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3 Probabilidade e Estatística Conteúdo : 1.1 Por que estudar ? 1.2 O que é ? 1.3 População e Amostra 1.4 Um exemplo 1.5 Teoria da Probabilidade 1.6 Análise Combinatória Professora : Rosa M. M. Leão Aula 2

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  • 3

    Probabilidade e E

    statística

    Conteúdo:

    1.1 Por que estudar ?

    1.2 O que é ?

    1.3 População e A

    mostra

    1.4 Um

    exemplo

    1.5 Teoria da P

    robabilidade1.6 A

    nálise Com

    binatória Professora:

    Rosa M

    . M. Leão

    Aula 2

  • 1.1 Por que estudar P

    robabilidade e Estatística?

    A E

    statística é empregada com

    o ferramenta fundam

    ental em

    várias áreas, tais como:

    4

    • em com

    putação - estudo do desempenho de sistem

    as,algoritm

    os para aumentar a eficiência, etc;

    • na área médica - m

    etodologia adequada que possi-bilita decidir sobre a eficiência de um

    novo tratamento;

    • na indústria - controle de qualidade de produto e processo;

    • na pesquisa de mercado e de opinião pública - defini-

    ção de novos produtos, lançamentos, vendas, etc;

    • na definição de indicadores econômicos e sociais;

    • meteorologia, ecologia, biologia, entre outras.

  • Grande parte das inform

    ações divulgadas pelos meios de

    comunicação provém

    de pesquisas e estudos estatísticos:

    "a inflação esse mês foi ...."

    "a taxa de desemprego no B

    rasil no ano de 2005...."

    "o candidato A tem

    32% da intenção de votos, o can-

    didato B tem

    41% e 27%

    dos entrevistados não souberam

    ou não quiseram responder"

    "o número de carros vendidos no país aum

    entou em

    20%"

    " a altura média da população aum

    entou em 5%

    "

    "o time A

    teve 60% do tem

    po de posse de bola, ..."

    →→→→→→5

  • Pode tam

    bém ajudar a responder perguntas do nosso dia

    a dia, como por exem

    plo:

    6

  • Pode tam

    bém ajudar a responder perguntas do nosso dia

    a dia, como por exem

    plo:

    →7

    Será que se jogarm

    os sempre no m

    esmo núm

    ero na Me-

    ga Sena terem

    os uma possibilidade m

    aior de ganhar?

  • Pode tam

    bém ajudar a responder perguntas do nosso dia

    a dia, como por exem

    plo:

    →→

    8

    Será que se jogarm

    os sempre no m

    esmo núm

    ero na Me-

    ga Sena terem

    os uma possibilidade m

    aior de ganhar?

    Se em

    um teste com

    várias perguntas onde teremos que

    responder "falso" ou "verdadeiro", dá para saber se te-rem

    os uma probabilidade de acertar um

    número m

    aior de respostas se "chutarm

    os" sempre a m

    esma resposta?

    ou seria melhor alternarm

    os as respostas?

  • Para m

    odelar e/ou avaliar o sistema a ser estudado é

    preciso coletar dados e/ou fazer algumas suposições:

    →→9

    Caso 1: S

    istema já existe e deseja-se coletar dados

    para seu estudo/modelagem

    .

    Caso 2: S

    istema não existe e deseja-se criar um

    modelo

    para prever o seu desempenho.

  • • Sobre a obtenção dos dados para estudo/m

    odelagemdo sistem

    a:

    10

  • • Sobre a obtenção dos dados para estudo/m

    odelagemdo sistem

    a:

    11 • Se o sistem

    a não existe, como obter os dados para

    criar o modelo ?

    • Com

    o definir o período no qual deve-se coletar os dados (24h, som

    ente pela manhã, no horário de m

    aior uso do sistem

    a) ?

    • Pode-se usar os dados coletados durante um

    certo período (am

    ostra), para concluir sobre o comportam

    ento do sistem

    a ?

    • Por quanto tem

    po deve-se coletar os dados ?

  • ii) O que fazer com

    os dados colhidos?

