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Assistência ao Paciente em Tratamento Clínico ENDODONTIA Habilitação Profissional de Técnico em Saúde Bucal Módulo III Tatuí – 2018

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Assistência ao Paciente em Tratamento Clínico

ENDODONTIA

Habilitação Profissional de Técnico em

Saúde Bucal

Módulo III

Tatuí – 2018

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ÍNDICE

ENDODONTIA PG I. Definição................................................................................................................... 02 II. Anatomia da Cavidade Pulpar.................................................................................. 02 III. Sistema de Canais Radiculares............................................................................... 04 IV. Alterações Pulpares................................................................................................. 04 V. Diagnóstico da Vitalidade Pulpar............................................................................. 05 VI. Sequencia Clínica para o Tratamento Endodôntico................................................. 07 VII. Outros Instrumentos................................................................................................. 17 VIII. Sequência da Auxiliar em Saúde Bucal – Revisão.................................................. 18

BIBLIOGRAFIA ................................................................................................

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ENDODONTIA Popularmente conhecida como tratamento de canal, a endodontia é a especialidade que atua nos problemas relacionados à polpa dental (nervo) e as áreas perirradiculares. I. DEFINIÇÃO Endodontia é a ciência e a arte que envolve a etiologia, prevenção, diagnóstico e tratamento das alterações patológicas do endodonto e de suas repercussões na região apical e periapical e consequentemente no organismo. ENDODONTO – é representado por dentina, cavidade pulpar e polpa. REGIÃO APICAL E PERIAPICAL – cemento, ligamento periodontal e osso alveolar.

II. ANATOMIA DA CAVIDADE PULPAR A cavidade pulpar normalmente segue a anatomia externa do dente. É dividida em duas porções: 1º- PORÇÃO CORONÁRIA OU CÂMARA PULPAR: onde se aloja a polpa coronária. 2º- PORÇÃO RADICULAR OU CANAL RADICULAR: onde se aloja a polpa radicular. Biologicamente, dividi-se em: • Canal dentinário • Canal cementário

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O canal dentinário, onde se localiza a polpa dental, é o “campo de ação do endodontista”, tendo por limite apical a constrição entre estes dois canais, a união cemento-dentina-canal, conhecida como limite CDC.

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III. SISTEMA DE CANAIS RADICULARES A raiz radicular apresenta um canal principal com múltiplas ramificações. No caso de dentes com vitalidade pulpar, isto não constitui um motivo de grande preocupação, porque em polpas vivas a contaminação se dá de maneira mais superficial. Já, em dentes infectados ou com necrose pulpar, podem ser determinantes para o sucesso do tratamento.

IV. ALTERAÇÕES PULPARES Todo e qualquer estímulo faz com que o complexo dentino-pulpar reaja. As principais alterações pulpares são de origem inflamatória. Basicamente, apresentam-se dois aspectos: polpa com vitalidade pulpar e polpa sem vitalidade pulpar. Porém, existe todo um processo entre estas duas situações, que influencia diretamente na sintomatologia do paciente e no grau de contaminação do elemento dental. A realização das técnicas endodônticas está normalmente condicionada à situação em que se encontra a polpa dental no momento do tratamento, ou seja, o estágio pulpar atual influencia diretamente nas escolhas feitas pelo profissional.

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V. DIAGNÓSTICO DA VITALIDADE PULPAR

O diagnóstico da vitalidade pulpar é realizado através de anamnese, exames clínicos e radiográficos. Mas a coleta de informações inicia-se na maioria das vezes antes da consulta através da ASB, já que é ela que normalmente tem o primeiro contato com o paciente. Algumas perguntas podem ser feitas pela ASB com o intuito de verificar a urgência na marcação do horário, pois é obvio que pacientes com dor aguda devem ter prioridade no atendimento. Para isto perguntas básicas se fazem necessárias: • Sabe dizer qual dente dói? • Como é a sua dor? É espontânea ou desencadeada por estímulo quente ou frio? (a dor

