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    INDSTRIA

    GRFICA

    AMBIENTAL DA

    TCNICOGUIA

    SRIE P+L

    2 Edio

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    GUIA TCNICO AMBIENTAL DA INDSTRIA GRFICA - SRIE P+L

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    GOVERNO DO ESTADO DE SO PAULOJos Serra Governador

    SECRETARIA DE MEIO AMBIENTEFrancisco Graziano Neto Secretrio

    CETESB COMPANHIA DE TECNOLOGIA DESANEAMENTO AMBIENTAL

    Fernando Cardozo Fernandes Rei Diretor Presidente

    SINDIGRAF- SP SINDICATO DAS INDSTRIASGRFICAS NO ESTADO SO PAULO

    Mrio Csar de Camargo - Presidente2009

    GUIA TCNICO AMBIENTAL DA

    IndstrIa GrfIca srIe P+L

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    GUIA TCNICO AMBIENTAL DA INDSTRIA GRFICA - SRIE P+L

    Companhia Ambientaldo Estado de So Paulo

    Fernando Cardozo Fernandes ReiDiretor Presidente

    Marcelo MinelliDiretor de Controle de

    Poluio Ambiental

    Ana Crisna Pasini da CostaDiretoria de Engenharia, Tecnologia

    e Qualidade Ambiental

    Edson Tomaz de Lima Filho

    dio Go copov

    Realizao e Suporte Tcnico

    Silvio Roberto IsolaPi o colho divo

    Reinaldo Marcelino EspinosaPi exuvo

    Aparecida Soares StucchiGerente de Operaes

    Mara da Costa Pedro Nogueira da Luzti G

    Teddy LalandeCoordenador da Comisso de Questes

    Ambientais do ONS-27

    siio Ii Gno Estado de So Paulo

    Mrio Csar Marns de CamargoPresidente

    Levi CeregatoVice-Presidente

    Valter Marques Bapstadio amiivo

    Beatriz Duckur BignardiDiretora Financeira

    Sonia Regina Carbonidio exuv

    Federao das Indstriasdo Estado de So Paulo

    Paulo SkafPresidente

    Nelson Pereira dos ReisDiretor Titular do Departamento de

    Meio Ambiente DMA

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    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)

    (CETESB Biblioteca, SP, Brasil)

    Catalogao na fonte: Margot Terada CRB 8.4422

    G971 Guia tcnico ambiental da indstria grfica [recurso eletrnico] / Elaborao Daniele de O. Barbosa...2.ed. [et al.]. 2.ed. So Paulo : CETESB : SINDIGRAF, 2009.

    59 p. : il. col. ; 21 cm. - - (Srie P + L, ISSN 1982-6648)

    Publicado tambm em CD e impresso.Disponvel em:

    .ISBN 978-85-61405-10-6

    1. Impresso sistemas 2. Indstria grfica 3. Poluio controle 4. Poluio preveno5. Produo limpa 6. Resduos industriais minimizao I. Barbosa, Daniele de O. II. Wittmann,Giselen Cristina Pascotto III. Luz, Mara da Costa Pedro Nogueira da V. Srie.

    CDD (21.ed. Esp.) 686.028 6 CDU (2.ed. port.) 628.51/.54 : 655

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    GUIA TCNICO AMBIENTAL DA INDSTRIA GRFICA - SRIE P+L

    APRESENTAO

    No decorrer dos lmos anos a CETESB vem desenvolvendo Guias Ambientaisde Produo mais Limpa, com o intuito de incenvar e orientar a adoo de aes deP+L nos diversos setores produvos, alm de fornecer uma ferramenta de auxlio para adifuso e aplicao do conceito de P+L junto ao setor pblico e s universidades.Os guias mais recentes, publicados a parr de 2005, tm uma importante parcipaodo setor produvo em sua elaborao, fruto de fundamental parceria rmada entre aCETESB e representantes da indstria, estabelecendo novas formas conjuntas de aona gesto ambiental, com o objevo de assegurar maior sustentabilidade nos padresde produo.

    No h dvidas de que a adoo da P+L pode trazer resultados ambientais sasfatrios,de forma connua e perene, ao contrrio da adoo de aes pontuais de controlecorrevo. Na maioria dos casos, estes resultados permitem aprimorar a produvidade,obter reduo do consumo de matrias-primas e de recursos naturais, eliminarsubstncias txicas, reduzir a carga de resduos gerados e diminuir o passivo ambiental,colaborando com a reduo de riscos para a sade ambiental e humana. Adicionalmente,a P+L, em geral contribui signicavamente para a obteno de benecios econmicos

    pelo empreendedor, melhorando sua compevidade e imagem empresarial.Neste contexto, o intercmbio maduro entre o setor produvo e o rgo ambiental uma importante condio para que se desenvolvam ferramentas de auxlio, tanto nabusca de solues adequadas para a resoluo dos problemas ambientais, comona manuteno do desenvolvimento social e econmico sustentvel.

    Esperamos, assim, que a troca de informaes iniciada com estes documentos gereuma viso crca, que idenque e concreze oportunidades de melhoria ambiental nosprocessos produtivos, bem como venha a subsidiar o aumento do conhecimentotcnico, promovendo o desenvolvimento de tecnologias mais limpas para a efetivagarana de aprimoramento da qualidade ambiental.

    Fernando ReiDiretor Presidente

    CETESB - Companhia Ambiental do Estado de So Paulo

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    SINERGIA NA CAUSA DA SUSTENTABILIDADE

    unnime o diagnsco de que o caminho da prosperidade socioeconmica passa,necessariamente, pelo crescimento sustentado do nvel de avidade. Por essa razo, ocompromisso com o meio ambiente uma das mais enfcas bandeiras da Federao edo Centro das Indstrias do Estado de So Paulo (FIESP/CIESP).

    Criamos o Conselho Superior do Meio Ambiente, que soma empresrios, tcnicos eambientalistas. Tambm mantemos o Departamento de Meio Ambiente, com quadroprossional de alssima qualicao. O Prmio FIESP de Mrito Ambiental, comcrescente parcipao das indstrias paulistas, reconhece e incenva as boas prcasnessa rea. O Prmio FIESP de Conservao e Reso da gua valoriza as aes em proldo bom aproveitamento dos recursos hdricos. Alm disso, todos os anos, em especial naSemana do Meio Ambiente, numerosos eventos so realizados para mobilizar a opiniopblica.

    Assim, gracante observar o engajamento de disntos setores industriais na causada sustentabilidade. Um dos segmentos mais empenhados nesse sendo o grco.Exemplo disso este guia, resultante de esforo conjunto da Secretaria de Estado deMeio Ambiente (SMA), Companhia Ambiental do Estado de So Paulo (CETESB), FIESP/

    CIESP e o Sindicato das Indstrias Grcas no Estado de So Paulo (Sindigraf-SP).Iniciavas como essa evidenciam que sociedade e governo podem atuar de modosinrgico no processo de desenvolvimento do Pas, para garanr a salubridade ambientale a qualidade de vida.

    Paulo SkafPresidente

    FIESP - Federao das Indstrias do Estado de So Paulo

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    GUIA TCNICO AMBIENTAL DA INDSTRIA GRFICA - SRIE P+L

    OBjETIVO FACTVEL

    Este Guia Tcnico Ambiental da Indstria Grca uma importante iniciavavoltada a contribuir para que o setor responda ao desao da produo mais limpa demaneira cada vez mais efeva. O universo corporavo, obviamente, no pode caralheio a esse movimento voltado sobrevivncia, com qualidade de vida, da presentecivilizao.

    O parque grco, um dos segmentos industriais brasileiros que mais invesram noaporte tecnolgico, busca fazer a sua parte. com tal propsito que o Sistema Abigraf, pormeio do Sindicato das Indstrias Grcas no Estado de So Paulo (Sindigraf-SP), produziuesta publicao, em parceria com a Federao e o Centro das Indstrias do Estado de SoPaulo (FIESP/CIESP) e a Companhia Ambiental do Estado de So Paulo (CETESB), vinculada Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SMA).

    A indstria grca, integrante da cadeia produva da comunicao, tem especialresponsabilidade na difuso da conscincia universal sobre a importncia daresponsabilidade ambiental. Livros, jornais, revistas, cadernos, manuais de disntosprodutos, embalagens e numerosos outros impressos interagem no dia-a-dia com todosos cidados. So mdias que alcanam milhes de pessoas, informando e formando

    opinio pblica. Ao serem produzidas com processos de impresso que respeitam oambiente, tornam-se, tambm, exemplos posivos de como a almejada sustentabilidade um objevo vivel. Vamos concrez-lo!

    Mrio Csar de CamargoPresidente

    Sindigraf-SP - Sindicato das Indstrias Grcas no Estado de So Paulo

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    COMPROMISSO SUSTENTVEL

    Foi com muita sasfao que recebemos a misso de revisar o Guia TcnicoAmbiental da Indstria Grca. A ABTG - Associao Brasileira de Tecnologia Grca,ciente de seu papel de difuso do conhecimento, foi incumbida de atualizar e adequar ocompndio original, dada a evoluo e as inovaes tcnicas registradas em quase todosos processos grcos.

    Estamos entrando em uma nova era, onde a sustentabilidade dos processos esistemas, bem como a anlise de ciclo de vida dos produtos por eles gerados, tm queser devidamente pensados e planejados.

    Este Guia traduz a preocupao do setor em se tornar adequado e consciente da suaimportncia na divulgao da informao e qualidade de vida em nossa sociedade.

    silvio robo IolPresidente do Conselho Direvo

    ABTG Associao Brasileira de Tecnologia Grca

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    GUIA TCNICO AMBIENTAL DA INDSTRIA GRFICA - SRIE P+L

    Realizao:

    CETESB Companhia Ambiental do Estado de So PauloAv. Prof. Frederico Hermann Jr., 345 Alto de Pinheiros

    05459-900 So Paulo/SPTelefone: (11) 3133-3000

    Site: hp:\\www.cetesb.sp.gov.br

    Coordenao Tcnica da Srie P+LMeron Petro Zajac

    Flvio de Miranda Ribeiro

    aBtG aoio Bili tologi GSecretaria Tcnica: Rua Bresser, 2315 03162-030 So Paulo/SP

    Telefone: (11) 2797-6700

    Site: hp:\\www.abtg.org.br

    Coordenao de Meio AmbienteSilvio Isola - Presidente do Conselho Direvo

    Aparecida Soares Stucchi Gerente de OperaesMara da Costa Pedro Nogueira da Luz Tcnica Grca

    Elaborao Tcnica:ABTG

    Comisso de Estudo de Questes Ambientais do ONS-27Teddy Lalande - Coordenador (Dixie Toga SA.)

