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A ASSEMBLÉIA ESPIRITUAL LOCAL UMA INSTITUIÇÃO DA ORDEM ADMINISTRATIVA BAHA'[ COMPILADO PELA CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA

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A ASSEMBLÉIA ESPIRITUAL

LOCAL

UMA INSTITUIÇÃO DA ORDEM ADMINISTRATIVA BAHA'[

COMPILADO PELA CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA

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A ASSEMBLÉIA ESPIRITUAL LOCAL

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A ASSEMBLÉIA ESPIRITUAL LOCAL

UMA INSTITUIÇÃO DA ORDEM ADMINISTRATIVA BAHÁ'f

COMPILADO PELA CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA

ASSEMBLÉIA ESPIRITUAL NACIONAL DOS BAHÁÍSDO BRASIL

EDITORA BAHÁ'f DO BRASIL Rua Engenheiro Gama Lobo, 267

Rio de Janeiro

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I.» Edição 1970

2 a Edição 1979

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Í N D I C E

A Assembléia Espiritual Local

I. Estabelecimento e Posição

II. Membros — Qualificações, Eleição

III. A Consulta em Conjunto — Funções

IV. Freqüência e Demissão . . .

V. Assembléia — Relação com os Crentes

VI. Crentes — Relação com a Assembléia .

VII. Perspetivas para o Futuro . .

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A ASSEMBLÉIA ESPIRITUAL LOCAL (Uma compilação)

À medida que a Ordem Administrativa Bahá'í se expande rapidamente através do mundo, incumbe a cada um associado com ela familiarizar-se com seus princípios, compreender sua importância e colocar em prática seus princípios.

Somente quando os membros individuais das Assembléias Espirituais Locais se aprofundarem nas verdades fundamentais da Fé e na aplicação apropriada dos princípios que governam a operação da Assembléia, esta instituição crescerá e se de­senvolverá no sentido de todo o seu potencial.

é porque os princípios da Administração Bahá'í são novos para tantos que agora estão sendo chamados para servirem como membros das Assembléias Espirituais Locais que senti­mos a necessidade de tornar disponíveis, de forma resumida, alguns dos trechos e instruçõe apropriados.

Nenhuma tentativa tem sido feita para seunir uma compi­lação completa dos escritos de Bahá'u'lláh, Abdu'1-Bahá e Sho-ghi Effendi, mas esperamos que os excertos aqui contidos sejam suficientes como uma introdução para um estudo mais profundo do assunto, e que levem a um funcionamento mais eficiente das Assembléias Espirituais Locais em todas as partes.

Agosto de 1970.

A CASA UNIVERSAL DE JUSTIÇA

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I. ESTABELECIMENTO E POSIÇÃO

"O Senhor ordenou que em cada cidade fosse estabelecida uma Casa de Justiça onde se reunissem consultores em número de Bahá (9). . . Compete-lhes serem os fidedignos do Misericor­dioso entre os homens e considerarem-se a si próprios guar­diães designados por Deus para todos os que habitam na terra."

(Do Kitab-i-Aqdas, citado em Administração Baháí, pág. 21.)

"Dirigindo-se às nações, a Antiga Beleza ordena que em toda cidade do mundo uma casa seja estabelecida em nome da justiça, onde se reunirão almas puras e fiéis, em número do Nome Supremo (9). Nessa reunião deveriam sentir-se como se estivessem entrando na presença de Deus, uma vez que este mandamento obrigatório emanou da Pena Daquele Que é o Ancião dos Dias. Os olhares de Deus são dirigidos a essa Assembléia."

(Bahá'u'lláh, de uma Epístola traduzida recentemente).

" 'Abdu'l-Bahá está constantemente em comunicação ideal com qualquer Assembléia Espiritual instituída através da graça divina, e cujos membros estejam no máximo grau de devo­ção, volvendo-se para o reino divino e firmes no Convênio. A eles está Ele ligado intimamente e com eles unido por laços eternos."

('Abdu'l-Bahá, publicado em Baháí World Faith, páginas 410-411.)

"Essas Assembléias Espirituais são auxiliadas pelo Espí­rito de Deus. Seu defensor é 'Abdu'1-Bahá. Sobre elas estende Ele Suas asas. Qual a graça maior que esta?... Essas Assem­bléias Espirituais são lâmpadas brilhantes e jardins celestiais das quais as fragâncias de santidade se difundem sobre todas as regiões, e as luzes do conhecimento são derramadas sobre todas as coisas criadas. Delas o espírito da vida flue em todas as direções. Elas, em verdade, são as fontes poderosas do pro­gresso do homem, em todos os tempos e sob todas as con­dições."

('Abdu'1-Bahá, citado em Presença de Deus.)

" . . . é da máxima importância que, de acordo com o explí­cito texto do Kitáb-i-Aqdas, o Mais Sagrado Livro, em cada localidade, seja cidade ou aldeia, onde o número de declarados

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crentes adultos (21 anos ou mais) excede nove, (1) uma Assem­bléia Espiritual Local seja estabelecida em seguida. A esta todos os assuntos locais referentes à Causa devem ser sub­metidos direta e imediatamente para plena consulta e decisão. A importância, ainda mais, a absoluta necessidade dessas Assembléias locais está manifesta quando compreendemos que nos dias vindouros elas evoluirão para se tornarem Casas Lo­cais de Just iça.. ."

(Shoghi Effendi, Bahá'í Administration, página 37.)

"Recordemos Sua afirmativa explícita muitas vezes repe­tida de que cada Assembléia eleita naquela atmosfera rare-feita de abnegação e desprendimento é, em verdade, nomeada por Deus, que seu veredicto é verdadeiramente inspirado, que todos sem exceção deveriam submeter-se à sua decisão, con­tentes e sem reservas."

(Shoghi Effendi, Bahái Administration, página 65.

