Centro Cirrgico

O Centro Cirrgico uma unidade de alta complexidade;. uma unidade especializada, . formada por salas destinadas realizao das mais variadas cirurgias; . Unidades de recuperao ps-anestsica e. Central de Material Esterilizado, geralmente fazem parte da composio do bloco cirrgico.O Centro Cirrgico uma unidade hospitalar considerada Crtica; Os cuidados profissionais de um setor crtico devem estar respaldados nos princpios da microbiologia.

Segurana biolgica

. Garantia de ambiente com menor risco de contaminao . Profissionais . Exposio a microrganismos em suspenso nas salas . Tecido livre de colonizao . Paciente

Objetivo do centro cirrgico

O principal objetivo da Unidade de Centro Cirrgico o de atender, da melhor maneira possvel, o paciente que ser submetido a um procedimento cirrgico, seja ele eletivo, de urgncia ou emergencial, propiciando equipe cirrgica todas as condies de atendimento e ao paciente a certeza de um atendimento seguro. As principais finalidades do Centro Cirrgico so: - realizar intervenes cirrgicas e devolver o paciente sua unidade de origem na melhor condio possvel de integridade; - servir de campo de estgio para o aperfeioamento de recursos humanos; - servir de local de pesquisa e aprimoramento de novas tcnicas cirrgicas e asspticas.

RECURSOS HUMANOS: COMPETNCIA E ATRIBUIES DA EQUIPE

Mdico cirurgio + Mdico Auxiliar +Instrumentador Cirrgico + Enfermeiro + Circulante de Sala

Equipe de anestesia: A equipe de anestesia formada por mdicos anestesiologistas, responsveis por todo ato anestsico, com as atribuies iniciais de fazer a avaliao pr-anestsica do paciente ainda em sua unidade de internao e de fazer a prescrio da medicao pr-anestsica. tambm da responsabilidade dessa equipe planejar e executar a anestesia, prevendo com antecedncia todos os materiais, equipamentos e medicamentos necessrios, bem como preparar e administrar drogas e controlar as condies clnicas e anestsicas do paciente durante a cirurgia. Ao termino da cirurgia da responsabilidade dessa equipe o envio do paciente Unidade de Recuperao Ps-Anestsica e seu controle at o restabelecimento das condies do paciente, para que este possa retornar unidade de origem em segurana.

Equipe de cirurgia: A equipe de cirurgia a responsvel direta pelo procedimento cirrgico e compe-se dos seguintes elementos: Mdico cirurgio: o responsvel pelo ato cirrgico a ser desenvolvido. Cabe-lhe, portanto, planej-lo e execut-lo, comandando-o e mantendo a ordem no campo operatrio. Mdico assistente: o que auxilia na cirurgia. Dependendo do porte desta, pode ser necessrio mais de um. Ao primeiro assistente compete auxiliar diretamente o mdico cirurgio e substitu-lo caso haja necessidade. Instrumentao cirrgica: Parte integrante da equipe de cirurgia, responsvel pelo preparo da mesa de instrumental, devendo prever e solicitar com antecedncia todo o material que julgar necessrio. ainda quem fornece os instrumentais ao cirurgio e seus assistentes durante o ato cirrgico, mantendo a mesa de instrumental em ordem e ficando sempre atento para que nada falte. Este profissional dever se adequar resoluo do Conselho Federal de Medicina.Equipe de enfermagem: A equipe de enfermagem que atua no Centro Cirrgico composta por pessoas de vrios nveis, com responsabilidades diferentes. A quantidade desse pessoal varia conforme a complexidade e o volume de trabalho existente na Unidade, mas em geral a equipe composta de: Enfermeira: Responsvel pelo planejamento das aes de enfermagem que sero desenvolvidas no decorrer do ato cirrgico, bem como pelo gerenciamento relativo aos materiais e equipamentos necessrios. Tcnico de enfermagem: Auxiliar direto da enfermeira so-lhe delegadas tambm tarefas especiais, como: verificar o funcionamento, a conservao e a manuteno dos equipamentos necessrios ao funcionamento do Centro Cirrgico; responsabilizar-se pelo encaminhamento das peas cirrgicas aos laboratrios especializados e controlar o material esterilizado, verificando seus prazos de validade. Pode tambm exercer as atividades de instrumentador cirrgico ou de circulante de sala. Circulante de sala: Papel normalmente desempenhado pelo auxiliar de enfermagem, com estas atribuies: atendimento direto das solicitaes da equipe mdica no decorrer do ato cirrgico, posicionamento adequado do paciente, verificao e controle de todos os equipamentos exigidos pela cirurgia. Instrumentador cirrgico: Fornecedor dos instrumentais cirrgicos equipe mdica no decorrer da cirurgia esse papel deve ser desempenhado pelo auxiliar de enfermagem.Auxiliar de enfermagem: responsvel pela montagem da sala cirrgica, atividades durante o ato cirrgico e aps. Montagem da sala cirrgica: Para a montagem da sala, o auxiliar de enfermagem deve tomar as seguintes providencias: - ler com ateno a marcao de cirurgia, observando a solicitao de materiais, medicamentos, equipamentos e outros itens essenciais ao ato cirrgico; - verificar a limpeza dos pisos e paredes; - prover a sala dos equipamentos solicitados;