    Daniele de O. Barbosa (Inapel Embalagens Ltda.)Giselen Crisna Pascoo Wimann (Servio Nacional de Aprendizagem Industrial

    Escola SENAI Theobaldo de Nigris)Mara da Costa Pedro Nogueira da Luz (ABTG Associao Brasileira de Tecnologia Grca)

    Marcos Ueda (Comrcio de Papis Primos de Rio Claro Ltda.)Sergio Roberto da Silva (Editora Grca Bur Ltda)

    Silvia Linberger (Maqnpel Mquinas e Materiais Grcos Ltda.)e

    Andre Heli Coimbra Boo e Souza (CETESB)

    Colaboradores:Cesar Augustus Rio Corra (Servio Nacional de Aprendizagem Industrial

    Escola SENAI Fundao Zerrenner)Eufemia Paez Soares (Servio Nacional de Aprendizagem Industrial

    Escola SENAI Fundao Zerrenner)Manoel Manteigas de Oliveira (Servio Nacional de Aprendizagem Industrial

    Escola SENAI Theobaldo de Nigris)Flvio de Miranda Ribeiro (CETESB)Hlio Tadashi Yamanaka (CETESB)

    Jos Wagner Faria Pacheco (CETESB)

    foogValquiria Brandt (Servio Nacional de Aprendizagem Industrial Escola SENAI Theobaldo de Nigris)

    rvio xoRVO

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    SUMRIO

    1 INTRODUO 14

    1.1 Perl da Indstria grca nacional 15

    1.2 A indstria grca paulista 16

    2 DESCRIES DOS PROCESSOS GRFICOS 17

    2.1 Etapas produvas do processo grco 17

    2.2 Principais sistemas de impresso 19

    2.2.1 Oset 19

    2.2.2 Rotogravura 21

    2.2.3 Flexograa 22

    2.2.4 Tipograa 23

    2.2.5 Serigraa 24

    2.2.6 Impresso digital 26

    3 ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS 26

    3.1 Introduo 26

    3.2 Consumo de matrias-primas 27

    3.2.1 Frmas 28

    3.2.2 Substrato 28

    3.2.3 Insumos qumicos de impresso 29

    3.2.4 Outras matrias-primas 31

    3.3 Consumo de gua 31

    3.4 Consumo de energia 31

    3.5 Gerao de resduos slidos 32

    3.6 Gerao de euentes lquidos 33

    3.7 Emisses atmosfricas 34

    3.8 Rudo e vibraes 34

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    GUIA TCNICO AMBIENTAL DA INDSTRIA GRFICA - SRIE P+L

    4 MEDIDAS DE PRODUO MAIS LIMPA (P+L) 35

    4.1 Conceitos 35

    4.2 Oportunidades de P+L (OP+L) 37

    4.3 Complementos s chas de OP+L 39

    4.3.1 OP+L 1 - Controle de recebimento de matrias-primas 39

    4.3.2 OP+L 2 - Controle de estoque de matrias-primas 40

    4.3.3 OP+L 3 - Minimizao das embalagens de matrias-primas 42

    4.3.4 OP+L 4 - Preveno de ocorrncias ambientaiscom insumos qumicos 43

    4.3.5 OP+L 5 - Tratamento on-site dos euentes fotogrcoscom recuperao de insumos 44

    4.3.6 OP+L 6 - Sistemas alternavos de gravao de frmas de oset e exograa 45

    4.3.7 OP+L 7 - Reso de gua na operao de polimento do cilindro de rotogravura 46

    4.3.8 OP+L 8 - Omizao do setup de impresso 47

    4.3.9 OP+L 9 - Reduo de perdas na impresso 48

    4.3.10 OP+L 10 - Uso de ntas mais ecolgicas 49

    4.3.11 OP+L 11 - Substuio do lcool isoproplico (IPA) na soluo de molha 50

    4.3.12 OP+L 12 - Reduo da necessidade de limpeza dos equipamentos 514.3.13 OP+L 13 - Reso de gua na operao de lavagem das telas de serigraa 53

    4.3.14 OP+L 14 - Boas prcas de gesto de resduos 54

    4.3.15 OP+L 15 Sistema de abastecimento de nteiros na rotogravura 55

    4.3.16 OP+L 16 Acondicionamento de papel na impresso digital 56

    5 REFERNCIAS 57

    6 GLOSSRIO 59

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    1 INTRODUO

    O guia tcnico ambiental da indstria grca, publicado em 2003, foi um dos primeirosde uma srie de guias de Produo mais Limpa (P+L) publicados para os mais diversossetores industriais.

    Alm de revisada e atualizada, esta verso segue o formato mais recente dos guiasda Srie P+L da Companhia Ambiental do Estado de So Paulo (CETESB). o resultadode um trabalho realizado entre esta agncia ambiental e a Associao Brasileira deTecnologia Grca (ABTG) para disponibilizar informaes e orientaes sobre produomais limpa na indstria grca.

    O guia voltado para empresrios, tcnicos, colaboradores em geral e demaisinteressados na adoo de prcas de gesto ambiental ou prcas ambientais quebuscam, ao mesmo tempo, aumentar a ecincia dos seus processos e reduzir osimpactos ao meio ambiente, de forma integrada e prevenva.

    So apresentados neste guia, o perl do setor grco, os principais processos e sistemasde impresso da indstria grca, os aspectos e impactos ambientais relacionados a estesprocessos, alm de exemplos prcos de oportunidades de produo mais limpa para

    eliminar ou reduzir estes mesmos impactos. Cada um desses temas foi desenvolvido deforma genrica e orientava. Sendo assim, caber a cada grca analisar as informaese considerar as parcularidades inerentes s suas avidades.

    As informaes condas neste documento ajudam os envolvidos a idencar osprincipais aspectos ambientais associados com suas avidades e a buscar as melhoresformas de mig-los. Alm disso, esmulam a adoo de um comportamento pr-avoem relao s questes ambientais no setor como, por exemplo, a implantao de umsistema de gesto ambiental.

    A reavaliao dos processos produvos sob o foco dos seus aspectos ambientaiscertamente auxiliar as empresas grcas na busca de uma maior parcipao nosmercados nacional e internacional, tornando-as aptas a comper e ampliando o volumede produtos grcos elaborados dentro dos princpios do desenvolvimento sustentvel.

    A indstria grca brasileira caracteriza-se por um alto nvel tecnolgico. Muitasempresas obveram importantes avanos em termos de inovao, o que contribuiupara a melhoria de sua produvidade e da qualidade de seus produtos, com efeitosposivos sobre os seus aspectos ambientais. No entanto, h ainda um grande nmero deestabelecimentos com processos e equipamentos angos, que necessitam de adequao.

    Alm disso, muitas empresas atualmente terceirizam a realizao de certas etapasdo processo, como a obteno da imagem e a preparao das frmas de impresso,

    junto a empresas especializadas, sem saber se estes terceiros trabalham de formaambientalmente adequada.

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    GUIA TCNICO AMBIENTAL DA INDSTRIA GRFICA - SRIE P+L

    Aps a leitura deste guia, espera-se que os interessados possam ulizar osconceitos, metodologias e ideias aqui sugeridos para realizar uma avaliao de seu

    processo produvo, podendo, dessa forma, atuar sobre seus aspectos ambientaisespeccos, minimizando os impactos.

    As declaraes condas neste documento constuem um guia de boas prcas.No se pretende que ele deva ser interpretado como criador de obrigaes. Empresas ergos pblicos podem decidir seguir as diretrizes condas neste documento ou agir deforma diferente, de acordo com as circunstncias especcas e a legislao aplicvel.

    Vale ressaltar que, independentemente das orientaes condas neste guia, fundamental que cada grca realize o levantamento dos requisitos legais aplicveis s

    suas avidades, visando seu atendimento bem como a preservao do meio ambiente.

    1.1 Pl ii g iol

    A indstria grca brasileira, que completou 200 anos de existncia em 2008,tem contribudo de maneira signicava para o progresso socioeconmico do Pas. Aproduo nacional, com crescente qualidade, fator decisivo para o ensino, a cultura, oaperfeioamento das relaes de consumo e a maior ecincia das disntas cadeias desuprimentos.

    No Brasil, a indstria grca emprega mais de 200 mil pessoas, alocadas emaproximadamente 19 mil grcas. O seu faturamento gira em torno de R$ 23 bilhes. Osetor parcipa com 1% do PIB nacional e quase 6% do total na indstria de transformao.De acordo com dados da Secretaria do Comrcio Exterior (Secex) do Ministrio doDesenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior (MDIC), no acumulado do ano de2008, as exportaes brasileiras de produtos grcos totalizaram US$ 255 milhes,representando queda de 8,4%, comparadas ao mesmo perodo do ano anterior. Asimportaes totalizaram US$ 369 milhes, reendo aumento de 15,7% em relao

    igual perodo de 2007.

    Dentre os principais produtos oferecidos ao mercado nacional e internacional pelaindstria grca brasileira esto: jornais, revistas e demais peridicos; livros; rtulos eequetas; formulrios; envelopes; embalagens em papel carto e exveis; cartes;impressos de segurana; material promocional; e material de papelaria, como cadernos.Os requisitos da criavidade e inovao, sensibilidade de perceber as exignciasdo mercado, respeito s normas tcnicas e aos parmetros elevados de qualidade,valorizao do capital humano e exerccio da responsabilidade socioambiental tornaram-se fundamentais sobrevivncia das empresas. A indstria grca brasileira, dando um

    passo no cumprimento de sua misso de contribuir para que o setor atenda s exignciasdo mercado e tambm de sua sustentabilidade, no Brasil e no mundo, tem adotado, cadavez mais, prcas de responsabilidade social e ambiental, como este prprio guia sugere.

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    1.2 a ii g puli

    De acordo com dados do Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE/RAIS), a indstriagrca paulista composta por 6.172 empresas, que representam 33,5% das 18.415existentes em todo o Pas. O Estado de So Paulo responsvel por 44,6% do empregono setor, com 89.925 grcos dos 201.420 alocados no territrio nacional.

    tbl 1: Pipo puli ii g iol (2007)

    So Paulo Brasil % Parcipao

    Nmero de estabelecimentos 6.172 18.415 33,5%

    Nmero de funcionrios 89.925 201.420 44,6%

    Funcionrios / Estabelecimentos 14,6 10,9 -

    Valor bruto da produo industrial (R$ bilho) 14,71 22,99 64,0%

    Receita lquida de vendas (R$ bilho) 13,5 21,1 64,0%

    Fonte: MTE / RAIS, PIA / IBGE, AliceWeb e esmavas do Departamento de Estudos Econmicos(Decon/Abigraf)

    No Estado de So Paulo, as indstrias grcas e o emprego no setor concentram-se,pela ordem de importncia, nas regies administravas de So Paulo, Campinas, Sorocaba,

    Ribeiro Preto, So Jos do Rio Preto, So Jos dos Campos, Bauru, Marlia e Araatuba.

    figu 1: aloo ii g mo--ob pil, G sP, liol iio (2007)

    Fonte: MTE / RAIS 2007 Elaborao: Decon / Abigraf

    As exportaes paulistas de produtos grcos representaram 55% das exportaesbrasileiras do setor em 2008. No ano de 2000, essa mesma parcipao chegou aaproximadamente 70%. Tal resultado reete a diversicao regional da oferta deprodutos grcos entre os estados da federao.

    No perodo de 2000 a 2008, houve pequena reduo da parcipao das importaespaulistas no total nacional - de 69% para 61%.

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    2 DESCRIES DOS PROCESSOS GRFICOS

    Para que seja possvel propor melhorias ambientais na indstria grca necessrio que, preliminarmente, se conheam os processos usualmente adotadospelo setor. Neste captulo so apresentadas, de forma sucinta, as trs principaisetapas do processo produvo da indstria grca. Em seguida, o processo de cadaum dos seis principais sistemas de impresso detalhado e suas principais entradase sadas so resumidas sob a forma de uxogramas simplicados.