"Designadas como 'Assembléias Espirituais' — nome este que deve no decorrer do tempo ser substituído pelo seu título permanente e mais descritivo de 'Casas de Justiça', o qual lhes foi conferido pelo Autor da Revelação Bahá'í — instituídas, sem nenhuma exceção, em cada cidade, município e aldeia onde re­sidem nove ou mais crentes adultos; eleitas anual e diretamente no primeiro dia do maior Festival Bahá'í, por todos os crentes adultos, homem e mulher igualmente, investidas de uma auto­ridade que os isenta de responsabilidade pelos seus atos e decisões àqueles que os elegem, solenemente comprometidos a seguir, sob todas as condições, os da "Maior Justiça", a única que pode introduzir o reinado da "Maior Paz", a qual Bahá'u.lláh proclamou e afinal haverá de estabelecer; incum­bidas da responsabilidade de promover em todos os tempos os melhores interesses das comunidades dentro de sua jurisdição, convidá-la a oferecer quaisquer recomendações que queiram fazer; sustentadas por fundos locais aos quais todos os crentes de familiarizá-las com seus planos e suas atividades, e de contribuem voluntariamente, essas Assembléias, os represen­tantes e guardiães da Fé de Bahá'u'lláh... têm demonstrado abundantemente, em virtude de suas realizações, seu direito de serem consideradas os principais tendões da sociedade bahá'í, bem como o alicerce final de sua estrutura adminis­trativa."

(Shoghi Effendi, God Passes By, página 331.)

"Que as Assembléias Espirituais de hoje serão substituí­das, em devido tempo, pelas Casas de Justiça e são, para todos os efeitos, corpos idênticos e não separados, é confir­mado abundantemente pelo próprio 'Abdu'l-Bahá. De fato, nu­ma Epístola dirigida aos membros da primeira Assembléia Espi-

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ritual de Chicago, o primeiro corpo bahá'l eleito instituído nos Estados Unidos. Ele se referiu a eles como os membros da "Casa de Justiça" para aquela cidade, e assim com Sua pró­pria pena estabeleceu, além de qualquer dúvida, a identidade das atuais Assembléias Espirituais Bahá'ís com as Casas de Justiça mencionadas por Bahá'u'lláh. Por razões não tão difí­ceis de descobrir, foi considerado aconselhável conferir aos representantes eleitos das comunidades bahá'ís do mundo intei­ro designação temporária de Assembléias Espirituais, termo este que, à medida que a posição e os objetivos da Fé Bahá'í venham a ser melhor compreendidos e mais plenamente reco­nhecidos, pouco a pouco será suplantado pela permanente e mais apropriada designação de Casa de Justiça."

(Shoghi Effendi, World Order of Bahá'u'lláh, páginas 6 e 7.)

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II. MEMBROS — QUALIFICAÇÕES, ELEIÇÃO

"Se dirigirmos nosso olhar às altas qualificações dos mem­bros das Assembléias Bahá'ís... sentir-nos-emos desmereci­dos e desalentados e ficaríamos realmente desanimados não fosse pelo pensamento confortador de que, se nos levantarmos para desempenhar nobremente nosso papel, toda deficiência em nossas vidas será mais que compensada pelo espírito de Sua graça e Seu poder, que tudo vence. Incumbe, pois, conL

siderar, sem o mínimo traço de paixão e preconceito, e inde­pendentemente de qualquer consideração material, os nomes de somente aqueles que possam melhor combinar as necessá­rias qualidades de lealdade inquestionável, abnegada devoção, de uma mente bem-treinada, de capacidade reconhecida e experiência madura."

(Shoghi Effendi, Bahá'í Administration, página 88.)

"Com referência a sua próxima pergunta sobre as quali­ficações dos membros da Assembléia Espiritual, há uma dis­tinção de importância fundamental que deveria sempre ser lembrada neste assunto, e esta é entre a assembléia espiritual como instituição e as pessoas que a compõem. Estas de modo algum deveriam ser julgadas perfeitas, nem devem ser consi­deradas inerentemente superiores aos demais companheiros de crença. É exatamente porque estão sujeitos às mesmas limi­tações humanas que caracterizavam os outros membros da comunidade que eles devem ser eleitos cada ano. A existência de eleições é suficiente prova de que membros de uma assem­bléia, embora formem parte de uma instituição que é divina e perfeita, são, eles mesmos, imperfeitos. Não quer isso dizer necessariamente, porém, que o julgamento seja deficiente. Pois assim como 'Abdu'1-Bahá tem frisado repetidamente, as assem­bléias bahá'is são guiadas e protegidas por Deus. As eleições, especialmente quando anuais, dão à comunidade uma boa opor­tunidade para remediar qualquer defeito ou imperfeição de que a assembléia possa sofrer em conseqüência das ações de seus membros. Assim se tem estabelecido um método seguro pelo qual se pode continuamente elevar e melhorar a qualidade de membro nas assembléias Bahá'ís. Como já expusemos, entre­tanto, a instituição da assembléia espiritual sob nenhuma cir­cunstância deve ser identificada com as qualificações pessoais

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dos membros que a compõem, nem meramente por estes deve ela ser avaliada."

(De uma carta datada em 15 de novembro de 1935, escrita em nome de Shoghi Effendi a um crente individual.)

"Sinto que a referência a personalidades antes da eleição motivaria malentendidos e divergências. O que os amigos de­vem fazer é conhecerem bem uns aos outros, trocarem opiniões associarem-se livremente e tratarem entre si dos requisitos e qualificações de membro, sem nenhuma referência ou apli­cação, por indireta que seja, a indivíduos particulares. Deve­mos abster-nos de influenciar a opinião dos outros ou de tra­balhar pela eleição de qualquer indivíduo especial; antes, de­vemos frisar a necessidade de adquirir pleno conhecimento das qualificações de membros citadas nas Epístolas de nosso Bem-Amado e de conhecermos mais a fundo uns aos outros atra­vés de experiência pessoal direta, e não pelos comentários e opiniões dé nossos amigos."

(Shoghi Effendi, de Principies of BaháM Administration, pá­gina 46.)

