Arvor Indigen Pt Contin0

38
ESPÉCIES ARBÓREAS INDÍGENAS EM PORTUGAL CONTINENTAL GUIA DE UTILIZAÇÃO MARÇO |2013

description

Arvor Indigen Pt Contin0

Transcript of Arvor Indigen Pt Contin0

  • ESPCIES ARBREAS INDGENAS

    EM PORTUGAL CONTINENTAL

    GUIA DE UTILIZAO

    MARO |2013

  • Este documento est preparado para impresso

    frente-e-verso.

  • NDICE

    GUIA DE UTILIZAO | ESPCIES ARBREAS INDGENAS

    NDICE

    1. INTRODUO 1

    2. IDENTIFICAO DAS ESPCIES INDGENAS 2

    3. ORGANIZAO REGIONAL DA ARBORIZAO 17

    4. ORIENTAES PARA O PLANEAMENTO DAS ARBORIZAES 21

    5. PARA SABER MAIS 27

    ANEXOS

  • 1. INTRODUO

    GUIA DE UTILIZAO | ESPCIES ARBREAS INDGENAS 1

    A recuperao da vegetao natural portuguesa constitui um dos objetivos primordiais da poltica florestal desde os seus primrdios no sc. XIX, o que tem assegurado um papel dominante das espcies indgenas at aos dias de hoje. assim que, segundo o 6. Inventrio Florestal Nacional, cerca de 70% da superfcie arborizada dominada por espcies autctones, que formam os tipos de povoamentos mais comuns no Continente.

    A diversificao da composio da floresta, quer ao nvel regional, quer no da composio dos povoamentos, deve assentar sobretudo nas espcies indgenas e uma condio essencial para a compatibilizao e valorizao das diferentes funes desempenhadas pelos espaos florestais. Para alm disso, a diversificao das florestas refora a sua resistncia e resilincia global, num contexto de fortes perturbaes (secas, incndios, pragas e doenas) e de incerteza na evoluo da sociedade e das suas exigncias.

    Os ecossistemas (semi-)naturais de Portugal continental, situado no quadrante Oeste da Pennsula Ibrica, no apresentam a variedade dendrolgica de outras regies da bacia mediterrnica. Tal deve-se no s s favorveis condies para o crescimento vegetal, pouco propcias diversificao das espcies, mas tambm s crises climticas e de extines do Quaternrio e ainda longa e profunda interveno humana na paisagem, que motivou o desaparecimento, j no Holocnico, de muitas espcies autctones, registadas em estudos paloeobotnicos efetuados em vrias regies do Pas.

    Ainda assim, o Continente possui um acervo de espcies significativo e adaptado a quase todos os ambientes e procuras sociais, sendo porm pouco conhecido de muitos proprietrios e gestores florestais, de cidados preocupados com a defesa do ambiente e das paisagens regionais e mesmo de tcnicos ligados ao setor.

    Este Guia tem como principal objetivo contribuir para o conhecimento das espcies arbreas indgenas do Continente e fomentar a sua utilizao nas arborizaes na natureza e nos espaos urbanizados, pretendendo ser uma primeira introduo ao tema, para cujo desenvolvimento o captulo final aponta diversos caminhos.

    A declarao de 2012 da Assembleia Geral das Naes Unidas, designando o dia 21 de maro como Dia Internacional das Florestas, constituiu uma oportunidade para que neste dia (e nos outros dias do ano!) recordemos a importncia das florestas e dos seus recursos e recuperemos o hbito j antigo de ativamente o comemorar: plantando rvores, de preferncia indgenas.

    Comemoraes da Festa da rvore na Amadora, ainda durante a Monarquia. Imagem retirada de VIEIRA (2004), consultvel em http://www.icnf.pt/portal/agir/comemora/d-flor

  • 2. IDENTIFICAO DAS ESPCIES INDGENAS

    GUIA DE UTILIZAO | ESPCIES ARBREAS INDGENAS

    2

    A identificao das espcies de rvores na natureza atende em primeiro lugar ao local onde ocorrem e, em seguida, ao aspeto e variao fisionmicos e s caractersticas morfolgicas.

    especialmente importante atender s seguintes caractersticas:

    1. Regio do pas e sua altitude, implantao no terreno (em situao de encosta, de vale, de cumeada ou plana), se ocorre algum tipo especial de solo e qual a caracterstica do stio* face s disponibilidades de gua no solo;

    2. Se se trata de rvore sempre-verde ou com a copa despida de folhas no perodo invernal;

    3. Qual a dimenso da rvore e o arranjo dos ramos e da copa;

    4. Que tipo de folhas, frutos, flores e casca apresenta.

    Para identificar as rvores mais comuns no so necessrios profundos conhecimentos de botnica ou ecologia. Hoje em dia existem j diversos guias e manuais de campo e pginas da internet, com imagens que facilitam a identificao (no captulo 5 sugerem-se alguns dos mais teis para as espcies nacionais). Se a identificao no for conseguida in loco, importante guardar folhas, frutos ou outras partes (sem danificar desnecessariamente as plantas) para posterior observao e anlise ou, ainda, fotografar as partes mais relevantes.

    H contudo que ter em ateno que muitas das rvores com que nos cruzamos podem no ser autctones do Continente: so os casos das nogueiras, dos pltanos, das tlias, dos eucaliptos, das accias, das olaias, do cipreste-do-buaco e de muitas outras, incluindo as espcies caractersticas da laurissilva da Madeira e dos Aores (como o vinhtico ou o til).

    Nas pginas seguintes so apresentadas imagens e informao sucinta sobre as espcies florestais indgenas do Continente, sendo os mapas retirados sobretudo de BINGRE et al. (2007) e da Carta Ecolgica de Portugal (PINA MANIQUE E ALBUQUERQUE, 1982), com ligeiras atualizaes, e diversas imagens da Flora-On (http://www.flora-on.pt), neste caso com indicao dos respetivos autores.

    Espcies resinosas

    Juniperus communis Zimbro-comum, zimbro-ano

    Quase sempre de porte arbustivo, caracterstico das maiores altitudes

    das serras do Gers e da Estrela. Distribui-se pelas regies frias de todo o hemisfrio Norte. Com as

    suas bagas produz-se a aguardente de zimbro e

    condimentam-se pratos regionais.

    Juniperus navicularis Piorro

    Normalmente um arbusto, podendo

    no entanto ultrapassar os 6m ou mais de altura, com tronco bem diferenciado. Muito ornamental, conjuntamente com o carrasco-arbreo uma das duas nicas

    espcies arborescentes exclusivas de Portugal continental.

  • 2. IDENTIFICAO DAS ESPCIES INDGENAS

    GUIA DE UTILIZAO | ESPCIES ARBREAS INDGENAS

    3

    Juniperus oxycedrus Oxicedro, zimbro

    Uma das mais ornamentais

    conferas portuguesas, adapta-se bem s regies quentes e secas do

    interior. Apesar do seu lento crescimento, pode atingir mdio

    porte (at 15m de altura) e as suas folhas e bagas tm larga aplicao

    cosmtica e medicinal.

    Juniperus turbinata Sabina-da-praia

    Espcie de vasta distribuio

    mediterrnica e macaronsia, no Continente ocorre espontnea para sul

    do Cabo Mondego. Arbusto ou pequena rvore at 8m de altura, na Mata Nacional dos Medos associa-se

    ao pinheiro para formar uma das mais belas paisagens florestais portuguesas.

    Pinus pinaster

    Pinheiro-bravo

    A mais abundante resinosa no nosso pas, pode atingir 40m de altura.

    Desempenha um importante papel econmico e ecolgico e foi determinante na histria de

    Portugal. O Pinhal de Leiria (sc. XII) considerado o mais antigo

    exemplo mundial de reflorestao.

    Pinus pinea Pinheiro-manso

    uma rvore de copa ampla, com

    uma silhueta inconfundvel, at 30m de altura. Espcie com crescente valor econmico, foi muito importante para a construo naval pelo menos desde

    o tempo dos rabes. O pinho portugus tem uma elevada cotao

    nos mercados internacionais.

    Pinus sylvestris Pinheiro-silvestre

    Com uma dilatada expanso at

    poca romana, foi extinto em todas as montanhas do Norte e Centro, com

    excepo do Gers. De grande porte (at 40m) e com madeira valiosa,

    foi muito utilizado na reflorestao das serras, sobretudo para proteo

    e reconstituio dos solos.

    Taxus baccata Teixo

    Outrora muito abundante por toda a Europa, hoje constitui uma das mais ameaadas rvores no meio natural.

    Pode atingir os 20m de altura. Espcie com grande simbolismo para os povos galaico-lusitanos, surgindo com frequncia na toponmia antiga

    e na religiosidade pag.

  • 2. IDENTIFICAO DAS ESPCIES INDGENAS

    GUIA DE UTILIZAO | ESPCIES ARBREAS INDGENAS

    4

    Espcies folhosas

    Acer monspessulanum Zelha

    Uma espcie caduciflia caracterstica

    das regies de clima mediterrnico com solos mais profundos (ou

    rochosos, desde que em umbrias). Podendo atingir os 15m de altura,

    uma rvore muito ornamental, exibindo uma interessante colorao

    outonal.

    Acer pseudoplatanus Padreiro, pltano-bastardo

    Espcie localmente abundante nas

    regies de clima ocenico do Noroeste, integrando os carvalhais

    caduciflios. rvore at 35m de altura, muito utilizada para fins

    ornamentais, regenerando espontaneamente com muita

    facilidade ( invasor na Madeira).