NORMAS GERAIS DO CENTRO CIRRGICOA planta fsica do setor deve proporcionar barreiras que minimizam a entrada de microrganismos, delimitando-se em trs reas para a movimentao dos usurios, equipe do Centro Cirrgico CC e demais profissionais. Portanto, alguns pr-requisitos devem ser respeitados. Permanecer nas reas com a paramentao adequada ao ambiente:reas do Centro CirrgicoPr-requisito

rea no-restrita: o local de acesso dos profissionais que atuam no CC. (Corredor de acesso externo, vestirios, mdico;)Identificar-seDispensa-se o uso da paramentao do setor.

rea semi-restrita: Permite tanto a circulao do pessoal quanto dos equipamentos, no interferindo na assepsia do setor. (Salas de guarda de material, sala de observao, expurgo;) Lavar as mos Utilizar cala e camisa especfica do CC, props ou sapatos privativos para o uso no setor, gorro/touca; Dispensa-se o uso de mscara.

rea restrita: Renem limites definidos para a circulao do pessoal, de equipamentos e materiais. (Sala de cirurgia, corredor interno, arsenal, lavabos;) Utilizar cala e camisa especfica do CC, gorro/touca, prop e mscara.

REAS DO CENTRO CIRRGICOTIPO DE LIMPEZA

rea no restrita e semi-restritaLimpeza de manuteno:Limpeza comum com gua, sabo e desinfetante. Realizar uma vez em cada planto e sempre que necessrio.

rea restrita (A limpeza da sala de cirurgia depende se est sendo utilizada ou no.)Limpeza concorrente: Tem durao de 30 minutos;Realizada imediatamente aps o trmino de uma cirurgia e antes do incio de outra, para remoo de sujidade e matria orgnica presentes nos instrumentos, acessrios de equipamentos, roupa e resduos slidos.Retirar o lixo e realizar a limpeza do piso e demais locais atingidos como: teto, parede, piso etc. proibido o uso de vassoura;Utilizar mop seco para recolher todas as partculas e resduos do piso; Utilizar mop mido e hipoclorito de sdio a 1%;Usar desinfetante na sala, aps a sua limpeza;Limpar o piso da rea mais limpa para a mais suja;Usar lcool a 70% para limpeza do mobilirio, foco, acessrios dos equipamentos;Limpeza Terminal:Tem durao de 2h;Realizar diariamente aps o trmino do ltimo procedimento;A limpeza da sala de cirurgia se inicia aps a retirada do material sujo, incluindo roupas e o lixo; Limpar o piso da rea mais limpa para a mais suja (teto, parede, portas, piso, etc);Limpar as paredes de cima para baixo e nunca no sentido inverso;Utilizar mop seco para recolher todas as partculas e resduos do piso;Utilizar mop mido e hipoclorito; Usar desinfetante na sala, aps a sua limpeza;