"Essas Assembléias Espirituais Locais terão de ser eleitas diretamente pelos amigos, e todo crente declarado de vinte e um anos ou mais, longe de se manter afastado e de assumir uma atitude indiferente ou independente, deveria considerar como seu dever sagrado participar conscienciosa e diligente­mente na eleição, na consolidação e no funcionamento eficien­te de sua própria Assembléia Local."

(Shoghi Effendi, Bahá'í Administration, páginas 39.)

"a prática da nomeação, tão prejudicial à atmosfera de uma eleição silenciosa e em atitude de prece, é vista com desconfiança, uma vez que. . . aquele direito divino de cada eleitor, o de votar somente a favor daqueles que, segundo sua conscienciosa convicação, sejam os candidatos mais dignos...

" . . . o eleitor... tem o dever de votar somente naqueles que a prece e a reflexão o tenham inspirado a apoiar."

(Shoghi Effendi, BaháM Administration, página 136.)

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III.. A CONSULTA EM CONJUNTO — FUNÇÕES

"Incumbe-lhes a consulta em conjunto e a consideração dos intersses dos servos de Deus, por amor a Ele, assim como consideram seus próprios interesses, e devem escolher o que seja apropriado e digno. Assim o Senhor vosso Deus vos ordenou. Acautelai-vos de rejeitar o que está revelado clara­mente em Sua Epístola Temei a Deus, ó vós que percebeis."

(Do Kitáb-i-Aqdas, citado em Bahá'i Administration, p. 21,)

"Enquanto em sessão, compete-lhes conversarem no inte­resse dos servos de Deus, sobre assuntos relativos à questões e afazeres do público. Por exemplo, ensino da Causa de Deus deve ter precedência, pois é assunto de suprema importância, de modo que todos os homens possam, assim, entrar no pavi­lhão da unidade e todos os povos da terra possam ser consi­derados como um só corpo...

"O ensino da Causa deve ser visto de acordo com as condições da época e dos tempos, a fim de que se possa jul­gar qual é o curso mais apropriado para ser seguido. Outros assuntos também devem ser tratados do mesmo modo. Devem, entretanto, tomar cuidado para que nada ocorra que seja con­trário aos versículos divinos que se fizeram descer nesta glo­riosa Manifestação, pois nada a não ser o que tenha sido prescrito pelo Verdadeiro — exaltada seja Sua glória — ser­viria os interesses de Seus servos. Ele, verdadeiramente, é Quem sabe, e de tudo está bem informado.

"Se essas almas se conformarem com as condições pres­critas, serão, em verdade, auxiliadas pelas Suas dádivas invi­síveis. Isso, verdadeiramente, é algo cujos benefícios serão conferidos a todos os homens..."

(Bahá'u'lláh. Extrato de uma Epístola recém-traduzida.)

"Os requisitos primordiais para aqueles que se reúnem para consultarem são: pureza de motivo, radiança espiritual, desprendimento de tudo a não ser de Deus .atração à Sua di­vina fragrância, humildade e submissão entre Seus amados, paciência e resignação em dificuldades, e servidão a S eu excelso Limiar. Se pelas graças divinas forem auxiliados a adquirir estes atributos, a vitória lhes será concedida do Reino invisível de Bahá. Neste dia, assembléias de consulta têm a máxima importância e são uma necessidade vital. Obediência

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a elas é essencial e obrigatória. Seus membros devem consul­tar em conjunto de tal modo a não dar ocas ão para ressenti­mento ou discórdia. Isto pode ser atingido quando cada mem­bro expressa com liberdade absoluta a sua própria opinião e expõe seu argumento. Se alguém se opuser, de modo algum deverá ele se ofender, pois só pela ampla discussão dos assun­tos poderá ser revelado o caminho certo. A brilhante fagulha da verdade só aparece com o impacto das opiniões divergen­tes. Se, após a consulta chegarem a uma decisão unânime, muito bem; mas se — Deus proiba — ainda surgirem diferen­ças de opinião, a voz da maioria deve prevalecer."

('Abdu'1-Bahá, citado em Bahá'i Administration, pgs. 21-^:2.)

"Sempre ao entrardes na sala de consulta, recitai esta prece, com o coração a vibrar de amor a Deus e a língua pu­rificada de tudo menos de Sua comemoração, para que o Todo-Poderoso por Sua graça vos ajude a alcançar a vitória suprema:

"O' Deus, meu Deus! Somos servos Teus que nos volta­mos a Teu Sagrado Semblante e nos desprendemos de tudo menos de Ti, neste Dia glorioso. Reunimo-nos nesta assem­bléia espiritual, com opiniões e pensamentos unidos e um úni­co propósito: o de exaltar a Tua Palavra entre o'gênero hu­mano, ó Senhor, nosso Deus! Faze de nós sinais de Tua orien­tação divina, estandartes da Tua Fé sublime entre os homens, servos do Teu poderoso Convênio, ó Tu, nosso Senhor Altís­simo. Que possamos manifestar Tua Unidade, em Teu Reino de Abhá, e luzir como estrelas resplandescentes sobre todas as regiões. Senhor! Ajuda-nos a sermos mares encapelados com as ondas de Tua graça maravilhosa, rios manando de Tuas alturas de glória, frutos excelentes na árvore de Tua Causa divi­na, arbustos movidos pelas brisas da Tua bondade em Tua vinha celestial, ó Deusí Faze nossas almas dependerem dos versículos da Tua Divina Unidade, e nossos corações se ale­grarem com o eflúvio de Tua graça, para que nos unamos como as ondas do mesmo mar e sejamos fundidos como os raios da Tua luz esplendorosa; e assim nossos pensamentos, opi­niões e afetos se tornem uma só realidade, manifestando pelo mundo inteiro o espírito da União. Tu és o Benévolo, o Magnâ­nimo, o Generoso, o Onipotente, o Deus de Misericórdia e Compaixão.