    Alnus glutinosa Amieiro

    Uma das mais caractersticas rvores

    das galerias ribeirinhas, acompanhando sempre os cursos de

    gua permanentes. uma espcie de grande porte (at 30m de altura),

    com inmeras aplicaes para a sua madeira, casca e folhas (incluindo fins

    medicinais).

    Amelanchier ovalis Nespereira-das-rochas

    Uma espcie arborescente,

    relativamente rara no nosso pas, no ultrapassando normalmente os

    3-4m de altura. Tem inmeras aplicaes medicinais e um grande

    valor ornamental. Fot. 1 e 2: PV Arajo;

    Fot. 3: JD Almeida

    Arbutus unedo Medronheiro, ervedeiro

    Uma das espcies arbreas mais

    expandidas do pas, apenas estando ausente das regies mais frias ou

    secas. Com ela se produz a afamada aguardente de medronho. Muito ornamental, podendo alcanar os

    15m de altura nos stios mais hmidos.

  • 2. IDENTIFICAO DAS ESPCIES INDGENAS

    GUIA DE UTILIZAO | ESPCIES ARBREAS INDGENAS

    5

    Betula pubescens Vidoeiro

    O vidoeiro a folhosa caracterstica

    dos stios hmidos das maiores altitudes do Norte e Centro, sendo

    uma espcie pioneira nessas estaes. Alcana os 20m de altura e foi muito

    utilizada nas arborizaes dos Servios Florestais, dada a facilidade

    de propagao.

    Buxus sempervirens Buxo

    uma espcie arborescente,

    utilizada muito frequentemente em jardinagem (para formar sebes e

    esculturas arbustivas), mas que em crescimento livre pode atingir os 10m de altura. Caracterstica dos vales dos rios da bacia do Douro.

    Castanea sativa Castanheiro

    rvore hoje caracterstica das

    regies frias do interior, teve no passado um papel relevante nas sociedades rurais um pouco por

    todo o pas. Atinge 30m de altura e vive muitos sculos, fornecendo

    inmeros produtos (castanha, madeira, tiras para cestaria, etc.).

    Celtis australis

    Ldo-bastardo

    Espcie de distribuio mediterrnica e centro-europeia,

    frequentemente utilizada em arborizaes em meios urbanos. Pode chegar aos 25m e os seus

    frutos (pequenas drupas) so comestveis, sendo muito

    apreciados pelas aves.

    Ceratonia siliqua Alfarrobeira

    Espcie at h pouco cultivada

    sobretudo do Barrocal algarvio, est hoje muito expandida para

    produo de fruto (a alfarroba) nas regies de inverno no muito frio e com solos argilosos. uma rvore

    de pequeno porte, no ultrapassando os 10-15m.

    Chamaerops humilis

    Palmeira-das-vassouras

    a nica espcie de palmeira nativa da Europa continental, podendo em condies favorveis ultrapassar os 5m de altura, embora normalmente

    apresente porte arbustivo. Muito ornamental e resistente secura, tem tambm interesse alimentar.

  • 2. IDENTIFICAO DAS ESPCIES INDGENAS

    GUIA DE UTILIZAO | ESPCIES ARBREAS INDGENAS

    6

    Cornus sanguinea Sanguinho-legtimo

    Espcie normalmente arbustiva,

    mas por vezes atingindo os 6m com tronco nico. Exibe bela florao.

    Uma pequena rvore com interesse ornamental e, sobretudo, medicinal

    e culinrio.

    Corylus avellana Aveleira

    Pequena rvore caracterstica dos

    fundos de vale hmidos e com solos desenvolvidos das regies Norte e

    Centro. Podendo atingir no mximo 10m de altura, muito cultivada

    para produo de fruto, sobretudo nas regies de clima frio e seco.

    Crataegus monogyna Pilriteiro

    Normalmente com porte arbustivo

    ou de pequena rvore, pode contudo atingir os 15m de altura e

    ter troncos com at 1m de dimetro. Espcie muito comum por todo o pas, mas com um potencial

    ornamental pouco utilizado.

    Erica arborea

    Urze-arbrea, urze-branca

    Espcie de ampla distribuio europeia, asitica e africana, em

    Portugal apresenta um porte sobretudo arbustivo (at 6m).

    Produz uma lenha muito apreciada e da madeira das suas razes e toias fabricam-se cachimbos de elevada

    qualidade.

    Euonimus europaeus Barrete-de-padre

    Pequena rvore rara, ocorrendo

    naturalmente apenas em Trs-os-Montes. Porte at 8m, surgindo

    sobretudo em matas ribeirinhas e sebes. Apresenta inmeras

    utilizaes, desde a tinturaria at produo de madeira.

    Fot. 1 e 3: Carlos Aguiar

    Fagus sylvatica Faia

    rvore de grande porte, tpica das regies europeias mais hmidas e

    de veres frescos. De altura at 40m metros, foi no sc. XIX

    reintroduzida no Gers e noutras serras do Norte e do Centro,

    formando hoje extensos macios espontneos nos vales e umbrias.

  • 2. IDENTIFICAO DAS ESPCIES INDGENAS

    GUIA DE UTILIZAO | ESPCIES ARBREAS INDGENAS

    7

    Frangula alnus Sanguinho

    Pequena rvore ou, mais

    frequentemente, arbusto, caracterstico das matas e bosques

    mais hmidos do Noroeste do Continente. Alcana os 10m, tendo

    a sua casca, raminhos e frutos propriedades medicinais e corantes.

    Fraxinus angustifolia Freixo

    rvore de grande porte, at 25m de

    altura, componente da floresta ribeirinha, em localizaes com o

    nvel fretico um pouco mais profundo. Muito utilizada para fins ornamentais, produz uma madeira

    apreciada e as folhas tm valor forrageiro.

    Ilex aquifolium

    Azevinho

    rvore tpica dos carvalhais submontanos e montanos, pode

    alcanar os 25m de altura. Apresenta um elevado valor

    ornamental, no s pelos seus frutos, muito associados s

    festividades natalcias, mas tambm pela densa copa perene.

    Laurus nobilis

    Loureiro

    Espcie arbrea tpica das regies litorais, de clima sem grandes

    rigores invernais. Prefere estaes mais hmidas e atinge os 20m de

    altura. muito usada em paisagismo e arborizaes urbanas, sendo as suas folhas um tradicional

    condimento.

    Ligustrum vulgare Alfenheiro

    Arbusto ou, mais raramente,

    pequena rvore at 5m, tpica das regies de solos derivados de

    rochas bsicas. Possui interesse ornamental, usando-se para a

    constituio de sebes, tendo as suas folhas propriedades medicinais.

    Malus sylvestris Macieira-brava

    rvore de pequeno porte, at 15m de altura, distribui-se pelas regies mais frias do Norte e do Centro, em pinhais e carvalhais. Tem sobretudo

    interesse ornamental e ecolgico.

    Fot. 1: Carlos Aguiar

  • 2. IDENTIFICAO DAS ESPCIES INDGENAS

    GUIA DE UTILIZAO | ESPCIES ARBREAS INDGENAS

    8

    Myrica faya Samouco

    Pequena rvore at 12m, que

    ocorre sobretudo nos pinhais da costa ocidental arenosa do

    Continente, ao abrigo dos grandes frios. Tambm vulgar nos

    arquiplagos dos Aores e da Madeira, a baixas altitudes,

    produzindo frutos comestveis.

    Myrica gale Samouco-de-brabante

    rvore de pequena dimenso ou, mais frequentemente, espcie de

    porte arbustivo, ocorrendo nos locais muito hmidos do litoral, sobretudo arenoso (turfeiras e

    galerias ribeirinhas). Porte at 3m de altura.

    Fot.: Carlos Neto (1), AJ Pereira (2,3)

    Myrtus communis Murta

    Arbusto ou pequena rvore (at

    5m), tpica dos ecossistemas florestais mediterrnicos. utilizada

    amide para fins ornamentais, possuindo folhas muito aromticas.

    Tem igualmente interesse medicinal.

    Nerium oleander Cevadilha, loendro

    Arbusto multicaule ou tambm

    pequena rvore at 6m, com distribuio natural nas margens de cursos de gua temporrios do sul.

    Utilizao ornamental muito frequente, com variedades de flor

    branca a vermelha. planta muito txica.

    Olea europaea sylvestris

    Zambujeiro

    rvore de mdio porte (at 15m), tpica das regies mediterrnicas

    muito trmicas ou de solos bsicos. a parente espontnea da oliveira

    cultivada, tendo interesse ornamental e produzindo uma

    excelente madeira. Pode viver mais de 2000 anos.

    Phillyrea angustifolia

    Lentisco

    Arbusto que raramente apresenta porte de pequena rvore (at 4m),

    uma das espcies mais caractersticas das florestas

    mediterrnicas, suportando grande secura do solo. Planta de interesse

    apcola.

  • 2. IDENTIFICAO DAS ESPCIES INDGENAS

    GUIA DE UTILIZAO | ESPCIES ARBREAS INDGENAS

    9

    Phillyrea latifolia Aderno-de-folhas-largas

    rvore at 15m, podendo por vezes reduzir-se a porte arbustivo. uma espcie que teme os frios intensos,

    distribuindo-se sobretudo nas regies mais soalheiras e de inverno ameno. Com utilizao ornamental e

    medicinal.

    Pistacia lentiscus

    Aroeira

    Arbusto ou, raramente, rvore at 6m de altura. Ocorre em matos e

    florestas esclerfilas, em regies de clima no demasiado frio.

    produtora de taninos e de uma resina (mstique) muito utilizada

    para fins medicinais, alimentares e religiosos.