FONTES DE CONTAMINAES EM CENTRO CIRRGICO

Todo hospital e obrigado a fornecer um ambiente cirrgico limpo e seguro, tanto para o paciente quanto para a equipe de sade que atua na unidade. Infelizmente, no existem dados concretos que garantam que um ambiente limpo e seguro minimize as taxas de infeco nesse setor hospitalar. No entanto, a limpeza e a desinfeco reduzem a flora microbiana das reas do Centro Cirrgico, alm de exercerem um efeito salutar nos pacientes e no pessoal hospitalar, estimulando a higiene em seu sentido mais amplo. De maneira geral, a maioria das infeces em feridas cirrgicas e provocada por microrganismos endgenos, ou seja, do prprio paciente, sendo, portanto, muito importantes a tcnica cirrgica cuidadosa, a preveno de erros durante o ato cirrgico e o uso racional dos antimicrobianos. Entretanto, devemos nos lembrar de que microrganismos de fontes exgenas, ou externas ao paciente, tambm tem importncia etiolgica. Algumas reas da sala cirrgica podem se tomar contaminadas, a menos que sejam apropriadamente limpas e desinfetadas. As principais fontes exgenas encontradas em Centro Cirrgico esto no prprio pessoal, nos equipamentos anestsicos (quando no so limpos e desinfetados adequadamente), nas superfcies das salas cirrgicas, nos materiais utilizados no ato cirrgico e nas medicaes administradas. Numa sala cirrgica bem gerenciada, a contaminao grosseira, ocorrida por contato direto, deve ser muito incomum. Nos dias de hoje, com a adoo das chamadas Precaues Padro, foram eliminadas as distines entre sala contaminada e sala no-contaminada, considerando-se contaminada toda sala em que haja presena de sangue ou, fluidos corpreos.

LIMPEZA E DESINFECO DA SALA CIRRGICA

Estas orientaes destinam-se a estabelecer critrios para a seleo e o uso adequados de processos fsicos e qumicos de limpeza e desinfeco em estabelecimentos de sade. Os produtos existentes no comrcio e que se destinam a limpeza e desinfeco de reas hospitalares devem ter certificado de registros expedidos pela Secretaria Nacional de Vigilncia Sanitria do Ministrio da Sade e obedecer ao que dispe a Portaria n. 15, de 23 de agosto de 1988, do Ministrio da Sade, em especial a classificao de desinfetantes hospitalares para superfcies fixas, por serem produtos para uso exclusivo em hospitais e estabelecimentos relacionados com o atendimento a sade. A escolha dos procedimentos est condicionada ao potencial de contaminao das reas e artigos e aos riscos inerentes de infeco hospitalar. So poucas as referncias bibliogrficas conclusivas quanto a importncia da transmisso de infeces hospitalares por meio de grandes superfcies contaminadas. No entanto, a limpeza e a desinfeco de pisos, paredes, mobilirios e instalaes sanitrias exercem um efeito salutar nos pacientes e no pessoal hospitalar, estimulando a higiene em seu sentido mais amplo.

Portaria n. 15, de 23 de agosto de 1988:

III - DEFINIES Alm das definies j consagradas na legislao vigente e na literatura cientfica

1-adjuvantes: substncias que, nas formulaes, propiciam substncia microbicida ou microbiosttica exercer sua plena atividade; tais como solventes, emulsionantes tamponantes, anti-oxidantes, seqestrantes, tensoativos, entre outras.

2-artigos no crticos: objetos e equipamentos odontolgicos, mdicos e hospitalares que entrem em contato apenas com a pele ntegra ou mesmo no entram em contato direto com os pacientes.

3-artigos semi-crticos: objetos e equipamentos odontolgicos, mdicos e hospitalares que entram em contato com mucosas.

4-artigos crticos: objetos, equipamentos e instrumentos odontolgicos, mdicos e hospitalares,bem como seus acessrios, que entram em contato com tecidos sub-epiteliais, tecidos lesados, rgos e sistema vascular.

5-desinfetantes: formulaes que tm na sua composio substncias microbicidas e apresentam efeito letal para microrganismos no esporulados.

6-desodorizantes: formulao que tm na sua composio substncias microbicidas ou microbiosttica, capazes de controlar os odores desagradveis advindos do metabolismo microrgnico. No apresentam efeito letal sobre microrganismos, mas inibem o seu crescimento e multiplicao.

7-esterilizantes: formulaes que tm na sua composio substncias microbicidas e apresentam efeito letal para microrganismos esporulados.

8-substncia microbicida: princpio ativo que mata microrganismos.