('Abdu'l-Bahá, citado em Bahá'i Administration, pgs. 20-21)

"A primeira condição é perfeito amor e harmonia entre os membros da Assembléia. Eles devem ser totalmente livres de estranheza e manifestar em si mesmos a Unidade de Deus, pois são as ondas do mesmo mar, as gotas de um só rio, as estrelas de um só céu, os raios do mesmo sol, as árvores de um único pomar e as flores do mesrrfo jardim. Caso não exis-

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tam harmonia de pensamento e absoluta unidade, esse grupo será disperso, essa Assembléia reduzir-se-á a nada.

"A segunda condição: Devem, ao reunirem-se, volver a face ao Reino nas alturas e pedir auxílio do Reino da Glória. Devem prosseguir, então com a maior devoção, cortesia, dig­nidade, carinho e moderação, expressando suas opiniões. Em todo assunto devem eles buscar a verdade, e não insistir em sustentar sua própria opinião, pois a obstinação e persistnê-cia no próprio ponto de vista levarão afinal à discórdia e de­savença e a verdade permanecerá oculta. Os honrados mem­bros devem com toda liberdade expressar seus próprios pen­samentos, e de modo algum é permissível menosprezar o pen­samento de um outro; antes, devem com moderação expor a verdade e, se surgirem diferenças de opinião, a maioria das vezes deverá prevalecer, devendo todos obedecer e se subme­ter à maioria. Também, não é permissível que qualquer um dos honrados membros faça objeção ou censure, seja na reu-/l ião ou fora, uma decisão tomada anteriormente, embora essa 'decisão não seja certa, pois tal crítica lhe impediria a exe­cução. Resumindo, tudo quanto for decidido em harmonia e com amor e pureza de motivo, seu resultado é luz, e se pre­dominar o menor traço de estranheza, o resultado será treva sobre treva... Se isso for assim levado em consideração, aquela Assembléia será de Deus, mas de outro modo levará a frieza e alienação, as quais procedem do Ente Mau."

('Abdu'1-Bahá, citado em Bahá'i Administration, pgs. 22-23)

"Todas as discussões devem limitar-se a assuntos espiri­tuais que dizem respeito à educação das almas, à instrução das crianças, ao alívio dos pobres ,ao amparo dos fracos en­tre todas as classes do mundo, à bondade para com todos os povos, à difusão das fragrâncias de Deus, e ao enaltecimento de Sua Santa Palavra. Se se esforçarem por cumprir estas condições, a graça do Espírito Santo lhe será concedida, essa Assembléia tornar-se-á o centro das benções divinas, será au­xiliada pelas hostps da confirmação divina e, dia a dia, rece­berá uma nova efusão de Espírito."

('Abdu'1-Bahá, citado em Bahá'i Administration, pgs. 22-23.)

"Um exame de algumas das palavras de Bahá'u'lláh e 'Abdu'1 Bahá sobre os deveres e as funções das Assembléias Espirituais em todas as terras (a serem designadas mais tarde como Casas Locais de Justiça) revela enfaticamente sua natu­reza sagrada, o vasto âmbito de sua atividade e a grave res­ponsabilidade que lhe cabe. . .

"O assunto de ensino, sua orientação, seus métodos e meios, sua extensão, sua consolidação, embora sejam essen-

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ciais aos interesses da Causa, de modo algum constituem o único assunto que deva receber a plena atenção dessas As­sembléias. Um cuidadoso estudo das Epístolas de Bahá'u'lláh e 'Abdu'1-Bahá revelará que outros deveres, não menos vitais aos interesses da Causa, compete aos representantes eleitos dos amigos em toda localidade.

"Incumbe-lhes serem vigilantes e cautelosos, discretos e atentos, e constantemente proteger o Templo da Causa contra o dardo do maléfico e a investida do inimigo.

"Devem esforçar-se por promover amizade e concórdia entre os amigos, apagar de todo coração o último vestígio de desconfiança, frieza e estranheza, e assegurar, em vez dis­so, uma cooperação, ativa e fervorosa, para o serviço da Causa.

"Devem fazer o possível, em todas as oportunidades, pa­ra estender a mão em assistência ao pobre, ao enfermo, ao in­capacitado, ao órfão, à viúva, sem levar em conta cor, classe ou crença.

"Devem promover por todos os meios ao seu alcance a instrução material bem como espiritual da juventude, os meios para a educação das crianças, e fundar, sempre que lhes seja possível, instituições educacionais bahá'ís, organizando e su­pervisionando seu trabalho e providenciando os melhores meios para seu progresso e desenvolvimento...

"Devem se responsabilizar pela realização das reuniões regulares dos amigos, festas e aniversários, bem como das reuniões especiais designadas a servirem e promoverem os interesses sociais, intelectuais e espirituais de seus se­melhantes. . .

"Estas são as obrigações que figuram entre as mais im portantes dos membros de toda Assembléia Espiritual."

(Shoghi Effendi, Bahá'í Administration, p. 20 e pgs. 37-39.)

"Ele acha que você deve se dirigir a sua Assembléia lo­cal, na mais completa confiança, e procurar sua ajuda e seu conselho. Essas entidades têm a sagrada obrigação de ajudar, aconselhar, proteger e guiar os crentes, de todas as maneiras ao seu alcance, quando lhes é solicitado — de fato, foram estabelecidas justamente com o fim de manter entre os cren­tes a ordem, a unidade e a obediência à lei de Deus...

"Devem recorrer a elas asim como uma criança recorre aos seus pais . . . "

(De uma carta datada em 28 de setembro de 1941, escrita em nome de Shoghi Effendi a um crente individual).

"BaháVIláh prometeu que em toda Assembléia onde pre-

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valeçam a unidade e a harmonia, lá Seu glorioso espírito não só estará presente, mas haverá de animar, sustentar e guiar todos os amigos em todas as deliberações.

"É para a unidade que o Guardião continuamente tem chamado a atençãc dos amigos. Po<s onde existe uma vontade unida, nada pode opor-se ou impedir efetivamente as forças do desenvolvimento construtivo."

(De uma carta datada em 17 de novembro de 1933 escrita em nome de Shoghi Effendi a um crente individual — "Bahá'i News, n.° 19C, dezembro de 1946.)