    Pistacia terebinthus

    Cornalheira, terebinto

    Pequena rvore ou arbusto at 5m, que ocorre sobretudo nas bacias do

    Douro e do Tejo e no Sotavento Algarvio. Produtora de terebentina,

    obtida a partir de incises no tronco, e de madeira de boa

    qualidade. Fot. 1: AJ Pereira

    Populus alba

    Choupo-branco

    rvore tpica das margens de cursos de gua temporrios e de outros

    locais com alguma humidade, porm em regies de vero quente. Pode atingir 30m de altura e a sua rea

    de distribuio natural hoje difcil de avaliar, dado o seu cultivo antigo. Possui variedades ornamentais.

    Populus nigra

    Choupo-negro

    rvore at 30m de altura, caracterstica das margens dos

    cursos de gua permanentes (sobretudo dos rios principais).

    Certas variedades so utilizadas para fins ornamentais, em meio

    urbano e em infraestruturas, desde a antiguidade.

    Prunus avium

    Cerejeira-brava

    Espcie com uma larga rea de distribuio nas regies de clima

    mais frio e continental, pode atingir um porte relativamente elevado

    (25m). Muito utilizada florestalmente, sobretudo em

    arborizaes de terras agrcolas, dada a qualidade da madeira.

  • 2. IDENTIFICAO DAS ESPCIES INDGENAS

    GUIA DE UTILIZAO | ESPCIES ARBREAS INDGENAS

    10

    Prunus insititia Abrunheiro

    rvore at 6m, ocorrendo sobretudo

    em matas e sebes frescas numa grande parte do Continente, sendo

    afim da ameixieira cultivada. Os seus frutos podem ser utilizados em

    compotas e licores. Fot.: Carlos Aguiar

    Prunus lusitanica

    Azereiro

    Uma das espcies de rvores sempre-verdes que prefere os

    climas ocenicos suaves, caracterstica das regies mais hmidas do Norte e Centro do

    Continente. Atinge 20m de altura e tem valor ornamental, tal como a

    sua madeira (de tom rosado).

    Prunus mahaleb Cerejeira-de-santa-lcia

    rvore rara do interior trasmontano,

    surgindo esporadicamente em encostas secas e matas desta

    regio. Altura at 10m, apresentando flores muito

    fragrantes. Espcie ornamental, com madeira dura. Fot.: Carlos Aguiar

    Prunus padus

    Pado

    Pequena rvore caduciflia at 10m de altura. Espcie muito rara que

    apresenta, contudo, grande potencial como ornamental, tendo exuberante florao e suportando

    bem o frio e locais sombrios. Reproduz-se facilmente por estaca e

    os frutos so comestveis.

    Prunus spinosa

    Abrunheiro-bravo

    Arbusto ou pequena rvore at 6m, caracterstica de sebes, matos e

    orlas de bosques. No oeste da regio Centro, em solos calcrios,

    ocorre uma subespcie endmica do nosso pas (ssp. insititioides).

    Pyrus bourgaeana Catapereiro

    Pereira brava comum nos

    ecossistemas mediterrnicos do Sul e interior, sobretudo associada

    azinheira e ao sobreiro. Tem pequeno porte (at 10m), embora frequentemente seja um arbusto,

    devido s restries edafo-climticas.

  • 2. IDENTIFICAO DAS ESPCIES INDGENAS

    GUIA DE UTILIZAO | ESPCIES ARBREAS INDGENAS

    11

    Pyrus communis Pereira-brava

    Espcie com porte at 12m, em Portugal exclusiva da regio das

    serras do Gers e da Cabreira. De ocorrncia rara, presumem-se

    originados no assilvestramento da pereira cultivada, da qual uma

    variedade ou simples forma (var. pyraster).

    Pyrus cordata

    Pereira-brava

    Espcie muito vulgar nas regies mais hmidas do Norte e Centro,

    em pinhais, carvalhais e at eucaliptais. At 8m de altura. Os

    frutos so comestveis (quando bem maduros) e a sua madeira de

    grande resistncia. Cultivada com pouca frequncia.

    Quercus canariensis

    Carvalho-de-monchique

    Um dos carvalhos mais raros do nosso pas, ocorre apenas na serra

    de Monchique, sendo tpicos das regies hmidas do Oeste do

    Mediterrneo. Pode apresentar um porte muito elevado (at 30m) e

    hibrida facilmente com o carvalho-portugus. Muito ornamental.

    Quercus coccifera

    Carrasco

    Carvalho abundante nas regies de clima mediterrnico mais

    acentuado. Apresenta-se por vezes em extensas formaes arbustivas (carrascais), em solos degradados

    ou calcrios, mas pode atingir o porte de pequena rvore (at 4m).

    Quercus faginea Carvalho-portugus, pedamarro

    So vrias as subespcies deste

    carvalho, incluindo as ssp. alpestris (Barrocal algarvio), broteroi (Centro e Sudoeste) e faginea (bacia do Douro).

    rvore marcescente, pode atingir 25m de altura, surgindo sobretudo

    isolada ou associada a outros carvalhos e espcies mediterrnicas.

    Quercus pyrenaica

    Carvalho-negral

    O mais abundante carvalho caduciflio em Portugal, forma

    extensas reas florestais sobretudo em Trs-os-Montes e Beira Interior.

    Apresenta um porte diversificado, constituindo desde moitas com 1-2m

    de altura at bosques com rvores de 25m ou, ainda, montados.

  • 2. IDENTIFICAO DAS ESPCIES INDGENAS

    GUIA DE UTILIZAO | ESPCIES ARBREAS INDGENAS

    12

    Quercus rivas-martinezii Carrasco-arbreo

    Espcie recentemente descrita,

    exclusiva do territrio de Portugal continental (desde o Pinhal de Leiria

    at Sines). Atinge 17m de altura, associando-se ao carvalho-

    portugus em solos calcrios, arenosos ou xistentos, com alguma

    fertilidade.

    Quercus robur Carvalho-alvarinho

    Carvalho muito frequente nas regies de clima ocenico, o

    carvalho europeu mais abundante. Por vezes tem porte majestoso (at

    45m) e apresenta uma grande importncia econmica e ecolgica,

    apesar da pequena extenso das suas matas.

    Quercus rotundifolia

    Azinheira

    A azinheira distribui-se por uma vasta rea do Continente, apenas evitando as

    regies litorais com clima hmido. Ocorre sob a forma quer de pequeno

    arbusto em afloramentos rochosos, quer de grande rvore em formaes

    boscosas (at 20m) ou, mais vulgarmente, em montados abertos.

    Quercus suber

    Sobreiro

    Carvalho de caractersticas singulares ( a nica rvore que

    recompe a casca depois desta ser extrada), tem no nosso pas o seu

    solar. Pode atingir 20m de altura e, pelo seu valor econmico e

    ecolgico, foi instituda rvore Nacional de Portugal.

    Retama monosperma

    Piorno-branco

    Espcie arbustiva ou, por vezes, pequena rvore at 4m de altura,

    caracterstica das areias litorais do Algarve e da costa sudoeste. Muito

    utilizada para fins ornamentais, seja ao longo da rede viria, seja em

    espaos urbanos.

    Rhamnus alaternus

    Sanguinho-das-sebes

    Arbusto ou pequena rvore (at 4m), comum nas regies dominadas por matas de folhas persistentes ou

    marcescentes. Tem muitas propriedades medicinais e pode ser

    conduzida como sebe.

  • 2. IDENTIFICAO DAS ESPCIES INDGENAS

    GUIA DE UTILIZAO | ESPCIES ARBREAS INDGENAS

    13

    Rhamnus cathartica Sanguinho-das-sebes

    Pequena rvore ou arbusto (at 6m), pouco vulgar em Portugal,

    ocorrendo naturalmente apenas em Trs-os-Montes. Os seus frutos tm propriedades medicinais e corantes, possuindo tambm algum interesse

    ornamental.

    Rhododendron ponticum

    Rododendro, adelfeira

    Embora normalmente surja formando densas formaes

    arbustivas de at 4m de altura, pode ocorrer tambm como rvore, sobretudo quando cultivada. Exibe

    uma florao espetacular (de Abril a Maio) e uma relquia

    paleobotnica.

    Salix alba Salgueiro-branco

    uma rvore que se desenvolve at

    25m, sendo inconfundvel o tom prateado da sua copa quando

    agitada pelo vento. Distribuda por todo o Continente, mas

    preferencialmente ocorre nos troos finais dos grandes rios. produtora

    de vime.

    Salix atrocinerea Borrazeira-preta

    o salgueiro mais expandido no

    nosso pas, tendo uma enorme importncia na proteo e

    conservao das margens dos cursos de gua e zonas hmidas. Porte arbustivo ou, com alguma frequncia, arbreo, at 15m de

    altura.

    Salix caprea Salgueiro

    Espcie similar anterior, no nosso

    pas s foi identificada muito recentemente, restringindo-se s

    regies do Gers e de Montesinho. Exibe um porte arbreo (at 10m) e ocorre sobretudo em reas hmidas

    recentemente perturbadas.

    Salix neotricha

    Salgueiro

    Espcie de distribuio ampla no pas, ainda no existe consenso

    sobre a sua autonomizao no seio do gnero Salix. uma rvore de

    at 20m e, tal como muitas das restantes espcies deste gnero, a

    sua casca tem propriedades medicinais.

