Ateliê fotografia

4
EMPODERAMENTO na direção da AUTOAFIRMAÇÃO Em tempos de luta contra a apropriação cultural e pelo em- poderamento do povo Negro, experimente juntar a já famosa Feira da Cidade com muita dan- ça ao som das “Ovelhas Negras”, grupo que sacode o Batekoo com seus setlists. Foi o que rolou no “Novembro Negro” em um edição história d’A Feira. Foto Valmil Brazil

Transcript of Ateliê fotografia

EMPODERAMENTO na direção da AUTOAFIRMAÇÃO

Em tempos de luta contra a apropriação cultural e pelo em-poderamento do povo Negro, experimente juntar a já famosa Feira da Cidade com muita dan-ça ao som das “Ovelhas Negras”, grupo que sacode o Batekoo com seus setlists.

Foi o que rolou no “Novembro Negro” em um edição história d’A Feira.

Foto Valmil Brazil

MODA E IDENTIDADE

O que se viu durante o dia foi um festi-val de cores espalhadas pelo Terreiro de Jesus, Pelourinho, tanto nas vestes da galera quanto nas roupas e asses-sórios à venda em dezenas de bar-racas. Itens importantíssimos na hora de assumir as origens africanas, é um fator de empoderamento. Ainda que seja na roupa, maquiagem, adotar costumes é uma forma de homena-gear nossa raça e afimar nossa identi-dade e ancestralieadade.

PINTURA FACIAL

Pinturas padronizadas em tribos afri-canas, com variações que podem ser usadas em rituais, caças, comemora-ções entre outros. Fora dessas ocasi-ões é usada como forma de maquia-gem e homenagem.

Assumir as origens africanas, é um

fator de empoderamento‘‘ ‘‘

“Começou com o aniversário de um amigo, Wesley Miranda.Ele tinha uma data para realizar uma festa no Commons (casa de show lo-calidada no Rio Vermelho).Eu já estava pensando em produzir algo nessa temática na cidade por que percebia a carência de festas desse teor aqui, por ser negro, pobre, morador de periferia, e um aprecia-dor da cultura hip hop, negra, e do funk carioca.Quando ele citou que tinha essa data e não sabia o que fazer, me veio essa ideia de festa na cabeça.Ele pediu várias sugestões em um gru-po de amigos nossos e fomos ajudan-do ele a criar a proposta da festa.Eu o chamei em uma conversa no Fa-cebook pra reforçar as ideias e contei a ele da necessidade de uma festa negra, voltada a negros.

No grupo comentamos e todo mundo apoiou também.Começou um debate para saber se faríamos a festa aberta ou privadaE todo mundo sugeriu que fosse aber-ta.Para o nome, fizemos um debate tam-bém,Cada um foi citando um nome eIa acabar sendo “É Treta” (risos)Mas de ultima hora o próprio Wesley sugeriu “Batekoo”, em tom de brinca-deira, porém acabou que todo mun-do gostou,daí nasceu o nome da fes-ta.

“Nós produzimos a festa meio que jun-tos”.Ele era o real produtor, mas eu auxilia-va em tudo.Eu quem cuidei da comunicação vi-sual e externa.

BATEKOO

A gente fez a primeira edição no Commons.Passei a abordar temas raciais mais di-retamente, especificando que o rolê é direcionado a negros, mas o intuito é ser um ambiente livre e inclusivo.Tivemos uma dificuldade pra con-seguir um outro local, acredito que a proposta da festa por ser voltada para negros, dificultou.A Commons, por exemplo, não quis mais, mas consegui uma data no Tar-rafas (casa de show localizada no Rio Vermelho) e foi o ponto de partida pra as proporções que a festa tomou.

Eu nunca tive expectativa, no come-ço fui fazendo no intuito de oferecer um rolê que eu sentia falta na cidade,“Mas depois que produzi a segunda edição da festa, fui me surpreenden-do pela receptividade da galera, principalmente negra.”

Empoderamento do jovem negro é importante pra mostrar que nós, ne-gros, somos tão capazes quanto qual-quer um. Autoafirmação da nossa estética e cultura em um ambiente de maioria negra é super importante também, a festa é como se fosse uma celebração de liberdade e acredito que influencia muitos outros jovens a se empoderar, também.

OVELHAS NEGRAS

Originado da junção de 3 amigas, Ludmila, Carol e Thatila. Ludmilla ja discotecava em algumas festinhas e nessa mesma vibe conheceu Carol e Thalita. Durante a gravação do se-gundo teaser do Batekoo as três pe-diram para tocar na festa, então foi sugerido por Mauricio (um dos ideali-zadores da festa) que fosse criado um trio. Desta forma nasceu as Ovelhas Negras (Lud: Por que somos), nome inspirado no blog da Ludmilla, o “Bla-ck Sheep”. No grupo, cada uma or-ganiza o set individualmente e vão

Empoderamento do jovem negro é importante pra mostrar que nós,

negros, somos tão capazes quanto

qualquer um

‘‘ ‘‘

combinando.