Aula 01 - Curso de Fotografia Básica
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CURSO BÁSICO DE FOTOGRAFIA
Tiago [email protected]
Imagem Fotográfica
A imagem fotográfica, ao registrar a experiência, pode provocar novas percepções, produzir a subjetividade inerente ao ato de olhar, e imortalizar o fato e o espaço captados, contextualizando-os;
Foto: Henri Cartier-Bresson Foto: Tiago Santana
Imagem Fotográfica
A fotografia exerce um papel tão abrangente, tão presente no nosso dia-a-dia que foge-nos à percepção de sua real importância na atualidade. Os diversos meios de comunicação e informação jornalística, publicitárias ou culturais que nos envolvem e fascinam, são essencialmente fotográficas, quer sejam na forma de imagens estáticas ou dinâmicas, que a utilizam.
Imagem Fotográfica
A fotografia, antes de tudo é um testemunho. Quando se aponta a câmara para algum objeto ou sujeito, constrói-se um significado, faz-se uma escolha, seleciona-se um tema e conta-se uma história, cabe a nós, espectadores, o imenso desafio de lê-Ias.
Foto: Steve McCurry
Câmeras fotográficas digitais
Atualmente, há no mercado uma infinidade de tipos de câmeras, com preços, funções e aplicações bem diversificados. Este grande número de opções é muito bom para os consumidores, mas isto pode acabar deixando em dúvida o fotógrafo iniciante ou qualquer um que esteja prestes a comprar uma câmera nova.
Câmeras fotográficas digitais
Celular A geração mais antiga de câmeras de
celular, com resolução VGA, possuía uma tecnologia simples usada em webcams. As câmeras embutidas nos celulares mais avançados possuem tecnologia bem próxima à das câmeras ultracompactas. A geração atual, por exemplo, já possui modelos de mais de 5 megapixels.
Câmeras fotográficas digitais
Câmeras ultra-compactas Como o próprio nome sugere, são câmeras super pequenas, e
devido ao seu tamanho, são mais caras que as compactas. As lentes das ultra-compactas raramente oferecem zoom maior que 3 ou 4 vezes, e seus sensores costumam ser ainda menores que os já pequeninos utilizados nas compactas, ocasionando ainda mais ruído em valores de ISO mais altos. (Sony Cyber-Shot DSC-T300)
Câmeras fotográficas digitais
Atualmente, são as mais comuns no mercado e as mais vendidas nas lojas, por representarem a melhor relação custo/benefício. Sendo muito simples de usar e não tendo controles manuais (como as ultra-compactas), são as preferidas dos fotógrafos iniciantes e amadores, que desejam apenas apontar e disparar (point-and-shoot). O zoom varia de 3X a 5X, e têm até 12 megapixels.
Bridge (ponte)
São câmeras de transição entre as amadoras e as profissionais. Normalmente, têm operação básica, característico das compactas, mas além disso, possuem recursos avançados como opções manuais, zoom muito mais potente (é possível encontrar modelos com até 20X) e encaixe para outros acessórios, como flashes externos e lentes avulsas.
SLR ou reflex
Câmeras utilizadas por profissionais e por amadores mais avançados. Nestes modelos, a imagem vista no visor óptico é vinda da lente e refletida internamete por um sistema de espelhos (ao contrário das compactas, que utilizam um visor com imagem separada da lente). As câmeras SLR possibilitam a troca das lentes, atendendo às exigências do fotógrafo em diversas situações diferentes.
Componentes e funcionamento das câmeras fotográficas
Existem componentes básicos que todas as câmeras fotográricas possuem, não importando se são digitais, analógicas, simples... e conhecendo-os, você poderá dominar melhor o equipamento. Para explicarmos cada um deles, iremos fazer um passeio através das partes mais importantes, seguindo o caminho que a luz percorre ao entrar na nossa câmera.
Componentes e funcionamento das câmeras fotográficas
Corpo da câmera
Pode-se dizer que tudo que não é objetiva e acessório faz parte do corpo da câmera. Nele, estão o sensor, o obturador, o visor e todos os encaixes (para objetivas, flash e cabos).
Objetiva
São a alma da câmera fotográfica. Através da passagem da luz pelos seu conjunto de lentes, os raios luminosos são orientados de maneira ordenada para sensibilizar a película fotográfica, ou o sensor, e formar a imagem.
Componentes e funcionamento das câmeras fotográficas
Diafragma
O diafragma fotográfico é uma estrutura que se encontra no interior de todas as objetivas, e tem o papel de controlar a quantidade de luz que passa através dela.
Componentes e funcionamento das câmeras fotográficas
Obturador
É um dispositivo mecânico que controla a quantidade de luz que incide no sensor através de uma "cortina".
Enquanto que o diafragma desempenha o papel de uma janela mais ou menos aberta, o obturador desempenha o papel de uma cortina fechada sobre essa janela.