"Os membros dessas Assembléias, de sua parte devem desconsiderar completamente seus gostos e contra gostos, seus interesses e inclinações pessoais, e concentrar suas men­tes naquelas medidas que conduzam ao bem-estar e felicidade da Comunidade Bahá'í e promover o bem comum."

(Shoghi Effendi, Bahá'i Administration, p. 41.)

"Lembremo-nos também de que na própria raiz da Cau­sa se encontra o princípio do inquestionável direito do indiví duo a auto-expressão, sua liberdade de se manifestar cons­cientemente e expor suas opiniões..."

"E, quando chegam ao ponto de tomarem certa decisão, devem, após consulta desapaixonada, ansiosa e cordial, vol­ver-se a Deus em oração ,e com sinceridade, convicção e co­ragem manifestar seu voto e acatar o voto da maioria, que nosso Mestre nos diz ser a voz da verdade, nunca a ser de­safiada e, sim, sempre aplicada completamente. A essa voz os amigos devem responder de coração, considerando-a o único me-o que pode assegurar a proteção e o progresso da Causa."

(Shoghi Effendi, Bahá'í Administration, pgs. 63-64.)

"Os bahá'ís não são obrigados a votar contra sua cons­ciência numa Assembléia. É melhor que se submetam à opi­nião da maioria e as tornem unânime. Mas não são forçados a isso. O que têm de fazer, porém, é conformar-se com a de­cisão da maioria, pois isso é o que se torna efetivo. Não devem andar dizendo que discordaram da maioria e assim solapando a Assembléia. Em outras palavras, incumbe-lhes colocar a Cau­sa em primeiro lugar e não suas próprias opiniões.

"Ele (um membro de uma Assembléia Espiritual) pode pe­dir à Assembléia que reconsidere um assunto, mas não tem direito de forçá-la ou de criar desarmonia porque não conce­dem. Votos unânimes são preferíveis, mas certamente não po­dem ser impostos por métodos artificiais como os que são usa­dos por outras sociedades."

(De uma carta datada em 19 de outubro de 1947, escrita

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em nome de Shoghi Effendi a um crente individual — "Bahá'í News", n.° 202, dezembro de 1947.)

"Mas antes de a maioria de uma Assembléia chegar a uma decisão, não somente é o direito como também é a sagrada obrigação de cada membro expressar livre e abertamente suas opiniões, sem ter medo de desagradar ou alienar qualquer um dos outros membros. Em vista desse importante princípio ad­ministrativo, isto é, a consulta franca e aberta, o Guardião aconselha a abandonar o método de pedir a outros membros que transmitam sua opinião e suas sugestões. Esse método in­direto de expressar opiniões à Assembléia não só cria uma atmosfera de segredo que é completamente alheia ao espírito da Causa, mas também conduz a muitos malentend dos e com­plicações. Os membros da Assembléia devem ter a coragem de expressar suas convicções mas devem também demonstrar obediência, de todo coração e incondicionalmente, ao julga­mento bem-ponderado da maioria dos outros membros."

(De uma carta datada em 28 de outubro de 1935 escrita em nome de Shoghi Effendi a um crente individual.)

"Os amigos não deveriam, pois, sentir-se desanimados por causa das diferenças de opinião que possam prevalecer entre os membros de uma Assembléia, pois estas, assim como a ex­periência já demonstrou e as palavras do Mestre atestam, de­sempenham uma valiosa função em todas as deliberações da Assembléia. Um vez, porém, que a opinião da maioria tenha sido estabelecida, todos os membros devem obedecê-la auto­maticamente e sem reservas, e executá-la fielmente. Paciên­cia e auto-disciplina, entretanto, devem sempre caracterizar as discussões e deliberações dos representantes eleitos da co­munidade local, e em circunstância alguma devem ser permi­tidas discussões infrutíferas e banais."

(De uma carta datada em 20 de novembro de 1941, escrita em nome de Shoghi Effendi a um crente individual.)

"E le . . . chamou a sua atenção (de uma Assembléia Lo­cal) ao fato de ser incorreta a atitude de "todos por um e por todos". Uma Assembléia constitui, dentro de sua área de ju­risdição, os Fideicomissários da Fé. Seus membros devem em todas as ocasiões colocar os interesses da Fé acima de perso­nalidade e examinar imparcialmente qualquer questão que seja levada à sua atenção. Teoricamente, é sempre possível que um membro de uma Assembléia seja indigno ou insincero. É muito errado atribuir a si própria qualquer crítica ou acusação feita contra um de seus membros. Uma Assembléia deve proteger a Fé e não acusar nem defender cegamente qualquer um de seus membros...

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"Os bahá'ís devem aprender a esquecer as personalidades e superar o desejo — tão natural nos homens — de tomar par­tido e lutar por ele. Devem também aprender a fazer uso real­mente do grande princípio da consulta. Há um determinado tempo, na ocaião da Festa de 19 Dias, quando a Comunidade deve expressar suas opiniões e fazer sugestões à sua Assem­bléia; a Assembléia e os crentes devem antecipar com prazer esse feliz período de consulta, e não o receiar nem suprimir. De igual modo, ps membros da Assembléia devem consultar plenamente e, em suas decisões, por em primeiro lugar os inte­resses da Causa e não as personalidades, sendo que a vontade da maioria prevalece...

"Um dos remédios eficazes que Bahá'u'lláh deu a um mundo enfermo é a Assembléia (a qual no futuro se tornará uma Casa de Justiça); seus membros têm responsabilidades muito sagradas e graves; seu poder de orientar a Comunidade, de proteger e ajudar seus membros, é também muito grande."

(De carta datada em 30 de junho de 1949, escrita em no­me de Shoghi Effendi à Assembléia Espiritual Nacional da Alemanha e Áustria.)