    2.1 ep pouv o poo go

    O processo produvo grco pode ser dividido em trs etapas: Pr-impresso; Impresso; Ps-impresso.

    A pr-impresso representa o incio do processo grco e inclui uma sequnciade operaes que permitem a passagem da arte a ser impressa do seu original parao portador de imagem, tambm conhecido como frma. Existem duas grandesalternavas tecnolgicas para esta etapa de pr-impresso: a analgica e a digital. Na

    digital, a transferncia da imagem para a frma feita diretamente do computador. Jna analgica, esta transferncia feita indiretamente, de forma manual ou mecnica.

    figu 2 - Gvo hp o chp pimpo o o iiode uma mquina do sistemacomputer-to-plate, antes do

    processamento

    A impresso a principal etapa da indstria grca e consiste na transferncia daimagem, conda na frma, para um substrato. As principais alternavas tecnolgicas

    para a etapa de impresso esto resumidas na Figura 3. Cada um destes sistemas deimpresso possui um mtodo de pr-impresso especco. Dentro dos muitos sistemasde impresso existentes, seis se destacam por serem os mais comuns. O processo decada um destes seis sistemas detalhado no captulo seguinte.

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    figu 3 - Piipi im impo ii g

    A terceira e lma etapa do processo grco a ps-impresso. Consiste noacabamento dos produtos impressos, de acordo com sua logsca e os requisitosdenidos pelo cliente. As operaes de acabamento tm como nalidade criar, realar epreservar as qualidades tteis e visuais do produto, bem como determinar seu formato/dimenses e viabilizar sua nalidade. As operaes envolvidas dependero em grandeparte do produto a ser fabricado: se livro, jornal, revista, embalagem ou outro argo. AFigura 4 mostra as principais tcnicas e operaes envolvidas na ps-impresso.

    Fotoqumica Haletos de heliogrfica

    Sem tintaTermoqumica - trmica

    Eletroqumica - descarga eltrica

    Sob demanda

    Jato de tinta Contnuo

    Elcogrfica

    Transferncia trmica Cera

    Sublimao tintaSem forma

    EletrofotogrficaEletrosttica Eletrogrfica

    Deposio ions

    Impresso Magnetogrfica

    Com tinta Flexogrfica

    Relevogrfica Tipogrfica

    Letterset

    Planogrfica Litogrfica

    Offset

    Com forma

    Rotogrfica

    Encavogrfica Calcogrfica

    Tampogrfica

    Permeogrfica SerigrficaPor estnceis

    (Os 6 sistemas de impresso mais comuns no mercado so destacados em negrito.)

    Fonte: CETESB, 2003.

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    GUIA TCNICO AMBIENTAL DA INDSTRIA GRFICA - SRIE P+L

    Figura 4 - Principais operaes de ps-impresso

    2.2 Principais sistemas de impresso

    Os seis sistemas de impresso mais comuns na indstria grca so: oset,rotogravura, exograa, pograa, serigraa e impresso digital. Os Quadros 1 a 6apresentam uxogramas de entradas e sadas picas para cada um destes sistemas deimpresso. importante ressaltar que se trata apenas de uxos picos, sendo que, por

    exemplo, a etapa de processamento da imagem no existe nos sistemas de pr-impressodigital, tambm chamados de computer-to-plate. Cada um possui parcularidades deprocesso que so resumidas a seguir.

    2.2.1 O

    Oset um sistema de impresso indireto, onde a frma uma chapa metlicagravada com uma imagem. Depois de enntada, essa imagem transferida para umcilindro intermedirio, conhecido como blanqueta e, atravs desta blanqueta, transferida

    para o substrato.

    Corte

    Refile

    Acabamento Gotragem

    Revestimento

    Estampagem

    Dobradura

    Colagem

    Encadernao

    Ps-impresso Laminao

    Converso Corte e vinco

    Picotagem

    Puncionamento

    Perfurao

    Etiquetagem

    Deslocamento

    Distribuio Empacotamento

    Expedio

    Armazenagem

    Fonte: CETESB, 2003

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    Quo 1 fluxogm o im impo o

    A impresso oset pode ser plana ou rotava, dependendo do substrato a serimpresso tratar-se de folhas ou bobinas. Aplica-se impresso de itens como livros,

    jornais, revistas, tablides, catlogos, peridicos, psteres, argos promocionais,brochuras, cartes, rtulos ou embalagens.

    Mtodos fotomecnicos so geralmente ulizados para transferir a imagem dooriginal para a frma, o que gera euentes lquidos que podem conter compostoscomo sulfatos e prata. Os resduos gerados nas diversas etapas do processo incluemembalagens de ntas e solventes, panos ou estopas sujos com solvente e restos de nta,aparas de papel, chapas metlicas obsoletas ou danicadas, solvente sujo, entre outros

    figu 5 - Impo o dlho ilio po-hp ode uma mquina de impresso.

    Entrada Etapa Sada

    Filme Filmes usadosRevelador / fixador Efluentes fotogrficos saturadosgua

    Chapa de alumnio Retalhos de chapa de alumnioRevelador e fixador Efluentes fotogrficosGomagua

    Tinta pastosa e verniz Latas de tinta e verniz vaziasSubstrato de impresso Aparas de substrato com ou sem impressoChapa de alumnio Chapa de alumnio usadaSoluo de fonte Efluentes lquidosBlanquetas Blanquetas usadasPanos, toalhas ou estopas de limpeza Panos/toalhas de limpeza com solventes

    VOCs Compostos Orgnicos Volteis

    P anti-maculante Resduos de pSolvente para limpeza Solvente sujo

    Cola Resduos de colaPlsticos de embalagem Resduos plsticosPapel e papelo de embalagem Poeira de papelPallets e tampas de madeira Resduos de madeiraTubetes Aparas de substratoLminas de corte Lminas usadas

    Fita adesiva Resduos de fita adesivaEmbalagens de papel e plstico Resduos de papel e plsticoPapelo ondulado Resduos de papeloPresilhas metlicas Restos de presilhas metlicasPalletse tampas de madeira

    Processamento daimagem (sistema

    convencional)

    Confeco da frma

    Impresso

    Ps-impresso

    Produto final

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    2.2.2 roogvu

    A rotogravura um sistema direto de reproduo grca, em que o substratoentra em contato com a frma de impresso, onde a imagem gravada embaixo-relevo em um cilindro metlico e a transferncia se d atravs da pressoentre os cilindros e o substrato.

    Quo 2 fluxogm o im impo po oogvu

    Em geral, a rotogravura ulizada para a impresso de grandes ragens, em altavelocidade, principalmente na produo de revistas, peridicos, selos, papis depresentes e de parede, alm de embalagens cartonadas ou exveis.

    As operaes de preparao do cilindro para gravao geram euentes lquidos eresduos slidos de tratamento de supercies metlicas, semelhantes aos da indstriade galvanoplasa, que devem ser tratados e dispostos adequadamente. Quanto aosdemais resduos slidos gerados no processo, estes no diferem muito daqueles doprocesso de oset.

    Entrada Etapa Sada

    FilmeRevelador / fixadorgua

    Processamento da imagem

    (Sistema convencional)

    Filmes usadosEfluentes fotogrficos saturados

    Qumicos usados para confeco egravao da frma: cobre / cromo Confeco da frma Efluentes lquidosVOCs Compostos Orgnicos Volteis

    SubstratoTintasRacleSolventes para limpezaPanos, trapos ou estopaAlgodo

    Prova

    VOCs Compostos Orgnicos VolteisResduos de tintaSubstrato reciclvelPlstico reciclvelFilme plsticoResduos de algodo, estopa, raclePanos, trapos ou estopa impregnados com solventes e leo

    SubstratoTintas / vernizRacleSolventes para limpezaPanos, trapos ou estopaAlgodo

    Acerto para impresso

    VOCs Compostos Orgnicos VolteisResduos de tinta / verniz / solventesSubstrato reciclvelLatas de tinta / verniz usadasFilme plstico

    Resduos de algodo, estopa, raclePanos, trapos ou estopa impregnados com solventes e leo

    SubstratosTintas / vernizSolventesPanos, trapos ou estopaRacle

    Impresso

    VOCs Compostos Orgnicos VolteisLatas de tinta / verniz / solventesTubetesResduos de tinta / verniz / solventesPanos, trapos ou estopa impregnados com solventes e leoRacles desgastadosRestos de substrato

    Papel / plsticoSolventesVernizes

    AdesivosGrampos metlicos

    Ps-impresso

    VOCs Compostos Orgnicos VolteisAparas de papel / plsticoTubetesResduos de adesivosResduos de plstico (PE, PP, BOPP)Resduos de carto / percal / tecido / filmes (hotstamping estampagem / encadernao)Resduosmetlicos (grampos)

    Fitas adesivasCintas metlicasPapelo onduladoPlstico / papel

    Produto final

    Envoltrio de papel / plstico (shrink)Tubetes - resduosCaixas de papelo ondulado - sucataCintas para amarrao - resduos

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    2.2.3 flxog

    Flexograa um sistema de impresso direta que uliza frmas exveis, feitas deborracha ou polmero, com as reas de grasmo em alto-relevo. A impresso realizadadiretamente sobre o substrato ulizando ntas uidas, volteis e de secagem rpida, ounta do po ultravioleta (UV).

    Quadro 3 Fluxograma do sistema de impresso por flexografia

    Seus principais usos so na impresso de produtos de sacaria, listas telefnicas,jornais, sacolas, equetas, rtulos e embalagens.

    Os aspectos ambientais do processo de pr-impresso da exograa assemelham-sequeles gerados para o processo oset, apesar das frmas serem diferentes. Os demaisaspectos so parecidos com o processo de impresso por

    rotogravura.

    figu 6 - Impo lxogi im oviol(oo-oll): lh um ilio o, ilox iliopo-lih oopolmo um mqui xog omomento da impresso.

    Entrada Etapa Sada

    FilmeRevelador / fixadorgua

    Processamento da imagem

    (Sistema convencional)

    Filmes usadosEfluentes fotogrficos saturados

    Clichs de fotolitoRevelador / fixador

    Confeco da frma Aparas de clichs de fotopolmeroVOCs Compostos Orgnicos VolteisEfluentes fotogrficos

    SubstratoTintas / solventesRacleSolventes para limpezaPanos, trapos ou estopa

    Acerto para impresso

    VOCs Compostos Orgnicos VolteisResduos de tinta / solventesSubstrato reciclvelPlstico reciclvelFilme plsticoResduos de algodo, estopa, raclePanos, trapos ou estopa impregnados com solventes e leoLatas de tinta usadas

    SubstratosTintasRaclesSolventesPanos, trapos ou estopa

    Impresso

    VOCs Compostos Orgnicos VolteisLatas de tinta

    TubetesSubstrato reciclvelResduos de tintaPanos, trapos ou estopa impregnados com solventes, leoRacles desgastadasClichs de fotopolmeroFitas dupla face usadas

    VernizesAdesivosSubstratoPlstico em geralRacles

    Ps-impresso

    VOCs Compostos Orgnicos VolteisAparas de papel / plsticoTubetesRacles desgastadas

    Fitas adesivas

    CintasPapelo onduladoPlstico / papelTubetes

    Produto final

    Envoltrios de papel / plstico (shrink)

    Caixas de papelo ondulado (sucata)Tubetes - resduosCintas para amarrao - resduosFitas adesivas - resduos

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    2.2.4 tipog

    A pograa , possivelmente, o mais ango dos sistemas de impresso direta ecaracteriza-se pelo uso de frmas gravadas em alto-relevo, que transferem a ntadas reas elevadas diretamente para o substrato. Em geral so usados pos mveis,montados de acordo com o texto que se deseje imprimir.