    12

    • Com

    o fazer para que os dados obtidos para esse período de tem

    po possam ser generalizados para

    obtermos infom

    ações sobre o sistema ?

    • Com

    o extrair informações de interesse?

    • Com

    o organizar esses dados?

  • 13 Ou seja, para colher os dados, organizá-los e analisá-los

    necessitamos de técnicas conhecidas, que nos perm

    i-tam

    responder a essas questões com segurança e obje-

    tividade.

  • 14 Ou seja, para colher os dados, organizá-los e analisá-los

    necessitamos de técnicas conhecidas, que nos perm

    i-tam

    responder a essas questões com segurança e obje-

    tividade.

    Estas técnicas são:

    Estatística

    Probabilidade

    Inferência estatística

    →→→

  • Estatística: conjunto de técnicas destinadas a

    descrever, organizar e resumir os dados a fim

    de que possam

    os tirar conclusões de características de interesse.

    15

  • Estatística: conjunto de técnicas destinadas a

    descrever, organizar e resumir os dados a fim

    de que possam

    os tirar conclusões de características de interesse.

    Probabilidade: teoria utilizada para estudar a "incerteza"

    dos fenômenos de caráter "aleatório". P

    ode-se dizer que é a teoria utilizada para quantificar o acaso.

    16

  • Estatística: conjunto de técnicas destinadas a

    descrever, organizar e resumir os dados a fim

    de que possam

    os tirar conclusões de características de interesse.

    Probabilidade: teoria utilizada para estudar a "incerteza"

    dos fenômenos de caráter "aleatório". P

    ode-se dizer que é a teoria utilizada para quantificar o acaso.

    Inferência estatística: estudo de técnicas que possibilitam

    a análise e interpretação de dados com objetivo de genera-

    lizar e prever resultados.

    17

  • 1.3 População e am

    ostra

    18

    A população é o conjunto de todos os dados que

    que temos interesse.

  • 1.3 População e am

    ostra

    Exem

    plos:

    i) Se o objeto de estudo for um

    a aplicação P2P

    , como

    por exemplo o B

    itTorrent. O

    que é a população ?

    19

    A população é o conjunto de todos os dados que

    que temos interesse.

  • 1.3 População e am

    ostra

    Exem

    plos:

    ii) Se o objeto de estudo for a confiabilidade de um

    produto de uma certa fábrica durante um

    período de tem

    po, por exemplo, a durabilidade das lâm

    padas pro- duzidas durante o ano de 2004, a população será com

    - posta por todas as lâm

    padas produzidas pela fábrica em

    questão no ano de 2004.

    20

    A população é o conjunto de todos os dados que

    que temos interesse.

    i) Se o objeto de estudo for um

    a aplicação P2P

    , como

    por exemplo o B

    itTorrent. O

    que é a população ?

  • População

    pode ser finita ou infinita

    21

  • População

    pode ser finita ou infinita

    Em

    determindas situações há im

    possibilidade de se analisar toda população, ou por razões econôm

    icas, ou pela população ser infinita.

    22

  • Um

    exemplo:

    23

    Sabem

    os que uma aplicação é usada por m

    ilhões depessoas, por exem

    plo o Skype, e querem

    os avaliarquantos pacotes de voz, em

    média, são perdidos

    prejudicando a qualidade da comunicação:

  • Um

    exemplo: C

    omo escolher?

    24

    Sabem

    os que uma aplicação é usada por m

    ilhões depessoas, por exem

    plo o Skype, e querem

    os avaliarquantos pacotes de voz, em

    média, são perdidos

    prejudicando a qualidade da comunicação:

    População - todos os pacotes de voz transm

    itidos pela aplicação

    Am

    ostra - parcela dos pacotes coletados

  • 25

    Am

    ostrasubconjunto da população a ser estudado

    o mais parecido possível com

    a população que lhe deu origem

  • 26

    Análise: feita na população total ou em

    uma am

    ostra

    Am

    ostrasubconjunto da população a ser estudado

    o mais parecido possível com

    a população que lhe deu origem

  • 27

    Análise: feita na população total ou em

    uma am

    ostra

    populaçãoam

    ostra

    A1 ?

