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Auditoria Interna Ferramente de Controle Para as Instituicoes Financeiras
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AUDITORIA INTERNA: FERRAMENTA DE CONTROLE PARA AS
INSTITUIES FINANCEIRAS1
Keli Cristina Vieira2
Raquel Alves Texeira3
RESUMO: Este trabalho de abordagem bibliogrfica e pessoal objetivou verificar aimportncia da auditoria interna para as instituies financeiras, e para isso foi dividida emduas fases. Na primeira fase foi feita uma descrio sobre auditoria interna e controlesinternos por meio do estudo de vrios autores e na segunda foram elencados os riscos aosquais as instituies esto expostas e como a auditoria interna age para minimiz-los.
PALAVRA-CHAVE: Auditoria interna, Controles internos, Riscos.
ABSTRACT: This work of literature and personal approach aimed to verify the importance ofinternal audit for financial institutions, and it was divided into two phases. In the first phasewas made a description of internal audit and internal controls through the study of variousauthors were listed in the second and the risks to which institutions are exposed and how theinternal audit acts to minimize them.
KEYWORD: Internal Audit, Internal Controls, Risk.
1 INTRODUO
Atualmente, gerir uma organizao exige conhecimentos, habilidades, competncias,
estratgias e principalmente mtodos que possibilitem um suporte eficaz ao processo de
deciso. A auditoria interna uma das principais ferramentas de que dispe os gestores de
uma instituio financeira para fazer com que os esforos sejam plenamente produtivos.
junto ela que a alta direo da instituio financeira buscar orientaes, a fim de definir osrumos a serem seguidos pela organizao.
tambm da rea de auditoria interna que se espera surgirem iniciativas que estreitem
o acompanhamento dos controles organizacionais em todas as dimenses, no sentido de que
esses possam proporcionar decises teis para o processo de gesto, ou seja, espera-se da rea
de auditoria interna uma postura de controle e monitoramento para que possa subsidiar as
1 Artigo Cientfico elaborado a partir do Manual de artigo cientifico do Athenas Grupo Educacional e dasNormas da ABNT solicitado no curso de ps-graduao em Auditoria Financeira e Pblica.2Graduada em Administrao, pela Faculdade de Rolim de Moura (FAROL).3Raquel Alves Texeira, gerente de contas do Banco do Brasil, ps-graduada em Docncia no Ensino Superior
pela Faculdade So Paulo (FSP).
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decises dos gestores e resguardar os interesses dos investidores da instituio financeira ou
daqueles que a representem.
Este trabalho objetivou verificar a importncia da auditoria interna para as instituies
financeiras, o mesmo possui relevncia tanto para o meio acadmico como para as instituies
financeiras, pois a auditoria interna pode ser utilizada como ferramenta de gesto que possui
importante papel para os administradores.
2 A AUDITORIA
Em um mundo globalizado, a competio faz parte da vida das organizaes, o que
passou a exigir uma contnua necessidade de se tomar decises acertadas e cada vez maisrpidas. Fatores econmicos no so as nicas preocupaes das empresas no mercado atual,
nos ltimos anos dificuldades na gesto corporativa e controle financeiro emergiram como
problemas cruciais para a economia mundial.
A origem da palavra auditoria vem do latim auditore que significa aquele que
ouve, ouvidor. A histria da auditoria nasceu em pocas remotas e evoluiu com o avano
da civilizao, na medida em que surgia a necessidade de verificao da fidelidade da gesto
sobre a propriedade.
Conforme a obra de Boynton et al (2002, p. 34), auditoria comea em poca to
remota quanto a contabilidade. Com o passar do tempo, o conceito de auditoria tem evoludo,
refletindo no s as mutaes necessrias para o desenvolvimento das organizaes, mas
tambm com objetivos cada vez mais abrangentes em todas as reas da empresa.
No princpio a auditoria consistia de exames meticulosos e detalhista dos registros
contbeis objetivando determinar se as transaes estavam lanadas na conta certa e no valor
exato. Primordialmente visava descobrir erros e fraudes causadas por funcionrios ou
terceiros (COOK e WINKLER, 1983).