espontânea indica um estágio de comprometimento mais avançado). • Quando começou a sua dor? A dor é intermitente ou apresenta intervalos? • Está tomando alguma medicação? A dor cede com o uso da medicação? • Durante a mastigação, dói mais? (a resposta afirmativa indica quadro avançado com

comprometimento periapical). Com estas repostas, o endodontista consegue perceber a gravidade do quadro e através de outros exames fazer o diagnóstico da vitalidade. A história médica do paciente é importante para qualquer atendimento, mas na endodontia a história dental também, considerando-se que o paciente possa ter sofrido algum trauma dental há tempos, ou mesmo que a dor dental já tenha ocorrido, pois, muitas vezes a dor é irradiada e o paciente não consegue distinguir qual dente apresenta dor. O exame clínico deve ser iniciado no momento em que o paciente adentra o consultório. Observar se o paciente apresenta assimetria facial advinda de

POLPA NORMAL

PULPITE REVERSÍVEL

PULPITE TRANSITÓRIA

PULPITE IRREVERSÍVEL

PERICEMENTITE NECROSE

AGUDA CRÔNICA

ABSCESSO DENTO-ALVEOLAR

CRÔNICO

GRANULOMA APICAL

CISTO PERIODONTAL APICAL

AGUDA

CRÔNICA

AGUDO

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edema ou traumatismo. Através do exame clínico intrabucal deve-se inspecionar os tecidos moles e tecidos duros. Nos tecidos moles procura-se abscesso periapical ou periodontal, fístula. Nos tecidos duros, dente escurecidos, restaurações extensas, e contatos oclusais traumáticos também devem ser observados. a) EXAME RADIOGRÁFICO O uso de radiografias no diagnóstico endodôntico apresenta algumas limitações e não deve ser considerado um exame conclusivo, já que alterações pulpares em fase inicial não são visíveis através desta. Na endodontia usamos a radiografia periapical e podemos observar através dela: • Presença de área radiolúcida (lesão apical). • Reabsorção interna e/ou externa. • Calcificação da câmara pulpar e/ou dos canais radiculares. • Envolvimento do periápice e/ou periodonto. • Nódulos pulpares. • Perda óssea e envolvimento de furca. • Fratura radicular.

b) TESTE DE PERCUSSÃO Feito com o cabo do espelho no sentido vertical e/ou horizontal, inicialmente testando os dentes laterais ao dente suspeito. Se o elemento apresentar comprometimento periapical, o paciente sentirá dor durante o teste. c) TESTE DE PALPAÇÃO Deve-se palpar a região do periápice do dente suspeito com o dedo indicador. Se o paciente sentir dor é evidente o comprometimento da região periapical d) TESTES TÉRMICOS O teste de calor feito com gutapercha aquecido ou águas aquecidas já caiu em desuso, mas o teste frio ainda é muito usado para determinar inflamação pulpar, principalmente os realizados com neve carbônica (endo ice; endo frost).

e) SONDAGEM PERIODONTAL Avalia as estruturas de suporte e determina o prognóstico de manutenção do dente na cavidade bucal após o tratamento endodôntico. f) TRANSILUMINAÇÃO É um método auxiliar na identificação de fraturas coronárias verticais, através da produção de sombras claras e/ou escuras, no nível da fratura. Esse método precisa ser complementado com sinais e sintomas do caso de suspeita de fratura dental.

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Ainda existem outros testes menos usados como: teste de mordida, teste elétrico e de fundo de cavidade, mas infelizmente, assim como os outros são pouco conclusivos. VI. SEQUÊNCIA CLÍNICA PARA O TRATAMENTO ENDODÔNTICO

1. RADIOGRAFIA INICIAL A tomada radiográfica será o início do tratamento. Para isso, a ASB irá preparar o paciente com a proteção do avental plumbífero. Terminada a tomada radiográfica, a ASB deverá revelar a radiografia e levá-la ao CD.

