Atenção Verdade - Prochasson

7/25/2019 Ateno Verdade - Prochasson

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'teno: Verdade!"Arquivos Privados e Renovao das

Prticas Historiogrficas

Christophe Prochasson

Foi h cerca de 20 anos que os hisoradores franceses se voaram comuma espcie de gula irreprmve para auo ue convm chamar de fonesprivadas. Votarei ao contexo avo desse ineresse na segnda pare desa

reeo A eno, os paps pessoais araam muio mais os hisoriadores daieraura ou da are, que sanicavam prossionamene as noas das avaderasdos grandes homens Hoje, O desenvovimeno da hsra cuura e da hisriadas elites ornou as fones privadas, no mais fones ecepconais capazes deacrescenr um pouco de sa a uma narrava ausera ou de fornecer (enm!) achave do mistrio da criao mas fones comuns ue se ena conserva comose conservam as fones adminisratvas ou esasicas Essa evouo radu umamudana ndamenal de sensbiidade hisoriogrca ue aguns podem ner-prear como sina de uma "crise e ouros ave mais perspicazes, vem como

um modicao da reao com a isri como disciplna cienc com oempo e, de modo ms gr, com os fenmenos observados Hisoridor das

No: Esta lradu d Dr Rh.


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estudos histricos. 8 2

is cuas ancsas na pca cnmpna pan a, u msm,dss mmn d ua ps as iuds s pgs, pnd dsna aui,

mpudcamn, d uma pncia u n ds absuamn ppcm md hs gc

A prtca d arquiv prvads

Nnhuma i nuada dadiamn s aus piads na anaA i d 3 d an d 979 s f sbud as aus pbcs A ppadn u na dada, n I, as aus piads, m n dsaus pbics As ncas mns mas pcsas cncm pamna -za ds aus pads, aguns ds uas pdm s cnsdads, assmcm s s auis pbcs, cmpnns d uma mmia nacina a spgida N mais, as cndis d acss d uiza ds aus padsdpndm unicamn das cusuas sipuadas p sus pps Nnhmpaz ga sabcid pa , n is nnhuma bga, paa ppii, d dpsia su aui numa nsu pbca A gisaabui pan um pd cnsid a dtn d au pad, u sa assm paci picipa d psusad (u d cnsad u cupa aui p da gad, dps u cmpa, uand n s aa, pp, m pdu d hsia

Essa dni udica, namn passia, nm smp cspnd,am diss, s pcas ais ds as Os hisiads da plica sabm u adsin n "aus pbics "auis piads cm nca s-baa n amgama u an pics uan funcnis s zs fazm nags d sus paps pssais Em aguns cass, a appia iga d ndspbics p pssas padas fi ais uma s: assim, fi pss mda adsui ds aus d Mnsi das inanas m 87 gaas a uma pa

ds"auis piads ds ncins d g Pbma smhan s

cca paa as asscias s auis ds mmns da Rsstncia ciadsduan a cupa am s nds piads, nuan s ds Cms Dpa-amnas d Liba (CDL) u das as ancsas d Ini (I sm pncp pbics2 Ca s, pan, u a anspanca ausica uaguns camam

3na gs ds aus pbcs n s nm um puc p

d s angda n u cnc nm massa d nds pads

a aui, paa a a da hsa cua ptica u habamnm nssa mais, uma naa d dna cassicaa d ua nauza

Dising s gands tps d dcumna u cnsum man dshistads m ga: s aus adminsais, s auis pads, as

bas, pubicadas u n E u u chamaia a quadade da nteno u psidiu


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ruv Prvd c Renv d Prc Hrrc

ascimeo do arquivo que peite cosderar de maera disita esses spos. Os arquivos privados pedem para o ado da ntimidade, na medida em

ue no oram chamados, no momento de sua elaborao, a atigir um ve deciaidade ou de otoriedade que caracteriza os dois outos ipos Os maisutnticos desses arquivos volarei a essa oo enam, de alguma maneira,

a hisra (ou seja, vm dametar o discuso dos historadores elia dosus produores Esse ato eplica as dculdades que os hisoriadores por vezes

ncoram uto aos detetores de tais arquivos, que hesitam em divlg-los,breudo quando se tata de publclos, toal ou paciamete A publicao,