Boynton et al. (2002, p.35), afirmam que o foco dessas auditorias iniciais era
encontrar erros em balanos e bloquear o crescimento de fraudes associadas com o
aprofundamento do fenmeno de administradores profissionais versus proprietrios ausentes.
Logo depois da revoluo industrial, devido complexidade dos negcios e o
acelerado crescimento das empresas, a auditoria comeou a enveredar, tambm, por outros
domnios, assumindo formas especficas.
Franco e Marra (2001, p. 68) se referem aos acontecimentos abaixo, como aqueles que
marcaram a evoluo da auditoria:
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Controle dos gastos pblicos. Aparecimento de grandes organizaes internacionais. Complexidade dos negcios. Prtica financeira impulsionadora do desenvolvimento da economia de
mercado.
Necessidade de informaes contbeis verdicas. Complexidade dos sistemas contbeis. Desenvolvimento e implementao de sistemas de controle interno.
2.1 Tipos de auditoria
Para a classificao de auditoria so utilizados diversos critrios que visam atender
quer ao objetivo traado, quer sua amplitude, sua freqncia, ao seu perodo temporal,
sua obrigatoriedade ou ainda ao sujeito que as realiza.
De acordo com S (2002, p. 37), quanto ao processo indagativo, existem dois tipos de
auditoria: auditoria geral, sinttica ou de balanos e auditoria detalhada ou analtica. Segundo
esse autor quanto ao perodo temporal as auditorias podem classificar-se em auditoria
contnua ou de acompanhamento e auditoria peridica.
No que diz respeito forma de interveno, auditoria pode ser interna quando a
verificao dos fatos realizada por funcionrios da prpria empresaou externa, no caso em
que essa for verificao dos fatos e levada a efeito por profissional liberal ou independente.
Quanto natureza, a auditoria pode ser normal com objetivos regulares de
comprovao, sem finalidades isoladas ou especficas; e auditoria especial, aquela que se
realiza motivada por inquritos administrativos ou polticos, aquisio de controlesacionrios, inteno de associaes, suspeita de desfalques, etc. (S, 2002, p.41).
De acordo com o limite, pode ser total auditoria que objetiva atingir todo o
patrimnio, sem esquecer nenhum de seus componentes; e auditoria parcialquando o exame
se situa em apenas alguns pontos, seguindo critrios de amostragem.
Assim pode-se concluir que exitem vrias classificaes de auditoria, variando de
acordo com o critrio utilizado. Conforme o autor, essas classificaes so aquelas aceitas
pela maioria dos estudiosos do assunto.2.2 Conceito de auditoria interna
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Segundo Almeida (2003, p. 29), o auditor externo, alm de sua opinio ou parecer
sobre as demonstraes contbeis, passou a emitir um relatrio comentrio, no qual
apresentava sugestes para solucionar os problemas da empresa, que chegaram a seu
conhecimento no curso de seu trabalho de auditoria. Entretanto o auditor externo passava um
perodo de tempo muito curto na empresa e seu trabalho estava totalmente direcionado para o
exame das demonstraes contbeis.
Para atender administrao da empresa, seria necessria uma auditoria mais
peridica, com maior grau de profundidade e visando tambm outras reas no relacionadas
com a contabilidade. Portanto, surgiu o auditor interno como uma ramificao da profisso de
auditor externo e, consequentemente, de contador. O auditor interno um empregado da
instituio financeira e, dentro de uma organizao, ele no deve estar subordinado quele
cujo trabalho examina.