    A2 ?

    Am

    ostrasubconjunto da população a ser estudado

    o mais parecido possível com

    a população que lhe deu origem

  • 28

    Análise: feita na população total ou em

    uma am

    ostra

    populaçãoam

    ostra

    A1

    Am

    ostrasubconjunto da população a ser estudado

    o mais parecido possível com

    a população que lhe deu origem

  • 29 Teoria de P

    robabilidade: Conceitos B

    ásicos

    Fenôm

    eno Aleatório

    Situação ou acontecim

    ento cujos resultados não podem

    ser previstos com certeza.

  • 30 Fenôm

    eno Aleatório

    Situação ou acontecim

    ento cujos resultados não podem

    ser previstos com certeza.

    Exem

    plos:

    → O

    resultado do lançamento de um

    dado.

    → O

    clima num

    determinado dia da sem

    ana que vem.

    → A

    média final que você tirará nesta disciplina.

    Teoria de P

    robabilidade: Conceitos B

    ásicos

  • 31 Espaço am

    ostral

    O conjunto de todos os resultados possíveis de um

    certo fenôm

    eno aleatório.

    Denom

    inaremos este espaço pela letra grega Ω

    (Ôm

    ega).

  • 32 Espaço am

    ostral

    O conjunto de todos os resultados possíveis de um

    certo fenôm

    eno aleatório.

    Denom

    inaremos este espaço pela letra grega Ω

    (Ôm

    ega).

    Os subconjuntos do espaço am

    ostral são chamados de

    eventos e são representados por letras maiúsculas

    (A, B

    , C, ...).

  • 33 Exem

    plos:

    → U

    ma m

    oeda é lançada duas vezes e observam-se as

    faces obtidas

    onde aqui C é cara e R

    coroa.

    Ω = {C

    C,C

    R,R

    C,R

    R},

  • 34 Exem

    plos:

    → U

    ma m

    oeda é lançada duas vezes e observam-se as

    faces obtidas

    onde aqui C é cara e R

    coroa.

    Ω = {C

    C,C

    R,R

    C,R

    R},

    → U

    ma m

    oeda é lançada consecutivamente até o apare-

    cimento da prim

    eira cara

    Ω = {C

    ,RC

    ,RR

    C,R

    RR

    C,...},

    que contém um

    número infinito de elem

    entos.

  • 35 Lembrando da T

    eoria dos Conjuntos:

    → O

    conjunto vazio é denotado por ∅

    → A

    união de dois eventos A e B

    representa a ocorrên-

    cia de, pelo menos, um

    dos eventos A ou B

    .

    Denotam

    os a união de A com

    B por

    → A

    intersecção do evento A com

    B é a ocorrência sim

    ul-

    tânea de A e B

    .

    Denotam

    os a intersecção de A com

    B por .

  • 36 Exem

    plo

    Sejam

    A, B

    e C três eventos do

    espaço amostral Ω

    :

    Ω =

    {A,B

    ,C}

    AB

    C

    Pelo m

    enos um dos eventos ocorre

    AB

    C

  • 37 Exemplo

    Sejam

    A, B

    e C três eventos do

    espaço amostral Ω

    :

    Ω =

    {A,B

    ,C}

    AB

    C

    Am

    bos os eventos ocorremA

    B

    C

  • 38

    → D

    ois eventos A e B

    são disjuntos (ou mutuam

    ente exclusivos) quando não têm

    elementos em

    comum

    , ou seja:

    → D

    ois eventos A e B

    são complem

    entares se sua uni- ão é o espaço am

    ostral e sua intersecção é vazia, ou seja:

  • 39

    Exem

    plo:

    AB

    C

    A e C

    : eventos disjuntos

    Ac →

    complem

    entar de A

    AB

    C

    AA

    c

  • 40

    Outros exem

    plos

    → P

    elo menos um

    dos eventos ocorre

    → O

    evento A ocorre m

    as o evento B não

    → N

    enhum deles ocorre

  • 41 4.3 Probabilidade

    Um

    a função P(.) é denom

    inada probabilidade se satisfaz as condições:

    ou seja, probabilidade é a função que atribui valores numé-

    ricos aos eventos do espaço amostral.