ue orna pbico o arquivo privado, o muda a natureza deste, mesmo queminua seu preo smblico no seo de uma prosso grade consumidora do

novo. As categorias desses arquivos que os historiadores sempre soham emvelar, como que para mehor assentar sua egitimidade de pesqusador" (oesquisador" oa-se eto um descobridor", ou melhor, m eplorador" otido arqueolgico do termo, so numerosas: corespodcias, drios ntos, cadernetas e agendas, dossis de tabalho e dossis de impresa, otas deda espcie ec Essa documeao deve constiuir uma base arquivstica tilra a histria da constuo de uma obra ou de uma personalidade Ea constiuiuio com que soha todo historiador da cuura, odo bigrao que corre atrs

a mragem daquele dossi completo o qual se enconariam a um s tempo ooduo a, sua posteridade e ainda as dierentes etapas que conduiram ate. Os hisoriadores nao dexam de persegu o mesmo soho daqueles doisvens que procuraram o escritor Andr Mauros para lhe propor o asticoojeto de umas ceas Edies da Imortadade"

Aqui est um tipo de livro inteiramete novo que concebemos. Gostaramos de dedicar um voume a cada um dos gadeshomes do nosso empo, de odas as partes do mudo Seria possvel ler

esse livro um teto, de preercia indto, em que cada m epora aessncia da sua obra, ou a sua cocepo do seu ocio uma biograaescrita por um outro homem de alento; um dsco com a voz do heripermitiria ouvi-o ledo um dos seus teos avoritos um lmemosando-o em seu ambiente habital xaria para o ro a sua pessoasica Haveria tambm um manuscro autgrao, algus desenhos, asmpresses das suas maos4

E uma pea, embora no ndo talve sea uma sote para a bedade dostoriador, mas um tal ivo" no eiste. Pois anes o setimeno da disperso

ue prevalece naquele que pesegue os arcanos da crao Nenhuma istituioe arquivo detm s os arquivos de um poltco, de um escror, de um aisa

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esudos isicos. 8 2

o sbio, a dspto a istncia lgas ais o nos spcaizadona gada aqivos na Frna, po plo o Oc Univsitai dRccs Sociasts, o nstitt d Rccs Masts, o Institt Cas d

Gall o Institt po la Moi d l'Edtion Contpoain, a BibliotqVcto Cosin, o Insttt Fanais Histoi Social tc Os casos ais con

so os d dspsa dos aqivos pivados pqnas bibiotcas o obscocnros d docntao, o, coo ais qnt, nas os d paticlasEssa anaqia na gada dos ndos podz a gand dicldad d

localizao Coo adivina q a cospondncia ipotant do antoplogo kiiano Robt H s ncona, po plo, no Collg dFanc o coo sab q a do sociaista Gogs Rnad, antigo posso doCollg d Fanc, st nida na Biblioq Hsoiq d la Vill d Pas?Mais q nnca, nss tipo d cosa, qas sp o acaso q gia a psqspiia, aqla q pt aos istoiados constiti ss ppios ndod aqivos.

A dclad anta qando os aqivos pivados so gaados popaiclas. Ao obstclo a localizao dscobi dscndnts n sp a psa ito cil , soa-s os dicados poblas ligados ntvno d a pssoa stana no intio d a ia ala. Avolao da intiad q a psqisa istica invitavlnt prpa dvsp a lga a copnsas ativas. Os ntavs q a nvsta oagalnt ncona ig statgias d contonanto pias daqlas

q pod t d cor os istoiados q tabaa co ndos pivadosPocdintos vsano a cia conana, q pod s vzs slta ncplciad agv o so na aizad anca plna, constit bas d toa apoiao. S ls, naa possvl O spito plas lnaailias, plos tos pas ncas, concinto no da biogaa dos dscnnts os conlitos q pod dividlos ipo odsta ao copotanto do psqisado q pod capacit-lo a obt inoas o ltas ssctvis sclac a sa ppia Fata a ncontos o

tata s ito tato a a aia va a sltados dsastosos caas potas dos aqivos pivados ao psqisado

Gostaa d cita ts pos ais q pac lti a scaabital dos copotantos os popitios d aqvos pvados Opiio prob qalq oa d colaboao s a-lo abtantOs dscnnts gada o ndo paa az aga coisa co l biogaa, a pblicao aqvos, a doao O sgndo dsja qistoados possionas valoiz o ndo, as sob contol. Fca pat da ocntao ao nos n piio onto, os papis sotazidos co pdncia, a conta-goas As noas to ntias so