  • 2. IDENTIFICAO DAS ESPCIES INDGENAS

    GUIA DE UTILIZAO | ESPCIES ARBREAS INDGENAS

    14

    Salix purpurea Salgueiro-roxo

    Salgueiro cuja rea de distribuio natural se circunscreve bacia do

    Douro, na regio de Trs-os-Montes. normalmente um arbusto

    at 6m de altura.

    Salix repens

    Salgueiro-ano

    Arbusto que raramente se converte numa pequena rvore (at 4m, em

    locais abrigados), sendo representado por 2 subespcies: a ssp. argentea (=S. arenaria), das dunas costeiras, e a ssp. repens, das maiores altitudes da serra do Gers. Tem interesse ornamental.

    Salix salviifolia

    Salgueiro-branco

    uma rvore caracterstica das margens dos cursos de gua

    torrenciais, um pouco por todo o pas. A subespcie australis muito rara e tem um estatuto especial de proteo, ocorrendo apenas no sul

    do Continente.

    Salix triandra

    Salgueiro-de-folhas-de-amendoeira

    Espcie que ocorre naturalmente apenas em Trs-os-Montes, quase

    sempre sob a forma de arbusto at 6m. Tem importncia para a fixao

    de margens de cursos de gua instveis e na produo de vimes.

    Sambucus nigra

    Salgueiro-branco

    O sabugueiro um arbusto que frequentemente toma o porte

    arbreo (at 6m, raramente at 10m) e que ocorre um pouco por

    todo o pas em stios frescos, espontnea ou cultivada. Apresenta uma bela florao primaveril e tem

    grande interesse medicinal.

    Sorbus aria Sorveira-branca

    A sorveira-branca uma rvore at

    25m, caracterstica das regies mais frias e de maior altitude. uma

    espcie de grande valor ecolgico e ornamental, muito pouco cultivada

    no nosso pas. A sua madeira muito clara, o que determinou o

    nome vulgar.

  • 2. IDENTIFICAO DAS ESPCIES INDGENAS

    GUIA DE UTILIZAO | ESPCIES ARBREAS INDGENAS

    15

    Sorbus aucuparia Tramazeira

    rvore at 15m de altura, por vezes com porte arbustivo nos solos mais delgados ou nos stios expostos, uma espcie comum nas maiores

    altitudes das serras do Norte e Centro. Cultivada florestalmente, os

    frutos tm valor alimentar (compotas e bebidas) e na conservao da fauna.

    Sorbus domestica

    Sorveira

    rvore rara, cultivada antigamente pelos seus frutos, que so

    comestveis quando muito maduros (sorvados). Altura at 10m. Tpica de

    stios com solos profundos nas regies calcrias mais hmidas,

    nomeadamente na Arrbida e no Macio Calcrio Estremenho.

    Sorbus latifolia

    Mostajeiro

    uma rvore localmente abundante na Beira Interior planltica (regio

    da Guarda e do Sabugal), onde devido aos incndios apresenta um

    porte amoitado. Contudo pode crescer at aos 10m de altura e tem

    interesse ornamental.

    Sorbus torminalis

    Mostajeiro

    rvore rara, normalmente de pequeno a mdio porte (at 25m).

    Tpica das zonas mais frias do Continente, em zonas abertas de florestas de espcies caduciflias.

    Os frutos so comestveis depois de sorvados e tem elevado valor

    decorativo.

    Tamarix africana Tamargueira

    Espcie arbustiva ou pequena

    rvore, at 8m de altura. Ocorre frequentemente em reas

    ribeirinhas de regime fortemente torrencial ou, nas regies litorais,

    nas margens de cursos de gua salobra (rias, lagunas litorais e

    esturios) e reas salgadas.

    Tamarix canariensis Tamargueira

    Espcie muito similar anterior, da

    qual se distingue por pormenores morfolgicos das flores. Distribui-se

    sobretudo pelo litoral ao norte de Aveiro.

  • 2. IDENTIFICAO DAS ESPCIES INDGENAS

    GUIA DE UTILIZAO | ESPCIES ARBREAS INDGENAS

    16

    Ulmus glabra Ulmeiro

    uma rvore de grande porte (at 40m), relativamente rara no nosso pas mas que tem visto a sua rea

    de distribuio aumentar aps estudos de caracterizao botnica de algumas regies serranas. Tem interesse ecolgico e ornamental,

    apesar da grafiose.

    Ulmus minor Ulmeiro

    Espcie at h algumas dcadas

    muito vulgar em todas as regies do pas, tem vindo a ser dizimada por sucessivas novas estirpes do fungo

    da grafiose (Ophiostoma novo-ulmi). Pode atingir um porte de 30m

    e tem grande valor florestal, ornamental e forrageiro.

    Viburnum lantana

    -

    Espcie arborescente muito rara da flora trasmontana, recentemente

    descoberta, ocorrendo no extremo ocidental do Parque Natural de

    Montesinho (freguesia de Vilar Seco de Lomba). contudo utilizada para fins ornamentais, podendo atingir os

    6m de altura

    Viburnum opulus

    Noveleiro

    Normalmente um arbusto at 4m de altura, pode no entanto alcanar

    porte arbreo, at 6m. Muito expandida na Europa, Oeste da sia

    e Norte de frica, em Portugal ocorre naturalmente apenas em

    certas localidades de Trs-os-Montes.

    Viburnum tinus

    Folhado

    Normalmente um arbusto alto, em condies favorveis atinge um

    porte arbreo, at 7m de altura. Aprecia regies de clima ocenico, tolerando alguma secura no vero,

    sendo muito utilizada para fins ornamentais, sobretudo no Centro e

    Sul.

  • 3. ORGANIZAO REGIONAL DA ARBORIZAO

    GUIA DE UTILIZAO | ESPCIES ARBREAS INDGENAS 17

    Parte significativa das espcies autctones apresenta uma distribuio muito limitada, o que no quer dizer que, do ponto de vista do seu interesse florestal, no possam assumir uma rea de expanso potencial muito superior atual, facto que deve ser considerado no planeamento regional da arborizao.

    Por outro lado, nalguns casos no aconselhvel a utilizao, na natureza, de espcies indgenas que no sejam autctones da regio em causa, j que podero constituir povoamentos mal adaptados e, caso atinjam idade de frutificao, poluir geneticamente as variedades ou subespcies regionais.

    No quadro das pginas seguintes esto indicadas as reas de distribuio natural das espcies indgenas nos territrios dos planos regionais de ordenamento florestal (PROF) e a sua utilizao potencial noutras regies onde interessante o seu valor produtivo, protetivo, conservacionista, silvopastoril ou de enquadramento paisagstico.

    importante destacar que algumas das espcies detm um estatuto especial de proteo, decorrente de legislao nacional ou internacional (especialmente comunitria), de que se salientam apenas alguns exemplos apresentados no quadro abaixo.

    Espcie Estatuto de conservao Legislao principal

    Buxus sempervirens Espcie dominante no habitat 5110 Formaes estveis xerotermfilas de Buxus sempervirens das vertentes rochosas (Berberidion p.p.).

    DL n. 140/99, de 24 de abril

    Ilex aquifolium Povoamentos e exemplares protegidos; Espcie dominante no habitat 9380 Florestas de Ilex aquifolium.

    DL n. 423/89, de 4 de dezembro; DL n. 140/99, de 24 de abril

    Juniperus spp. Espcies dominante no habitat 2250* Dunas litorais com Juniperus spp.

    DL n. 140/99, de 24 de abril

    Laurus nobilis Espcie dominante nos habitats 5230* Matagais arborescentes de Laurus nobilis e 5310 "Matas de Laurus nobilis.

    DL n. 140/99, de 24 de abril

    Quercus canariensis Espcie dominante no habitat 9240 Carvalhais ibricos de Quercus faginea e Quercus canariensis.

    DL n. 140/99, de 24 de abril

    Quercus rotundifolia Povoamentos e exemplares protegidos; Espcie dominante nos habitats 9340 Florestas de Quercus ilex e Quercus rotundifolia e 6310 Montados de Quercus spp. de folha perene.

    DL n. 169/2001, de 25 de maio; DL n. 140/99, de 24 de abril

    Quercus suber Povoamentos e exemplares protegidos; espcie dominante nos habitats 9330 Florestas de Quercus suber e 6310 Montados de Quercus spp. de folha perene.

    DL n. 169/2001, de 25 de maio; DL n. 140/99, de 24 de abril

    Rhododendron ponticum Espcie dominante no habitat 92B0 Florestas-galerias junto aos cursos de gua intermitentes mediterrnicos com Rhododendron ponticum, Salix e outras espcies.

    DL n. 140/99, de 24 de abril

    Salix repens ssp. argentea (=Salix arenaria)

    Espcie dominante no habitat 2170 Depresses dunares com Salix arenaria.

    DL n. 140/99, de 24 de abril

    Salix salviifolia ssp. australis ANEXO B-II (Espcies animais e vegetais de interesse comunitrio cuja conservao exige a designao de zonas especiais de conservao).

    DL n. 140/99, de 24 de abril

    Taxus baccata Espcie dominante no habitat 9580* Florestas mediterrnicas de Taxus.

