Artigo Biblioteca Virtual Na EaD
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BIBLIOTECA VIRTUAL NA EAD: CAMINHOS EM CONSTRUÇÃO
Cleber Marques de Oliveira1
RESUMO
O presente artigo se propõe a investigar a efetivação de uso da biblioteca virtual presente nos sistemas computacionais das IES que oferecem cursos de graduação a distância através da internet. Optou-se em primeiramente realizar uma pesquisa bibliográfica sobre a caracterização desses espaços traçando um paralelo com as considerações do que nos diz os referenciais de qualidade da educação superior a distância e uma análise comparativa de um ambiente virtual de aprendizagem de uma IES que disponibiliza essa ferramenta para seus alunos de graduação a distância. Analisou-se a biblioteca virtual de uma IES de natureza privada com pólo presencial no estado de Alagoas. Na metodologia, utilizou-se de questionário aplicado a uma turma do segundo período do curso de pedagogia a distância no segundo semestre de 2013. Chega-se a conclusão de que ainda há muito ao que se fazer no aspecto da inclusão digital e do planejamento técnico-pedagógico para efetivação da prática dessa ferramenta midiática muito relevante à educação a distância.
Palavras-chave: Biblioteca Virtual; Ambiente Virtual de Aprendizagem; EAD.
ABSTRACT
This paper aims to investigate the effectiveness of library use in this virtual computer systems
of HEIs that offer undergraduate distance over the internet. We decided to first conduct a
literature search on the characterization of these spaces drawing a parallel with the
considerations of which tells us the benchmarks of quality of distance education and a
comparative analysis of a virtual learning environment that provides an IES this tool for their
undergraduate students at a distance. We analyzed the virtual library of a private nature of IES
with pole face in the state of Alagoas. In the methodology, we used a questionnaire applied to
a class in the second period of the pedagogy course the distance in the second half of 2013.
Arrives at the conclusion that there is still much to do in that aspect of digital inclusion and
planning for technical and pedagogical effectiveness of media practice this tool very relevant
to distance education.
Keywords: Virtual Library; Virtual Learning Environment; EAD.1Graduado em Pedagogia. Graduando em Filosofia. Graduando em Informática. Pós-Graduado Lato Sensu em Educação a Distância. Pós-Graduando Lato Sensu em Gestão de Documentos.
2
1. INTRODUÇÃO
No Brasil, a educação a distância passa por uma fase de grande exploração
mercadológica. Temos mais de dois milhões de estudantes nessa modalidade, com centenas
de instituições de ensino superior ofertando seus cursos a distância, sem contar com empresas
que disponibilizam cursos livres para algum tipo de aprendizagem.
Meio a esse contexto, poderíamos perguntar como está a qualidade da educação
superior a distância no Brasil. Quais as metodologias utilizadas e destas quais estão dando
resultados positivos. Mais especificamente, que tipos de ferramentas e/ou instrumentos estão
sendo oferecidos aos alunos em colaboração para construção de seu conhecimento.
Diante disso, buscamos investigar, nas literaturas especializadas, que tipo de
contribuição está sendo oferecido pela ferramenta biblioteca virtual disponível em alguns
ambientes virtuais de aprendizagem de cursos das IES que ofertam essa modalidade de
educação no Brasil.
A pesquisa procura conhecer uma biblioteca virtual presente no sistema computacional
de uma IES, enfatizando características, acessibilidade e usabilidade, e procurou através de
uma pesquisa exploratória, conhecer a real situação de uso dessa ferramenta com alunos do 2º
período do curso de pedagogia de uma dessas IES com pólo presencial no estado de alagoas.
2. BIBLIOTECA VIRTUAL: ALGUMAS CONTROVÉRSIAS E REFERÊNCIAS
A biblioteca virtual é conceituada por Barker (apud ROSETTO, 2008) como “um tipo
de biblioteca que, para existir, depende da tecnologia da realidade virtual, com o uso de
software que reproduz o ambiente de uma biblioteca em duas ou três dimensões, criando um
ambiente de total imersão e interação.”.