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Arquivos Priado Rovo d Prtica Hitoriogfca

cadas. O arqivo privad perde a sa riqea: tede a se trasfrmar emarqivo pico revead apeas o mas aa o mas coveiete o mais

descpve Ee deve sstetar ma mioogia qe a famia est ecarregada deproteger Vrios gras car seprm s tegrss da meria ds masierais. Nessa cogra o isoriador peaece s vigicia e coseqetemete sa stria tamm

Resa o cas mais excepcia o qa e gosaria de me deer aqi. Umds ds de mascritos mais imprtates da Bitqe Natiae o qecstiti o ct dos paps do escrtr JaRcard Bc Ator je pccoecdo se pape iteecta e potico foi importae a primeira mtade dscoXX Hmem de esqerda egajad as eras do Partido Sciaista atesda rimera erra Mda deps mito prximo d Partid Cmista saos 193 Boc eseve evovid em vris deaes cas e pticos aceses da poca Us 15 aos deps da sa mre (948) sa mer decidiorgaiar ses papis a m d ds Biotqe Natioae. Desde e afama a mer de Boc e deps da mre desa em 1975 ses sparicarmete sa a Cade pseram dispsi ds istriadores ocojt ds arqivos de qe estes precsavam e mais aida es assegraramma tta erdade de eira e de iterpretao sem a qa ees pderiam

exercer verdadeiramee se ocoAs igaes estaeecidas pea famia com s istradres s exem

pares de eraidad. Cgi a cversar a esse respeito cm a a d escritrCade de ta maeira sa tercia me preca exrardiria e qase ica emmia expericia de istradr vid pr rqvos daqea atrea. Ea mearm qe tdo aqo e pareca ara e qe dravte se pi pereca istria Ea meageava assim a sa memria Aceitava sem a merreticcia aparete, qe ms cegs e e prpri etrssems a iimidade dema vida famiiar Atrava tds as ssas idiscries. Ns saamos d tdo:a data das deas ifatis assim cmo s amores adters de se pai sre osqas as e sit m da em os escarcer. N ctete de sageerosdde em matria de arqivos sa presea foi mtas ves dcisiva escarecimet de pto oscrs N se pde egar qe cm desaparecimet ds primeiras esemas o d perde ma pare do se setidmesmo qe possa recrr tras

COIseqias para as lJrtcas hstorogrfs

O iteresse crescee peos arqivos prvads correspd a mamdaa de rm dameta a stra das prticas isoriogrcas. Doisfatores igados ais m ao otr me parecem ser capas de escarecer goso


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estuds histrics. 8 2

pelo arquivo privado O primeio o impulo experimeado pela hiricual e, mai paricuamee, a muliplicao do rabaho obre o ielecuai. O eudo e vicuado mudaa da ecaa de obeao do ocial, quevou obreudo pela via da microhiria e da aropooia hirica, a umieree por oe meo eriai e mai quaiava

O coe radicoai da hiria ocial, alicerado em procedimeoquaiaivo, e apicavam mal hiria do ieecuai, caeora que e prepouco a er apreedida o emo de uma eaica radicioa A abordaeque prevaleceram com pouca excee, verdade (por exempo o rabahode Chriophe Chae) privileiaram a oe qualiaiva O ieecuai,

a ee culurai em era, eqeemee dexavam ar de i uma maimpoae de ecrio peoai da qual o hioriadore podiam e apropriar Apublicao de coepodcia, de diro ou de cadeo dio muia vezeacilou o rabalho daquele que eavam eeder baidore da vda cuurae polica uma perpecva exealia que e recuava hiria da diaradicioa Ao apreear o doi de rabaho uilizado pelo hioriador dRevoluo Fracea Auui Cochi, Fred Schrader oberva com razo O caCochi a demorao de que o do de arquivo privado eo oe d

erem ido ucieemee levado em coiderao pea hiria acea coemporea Ele aea de maeira rae que uma coua e uma eporaiemica dee do coiua edo eceria para e oder apreeapropoie dameada o campo da hiria ieecual

omarei do exempo O primeiro a hiria da revia, que deixode e redir ao eado de mooraa echada obre i mema, iormadoo apea obre a daa do primeiro e do imo umro ou obre coedoCom a recoiuio da correpodcia que provocaram, a revia e oraram meo ielecai cua obervao iorma obre o cioameo e

aaomia da vida culural Foi pea alie da revia dada por Jea-RcharBloch em 1910, , que cheuei ua corepodcia, da qua ma paimpoae dedicada vida da revia