    DL n. 140/99, de 24 de abril

  • 3. ORGANIZAO REGIONAL DA ARBORIZAO

    GUIA DE UTILIZAO | ESPCIES ARBREAS INDGENAS 18

    Regio > NORTE CENTRO LISBOA & VT ALENTEJO ALG PROF > AMI BMI AMP TAM BAP NOR DOU CLI DLF PIN BIN BIS PIS OES RIB AML AAL ALC ALI BAL Espcie Fis

    Juniperus communis p + x + x + x Juniperus navicularis p x x x x x Juniperus oxycedrus p x x + x x x + x Juniperus turbinata p x x x x x x Pinus pinaster p x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Pinus pinea p x x x x x x x x x x Pinus sylvestris p x x x x x x x x x x x x Taxus baccata p x x + + x x + + x + x + + + + Acer monspessulanum c x x x x + + + x x + + + Acer pseudoplatanus c x x x x x + x x x x x x x + x x Alnus glutinosa c x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Amelanchier ovalis c x x + + x x x + + + + x x x Arbutus unedo p x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Betula pubescens c x x x x x x x x x x x + Buxus sempervirens p x x x + + Castanea sativa c x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Celtis australis c x + x x x x x x x + x x x + x + x x + x Ceratonia siliqua p x + x + + x Chamaerops humilis p + x x Cornus sanguinea c + + x x x + + + + Corylus avellana c x x x x x x x x x x x x x + + x x Crataegus monogyna c x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Erica arborea p x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Euonymus europaeus c + + x + Fagus sylvatica c + x + + + Frangula alnus c x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Fraxinus angustifolia c x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Ilex aquifolium p x x x x x x x x x x x x x x x x x Laurus nobilis p x x x x x x x x x x x x x x x x x Ligustrum vulgare c x x x Malus sylvestris c x x + x x x x + + + x x Myrica faya p x x x x x Myrica gale c x x x x x x

  • 3. ORGANIZAO REGIONAL DA ARBORIZAO

    GUIA DE UTILIZAO | ESPCIES ARBREAS INDGENAS 19

    Regio > NORTE CENTRO LISBOA & VT ALENTEJO ALG PROF > AMI BMI AMP TAM BAP NOR DOU CLI DLF PIN BIN BIS PIS OES RIB AML AAL ALC ALI BAL Espcie Fis

    Myrtus communis p x x x x x x x x x x x x x x x x x x Nerium oleander p x x x x x x Olea europaea sylvestris p x x x x x x x x x x x x x x Phillyrea angustifolia p x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Phillyrea latifolia p x x x x x x x x x x x x x x x Pistacia lentiscus p x x x x x x x x x x Pistacia terebinthus p x x x x x x x x x x x + x Populus alba c + + x x x + + x x x + x + x x x + + Populus nigra c x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Prunus avium c x x x x x x x x x x x x x x x Prunus insititia c x x x x x x x x x x x x x Prunus lusitanica p x x + x x + x x x x x x + x x Prunus mahaleb c + + + + + x x + + + x + Prunus padus c + + + x x x + x x + x Prunus spinosa c x x x x x x x x x x x x x x x x x x Pyrus bourgaena c x x x x x x x x x x x x x x Pyrus cordata c x x x x x x x x x x x x x Pyrus pyraster c x x + + x + + + + + + Quercus canariensis c + x Quercus coccifera p x x x x x x x x x x x x x Quercus faginea alpestris x Quercus faginea broteroi m x x x x x x x x x x x x x x Quercus faginea faginea m x x x Quercus pyrenaica m x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Quercus rivas-martinezii p x x x x Quercus robur p x x x x x x x x x x x x x Quercus rotundifolia p x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Quercus suber p x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Retama monosperma p + x x Rhamnus alaternus p x x x x x x x x x x x x x Rhamnus cathartica c x x x Rhododendron ponticum p + + x x x x x

  • 3. ORGANIZAO REGIONAL DA ARBORIZAO

    GUIA DE UTILIZAO | ESPCIES ARBREAS INDGENAS 20

    Regio > NORTE CENTRO LISBOA & VT ALENTEJO ALG PROF > AMI BMI AMP TAM BAP NOR DOU CLI DLF PIN BIN BIS PIS OES RIB AML AAL ALC ALI BAL Espcie Fis

    Salix alba c x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Salix atrocinerea c x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Salix caprea c + + + + + x + x + + + + + + x + + Salix fragilis c x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Salix neotricha c x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Salix purpurea c + x + Salix repens argentea c + + x x x Salix repens repens c + x + + + Salix salviifolia c x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Salix triandra c x x x x x x x x x x x + + Sambucus nigra c x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x Sorbus aria c x x + + x x x x x x Sorbus aucuparia c x x x x x x x x x + x + Sorbus domestica c + + + + + + + x + + + + + + x x Sorbus latifolia c + + + + + + + + + + x x Sorbus torminalis c x x + + x x + + + + x x Tamarix africana c x + x x x x x x x x x x x x x X Tamarix canariensis c x x x Ulmus glabra c x x x x x x Ulmus minor c x x x x x x x x x x x x x x x x x Viburnum lantana c + + x + Viburnum opulus c + + x + + Viburnum tinus p x x x x x x x x x x x x x x x x x

    Legenda: x espcie com ocorrncia natural na regio; + - espcie de utilizao aconselhada na regio. Fisionomia invernal: c caduciflia; m marcescente; p sempre-verde. A chave para as designaes dos PROF encontra-se em anexo.

  • 4. ORIENTAES PARA O PLANEAMENTO DAS ARBORIZAES

    GUIA DE UTILIZAO | ESPCIES ARBREAS INDGENAS 21

    poca de plantao

    A poca de plantao um dos fatores decisivos para o sucesso das arborizaes, sendo essencial proceder a um cuidadoso planeamento. Nas condies portuguesas, com uma grande diversidade de climas regionais e microclimas e, simultaneamente, com uma acentuada variabilidade interanual das condies meteorolgicas, impossvel estabelecer generalizaes quanto a este aspeto. Acrescem ainda as exigncias tpicas de cada espcie e as vrias tcnicas alternativas de plantao, que podem introduzir restries adicionais.

    Nas regies mais secas aconselhvel que a plantao se efetue no outono, para que a planta disponha do mximo perodo possvel para desenvolver o sistema radicular, permitindo-lhe obter a gua e os nutrientes de que necessita e suportar um vero seco e quente. A terceira forte chuvada de incio de outono um bom indicador, em cada local, para o incio do perodo adequado para plantar ou semear.

    Nas regies mais hmidas o perodo de plantao mais extenso, mas h que ter em ateno que, medida que subimos em altitude e latitude, o frio invernal passa a constituir uma restrio mais frequente, podendo mesmo inviabilizar as plantaes outonais.

    No quadro seguinte fornece-se uma primeira indicao geral das melhores pocas de plantao1, importante para a fase inicial de planeamento das aes. O tipo de planta indica o mtodo de produo e, sobretudo, de transplantao das pequenas rvores do viveiro florestal para o local de plantao definitivo, podendo o transporte das plantas ser realizado com ou sem contentores (com raiz envolvida em torro, incluindo vasos, sacos, etc., ou em raiz nua).

    Regies Tipo de planta Possibilidade de plantao

    jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

    Portugal atlntico

    Plantas de raiz nua

    Plantas em torro

    Sementeira

    Portugal mediterrnico

    Plantas de raiz nua

    Plantas em torro

    Sementeira

    Legenda Aconselhvel

    Desaconselhvel Varivel, em funo do stio e da evoluo das condies meteorolgicas do ano

    1 Incluindo tambm a sementeira em local definitivo. Em casos especiais (Salix, Populus, etc.) pode ser aconselhvel a utilizao de estacas em local definitivo.

  • 4. ORIENTAES PARA O PLANEAMENTO DAS ARBORIZAES

    GUIA DE UTILIZAO | ESPCIES ARBREAS INDGENAS 22

    Colheita de sementes

    Caso se opte pela sementeira (p. ex. de bolotas, de pinhes ou de penisco), em vez da plantao, devero ser observados os aspetos tcnicos e legais que seguidamente se apresentam, embora de forma resumida.

    importante conhecer a poca de maturao de cada espcie florestal, uma vez que s nesta poca se devem colher as sementes/frutos a fim de garantir a sua qualidade. O incio da poca de maturao indicado pela mudana de cor do fruto muda de verde para outra cor (castanho e vermelho so as cores mais comuns).

    O pinheiro-manso tem uma poca de colheita definida em legislao (Decreto-lei n. 528/99, de 10 de dezembro).

    As sementes devem ser colhidas em rvores adultas em bom estado vegetativo e que apresentem as caractersticas que se querem propagar, dado que naquele estgio de idade e sade a frutificao mais abundante e a percentagem de sementes com boa capacidade germinativa maior.

    As sementes no devem ser colhidas em rvores isoladas ou num conjunto reduzido de rvores, nem nas rvores de bordadura de povoamentos, pois o risco de consanguinidade muito elevado.

    A colheita de sementes num povoamento deve ser efetuada nas rvores mais centrais e nas que estiverem mais afastadas de rvores mal conformadas.

    Deve colher-se semente nos povoamentos prximos do local onde vo ser utilizadas ou em regies que tenham as mesmas condies edafoclimticas.

    No quadro seguinte indicam-se as pocas mais propcias para a colheita de sementes, devendo igualmente consultar-se MONTEIRO (2010).