    Quadro 4 Fluxograma do sistema de impresso por tipografia

    Os usos mais comuns da impresso pogrca so em formulrios, bilhetes, marcase impressos comerciais em geral.

    Neste processo, a frma de impresso montada a parr de pos e caixas metlicas j existentes e reulizveis, o que reduz a gerao de resduos na sua preparao.No entanto, as operaes de limpeza da matriz com solventes geram resduos, comopanos e estopas sujos. Por sua vez, o processo de impresso gera resduos de substrato,provenientes de acertos da mquina e outros resduos ligados ao uso de ntas esolventes.

    figu 7 - Impo pog dlh ummqui impo pog, xibio m impo, o lih, xo m v gui.

    Entrada Etapa Sada

    Tipos mveis Tipos mveis danificadosSubstrato Material de ferroPina tipogrfica Aparas de substrato com ou sem impressoComponedor Barbante

    Barbante Embalagem de graxaCunha e linges de ferro Embalagens de leo lubrificanteGraxa Emisso de rudoleo lubrificante

    Toalha industrial Toalha industrial contaminada com tinta e solventeTinta pastosa / verniz Papel com excesso de tinta e solventeSubstrato Aparas de papelSolvente VOCs Compostos Orgnicos VolteisLinotipo Embalagens de tinta vazias

    Linotipo

    Cola Resduos de colaPlsticos de embalagem Resduos plsticosPapel e papelo de embalagem Poeira de papelPalletse tampas de madeira Resduos de madeira

    Tubetes Aparas de substratoLminas de corte Lminas usadasFita de hotstamping Tipos mveis danificados

    Fitas adesivasCintasPapelo onduladoPlstico / papelTubetes

    Produto final

    Envoltrios de papel / plstico (shrink)Caixas de papelo ondulado (sucata)Resduos de adesivosCintas para amarrao - resduosFitas adesivas - resduos

    Confeco da frma

    Impresso

    Ps-impresso

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    2.2.5 sig

    Serigraa um sistema de impresso direta que uliza como frma uma tela detecido, plsco ou metal, permevel nta nas reas de grasmo e impermeabilizada nasreas de contragrasmo. Sobre essa tela, montada numa moldura, a nta espalhada eforada com auxlio de uma lmina de borracha de modo a chegar ao substrato.

    Quadro 5 Fluxograma do sistema de impresso por serigrafia

    Por permir a impresso sobre diferentes pos de materiais e supercies irregulares,incluindo vidro, plsco, madeira ou metal, a serigraa possui diversos usos. Os principaisprodutos impressos pelo processo de serigraa so psteres, banners, camisetas, papisde parede e decalques.

    Na pr-impresso do processo de serigraa so gerados resduos de revelaosemelhantes aos gerados no processo de oset. Alm disso, ocorre gerao de resduosresultantes da preparao da frma a parr da tela, como restos de madeira e da prpriatela. Pela necessidade de diluio das ntas e pelas diversas limpezas que se fazemnecessrias, o processo consome quandades considerveis de solvente, alm de panos/estopas sujos com restos de nta e solvente.

    figu 8 - fom ig ep oo um lig, quo o io ioo po mio pipum xo o quo, ulizo- um ivo.

    Entrada Etapa Sada

    FilmeFixador / revelador Filmes usadosgua Efluentes fotogrficos saturados

    Telas estocadas VOCs Compostos Orgnicos VolteisAlgodo e estopa Resduos de algodo

    gua Restos de produtos qumicos paraprocessamento da tela

    Produtos qumicos paraprocessamentoda tela

    Resduos de estopa

    Tintas e vernizes Latas de tintas e vernizesSolventes Resduos de tintas e vernizesSubstrato VOCs Compostos Orgnicos VolteisPanos, trapos ou estopas Telas usadasRodo Rodo desgastado

    Cola Aparas de papelSubstrato VOCs Compostos Orgnicos VolteisPlstico em geral Resduos de colaLminas de corte Madeira / lminas de corteFitas adesivas

    Cintas Envoltrios de papel / plstico (shrink)Papelo ondulado Caixas de papelo ondulado - sucataPapel / plstico Cintas para amarrao - resduos

    Produto final

    Processamento da imagem

    Confeco da frma

    Impresso

    Ps-impresso

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    2.2.6 Impresso digital

    Entende-se por impresso digital qualquer sistema de impresso no qual aimagem gerada a parr de um arquivo digital e transferida diretamente para umaimpressora, que pode ser, por exemplo, a laser, jato de nta ou oset digital.

    Quadro 6 Fluxograma do sistema de impresso digital

    Atualmente, a impresso digital atende a pracamente toda a gama de produtosda indstria grca. Permite que equipamentos que executam algumas operaescomplementares sejam diretamente acopladosao sistema de impresso; um exemplo o cortede vinil para a produo de adesivos.

    A impresso digital possui como grandevantagem a passagem direta da imagempara o substrato, sem o uso de frmas. Estacaractersca elimina a gerao de resduos naetapa de pr-impresso. Em relao etapa deimpresso, os resduos gerados dependerodo sistema de impresso digital usado; algunsexemplos so: tubos vazios na impresso cerae cartuchos de nta vazios na impresso por

    jato de nta. Alm disso, ocorre alguma geraode resduos de papel, plsco, embalagense outros materiais, principalmente na ps-impresso.

    Figura 9 - Impressora digital Sada de uma mquina.

    Entrada Etapa Sada

    Tinta / toner LatasMadeira SubstratosFrmica Cartuchos vazios

    Filmes / adesivos Recipiente de toner usadoLaminados de corte Tubos (cartuchos) de ceraAcrlicos Fitas doadorasMetaisTecidos

    Cola AparasSubstrato Grampos metlicosPlsticos em geral Resduos de cola

    Madeira / lminas de corteLatas, carto e percal sujos

    Carto / percal (tecido) Substrato reciclvelFilmes Cartuchos vazios

    Recipiente de toner usado

    Envoltrios de papel / plstico (shrink)

    Cintas para amarrao Caixas de papelo ondulado - sucataPapelo ondulado Cintas para amarrao - resduosPlstico / papel Tubetes - resduos

    Fitas adesivas - resduos

    Pr-Impresso /

    Impresso

    Ps-impresso

    Produto final

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    3 ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS

    3.1 Introduo

    De forma resumida, a norma ABNT NBR ISO 14001:2004 dene aspectos e impactosambientais da seguinte maneira:

    Aspecto ambiental: elemento das avidades, produtos ou servios de uma organizao,que podem interagir com o meio ambiente.

    Impacto ambiental: qualquer modicao no meio ambiente, adversa ou benca, queresulte no todo ou em parte das avidades, produtos ou servios de uma organizao.

    Para exemplicar esses dois conceitos disntos, imagine-se o lanamento de certovolume de euentes industriais em um curso dgua. O lanamento em si um aspectoambiental. Os efeitos ambientais deste lanamento, como alterao da qualidade dagua, mortandade de peixes ou odor desagradvel, so os impactos resultantes.

    Quando mal controlados, determinados aspectos ambientais industriais podemcausar impactos adversos bastante signicavos. A avidade industrial grca pode

    ser desempenhada de modo ambientalmente correto, desde que seus aspectos nesteescopo sejam devidamente idencados, avaliados e controlados.

    No presente captulo, os aspectos ambientais da indstria grca so apresentadosdentro de sete grandes classes:

    Consumo de matrias-primas; Consumo de gua; Consumo de energia; Gerao de resduos slidos;

    Gerao de euentes lquidos; Emisses atmosfricas; Rudo e vibraes.

    Para maior clareza e de modo a evitar repees, os aspectos no sero aquiapresentados por sistema de impresso, visto que muitos desses aspectos se repetemde forma bastante similar para cada po de sistema. Cada uma das classes de aspectos primeiramente apresentada de forma genrica no contexto da indstria grca, paradepois passar-se a um detalhamento das etapas do processo grco ou dos sistemas deimpresso onde os mesmos sejam mais relevantes. Esta forma de apresentao feita

    de modo a facilitar a apresentao posterior das oportunidades de produo mais limpa.Vale mencionar que os aspectos apresentados so apenas os mais usuais, podendo,ainda, exisr outros, resultantes da grande variabilidade das opes tecnolgicas hojedisponveis no setor grco.

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    Devido a esta mesma diversidade tecnolgica, tambm ca um tanto dicil oestabelecimento de indicadores de processo (valores quantavos) para o setor, pois

    um mesmo aspecto pode variar muito de acordo com a tecnologia empregada emcada grca. Deve-se reconhecer, tambm, que o acompanhamento de indicadoresde desempenho para ns de gesto ambiental ainda um tema relavamentenovo para muitas empresas do setor. A despeito dessas diculdades, foi realizadauma compilao de indicadores bsicos para o setor, que se encontram sumarizados naTabela 2, e que esto tambm detalhados ao longo dos tpicos abaixo.

    tbl 2 - tbl umo o iio mbii p o o go

    Indicador Faixa de consumoConsumo de ntas 0,58 kg/t a 47 kg/t

    Consumo de vernizes 0,002 kg/t a 56 kg/t

    Consumo de adesivos 0,75 kg/t a 996 kg/t

    Consumo de solvente 0,0085 l/t a 69 l/t

    Consumo de gua 0,17 m3/t a 9 m3/t

    Consumo de energia eltrica 37 kWh/t a 3070 kWh/t

    Gerao de aparas 5% a 36%

    Gerao de resduos slidos aterrados 0,7 kg/t a 7 kg/t

    Gerao de resduos slidos co-processados 0 kg/t a 40 kg/t

    Gerao de euentes lquidos (esgoto) 0,04 m3/t a 3 m3/t

    Fonte: ABTG, 2008kg/t: quilogramas por tonelada de produtom3/t: metros cbicos por tonelada de produtol/t: litros por tonelada de produtokWh/t: quilowas-hora por tonelada de produto

    3.2 Consumo de matrias-primas

    O consumo de matrias-primas gera impactos ambientais no somente devido aoaspecto de ulizao de recursos naturais que representa, mas tambm por causa dosimpactos indiretos associados s avidades de produo e transporte destas matrias-primas at a grca.

    So considerados como matrias-primas os materiais que entram no processo eque, direta ou indiretamente, levam ao produto nal. Na indstria grca, as principais

    matrias-primas so:

    - as frmas de impresso;- os substratos de impresso;- os insumos qumicos de impresso;- outras matrias diversas necessrias ao processo.

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    3.2.1 fm

    As frmas, tambm conhecidas como portadores de imagem, so diferentes paracada processo de impresso e, s vezes, variam tambm com o po de impressora. As

    frmas dos sistemas de impresso mais comuns j foram mencionadas anteriormente e

    so:

    Clichs de chapas metlicas para impresso oset;

    Cilindros de metal para rotogravura;

    Clichs de fotopolmeros para exograa;

    Tipos e porta-pos de metal para pograa; Malhas e telas de serigraa.