Edior da corepodcia rocada por Marc Bloch e Lucie Febvre (50cara em 5 ao), Berrad Mler coeuiu vaoriz-la como uma pedeciiva para oda a hiria do Annal :

Io iiica dizer, em oua paavra, que a deidee prorama, a oraizao ielecua e maerial da revia coi

ram ao memo empo o preexo, a dimica e o quadro da reaaepiolar do doi, reao ea que, a coar de evereiro de 1928,

poloou por cerca de quze ao E evideemee ea relaea, volada proriariamee para o bom adameo de um em


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Arquivo rivdo c Renovo d ric Hioriorc

a cosponncia qu publicamos aqui; a nos pmi l ctafoma a cnica quas coiiana a vista; la va a ancmaa

on s laboou uma as pincipais ransformas as cincias sociaisst sculo Esta corrsponncia msmo qu no contnha toos osaquivos a visa consitui uma suas pasmsras; uma fontxcpcional tambm poqu nca Com fito afoa stas caas osfasccuos qu compm a colo a visa no subsist nnhumocumnto impotant sob a sua histia6

A cosponncia to cnaa na vista qu no xist nnhumvstgio toca catas antio a 198 qu a no vista po nnhum osois missivistas como um luga ncono intlctual sim como um simpsmio ao aminisao Ea sv alis s vs paa polonga moo sritamnt utilitio convrsas inompias mas xcui quaqu ipo bat alto to intlctua qu os ois homns camn no viamixa t oalmnt No s nconta ponto nss conjunto os vstgiosqu too histoiao os intlctuais pocua aviamnt os qu s psum qua maao scta uma oba va ixa

Pois no tipo aquivo qu as cosponncias pivaas constitum/ xatamnt o sgo qu o hisoiao pocua scobi insatisfito com as

,

manifsas pblicas os homns com os quais habiualmnt lia E naopo p m com sss aquivos a uma spci hgmonia qu a hisiaintalista as obas xc na histia intlcual A nova hisia cuual ascincias ncontou apoio ns A corsponncia v vi svna umaspci va Pocua-s nla fa cam as mscaas: o caso as catasnviaas a Jus Gus po Paul Lafgu confssanolh lamnt a posionutalista qu o movimnto maxista havia assumio uant o caso Dys inicano assim as gavs isconcias xistnts no inio um movimntopoltico Ou aina uma cata acqus Bainvill hisoiao a Acion

Fanais na qual l s confssa ysista um pouco mania o uqu Gumants: uano soub [ qu o nncoonl Hny havia comtiouma au qui stacio minhas iias s ansfomam intiamn Sou nst momnto tambm u ysista [ tnho pssa qu aviso sja fita Tambm s po v s vs corrsponncias vlamopinis no xpssas po as qu conviia sclac o silncio o oqnt Rog Matin u Ga uant a Pimia Gurra Munial ou os acssosantismitas Paul Lautau

As mailhas qu as cosponncias stnm aos histoiaos so

no ntanto numosas A impsso pga spvnio o auto uma cataqu s sinava unicamnt ao su cosponn o snimnto viola umaintimia gaantia autnticia quano no va so s vzs


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td histics. 8 2

bastane enganadores. Exisem corespondncias qe raem ma atoconscin-cia qe no engana ningm istem cartas o docmenos privados cjo aor

mal dsfara o desejo talvez inconsciene de tornos o qanto antes docmentos pblcos. A conservao sistemica da corespondncia recebida por minelecal e vezes mesmo as cpias de algmas de sas prprias cartas o casode JeanRichard Bloch sempre me intrigaram. As raes qe levam a m tacomportamento me parecem indicar ma conscincia da histria qe vem prm lmite inegve aenicidade. Nada core o risco de ser mais faso do qe a"ela carta o o arqivo prvado qe se basta a s mesmo qe o reveladorH a agmas armadlhas preparadas