Material utilizado : - película radiográfica, acompanhada do posicionador radiográfico. - caixa reveladora contendo solução de revelação, água e solução de fixação. - colgaduras. 2. ANESTESIA A anestesia é um passo muito importante no tratamento endodôntico, porque muitas vezes o paciente já chega com dor, então é necessário uma boa técnica e um bom anestésico. Em primeiro lugar, aplicar o anestésico tópico ou de superfície, em seguida a anestesia infiltrativa e/ou regional e se necessário aplicar anestesia complementar (intra-pulpar e/ou intra-ligamentar). Nesta etapa, a ASB poderá repor o tubete de anestésico, caso o CD venha necessitar. Instrumental utilizado: -exame clínico, composto por: pinça clínica, espelho e explorador -cotonete ou bolinha de algodão com anetésico tópico -seringa carpule montada com o tubete do anestésico selecionado pelo CD e agulha gengival curta ou longa.

3. ABERTURA CORONÁRIA É a fase de acesso a câmara pulpar. O dente deve estar livre de tecido cariado ou restaurações com infiltração marginal. A abertura coronária deve oferecer um acesso direto ao canal radicular e preservar a parede cervical (assoalho). Na fase da abertura coronária, a ASB irá auxiliar sugando a saliva, água do alta rotação e afastando os tecidos adjacentes. Instrumental utilizado: Além dos instrumentos de exame clínico como espelho, pinça, explorador e sonda especial para canal, são utilizadas brocas de alta rotação e para contra-ângulo. - BROCAS PARA ALTA ROTAÇÃO:

• 699, 700 L – brocas em aço inox;

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• Endo Z – ref. 152 Maillefer – não tem corte na ponta • 1011, 1012, 1013, 1014 e 1015 diamantadas • 2082, 3083, 3080 – tronco cônica de ponta inativa • Endo Acess bur – ref. 164 Maillefer, nº 1 – tronco cônica com esférica na ponta.

- BROCAS PARA CONTRA-ÂNGULO • Batt – ref. 41 Maillefer , nº 4 (012) e 5 (014) • LN – ref. 205 Maillefer, com 28 mm • Esféricas com intermediário longo, com 28 mm, nº 2 e 4

4. ISOLAMENTO ABSOLUTO

Quando adequadamente empregado, o uso do isolamento absoluto na terapia endodôntica proporciona: • Prevenção da contaminação do campo por saliva, sangue ou outros fluidos tissulares; • Manutenção da cadeia asséptica em todas as fases do tratamento; • Campo operatório seco, limpo e passível de desinfecção; • Diminuição da possibilidade de infecção cruzada; • Proteção do paciente contra possível aspiração ou deglutição de detritos, fragmentos de dente e restaurações, de instrumentos, brocas, soluções químicas ou anti-sépticas; • Torna o tratamento endodôntico mais fácil e rápido, aumentando a produtividade; • Visibilidade melhorada do campo operatório; • Retração e proteção dos tecidos moles; • Redução da fadiga do operador, aumentando a eficiência; • Contenção da língua e bochechas em seus movimentos. Ao se fazer o isolamento do dente, a ASB irá oferecer ao CD o material utilizado para este fim, para que o procedimento se torne mais ágil e rápido.

Instrumental utilizado:

- Diques de borracha - Arco de Ostby (plástico) ou Arco de Young (metálico)

- Pinça porta-grampos de Brewer ou tipo Ivory e/ou Alicate de Palmer: são utilizadas para levar o grampo ao dente.

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- Perfurador de Ainsworth

-Grampos endodônticos:

- Grampos S. S. White

Anteriores: 210, 211, 212. Pré-molares: 206, 207, 208, 209 Molares: 200, 201, 202, 203, 204, 205

- Grampos tipo Ivory Anteriores: 00, 1, 1 A, 2 Pré-molares: 1, 1 A, 2 Molares: 14, 14 A, 5, 8

- Grampos Hygienic Anteriores: 9, 9W Pré-molares pequenos: 00, W 00 Pré- molares grandes e molares decíduos: 2, 2 W Pré-molares: 2 A, W2A Molares inferiores: 7, W7 Molares superiores: 8, W8 Molares irregulares e parcialmente erupcionados: 8 A, W8 A, 14, W14 A, 3, W3, W56