9-substncia microbiosttica: princpio ativo que inibe a proliferao de microrganismos, a qual pode ser reativada natural ou artificialmente.

10-superfcies fixas: aquelas de grande extenso, tais como pisos, paredes, mobilirio, que no entram em contato direto com o paciente.

As etapas da limpeza no C. C. obedecem a seguinte classificao:

Limpeza preparatria: realizada antes do incio das cirurgias programadas do dia. Nela h a remoo das partculas de poeira nas superfcies dos mobilirios, focos cirrgicos e equipamentos com soluo detergente ou desinfetante (lcool 70%) com um pano mido e branco.

Limpeza operatria: realizada durante o procedimento cirrgico constituindo apenas na remoo mecnica da sujidade (sangue e secrees) utilizando um pano comum embebido em agente qumico de amplo espectro para que no ocorra secagem da superfcie e disseminao do ar contaminado.

Limpeza concorrente: executada no trmino de cada cirurgia. Envolve procedimentos de retirada dos artigos sujos da sala, limpeza das superfcies horizontais dos mveis e equipamentos.

Limpeza terminal: a limpeza onde todos os materiais e superfcies so limpos. Deve ser diria e peridica.

Limpeza diria: realizada aps a ltima cirurgia programada do dia. Envolve todos os procedimentos da limpeza concorrente, acrescentados limpeza de todos os equipamentos, acessrios e mobilirios, pisos e paredes da Sala de Operao.

Mtodo de limpeza e de desinfeco

Limpeza: a operao realizada para a remoo fsica de sujidades, com a finalidade de manter o asseio e a higiene do ambiente, sendo o ncleo de todas as aes para os cuidados de higiene. Mtodo: gua e sabo ou detergente.

Desinfeco: o processo pelo qual so destrudos os microrganismos em sua forma vegetativa, sendo utilizado no tratamento de reas e superfcies crticas /ou contaminadas. Nesse processo so utilizados produtos qumicos

Produtos qumicos para desinfeco de reas e superfcies

Os desinfetantes hospitalares para superfcies fixas so os produtos para uso especfico em hospitais e estabelecimentos relacionados com o atendimento a sade, em pisos, paredes e mobilirio, e que atendam as determinaes da Portaria n. 15/88 - MS, entre as quais podem ser citadas: Princpios ativos permitidos fenlicos; quaternrios de amnio; compostos orgnicos e inorgnicos liberadores de cloro ativo; iodo e derivados; alcois e glicis; biguanidas;

Microrganismos testados para avaliao da ao antimicrobiana de acordo com a Portaria n. 15, de 23 de agosto de 1988:

Staphylococcus aureus (encontrada na pele e nas fossas nasais de pessoas saudveis, pode provocar doenas. simples infeco (espinhas, furnculos e celulites) at infeces graves como pneumonia, meningite, endocardite, sndrome do choque txico, septicemia e outras;

Pseudomonas aeruginosa (Patognico de indivduos com sistema imunolgico comprometido, infecta o aparelho respiratrio, aparelho urinrio, queimaduras, e tambm causa outras infeces sanguneas. Pode causar pneumonia por contgio entre humanos. a causa mais comum de infeces no ouvido e por queimaduras, e frequente colonizador de equipamentos mdicos);

Salmonella choleraesuis (podem causar bacterimia, o principal meio pelo qual as infeces locais se espalham para rgos distantes (conhecido como disperso hematgena).

Tempo de contato 10minutos. Mtodos de desinfeco

Quando usado agente qumico que contenha detergente: - limpar a superfcie com o produto qumico para a retirada da sujidade, utilizando inclusive a ao mecnica; - passar novamente o produto, deixando-o em contato com a superfcie por dez minutos.

Quando usado agente qumico que no contenha detergente: -limpar a superfcie com gua e sabo ou detergente para a retirada da sujidade, utilizando inclusive a ao mecnica; -enxaguar abundantemente; -passar o produto qumico, deixando-o em contato com a superfcie por dez minutos.

Quando da desinfeco de reas contaminadas: - colocar o produto qumico sobre a matria orgnica; - retirar a matria orgnica envolvida no produto qumico e desprezar; - limpar o local novamente com o produto qumico e deix-lo em contato com a superfcie por dez minutos.