A funo auditoria um meio para medir custos e proveitos a fim de que a funo
liderana possa validar a sua estratgia. Os auditores garantem que a organizao consiga os
seus objetivos internos de custo, produtividade, qualidade, consistncia e etc. Os auditores
garantem tambm que a organizao atinja os seus objetivos externos de satisfazer as
necessidades dos clientes, mercado etc. (ALMEIDA, 2003).O papel da auditoria interna, o de minimizar os riscos, j est reconhecido, segundo
normas do IIA (Institute of Internal Auditors) entidade internacional dedicada ao
desenvolvimento profissional contnuo do auditor interno e da profisso de auditoria interna
(2120.AI):
A atividade de auditoria interna deve avaliar as exposies a riscos relacionadas governana, s operaes e aos sistemas de informao da organizao, em relao
: Confiabilidade e integridade das informaes financeiras e operacionais; Eficcia e eficincia das operaes e programas; Salvaguarda dos ativos; Conformidade com leis, regulamentos, polticas procedimentos e
contratos;
O fato de o auditor interno ser, na maioria dos casos, um funcionrio da organizao e
que este tem, por objetivo de trabalho, processos, produtos ou sistemas que esto sob
responsabilidades de pessoas que so seus pares na organizao, no sentido do empenho pelo
atingimento dos objetivos comuns, propicia um ambiente de cooperao.
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Contudo esse ambiente de cooperao no pode motivar comportamento no auditor
que provoque falhas na aplicao das tcnicas de auditoria, de omisso na comunicao dos
achados de auditoria ou de qualquer outra medida que no seja a de evidenciar e comunicar
alta administrao sobre as falhas, fragilidades, e fraudes eventualmente detectadas no
trabalho de auditoria.
Por fim, Franco e Marra, explicam que:
A auditoria interna aquela exercida por funcionrio da prpria empresa, em
carter permanente. Apesar de seu vinculo empresa, o auditor interno deveexercer sua funo com absoluta independncia profissional, preenchendo todas ascondies necessrias ao auditor externo, mas tambm exigindo da empresa ocumprimento daquelas que lhe cabem. Ele deve exercer sua funo com total
obedincia s normas de auditoria o vinculo de emprego no lhe deve tirar aindependncia profissional, pois sua subordinao administrao da empresa deveser apenas sob o aspecto funcional. (FRANCO;MARRA, 2001)
O papel da auditoria interna evoluiu em razo do novo ambiente, com novos riscos
que esto surgindo e novas demandas de governana corporativa, ambientes mais dinmicos
tm surgido criando oportunidade para a auditoria interna demonstrar e agregar valor
organizao. O gerenciamento desses riscos corporativos tornou-se uma preocupao
prioritria de todos os gestores das organizaes.
Nesse contexto a auditoria interna se apresenta com a funo de conhecer e controlar
os riscos aos quais as empresas esto sujeita e de assegurar a existncia de controles internos
eficientes, aliados postura tica.
2.3 Fases da auditoria
O desenvolvimento de uma auditoria est dividido em trs fases: planejamento,
execuo e concluso.A fase do planejamento, segundo Attie (1986, p. 246) consiste na determinao
antecipada de quais procedimentos sero aplicados, bem como a sua extenso e distribuio
no tempo e escolha dos auditores que executaro o trabalho.
O planejamento da auditoria ajuda a cumprir os seguintes objetivos:
Garantir que o auditor concentre os seus esforos em reas importantes da auditoria. Identificar potenciais problemas. Completar rapidamente o trabalho. Distribuir e coordenar o trabalho entre os assistentes e outros auditores e especialistas.
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A fase de execuo do trabalho compreende o conhecimento e a documentao, em
papis de trabalho, dos procedimentos definidos e contato direto pessoal com as reas
responsveis.
Attie (1986, p. 256), afirma que, nesta fase determinadas palavras e perguntas
fazem parte do ritual de auditoria e auxiliam em substncia a encontrar os caminhos na busca
de solues e fundamentos. So elas: por que, onde, quando e como.
Ao executar o trabalho, o auditor executou todos os seus conhecimentos e o
planejamento para acumular, classificar e avaliar informaes, com o objetivo de capacita-lo a
formar opinio, por meio da coleta, organizao e anlise de dados e registros.
A concluso, ltima fase do trabalho, deve espelhar com o mximo rigor o resultado
de todas as aes do controle, contendo todo tipo de anotaes que o auditor julgar relevantes,
com as evidncias de auditoria recolhidas e documentadas (AUDIBRA, 1991).