    ,com todos os disjuntos.

  • 42 Questão que se coloca:

    como atribuir probabilidade aos elem

    entos do espaço am

    ostral?

  • 43

    Questão que se coloca:

    como atribuir probabilidade aos elem

    entos do espaço am

    ostral?

    1) Baseado nas características da realização

    de um fenôm

    eno;

    2) Usando as freqüências de ocorrência.

  • 44 → B

    aseado nas características da realização de um

    fenômeno

    Exem

    plo:

    Lançamento de um

    dado cúbico perfeitamente hom

    ogê-neo e sim

    étrico com os lados num

    erados, teremos o es-

    paço amostral:

    E nesse caso a probabilidade de ocorrência de cada

    evento será:

  • 45 → U

    sando as freqüências de ocorrência

    Exem

    plo:

    Pegam

    os um dado e jogam

    os várias vezes.

    Para um

    número suficientem

    ente grande de lançamentos,

    podemos usar as freqüências de ocorrência com

    o probabi-lidades. M

    as ......

  • 46

    O que quer dizer núm

    ero suficientemente grande de lança-

    mentos ?

    Geralm

    ente a medida que o núm

    ero de repetições aumenta,

    as freqüências relativas vão se estabilizando em um

    número

    que chamarem

    os de probabilidade.

  • 47 Exem

    plo: Q

    ual a probabilidade de escolhermos um

    estudante do se-xo fem

    inino ou

    alguém da turm

    a B?

    Sabendo que 52%

    dos alunos estão na turma A

    e 48% na

    turma B

    , escolhemos um

    estudante ao acaso.

    Usem

    os a tabela abaixo que mostra o núm

    ero de alunosde cada sexo num

    a escola:

    Sexo

    fn

    FMT

    otal

    370,74

    130,26

    501

  • 48 Tabela

    Da tabela e das características das turm

    as A e B

    temos

    P(M

    ) = 0,26;

    P(A

    ) = 0,52;

    P(F

    ) = 0,74; P(B

    ) = 0,48.

  • 49 Pergunta colocada:

    "Qual a probabilidade de escolherm

    os um estudante do se-

    xo feminino ou alguém

    da turma B

    ?"

    Não podem

    os simplesm

    ente somar P

    (F) com

    P(B

    ) já que teríam

    os probabilidade maior que 1.

    Estam

    os somando duas vezes alguns elem

    entos pois há m

    ulheres em am

    bas as turmas

    Querem

    os

    P(M

    ) = 0,26;

    P(A

    ) = 0,52;

    P(F

    ) = 0,74; P(B

    ) = 0,48.

  • 50 Temos que é igual ao núm

    ero de estudantes do sexo fem

    inino e da turma B

    .

    Assim

    , para obter a probabilidade correta temos que som

    ar as probabilidades P

    (F) com

    P(B

    ) e, então subtrair deste va-lor

    ou seja,

  • 51 Para o caso geral, temos que a regra da adição de probabi-

    lidades, a probabilidade da união de dois eventos A e B

    , é dada por

    observe que se os eventos A e B

    forem disjuntos (e som

    en-te neste caso),a probabilidade da intersecção de A

    com B

    énula e tem

    os que a união é igual a soma das probabilidades

    dos dois eventos.

    Esta regra pode ser estendida para som

    a de três ou mais

    termos.

  • 52

    e que

    Observe que

  • 53

    Observe que

    e que

    Logo,

  • 54 → C

    omo calcular as freqüências de ocorrência:

    Contando o núm

    ero de casos favoráveis para ocorrênciade um

    certo evento, se os eventos são equiprováveis

    Quando o espaço am

    ostral é grande, temos que usar a

    análise combinatória

    P(E

    ) = núm

    ero de casos favoráveis/número total de casos