Cuidados a serem observados durante o processo: -verificar incompatibilidade entre o sabo e o produto qumico; -verificar o tempo de contato do produto com a superfcie que esta sendo limpa - 10 minutos; -verificar a correta diluio do produto seguindo as orientaes contidas no rtulo do produto; -usar obrigatoriamente os equipamentos de proteo individual - EPI, seguindo as orientaes contidas no rtulo do produto.

Categorias de Cirurgias Baseadas na Urgncia

CLASSIFICAO

INDICAO P/ CIRURGIAEXEMPLOS

EmergnciaImediatamenteApendicite perfuradaHemorragiasAmputao traumtica

UrgnciaDentro 2448hsColecistite (Colecistectomia) Cncer

EletivaO tempo aproximado p/cirurgia coincide com a convenincia do pacienteHrnia simples (Herniorrafia)Cisto superficialVarizes de membros inferiores

OpcionalPreferncia pessoal, a deciso parte do paciente (optativa)Cirurgia plstica

Classificao da cirurgia de acordo com a finalidade

Diagnstica ou exploratria _ utilizada para confirmar diagnsticos, visualizar as partes internas (laparotomia exploradora) e/ou realizar bipsias. Reconstrutora _ destina-se a restabelecer a capacidade funcional ou o aspecto externo de tecidos traumatizados ou mal funcionantes. Ex: reviso de tecido cicatricial (enxerto), fixao interna de fraturas. Paliativa _ destina-se a aliviar ou a diminuir a intensidade dos sintomas da doena, no sendo capaz de produzir a cura. Ex: colostomia, desbridamento de tecido necrtico, neoplasias. Construtiva _ destina-se a restabelecer a capacidade funcional perdida ou diminuda em conseqncia de m-formao congnita. Ex: cirurgia de fissura palatina, fechamento da comunicao interatrial. Ablativa _ tipo de cirurgia em que se remove todo o rgo afetado. Ex: amputao, colecistectomia e apendicectomia. Transplante _ realizado com a finalidade de substituir rgos ou estruturas que no funcionam normalmente. Ex: transplante de rim, crnea, fgado, prtese completa de quadril.

Perodo Cirrgico

Pr operatrio (antes da cirurgia) Intra operatrio (durante) Ps operatrio (aps)

Cuidados de Enfermagem:

a)Antes da Cirurgia: Retirar todo material em excesso e deixar apenas o necessrio para cirurgia; Rotular SALA CONTAMINADA na porta da sala;

b)Durante a cirurgia: . Restringir ao mximo o fluxo de pessoas nesta sala para no proliferao da contaminao, e quando estas sarem da sala trocar o prop, mscara, gorro e unissex; . Se faltar algum material pedir o funcionrio escalado de SOS (corredor) para providenciar, assim o circulante da sala no precisar sair; . Realizar limpeza operatria se necessrio; . No tocar diretamente em gazes, compressas ou instrumentos contaminados sem luvas;

c) Depois da Cirurgia: . Pedir aos membros da equipe cirrgica e circulante de sala que se troquem o prop, mscara e gorro, e dirijam se ao vestirio para banho e troca de roupa oferecer gorros e pro ps limpos antes da equipe sair da sala; . Paciente sujo de sangue, secrees ou gesso dever ser limpo com compressas umedecidas em lcool iodado, antes de sair da sala; . Auxiliar na transferncia do paciente para a maca, verificar se os tubos de drenagem esto devidamente fechados para evitar que derramem, contaminando todo o corredor; . Colocar toda roupa em saco plstico e rotular CONTAMINADO encaminhando para corredor externo; . Solicitar o SHL (Servio de Higienizao e Limpeza) para realizao da limpeza terminal da sala e dos mobilirios e equipamentos conforme rotina;

Assistncia durante a cirurgia contaminadaCirurgia contaminada refere-se cirurgia em stio densamente colonizado com a flora humana normal, ruptura acidental de ala intestinal. As prticas e os cuidados na sala de operao so os mesmos que se utilizam em cirurgias limpas, acrescidas dos seguintes itens:

- O saco plstico da lixeira deve ser trocado no mnimo duas vezes durante a cirurgia; -Deve haver barreira de proteo obrigatria entre o paciente e o local da cirurgia; -Todos os materiais fixos do bloco cirrgico devem sofrer desinfeco de alto nvel aps a cirurgia.