Todas essas informaes constituem os papis de trabalho que correspondem a uma
descrio das constataes do auditor, em cumprimento s instrues do programa de
auditoria. Nesta fase, o auditor, com base nos papis de trabalho, deve emitir o relatrio de
auditoria que constitui o produto final de seu trabalho que levado administrao, onde so
mostradas suas idias, pontos de vista, recomendaes e concluses.
3 O CONTROLE INTERNO
O ato de controlar est intrinsecamente ligado sobrevivncia de civilizaes,
espcies, pessoas e organizaes. Para Chiavenato (2010, p.512) o controle algo universal:
todas as atividades humanas quaisquer que sejam sempre fazem uso do controle,
consciente ou inconsciente.Segundo S (2002, p. 106), controle interno pode ser definido como:
O controle interno formado pelo plano de organizao e de todos os mtodos eprocedimentos adotados internamente pela empresa para proteger seus ativos,controlar a validade dos dados fornecidos pela contabilidade, ampliar a eficcia eassegurar a boa aplicao das instrues da direo.
Com a globalizao da economia, o mundo empresarial brasileiro passou a dar maior
relevncia implantao de Sistemas de Controles internos para se protegerem dos riscospresentes em outras economias. No mbito empresarial, controlar significa tomar decises
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com foco nos objetivos, informando ao sistema os ajustes que precisam ser feitos para que os
resultados esperados sejam alcanados.
Nesse contexto, controle um processo complementar aos processos de
planejamento, desenvolvimento e avaliao integrantes da funo administrativa
(Maximiliano, 2004). Controlar portanto, vital para as organizaes, pois assegura que suas
atividades estejam em conformidade com aquilo que foi planejado para garantir sua
permanncia no mercado.
Segundo Chiavenato (2010, p. 15), as quatro funes: planejamento, organizao,
direo e controle formam o processo administrativo.
Portanto para assegurar o atingimento de seus objetivos, num cenrio de rpidas
mudanas, rupturas, descontinuidades e incertezas, as organizaes recorrem aos controles
internos.
Nakano (2009) compreende Controles Internos como um processo que envolve
desde o conselho de administrao, a administrao e todas as demais pessoas da organizao
e que desenhado para fornecer segurana razovel quanto consecuo de objetivos nas
seguintes categorias: confiabilidade de informaes financeiras; obedincia (compliance) s
leis e regulamentos; eficcia e eficincia de operaes.
Os controles internos envolvem todas as atividades e rotinas, de natureza contbil eadministrativa, com o intuito de minimizar os riscos inerentes aos processos, produtos,
servios, sistemas, visando agregar valor aos negcios da empresa.
Os objetivos do controle interno devem estar diretamente ligados aos interesses de
organizao para que realmente as polticas implantadas e objetivos almejados se realizem.
De acordo com Attie (1986, p.204), como regra geral, o controle interno tem quatro objetivos
bsicos:
Salvaguarda dos interesses da empresa. Preciso e confiabilidade dos informes e relatrios contbeis, financeiros e
operacionais.
O estmulo eficincia operacional. Aderncia s polticas existentes.
3.1 COMPONENTES DE CONTROLES INTERNOS
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Segundo Boynton et al (2002, p. 321), so cinco os componentes de controles
internos:
Ambiente de controlerepresenta o alicerce dos demais componentes, disciplinando-os e estruturando-os.
Avaliao de risco identificao e anlise dos riscos relevantes para a consecuodos objetivos da entidade; forma a base para a determinao de como os riscos devem
ser administrados.
Atividades de controle polticas e procedimentos que ajudam a assegurar que asdiretrizes da administrao estejam sendo seguidas.
Informao e comunicaoidentificao captura e troca de informaes sob forma eem poca tais que permitam que as pessoas cumpram suas responsabilidades.
Monitoraoprocesso que avalia a qualidade do desempenho dos controles internos.