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IV. FREQÜÊNCIA E DEMISSÃO

"Muito obviamente, a não ser que um membro possa assis­tir com regularidade as reuniões de sua Assembléia local, ser-Ihe-á impossível desempenhar os deveres que lhe incumbem e cumprir suas responsabilidades como representante da comu­nidade. Ser membro de uma Assembléia Espiritual local acar­reta, realmente, a obrigação e a capacidade de se manter em estreito contato com as atividads bahá'is locais, a possibili­dade de assistir com regularidade as sessões da Assembléia."

(De uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi, publica­da em Principies of BaháM Administratíon, p. 50.)

" . . . estabelece-se um precedente perigoso quando se per­mite que as Assembléia marquem um prazo para falta de fre­qüência de seus membros às reuniões da Assembléia Espiri­tual, além do qual a pessoa é automaticamente eliminada da Assembléia e uma vaga é declarada. Não deve ser fixado pelas Assembléias um prazo além do qual a pessoa seja eliminada.

Cada caso de ausência prolongada das sessões da Assem­bléia deve ser considerado separadamente por aquela Assem­bléia e, se fosse constatada que a pessoa não desejava assistir as reuniões ou era impedida indefinidamente por causa de doença ou viagens, então poder-se-ia legitimamente declarar uma vaga e eleger um novo membro."

(De uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi a um crente individual — "Bahá'i News", n.° 208, Junho, 1948.)

"Com referência à sua pergunta se seria permissível a um crente pedir demissão da Assembléia Local: sob circunstâncias especiais, como doença, pode-se fazer isso, mas somente de-pos, nunca antes, de ser eleito membro da Assembléia. Di­ferenças e discórdia pessoais entre os membros da Assembléia não fornecem, de jeito nenhum, bastante motivo para tal renún­cia, e certamente não podem justificar ausência das reuniões da Assembléia. Através do impacto das opiniões pessoais, co­mo disse 'AbduM-Bahá, muitas vezes se acende a centelha da verdade, e a guia divina é revelada."

(De uma carta datada em 19 de abril de 1939 de Shoghi Effendi a um crente individual.)

"O remédio para a desarmonia numa assembléia não pode

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ser encontrado na demissão ou ausência de qualquer um de seus membros. Deve ela aprender, apesar dos elementos per­turbadores, a continuar a funcionar como um todo, ou, caso contrário, o inteiro sistema cairia em descrédito, introduzindo-se exceções a regra."

(De uma carta datada de 20 de novembro, 1941 em nome de Shoghi Effendi a um crente individual.)

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V. ASSEMBLÉIA — RELAÇÃO COM OS CRENTES

"Que também tenhamos em mente que a nota-chave da Causa de Deus não é a autoridade ditatorial, mas, sim, a cama­radagem humilde, não o poder arbitrário, mas o espírito de consulta franca e amorosa. Nada menos do que o espírito de um verdadeiro bahá'í pode esperar reconciliar os princípios da misericórdia e da justiça, da liberdade e da submissão, da santidade do direito do indivíduo e da abnegação, da vigilân­cia, discreção e prudência por um lado, e da camaradagem, candor e coragem por outro.

"Os deveres daqueles que os amigos elegeram livre e cons-cienciosanlente como seus representantes não são menos vi­tais e compulsórios do que as obrigações daqueles que os escolheram. Sua função não é ditar, mas sim, consultar, e consultar não somente entre si mesmos mas, tanto quanto pos­sível, com os amigos que eles representam. Devem considerar a si próprios apenas como instrumentos escolhidos para apre­sentarem a Causa de Deus de maneira mais eficiente e con­digna. Nunca devem ser levados a supor serem eles os orna­mentos centrais do corpo da Causa, intrinsicamente superiores aos outros quanto à capacidade ou mérito e os únicos pro­motores de seus ensinamentos e princípios. Devem aproximar-se de sua tarefa com humildade extrema e, com mente aberta, seu alto senso de justiça e dever, seu candor, sua modéstia, sua inteira devoção ao bem-estar e aos interesses dos amigos, da Causa e da humanidade, esforçar-se para ganhar não só a confiança e o genuíno apoio e respeito daqueles a quem ser­vem, mas também sua estima e verdadeiro afeto. Devem, em todas as ocasiões, evitar o espírito de exclusividade, a atmos­fera de segredo, livrar-se de uma atitude dominante, e banir de suas deliberações toda e qualquer forma de preconceito e paixão. Deveriam, dentro dos limites da sábia discreção, con­fiar nos amigos, participar-lhes seus planos, compartilhar com eles seus problemas e suas ansiedades e procurar seus con­selhos.",

(Shoghi Effendi, Bahá'i Administration, pgs. 63-64.)

"A primeira qualidade de liberança, tanto entre indivíduos como entre assembléias, é a capacidade de usar a energia e a competência que existem em todos os níveis de seus adep­tos. De outro modo, os mais competentes membros do grupo

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tomarão outro rumo, e tentarão encontrar em outra parte um campo de trabalho onde possam utilizar sua energia.

"Shoghi Effendi espera que as Assembléias façam o possí­vel para planejarem as atividades de ensino de tal modo que toda pessoa, sem exceção, esteja constantemente ocupada."

(De uma carta datada de 30 de agosto de 1930, escrita em nome de Shoghi Effendi à Assembléia Espiritual Nacional dos Estados Unidos e Canadá.)

"Os administradores da Fé de Deus devem ser como pas­tores. Deve ser seu objetivo dissipar todas as dúvidas, incom-preensões e diferenças prejudiciais que possam surgir na co­munidade dos bahá'ís, e isto eles conseguirão adequadamente se estiverem motivados por um verdadeiro senso de amor pelos seus irmãos na Fé e tiverem a firme determinação de agir com justiça em todos os casos que lhes forem submetidos ptera consideração."

(De uma carta datada de 9 de março, 1934, escrita em nome de Shoghi Effendi a um crente individual.)