    Resinosas

    Espcies Meses

    jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Juniperus oxycedrus

    Oxicedro Juniperus turbinata

    Sabina-da-praia Pinus pinaster

    Pinheiro-bravo Pinus pinea

    Pinheiro-manso Pinus sylvestris

    Pinheiro-silvestre Taxus baccata

    Teixo

  • 4. ORIENTAES PARA O PLANEAMENTO DAS ARBORIZAES

    GUIA DE UTILIZAO | ESPCIES ARBREAS INDGENAS 23

    Folhosas

    Espcies

    Meses jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

    Acer monspessulanum

    Zelha

    Acer pseudoplatanus

    Padreiro

    Alnus glutinosa Amieiro

    Arbutus unedo Medronheiro

    Betula pubescens

    Vidoeiro

    Castanea sativa Castanheiro

    Celtis australis Lodo-bastardo

    Corylus avellana Aveleira

    Crataegus monogyna Pilriteiro

    Fagus sylvatica Faia

    Fraxinus angustifolia

    Freixo

    Ilex aquifolium Azevinho

    Laurus nobilis

    Loureiro

    Pistacia terebinthus Terebinto

    Prunus avium Cerejeira-brava

    Prunus lusitanica

    Azereiro

    Prunus mahaleb

    Cerejeira de Santa-Luzia Quercus coccifera

    Carrasco Quercus faginea

    Carvalho-cerquinho Quercus rotundifolia

    Azinheira Quercus pyrenaica

    Carvalho-negral

  • 4. ORIENTAES PARA O PLANEAMENTO DAS ARBORIZAES

    GUIA DE UTILIZAO | ESPCIES ARBREAS INDGENAS 24

    Quercus robur

    Carvalho-alvarinho

    Quercus suber Sobreiro

    Sorbus aria

    Sorveira-branca

    Sorbus aucuparia Tramazeira

    Sorbus latifolia Mostajeiro

    Sorbus torminalis

    Mostajeiro

    Cumprimento da legislao

    Na escolha do local e da poca de plantao devero ser sempre observadas condicionantes decorrentes do tipo de propriedade em causa (necessidade de autorizao do proprietrio) e de legislao especial aplicvel defesa contra incndios florestais (por exemplo, faixas de gesto de combustvel no redor de edificaes), linhas de transporte de eletricidade, proteo da fauna e da flora, etc..

    Acompanhamento das arborizaes

    Dever ser sempre previsto o acompanhamento das rvores plantadas, garantindo que tenham todas as condies para que a plantao ou sementeira seja um sucesso. Nos primeiros veres (ou mesmo no inverno e na primavera, se estes forem secos) fundamental garantir uma humidade adequada do solo e o controlo da vegetao concorrente (herbceas, pequenos arbustos, etc.). No caso de serem rvores pequenas, devero ser claramente assinaladas, evitando-se o acesso de mquinas, pessoas e animais (gado, fauna selvagem, etc.) que possam causar danos; em certos locais e regies pode ser necessrio usar protetores especiais, para a sua proteo contra herbvoros (seja fauna selvagem, seja gado domstico).

    Adaptao aos solos e microclimas regionais

    No quadro e mapa seguintes apresenta-se uma primeira orientao geral para a escolha das espcies mais adequadas para cada regio, em Portugal continental, segundo o tipo de stio* florestal.

    Em muitos locais h grandes variaes nos fatores microclimticos e nos tipos e caractersticas dos solos, pelo que no caso de arborizaes a partir de uma certa dimenso aconselhvel uma avaliao prvia por um tcnico com conhecimento aprofundado das florestas e silvicultura regionais.

  • 4. ORIENTAES PARA O PLANEAMENTO DAS ARBORIZAES

    GUIA DE UTILIZAO | ESPCIES ARBREAS INDGENAS 25

    Estaes Portugal atlntico Portugal mediterrnico Andar basal (0-400m)

    Andar submontano (400-700m)

    Andares montano e altimontano

    (>700m)

    Andar basal (0-400m)

    Andar submontano (400-700m)

    Andares montano e altimontano

    (>700m) Stios mesfilos*

    Acer pseudoplatanus Arbutus unedo Castanea sativa Crataegus monogyna Ilex aquifolium Laurus nobilis Prunus avium Prunus spinosa Pyrus cordata Quercus robur

    Acer pseudoplatanus Arbutus unedo Castanea sativa Crataegus monogyna Frangula alnus Ilex aquifolium Malus sylvestris Prunus avium Prunus spinosa Pyrus cordata Quercus pyrenaica Quercus robur Sorbus aria Sorbus aucuparia

    Juniperus communis Pinus sylvestris Acer pseudoplatanus Betula pubescens Castanea sativa Crataegus monogyna Fagus sylvatica Frangula alnus Ilex aquifolium Malus sylvestris Prunus avium Prunus spinosa Pyrus comm. pyraster Pyrus cordata Quercus pyrenaica Quercus robur Sorbus aria Sorbus aucuparia Sorbus torminalis

    Arbutus unedo Myrtus communis Nerium oleander Olea europaea sylvestris Phillyrea angustifolia Phillyrea latifolia Pistacia lentiscus Pyrus bourgaeana Quercus coccifera Quercus faginea Quercus rivasmartinezzi Quercus rotundifolia Quercus suber Viburnum tinus

    Pinus pinaster Arbutus unedo Castanea sativa Crataegus monogyna Prunus mahaleb Prunus spinosa Pyrus bourgaeana Quercus canariensis Quercus faginea Quercus pyrenaica Quercus rotundifolia Quercus suber Viburnum tinus

    Pinus pinaster Pinus sylvestris Castanea sativa Crataegus monogyna Frangula alnus Ilex aquifolium Malus sylvestris Prunus avium Prunus mahaleb Prunus spinosa Pyrus cordata Quercus faginea faginea Quercus pyrenaica Quercus rotundifolia Quercus suber Sorbus aucuparia Sorbus torminalis Viburnum opulus

    Stios higrfilos*

    Acer pseudoplatanus Alnus glutinosa2 Cornus sanguinea Corylus avellana Erica arborea Frangula alnus Fraxinus angustifolia Laurus nobilis Myrica gale Populus nigra Prunus lusitanica Quercus robur Rhododendron ponticum Salix alba Salix atrocinerea Salix neotricha Salix repens3 Salix salviifolia Sambucus nigra Ulmus minor

    Taxus baccata Acer pseudoplatanus Alnus glutinosa Amelanchier ovalis Betula pubescens Cornus sanguinea Corylus avellana Erica arborea Fagus sylvatica Fraxinus angustifolia Populus nigra Prunus lusitanica Prunus padus Quercus robur Rhododendron ponticum Salix alba Salix atrocinerea Salix neotricha Salix salviifolia Sambucus nigra Ulmus glabra Ulmus minor

    Taxus baccata Acer pseudoplatanus Alnus glutinosa Amelanchier ovalis Betula pubescens Erica arborea Fraxinus angustifolia Prunus padus Quercus robur Salix atrocinerea Salix caprea Salix neotricha Salix repens Salix salviifolia Sambucus nigra Ulmus glabra Ulmus minor

    Acer monspessulanum Alnus glutinosa Arbutus unedo Buxus sempervirens Celtis australis Crataegus monogyna Erica arborea Fraxinus angustifolia Laurus nobilis Myrica faya Myrica gale Nerium oleander Populus alba Populus nigra Prunus insititia Prunus mahaleb Prunus spinosa Pyrus bourgaeana Quercus canariensis Quercus faginea Rhamnus alaternus Salix alba Salix atrocinerea Salix neotricha Salix purpurea Salix repens2 Salix salviifolia Salix triandra Sambucus nigra Sorbus domestica Ulmus minor Viburnum tinus

    Acer monspessulanum Alnus glutinosa Amelanchier ovalis Arbutus unedo Buxus sempervirens Celtis australis Cornus sanguinea Crataegus monogyna Erica arborea Euonymus europaeus Fraxinus angustifolia Ilex aquifolium Populus alba Populus nigra Populus tremula Prunus insititia Prunus lusitanica Pyrus bourgaeana Rhamnus cathartica Rhododendron ponticum4 Salix alba Salix atrocinerea Salix neotricha Salix salviifolia Salix triandra Sambucus nigra Sorbus aria Sorbus domestica Sorbus latifolia Ulmus minor Viburnum lantana Viburnum tinus

    Taxus baccata Alnus glutinosa Amelanchier ovalis Betula pubescens Crataegus monogyna Erica arborea Fraxinus angustifolia Prunus padus Pyrus bourgaeana Rhamnus cathartica Rhododendron ponticum3 Salix atrocinerea Salix caprea Salix neotricha Salix salviifolia Salix triandra Sambucus nigra Sorbus aria Sorbus latifolia Ulmus minor

    Stios xerfilos*

    Pinus pinaster Myrtus communis Phillyrea angustifolia Quercus pyrenaica Quercus suber Rhamnus alaternus

    Pinus pinaster Quercus pyrenaica Quercus suber

    Pinus sylvestris Quercus suber

    Juniperus oxycedrus Juniperus turbinata Pinus pinaster Pinus pinea Chamaerops humilis Pistacia terebinthus Quercus coccifera Quercus rotundifolia

    Juniperus oxycedrus Pinus pinaster Pinus pinea Pistacia terebinthus Quercus coccifera Quercus rotundifolia

    Juniperus oxycedrus Pinus pinaster Quercus rotundifolia

    Dunas e areais costeiros

    Pinus pinaster Myrica faya Tamarix africana4 Tamarix canariensis4

    Juniperus navicularis Juniperus turbinata Pinus pinaster Myrica faya Pistacia lentiscus Quercus coccifera Quercus rivasmartinezzi Retama monosperma Tamarix africana5 Tamarix canariensis4

    Stios de solos com calcrio activo

    Pinus pinea Acer monspessulanum Arbutus unedo Celtis australis Ceratonia siliqua Chamaerops humilis Ligustrum vulgare Olea europaea sylvestris Quercus coccifera Quercus faginea Quercus rivasmartinezzi Quercus rotundifolia

    Pinus pinea Acer monspessulanum Arbutus unedo Buxus sempervirens Celtis australis Ligustrum vulgare Quercus coccifera Quercus rotundifolia

    Quercus rotundifolia

    2 Exclusivamente em margens de cursos ou massas de gua permanente. 3 Nas zonas hmidas das dunas costeiras. 4 Apenas na serra de Monchique. 5 Tambm em solos extremamente secos, salgadios ou nas margens de guas salobras.