3.2 LIMITAES DOS CONTROLES INTERNOS
Em Boyton et al (2002, p. 322), as controles internos podem fornecer apenas
segurana razovel para a administrao e para o conselho de administrao quanto ao
atingimento dos objetivos da empresa, para tanto foram identificadas algumas limitaes dos
controles internos:
Erros de julgamento ocasionalmente, administrao ou outra pessoa pode fazerjulgamento pobre ou tomar outra deciso.
Falhaspodem ocorrer quando pessoas no entendem as instrues corretamente, oucometem erros por falta de cuidado, distrao ou cansao.
Conluioindivduos que agem conjuntamente com outros empregados com objetivode perpetrar e esconder falhas.
Atropelamento pela administrao transgredir procedimentos ou polticasestabelecidas com objetivos ilegtimos.
Custos versus benefcios os custos dos controles internos no devem ser superioresaos seus benefcios.
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4 RISCOS INERENTES ATIVIDADE BANCRIA
As instituies financeiras esto expostas vrios riscos, diante disso, vem-se
obrigadas a manter equipes de auditores preparados para verificar a correta aplicao dos
procedimentos e apontar as possveis falhas. Para que a instituio financeira atinja seus
objetivos necessria a identificao de todos os riscos que ameaam seu ramo de atividade.
Em setembro de 1998, o Banco Central do Brasil (BACEN), tornou pblica a
resoluo 2554/1998, onde criou-se a obrigatoriedade da manuteno de um sistema de
controles internos, conforme segue em seu artigo 1:
Art.1 Determinar s instituies financeiras e demais instituies autorizadas afuncionar pelo Banco Central do Brasil a implantao e a implementao decontroles internos voltados para as atividades por elas desenvolvidas, seus sistemasde informaes financeiras, operacionais e gerenciais e o cumprimento dasnormas legais e regulamentares a elas aplicveis.
Pargrafo 1 Os controles internos, independentemente do porte da instituio,devem ser efetivos e consistentes com a natureza, complexidade e risco dasoperaes por ela realizadas.Pargrafo 2 So de responsabilidade da diretoria da instituio:I - a implantao e a implementao de uma estrutura de controles internosefetiva mediante a definio de atividades de controle para todos os nveis denegcios da instituio;
II - o estabelecimento dos objetivos e procedimentos pertinentes aos mesmos;III - a verificao sistemtica da adoo e do cumprimento dos procedimentosdefinidos em funo do disposto no inciso II..
Todas as organizaes possuem ameaas que podem prejudicar o atingimento dos
seus objetivos, na atividade bancria no diferente, o Comit de Superviso Bancria da
Basilia relacionou os riscos mais relevantes que sero aqui comentados.
4.1 Riscos de Crdito
A concesso de emprstimo a atividade bsico de todos os bancos, todavia, antes
da liberao dos valores, a instituio financeira deve avaliar a capacidade de pagamento dos
tomadores, alm disso, deve levar em conta que com o passar do tempo s condies
financeiras mudam, o que apresenta maior instabilidade. Srios problemas tm ocorrido com
os bancos que no conseguem receber seus ativos, pois o risco de crdito deve ser medido
curto e longo prazo.
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4.2 Risco pas e Risco de Transferncia
Esse risco est associado ao ambiente econmico, social, e poltico do pas do
tomador, mais visvel nos emprstimos ao governo estrangeiro j que tais operaes so
tipicamente garantidas. H tambm o componente do risco pas, o risco de transferncia que
surge quando as obrigaes do tomador no so expressas em moeda local.
4.3 Risco de Mercado
Uma modalidade especfica do risco de mercado o mercado de cmbio. Os bancos
atuam como indutores do mercado de moeda estrangeira ao estabelecerem suas cotaes junto
aos clientes e ao assumirem posies abertas em moedas. Os riscos inerentes s operaes de
cmbio, particularmente na conduo de posies abertas em moedas estrangeiras crescem
durante o perodos de instabilidade das taxas de cmbio.