    Os impactos ambientais associados a cada po de frma dependem de seus

    respecvos ciclos de vida, desde a extrao da matria-prima para sua fabricao at o

    descarte. Apesar da realizao recente de alguns estudos a respeito, ainda no existem

    dados consolidados sobre os impactos do uso de chapas ao longo de todo o ciclo de vida.

    Para a indstria grca, as principais formas de reduzir os impactos associados ao uso

    de frmas dizem respeito desnao das frmas usadas, que deve sempre privilegiar

    a reulizao interna e a reciclagem.

    3.2.2 Substrato

    O substrato o material onde a imagem impressa. Os substratos mais comuns so

    o papel, o carto e os plscos, podendo ser tambm ulizados outros substratos, como

    tecidos, vidro ou madeira.

    A escolha do sistema de impresso dever considerar o po de substrato denido

    pelo produto nal. Por exemplo, a impresso de papis de presente , em geral,

    realizada por rotogravura, pois este processo permite a impresso de modo connuo,

    sem necessidade de emendas. J a impresso de brindes, como canetas , geralmente,

    feita por serigraa, uma vez que este processo permite a impresso em supercies no

    planas.

    A avaliao dos impactos ambientais do uso de cada po de substrato engloba a somade todos os impactos ao longo do ciclo de vida; assim sendo, a avaliao comparavade seus respecvos mritos em termos ambientais tarefa geralmente complexa. A

    principal maneira que a indstria grca tem para reduzir os impactos associados

    ulizao de um substrato para impresso a de reduzir suas perdas no processo.

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    Esta questo ser novamente abordada no item relavo gerao de resduos

    slidos. Outra maneira de reduo o usurio procurar se informar a respeito da

    origem das matrias-primas que este compra como substrato. No caso do papele do carto, j existem cercaes e selos ambientais, como os do FSC ou da

    Ceror, que garantem que os produtos provm de bom manejo orestal e seguem

    critrios scio-ambientais de produo.

    3.2.3 Insumos qumicos de impresso

    Os principais insumos qumicos de impresso so ntas, vernizes, adesivos e

    solventes. Os solventes so adicionados para alterar a viscosidade ou a volalidade dosdemais insumos.

    O consumo de insumos pode ser medido em termos de m2 impresso ou em tonelada

    de produto impresso. A quandade varia bastante, sempre de acordo com fatores como

    o po de substrato (por exemplo, o carto costuma absorver mais nta que o plsco),

    a imagem impressa, o po de nta, o sistema de impresso e o po de equipamento

    empregado.

    Dados levantados pela ABTG em 2008, junto aos seus associados, demonstram a

    grande variao no consumo de insumos qumicos (por tonelada de produto) que pode

    haver entre diferentes grcas:

    Tintas de 0,58 kg/t a 47 kg/t

    Vernizes de 0,002 kg/t a 56 kg/t

    Adesivos de 0,75 kg/t a 996 kg/t

    Solventes de 0,0085 l/t a 69 l/t

    As ntas ulizadas no processo grco so basicamente constudas de resinas,

    pigmentos (corantes), veculo (verniz), solventes e produtos auxiliares (como ceras

    e secantes). Para cada sistema de impresso emprega-se um po de nta com

    caracterscas especcas, conforme exemplos citados na tabela a seguir.

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    tbl 3 compoio lgum omu o o go

    ti o

    Resinas: steres (de colofnia, maleicos ou alqudicos); leos: vegetais base de hidrocarbonetos alifcos e minerais renados; Pigmentos: orgnicos (amarelo e laranja benzidina, azul alocianina, vermelhorubi) e inorgnicos (negro de fumo, dixido de tnio, sulfato de brio, cromato emolibdato de chumbo); Secantes: naenatos e octoanatos de zircnio, mangans e cobalto; Ceras: base de polieleno

    ti xog b gu

    Resinas: colofnia saponicada, resinas acrlicas e fumricas; Pigmentos: orgnicos (amarelo e laranja benzidina, azul alocianina, vermelhonaol) e inorgnicos (negro de fumo, dixido de tnio, sulfato de brio, cromatoe molibdato de chumbo) e corantes bsicos (rodamina, azul vitria, violeta mel everde cristal); Solventes: glicis, soluo de amnia e gua;

    Ceras: base de polieleno

    Tintas UV

    Oligmeros: epxi, polister e monmeros (solvente reavo); Pigmentos: orgnicos e inorgnicos

    O uso de ntas, vernizes ou adesivos base de gua pode trazer certos benecios

    ambientais em relao aos insumos base de solventes orgnicos. Os produtos base

    de gua eliminam a necessidade do emprego de solventes para diluio e limpeza

    dos equipamentos, bem como a gerao de solventes residuais e de resduos com res-

    tos de solventes, alm de eliminar as emisses atmosfricas de Compostos Orgnicos

    Volteis. No entanto, as vantagens comparavas devem ser avaliadas caso a caso, o

    emprego de insumos base de gua pode requerer, por exemplo, sistemas de trata-

    mento de euentes lquidos. A exograa um dos sistemas que permitem a uliza-

    o, com tecnologias diferentes, de ntas tanto base de solventes, como as base

    de gua. Por limitaes tcnicas, a migrao para ntas base de gua nem sempre possvel.

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    3.2.4 Outras matrias-primas

    Alm dos substratos de impresso e dos insumos qumicos, o processo grcouliza outros materiais, como: Filmes, reveladores e xadores para o processamento das imagens; Solventes para a limpeza dos equipamentos; Outros materiais diversos como, por exemplo, ta dupla face para colar a chapaexogrca no cilindro porta-clich.

    Cada um destes materiais tm impactos associados sua fabricao. Cabe grcaomizar seu consumo e valorizar a desnao dos seus resduos, tanto em termos

    ambientais como econmicos.

    3.3 Consumo de gua

    A indstria grca no se apresenta, de modo geral, como grande consumidorade gua. Mesmo assim, algumas operaes do processo grco podem apresentarconsumos signicavos, como, por exemplo, o preparo dos banhos na pr-impressopor rotogravura e as operaes de limpeza da impresso oset.

    Dados levantados em 2008 pela ABTG, junto aos seus associados, vericaram que oconsumo total de gua das indstrias grcas varia de pouco menos de 0,17 m a maisde 9 m de gua por tonelada de material acabado produzido.

    3.4 Consumo de energia

    As mquinas ulizadas no processo grco so essencialmente eltricas. Essa energiaprovm do sistema interligado nacional ou fontes de gerao especcas no caso deconsumidores livres.

    De acordo com os dados levantados pela ABTG em 2008, o consumo de energiaeltrica das grcas varia de 37 kWh a 3070 kWh por tonelada produzida. Uma explicaopara esta grande variabilidade a presena, em determinadas empresas, de processosno estritamente grcos como os de extruso ou termoformagem plsca, de altoconsumo de energia eltrica. A variao em termos de tonelada produzida dependetambm do peso especco do substrato, o carto sendo, por exemplo, mais pesado queo lme plsco.

    O consumo de outras fontes de energia geralmente desprezvel nas indstrias

    grcas. o caso do diesel, que pode ser ulizado em quandades pequenas emgeradores de energia eltrica ou para movimentar bombas da rede de hidrantes dosistema de combate a incndio. Ainda, gs natural ou GLP podem ser ulizados paraprover ar quente ao sistema de secagem das impressoras de rotogravura ou exograa,ao invs de se ulizar um sistema de secagem eltrico. Nestes casos, o respecvoconsumo de combusvel fssil pode ser representavo.

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    3.5 Gerao de resduos slidos

    A grande maioria dos resduos slidos gerados pela indstria grca so as chamadasaparas de produo, ou seja, as sobras de substrato, impresso ou no, geradas duranteo processo de impresso ou acabamento. Essas aparas, quer sejam de papel, carto ouplsco, impressas ou no, so resduos classicados como Classe IIA ou IIB, de acordocom a norma ABNT NBR 10.004:2004, ou seja, no so resduos perigosos. No soconhecidos casos em que essas aparas tenham se tornado resduos classe I, mesmo coma ulizao de alguns insumos de impresso, especialmente ntas, que possam conterem sua composio produtos qumicos que apresentem toxicidade em determinadasconcentraes, como o alumnio.

    Segundo dados levantados pela ABTG junto a seus associados, a gerao de aparas deproduo varia de 5% a 36% do volume produzido. O volume de aparas gerado se d emfuno de muitos parmetros, sendo os principais o formato do produto impresso (o qualinuencia diretamente as perdas no corte do ps-acabamento), o volume de impresso(tambm chamado de ragem e geralmente relacionado ao sistema de impresso), bemcomo a prpria mquina impressora e o know-how da grca.

    As aparas de produo so passveis de reciclagem em basicamente todos os casos,

    independentemente do po de substrato ou do po de impresso. Cabe grca

    segregar e desnar as mesmas para uma empresa que possa recicl-las de forma

    ambientalmente correta.

    Considerando a diversidade dos processos e dos materiais, listar todos os resduospossivelmente gerados em uma grca impracvel dentro do espao de um manualcomo este. possvel mencionar os mais comuns. Uma corrente signicava de resduosgerados pelas grcas a das embalagens de matrias-primas, como capas de bobinas depapel ou carto, envoltrios das latas de nta ou as prprias latas vazias. Estas embalagensde matrias-primas so geralmente de plsco ou carto e quase sempre reciclveis.

    Na avidade grca so tambm gerados resduos slidos classicados como Classe I,

    ou seja, resduos perigosos. Latas plscas contendo restos de nta pastosa, solvente delimpeza sujo, sobras de nta, vernizes ou adesivos, panos de limpeza sujos com solventesorgnicos e nta, insumos qumicos vencidos ou fora de especicao, lmpadasuorescentes usadas, EPIs impregnados com qumicos e leo lubricante queimado estoentre os principais resduos slidos Classe I gerados nas grcas.

    Por serem classicados como resduos perigosos, devem receber uma ateno especialno seu manuseio, armazenamento, transporte e desnao. importante salientar que,para realizao destas etapas, devero ser consideradas as legislaes especcas, tantono mbito federal como no estadual e no municipal. No entanto, no pelo fato de

    serem resduos Classe I que estes no podem ser reaproveitados. Por exemplo, o leolubricante usado dever ser re-renado, as lmpadas queimadas podem ser totalmente

    recicladas, o solvente sujo pode ser encaminhado para recuperao (deslao), os

    panos de limpeza sujos podem ser higienizados em empresas especializadas e as sobras

    de nta, ulizadas na produo de outras ntas.

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    Quer sejam Classe I ou II, determinados resduos so diceis de reciclar ousimplesmente no podem ser reaproveitados, como o caso do lixo de banheiro.

    Estes resduos so geralmente desnados a um aterro controlado, no caso dosresduos Classe II, ou ao co-processamento, no caso dos resduos Classe I. Deacordo com o levantamento realizado pela ABTG em 2008, junto a vrias grcas,a quandade de resduos desnados a aterros varia de 0,7 kg a 7 kg por toneladaproduzida, e a quandade de resduos co-processados varia de 0 kg a 40 kg por toneladaproduzida.