Romper a inevitvl relao afetva qe se estaelece entre o hisoriador

e se material episolar do qal broam mito mais emoes e comparaesconsigo prprio do qe das sries estatsticas o dos docmentos adminstrativos passa pea ojevao desse material pea sa conso como fone Aseparao das correspondncias por gnero o por categorias sococlrais aparentemene m dos camnhos mas ecaes Tenho a mpresso por ter idomias delas e eiste m gnero de corespondncias de inteecais vinc-laos niversdade na Frana do m do sco XIX no qal encontramos asmesmas frmlas\os mesmos temas a mesma organizao nterna e s vezes osmesmos boatos Chrstophe Chare historiador do socia tilizo als com

eqncia as correspondncias para avaar de maneira mas completa as es-tragas nversrias qe ele percebe por se lado mais iamene0 Deveselis notar qe essa docmentao raramene abre espao paa discsses ele-vadas o pessoas alm de agmas frmlas de praxe sobre a sade o o tempoOs escritores da mesma poca em relao aos qais sempre se pode sspeiar dem desejo de ver sa correspondnca ser m da pbicada so em geral miomais eloqentes e em resmo se pem mio mais em cena do qe os inelecaisniversitros Convira igalmente analisr os modeos octos consciene oinconscientemente reomados pelos missivisas eles prprios por vezes grndes

eiores das correspondncias dos inteecais qe os precederamma fonte epistolar freqentemente citada mas ainda mo poco

anasada na sa serialidade poderia dar lgar a esdos estrais do mesmotpo. Rerome ao conno extraordnrio formado pelas correspondnciastrocadas drane a Primeira Gera Mndal. As elites a no so mais as nicasenvovidas Drante a gerra odo mndo escreve ainda mais nm pas em qea Repblca de a odos esse formidvel poder O qe e diia acima a respeitodo gnero prpro das correspondncias de intelecais nversirios o deescriores podera ser mantido para as correspondncias de sodados Veremos a

narraes baseadas em representaes comns do real nas qas s vezes astante diil distingir o qe tem a ver com experincias realmente vividas do


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Aqui Pivd Rlv d Ptic Hitic

que te ve o eeinis que ula oo odeos de vid gueeiais o oeto oosto o Ma oh e seu igo de 92 ublido na

Re de Sythse, sobe a histi das noias alsas enotou u azidquivsti to etens oo osttuda eas oesodias de gue.Podeos a aonh sso a sso os boos Veos s lendas heasou heis de hooes se eaboe e iue

O oesiento da histi ulual entendda oo hista das ist-tuies e das elites no o nio ato que elia a iotni hoe oeidaos aquivos ivdos. A ise d histia soal laboussan biu esao aodelos de nise e que os indivduos deseenh u e iotteEseaos ss enont os oivos das sus aes nos vesgios esitos que

eles dei o dets das sus es blias o dets ds suas obas oudos seus blhos assoio o u ultu olti sensvel al dosobes e uitas vezes e sintoni o u egionliso iline que abse oe onoolizao da l eo ento isese votouse d vd esitos ivdos que z no do dos aios ou dos stos

Tatase enos aqui de oesondnas do que de diios ntios oude lebas Tauatiso o d hsti oteone PieiGuea Mudl oi u eodo de gande oduo de douentos desse io.Desejosa de entendeo onlio e teos deenes daquees que duate uio

eo o os ios oeidos el histi olti e ilit nov histo-ogaa da Piei Gue Mundil se oi dessas ontes ivds

O que os esina a obsevo d guea no nvel do ho? este oeio esohdo o esses histoiadoes. No nos esntaeos oanto de ve udeles Sthe AudoiRouzeau

ublicar

eenteente os ais de guea deu soldado lebe : M Blch.