Contudo, o termo é muitas vezes usado para designar uma biblioteca digital ou
eletrônica. Mas segundo Camargo (2009, p. 347).
3
As bibliotecas eletrônicas acompanharam o avanço das tecnologias gerando uma série de nomenclaturas diferenciadas que acabaram por confundir o usuário e, até o início da década de 1990, confundiam os próprios profissionais de biblioteconomia.
Nesse sentido, Marchiori (2007, apud CAMARGO, 2009, p. 347) define-as,
destacando suas diferenças e funções. Para ele, a biblioteca eletrônica deve implicar “ampla
utilização do computador na construção de índices on-line, busca de textos completos e na
recuperação e armazenamento de registros.”.
No caso da biblioteca digital,
[...] a informação que ela contém existe apenas na forma digital, podendo residir em meios diferentes de armazenagem, como as memórias eletrônicas (discos magnéticos e óticos). Dessa maneira, a biblioteca digital não contém livros na forma convencional e a informação pode ser acessada, em locais específicos e remotamente, por meio de redes de computadores.
Finalmente, para Marchiori (2007, apud CAMARGO, 2009, p. 347-348), a biblioteca
virtual,
[...] é conceitualizada como um tipo de biblioteca que, para existir, depende da tecnologia da realidade virtual. Nesse caso, um software próprio acoplado a um computador sofisticado reproduz o ambiente de uma biblioteca em duas ou três dimensões, criando um ambiente de total imersão e interação.
Diante do exposto, mesmo sabendo que há estudos sobre as nomenclaturas, optamos
por usar a biblioteca virtual em seu sentido digital, visto que muitos autores e usuários ainda
concebem-na como uma biblioteca digital presente nos programas de computador, nos
Ambientes Virtuais de Aprendizagem, como auxílio e complemento para o ensino e
aprendizagem, disponibilizando documentos no formato de textos, sons e imagens digitais.
Como exemplo, citamos Valentini (2010, p. 82, p. 214) que afirma que:
[...] o aluno acessava links que levavam às orientações para estudos a distância, informações da disciplina e da biblioteca virtual (URLs contendo temas relacionados à disciplina e arquivos com trabalhos realizados pelos estudantes de turmas anteriores).
Como também diz que as bibliotecas virtuais, dentro dos AVA, podem “além de reunir
endereços de sites relacionados ao tema central do ambiente, como links para artigos,
projetos, organizações/instituições, entre outros; está sendo destinado o repositório de
documentos produzidos por professores”. (VALENTINI, 2010, p. 82, p. 214)
Sítios de instituições de ensino no Brasil, também procuram citar em suas páginas web
links de possíveis bibliotecas virtuais para acesso às informações acadêmicas, como artigos,
monografias, dissertações, teses, periódicos, livros e revistas. Exemplo disso, encontramos do
4
Centro Universitário Leonardo da Vince e da Unisinos, demonstrados nas figuras 1 e 2
abaixo:
Figura 1: Tela do web site da Unisinos sobre Bibliotecas virtuais
Figura 2: Tela do web site do Centro Universitário Leonardo da Vince sobre Bibliotecas virtuais
5
Por meio destas páginas, é possível acesso às bibliotecas de pólos de educação a
distância, de instituições públicas de ensino e de pesquisas científicas, de organizações
culturais, entre outros.
Nos dois exemplos demonstrados, fica evidente o uso do termo biblioteca virtual para
designar um repositório de documentos no formato de textos, sons e imagens digitais, em que
disponibilização se faz por meio de download no computador ou até de um agendamento para
consulta e empréstimo pessoal destes no formato impresso.
Outro destaque está na Pearson, empresa de soluções educacionais, que oferece
publicações, conteúdo, tecnologia, consultoria e certificação em mais de 60 países. Ela
disponibiliza mais mil livros-texto em português no formato digital para as mais de 70
instituições e para os quase um milhão de usuários que a utilizam diariamente, que podem ser
lidos e pesquisados on-line. Sua Biblioteca Virtual Universitária (BVU) é uma iniciativa
pioneira, considerada em 2005, época de seu lançamento, um projeto arrojado, hoje a BVU
transformou-se em uma ferramenta indispensável para dezenas de instituições de ensino
espalhados pelo Brasil.