"Não ha tarefa de mais urgente necessidade do que a de assegurar perfeita harmonia e camaradagem entre os amigos, especialmente entre as assembléias locais e os crentes indivi­duais. As assembléias locais devem inspirar confiança nos crentes individuais e estes, por sua vez, devem expressar sua disposição em acatar plenamente às decisões e instruções da assembléia local. Ambos devem aprender a cooperar e a compreender que somente através dessa cooperação podem as instituições da Causa funcionar efetiva e permanentemente. Em­bora a obediência à assembléia local devesse ser incondicio­nal e de todo coração, essa entidade, no entanto, deve por em ação suas instruções de tal modo como que evite dar a impres­são de que seja animada por motivos ditatorial. O espírito da Causa é de cooperação mútua e não de ditadura."

(De uma carta datada em 28 de outubro de 1935 em nome de Shoghi Effendi a um crente individual.)

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VI. CRENTES — RELAÇÃO COM A ASSEMBLÉIA

"Incumbe a cada um não tomar nenhuma medida sem con­sultar a Assembléia Espiritual, e devem todos, certamente, obe­decer de coração e alma às suas determinações e serem sub­missos a ela, a fim de que as coisas sejam devidamente dispos­tas e ordenadas. De outro modo, cada pessoa agiria indepen­dentemente e de acordo com seu próprio juizo, seguiria seu próprio desejo e prejudicaria a Causa."

('Abdu'1-Bahá, citado em Bahá'i Adiministration, p. 21.)

"Todos os assuntos, sem qualquer exceção, relativos aos interesses da Causa numa... localidade, individual e coleti­vamente, devem ser submetidos exclusivamente à Assembléia Espiritual dessa localidade a qual decidirá sobre o caso, a não ser que seja uma questão de interesse nacional, quando, en­tão, se consultará o corpo nacional."

(Shoghi Effendi, Bahá'i Administration, p. 23.)

"A fim de se evitar divisão e desintegração, para que a Causa não caia vitima de interpretações contraditórias e as­sim perder sua pureza e seu vigor prístino, para que seus assuntos sejam tratados com eficiência e prontidão, é ne­cessário que cada um participe conscienciosamente na eleição dessas Assembléias, aquiesça à sua decisão, execute seu de­creto e coopere de todo coração em sua tarefa de estimular o crescimento do Movimento em todas as regiões."

(Shoghi Effendi, Bahá'i Administration, p. 41.)

"Aprovo plenamente e apoio de todo coração e sem re­servas, o princípio de que não se deve fazer de personalida­des centros em volta dos quais a comunidade possa revolver. Ao contrário, devem elas, sob todas as condições e por maiores que sejam seus méritos, subordinar-se às Assembléias devida­mente constituídas. Vós e vossos colaboradores jamais pode-reis dar demasiado valor ou ênfase a este princípio cardeal da Administração Bahá'i."

(Shoghi Effendi, publicado em Principies of Bahá'i Admi­nistration, p. 57.)

"Com referência ao princípio de que não deve ser permi­tido que a Causa se centralize ao redor de alguma personalida­de bahá'í, o Guardião deseja esclarecer que nunca houve a intenção de que instrutores individuais bem qualificados não

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recebessem das Assembléias locais todo encorajamento e faci­lidades para fazerem discursos públicos. O que o Guardião qu:s d zer foi que nunca deveria ser permitido que a perso­nalidade e a popularidade de tal orador eclipsassem a autori­dade ou diminuíssem a influência do corpo dos representan­tes eleitos em cada comunidade local. Não somente deve tal indivíduo procurar a aprovação, o conselho e a assistência do corpo que representa a Causa em sua localidade, como tam­bém deve querer atribuir à sabedoria e capacidade coletivas que seja animada por motivos ditatoriais. O espírito da Causa da Assembléia, sob cuja jurisdição ele desempenha seus ser­viços, qualquer crédito que lhe possa caber. Assembléias e não indivíduos constituem a pedra fundamental sobre a qual é cons­truída a Administração. Deve subord;nar-se tudo mais, fazer tudo servir e promover os melhores interesses daqueles que foram eleitos custódios e promotores das Leis de Bahá'u'lláh."

(De uma carta escrita em nome de Shoghi Effendi — pu­blicada em Principies of Bahá'i Administration, pgs. 19-20.)

"A respeito da consulta: Qualquer pessoa pode se dirigir à Assembléia para consultar sobre um assunto, querendo ou não a ouíra pessoa fazer isso. Em questões que afetam a Cau­sa, a Assembléia deve intervir se julgar necessário, mesmo que ambas as partes se oponham a isso, porque o inteiro propó­sito das Assembléias é proteger a Fé, as Comunidades, e o bahá'í individual também."

(Carta escrita em nome de Shoghi Effendi, publicada em Principies of Bahá'i Administration, p. 57.)

"Os crentes deveriam aprender a recorrer mais freqüen­temente às suas Assembléias para conselho e ajuda, e com maior antecedência, e as Assembléias, por outro lado, deve­riam agir com mais vigilância e um maior senso de responsa­bilidade comunitária para toda situação que possa prejudicar o prestígio da Fé aos olhos do público. Quando decisões ti­verem sido tomadas pela Assembléia, deverão ser executadas, lealmente e de boa vontade, por todos aqueles envolvidos."

(De carta datada em 13 de março de 1944, escrita em no­me de Shoghi Effendi a um crente individual.)

"Um dos princípios fundamentais envolvidos em nossa Or­dem Administrativa a qual, devemos nos lembrar, se tornará o padrão para nossa Ordem Mundial é que mesmo uma decisão desaconselhável tomada por uma Assembléia deve ser apoia­da a fim de preservar a unidade da comunidade. Da decisão da Assembléia Local pode-se apelar à Assembléia Nacional... Mas o princípio da autoridade investida em nossos corpos elei-

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tos deve ser sustentado. Isto não é coisa que possa ser apren­dida sem experimentação e provação..."

(De uma carta datada em 30 de junho de 1949 em no­me de Shoghi Effendi à Assembléia Espiritual Nacional da Alemanha e Áustria.)