Componentes e funcionamento das câmeras fotográficas
Visor: É a parte da câmera que nos permite ver a cena que vamos
fotografar, e varia segundo o tipo de câmera. Se falamos de uma SLR, o visor é uma pequena janela na qual, através de uma série de lentes e espelhos colocados estrategicamente, pode-se ver a cena exatamente como ela será fotografada, pois os raios de luz são provenientes diretamente da objetiva. Em câmeras amadoras, e em algumas SLR, há o modo LiveView, no qual o sensor é responsável por capturar a cena e nos mostrar, em tempo real, a imagem no LCD da câmera.
Componentes e funcionamento das câmeras fotográficas
Sensor O sensor, assim como o filme fotográfico, é o local para onde se
direciona toda a luz recolhida pela objetiva, onde pixels sensível à luz captam a cena.
Componentes e funcionamento das câmeras fotográficas
Como funciona uma câmeraMecanismos básicos
A Objetiva fotográfica
As lentes são a alma da câmera fotográfica. Através da passagem da luz pelos seus cristais, os raios luminosos são orientados de maneira ordenada para sensibilizar a película fotográfica, ou o sensor, e formar a imagem.
Uma lente (também chamada de objetiva) é formada basicamente de três elementos: um corpo de metal ou outro material de boa resistência, que envolve e protege os elementos internos, os cristais, que constituem o elemento ótico da estrutura, e o diafragma.
Tipos de lentes
A distância focal, medida em milímetros, é a distância ente o centro ótico da lente e o sensor da câmera. É através dela que classificamos as lentes (além da abertura do diafragma que veremos a seguir).
Lentes grande angular
As objetivas com distâncias focais inferiores a aproximadamente 40mm são consideradas grande angular, pois oferecem um amplo campo de visão, ou seja, com seu uso podemos enquadrar grandes áreas a uma curta distância. São indispensáveis para fotografias em locais fechados, como festas.
Foto: Vinícius Matos
Lentes normais
As objetivas com distâncias focais entre 40 e 60mm, aproximadamente, são consideradas lentes normais, pois produzem imagens muito próximas da visão humana.
As teleobjetivas
As lentes que possuem distâncias focais superiores a 60mm são consideradas teleobjetivas, por aproximarem muito as imagens e oferecerem um pequeno ângulo de visão. São essenciais para fotografias de assuntos muito distantes, e são muito usadas em fotos de esportes e natureza.
Lentes Zoom
As lentes zoom possuem distância focal variável, sendo por isso muito versáteis e práticas por nos possibilitar fazer vários tipos de enquadramento com um único equipamento. Antigamente, a maioria das lentes tinham comprimento focal fixo. Atualmente, ainda há diversos modelos como estes, mas as lentes com zoom marcam presença.
Lentes Macro
As lentes macro permitem grandes ampliações e possuem uma excelente qualidade ótica. O maior inconveniente dessas lentes é o preço, sempre elevado.
A Luz
Entender e dominar a luz é um dos maiores desafios de um fotógrafo iniciante. Até mesmo fotógrafos profissionais às vezes encontram dificuldades em certas condições. Em fotografia, a luz é tudo. A própria palavra, que deriva de dois vocábulos gregos, significa "escrever com a luz".
Confira a seguir alguns tipos de iluminação e suas características:
Luz natural
A luz natural é proporcionada pelo sol, que pode incidir diretamente ou indiretamente sobre o assunto. O aspecto da luz solar pode variar de acordo o horário e o tempo, resultando nos mais diversos aspectos à sua fotografia. Ao amanhecer, por exemplo, provoca tons quentes, com cores avermelhadas ou alaranjadas que são muito agradáveis para paisagens. A intensidade da luz logo pela manhã e à tarde é mais fraca, e produz imagens com boa definição e detalhes definidos, sem exagerar no contraste.
Luz natural
Nestes horários, a luz incide de forma lateral, iluminando diretamente os objetos fotografados e criando sombras que dão volume e realçam as formas dos elementos da fotografia. No pôr-do-sol, observe com paciência todas as variações de tonalidades e cores que vão ocorrendo e aproveite, pois são momentos em que podemos conseguir belas imagens!
Luz natural
Foto: Tiago Lemos
Luz dura e luz suave
Nas primeiras horas da manhã e à tarde a luz é mais suave, ou seja, mais fraca, como também direcionada. A iluminação durante o resto do dia tem intensidade mais forte, produz imagens com sombras densas e também causa o efeito de "estourar" a imagem, em que áreas mais claras da foto perdem totalmente a definição e ficam totalmente brancas. Este tipo de iluminação é chamada de luz dura.
Luz dura e luz suave
No exemplo ao lado podemos observar uma foto com uma iluminação dura. Note a forte sombra que cobre uma parte do corpo da modelo. Isto é resultado da forte luz que incide lateralmente sobre ela. Observe também que, nos ombros e no rosto, a luz forte que incide diretamente "estoura" o local, criando áreas praticamente sem definição e cor. Nesta foto, os efeitos obtidos foram propositais, mas evite fotos de pessoas ao ar livre nos horários em que o sol é mais forte, pois além da iluminação dura, a direção de cima para baixo do sol a pino causa sombras fortes embaixo dos olhos e pescoço.