4.4 Risco da Taxa de Juros
O risco da taxa de juros se refere exposio da situao financeira de um banco movimentos adversos da taxa de juros. Esse risco impacta os ganhos de um banco e o valor
econmico de seus ativos, passivos, e instrumentos contbeis.
4.5 Risco de Liquidez
O risco de liquidez em um banco decorre de sua incapacidade de promover redues
em seu passivo ou financiar acrscimos em seus ativos. Quando um banco apresenta liquidezinadequada, perde a capacidade de obter recursos, seja por meio de um aumento em seus
exigveis, seja pela pronta converso de ativos custos razoveis, afetando assim, sua
rentabilidade.
4.6 Risco Operacional
As modalidades de risco operacional podem acarretar perdas financeiras por meio de
erros, fraudes ou deficincias no desempenho das atividades. Outras formas de risco
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operacional incluem deficincias graves nos sistemas tecnolgicos de informao ou eventos
como incndios ou desastres.
4,7 Risco Legal
A legislao existente pode falhar na soluo de questes legais envolvendo os
bancos. Um processo judicial envolvendo um banco pode ter implicaes em todo o segmento
bancrio e acarretar custos. Alm disso, pode haver mudanas nas leis que afetam bancos ou
outras empresas comerciais, os bancos so particularmente suscetveis a riscos legais quando
adotam novos tipos de transaes ou quando o direito legal de uma contraparte no est
estabelecido.
4.7 Risco de Reputao
Os riscos de reputao se originam, entre outras causas de falhas operacionais e de
deficincias no cumprimento de leis e regulamentos relevantes. Riscos de reputao so
danosos ao banco, j que a natureza de seus negcios requer a manuteno da confiana de
depositantes, de credores e do mercado em geral.
4.8 Auditoria interna como ferramenta de reduo de riscos
Diante do exposto ao longo deste estudo verificou-se que as instituies esto
expostas vrios riscos tais como: riscos de crdito, risco pas e risco de transferncia, risco
de mercado, risco da taxa de juros, risco de liquidez, operacional, legal e de reputao.
A auditoria interna indispensvel para a reduo dos riscos que envolvem a atividadebancria e para a sobrevivncia das instituies financeiras, essa importncia destacada pelo
BACEN e pela Comisso de Valores Mobilirios (CVM).
O BACEN a principal autoridade monetria do pas e tem como objetivo garantir a
estabilidade dos preos e definir as polticas monetrias, tais como a taxa de juros e cmbio,
alm das demais que regulamentam o sistema financeiro. A CVM a tem poderes para
disciplinar, normatizar e fiscalizar a atuao dos diversos integrantes do mercado.financeiro.
Todas as instituies financeiras dispem de reas de auditoria interna, cujas funes
so: auditar e verificar o cumprimento e aderncia das diversas reas aos normativos internos,
regulamentao definida pelo BACEN e pela CVM, legislao vigente e a todas as
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polticas e prticas administrativas definidas pela alta administrao da instituio, garantindo
a qualidade, continuidade dos negcios e da instituio.
5 CONSIDERAES FINAIS
O objetivo geral deste estudo foi avaliar a importncia da auditoria interna como
ferramenta de controle para reduzir os riscos que ameaam as instituies financeiras, e para
isso, pesquisou-se a bibliografia pertinente ao tema.
No contexto atual, as instituies financeiras encontram-se em constante
desenvolvimento e as operaes realizadas tornam-se cada vez mais complexas, ento de
extrema necessidade o controle interno das atividades da organizao. A auditoria interna
uma ferramenta de controle interno exigida pelo BACEN e pela CVM.
A auditoria interna visa aumentar a credibilidade de uma instituio perante os seus
stakeholders, e essa credibilidade ocorre fundamentalmente com base em eficazes controles
internos. Alm disso, a credibilidade proporcionada pela independncia do auditor um
elemento propulsor para a boa manuteno e continuidade da instituio.
A pesquisa bibliogrfica demonstrou a importncia da auditoria interna para que a
instituio possa se adequar s boas prticas de governana corporativa mantendo umaposio confortvel no mercado financeiro.
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