  • 4. ORIENTAES PARA O PLANEAMENTO DAS ARBORIZAES

    GUIA DE UTILIZAO | ESPCIES ARBREAS INDGENAS 26

  • 5. PARA SABER MAIS

    GUIA DE UTILIZAO | ESPCIES ARBREAS INDGENAS 27

    SOBRE A IMPORTNCIA DAS RVORES E FLORESTAS SILVA, Joaquim Sande (Coord. Ed.) rvores e Florestas de Portugal. Lisboa: Pblico, Comunicao Social, SA, Fundao Luso-Americana para o Desenvolvimento e Liga para a Proteo da Natureza, 2007. Coleo de 9 volumes. [A mais completa e recente viso sobre as rvores florestas portuguesas, nas vertentes histrica, ecolgica e socio-econmica].

    COLAO, M. Conceio (Coord.) Floresta, Muito Mais que rvores. Manual de Educao Ambiental para a Floresta. Lisboa: Autoridade Florestal Nacional, 2011. 127 p. ISBN 978-972-8097-74-5. [Introduo importncia da floresta, para apoio s atividades educativas e de ensino. Acessvel a partir de http://www.icnf.pt/portal/agir/rec-did/florest]

    ARTHUS-BERTRAND, Yann Of Forests and Men. Paris: ditions de La Martinire, 2011. 192 p. ISBN 978-2-7324-4593-9. [Publicao editada no mbito do Ano Internacional das Florestas-2011, versa sobre a relevncia das florestas no mundo e sobre as aes de proteo necessrias para a defesa dos seus recursos e das sociedades que delas dependem. Acessvel a partir de http://www.desforetsetdeshommes.org/pt-pt/node/340]

    SOBRE O FUNCIONAMENTO E CULTURA DAS RVORES E FLORESTAS ALVES, A. Monteiro; PEREIRA, Joo S.; CORREIA, Alexandre V. Silvicultura. A Gesto dos Ecossistemas Florestais. Lisboa: Fundao Calouste Gulbenkian, 2012. 597 p. ISBN 978-972-31-1460-7. [Obra que estabelece os fundamentos tcnicos e cientficos da gesto das rvores e das florestas, com a informao mais recente sobre as espcies e ecossistemas portugueses]

    SOBRE A IDENTIFICAO DAS RVORES INDGENAS BINGRE, Pedro; AGUIAR, Carlos; ESPRITO-SANTO, Dalila; ARSNIO, Pedro; MONTEIRO-HENRIQUES, Tiago (Coord. cient.) Guia de Campo As rvores e os arbustos de Portugal continental. Lisboa: Pblico, Comunicao Social, SA, Fundao Luso-Americana para o Desenvolvimento e Liga para a Proteo da Natureza, 2007. 462 p. Vol IX da Coleo rvores e Florestas de Portugal. ISBN 978-989-619-106-1. [O mais completo guia de campo para as rvores de Portugal continental, sendo o nico manual de identificao e caracterizao das espcies produzido especificamente para o pblico portugus]

  • 5.PARA SABER MAIS

    GUIA DE UTILIZAO | ESPCIES ARBREAS INDGENAS 28

    LPEZ GONZLEZ, Gins A. Los rbores y arbustos de la Pennsula Ibrica e Islas Baleares. Madrid: Ediciones Mundi-Prensa, 2001. 2 tomos, 1727 p. ISBN 84-7114-953-2 [Obra de referncia sobre as espcies arbreas e arbustivas que ocorrem em toda a Pennsula Ibrica, com especial nfase nas espcies indgenas]

    COSTA TENORIO, Margarita; MORLA JUARISTI, Carlos; SAINZ OLLERO, Helios Los bosques ibricos. Una interpretacin geobotnica. 4. Ed. Barcelona: Editorial Planeta, S.A., 2005. 597 p. ISBN 84-08-05-820-7. [ ainda a melhor viso de conjunto dos ecossistemas florestais autctones da Pennsula Ibrica, com a descrio (por vezes minuciosa) dos habitats, das espcies da fauna e flora caractersticos e das suas dinmicas].

    RUSHFORD, Keith Collins Wildlife Trust Guide Trees of Britain & Europe. London: Harper Collins Publishers, 1999. 1336 p. ISBN 0 00 220013 9. [Um excelente guia fotogrfico para identificao de rvores no campo, incluindo a quase totalidade das espcies indgenas em Portugal continental]

    GAMA, Miguel Dantas da rvores do Parque Nacional da Peneda-Gers. Porto: Canhes de Pedra e FAPAS, 2011. 231 p. ISBN 978-972-97995-1-8. [Magnfica monografia sobre as rvores indgenas do Parque Nacional, descrevendo todas as diferentes espcies e matas que nele e nas serras do Portugal atlntico, se podem encontrar]

    PEDRO, Jos Gomes; SANTOS, Isabel Silva Flores da Arrbida. Guia de Campo. Lisboa: Assrio & Alvim e Instituto da Conservao da Natureza e da Biodiversidade, 2010. 271 p. ISBN 978-972-37-1446-3. [Interessante guia de campo, com utilidade para as espcies caractersticas do Portugal mediterrnico e das regies calcrias]

    SOCIEDADE PORTUGUESA DE BOTNICA Pgina Flora-On, acessvel em http://flora-on.pt/ [Contm uma extensa base de dados, que vem sendo progressivamente completada, e muita informao sobre as espcies arbreas indgenas]

    SOBRE A REPRODUO DE ESPCIES FLORESTAIS INDGENAS MONTEIRO, Paulo Rocha Da semente se faz a rvore. Reproduo por semente de rvores e arbustos autctones. Castelo Branco: Quercus Associao Nacional de Conservao da Natureza, 2010. Cadernos Quercus Srie D n. 6. 92 p. [Obra muito completa sobre as tcnicas de reproduo de um grande nmero de espcies indgenas. Acessvel em http://criarbosques.wordpress.com/da-semente-se-faz-a-arvore/]

  • 5.PARA SABER MAIS

    GUIA DE UTILIZAO | ESPCIES ARBREAS INDGENAS 29

    GLOSSRIO

    Espcie indgena Espcie da flora originria do territrio de Portugal continental, registada como ocorrendo naturalmente e com populaes auto-sustentadas durante os tempos histricos. Stio (florestal) Conjunto de fatores fsicos e fisiogrficos, climticos, biolgicos e edficos que caracterizam uma determinada rea e definem a sua qualidade ecolgica. O mesmo que estao (de ALVES et al., 2012). Stios higrfilos Locais onde a posio topogrfica favorece a acumulao de gua de origem fretica, que se soma proveniente da precipitao, originando maiores disponibilidades hdricas para as plantas. Ocorrem tipicamente na base de paredes rochosas, em locais onde o nvel fretico se aproxima ou contacta com a superfcie e no fundo dos vales ou em bacias endorreicas, com drenagem insuficiente. Stios mesfilos (climatfilos) Locais com solos normais, abastecidos apenas pela gua da chuva (retendo uma parte e drenando a restante), sem excesso de ies fitotxicos e com profundidade suficiente. Em termos fisiogrficos correspondem a situaes planas ou a meias-encostas, sem declive acentuado. Stios xerfilos Locais com solos delgados ou que retm apenas uma pequena parte da gua da chuva, gerando menores disponibilidades hdricas para as plantas. Correspondem a paredes e afloramentos rochosos, solos em encostas muito declivosas, solos em vertentes expostas a sul, etc..

  • ANEXO

    GUIA DE UTILIZAO | ESPCIES ARBREAS INDGENAS 30

    ANEXO delimitao das regies PROF

    Regio Norte

    Plano Regional de Ordenamento Florestal do Alto Minho, abrange os municpios de Arcos de Valdevez, Caminha, Melgao, Mono, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Valena, Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira, coincidentes com a NUTS de nvel III - Minho Lima;

    Plano Regional de Ordenamento Florestal do Baixo Minho, abrange os municpios de Amares, Barcelos, Braga, Esposende, Terras de Bouro e Vila Verde, coincidentes com a NUTS de nvel III - Cvado, os municpios de Fafe, Guimares, Pvoa de Lanhoso, Santo Tirso, Trofa, Vieira do Minho, Vila Nova de Famalico e Vizela, coincidentes com a NUTS de nvel III - Ave.

    Plano Regional de Ordenamento Florestal do Tmega, abrange os municpios de Amarante, Baio, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto, Castelo de Paiva, Cinfes, Felgueiras, Lousada, Marco de Canaveses, Mondim de Basto, Paos de Ferreira, Paredes, Penafiel, Resende e Ribeira de Pena, coincidentes com a NUTS de nvel III - Tmega;

    Plano Regional de Ordenamento Florestal da rea Metropolitana do Porto e Entre Douro e Vouga, abrange os municpios de Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Pvoa de Varzim, Valongo, Vila do Conde e Vila Nova de Gaia, coincidentes com a NUTS de nvel III - Porto, e os municpios de Arouca, Santa Maria da Feira, Oliveira de Azemis, So Joo da Madeira e Vale de Cambra, coincidentes com a NUTS de nvel III - Entre Douro e Vouga.