Os Referenciais de Qualidade para Educação Superior a Distância (MEC, 2007, p. 24)
nos admoesta que para um ensino e aprendizagem de qualidade,
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Deve-se atentar ao fato de que um curso a distância não exime a instituição de dispor de centros de documentação e informação ou midiatecas (que articulam bibliotecas, videotecas, audiotecas, hemerotecas e infotecas, etc.) para prover suporte a alunos, tutores e professores.
Neste sentido faz-se necessário planejar estratégias que viabilizem o contato dos conhecimentos sistematizados aos professores e alunos desta modalidade. Como enfatiza Longo (2009, p.218):
Entre os elementos enriquecedores do material didático dos cursos, estão presentes: texto-base adequado à mídia em que será veiculado; biblioteca multimídia contendo textos, artigos, bibliografias, verbetes e weblinks.
Longo (2009, p. 220, grifo nosso) ainda diz que a EAD melhora a qualidade desse ensino e aprendizagem quando:
• utiliza objetos de aprendizado (hipertexto/hipermodo);• promove a interação entre professores e estudantes;• promove o uso de biblioteca virtual para melhorar o processo de
aprendizagem;• aumenta as oportunidades de acesso ao ensino;• permite a um grande número de estudantes o acesso a conteúdos de
qualidade comprovada.
Da mesma forma Silva (2009, p.231) enfatiza o uso de bibliotecas virtuais na educação:
[...] as TICs e, destacadamente, a internet passam a ser apresentadas como bases estruturantes para a produção coletiva do conhecimento. Salas de bate-papo, fóruns, correio eletrônico, bibliotecas virtuais, glossários e simulações permitem aos estudantes configurar e gerenciar sua busca pela informação e sua transformação em conhecimento.
Por todos os motivos mencionados, percebe-se relevante a inserção da ferramenta
biblioteca virtual junto aos mecanismos que a sustentam para uma possível eficácia do
processo de ensino e aprendizagem na educação a distância.
Por isso, abordar as experiências realizadas e registradas nas literaturas que tratam do
assunto se faz necessário. Desta forma, conhecer melhor a biblioteca virtual por meio das suas
características e das efetivas contribuições na modalidade nos mostrará caminhos a trilhar.
3. CARACTERÍSTICAS E CONTRIBUIÇÕES DAS BIBLIOTECAS VIRTUAIS
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Toma-se, por exemplo, o Governo Federal, que através da Secretaria de Educação a
Distância vinculada ao Ministério da Educação, disponibiliza por meio de um de seus
programas e ações, uma biblioteca virtual, denominado de Portal Domínio Público.2
Esse portal foi lançado em 2004 e oferece gratuitamente acesso a obras literárias,
artísticas e científicas, na forma de textos, sons, imagens e vídeos, de conteúdo registrado
como de domínio público ou com sua autorização divulgada.
Dados do sítio (tabela nº 1 abaixo), em janeiro de 2011, indicam que essa biblioteca
virtual contava com um acervo de mais de 186 mil obras e um registro de mais de 30 milhões
de visitas. O texto do sítio informa que o Portal Domínio Público é a maior biblioteca virtual
do Brasil. Sua missão,
propõe o compartilhamento de conhecimentos de forma equânime, colocando à disposição de todos os usuários da rede mundial de computadores - Internet - uma biblioteca virtual que deverá se constituir em referência para professores, alunos, pesquisadores e para a população em geral.3
Tabela nº 1 – Estatísticas – Indicadores: Quantitativo mensal do número de visitas, obras cadastradas e e-mails recebidos.