5. ODONTOMETRIA

A odontometria é a etapa do tratamento endodôntico em que será obtido o comprimento de trabalho do canal a ser tratado. Nesta fase, a ASB poderá auxiliar, facilitando as tomadas radiográficas, assim como a revelação das películas. Estando já determinado o comprimento de trabalho, a ASB deverá realizar a marcação das medidas ditadas pelo CD, assim como as referências utilizadas, no prontuário do paciente. A odontometria pode ser feita através do método de radiografias, e também por localizadores apicais. Os localizadores apicais são aparelhos eletrônicos que auxiliam na determinação do comprimento de trabalho do canal radicular. A montagem da alça do aparelho também será feita pela ASB.

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Instrumental utilizado: filmes radiográficos, limas, régua milimetrada e localizador apical.

6. PREPARO BIOMECÂNICO O preparo biomecânico convencional é realizado através de instrumentação dos canais radiculares com limas, complementada pela irrigação e sucção com soluções com função antisséptica e/ou limpeza mecânica. Assim sendo, podemos dividir didaticamente: • Meios químicos: substâncias ou soluções irrigadoras. • Meios físicos: compreende o ato da irrigação simultaneamente com a aspiração da solução

irrigadora. • Meios mecânicos: através da ação principalmente de limas.

a) MEIOS QUÍMICOS: SOLUÇÕES IRRIGADORAS:

São agentes de limpeza que auxiliam a: • Eliminar restos pulpares, sangue, raspas de dentina e restos necrosados. • Diminuir a flora bacteriana. • Umedecer e lubrificar as paredes dentinárias, facilitando a instrumentação. • Remover a camada residual (smear layer). • Através do uso de soluções quelantes, favorecer o contato dos medicamentos usados e permitir a

retenção dos cimentos obturadores.

As soluções irrigadoras irão “banhar” os condutos durante a instrumentação. Seu uso será constante, e, portanto a ASB deverá estar atenta para a reposição das soluções durante o seu uso. - HIPOCLORITO DE SÓDIO Ainda é a solução irrigadora mais usada. Sua concentração pode variar entre 0,5% (líquido de Dakin), 1,0 (Solução de Milton), 2,5% (Labarraque) e 4-6% (soda clorada). Essa substância tem um alto poder germicida rápido e possui ação de solvente sobre os tecidos necróticos, pus e exsudatos. A técnica de utilização mais empregada é a de Paiva e Antoniazzi, na qual a solução é aplicada através de seringa Luer com cânulas irrigadoras e a instrumentação feita com creme Endo PTC. - SOLUÇÃO DE CLOREXIDINA Atualmente é a forma de gel a 2% é a mais usada. Possui alta eficiência antimicrobiana e efeito residual por até 72 horas após o preparo biomecânico.

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É aplicada por seringas descartáveis e após a instrumentação feita à aspiração com o auxilio de soro fisiológico. - SOLUÇÕES QUELANTES Denominam-se quelantes as substâncias que tem a propriedade de fixar íons metálicos de um determinado complexo molecular. A dentina é um complexo molecular, em cuja composição figura íons de cálcio. O EDTA (ácido etileno diamino tetracético) é um quelante específico para íons cálcio. Ele promove o amolecimento da dentina e facilita a remoção de depósitos minerais. -DETERGENTES A palavra detergente vem do latim detergere, e significa lavar. Atuam no processo de lubrificação, emulsificação e dispersão para melhor contato do material obturador. O mais utilizado é o Tergensol (laurildietilenoglicol éter sulfato de sódio a 1,25%). -OUTRAS SOLUÇÕES IRRIGADORAS:

• Água de cal (água de hidróxido de cálcio) – usado principalmente em biopulpectomias pelo grande poder hemostático.

• Água oxigenada (peróxido de hidrogênio) – também utilizada principalmente nas biopulpectomias para a remoção do sangue infiltrado nos canalículos da coroa dental, prevenindo a perda da cor natural.