No assado J enN oon , ido o u ovieno seelhnteeeutdo tvez de neia ngua euniu e aaisou deoietos ivdos(s bliados sobe gue Sus usties ients eee se

eainads os eslaee u to de elao o os aquivos vdosateizado o ua bus d vedde ou elho dizendo talvez d autent-idde A hst noilit gnhou uto e etido nos ltios e anosgas a ua ti de u ldo e gs u ttude oal de outo. Suanov t onsiste e no se ontenta o os douentos oiais ouoveienes dos gandes esonages; ela se s a esqusa todos os douen-tos ossveis os que dize eseito a deahes da vid ovinil os que ovdas testeunhas as huildes. A titude a da aiadade ena [..],2Todo o abho de Noo onsste e aze ua seaao ete o ve-

dadeio e o so o bse u ige e que so distinguidos os testeunhos vividos de hoens do 0 dos o o selo de u sioogi

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esudos hisricos. 1998 - 21

sgular, as "aravas d sgda mo No f da obra uma classicaorcaptula as os por ordm d valor "Dgamos, rsumdo, qu s taprcpalm do vaor d vrdad, o vrdad dogmca, absoua ou ra

scdal, mas vrdad umaa, vrdad da smua scra qu dz o quz, vu su, vrdad acssvl a odo omm lgt qu sab vr, rl

,

srE a vrdad qu o sorador, o pscogo, o socogo, przam umdpomo [ .3 Para Noo Cu, m Watrloo, o valor d vrdad dos faorgsrados por Fabrco maor do qu o da arrava dos ocas mas graduadodo xrco d Napolo

Essa prssa m apotar o auco a o pssoa, como s srtss um dsudamo do umao, az par d um dscuso guo sobr

os arquvos prvados. Ecotramos vstgos dsso, por xmplo, um maaddcado ao asso "Assm os arquvos prvados, splo vrdadro da vda dsus autors [ 14

Em rlao Prmra Gurra Muda, ada, os cbrs Caie dLous aas, caboaoro moro m 192, publcados pla prmra vz m1978, oarams uma spc d smuo cssco da gurra d 191, assmcomo fo o d Pobo paa a gura da Macda Sua aucdad, qu mbassua autordad d stmua, s apa a trado, ada qu algus storadors tam poddo mosar o cartr prodamt abrcado dss documto "Cotdo sua qualdad sua orgaldad, qu tocaam d proo todoos ltors, o stuam o vl das aratvas rcocdas como as mas dubvs l do, poao, um vaor gral d prmra ordm

Frass oadacacas, radas da arrava d atas, crcuam paa ocr provasCabra, atralmt, os rogaros sobr as razs dssa sacaoatas aprsta odas as caracrscas do soldado vrdadro: oprro dsqurda, orudo da provca scapado portao da mbraguz lrrparss), miltar d baxa pa, "mardo modo, amoroso ,6 com

l s aprsa a s msmo. Dvramos os dar ao abalo d aalsar oprocdmtos as motvas por mo das quas uma fot prvada obm umstatto d ot ocal, gralm aps r sdo publcada, mas m smpr

No cro q soadors mas prcavdos am sdo smpr mavgas, clusv m rlao a um outro po d arquvo documto pssoaparc smpr trazr uma msagm d vrdad Em 198, Mc Prro Gorgs Rbll pubcaramLe joual inime de Carolne B., dscobrto por acasum passo po "mrcado das pugas d Satu s dos autors

scodm m sua aprsao do xto toda a subjtvdad qu prsdu supublcao sua lvao poso d fot representv adjtvo qu s dvrsmpr majar com a mas xtrma prcauo quado aplcado s oqualatvas mas tavz tambm, as, s srs qualavas!


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Ario Pro e moo Prtc Htoroc

ce quse eogco deste exto desd o icionos chmou to. N su eptio su bidde mesm tesemuhv um modo d vid e de pensmeo boido icusive nssus mifestes de piedde cujos os s oam o estnhos p

ns E vist coidinmete p de deno um cet civiodos cosumes qu due muito empo peseguiu sociedde ncscomo um modeo de pefeio.

Ms tmbm pssds s pmeis pgis que cheim exme de coscici um ceto tom pesso os pedeu. omostocdos pe expesso d um soimento d um desejo o esboo ogobndondo de um venu e o cosenimeno o iemdive

destio ds muhees: um csmeto jdo do qu s e faeum uio po escoh. omos sensibiidos po esse tjeto de umdescohecid muhe ente ods as muhs. T ivemos vontde de hed pv que e tve nuc ivesse omdo.

Dnie Roche que pubicou is mesm coeo Achivs Pives"diio do videio JcquesLouis Mnt teve dinte dee um tiude semente. Aconece que Ribei e Peot o cm mudos dint do diio deoie Bme Es se m um pesquis que fez desse diio ssocido

ouos documeos d quivos pivdos (um coespondci e pbicos (ogiso civi) o ceto de um invesigo sociogic.

