Augusto dos Anjos

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Vida e obra do Augusto dos Anjos.

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Biografia

Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos

Nascimento: 20 de abril de 1884 Sapé,

Paraíba

Morte: 12 de novembro de 1914

(30 anos) Leopoldina

Ocupação: Poeta e professor

Escola/tradição literaria:

Pré-modernismo, modernismo

Nasceu no Engenho Pau d'Arco, foi educado nas primeiras letras pelo seu pai e estudou no Liceu Paraibano, onde viria a ser professor em 1908.

Em 1903, ingressou na Faculdade de Direito do Recife, bacharelando-se em 1907.

Dedicou-se ao magistério, transferindo-se para o Rio de Janeiro, onde foi professor em váriosestabelecimentos de ensino.

Em 1914, Augusto dos Anjos é nomeado Diretor doGrupo Escolar Ribeiro Junqueira, em Leopoldina, Minas Gerais. No mesmo ano é acometido por umapneumonia e morre em 12 de novembro.

Durante sua vida, publica vários poemas em jornaise periódicos. Em 1912 publica seu único livro “EU”.

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Características Augusto herdou algumas características formais do simbolismo e parnasianismo, mas não o conteúdo.

Melancolia e pessimismo rodeiam os poemas.

O poeta utiliza muitos termos científicos e médicos.

As formas métricas são bem rígidas, mas os versos já apresentam certas características realistas.

O amor é visto com ceticismo.

E pela sua obsessão que nutria pela morte, chegou a ficar conhecidocomo o “Poeta da Morte”.

O autor tenta expressar a mais pura realidade e a incapacidade do serhumano de expressar sua essência do modo convencional.

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Suas obras podem ser divididas em três fases:

1° fase – Influenciada pelo Simbolismo e sem originalidade. Um exemplo é o poema Saudade:

A terceira estrofe do poema, apresenta muitas repetiçoes de termos, rimas sem criatividade e versos sem definição ou objetivoclaro.

Hoje que a mágoa me apunhala o seio,E o coração me rasga atroz, imensa,Eu a bendigo da descrença em meio,Porque eu hoje só vivo da descrença.

À noite quando em funda soledade Minh'alma se recolhe tristemente,

Pra iluminar-me a alma descontente, Se acende o círio triste da Saudade.

E assim afeito às mágoas e ao tormento,E à dor e ao sofrimento eterno afeito,Para dar vida à dor e ao sofrimento,

Da saudade na campa enegrecida Guardo a lembrança que me sangra o peito,

Mas que no entanto me alimenta a vida.

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2° fase – Visão de mundo peculiar.

Ex.:Psicologia de um Vencido

Eu, filho do carbono e do amoníaco,Monstro de escuridão e rutilância,Sofro, desde a epigênese da infância,A influência má dos signos do zodíaco.

Produndissimamente hipocondríaco, Este ambiente me causa repugnância... Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia Que se escapa da boca de um cardíaco.

Já o verme — este operário das ruínas —Que o sangue podre das carnificinasCome, e à vida em geral declara guerra,

Anda a espreitar meus olhos para roê-los,E há-de deixar-me apenas os cabelos,Na frialdade inorgârnica da terra!

A segunda estrofe mostra como o autor se sente em meio a sociedade e a época em que está vivendo, é perceptível que o autor trata no poema uma visão de mundo e de si mesmo na época.

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3° fase - Produções mais complexas e maduras.

Ex.:

Ao Luar

Quando, à noite, o Infinito se levantaÀ luz do luar, pelos caminhos quedosMinha táctil intensidade é tantaQue eu sinto a alma do Cosmos nos meus dedos!

Quebro a custódia dos sentidos tredosE a minha mão, dona, por fim, de quantaGrandeza o Orbe estrangula em seus segredos,Todas as coisas íntimas suplanta!

Penetro, agarro, ausculto, apreendo, invadoNos paroxismos da hiperestesia,O Infinitésimo e o Indeterminado...

Transponho ousadamente o átomo rudeE, transmudado em rutilância fria,Encho o Espaço com a minha plenitude!

Na primeira estrofe, o autor apresenta vocábulo mais sofisticado e termos mais reflexíveis como a “sensibilidade” em relação ao espiritual e ao universo.

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Debaixo do Tamarindo

No tempo de meu Pai, sob estes galhos, Como uma vela fúnebre de cera,Chorei bilhões de vezes com a canseira De inexorabilíssimos trabalhos! Hoje, esta árvore, de amplos agasalhos,Guarda, como uma caixa derradeira,O passado da Flora Brasileira E a paleontologia dos Carvalhos!

Quando pararem todos os relógiosDe minha vida, e a voz dos necrológiosGritar nos noticiários que eu morri,

Voltando à pátria da homogeneidade, Abraçada com a própria EternidadeA minha sombra há de ficar aqui!

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CPMG – Carlos Cunha FilhoLiteratura – Ana Rosa

2° ano FAlunas:

SarahPaula

Nathalia TelesEvely

IzadoraMarcelaKatiane

2014

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