Classificao das reas pelo risco de contaminaoGrau de contaminao de stio cirrgico:

O grau de contaminao do stio cirrgico est ligado aos quatro nveis esperados de micro-organismos presentes no momento da inciso, relacionados flora bacteriana normal, superao do grau normal de contaminao antes que o paciente se apresente cirurgia ou presena de infeco. Dessa forma, recomenda-se que um indicador clnico usado para medir o nvel de segurana do paciente dentro da instituio de sade s calcule taxas de infeco em procedimentos cirrgicos que se apresentem cirurgia com o grau habitual de contaminao (cirurgias classificadas como "limpas").

Classificao: No Criticas Semi-crticas Crticas Contaminadas

reas no-crticas

So todas as reas hospitalares no ocupadas por pacientes, assim como as idnticas as encontradas em qualquer edifcio pblico: . Escritrios, . Depsitos, . Sanitrios. . Servio administrativo. Almoxarifado. Servios de apoio de raios-X, ultrassom, etc.

reas semi-crticas

So todas as reas ocupadas por pacientes portadores de doenas infecciosas de baixa transmissibilidade e de doenas no-infecciosas: . Enfermarias . Ambulatrios Farmcia diluio Banheiros

reas crticas

So aquelas reas em que se verifica a depresso da resistncia anti-infecciosa do paciente. Abrigam pacientes com baixa resistncia imunolgica, ou que realizam parto e cirurgias ou nas quais maior a probabilidade de contato com microorganismos patognicos. . Sala de parto e de operao, . Unidade de tratamento intensivo adulto, infantil e neonatal, . Sala de hemodilise, entre outras, ou Risco aumentado de transmisso de infeco:

. Laboratrio de anlises clnicas, . Banco de sangue, . Cozinha (Servio de nutrio e diettica preparo de nutrio enteral) . Lactrio, . Lavanderia UTI neonatal Unidade de queimados Bloco cirrgico Unidade de isolamento Sala de hemodilise Central de material e esterilizao CME Banco de sangue Farmcia local de preparo de Nutrio Parenteral Total Laboratrio de patologia clnica.

reas contaminadas

So aquelas em que se verifica a presena de sangue, pus e secrees ou excrees. Realizadas em tecidos traumatizados recentemente e abertos, colonizados por flora bacteriana abundante, cuja descontaminao seja difcil ou impossvel, bem como todas aquelas em que tenham ocorrida por falhas tcnicas grosseiras, na ausncia de supurao local. Presena de inflamao aguda na inciso e cicatrizao de segunda inteno, grande contaminao a partir do tubo digestivo. Obstruo biliar ou urinria. Exemplo: cirurgias realizadas no clon, reto nus.

Devem passar por processos de desinfeco com remoo da matria orgnica.

CLASSIFICAO DAS CIRURGIAS SEGUNDO O POTENCIAL DE CONTAMINAO

O potencial de contaminao entendido como o risco de exposio para infeco, sendo dividido como: Cirurgia/Operao Limpa Cirurgia/Operao Potencialmente ContaminadaCirurgia/Operao Contaminada Cirurgia/Operao Infectada

MINISTRIO DA SADE PORTARIA N. 930, DE 27 DE AGOSTO DE 1992

As infeces ps-operatrias devem ser analisadas conforme o potencial de contaminao da ferida cirrgica, entendido como o nmero de microorganismos presentes no tecido a ser operada. A classificao das cirurgias dever ser feita no final do ato cirrgico.De acordo com os riscos de contaminao, as cirurgias so classificadas em: limpas, potencialmente contaminadas, contaminadas e infectadas. As taxas de ISC dependem diretamente do grau de contaminao da operao, sendo para cirurgias limpas de 1% a 5%, para as potencialmente contaminadas de 3% a 11%, para as contaminadas de 10% a 17%e para as infectadas acima de 27 %, segundo o Centers for Disease Control (CDC). A taxa de infeco em procedimentos limpos um dos melhores indicadores de controle das infeces hospitalares.

1. Operaes LimpasSo aquelas realizadas em tecidos estreis ou passveis de descontaminao, na ausncia de processo infeccioso e inflamatrio local ou falhas tcnicas grosseiras, cirurgias eletivas e traumticas com cicatrizao de primeira inteno e sem drenagem. Cirurgias em que no ocorrem penetraes nos tratos digestivo, respiratrio ou urinrio.