    Plano Regional de Ordenamento Florestal do Douro, abrange os municpios de Alij, Armamar, Carrazeda de Ansies, Freixo de Espada Cinta, Lamego, Meso Frio, Moimenta da Beira, Penedono, Peso da Rgua, Sabrosa, Santa Marta de Penaguio, So Joo da Pesqueira, Sernancelhe, Tabuao, Tarouca, Torre de Moncorvo, Vila Flor, Vila Nova de Foz Ca e Vila Real, coincidentes com a NUTS de nvel III - Douro;

    Plano Regional de Ordenamento Florestal do Nordeste, abrange os municpios de Alfndega da F, Bragana, Macedo de Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro, Vimioso e Vinhais, da NUTS de nvel III - Alto Trs-os-Montes;

    Plano Regional de Ordenamento Florestal de Barroso e Padrela, abrange os municpios de Boticas, Chaves, Montalegre, Mura, Valpaos e Vila Pouca de Aguiar, da NUTS de nvel III - Alto Trs-os-Montes.

    Regio Centro

    Plano Regional de Ordenamento Florestal do Centro Litoral, abrange os municpios de gueda, Albergaria-a-Velha, Anadia, Aveiro, Estarreja, lhavo, Mealhada, Murtosa, Oliveira do Bairro, Ovar, Sever do Vouga e Vagos, coincidentes com a NUTS de nvel III - Baixo Vouga, os municpios de Cantanhede, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz, Mira, Montemor-o-Velho, Penacova e Soure, coincidentes com a NUTS de nvel III - Baixo Mondego, e os municpios da Batalha, Leiria, Marinha Grande, Pombal e Porto de Ms, coincidentes com a NUTS de nvel III - Pinhal Litoral;

    Plano Regional de Ordenamento Florestal de Do Lafes, abrange os municpios de Aguiar da Beira, Carregal do Sal, Castro Daire, Mangualde, Mortgua, Nelas, Oliveira de Frades, Penalva do Castelo, Santa Comba Do, So Pedro do Sul, Sto, Tondela, Vila Nova de Paiva, Viseu e Vouzela, coincidentes com a NUTS de nvel III - Do Lafes;

  • ANEXO

    GUIA DE UTILIZAO | ESPCIES ARBREAS INDGENAS 31

    Plano Regional de Ordenamento Florestal do Pinhal Interior Norte, abrange os municpios de Alvaizere, Ansio, Arganil, Castanheira de Pera, Figueir dos Vinhos, Gis, Lous, Miranda do Corvo, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Pedrgo Grande, Penela, Tbua e Vila Nova de Poiares, coincidentes com a NUTS de nvel III - Pinhal Interior Norte.

    Plano Regional de Ordenamento Florestal do Pinhal Interior Sul, abrange os municpios de Mao, Oleiros, Proena-a-Nova, Sert e Vila de Rei, coincidentes com a NUTS de nvel III - Pinhal Interior Sul;

    Plano Regional de Ordenamento Florestal da Beira Interior Norte, abrange os municpios de Fornos de Algodres, Gouveia e Seia, coincidentes com a NUTS de nvel III - Serra da Estrela, os municpios de Almeida, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Guarda, Manteigas, Meda, Pinhel, Sabugal e Trancoso, coincidentes com a NUTS de nvel III - Beira Interior Norte, e os municpios de Belmonte, Covilh e Fundo, coincidentes com a NUTS de nvel III - Cova da Beira;

    Plano Regional de Ordenamento Florestal da Beira Interior Sul, abrange os municpios de Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Penamacor e Vila Velha de Rdo, coincidente com a NUTS de nvel III - Beira Interior Sul.

    Regio de Lisboa e Vale do Tejo

    Plano Regional de Ordenamento Florestal do Ribatejo, abrangendo os municpios de Abrantes, Alcanena, Constncia, Entroncamento, Ferreira do Zzere, Sardoal, Tomar, Torres Novas, Vila Nova da Barquinha e Ourm, coincidentes com a NUTS de nvel III - Mdio Tejo, e os municpios de Almeirim, Alpiara, Azambuja, Benavente, Cartaxo, Chamusca, Coruche, Goleg, Rio Maior, Salvaterra de Magos e Santarm, coincidentes com a NUTS de nvel III - Lezria do Tejo;

    Plano Regional de Ordenamento Florestal da rea Metropolitana de Lisboa, abrange os municpios de Amadora, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Odivelas, Oeiras, Sintra e Vila Franca de Xira, coincidentes com a NUTS de nvel III - Grande Lisboa, e os municpios de Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra e Setbal, coincidentes com a NUTS de nvel III - Pennsula de Setbal;

    Plano Regional de Ordenamento Florestal do Oeste, abrange os municpios de Alcobaa, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinh, Nazar, bidos, Peniche, Sobral de Monte Agrao e Torres Vedras, coincidentes com a NUTS de nvel III - Oeste.

    Regio do Alentejo

    Plano Regional de Ordenamento Florestal do Baixo Alentejo, abrange os municpios de Aljustrel, Almodvar, Alvito, Barrancos, Beja, Castro Verde, Cuba, Ferreira do Alentejo, Mrtola, Moura, Ourique, Serpa e Vidigueira, coincidentes com a NUTS de nvel III - Baixo Alentejo;

    Plano Regional de Ordenamento Florestal do Alentejo Litoral, abrange os municpios de Alccer do Sal, Grndola, Odemira, Santiago do Cacm e Sines, coincidentes com a NUTS de nvel III - Alentejo Litoral;

  • ANEXO

    GUIA DE UTILIZAO | ESPCIES ARBREAS INDGENAS 32

    Plano Regional de Ordenamento Florestal do Alentejo Central, abrange os municpios de Alandroal, Arraiolos, Borba, Estremoz, vora, Montemor-o-Novo, Mouro, Portel, Redondo, Reguengos de Monsaraz, Sousel, Vendas Novas, Viana do Alentejo e Vila Viosa, coincidentes com a NUTS de nvel III - Alentejo Central;

    Plano Regional de Ordenamento Florestal do Alto Alentejo, abrange os municpios de Alter do Cho, Arronches, Avis, Campo Maior, Castelo de Vide, Crato, Elvas, Fronteira, Gavio, Marvo, Monforte, Mora, Nisa, Ponte de Sr e Portalegre, coincidentes com a NUTS de nvel III - Alto Alentejo.

    Regio do Algarve

    Plano Regional de Ordenamento Florestal do Algarve, que abrange os municpios de Albufeira, Alcoutim, Aljezur, Castro Marim, Faro, Lagoa, Lagos, Loul, Monchique, Olho, Portimo, So Brs de Alportel, Silves, Tavira, Vila do Bispo e Vila Real de Santo Antnio, coincidentes com a NUTS de nvel III - Algarve.

  • FICHA TCNICA

    GUIA DE UTILIZAO | ESPCIES ARBREAS INDGENAS 33

    21 de maro de 2013 - Dia Internacional das Florestas Edio: Instituto da Conservao da Natureza e das Florestas, I. P. Coordenao: Departamento de Gesto e Produo Florestal Agradecimentos: devido um especial agradecimento aos Professores e Investigadores Pedro Bingre do Amaral (ESAC), Carlos Aguiar (ESAB), Carlos Neto (FL) e Jorge Capelo (EFN) e pela cedncia de mapas de distribuio das espcies e de imagens, e ao Eng. Fernando Lopes (FCUL), pelos contributos e sugestes para a melhoria da redao.

  • Este documento encontra-se disponvel em

    www.icnf.pt

    Departamento de Gesto e Produo Florestal

    Espcies arbreas IndgenasEM portugal continentalguia de utilizaoJuniperus communisJuniperus navicularisJuniperus oxycedrusJuniperus turbinataPinus pinasterPinus pineaPinus sylvestrisTaxus baccataAcer monspessulanumAcer pseudoplatanusAlnus glutinosaAmelanchier ovalisArbutus unedoBetula pubescensBuxus sempervirensCastanea sativaCeltis australisCeratonia siliquaChamaerops humilisCornus sanguineaCorylus avellanaCrataegus monogynaErica arboreaEuonymus europaeusFagus sylvaticaFrangula alnusFraxinus angustifoliaIlex aquifoliumLaurus nobilisLigustrum vulgareMalus sylvestrisMyrica fayaMyrica galeMyrtus communisNerium oleanderOlea europaea sylvestrisPhillyrea angustifoliaPhillyrea latifoliaPistacia lentiscusPistacia terebinthusPopulus albaPopulus nigraPrunus aviumPrunus insititiaPrunus lusitanicaPrunus mahalebPrunus padusPrunus spinosaPyrus bourgaenaPyrus cordata Pyrus pyrasterQuercus canariensisQuercus cocciferaQuercus faginea alpestrisQuercus faginea broteroiQuercus faginea fagineaQuercus pyrenaicaQuercus rivas-martineziiQuercus roburQuercus rotundifoliaQuercus suberRetama monospermaRhamnus alaternusRhamnus catharticaRhododendron ponticumEspcieSalix albaSalix atrocinereaSalix capreaSalix fragilisSalix neotrichaSalix purpureaSalix repens argenteaSalix repens repensSalix salviifoliaSalix triandraSambucus nigraSorbus ariaSorbus aucupariaSorbus domesticaSorbus latifolia Sorbus torminalis Tamarix africanaTamarix canariensisUlmus glabraUlmus minorViburnum lantanaViburnum opulusViburnum tinus