    3.6 Go u lquio

    Por possurem banheiros, todas as grcas geram euentes sanitrios, ou seja, esgoto.Este esgoto dever ser lanado na rede pblica ou, na sua ausncia, dever sofrer algumpo de tratamento antes de seu lanamento em corpo dgua ou de sua inltrao nosolo. Seu volume geralmente proporcional ao nmero de funcionrios. De acordo comos dados levantados pela ABTG, o volume de esgoto gerado nas grcas varia de 0,04m3 a 3 m3 por tonelada produzida, a diferena nos volumes de produo a principalexplicao para essa variabilidade.

    Alm do esgoto, dependendo de seus processos, determinadas grcas tambmpodem gerar euentes industriais. o caso dos euentes fotogrcos dos processos derevelao de imagem, encontrados principalmente nos sistemas convencionais de pr-impresso em oset e exograa. No caso da rotogravura, o processamento da frmaem banhos de galvanoplasa gera euentes industriais muito especcos. Geralmente,os processos de lavagem dos sistemas de impresso oset tambm geram euentesindustriais.

    Caso determinados parmetros do euente industrial, como, por exemplo, DBO, teorde slidos, de metais ou pH, no se enquadrem nos padres de qualidade exigidos paralanamento, quer seja na rede de esgoto, quer em corpo dgua supercial ou mesmo

    para inltrao no solo, deve-se proceder ao seu tratamento. O tratamento poder serbiolgico, sico, qumico ou uma combinao destes. Poder ser efetuado tanto emEstaes de Tratamento de Euentes (ETEs) instaladas na prpria planta, quanto enviando-se os euentes brutos para empresas especializadas no seu tratamento, lembrando queo tratamento dever obedecer os parmetros estabelecidos e exigidos na legislaoaplicvel.

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    3.7 Emisses atmosfricas

    As principais emisses atmosfricas da indstria grca so os Compostos OrgnicosVolteis (VOCs) que evaporam dos solventes, ntas, vernizes ou adesivos. No existempadres de controle ambiental para esse po de composto. Porm, os VOCs podempromover odores e provocar reclamaes da circunvizinhana. As emisses de VOCspodem ser recuperadas com o emprego de equipamentos especcos. Porm, devido aosaltos custos de instalao, operao e manuteno desses equipamentos, alm de fatoresde escala (baixas quandades envolvidas), isso bastante raro no mercado brasileiro.

    Em funo da importncia do fenmeno do aquecimento global, a questo dasemisses de gases de efeito estufa no pode ser deixada de lado neste manual. Processos

    inerentes indstria grca que diretamente gerem gases de efeito estufa so raros.Pode-se citar apenas um nico exemplo, o dos sistemas de secagem das impressorasexogrcas e de rotogravura, j que pode ser que os mesmos gerem o calor necessrioatravs da queima de combusvel fssil, geralmente GLP, ao invs de ulizarem energiaeltrica. Outras fontes de emisses so comuns maioria das indstrias, como o uso deempilhadeiras (quando no so eltricas) ou (eventualmente) o uso de determinadosuidos nos sistemas de refrigerao. Tambm devem ser consideradas as emissesindiretas relacionadas queima de combusvel para o transporte das matrias-primasat a grca e dos produtos acabados at seus clientes, bem como o deslocamento dosfuncionrios dos seus domiclios at a grca ou em servio externo.

    3.8 ruo vib

    A indstria grca possui, em seus processos, diversos equipamentos que geramrudo e vibraes, como as impressoras ou as mquinas de ps-impresso, comogrampeadeiras, dobradeiras e vincadeiras. Em relao ao rudo, a empresa deveratender s orientaes tcnicas estabelecidas na norma NBR 10.151 da ABNT, instudacomo obrigao legal na Resoluo Conama n1, de 08 de maro de 1990.

    As solues tcnicas de controle correvo para problemas de rudo e vibraesso bastante variadas e dependem de uma avaliao local, caso a caso. As tcnicasempregadas podero variar desde medidas simples e de baixo custo, como alteraes dedisposio sica dos equipamentos, uso de bases anvibratrias e abafadores de rudo,at aes mais onerosas, podendo, em casos extremos, at mesmo exigir a mudana daempresa do local.

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    4 MedIdas de PrOdUO MaIs LIMPa (P+L)

    4.1 Conceitos

    A seguir so apresentadas diversas oportunidades de P+L para o setor. De modoa melhorar seu entendimento e uniformizar a denio de termos importantes, algunsconceitos so discudos abaixo.

    A gesto ambiental pode se dar por meio de aes prevenvas e/ou correvas.a ov geralmente se caracterizam por solues de m de tubo, ouseja, tratamentos dos poluentes gerados no m dos processos como, por exemplo, otratamento, em uma ETE, dos euentes lquidos gerados em determinado processoproduvo. Estas aes correvas visam principalmente ao atendimento a determinadasleis ambientais. Muitas vezes, elas apenas transferem os poluentes de um meio paraoutro. Por exemplo, o tratamento de emisses gasosas por um sistema de lavagem degases transfere poluentes atmosfricos para o meio lquido, gerando um euente lquidoque deve ser tratado antes do seu lanamento em curso dgua ou na rede coletora deesgoto, tratamento que normalmente gera um lodo que, em geral, precisar ser dispostoem aterro.

    Assim sendo, as vantagens de se trabalhar com o conceito prevenvo tornam-sebastante claras: evitar, ou minimizar, a gerao de poluentes na fonte signica menoresimpactos e menores gastos, uma soluo muito melhor do que o tratamento em mde tubo. a pvv tm vantagens sobre as correvas, no s em termosambientais, mas tambm econmicos. Devido ao fato de irem alm das obrigaeslegais, de requererem uma (re)avaliao geral dos processos produvos, equipamentos,procedimentos operacionais e materiais envolvidos, as medidas prevenvas so,geralmente, menos bvias, menos intuivas e mais diceis de implantar do que asaes correvas, uma vez que, em geral, tambm demandam mudanas na forma deproceder da alta direo e dos empregados da empresa. No entanto, os seus ganhos so

    incomparveis, evitando a gerao de rejeitos, reduzindo seu volume e/ou toxicidade esua necessidade de tratamento, ou ainda, reduzindo o consumo de recursos naturais doprocesso. Por isso, elas so preferveis. Desta forma, a situao que se recomenda queas aes correvas apenas complementem as aes prevenvas, se necessrio.

    Pouo Mi Limp (P+L) a expresso consagrada para designar todas essasprcas prevenvas. Segundo a Diviso de Tecnologia, Indstria e Economia do Programadas Naes Unidas para o Meio Ambiente (UNEP em Ingls), P+L a aplicao connua deuma estratgia ambiental integrada e prevenva para processos, produtos e servios, paraaumentar a ecincia global e reduzir os riscos s pessoas e ao meio ambiente (UNEP,

    2009). Assim sendo, a P+L aplica-se a processos, produtos e servios. Aos processos, atravsda conservao de matrias-primas, gua e energia, eliminao de matrias-primas txicase reduo, na fonte, da quandade e toxicidade das emisses e dos resduos gerados; aosprodutos, pela reduo dos seus impactos negavos ao longo de seu ciclo de vida, desde aextrao de matrias-primas at a sua disposio nal; aos servios, pela incorporao dasquestes ambientais em suas fases de planejamento e execuo.

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    Pvo Poluio (P2), ou reduo na fonte, geralmente denida como o usode prcas, processos, tcnicas ou tecnologias que evitem ou minimizem a gerao de

    resduos e poluentes na fonte geradora, reduzindo os riscos globais sade humana e aomeio ambiente. Inclui modicaes nos equipamentos, nos processos ou procedimentos,reformulao ou replanejamento de produtos, substuio de matrias-primas,melhorias nos gerenciamentos tcnico-administravos da empresa, e resulta em umaumento na ecincia de uso dos insumos, quer sejam eles matrias-primas, energia ougua. As prcas de reciclagem fora do processo, tratamento e disposio dos resduosgerados, no so consideradas avidades de P2, uma vez que no implicam na reduoda quandade de resduos e/ou poluentes na fonte geradora, mas atuam de formacorreva sobre os efeitos e as consequncias oriundas do resduo gerado (USEPA, 1990).No entanto, as tcnicas de Preveno Poluio (P2) fazem parte das tcnicas de

    Produo mais Limpa (P+L).

    O conceito de tecnologia limpa refere-se s medidas de reduo na fonte, ou P2,aplicadas para eliminar ou reduzir, signicavamente, a gerao de resduos (CETESB,2002).

    Outras tcnicas de P+L so aplicveis quando no se consegue evitar ou minimizara gerao de resduos. Consistem, basicamente, em buscar outros usos para essesresduos. Para melhor compreender essas tcnicas, dois conceitos so necessrios: resoe reciclagem. Reso qualquer prca ou tcnica que permita a reulizao do resduo

    sem que o mesmo seja submedo a um tratamento que altere as suas caracterscassico-qumicas (CETESB, 2002). Reciclagem qualquer tcnica ou tecnologia quepermita o reaproveitamento de um resduo aps o mesmo ter sido submedo a umtratamento que altere as suas caracterscas sico-qumicas. A reciclagem pode serclassicada como dentro do processo, quando permite o reaproveitamento do resduocomo insumo no mesmo processo que o gerou, ou fora do processo, quando permiteo reaproveitamento do resduo como insumo em um processo diferente daquele quecausou essa gerao (CETESB, 2002).

    Resumidamente, pelo conceito de P+L, de modo a determinar qual a melhor soluo,em termos ambientais e econmicos, a gesto ambiental dever considerar certahierarquia de preferncia entre as diversas prcas possveis. O Quadro 7 resume estahierarquia.

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    Quo 7 - Hiqui p go mbil

    4.2 Opoui P+L (OP+L)

    As oportunidades de P+L apresentadas a seguir visam eliminar ou reduzir os impactosambientais apresentados no captulo 3. Como qualquer ao de P+L, elas visam:

    Eliminar ou reduzir na fonte os resduos slidos, euentes lquidos e emissesatmosfricas;

    Conservar energia e recursos naturais, especialmente gua e matrias-primas; Eliminar o emprego de matrias-primas txicas e perigosas.

    Estas oportunidades foram selecionadas de acordo com as prcas mais comunsdo setor grco, mas no abrangem todos os possveis aspectos e impactos do setor.Uma dada oportunidade pode no se aplicar a uma determinada grca ou j ter sidoimplantada por outra. Assim, estas aes de P+L no esgotam as possibilidades. O

    importante que cada grca inspire-se neste guia para buscar e adotar aquelas aesque realmente possam melhorar o seu desempenho, tanto em termos ambientais

    como econmicos.

    As oportunidades aqui apresentadas esto listadas no Quadro 8. Este quadro-resumopermite visualizar rapidamente a que sistema de impresso se desnam e sobre queimpacto ambiental estas oportunidades atuam. As medidas foram listadas na ordem dasetapas do processo produvo, desde a compra e o recebimento das matrias-primasat a desnao dos resduos de produo. Algumas so bem genricas, outras bem

    especcas. Cada uma destas oportunidades apresentada em uma cha que resumeos principais requisitos para sua implantao, seus benecios ambientais e seus aspectoseconmicos. Os comentrios que se seguem complementam cada cha.