2. Operaes Potencialmente ContaminadasSo aquelas realizadas em tecidos colonizados por flora microbiana pouco numerosa ou em tecidos de difcil descontaminao, na ausncia de processo infeccioso e inflamatrio e com falhas tcnicas discretas no transoperatrio. Cirurgias limpas com drenagem se enquadram nesta categoria. Ocorre penetrao nos tratos digestivo, respiratrio ou urinrio sem contaminao significativa.

3. Operaes ContaminadasSo aquelas realizadas em tecidos traumatizados recentemente e abertos, colonizados por flora bacteriana abundante, cuja descontaminao seja difcil ou impossvel, bem como todas aquelas em que tenham ocorrida falhas tcnicas grosseiras, na ausncia de supurao local. Presena de inflamao aguda na inciso e cicatrizao de segunda inteno, grande contaminao a partir do tubo digestivo. Obstruo biliar ou urinria.

4. Operaes InfectadasSo todas as intervenes cirrgicas realizadas em qualquer tecido ou rgo, em presena de processo infeccioso (supurao local), tecido necrtico, corpos estranhos e feridas de origem suja.

Exemplo de cirurgias classificadas pelo seu potencial de contaminao:

a) Limpas- Artoplastia do quadril- Cirurgia cardaca- Herniorrafia de todos os tipos- Neurocirurgia- Procedimentos cirrgicos ortopdicos (eletivos)- Anastomose portocava, esplenorenal e outras- Mastoplastia- Mastectomia parcial e radical- Cirurgia de Ovrio- Enxertos cutneos- Esplenectomia- Vagotomia superseletiva (sem drenagem)-Cirurgia vascular

b)Potencialmente contaminada- Histerectomia abdominal- Cirurgia do intestino delgado (eletiva)- Cirurgia das vias biliares sem estase ou obstruo biliar- Cirurgia gstrica e duodenal em pacientes normo ou hiperclordricosFeridas traumticas limpas - ao cirrgica at dez horas aps traumatismo- Colecistectomia + colangiografia- Vagotomia + operao drenagem- Cirurgias cardacas prolongadas com circulao extracorprea

c) Contaminadas- Cirurgia de clon- Debridamento de queimaduras- Cirurgias das vias biliares em presena de obstruo biliar- Cirurgia intranasal- Cirurgia bucal e dental- Fraturas expostas com atendimento aps dez horasFeridas traumticas com atendimento aps dez horas de ocorrido o traumatismo- Cirurgia de orofaringe- Cirurgia do megaesfago avanado- Coledocostomia -- Anastomose bilio-digestiva- Cirurgia gstrica em pacientes hipoclordicos (cncer, lcera gstrica)- Cirurgia duodenal por obstruo duoenal

d) Infectadas- Cirurgia do reto e nus com pus- Cirurgia abdominal em presena de pus e contedo de clon- Nefrectomia com infeco- Presena de vsceras perfuradas- Colecistectomia par colecistite aguda com empiema- Explorao das vias biliares em colangite supurativa

Tipo de Infeco do Stio Cirrgico (ISC)

Definies de infeco de stio cirrgico:Incisional superficial: Ocorre nos primeiros 30 dias aps a cirurgia e envolve apenas pele e subcutneo. Pelo menos um dos seguintes sinais ou sintomas: dor, edema, aumento da sensibilidade, calor ou rubor e a inciso superficial deliberadamente aberta pelo cirurgio mesmo que a cultura da inciso seja negativa.Cultura positiva de secreo ou tecido da inciso superficial, obtido assepticamente (no so considerados resultados de culturas colhidas por swab);

No relacionado como IFC incisional superficial:a) Abscesso do ponto: inflamao mnima ou drenagem confinada aos pontos de penetrao da sutura;b) Infeco de episiotomia ou de circunciso do neonato;c) Queimaduras infectadas;d) Infeco incisional que se estende aos planos da fascia e msculos.