• Ácido cítrico – alternativa de uso na remoção da camada residual. • Eucaliptol- solução utilizada na desobturação dos canais radiculares nos casos de retratamento.

Promove o amolecimento do cimento e gutapercha facilitando assim a entrada da lima e a remoção mecânica destes materiais.

b) MEIOS FÍSICOS: IRRIGAÇÃO/ ASPIRAÇÃO:

Durante o preparo biomecânico, a irrigação/aspiração é o meio pelo qual, pela força das pressões impostas pela solução de irrigação e pela aspiração, os resíduos existentes no conduto radicular são removidos. Para o ato de irrigação/aspiração, a cânula aspiradora sempre será levada ao dente juntamente com a solução irrigadora. A ASB é quem levará às mãos do CD a cânula de aspiração,enquanto a solução irrigadora estará sendo introduzida pelo profissional.

Cânula de aspiração seringa de irrigação c) MEIOS MECÂNICOS : INSTRUMENTOS PARA PREPARO DOS CANAIS:

Os instrumentos endodônticos são utilizados para a limpeza e modelagem dos canais radiculares, complementadas com a irrigação e aspiração de soluções irrigadoras.

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Dentro da limpeza, destaca-se a remoção de tecido pulpar, restos necróticos, microorganismos, seus produtos e subprodutos. A modelagem tem como objetivo a ampliação do conduto radicular, respeitando, ao máximo, a sua anatomia original. Dentro desta etapa do tratamento endodôntico, a ASB irá separar o conjunto de limas que poderão ser utilizados no tratamento, deixando-os sobre a mesa auxiliar. Todas as limas deverão estar acompanhadas do “stop”. A ASB também colocará as limas nas medidas do comprimento de trabalho, se o CD assim solicitar. Esta etapa deverá ser feita com a máxima atenção, pois as medidas não podem ser aproximadas, mas deverão ser exatas, para que não haja comprometimento no sucesso do tratamento endodôntico. Os instrumentos endodônticos são estandardizados, assim sendo, seja qual for sua origem, são sempre construídos dentro de medidas padronizadas que inclui numeração, cor do cabo, diâmetro e comprimento da parte ativa. A estandardização se aplica hoje a todos os instrumentos manuais ou mecânicos (alargadores, limas tipo K ou hedstroen, aos compactadores, cones de guta-percha, etc.)

A correlação entre o número dos instrumentos, seu diâmetro, a cor do seu cabo e a série a que pertencem, encontram-se abaixo:

NÚMERO

COR

SÉRIE

06 Rosa 08 Cinza 10 Roxo 15 Branco 20 Amarelo 25 Vermelho 30 Azul 35 Verde 40 Preto 45 Branco 50 Amarelo 55 Vermelho 60 Azul 70 Verde 80 Preto 90 Branco

100 Amarelo 110 Vermelho 120 Azul 130 Verde 140 Preto

Os instrumentos estandardizados são disponíveis em diferentes comprimento, sendo de acordo com as recomendações internacionais de 21 mm, 25 mm, 28 mm e 31mm. Os de 21 e 25 mm são os mais usados, enquanto os de 28 e 31 mm são recomendados para caninos. Os cabos de plásticos coloridos, além de serem anatômicos, facilitam a identificação.

Especial

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TIPOS DE INSTRUMENTOS a) LIMAS As limas mais úteis e usadas são: limas tipo Kerr e limas tipo Hedstroen. Todas elas são acompanhadas de cursores ou stops, cuja função é a de marcar a medida de trabalho na instrumentação dos canais radiculares. • Limas tipo Kerr

• Limas tipo Hedstroen

• Limas Flexofile.

• Limas K-Flex • Limas Tri File • Limas Flex-R • Limas Golden Médium

São instrumentos com diâmetros intermediários de 0,12, 0,17, 0,22, 0,27, 0,32, 0,37 e com design igual à Flexofile.

