AUCENIR GOUVEIA NAS COLINAS DA ALMA - perse.com.br · da vida. Com olhos de lince, lança-se pelo...
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Aucenir Gouveia
NAS COLINAS DA ALMA
POEMAS
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Gouveia, Aucenir
Nas Colinas da Alma / Aucenir Gouveia.
– 2. ed. --
Rio de Janeiro: Editora Pequena Tiragem,
2016.
ISBN 978-85-92821-06-7
1. Poesia 2. Poemas 3. Pensamentos
Poemas I. Título.
CDD B869.1
Índices para catálogo sistemático:
1. Poemas : Mensagens B869.1
SUMÁRIO
Prefácio ....................................................................................................... 6
Memorial .................................................................................................... 8
Retrato Falado ...................................................................................... 15
Meditação Natalina ............................................................................ 16
Fraternidade ......................................................................................... 18
Profecia .................................................................................................... 20
Vida ............................................................................................................. 21
Inspiração ............................................................................................... 22
Poesias ...................................................................................................... 23
Escolha Perfeita ................................................................................... 24
Plenitude ................................................................................................. 25
Guerreiro ................................................................................................. 26
artola ......................................................................................................... 27
Amizade.................................................................................................... 28
Ausência ................................................................................................... 29
Coisas da Vida ....................................................................................... 30
Egocentrismo ........................................................................................ 31
Sobre Vivência ...................................................................................... 32
Sonhos ....................................................................................................... 33
Sexo............................................................................................................. 34
Aborto ....................................................................................................... 35
Insatisfação ............................................................................................ 36
Paixão ........................................................................................................ 37
Declaração .............................................................................................. 38
A noiva ...................................................................................................... 39
Boneca de Pano .................................................................................... 40
Perfume de mulher ............................................................................ 41
Não digas adeus ................................................................................... 42
Traços ........................................................................................................ 43
Espumando nossas fantasias ........................................................ 44
Sorã ............................................................................................................. 45
Então Eu Te Amo ................................................................................. 46
Guarupema ............................................................................................. 47
Distância .................................................................................................. 48
Confidências .......................................................................................... 49
aguma Coisa ........................................................................................... 50
Inocuidade dos anjos ........................................................................ 51
Bagé ............................................................................................................ 52
Um homem vagueia ........................................................................... 53
13 de Junho ............................................................................................ 54
Infância ..................................................................................................... 56
Menino Pedro ........................................................................................ 57
Dois Irmãos ............................................................................................ 58
Abelha Grande ..................................................................................... 59
País .............................................................................................................. 60
O Beijo da Flor ...................................................................................... 62
Lágrimas .................................................................................................. 63
Súplica ....................................................................................................... 64
Dedicatória
Dedico este livro, em especial, aos meus filhos
Pedro Gouveia ‘In memoriam’ e Vinícius Gouveia;
Aos meus parentes e amigos, a você, leitor, e ao
meu anjo da guarda que espiritualmente me guia ao des-
lumbrante mundo das grandes revelações...
Muito obrigado!
Aucenir Gouveia (Sasho)
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PREFÁCIO
O Poeta busca retratar, em sua obra, a essência
da vida. Com olhos de lince, lança-se pelo azul infinito,
munido com as asas da imaginação, a colher o néctar
da luz.
A cada instante, mergulha no oceano cristalino da
existência com o escafandro da alma, a garimpar as pre-
ciosas pérolas da poesia.
O leitor, por sua vez, há que trilhar o mesmo ca-
minho do Poeta para viver o êxtase da existência. A po-
esia do poeta Aucenir Gouveia nos conduz a belas pa-
ragens, revela-nos o brilho de seu universo.
Para adentrá-lo, basta sintonizar-se com seu lin-
guajar fluente, sua técnica peculiar, construções especi-
ais, e os matizes de seus temas.
As ilustrações dão à poesia uma dimensão maior,
produzindo uma visão caleidoscópica dela.