Incisional profunda: Ocorre nos primeiros 30 dias aps a cirurgia ou at UM ano, se houver colocao de prtese, e envolve tecidos moles profundos inciso (ex: fscia e/ou msculos).Com pelo menos UM dos seguintes:Drenagem purulenta da inciso profunda, mas no de rgo/cavidade;Deiscncia parcial ou total da parede abdominal ou abertura da ferida pelo cirurgio, quando o paciente apresentar pelo menos um dos seguintes sinais ou sintomas: temperatura axilar de 37,8C, dor ou aumento da sensibilidade local, exceto se a cultura for negativa;Presena de abscesso ou outra evidncia que a infeco envolva os planos profundos da ferida, identificada em reoperao, exame clnico, histocitopatolgico ou exame de imagem;

rgo/cavidade: Ocorre nos primeiros 30 dias aps a cirurgia ou at UM ano, se houver colocao de prtese, e envolve qualquer rgo ou cavidade que tenha sido aberta ou manipulada durante a cirurgia.Com pelo menos UM dos seguintes:Cultura positiva de secreo ou tecido do rgo/cavidade obtido assepticamente;Presena de abscesso ou outra evidncia que a infeco envolva os planos profundos da ferida, identificada em reoperao, exame clnico, histocitopatolgico ou exame de imagem;Diagnstico de infeco de rgo/cavidade pelo mdico assistente.

ISC Incisional Superficial.ISC Incisional profundaInfeco de rgo/Espao e/ou Cavidade

Deve ocorrer em 30 dias aps o procedimento e envolver apenas pele e tecidosubcutneo e apresentar pelo menos um dos seguintes sinais ou sintomas:1. Drenagem de secreo purulenta da inciso2. Microrganismo isolado de maneira assptica de secreo ou tecido3. Pelo menos um dos sinais e sintomas e a abertura deliberada dos pontos pelocirurgio exceto se cultura negativa: dor, edema, eritema ou calor local.4. Diagnstico de infeco pelo mdico que acompanha o pacienteDeve ocorrer em 30 dias aps o procedimento se no houver implante ou um ano se houver implante. A infeco deve envolver os tecidos moles profundos (msculo ou fascia) e apresentar pelo menos um dos seguintes sinais ou sintomas: 1. Drenagem purulenta de inciso profunda 2. Inciso profunda com deiscncia espontnea ou deliberadamente aberta pelo cirurgio quando o paciente apresentar pelo menos um dos sinais ou sintomas: febre, dor localizada, edema e rubor exceto se cultura negativa. 3. Abscesso ou outra evidencia de infeco envolvendo fascia ou msculo, achada ao exame direto, re-operao, histopatolgico ou radiolgico. 4. Diagnstico de infeco incisional profunda pelo mdico que acompanha o paciente.

Deve ocorrer em 30 dias aps o procedimento se no houver implante ou um ano se houver implante. Envolver qualquer outra regio anatmica do sitio cirrgico que no a inciso e apresentar pelo menos um dos seguintes sinais ou sintomas: 1. Drenagem purulenta por dreno locado em rgo ou cavidade 2. Microrganismo isolado de maneira assptica de secreo ou tecido de rgo ou cavidade 3. Abscesso ou outra evidencia de infeco envolvendo rgo ou cavidade achada ao exame direto, reoperao, histopatolgico ou radiolgico. 4. Diagnstico de infeco de rgo/espao pelo mdico que acompanha o paciente.

CENTRO CIRRGICO Objetivo Equipe Funes Normas e Pr-requisitos Fontes de Contaminao Etapas de LimpezaCLASSIFICAO DAS CIRURGIAS Emergncia (pouco tempo) Urgncia(dentro de 24 a 30 horas ) Eletiva (de acordo com disponibilidade) Opcional (preferncia pessoal)PERODOS CIRRGICO O ato cirrgico e dividido em trs perodos: Pr-operatrio (antes) Intra-operatrio (durante) Ps-operatrio (aps) CLASSIFICAO DAS REAS PELO RISCO DE CONTAMINAO No-crtica Semi-crtica Crtica ContaminadaCLASSIFICAO DA CIRURGIA PELO POTENCIAL DE CONTAMINAO O potencial de contaminao entendido como o risco de exposio para infeco, sendo dividido como: Cirurgia Limpa Cirurgia Potencialmente Contaminada Cirurgia Contaminada Cirurgia Infectada TIPOS DE ISC Incisional Superficial Incisional Profunda rgo/Cavidade