Mês Visitas Hits Obras Cadastradas E-mails Recebidos
Janeiro/11 424.320 16.736.539 3.471 567
Janeiro/09 445.560 26.517.722 2.405 885
Janeiro/08 434.486 26.788.189 1.869 953
Janeiro/07 175.723 18.885.580 3.011 1.035
Janeiro/06 21.580 2.114.320 1.197 87
Janeiro/05 33.322 2.071.006 505 294
Dezembro/04 53.499 3.288.338 585 458
Novembro/04 60.289 4.275.690 1.015 486
TOTAL 30.201.597 1.827.670.175 186.740 75.524
Fonte: Estatísticas. In: Portal Domínio Público. Disponível em: <
http://www.dominiopublico.gov.br/Indicadores/servlet>. Acesso em: 6 ago 2013. Adaptado pelo
autor.
2 Portal Domínio Público. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.jsp>. Acesso em: 6 ago 2013.3 Missão. Portal Domínio Público. Disponível em: < http://www.dominiopublico.gov.br/Missao/Missao.jsp>. Acesso em: 6 ago 2013.
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Dentre suas características principais, destacamos o seu critério de pesquisa no
ambiente, que pode ser: Básica - por tipo de mídia, categoria, autor, título e idioma; Por
conteúdo – em que realiza pesquisa por palavra chave; Por Tese e Dissertações – também por
palavra-chave; Pesquisa por nome do autor – com índice dos nomes dos autores disponíveis.
Também, salienta-se a opção intitulada “quero colaborar”, em que voluntários podem
digitalizar obras que já se encontram em domínio público; autores podem ceder obras de sua
autoria; parceiros podem ceder os direitos autorais de obras que detenham; tradutores podem
traduzir obras que já se encontram em domínio público.
4. BIBLIOTECA VIRTUAL: UM ESTUDO DE CASO
Analisou-se a biblioteca virtual de uma IES de natureza privada com pólo presencial
no estado de Alagoas. Na metodologia, utilizou-se de questionário aplicado a uma turma com
40 alunos do segundo período do curso de pedagogia a distância no segundo semestre de
2013, destes alunos, apenas 20, ou seja, 50% responderam às perguntas formuladas.
A biblioteca virtual da IES pesquisada faz parte de algumas bibliotecas setoriais
distribuídas em unidades presenciais da IES. A disponibilização de livros na biblioteca virtual
pesquisada respeita aos direitos autorais, reservando os títulos apenas à leitura em tela.
O acesso é restrito ao público acadêmico e disponibiliza:
Acesso rápido às tele-aulas ministradas, favorecendo aos alunos que
porventura foram impossibilitados do encontro presencial;
Revistas científicas com textos e artigos, na integra em sua maioria;
Relação de livros disponível em formato pdf organizado por área do
conhecimento;
Links a outras bibliotecas virtuais;
Banco de dados de mídias diversas: filmes, charges, mensagens, vídeos,
clips;
Tutoriais de utilização da biblioteca virtual; e
Área de download de plugins gratuitos disponíveis na internet para
visualização dos materiais.
Além desses, a biblioteca virtual estabeleceu parceria com parte de acervo digital de
uma grande editora universitária, ampliando ainda mais as possibilidades de pesquisa
disponíveis àqueles interessados em pesquisas.
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Para a análise do ponto de vista técnico e de usabilidade, é importante lembrar o que
nos diz (MACÊDO; OLIVEIRA, 2010):
Quanto à usabilidade, devemos enfatizar que há estudos no Brasil, principalmente realizados por Martins et al (2006) e Vetromille-Castro (2003), em que pautaram suas pesquisas na importância da usabilidade como meio para um ensino-aprendizagem mediado pelas tecnologias. Eles destacam a existência de dois tipos: a usabilidade de design e a usabilidade pedagógica. A usabilidade de design aborda as características da superfície do material possibilitando o desenvolvimento de interfaces mais direcionadas ao seu público alvo, como exemplo, a padronização de telas, de ícones, da escolha de fontes e de cores que facilitassem os estudos. A padronização permitirá que o aluno tenha facilidade de acesso e leitura de informações disponibilizadas pelo professor e tutor, como também que possa se sentir satisfeito quanto à acessibilidade do ambiente. O principal objetivo seria garantir a simplicidade e facilidade de uso para seus usuários, permitindo melhor interação [...].