Prof. Luiz Gonzaga Caetano Monezi
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“Na aurora de toda sucessão de gerações, domi-
nadas pelo nascimento, casamento e a morte, aparece
um ser estranho que conta aos homens um sonho que
viu noutro mundo entre seres mais elevados do que os
habitantes desta terra, presos ao nascimento, casa-
mento e morte...”.
Khalil Gibran
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MEMORIAL
Paro, penso. Olho e não percebo;
Prossigo a caminhada.
Passa o tempo, passa a vida...
Como era tolo!
Que adiantou sonhar altos sonhos e riquezas, planejar
passos com tanta sutileza; depois cair nas garras do
destino, preso pela falta de amor e domínio próprio.
Igualmente aos homens tolos, perdi a fé!
A vida parecia-me ser louca, loucamente, aos poucos,
morria...
Estava doente e não sabia;
Bebia da água estagnada da chuva ao invés da água da
vida;
Seguia uma religião sem saber o porquê.
Apeguei-me à paixão e deixei de lado a razão.
Desprezava a estrada da minha felicidade.
Pequei com meus próprios olhos.
Pequei com meus próprios punhos.
Pequei com meu próprio juízo.
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Que juízo?
Andava pelo caminho mais largo e longo, onde a carne
adoece e a alma enlouquece.
Mergulhei em águas escuras, afoguei-me estendendo
as mãos num gesto de pedido de misericórdia...
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PARTE II
Por que seguir o caminho mais fácil e enganoso?
Se a vida lhe oferece caminhos suaves e certos.
Por que fugir da verdade?
Se a verdade é que liberta e cura e renova.
Por que lutar contra a própria vida?
Se ela lhe oferece de graça o céu, o mar e a terra.
Por que beber da água suja?
Se a natureza lhe dá minas límpidas, frescas e inesgo-
táveis.
Por que a sombra do medo de construir um grande pro-
jeto de vida suga suas forças?
Se a vida não fixa limites para você prosseguir.
Por que agir tolamente?
Se no seu coração habita a sabedoria de Deus.
Por que dizer não teimosamente ao coração?
Enquanto ele ainda espera pelo sim.
Por que seguir o curso da obsessão?
Se ela é que o poda da felicidade.
Por que se arrastar sobre pedras como uma serpente?
Se Deus lhe deu pés para caminhar na terra.
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Por que você não abre a concha que está nas profunde-
zas do mar de sua essência e mostra ao mundo o brilho
das pérolas que tem a sua alma?
Ao invés de ficar seguindo o brilho da ilusão...
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PARTE III
Então a voz doce e divina veio através de uma bendita
luz, curadora...
A voz soprava amenamente em meus ouvidos com um
tom suave e frescor perfumado e banhava minha alma
com azeite; branco como o leite de cabra, que me con-
fortava e me aliviava da dor...
Enfim, vi a flor da vida se abrir para mim.
E entrou em mim.
Uma linda rosa azul!
Meu espírito chorava, contudo, eu sorria à morte.
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PARTE IV
Naquele instante, desejava tão somente beber do néctar
daquela rara flor.
A sensação era de renascimento ao invés de morte.
O milagre se manifestou em mim e renovou minha fé à
luz da verdade.
Agora eu sou luz.
Então, descobri que o homem nada mais é do que aquilo
que pensa:
Se pensar no amor, será amado;
Se pensar em bondade, terá bom coração;
Se pensar em felicidade, será feliz;
Se pensar em justiça, será justo;
Se pensar em riqueza, será rico;
Se pensar em pobreza, será pobre;
Se pensar em dor, será doente;
Se pensar na fé, terá fé;
Se pensar em Deus, terá vida.
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PARTE V
Então, concluo que a vida é um processo de sucessivos
milagres, milagrosamente nossos olhos se abrem para
ela, milagrosamente nossos olhos se fecham com ela!
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RETRATO FALADO
Olhos esbugalhados, bocas molhadas...
Não é gula, é fome!
Pessoas lambendo os dedos.
Pessoas lambendo os pratos.
Pessoas lambendo a mesa.
Pessoas lambendo o chão...!
Não é gula, é fome!