    MaiorREDUO NA FONTE (P2)Eliminao/reduo do uso de matrias-primas ou materiais txicosMelhoria nos procedimentos operacionais e na acquisio e estoque de materiaisUso eficiente dos insumos (gua, energia, matrias-primas, etc.)Eliminao/reduo da gerao de quaisquer rejeitos (sl. / lq. / gas.)Reso/reciclagem dentro do processo

    RESO/RECICLAGEM FORA DO PROCESSO

    TRATAMENTO DE EFLUENTES E RESDUOS

    DISPOSIO FINAL DE RESDUOS

    RECUPERAO DE REA CONTAMINADAMenor

    PRODUOM

    AIS

    LIMPA

    ME

    DIDAS

    DE

    CON

    TROLE

    Vantagemrelativa

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    38Quadro8-Quadro-resumodosexemplosdeoportunidadesdeP

    +Lparaaindstriagrfica

    Cdigoda

    oportunidade

    Oportunidade

    Processo

    produtivo

    envolvido

    Sistemade

    impresso

    gua

    Rec.naturais/Matrias-primas

    /Insumos)

    Energia

    Efluenteslquidos

    Resduos

    Toxicidade

    Emissesatmosfricas

    OP+L1

    Contro

    lederecebimentodematrias-primas

    Auxiliar

    Todos

    x

    x

    x

    x

    OP+L2

    Contro

    ledeestoquedematrias-primas

    Auxiliar

    Todos

    x

    x

    OP+L3

    Minimizaodasembalagensdematrias-prima

    s

    Auxiliar

    Todos

    x

    x

    x

    x

    OP+L4

    Preven

    odeocorrnciasambientaiscominsum

    osqumicos

    Auxiliar

    Todos

    x

    x

    x

    OP+L5

    Tratam

    entoon-sitedosefluentesfotogrficoscomrecuperaodeinsumos

    Pr-impresso

    Flexoeoffset

    x

    x

    x

    x

    OP+L6

    Sistem

    asalternativosdegravaodefrmasde

    offseteflexografia

    Pr-impresso

    Flexoeoffset

    x

    x

    x

    OP+L7

    Reso

    deguanaoperaodepolimentodocilindroderotogravura

    Pr-impresso

    Rotogravura

    x

    x

    OP+L8

    Otimizaodosetupdeimpresso

    Impresso

    Todos

    x

    x

    x

    OP+L9

    Reduodeperdasnaimpresso

    Impresso

    Todos

    x

    x

    OP+L10

    Usode

    tintasmaisecolgicas

    Impresso

    Todos

    x

    x

    x

    x

    OP+L11

    Substituiodolcoolisoproplico(IPA)nasolu

    odemolha

    Impresso

    Offset

    x

    OP+L12

    Reduodanecessidadedelimpezadosequipa

    mentos

    Impresso

    Todos

    x

    x

    x

    x

    OP+L13

    Reso

    deguanaoperaodelavagemdastelasdeserigrafia

    Pr-Impressoe

    Impresso

    Serigrafia

    x

    x

    OP+L14

    Boasp

    rticasdegestoderesduos

    Auxiliar

    Todos

    x

    x

    OP+L15

    Sistem

    adeabastecimentodetinteirosnarotogravura

    Impresso

    Rotogravura

    x

    x

    x

    OP+L16

    Acondicionamentodepapelnaimpressodigital

    Impresso

    Impressodigital

    x

    readosprincipaisganhos

    ambientaispropiciados

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    4.3 complmo h OP+L

    4.3.1 OP+L 1 - Controle de recebimento de matrias-primas

    Processo: Auxiliar Operao: Recebimento de matrias-primasSistema de impresso: Todos

    Implementao: Estabelecimento de critrios de avaliao das matrias-primas no seu recebimento Laboratrio e disposivos especcos para realizao de anlises no recebimento Treinamento e capacitao dos empregados envolvidos

    Estabelecimento de procedimentos operacionais para inspeo de recebimento

    Bio mbii: Reduo na quandade de resduos gerados Reduo no consumo de recursos naturais Reduo do consumo de energia nos transportes indevidos e devolues Reduo das emisses atmosfricas nos transportes indevidos e devolues

    apo omio: Reduo de despesas com matrias-primas fora de especicao Reduo nos custos de desnao de resduos Invesmento em equipamentos para realizao de anlises laboratoriais Invesmento em treinamento Reduo da quandade de produtos acabados no-conformes

    O principal objevo deste controle evitar que produtos fora de especicao, jdeteriorados, com defeito ou fora do prazo de validade, sejam aceitos no estoque.

    A implantao de um sistema de controle de qualidade para o recebimento dematrias-primas e de produtos auxiliares requer o estabelecimento de critriosde aceitabilidade. Para isso, exige-se a documentao dessas especicaes viaprocedimentos escritos, alm de treinamento dos funcionrios que faro a vericao daconformidade com o pedido, a inspeo e os testes de qualidade no ato do recebimento.

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    4.3.2 OP+L 2 - Controle de estoque de matrias-primas

    Processo: Auxiliar Operao: Armazenamento de matrias-primasSistema de impresso: Todos

    Implementao: Estabelecimento de critrios de armazenamento das matrias-primas / insumos Laboratrio e disposivos especcos para realizao de anlises Treinamento e capacitao dos empregados envolvidos Estabelecimento de procedimentos operacionais para o armazenamento

    de matrias-primas

    Bio mbii: Reduo na quandade de resduos gerados Reduo do consumo de recursos naturais

    apo omio: Reduo nas despesas com matrias-primas / insumos fora de especicao Reduo nos custos de desnao de resduos Custos de equipamentos para realizao de anlises laboratoriais Invesmento em treinamento

    O principal objevo do controle de estoque evitar que materiais comprados sedeteriorem antes de serem consumidos. De fato, a maior parte das matrias-primas daindstria grca possui especicidades quanto s suas condies de armazenamento.Por exemplo, lmes e papis fotogrcos so sensveis luz, reveladores e xadores sopassveis de oxidao, e os substratos, principalmente o papel e o carto, podem serbastante susceveis umidade. Alm disso, muitos produtos tm prazos de validaderazoavelmente curtos, podendo se deteriorar rapidamente, perder seu valor comercial ese tornarem resduos, o que, alm de representar impactos ambientais, pode acarretarem custos signicavos para a empresa.

    O controle de estoques deve considerar os procedimentos de compra, as condiesde armazenamento, o controle de sada do estoque e a gesto de materiais deteriorados.Recomendaes incluem:

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    GUIA TCNICO AMBIENTAL DA INDSTRIA GRFICA - SRIE P+L

    Compra

    Realizar compras de acordo com o planejamento da produo, visando operar

    conforme o sistema just in me, adquirindo as quandades estritamenteadequadas ao consumo da empresa (cuidando de dispor apenas da margem desegurana mnima em caso de desabastecimentos imprevistos), evitando comprasdesnecessrias, reduzindo as reas necessrias para estoque e evitando queprodutos quem armazenados por muito tempo.

    Armazenamento

    Observar as especicaes de armazenamento dos produtos, respeitandorecomendaes relavas exposio luz, temperatura ou umidade; Evitar manter em estoque produtos abertos, mantendo-os bem fechados e nivelados,

    especialmente no caso de insumos qumicos, como ntas, vernizes e adesivos; Organizar os produtos no estoque de modo a facilitar sua inspeo e movimentao,deixando espao para que os itens armazenados sejam acessados tanto pela frentecomo por trs e mantendo espao entre eles para facilitar sua inspeo; um programa5 S pode ser bastante l neste sendo; Restringir o trfego de pessoas e veculos na rea de estoque, mantendo a rea semprelimpa, de modo a evitar que os produtos armazenados sejam contaminados; Realizar inspees peridicas nas estruturas de armazenagem e nas instalaesprediais, evitando, assim, danos s embalagens por queda, rasgos ou contato com guaproveniente de vazamentos ou de danos no telhado;

    Idencar os produtos ulizando equetas padronizadas, de forma que qualquerpessoa possa localiz-lo facilmente e no cometer erros por falta de idencao quepossam gerar desperdcios.

    Controle de sada

    Usar os produtos por ordem de chegada, segundo o sistema FIFO (First In First Out),sempre colocando os produtos recm-chegados atrs dos que j esto armazenados,para facilitar a rerada dos mais angos e permir que sejam ulizados antes; Manter um inventrio atualizado do estoque, realizar inspees peridicas e anotar osprazos de validade.

    Gesto dos materiais deteriorados

    Testar os materiais deteriorados, vericando se realmente no podem mais ser usadosno processo, como no caso de ntas vencidas; Reciclar os materiais vencidos, encaminhando-os a empresas ou processos derequisitos menos restritos. Por exemplo, as ntas vencidas podem servir para produode ntas de menor qualidade.

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    4.3.3 OP+L 3 - Minimizao das embalagens de matrias-primas

    Processo: Auxiliar Operao: Negociao com fornecedoresSistema de impresso: Todos

    Implementao Avaliao de projetos de reduo / mudana de embalagens com os fornecedores Busca de alternavas no mercado

    Bio mbii Reduo no consumo de recursos naturais

    Reduo na quandade de resduos gerados Reduo do consumo de energia no transporte das matrias-primas Reduo das emisses atmosfricas no transporte das matrias-primas

    apo omio Obteno de descontos dos fornecedores em funo da omizao da embalagem Reduo nos custos de desnao de resduos de embalagens Omizao do espao na rea de armazenamento Invesmento em desenvolvimento de projetos de reduo / mudana

    de embalagens de matrias-primas

    As embalagens tm por principal objevo proteger os produtos que embalam,evitando ou postergando sua deteriorao, trazendo com isso vantagens ambientaisimportantes. No entanto, usar mais embalagens do que o necessrio representadesperdcios de recursos naturais, aumenta os custos de transporte e gera resduosevitveis.

    Dentro dos diversos projetos que podem levar a uma reduo da quandade deembalagens, podemos citar: Desenvolver projetos com o fornecedor para reduzir a quandade de embalagensulizadas para proteger e transportar seus produtos Avaliar, junto com o fornecedor, a possibilidade de usar embalagens e palletsretornveis; Optar por embalagens maiores, na medida do possvel. Geralmente mais vantajosogerenciar um nmero menor de embalagens grandes do que muitas embalagenspequenas; Dar preferncia a materiais em p, a m de reduzir os custos de transporte, o espaonecessrio para armazenamento, e a quandade de resduos de embalagens.

    Implantar um sistema de logsca reversa depallets, com clientes ou com fornecedores.Neste caso, os pallets devem ser durveis, feitos de plsco ou de metal, e no demadeira.

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    GUIA TCNICO AMBIENTAL DA INDSTRIA GRFICA - SRIE P+L

    4.3.4 OP+L 4 - Pvo ooi mbii om iumo qumio

    Alm de representar desperdcios de matrias-primas, derramamentosou vazamentos de produtos qumicos, podem gerar graves danos ambientais,contaminar o subsolo, provocar incndios ou exploses.