Neste sentido, foi percebido na biblioteca virtual da IES que:
O acesso é simples, requerendo habilidades básicas de utilização da
internet;
Como é baseado na internet, pode ser acessado a partir de qualquer
sistema operacional disponível no mercado, seja ele do tipo proprietário
(Windows) ou baseado em software livre, ou seja, sob licença GNU,
como o Linux em suas diversas distribuições, como o Kurumim e
Ubuntu.
Porém, para pessoas com necessidades especiais com relação a visão,
percebemos que deverá haver uma nova formulação das políticas de
acesso, a fim de garantir o acesso deste público de forma mais efetiva.
Na pesquisa realizada (Apêndice), após consolidação, revelam-se dados muito
importantes para análise. Pois, dos pesquisados:
30% não tinham conhecimento sobre a biblioteca virtual do curso;
50% disseram que foi pouco esclarecido sobre a utilização da biblioteca
virtual do curso;
55% nunca acessaram a biblioteca virtual;
25% acessaram apenas por curiosidade;
Quanto ao acesso, 50% declararam não ter tempo e os outros 50% não
ter habilidade na utilização do computador;
22% só acessaram a biblioteca virtual do curso apenas uma vez;
45% acessaram apenas cinco vezes a biblioteca virtual do curso; e
50% declararam que não conseguiu atingir os objetivos da pesquisa.
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Ou seja, apesar dos níveis de tecnologia e usabilidade presentes, detectou-se que os
alunos não se encontram preparados para auferir os benefícios possíveis com essa ferramenta
de pesquisa.
Dos resultados demonstrados na pesquisa realizada, percebe-se que, para as bibliotecas
virtuais favorecerem positivamente ao processo de ensino-aprendizagem na modalidade de
EAD, é necessário que a IES desenvolva mecanismos de análise das habilidades preliminares
que os alunos possuem.
Sobre o assunto, os Referenciais de Qualidade para Educação Superior a Distância
(MEC, 2007, p. 9), preveem a situação, pois consideram que,
é importante que o projeto pedagógico do curso preveja, quando necessário, um módulo introdutório - obrigatório ou facultativo - que leve ao domínio de conhecimentos e habilidades básicos, referente à tecnologia utilizada e/ou ao conteúdo programático do curso, assegurando a todos um ponto de partida comum.
Considera-se que ainda existe uma visão tecnicista camuflada, quando essa situação é
percebida em cursos de graduação. Sabemos que a escola é um espaço de conflitos, é um
espaço onde muitas das ações a serem desenvolvidas precisam muitas vezes de uma
reorientação, mas acreditamos que a principal saída desta visão tecnicista seria a inovação
político-pedagógica, no sentido do desenvolvimento de instrumentos de percepção da
realidade e intervenção efetiva.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente artigo procurou investigar a efetivação de uso da biblioteca virtual presente
nos sistemas computacionais das IES que oferecem cursos de graduação a distância através da
internet. Optou-se em primeiramente realizar uma pesquisa bibliográfica sobre a
caracterização desses espaços traçando um paralelo com as considerações do que nos diz os
Referenciais de Qualidade da Educação Superior a Distância e uma análise comparativa de
um Ambiente Virtual de Aprendizagem de uma IES que disponibiliza essa ferramenta para
seus alunos de graduação a distância.
Analisou-se a biblioteca virtual de uma IES de natureza privada com pólo presencial
no estado de Alagoas. Na metodologia, utilizou-se de questionário aplicado a uma turma do
segundo período do curso de pedagogia a distância no segundo semestre de 2013. Chegou-se
a conclusão de que ainda há muito ao que se fazer no aspecto da inclusão digital e do
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planejamento técnico-pedagógico para efetivação da prática dessa ferramenta midiática muito
relevante à educação a distância.