Foto: MoscaCojonerahttp://www.flickr.com/photos/moscacojonera/3427225381
Luz dura e luz suave
Uma boa solução quando precisamos fotografar uma pessoa ao ar livre é colocá-la embaixo de uma sombra. Você pode utilizar uma árvore ou qualquer outro local onde a luz não incide diretamente, pois neles a iluminação é mais suave, produzida por raios solares indiretos. As imagens obtidas com esta iluminação têm boa definição e realçam os contornos e detalhes do personagem, como na foto abaixo. Foto: angeldominguez
http://www.flickr.com/photos/7422554@N03/3229038018
Luz artificial
Além da luz natural, podemos usar outras fontes para iluminar nossas fotografia. Na maioria das vezes, usamos uma luz artificial quando a luz natural não é suficiente para iluminar a cena fotografada, como dentro de um ambiente fechado, ou em cenas noturnas.
Foto: Tiago Lemos
Luz artificial
A fonte de luz artificial mais usada é o flash eletrônico. Atualmente, todas as câmeras amadoras e semi-profissionais já tem um embutido no corpo da câmera, e funciona de maneira automática.
Qualquer outra fonte de luz pode ser usada para iluminar uma cena a ser fotografada, como um holofote, lâmpadas, velas... São as chamadas "fontes de luz contínua".
Cor da luz
Um detalhe importante que deve-se observar quando se usa iluminação artificial é a temperatura de cor. Ela é medida em graus Kelvin.
Foto: Tiago Lemos
Cor da luz
Fontes de luz com temperaturas mais baixas, como um holofote em uma peça de teatro, uma lâmpada incandescente, ou uma vela, têm temperatura de cor de 4000º Kelvin, que produz luzes amareladas, tons "quentes".
Foto: Tiago Lemos
Cor da luz
Por outro lado, a luz "fria" de tem temperatura maiores, de aproximadamente 8000º Kelvin, produzindo tons azulados.
Composição e Fotografia
Compor uma foto significa “arranjar” os elementos: luz, ângulo, perspectiva e planos, observando o alinhamento das linhas horizontais e verticais do assunto a ser fotografado.
Composição e Fotografia
Primeiro plano É o que dá interesse a
fotografia
É onde ocorre a fotografia (na visão cartesiana)
Onde geralmente sai a linha de condução da visão da foto
Na maioria dos casos é no primeiro plano que colocamos o foco e ajustamos a abertura do difragma.
Foto: Tiago Lemos
Composição e Fotografia
Segundo Plano Elementos secundários
da cena
Cuidado para não roubar a atenção da cena principal
*toda regra tem uma exceção
Foto: Tiago Lemos
Composição e Fotografia
Profundidade de Campo Trabalhar a profundidade de campo na fotografia faz a diferença
na informação da imagem.
Fotos: Igor de Melo
Molduras Uma das funções do primeiro plano é emoldurar a cena
Composição e Fotografia
O fundo Composição do fundo da
imagem pode ser um elemento que enriquece a imagem
Um fundo, ou segundo plano mal trabalhado pode gerar uma imagem poluída e confusa
Composição e Fotografia
Foto: Sebastião Salgado
Fundo simples O fundo simples é
usado para destacar o primeiro plano
Composição e Fotografia
Foto: Tiago Lemos
Fundo conflitante
Tonalidades de cor, objetos, formas, linhas. Horizontes, etc..., mal colocados podem gerar uma imagem confusa.
Composição e Fotografia
Regra dos terços
Regra criada no século XIV, na renascença;
Dividir a cena em três linhas verticais e horizontais;
A interseção das linhas cria quatro pontos focais (A, B, C, D);
Chamados de pontos de ouro;
Os pontos são o centro passivo das atenções para quem olha uma cena;
A regra é colocar o assunto de atenção da imagem em um dos pontos.
Composição e Fotografia
Foto: Tiago Lemos
Composição e Fotografia
Pontos de fuga O ponto para onde as linhas ou leituras da imagem convergem.
Diagonal Linhas horizontal e linha vertical fazem uma leitura diagonal
na imagem
Composição e Fotografia
Planos de tomada
Nos retratos feitos temos 3 tipos de ângulos de tomada:
Plano americano
Plano fechado
Plano de corpo inteiro
Composição e Fotografia
Composição e Fotografia
Fotos: Tiago Lemos
Tomadas Plogèe
Contraplogèe
Composição e Fotografia
Foto: Banco de imagemFotos: Tiago Lemos
Linhas
Paralelas
S
L
Convergentes
Alongadas
Composição e Fotografia
Foto: Nonato Foto: Banco de imagem
Foto: Banco de imagemFoto: Banco de imagem
Tiago Lemoswww.t ia go l e mo s .c o m
t ia go .u fc @ g m a i l .c o m
(85 ) 8867 -5 7 87
Obrigado!