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• Limas Manuais em Níquel-Titânio - Nitiflex

b) BROCAS DE LARGO E BROCAS DE GATES São instrumentos rotatórios com pescoço longo usados em contra-ângulo para remover interferências nos terços cervical e médio das paredes do canal, facilitando o preparo dos mesmos.

c) LIMAS ROTATÓRIAS São empregadas em contra-ângulo com velocidade reduzida e constante, que associada ao movimento de vai-e-vem auxilia no rápido preparo do canal. Os instrumentos rotatórios são fabricados por diversas indústrias e cada uma fez a sua própria alteração no “design” e também oferecem aumento na conicidade por milímetro de comprimento de sua parte ativa.

- INSTRUMENTOS AMPLIADORES • Alargadores • Apical Reamer

- OUTROS INSTRUMENTOS COM PEGA DIGITAL • Extirpa Nervos • Abridor de Orifício • Espaçador Digital 7. MEDICAÇÃO INTRACANAL Após a realização da instrumentação, quando o canal será obturado numa próxima sessão, é realizado um “curativo de demora”, utilizando a medicação intracanal. Esta medicação tem por objetivo tornar o sistema de canais radiculares um meio impróprio ao desenvolvimento bacteriano. Para isso, a ASB deve separar as pontas de papel absorvente e, logo em seguida, preparar a medicação selecionada pelo CD. O tipo de “curativo de demora” utilizado se diferencia de acordo com o estado pulpar.

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* Biopulpectomias: Nas biopulpectomias o tratamento em sessão única é bem indicado, no entanto, isto depende diretamente do aprimoramento técnico e organização do profissional. As substâncias mais utilizadas atualmente como “curativo de demora” em casos de biopulpectomia são:

- HIDRÓXIDO DE CÁLCIO (ex: Calen)

Inserido nos canais radiculares, através da seringa ML, montada com agulha longa. A ASB irá lubrificar a agulha com o tubete de vaselina, e trocá-la pelo tubete de pasta Calen.

- GEL DE CLOREXIDINA A ASB deverá separar a bolinha de algodão estéril, para sua utilização. - CORTICOSTERÓIDE / ANTIBIÓTICO (ex: otosporin, maxidex). A ASB deverá separar a bolinha de algodão estéril, para sua utilização. * Necropulpectomias: O tecido pulpar necrótico permite livre acesso de microorganismos ao canal radicular, encontrando ali, condições ideais para proliferação e propagação. Dividimos a necrose pulpar em dois estágios: - Necro I – sem lesão periapical - Necro II – com lesão periapical Isto se dá, pelo fato de que no elemento com reação periapical as bactérias não se limitam apenas à luz do canal radicular, mas sim, invadem a massa dentinária e as demais regiões anatômicas adjacentes. Esse quadro ressalta a importância do tratamento do chamado “sistema de canais radiculares” dos dentes despolpados e infectados com reação periapical de longa duração. As substâncias mais utilizadas nos casos de necropulpectomia são:

- HIDRÓXIDO DE CÁLCIO ( pasta Calen e Calen PMCC em Necro II) A pasta de Hidróxido de Cálcio também poderá ser manipulada com Hidróxido de Cálcio P.A., juntamente com um veículo, e levada ao conduto através do lentulo e baixa rotação.

- GEL DE CLOREXIDINA -FORMOCRESOL,EUGENOL,CRESATINA E P-MONOCLOROFENOL CANFORADO

OBS: A ASB deverá seguir as recomendações citadas acima, nos procedimentos das biopulpectomias.

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8. OBTURAÇÃO Obturar um canal radicular significa preenchê-lo em toda sua extensão com um material inerte ou antisséptico que sele, permanentemente, da maneira mais hermética possível, não interferindo e, de preferência, estimulando o processo de reparo apical e periapical que deve ocorrer após o tratamento endodôntico. Para iniciar a obturação dos canais, a ASB irá separar o EDTA, para que o CD realize a remoção da camada residual, durante 3 minutos.

Em seguida, será feita a irrigação/aspiração e secagem dos condutos com pontas de papel absorvente.