    Processo: Auxiliar Operao: Armazenamento, movimentaesSistema de impresso: Todos e transferncias de produtosImplementao: Estabelecimento de um procedimento formal de cuidados com insumos qumicos:

    - No armazenamento - Na segregao dos materiais- Nas transferncias, manuseios e movimentaes - Nas operaes de carga e descarga

    Treinamento e capacitao dos empregados envolvidos

    Bio mbii: Reduo na quandade de resduos gerados Reduo no consumo de recursos naturais Reduo dos riscos ambientais

    apo omio: Reduo nas perdas de matrias-primas Reduo nos custos de tratamento / desnao de resduos Invesmento em sistemas de conteno e disposivos para manuseios adequados

    Invesmento em treinamento

    Armazenamento

    Dispor as embalagens dos produtos de modo a permir a deteco visual dederramamentos ou vazamentos; Manter os tambores metlicos isolados do solo, usando tablados oupallets (de madeiraou plsco) para reduzir a corroso no fundo dos tambores.

    Segregao de materiais

    Segregar os materiais de acordo com sua compabilidade qumica, evitando reaesindesejveis entre produtos que no possam entrar em contato, o que poderia causarincndios, liberao de gases txicos ou exploses; Idencar cada recipiente de forma correta; Manter disponveis as Fichas de Informao de Segurana de Produto Qumico (Fispqs),que auxiliam na tomada de decises rpidas em caso de acidentes.

    Transferncia, manuseio e movimentao

    Manipular os recipientes de forma correta, de modo a evitar danos e avarias quepossam resultar em vazamentos;

    Usar cintas para transporte de tambores empallets.

    Carga e descarga

    Estabelecer um procedimento formal de controle das operaes de carga e descargade materiais, garanndo sua realizao de modo adequado.

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    4.3.5 OP+L 5 - tmo o-i o u oogo om upo insumos

    Processo: Pr-impresso Operao: Revelao da imagemSistema de impresso: Flexograa e oset

    Implementao: Locao / instalao de um sistema de tratamento com cartucho e ltro,

    para recuperao da prata

    Bio mbii: Reduo dos riscos ambientais com o armazenamento e o transporte

    de euentes fotogrcos

    Reduo da gerao de resduos slidos Reduo do consumo de energia no transporte das matrias-primas Reduo das emisses atmosfricas no transporte das matrias-primas Reduo do consumo de matria-prima Reduo de carga poluente dos euentes lquidos

    apo omio: Omizao do espao na rea de armazenamento Eliminao dos gastos com desnao de resduos Gastos com anlises peridicas de controle da qualidade dos euentes tratados Eventuais gastos com a locao dos equipamentos de controle

    (total ou parcialmente compensados com a recuperao da prata)

    Em mtodos de pr-impresso convencionais, ainda comuns em sistemas de impressocomo a exograa e o oset, a etapa de processamento da imagem requer a ulizao debanhos, essencialmente solues do po xador / revelador.

    Uma primeira boa prca consiste em monitorar a qualidade das solues, de modo aevitar seu descarte prematuro. Quando o desempenho dessas solues ca compromedodevido diminuio da concentrao de seu ingrediente avo, outra boa prca prolongarsua vida l adicionando determinados produtos qumicos disponveis no mercado, de acordo

    com as orientaes do fornecedor. Aps certo uso, os banhos devem, inevitavelmente, sertrocados. Esses banhos usados se constuem em euentes fotogrcos que, em geral, nopodem ser lanados diretamente na rede de esgoto, geralmente em funo do seu pH eteores de sulfato, ferro solvel e prata.

    Estes euentes podem, eventualmente, ser enviados para tratamento externo em empresasespecializadas, devidamente licenciadas para este po de avidade, que recuperam a pratado xador usado, metal com alto valor comercial. Outra opo mais interessante consiste nainstalao de um sistema de tratamento na prpria empresa. O sistema, simples e compacto,consiste geralmente de um cartucho que recupera a prata do xador usado e de um ltro

    simples para tratamento posterior do xador, juntamente com o revelador usado e a eventualgua de lavagem empregada. O sistema geralmente instalado, em regime de comodato, porempresas especializadas que se responsabilizam pela troca peridica do cartucho e do ltro, eque normalmente so pagas com parte ou o total da prata recuperada, a qual desnam parafundio. Anlises qumicas de controle devem ser realizadas periodicamente para garanrque o euente tratado atenda aos padres de qualidade/emisso.

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    Alm de ser mais vantajoso economicamente, o tratamento on-site apresenta vriasvantagens ambientais em relao ao envio dos euentes para tratamento externo,

    principalmente a reduo dos riscos com o manuseio e armazenamento temporriode euentes fotogrcos dentro da prpria indstria grca e com o seu transporterodovirio. Alm disso, permite a recuperao da prata, um insumo de alto valoragregado, com gerao de uma receita indireta para a empresa. Detalhes quanto aosrequisitos para a gesto dos euentes fotogrcos constam da norma ABNT NBR 15278:2005- Euentes lquidos fotogrcos - Requisitos para disposio nal (ABNT, 2005).

    4.3.6 OP+L 6 - sim lvo gvo m o xog

    Processo: Pr-impresso Operao: Gravao da frmaSistema de impresso: Flexograa e oset

    Implementao: Avaliao, compra, instalao e operao de um sistema alternavo

    de gravao da frma Treinamento e capacitao dos empregados envolvidos

    Bio mbii: Reduo da gerao dos resduos slidos Eliminao dos euentes fotogrcos

    Eliminao do uso de solventes no processamento da frma

    apo omio: Invesmento em equipamentos novos Aumento da produvidade Reduo dos custos de produo

    Invesmento em treinamento

    Os processos de pr-impresso, principalmente nos sistemas de impresso exogrca eoset, so hoje alvo de constantes avanos tecnolgicos. Estas inovaes geralmente trazemvantagens ambientais signicavas. Os novos sistemas so chamados de alternavos, emcontraposio aos sistemas ditos convencionais.

    Vrios sistemas permitem, hoje, a gravao direta da imagem na chapa, normalmente porsistemas a laser, sem intermedirios, eliminando a etapa de processamento da imagem e, comisso, tambm a necessidade de revelar a imagem em um fotolito. Entre outras vantagens, issopermite eliminar os banhos de revelao e os seus euentes fotogrcos, que foram discudosna OP+L 5. Porm, uma vez que estes sistemas dispensam a etapa do fotolito, os controles dequalidade devero ser revisados, para que se evite a gravao de frmas com erros, fator quepode trazer prejuzos signicavos, tanto ambientais como econmicos.

    Alguns sistemas j permitem o processamento da frma gravada sem usar produtosqumicos, por intermdio de uma simples lavagem com gua ou com um pano especial. Sabendoque alguns processos de exograa ainda usam um produto to agressivo para o meio ambientequanto o percloroeleno (tetracloroeteno) para dissolver as partes do clich de fotopolmero queno foram expostas luz, a adoo destas novas tecnologias poder trazer ganhos ambientais

    bastante signicavos.

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    4.3.7 OP+L 7 - ro gu opo polimo o ilio oogvu

    Processo: Pr-impresso Operao: Polimento dos cilindros de rotogravuraSistema de impresso: Rotogravura

    Implementao: Instalao de caixa dgua, bomba, ltros e caixa para decantao Estabelecimento de parmetros de controle do processo Estabelecimento de procedimento para operao do sistema de reuso Treinamento e capacitao dos empregados envolvidos

    Bio mbii: Reduo no consumo de gua Reduo no volume de euentes gerados

    apo omio: Reduo de custos com o fornecimento de gua Reduo nos custos para tratamento ou lanamento de euentes Invesmento nos equipamentos e na instalao do sistema Despesas com a manuteno do sistema Despesas com anlises laboratoriais para descarte da gua quando da sua troca

    Despesas com a desnao dos resduos slidos gerados no tratamento Invesmento em treinamento

    No processo de polimento dos cilindros de rotogravura gera-se um euente lquidocom parculas de cobre e rebolo, que pode ser imprprio para descarte na rede deesgoto, dependendo de suas caracterscas. Nessa operao, tambm, gasta-se umvolume signicavo de gua.

    O sistema dimensionado e projetado de acordo com as caracterscas do processo.Consiste na instalao de um tanque para decantao, normalmente existente na prpriamquina, dois ltros, um para reteno de parculas slidas e outro para substnciasorgnicas, e uma bomba para succionar a gua tratada e alimentar a caixa dgua, paraposterior reaproveitamento no mesmo processo. Esse sistema opera em ciclo fechado.Os resduos slidos provenientes dadecantao e os ltros podero serencaminhados para co-processamento.

    figu 10 - Opo polimo umilio oogo ulizo bolo. n

    opo, gu uliz p,

    povi ilio polio.

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    4.3.8 OP+L 8 Omizo o up impo

    Aps sua obteno, a frma dever ser ajustada impressora, com os devidosacertos para que a impresso ocorra nos melhores padres de qualidade possveis.Esta etapa do processo geralmente denominada setup, ou ajuste. Os principaisresduos gerados no setup so as sobras de substrato resultantes. Quanto maiseciente for o setup, menor ser a gerao de aparas.

    Processo: Impresso Operao: Ajuste da impresso (setup)Sistema de impresso: Todos

    Implementao:

    Instalao de disposivos tcnicos especcos Avaliao, compra, instalao e operao de mquinas novas Estabelecimento dos parmetros a serem controlados durante o processo Estabelecimento de procedimentos operacionais Treinamento e capacitao dos empregados envolvidos

    Bio mbii: Reduo da quandade de resduos gerados Reduo do consumo de recursos naturais Reduo do consumo de energia

    apo omio: Aumento da produvidade Reduo nos custos de hora-mquina e nos custos de produo em geral Reduo das quandades de produtos acabados no-conformes Reduo nos custos de desnao de resduos Invesmento em equipamentos ou mquinas Invesmento em treinamento

    Diversos equipamentos e acessrios tm sido desenvolvidos com o intuito de omizara etapa de setup. Se ulizados corretamente, podem, ao mesmo tempo, aumentar aproduvidade e reduzir os gastos, principalmente com substratos e insumos qumicos.

    A aquisio de tecnologias de lma gerao, impressoras mais modernas, modelosmais novos que permitam acertos mais rpidos e precisos, como as impressorasexogrcas denominadas gearless, certamente uma opo desejvel e atraentepara qualquer indstria grca, mas depende de invesmentos pesados, nem semprepossveis.

    Uma alternava a adaptao, aos equipamentos existentes, de acessrios queautomazem os acertos, de modo que eventuais erros e desvios sejam corrigidosdurante o prprio processo de impresso. Exemplo de disposivo inclui os curvadoresautomcos de chapa, que realizam sua conformao previamente sua introduo namquina, minimizando problemas de ajuste entre chapa e cilindro; outro exemplo odos pr-condicionadores de papel em bobinas, que preparam o papel para a impresso,realizando sua limpeza e corte preliminar (CETESB, 2003).

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    4.3.9 OP+L 9 - Reduo de perdas na impresso

    Processo: Impresso Operao: ProduoSistema de impresso: Todos

    Implementao: Instalao de disposivos tcnicos especcos Avaliao, compra, instalao e operao de mquinas novas Estabelecimento de parmetros para serem controlados durante o processo Estabelecimento de procedimentos operacionais Treinamento e capacitao dos empregados envolvidos

    Bio mbii: Reduo na quandade de resduos gerados Reduo do consumo de recursos naturais Reduo do consu