Meho ctic exte do diio veio eniquece su ctic iteimi su uteticidde. No que o diio se evesse fso um f

ond po um tempemento meio Ms ee tmpouco e o eo etom nem mesmo mcv um etap histi d cosuo do indivduo .

epoc cotempoe.O diio encondo de oie Bme no o que tudo idic

pimei veso. Peci te sido copido po e msm evendo ssimm de sus unes ememoo Assim tmbm o diio no consituiespo de ibedde bsou em cujo qudo se mifes um pesoide estiod sob o peso ds obigoes sociis. Ee no o nico confdeteum vd.

No csmeto de aoine Bm o dio fstdo em benecio doido e o pudo nunc deix de pes sobe ee: digos iepimveisesidem pesento de si e om iusi tnspnci. Temos que

duzi os sinis e ns eneihs cpta s usos os isinu s bechs-ns fhs domin s cus s miaspvs. Avido do segedo ds mshistoido scigo? gosti de se Deus Ou impossibiiddeeud! A coespodci de oin eve muiQ mis sobe e do que o


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studs hstrcs. 18 - 21

s iri q ftm s ccis mis tims h qs sbr mt s cis cm crp N sbr si

tcic ptcri prtt bstt g cir s rmihs m jtiv

stt. A idade iri ps vm s ifrmr sbr s spcts m prst s pr s s vzs pr s trs cs s scrtrs gs rtists strs s cscici si msms). Ts s trbhs hipp j spcist sst st vts pr v c tim E iz iss mt bm prpst s iris ms scXIX

sss crs s "brs ms cm s ssbrs s ss crs stsEs cmpm s s imgmmr cm imgm s siht psiq

E m qst prtt psicsscigiis sph m q s s hm vrirmt m sph st pit tm s s m smgm ms. Es trm ss jg cm zr ifrt Ag-ms ttm virr g m prvit prpri crir pr si m iti . . pss9O r s prst cm m prtic sc Ess prtic rsp

prt rms cgs q prcis cr A spti trs-prci q gs rchcm s iris rvm m cgir it mft t cts itrs "O i m prtic ctiv trtrs v ctribir pr c mr ( m cscicctii) sir scrvr ( rcc r) As psss tm mcr pr fr iss trs crs.. Fzm prgrsss tct virt st ( ms rtgr).

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E m tiv tip t q hj tri cm mis fcii shstrrs q s s vzs s prm. Ags s cm sprt ctc cm mi ccir s vs rzm prmi psqs fic s scbrts sbr cs. Os histrirs itrtr chcm bm s mpis q s stbcm m tr s


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Arquiv Privad Rnv d Prti Hitrira

uivo do gand hmm Ea lao com a font pvada nduz ptica puia datoa na ua a dcoa matial pvalc o a in

n ntcalNm po io dia d vdad u o in plo auvo pivado

opond ao dnvolvimnto d nova prspctiva hitoiogca A nilidad divrsdad da cala d ovao na hita ocial pod ganhahiia cultua

S o auvo pivado no no ninam aguma coia d "mai vadio, l no aguam uma mdana d foco. Ea ali n tmo uanNoton dfnda, com unha dnt, a impotnca do ttmunhoto o a gaO txto u gu podia ua paa po um manifto

ontmpono m favo da micohta:Io u diz u dcumnto d tadomao o

nutilizv tamnt no. S l pmitm conc o conunto,tata do gal, m io no poda hav hitia Ma o gal conttdo da mltido d fato paicua tata do gal m conlta aul u agiam, oam, vivam m dtalh fato paticula, ca, a pati d toda a pa, um gal docado d ualuldad, tna conc conta o onho u ia uma gua dpcalitaom fito, o documnto d tadomao no o umaaldad po i contm d al aul al u lh foi tanmitid da fnt d comat, a tanmo compota pda ia,como uma pci d pda cont

A fat d o ma fan cdo plagand atalha o hitiad milita o u lito.Noo pto tm uma fot tndncia a conc ata acondla como aldad otva. Faamo da atalha do Mancomo fo um fato, umo tnta conta, xplica, ulga

fato. A ataha do Ma, no tado atual do noo conhcmnto,ua no paa uma aa ma noo cmoda u nopmit conc mai claamn o conunto da atalha do Oc,do do Moin, d Viy tc Ea ppia atalha tm alidadna mdida m u umm o ngaamnto d copo d xco,dvi, gimnto, companha c., paa chga at o oldadondivdua u a aliad imodial, aula u d vida nooataa d alha d Ma.