O cone principal será selecionado de acordo com a lima memória, sendo desinfetado e levado ao conduto, para a realização da radiografia de seleção do cone. A ASB sempre deve estar atenta e ajudar na seleção e desinfecção dos cones, como também nos procedimentos radiográficos.

Em seguida inicia-se a manipulação do cimento, que deve se apresentar numa consistência lisa e homogênea. O cone principal é então levado juntamente com o cimento ao conduto, assim como os cones secundários (acessórios), sendo intercalados pela introdução do espaçador digital. Esta manobra será repetida até que todos os espaços estejam fechados e o conduto selado. Em seguida realiza-se a radiografia da prova da obturação. O próximo passo é o corte da obturação, que será feito com o uso da lamparina acesa, juntamente com os Calcadores de Paiva. A ASB deverá conferir com antecedência se a lamparina está cheia de álcool, e acedê-la, para que o corte dos cones seja iniciado.

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Terminado o corte, uma bolinha de algodão será molhada no álcool para a limpeza dos resíduos do cimento e será feito o selamento provisório (guta percha+ IRM), (somente IRM), (cimento de ionômero de vidro). Existe uma grande variedade de materiais para obturação dos canais no comércio. A escolha do cimento obturador depende muito da preferência de cada profissional. Alguns exemplos são: • À base de óxido de zinco e eugenol – Pró-canal, Endofill, Endomethasone. • Á base de hidróxido de cálcio – Sealer 26, Sealapex, Apexit. • À base de resinas plásticas – AH26, AH Plus, Topseal. • À base de ionômero de vidro – Ketac-Endo.

9. RADIOGRAFIAS Tomadas radiográficas de qualidade na Endodontia são fundamentais, já que é principalmente através delas que se baseia o tratamento endodôntico. Atualmente as tomadas radiográficas digitais são mais nítidas. Normalmente são realizadas cinco tomadas radiográficas por tratamento: - inicial, - odontometria, - prova do cone, - prova da obturação e - final VII - OUTROS INSTRUMENTOS

1. APARELHOS SÔNICOS E ULTRASSÔNICOS São aparelhos usados como coadjuvantes na instrumentação manual, auxiliando consideravelmente na limpeza dos canais. Consiste no uso combinado e simultâneo da lima endossônica com a ativação ultrassônica da solução irrigadora (soro, água ou hipoclorito), produzindo desta forma a cavitação dessa solução. 2. INSTRUMENTAÇÃO COM EQUIPAMENTOS ESPECIAIS MOVIDOS A MOTOR

• Motores endodônticos e contra ângulos redutores Além de diversas marcas de motores para utilização das limas rotatórias, também podemos considerar os contra ângulos redutores.

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• Radiografia dental digital Através deste método consegue-se uma grande redução da dosagem de radiação. Outra vantagem é a economia de tempo, pois este sistema elimina a necessidade de revelação e fixação da película. VIII. SEQUÊNCIA DE TRABALHO DA AUXILIAR EM SAÚDE BUCAL - REVISÃO A auxiliar de Saúde Bucal (ASB) deve conduzir o paciente à sala de atendimento e à cadeira odontológica e em seguida, colocar o protetor impermeável e entregar um guardanapo. O próximo passo é pedir para o paciente fazer bochecho com soluções antissépticas durante 1 minuto. O material clínico deve estar separado: - seringa carpule - espelho clínico - explorador nº 5 reto e curvo - espátula para inserção de cimento provisório - pinça clínica - escavadores de dentina - régua milimetrada - sugador - cânula aspiradora - intermediário metálico - posicionadores radiográficos convencionais e para endodontia - grampos para radiografia - películas radiográficas