Denota-se na experiência realizada, uma preocupação e um cuidado muito grande com
relação à disponibilidade de todas as informações possíveis aos alunos, porém, percebe-se o
descuido no sentido da criação de políticas da inserção digital dos alunos, o que acaba por
minimizar os benefícios da biblioteca virtual da IES pesquisada, mantendo em níveis
inapropriados as questões de inclusão digital.
Acredita-se que, para a real efetivação da inclusão desses alunos, é necessário que a
IES institucionalize políticas pedagógicas que possibilite ao alunado a efetivação do uso da
biblioteca virtual.
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APÊNDICE
Questionário de pesquisa sobre a biblioteca virtual
IES: Pólo presencial em Arapiraca-AL Curso: Pedagogia Período: 2º Turma: B
1- Você teve conhecimento sobre a biblioteca virtual do curso?
[ ] Não
[ ] Sim, mas fui pouco esclarecido
[ ] Sim, fui muito bem esclarecido
2- Caso afirmativo, quem o informou? (Pode marcar mais de uma opção)
[ ] Eu mesmo (a) [ ] Tutor online [ ] Material do curso
[ ] Tutor de Sala [ ] Professor da disciplina [ ] Colega do curso
[ ] Coordenador do curso [ ] Outros. Quem? ____________________________
3- Você já acessou a Biblioteca Virtual do curso?
[ ] sim[ ] não
3.1 – Se sim, o que o motivou a acessar?
[ ] Curiosidade
[ ] Obter informações para estudos
[ ] Outros. Especifique: _________________________________________________
3.2 – Se não, qual o principal motivo?
[ ] Falta de interesse [ ] Pouca habilidade com computador/sistema
[ ] Falta de tempo para pesquisar [ ] Outros motivos. Esp: _________________
4- Durante o curso, em média, quantas vezes você acessou a biblioteca virtual?
[ ] 1 vez [ ] até 5 vezes [ ] até 10 vezes [ ] acima de 10 vezes
5- O conteúdo procurado foi encontrado e conseguiu atingir seus objetivos?
[ ] Sim [ ] Não [ ] Em parte
5.1 Se “em parte”, qual(is) o(s) motivo(s)?
[ ] Pouca informação [ ] Sem variedade de suporte (áudio, vídeo, texto)
[ ] Baixa qualidade [ ] Não consegui acessar o conteúdo encontrado
[ ] Outros motivos: ___________________________________________________
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. MEC/SEED. Referenciais de Qualidade para Educação Superior a Distância. 2007.
CAMARGO, Ana Paula Leite de. A aprendizagem por meio de bibliotecas digitais e virtuais. In: LITTO, Fredric M.; FORMIGA, Marcos (orgs.). Educação a distância: o estado da arte. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009.
LONGO, Carlos R Juliano. A EAD na pós-graduação. In: LITTO, Fredric M.; FORMIGA, Marcos (orgs.). Educação a distância: o estado da arte. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009.
MACÊDO, Israel Silva. OLIVEIRA, Cleber Marques de. Práticas Colaborativas Na Tutoria Online. Disponível em: < http://dmd2.webfactional.com/media/anais/PRATICAS-COLABORATIVAS-NA-TUTORIA-ONLINE.pdf>. Acesso em: 14 Ago 2013.
Portal Domínio Público. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.jsp>. Acesso em: 20 set 2011
ROSETTO, Marcia. Bibliotecas digitais – cenário e perspectivas. Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação, Nova Série, São Paulo, v.4, n.1, p. 101-130, jan./jun.. 2008.
SILVA, Robson Santos da. A educação corporativa: universidades corporativas. In: LITTO, Fredric M.; FORMIGA, Marcos (orgs.). Educação a distância: o estado da arte. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009.
VALENTINI, Carla Beatris. SOARES, Eliana Maria do Sacramento. (Org.). Aprendizagem em ambientes virtuais [recurso eletrônico]: compartilhando ideias e construindo cenários – Dados eletrônicos. Caxias do Sul, RS: Educs, 2010.