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com a inha d conda, no com o mtodo d uma htia pa cna auivtics, u a font pivada podo no diz algo difnt

o o homn m ua hta.

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estudos histrcos 1998 -2 1

Notas

1 Ar9 Os rquivos privados so oconjunto dos docmenos endos noago que n enam no ampo deaplicao do arigo 3 acma [que deneos arquivos pbcosC) Os documentos que procedem daatividade do Esado, das coleividadeslocais dos esabeecmenos e d

empresas pblcs;2) Os documentos que procedem daatvdade dos organismos de deioprivado encaregados da gesto dosservios pblcos ou de uma msso deseio pblico3 As minutas e reperios dosncionros pblicos ou ministerais],ciado em hrse CharmssonChrstine DemeulenaereDouyreCaherine Gazelo Denise Ogilve,Le ahiv peonnel d scntqesPis Archves Naionaes 99p6566

Jean Faver et anile Nerinck dr,La pratique achivique anaeParis Archives Nationales 1993 Le cade uridque por He Basienet i, p. 70.

3 Por exemplo, e num gnero miliane

Sona Combe,Achves intedites. puanae face lHtoie cotprainePais Albn Michel, 994.

Andr Mais Neuveimmoit L Novelle Littais 7ou. 94

5 Fred E Schrader Ralsmecathlique t sociologie de la Rvolutionle projet historiographqu d Augsin

Cochn 90996) Ml NufCntRue dHtoe 1ellecuele,7, 989p. 69

6. Marc Bloch cien FebvreC d di b l id

Mller, t. I: L nsance de Annles,192819 Paris, Fayd, 1994 p V

7 Ver a reexo esboada no nmeoespecia da revsa Mil NeufCent Rued'Htoire Imetuelle 8 990"Les coespondances dns la vieintelecuele.

8 Henri Rolle uJacques Bainvlle,dread Ru dHtireDiploatqe 98 , p 67.

9. Entre muos eemplos:Copondanc

ente Charles Andl et Lucien He1891-192, edio esabelecida,apresentada e anotada por AnoneeBlum, Pris, Presses de l'Ecoe NomaleSuprieue, 1992

10. Cf Chstophe Charle, publqued unvaires 180194 Paris LeSeuil 994

11. Marc Boch, Ec de gue

19141918 Textos reunidos eapresenados por Etienne BlchInroduo de StphaneAudoin-Rouzeau, Paris Con, 997

JenNoron Cu Toins Essa;d'anase e de citque de souveni decoatan t enaas de 1915 1928 Pars, Les Einceles 929 reed,Nan Presses Univeritaires de Nanc,1993, p 2

bd. p. 66

Franoise Hidesheimer ahvepvs Le tratent d ahivsponneles,falial, assocativ Paris,Editons Chistian 990, p 17

5 Pierre Bara es cahiers de LousBahs em Syvie Caucanas e RmCals (ed ac de 1418 Actes ducolloque de Ccassonne, Carcassonne

es Audos, 1997, p 2 Ctado bd.

Mchelle Pero e Georges Ribeill Ljual inte de Caline B Ps,A h d M lb A h P


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Ario Prvdo c Rnoo d Prtic Hitoroc

18 Ibid, p. 173

19 Phip Ljune moi d

demose. Enqutesr

e joul de jeunfl, PaisSuil, 1993, p. 11

20. Ibi p. 20 S Lunconsida oiio timo uma rtica c dz taaano com um "gnro mas comucamo (as adoscnts sotia oumos 25 anos) Aain Giad, msu aao cssico (eul e,PaisPUF 1963 2' d 1986) faa mgo ltio

21. Ja-Nrto Cu Toi... OpCiL,p.20

PaJavraschave:aquivos vados cosondncassoa dios ntimos icasistoiogcasstia cutua tsintctuais Pimia Gua Mudia

(Rbido para publcaoen d 1997

Atenção Verdade - Prochasson

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