Após anamnese o CD inicia o atendimento a partir da anestesia. Com o paciente já anestesiado, dá-se inicio ao tratamento endodôntico propriamente dito. Nesta fase a ASB deve proceder normalmente como em qualquer intervenção clínica, aspirando saliva, afastando e protegendo a língua e demais tecidos da cavidade bucal. Em seguida é realizado o isolamento absoluto, onde o mesmo já deve estar previamente preparado pela ASB. - grampos para isolamento - arco de Ostby ou de Young - lençol de borracha - perfurador de lençol de borracha - pinça porta-grampos (Palmer) - tesoura reta - fio dental - rolos de algodão e gaze A ASB seleciona as limas a serem usadas de acordo com a especificação do CD e as prepara no comprimento que o CD julgar correto. A medida é realizada através de cursores de borracha e régua milimetrada. Estas limas devem ser colocadas em recipiente contendo hipoclorito de sódio. È importante ressaltar a importância da precisão na medida realizada pela ASB, pois 0,5 mm fazem diferença no tratamento endodôntico, podendo levar ao insucesso. A maneira de armazenar as limas endodônticas é particular de cada CD, existem caixas de inox específicas para endodontia, organizadores de limas e pacotes autoclavaveis individuais, porém os grupos devem permanecer juntos. Exemplo: - pacote 1: lima tipo K , 21mm de 15 a 40 (1ª série) - pacote 2: lima tipo K, 21mm de 45 a 80 (2ª série) Também faz parte dos materiais da fase de preparo biomecânico: - seringas descartáveis ou tipo Luer lock - soluções irrigadoras A ASB deve estar atenta à reposição das soluções irrigadoras nas seringas.

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Após o preparo dos canais, o CD pode optar pela obturação ou pela medicação intracanal se ele julgar necessária uma nova intervenção. No caso do uso de medicação intracanal, a ASB deve prepará-la, enquanto o CD procede à secagem dos canais com pontas de papel absorvente. Em seguida, é inserida a medicação, e uma bolinha de algodão estéril é colocada na entrada dos canais. Muitos CD têm por hábito colocar uma porção de gutapercha aquecida antes do material selador, devendo a ASB então, acender a lamparina, separar a gutapercha em bastão e a espátula de inserção. Depois se procede o selamento provisório com o material de escolha do CD, previamente separado e espatulado mas, se o CD optar pela obturação do canal, a ASB prepara o cimento obturador de canal em placa de vidro despolida e espátula flexível, enquanto isso o CD seca o canal com cone de papel absorvente. A placa com cimento deve ser segurada próxima ao dente em tratamento. Material para obturação: - espátula flexível - placa despolida - cimento obturador de canais - cones de papel - cones de gutapercha - gilete ou bisturi - condensadores manuais de Paiva - lamparina - espátula de inserção - algodão - cimento provisório ou resina - papel carbono Durante o tratamento endodôntico são realizadas diversas radiografias, e a ASB sempre coloca o avental de proteção plumbífera junto com o protetor de tireóide no paciente. Em seguida deve aproximar o aparelho de raios X, onde o endodontista vai posicionar o cone. O próximo passo é a revelação do filme periapical pela ASB que deve remetê-lo o mais rápido possível ao CD. Após a obturação do canal, a ASB acende a lamparina para a remoção do excesso de gutapercha com os calcadores de Paiva. Em seguida, a ASB segura um pote Dappen com álcool para completar a limpeza da cavidade. Finalizando, a ASB prepara o selamento provisório ou o material para resina e separa o papel carbono para que o CD verifique a oclusão. Vale lembrar que, durante toda sessão, a ASB é responsável pelo controle de saliva do paciente, seja ela no interior da cavidade bucal, ou na região do dente isolado; se houver infiltração através do isolamento absoluto, a ASB deve estar vigilante para que a saliva não penetre na câmara pulpar, prejudicando o tratamento.

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10 - Porta, K. et al. - Guia Visual de Endodontia.1ª ed., São Paulo: Editora Santos, 2003. 11 - Trowbrigde, H.O., Emling, R.C. INFLAMAÇÃO: Uma Revisão do Processo. 4ª ed. Quintessence Editora Ltda, 1996

Sites visitados: 1 - http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23135/tde-08072004-094213/publico/TeseToda.pdf

2 - http://www.forp.usp.br/restauradora/endodontia/temas/instrumental/instrumental_dig_pec.html 3 - www.odontobio.kit.net/rdc50.htm