"Os crentes deveriam ter confiança nas instruções e or­dens de sua assembléia, ainda que não estejam convencidos de sua justiça ou direito. Uma vez que a assembléia, por voto de maioria de seus membros, chega a uma decisão, os amigos devem prontamente obedecê-la. Especialmente aqueles mem­bros dissidentes dentro da assembléia, cuja opinião é contrá­ria àquela da maioria de seus co-membros, deveriam dar um bom exemplo diante da comunidade pelo sacrifício de suas opi­niões pessoais a fim de obedecerem o princípio do voto de maioria que baseia o funcionamento de todas as assembléias bahá'is."

(De uma carta datada em 28 de outubro de 1935 em nome de Shoghi Effendi a um crente individual.)

"A Assembléia pode errar, mas, como o Mestre frisou, se a Comunidade ou o bahá'í individual não se conforma com suas decisões, o resultado é pior, porque solapa a própria institui­ção que deve ser fortalecida a fim de sustentar os princípios e as leis da Fé. Ele nos diz que Deus corrigirá os erros cometidos. Nisso devemos ter confiança e obedecer nossas Assembléias. Ele, pois, exorta com instância que trabalhe diretamente sob sua Assembléia Bahá'í; que aceite suas responsabilidades co­mo membro votante e faça tudo ao seu alcance para criar har­monia dentro da comunidade."

(De uma carta datada em 1949 escrita em nome de Sho­ghi Effendi a um crente individual.)

"O Mestre desejava proteger os amigos contra as con­tínuas discussões triviais e a exaltação da opinião própria. Um crente pode perguntar à Assembléia por que tomou certa decisão e lhe pedir gentilmente que a reconsidere. Mas ele deve se satisfazer com isto e não continuar a minar a situa­ção local pela sua insistência em sustentar suas próprias opi­niões. Isso se aplica a um membro de Assembléia também. Todos nós temos direito às nossas opiniões; não podemos dei­xar de pensar de maneiras diferentes; mas o bahá'í tem de aceitar a decisão da maioria de sua Assembléia, compreen­dendo que a aceitação e a harmonia são as coisas realmente importantes, ainda que haja sido feito um erro, e que, quando servimos a Causa devidamente, do modo bahá'i, Deus corrigirá, no fim, quaisquer erros que tenham sido cometidos."

(De uma carta datada em 19 de outubro de 1947 escrita

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em nome de Shoghi Effendi a um crente individual — "BaháM News", n.° 202, Dezembro, 1947.)

"Justamente como os crentes individuais têm a obriga­ção de apoiar e sustentar sua Assembléia Espiritual, para a preservação de unidade da Fé e o fortalecimento de sua Ordem Mundial, ainda em fase embrionária, assim também devem as Assembléias Locais obedecer e sustentar seus representantes nacionais. Quanto mais estreita a cooperação entre as as­sembléias locais e nacionais, maiores serão o poder e a ilu­minação que ooderão emanar destas instituições para as fi­leiras sofredoras da humanidade."

(De uma carta datada em 29 de julho e 1942 escita em nome de Shoghi Effendi a um crente individual.)

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VII. PERSPETIVAS PARA O FUTURO

"A maquinaria administrativa da Causa tendo agora evo­luído suficientemente, seus propósitos e objetivos moderada­mente concebidos e compreendidos, e seu método e seu fun­cionamento tornados mais familiares a todo crente, acho que chegou o tempo em que deveria ser plena e conscientemente utilizada, a fim de levar avante o propósito para o qual foi criada. Estou fortemente convencido de que deve ser levada a servir um duplo propósito. Por um lado, deveria visar uma ex­pansão constante e gradativa do Movimento, seguindo dire­trizes que sejam ao mesmo tempo amplas, sãs e universais; e, por outro, assegurar a consolidação interna do trabalho já realizado."

(Shoghi Effendi — Bahá*i Administration, p. 109.)

"Os amigos nunca devem cometer o erro de considerar a administração bahá'í um fim em si. É apenas o instrumento do espírito da Fé. Esta Causa é uma Causa que Deus revelou à humanidade como um todo. é designada para beneficiar a raça humana inteira, e o único modo de conseguir fazer isso é pela reforma da vida coletiva da humanidade, bem como pelo esforço de regenerar o indivíduo. A administração bahá'í é apenas a primeira formação daquilo que no futuro virá a ser a vida social e as leis da vida coletiva. Por enquanto, os cren­tes estão apenas começando a compreender e a praticá-la de­vidamente. Assim, pois, devemos ter paciência se algumas ve­zes parece ser um pouco precisa e rígida em sua operação, é porque estamos aprendendo algo muito difícil mas muito ma­ravilhoso — vivermos juntos como uma comunidade de bahá'ís, de acordo com os ensinamentos gloriosos."

(De uma carta datada em 14 de outubro de 194*1, escrita em nome de Shoghi Effendi a um crente individual.)

"É nosso, bem-amados colaboradores, o dever supremo de continuarmos com visão clara e zelo constante a ajudar na ereção final daquele Edifício cujos alicerces BaháVIláh lan­çou em nossos corações, a derivar mais esperança e forças da tendência geral dos recentes acontecimentos, por escuros que sejam seus efeitos imediatos, e a orar com infalível fervor para que Ele apresse a realização daquela Visão Maravilhosa

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que constitui a mais brilhante emanação de Sua Mente e o mais belo fruto da mais bela civilização já vista pelo mundo."

(Shoghi Effendi, World Order of Bahá'u'lláh, p. 48.)

"E agora, ao olhar para o futuro, espero ver os amigos em todas as ocasiões, em todas as terras, e de toda nuança de pensamento e caráter, voluntária e jubilosamente se aglo­merarem ao redor de seus centros de atividade locais e, es­pecialmente, nacionais, sustentando e promovendo seus inte­resses com unanimidade e contentamento completos, com per­feita compreensão, genuíno entusiasmo e vigor inalterável. É esta, em verdade, a felicidade única, e o único desejo de minha vida, pois é o manancial donde fluirão todas as bênçãos futu­ras, o amplo alicerce sobre o qual há de descansar finalmente a segurança do Edifício Divino."

(Shoghi Effendi, Bahá'i Administration, p. 67.)

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